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CONVENCAO BAPTIS7 A ,
BRASILEIRA
ACTAS
17 a Reunido realizada no Templo da Primeira IgrejaaJg.ptisfa do WJo de Janei!o' nos dias
II a /5 de Janeiro
1928
OASA PUBIJ10ADOBA BAPTISTA DO BRÂBIL
OA'lXA. 8G!J - RTO DE JANEIRO
Directoria da Convenção (1927 - 1928)
-----------
PRESIDENTE
PASTOR MANOEL AVELINO DE SOUZA.
1° VICE-PRESIDENTE
PASTOR ANTONIO ERNESTO DA SILVA.
2° VICE-PRESIDENTE
PASTOR F. F. SOREN.
3° VICE·PRESIDENTE
PASTOR -J. SOUZA MARQUES.
1° SECRETARIO
PASTOR ACHILLES BARBOSA.
CAPITÃO JÓSE' AURELIANO ALVES.
THESOUREIRO
PASTOR VICTORINO MOREIRA \.
TRIBUTO DE SAUDADE
REV. DR. SALOMÃO L. GINSBURG
Elogio funebre proferido pelo Pastor .Antonio Ernesto da Silva, de São Paulo, perante a Convenção Baptista Brasileira, reunida no no:vo Templo da Primeira Igreja Baptista do Rio de Janeiro, na sessão da· tarde de 8 de janeiro. de 1928.
Perdura ajnda na familia baptista brasileira a .dôr ·produzida pelo profundo golpe recebido como passamento do. homem de Deus que aqui na terra chamou.se Salomão Luiz Ginsburg e lá no céu foi recebido com o nome, de Servo Bom e Fiel.
As suas intciaes deixaram de ser S. L. G., como e·stão em muitos hymnos evangdicos (. artigos de jornaes, para ser: S. B. F. - servo bom p fiél. Não é i860 que está escripto? - .. Ao que vencer darei eu. a comer o manná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra ,branc3,. e um novo nome (';.;cripto, o qual ninguem conhece senão aquelle que o recpbe." .. Bem !'stá servo bom o fiel: entra no gozo do teu Senhor."
A 31 de março do anno passado, ás ~~1 horas e.' 10 minutos da noite, ClPJJois de pronunciar as palavras - "Falta-me o ar" -, partia para o meio' dos santos glorificados, das anjos e dos archanjos aquelle cuja vida t !'lTena : foi consagrada ao trabalho d'o Se·nhor, especialmente ao trabalho do SenlÍor na patria brasileira, da qual elle se tez cidadão, natural izando-s&.
4 CONVEN:CÃO BAPTI'STA BRASILEIRA
Ainda tenho bem vivos na m-emoria. alguns aCO!nteci-mentos que pr&cederam ao seu ,ehama1io e que a Convenção eSClUtará COJll aquella paclencia Que a caraeteriza. - \
Estavamos em Instituto Biblico na Lgreja do. Braz e em preparMivof, para o exame que devia ter lugar no dia seguinte ~ Ao chegar eu ad; Instimto, sentou-se o grande homem a'O meu, lado. Notei algo estranho em sen olhar e, com a familiaridade que tínhamos. perguntei-lhe: "Sente aJguma coisa, Salomão.?" "Nada", disse ene,." isto é, alguma dOr no .peit'O;; mas isso não é nada cantando um hymno' das8Jpparecerá to. a, tomando o Cant(}r, annuncl'Ou ~ hymno, (JUe;foi cantado.
8eguiu-se o Instituto; do {lual era ene director e um dos professores. Ao encerrarem-se as aulas. passou, elle a dar os pontos para '0 exame quP devia realizar-se no dia seguinte, e, depois de ter dado 10, djsse que o ultimo seria umaJ .surpresa' que elle deSejava fazer 8.OS bon·s irmãos ~' discipulos. " e assim o foi!
Encerrados os trarbalhos, tomámos o automovel, uo. qual elle, como sempre, se mostrou alegre e brincalhã'O. Delxou-nos em casa e, em companhia da sua. filha, a mui querida Stella, partiu para a 'Sua residencia, nas Perdizes. .........
Leznbro-me aiuda que, em conversa intima com a minha: esposa, talvez na mesma hora da sua passagem, eu dis·se: .. A vida do! nosso bom amigo Salomã'O está por um tio de linha" ... e de facto assim estava.
