Controle biológico com uso do baculovirus: segurança e ... · Uso de inimigos naturais no...

Preview:

Citation preview

Controle biológico com uso do baculovirus: segurança e futuro dos bioinseticidas

Dr. Fernando Hercos Valicente

Embrapa Milho e Sorgo

Controle Biológico com Baculovirus

Segurança

• De acordo com OECD (2002) Organization for Economic Cooperation and Development:

• Baculoviruses são vírus específicos de artrópodes, não causam dano e, são incapazes de replicar em microrganismos, culturas de células de não insetos invertebrados, cultura de células de vertebrados e plantas (foram testados em pardais, ratos e organismos não alvo – e.g. insetos predadores)

De 1985 a 1989 – Amostragem no estado de Minas Gerais – mais de 14.000 lagartas

Parasitoides e vários isolados de baculovirus

De 1993 a 1995 – Amostragem no Oeste do Paraná - vários isolados de baculovirus

Histórico

NPV Baculovirus – Spodoptera frugiperda

S. eridania e S. cosmioides

Chrysodeixis includens – falsa medideira

Helicovera armigera

H. zea

Diatraea saccharalis

Heliothis virescens

Coleção de Baculovirus

Pragas milho, soja, algodão etc Sistema produtivo

Patógenos Vírus, bactérias, fungos

etc

Parasitoides

Predadores Posicionamento

Controle Biológico

Uso de inimigos naturais no controle de pragas, sem o uso de defensivos químicos.

Manejo Helicoverpa

armigera

Soja

Milho

Transgênicos

Ex. Soja Intacta

Algodão

Lagarta do

cartucho

Plantio direto

Ponte verde

Tratamento de

sementes

safrinha

Produtos Biológicos

• Metodologia de trabalho: deve ser definida para cada agente biológico.

– Ex: Baculovirus – quando se fizer coleta no campo, individualizar lagartas. Isolados de baculovirus podem ter características diferentes e, devem ser testados isoladamente.

• Indústria quando iniciar um trabalhar com um agente biológico – ajustar metodologia de avaliação em laboratório e em campo.

– EX: se repassar para outra empresa testar para fins de registros– ajustar metodologia antes.

• Baculovirus: aplicar o produto e coletar lagartas 24, 48 e 72h após a aplicação, trazer para laboratório – observar até 15 dias após a coleta

• Usam metodologia de avaliação de inseticidas químicos

Ex: 7, 14 e 21 dias após a aplicação = ERRADO

• “Respeitar” o agente com o qual se trabalha

– Vírus # Fungos # Bactérias # inoculantes etc...

Produtos Biológicos

- No caso de mistura de agentes biológicos:

E.g. se forem 2 baculovirus – multiplicar separadamente

e depois misturar o produto final. NUNCA misturar antes e

multiplicar na lagarta – um isolado se desenvolve mais rápido

- No produto final – testar as várias proporções – NÃO

colocar dose cheia de cada produto – parte será desperdiçada.

Produtos Biológicos

• Relatórios de empresas que fazem testes sem saber como avaliar:

– E.g. Se não houve diferença significativa entre tratamentos.... NÃO houve diferença.