Perdeu a denominação baptista brasileira um dos seus obreiros- cujos merecimentos não podemos, nem de longe, avaliar. Sal-omão Glnsburg era o homem do pulpito ~ da imprensa; era pr~ador e era polemi'sta; era prosador e era poeta; .~ a.o~enhor Jesus 'Christo consagrava todos esses dons. Durante a sua vIda não reservava tempo algum para s1, mas todo o seu tempo, todos os seus dons e até 'Os !se-us haveres, conSB·grava Áquelle que o resgatál'a e constituira ministro do Novo Testamento. A sua caridade para com os necessitados quasi que tocava as raias da pr()· digalidade.
Nasceu o nosso querid-o irmão a 6 de agosto de 1867, na cidade de Suwalki, na Russia, e era ,filho de um rabino judaico. Em creança passou para a companhia de seus avós matern03 na Allemanha, e de lá para a Inglaterra, onde se converteu de todo '0 coração ao chrisUanismo. Um tio. segundo disse o pastor da Primeira Igreja dê S. Paulo, no necrologio feito perante a mesma igreja. Ja vinha em caminho para tirar-lhe da mente a no.a fé. No' principio foi todo blandícias e afagos. Conv~dou-o a .oltar ao lar, pois. que se casaria bem, teria boa herança. fama, glori a e conceito, uma vez que deixasse a fé "indign:a e miseranda" dos christão:;. Recusada a proposta, o acariciador transformou-se e tl"ansmlttiulbe a maldição paterna com as penas que o pae. como bom rabino, tinha obrjgação de 'proferir Não esmoreceu, p01'ém, o novel convertido, ante:; via nas maldições judaicas as bençams do desejado das nações, e .as PNseguiçôes acerbas que lhe sobrevieram foram supportadas com a caridade christã que brotára no seu coração desde o dia em que abraçara Jesm como seu Sa]vadõl' Um dia a.ttrahiram-n'o ao ultimo andar de alto Sü
brad'O e de lã foi jogado pelo vão ronnado pelas curvas da eScada; de outra feita foj barbara.mente espancado e quasi morto quando em Londr\'s prégava aos seus patricios. mas estas perseguições, longe de o esmoreCI' r(em, foram como o martello batendo sobre o prego da fé, cada vez firmando-o mais.
Aprimorou os BeUS estudos. no Collegio elUlf, sob a direcção do eminente professor Rutc1if!.
Em 21 de janeiro de 1890 deixou a cidade de Londres em viagem pala Portugal, de onde, segundo cremos, tencionava vir para o Brasil. Viaj(lU em um pequeno barcp de vela que tinha callacidade apenas para 8 paSl5íl·
TRIBUTO DE- SA UDAlDE 5
g'eiros, A 2 de fevereiro d9!'sse anno chegou ao Por,to, sendo recebido no lar do saudoso irmão José Luiz Fernandes. Braga, conhecido ind.ustr~al e capitalista e zelOSQ membro d'a Igreja EvangeUca Fluminense, do Rio, que entã:o, a passeio oua negocio, s'e achava na sua terr.a. AlI começou pIle a aprender a língua de Camões e com ,tal app1icação e inteligencia o fez, qU'B dentro de 30 dias se punha a ·escrever o seu primeiro tra1:lad'0 evangelico, ao qual deu o titulo ,. S. Pedro nunca foi papa", que elIe mesmo sahiu velldendo pelas ruas, mal sabendo dizer algumas palavras em português! Vend-eu com extraordinaria felicidade, e breve corriam entre o povo 3.000 exemplares desse folheto.
Acabada a v'enda, esereveu o -segundo, ao qual intitulou "Religião de trapos, 'Ossos e farinha" Este provocou a reacção dos jesuitas, os quaes, gozand,o do privileglo de r~ligião Ido Estado, lhe moveram acerba perseguição e procuraram por tod'Os os meios enreda-lo em complicada trama.
'Para evitJ8.r a sanha je~mit.ica, resolveu .apressar a sua vinda ao Brasil. chegando ao Ri.o de Janeiro a ;10 de junho de 1890, tendo feito a vIagem l'm companhia d'O mui conhecido irmão ,'" \Vright.
Veill para trabalhar com os con'gregaciona.listas e por isso filiou-se logo á Igreja Evangeliea FI'uminense, da qual 'Bra pastor o venerando irmão .João M. G. do~ Santos.
Um dia, contra a espectativa geral, fez no antigo Campo de Sant'Anna, hoje Praça orla Republlca, a sua primeira prégação ao ar livre, ante' compacta assistencia. Essa prégaçfl.o, se não estamos~ enganado, começou dum modo interessante, por um impulso directo do Espirito Santo, que talvez nà'o fosse previsto pelo irmão. Ia elle pela Praça, creio que ,sózinho, quando, mettelldo a mão na algibeira, tirou o SNl companheiro inseparavel, () Novo Testamento, e poz-se a ler t'm voz alta. O povo, estranhando aquillo. foi se amontoando curios!l..mente e. dahi a }!Ouco.densa massa popular pscutavi- com toda a attenção o Evangelho, que, pela primeira. vez'~ era onnunciado na importante Praça d3 Repliblica,onde a 15 de novembro ele 1889 tinha sido proclamado o governo do povo pt'lo pOYO, sob a fórma l'ermblicana.
Entre os congl'egncionalistas, no Rio e em Nictheroy, au..~iliou o sr. Wright na campanha evangt>listica então encetada, sendo mais tarde wlllovido para Recife. onde continuou trabalhando ,com essa denominação.
Em Recife estudou elIe as nossas doutrinas, isto é as doutrinas oaptistas, para combate-Ias. Ainda me lemhro quand-o, em conversa, elle me contou que uma 'Occasião, tendo, não sei por ,que razão, uma lanterna magica na qual se apresentava a'lguma coisa da vida d'e Christo, quando apparecia a scena do baptismo, ene dizia que havia entre nós duas qualidades de mentira: mentira t'alada e mentira pintada. E' que aquella, apresentando o Baptista immergilldo os candidatos, era uma das mentiras jlintadas! ...
Sincero como era e desejand,o refutar o que elIe julgava digno de l'pfutação, estuodou, com muita oração e humildade, essas doutrinas. con\'Pllceu-se da verdade e anci'Osamellt e desejou .obedecer ao Senhor J esna, fiend·o baptizado da mesma fÓJ1ma pela qual o fôra o Mestre.
Mudou-se para a Bahia, onde se apresentou, foi baptizado e, no do: mingo' seguinte a:o do s'eu bapüsmo, oonsagra.do a,o santo m.Í1lÍ:s.terio, que lüo dedicadamente honrou.
Em 1892 voltou a Pernambuco pa~a, segund:o 'O seu Jll'Ü'prio testemunho, baptizar aquelles a quem elle tmha aspergi.d'o .ou rantizado, e um apenas, disse e11e, não baptizei, porque se havia mudado 'tie Pernamlhuco (> não me foi possivel encontra-lo, em;bora eu espere que ainda o faça.
Em fins de 1892 ou principios de 1893 veiu a.{) Rio ~ teve um debate publico com o ,seu ex~pastor congregacionalista e outros ·pa,stores sobre
CONVENCÃO BAPTISTA' BRASILEIRA
a questão . .10 :baptismo, e o resultado' foi que algumas famiUas congregacionalisotas. que haviam arranjado o debate, passaram-sepâra os baptistas. Se ainda a minha memoria não me tráe, presidiu essa reunião o rev. Tucker. Não fui assistir a 'esse debate, mas n€lssa' occasião eu,crente pres})ytenano, ou melhor, neophito 'presbyteriano: achava-me em 'Nictheroy-'e ainda,...me lem:bro do alvoroço produzido nos arraiaes evangelioos por esse acontecimento.
Trabalhou na Bahia alguns annos, mas por muito t~lPO teve o seu quartel .. general em Recife e ali teve que s'ustelltar tremenda luta com .'1)
celebre frade Oelestino, ao mesmo tempo que pastoreava a Primeira Igreja, escrevia topicos para as Uniões da Mocidade, collaborav&· na imprensa secular, fazia serviço de colportageru e muitos outros que não me é dado lEmbrar Espirita activo e eXlpansivo, nunca soube e nunca pôde circumscrever o seu tralDalho a uma 'só especie oua uma só esphera. Ao mesmo tempo que pastoreava uma igt~eja, trabalhava em um Estado, ou então pastoreava,prégava e escrevia ao mesmo tempo. Viajei' oom elIe algumas vezes, e, antes de clarear o dia, ás 4 horas da manhã, á luz de electricidade ou de ker.ozene, estava elIe escrevendo ~ aproV'eitando o seu tempo. Disso fui t~stenlUnha ocular por mais de uma vez. Ainda mais, o seu espirito não se eontentava com uma cla3se. Aqui no Rio ,buscou ene associar-se com 'os da imprensa e ali dava um testemunho ooiiicante.