Produtos Biológicos

Perda de apetite

• Podem reduzir a alimentação em 93%

Redução na mobilidade

• Corpo flácido e aparência oleosa

Descoloração do corpo

• Morrem dependuradas pelas patas abdominais

Sintomas causados por baculovirus

Baculovirus – Chrysodeixis includens – falsa medideira

ISOLADO 15

0

20

40

60

80

100

120

15

D 1

0^6

25

°C

16

D 1

0^6

25

17

D 1

0^6

25

°C

18

D 1

0^6

25

19

D 1

0^6

25

15

D 1

0^6

28

16

D 1

0^6

28

17

D 1

0^6

28

18

D 1

0^6

28

19

D 1

0^6

28

15

D 1

0^7

25

16

D 1

0^7

25

17

D 1

0^7

25

18

D 1

0^7

25

19

D 1

0^7

25

15

D 1

0^7

28

16

D 1

0^7

28

17

D 1

0^7

28

18

D 1

0^7

28

19

D 1

0^7

28

Mo

rtal

idad

e(%

) Mortalidade da falsa medideira com isolado 15

Baculovirus – Helicoverpa armigera

• Praga importante de algodão, soja, milho e olerícolas

• Pode ser produzido em laboratório

• Tese de mestrado – Identificação e

sequenciamento de baculovirus de H. armigera

H. zea

Isolate Number

of larvae

Slope ± SE X² CL50 Limites = P0 P G

Gemstar 192 1.3984 ± 0.2988 8.6068 7.2 x 104 2.1 x 104 – 2.0 x 105 <0.001 4

BR1 192 1.2791 ± 0.1818 4.5663 8.0 x 104 4.8 x 104 – 1.2 x 105 <0.001 4

BR2 192 0.9123 ± 0.1386 4.0808 4.1 x 104 1.9 x 104 – 7.5 x 104 <0.001 4

BR3 192 0.9754 ± 0.1769 8.5379 3.5 x 105 1.0 x 105 – 1.3 x 106 <0.001 4

BR4 192 0.9373 ± 0.1606 8.1627 5.0 x 105 1.4 x 105 – 1.8 x 106 <0.001 4

Response Concentration and Mortality of Third Instar Helicoverpa armigera (Lepidoptera: Noctuidae) Larvae with Nucleopolyhedrovirus Isolates

Slope ± SE, standard error

X², chi-square

LC50, average lethal concentration (concentration of polyhedra accounting for 50% mortality of the insects tested)

Baculovirus spodoptera

Produção “on farm”

Legal Risco

Produção de Baculovirus “on farm”

• Infeliz ideia de vender facilidade

• Laboratório completo

• Multiplicação em folhas – problemas com fungos - umidade

• Higienização e não contaminação das matrizes sadias

• Pode “queimar” o uso dos produtos biológicos

Produção em larga escala de Baculovirus

Salas com controle de temperatura, umidade, períodos de luz e escuro

Criação artificial

Fotos: Victor Hugo Duarte da Costa

Diferentes formulações

Baculovirus – isolado 6 e isolado 19

Peso Equivalente

Lagarta Equivalente

Avaliação do baculovirus para Spodoptera frugiperda (LAB)

Avaliação com folha Avaliação com dieta Usar espalhante

adesivo

Dieta sem formol e sem Nipagin

Avaliação direta

Lagartas devem ser mantidas separadamente para avaliação Todas lagartas quando contaminadas com baculovirus – tendências ao canibalismo

92,5

67,5

35,9

54,8

100,0

92,3

77,8

68,4

Mortalidade (%)

Spodoptera frugiperda

T1: Algodão Convencional 10^8 com tampão T2: Algodão Convencional 10^8 sem tampão

T3:Algodão Convencional 10^6 com tampão T4:Algodão Convencional 10^6 sem tampão

T5: Algodão Transgênico 10^8 com tampão T6: Algodão Transgênico 10^8 sem tampão

T7:Algodão Transgênico 10^6 com tampão T8: Algodão Transgêncio 10^6 sem tampão

Experimentos de campo

Equipamentos para aplicação

• Sucesso de um biopesticida depende de vários fatores. Fatores NÃO controláveis:

– E.g. temperatura, umidade, luminosidade, pluviosidade etc

• Controláveis: concentração do produto, volume de calda, pureza, formulação, época e horas de aplicação, equipamento etc

• Mas... Basicamente equipamentos são os mesmos dos produtos químicos

• Resultados negativos podem ser devidos a uma aplicação mal planejada – uso de equipamento não adequado

– Ex: velocidade do trator, volume de calda etc

Productos registrados – Baculovirus

Obrigado!!! fernando.valicente@embrapa.br

Recommended