Em.8. Paulo muitas vezes encaminhei-o á sociedade chamada alta, ao nosso alcance, e o seu testemunho brilhou corajosamente. Comprehendeu bem o espirito d'o sol de justiça, buscando fazer com que OS seus raios salutares brilhassem na cabana dos pobres e no palacio dos ricos, nas baixas grotás e nos altos montes.
O seu trabalho perdura e as suas obra,; o seguem. E' ditficil encon· trar na geração actual .do no!)so país quem não tenha uma lembrança do dr. Salomão, e esta lembrança está gravada no intimo de -muitos e talvez com eterna gratidão. •
Os bellos hymnos que compõem o nosso Cantor, que não foram sacrilegamente mntilados, ahi estão testemunhando a sua espiritualidade, o seu cultivo e o seu zelo pela causa do Mestre.
Vae longe este memorial, mas não posso deixar 'de mencionar mais algumas das persegUições de que foi victima O nüsso herÓe. Algumas digo, porque, para mencionar todas, faltam-IlOs dados e tempo.
Em Victoria, num domingo de carnaval, aproveitando a multidão, prégou eUe corajosamente ao ar livre, Era a primeira vez que se fazia semelhante tra·balho nas ruas daquella capital. O resultado não se fez esperar: . grande perseguição por parte daquelles que, embriagados pelo ether dos lança-perfumes ou loucos nos desenfreados prazeres da carne e na orgia legalizada, queriam mata-lo. O chefe de policia, que estava presenté, tomou-'O. pel'O braço e, escoltado, o levou at!9 ao hotel.
Em Pernambuco. além da perseguição promovida pelD frade CeIes· tino, teve muitas outras, mas o Senhor o livrou de todas.
No Estado do Rio foi uma vez preso e dé outra, se não fosse o g()verno liberal e energico de Nilo Peçanha, talvez fosse morto.
Não quero me prolDngar, mas parece que podemos dizer a respeitn deste saudDso irmão o que dizem a Bíblia e a historia a respeito dos nDSSOS martyres. Felizmente estamos em tempos de labaredas apapdas pela crystalina fonte do EvangelhD, mas 'O jesuitismo não dorme e, quando vê que o zelo do Senhor se apodera dos seus servos, arreganha os denteh e mostra-lhes as unhas, mas o nosso Deus corta-lhes os paSSDS.
O nosso irmão era a.paixonado pela imprensa e pela cOlpDrtagem. Fun· dou dlver80sjornaes, escreveu folhetDS e distribuiu grandes quanti.dades dtO livros entre 'O povó brasileiro, . principalmente o livro por excellencia -a Blblia.
~R1BUTO DE SAUDADE
As lagrimas 'vinham aos Iseus olhos ea palavra lhe 'era 'embargada pelos s'oluços, quando falava sobre a neces,sidade da "evangelização dos nossos indios e tatnbem da urgente neceilsidade de ~nphanatos e' hospitaes. A evangelização. dOSi nossos selvicolas o i~pressionava extraordi-nariamente. '
Ao caboclo abraçava C'omo' se tivessem sido creados rio mesmo lugar. Era iudio() com os indios, civili'zado -com os civilizados. O seu carinho para com as creanças não se póde des.crever. Emfim, o seu" am'or' para com a humanidade fez com -que, talvez sem saber, eUe puzess~em pratica o que Paulo poz na sua . vida: "Fiz-'IDe tudo para todos para salvar a muitos. H
Ultimamente os seus olhosestayam vüItadospara o Estado de" Goyaz, e os frutos da sua f'xperiencia estav·a:m' se revelando na· -conversão. de veccadores. na organização de igrejas e até na proxlma or·ganização de. uma desejada Convenção estadual. Cremos que o ultilmo jornal por eUe fundado foi em prol do trabalho deste Estado e a esse jornal 'deu ene o nome de Bandeirante Baptista.
Tendo !lixado reside-n-cia na capital do nosso Estad'o (São Paulo), auxiliava incansavelmente a todas as: igreja,s do Estado, sem e·squecer {) seu campo goyano./ e, ·como pastor da igreja do Braz, de -que eUe era membro, cabe-me o· privilegio de dizer que essa igreja nunca o esquecerá.
fi'mãos conveneionaes: Salomão Luiz Ginsburg deixou entre os baptistas um vácuo impreenchivel. Sempre estive i'dentificado com lOS meUrs irmãos e creio poder dizer com sinceridade que na n'Ossa família baptista. eu .choro com os que choram e alegro-mecd'ill os que se alegram, mas a respeito de Sal'omão <f meu sentimen~'Ü talvez seja maior que o v().sso, porque El'U penso, sem offender aos· meus queri·dos irmãos e amigoS, que podemos dizer que a Causa Blliptista nã'O teve, não tem e não sei se terá tã·o cedo quem seja para o Brasil o que foi o 'nosso pranteado irmão Salomão Luiz Ginsburg.
Em terras' /brasileiras, ao lado de F.M. Edwards, no cemit-erio do Salvador, em S. Paulo, -repouSa. €st~ homem, e os seus feitos estão repetindo aos nossos ouvidos a voz do Senhor Jesus: "Vae tu e faze o mesmo." Sirva a ·sua vida de e.stimulo a todos nós que mourejamps na vinha d'o Senhor e que o seu exemplo seja séguido, não como obrigação, mas romo a expressão do nosso amOr para com o Bemdi~ Salvador, que deu. a sua vida por nós e q'Ue tem levantado servos deste quila.te para o tra,balho em prol da grande obra da evangelização do' mundo. Am:en.
DA
CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA
PREAMBULO - Est.a Convenção tem por fim exe(:·ular a vontadf' das igrejas, cooperando com ella:; n ()sl~lltido de PXl\Cutm' u vontade de Christo na terra, com o especial fim de levar uyante as causas de evangelização e educação, e estreitar as rela(:.ões das igrejas representadas, como tambem anima-las no trabalho saerosanto do divino Mestre, terido para o seu governo os seguintes artigos:
Ar1. 1c • - Esta Convenção denominal'-sl'-á CO'\VENÇÃO R\PTISTA
BRASILEIRA.
Art. 2°. - O fim desta Convenção :;(ll'á o de t1'afal' 110:-: inl.t~l·t'S:;P:-i
geraes do reino de Chl'isto na terra (' especialment.e da evangelização e educação christã.
Paragrapho unico. _. A rehíção de~ta Conyen~ão para com as igrejas representadas nella será puramente de -conselho, (" em senlido algum legislativo, nem executivo, a não :-;er no sentido de executar a vontade das igrejas. A Convenção, portantú, poderá fazer reeommendações ás igrejas e dellas pedir auxilio, porém não obriga-las em coisa alguma. Assim fica intacta a soberania de ca'ela igreja. Em l'(~
sumo, a- Convenção é a serva das igrejas, nella re.presentadas.
ArL 3". - A Convenção se eomporá de mensageiros eleitos por igrejas baptistas regulares.
§ 1° - Igrejas Baptistas regulares são as que acceitam a5 Sagradas Escripturas como' sua unica regra de fé e de pral ica, l'ccoQhccem como fiel a exposição de doutrjnas, intitulada: De{.:lm'ação de Ft: das Igrejas Baptista.~ do Brasü, e estão em harmonia com as demai:, igrejas que adoptam a mesma regra de fé e de pratica.
§ 2°. - Cada igreja que coopere com esta Convencão poderá ser representada por tres mensageiros, e mai:; um na proporcão de cada 25 membros.
§ 3", - A eleicão de cada mensageiro á Convencão lhe .será officíalmenta communicada por carta credencial da igreja que o eleger.
§ 4". -- A· Convencão terá o direito de regular a fórma cias cartas credenciaes.
§ 5°. - Uma igreja, a que se refere o art. 3°, poderá eleger mensageiros de qualquer sexo.
§ 6°. - Nenhum mensageiro poderá. representar mais de uma igreja.
-ESTÁTUTOS 9
Art. 4°, - A directoria da Con"enção se comporá dos membros seguintes: 1 President-e, 3 Vice-presidentes, "1 Thesoul'eiru e 2 Secretarios (lo e 2°),
§ 1° ... - Esta directoria tem o mandato de uma Convenção á outra. § 2"; - O presidente da COIlvpnçãu (~ membro, ex-oflicio, de cada
Junta sob a direcção da Convenção. Art. 5°. - A Convenção elegerá as seguintes Juntas: Missões Es
trangeiras, Missões Nacionaes, Ese6las Dominicaes e Mocidade BapUsta, Educação, Collegio e Seminario do Rio, Collegio e Seminario de Pernambuco, Collegio Baptista Brasileiro em ~. Paulo, e tanlas outras quantas forem consideradas neces~at'ias ao desenvolvimentu do seu trabalho.
§ 1°. - A Convenção, para 1I0a ord('1\l do,,; :-:ell~ ll'aballlOS, poueJ'á nomear para as Juntas, irmãos ilUsentes.
§ 2() - Cada Junta eleita pela COllvenc;ão con:-:I.ará de 9 ll1crnJ)J'u5, no minimo, podendo esse numero sel' augmentaoo pela Convenção sc~
gundo as necessidades do trabalho aos cuidados das mesmas .Juntas. sendo renovadas pelo lel'(;O, pela Cunv('lll;ão, em suas a;-;srmhIPH:-: l't'gulal'es.
§ 3" - Cada Junta terá a sua propria directoria, eleita p01' si mesma, na sua primeira reunião.
§ 4°. - Um terço dos memul'OS activos de qualquer Junta formará o quorum para sessão legal.
§ 5°. - .A cada uma d{,s~(t~ tJlInta~ :-:t'l'iÍ enlt't'guf>, dUI'ante o inter,"alIo da Convenção, a completa direcção de todos os seU5 neg'ocios, dos quaes estiver enc-a.rregada,direcção essa que obedecerá á Constituitão da Conven~\ão.
§ 6° - Cada JunLa Lerá o direito de eleger dentre os seus vogaes, alguns ou todos, para substituirem quaesquer vagas que se de['em na sua directoria activa.
§ 70 - Estas Juntas deverão formular as regras inlernas de seu governo, de accordo com a presente Constituição.
§ 8°. - O Thesoureiro de cada Junta prestará contas fielmente de todo o dinheiro recebido e gasto, li mesma Junta, em suas ~essões. uu sempre quo a mesma Junta uesejar.
§ 9° - Qualquer das Juntas poderá, quando as cil'cumstancias o requeiram., so tornar pessõa juridica.
§ 10. - As Juntas publicarão anI1ualmente o seu relalorio espi-ritual e financeiro. •
§ 11. - Cada Junt.a fixará o salúio dos seus empregados. não podendo nenhum de seus membros OCCUpUl' cars'o de remunerat;:ão na direotoria ou no trabalho da Junta.
Art. 6°. - Esta Convenção deelara manter relações cooperati"as com a Junta Baptista de Richmond.
Art. 7" - A ConveJH:ão ,elegerá em sessão uma Commi5são de Exame de Contas, que examinará as contas da Lhesouraria da COllYen<;ão, bem como das Junt.as, e dará parecer numa das sessõl'~ da mesma
10 CONVENÇÃO BAPT!STA ,BRASlLEInA
Conven.ção, isto' é, do mesmo .anllo. . Pal'a este exame . não se faz·' hecessaria a documentação das. entradas e sahidas' de' dinheiro, ba:~laIido qué. os fhesOllreil'os apresentem balanceies verificados por especialistas o~ ao menos, pr.ofissionaes competentes. _
Art.. S". - O Thesoureiro da Convençãu pre~t.:li·á contas· á 'primeira Convenção que se reunir depois do fim do anuo financeiro.
Art. 9°. - Os ThesoUl'eiros da qonvenção e das Juntas não pode. rão fazer'Uso do dinheiro confiado á sua guarda nem mesmo tempo-o rariamente,e só o poderão despendC'l' por ol'(!.'m e para os fins que li
Convenção e as Juntas se ac~am ('.onstituidas. .
Arf.. 10. - Os Secretarios Geraes. das Juntas manterão relações por c.orrespondencia com iodas as I!essõas e organizações, segundo o interesse das nw~ma:-: Juntas, f' guardarão cópias de taes correspondencias .
. -\.rL 11. - Os Sf'eret.ariús de Registro da COI1\'enção e das suas Juntas furãu regi~lro de tudu que ~e dér durante as ~essões, lavrando actas de tudo, a:-;. quaes serão lidas e consideradas nu ~e~são seguinte.
Art. 12. - .As igrejas representadas nesta ConYcnl;ão e cooperando com ella terão li direito de espocificar fi=' fins pal'a os quaes as suas contribui~ões devem f'er applicadas; não haY(~Ildo, porém, .especHicaCão alguma, a Convenção dará á::: contribuições o destino que lhe parecer melhor.
Ar1. 13. - E:;La COllyenção reunir-se-á de anuo em anno. § 10. - O PI'eside1l1e, com approvação dI' .3 Juntas, poderá, em
qualquer occaôião, convocaI' uma reunião extraul'Jinaria; ou, a pedido de 3 Juntas. devcl'á !'1I1 qualquer uccasião convocar uma sessão enraordinaria.
§ 2" - Para tran~acçãll (ie negocio~ na Convenção, será necessario pelo rnen05 a 1)l'pSelll;a de um tprço dos mensageiros enviados.
§ 30 - A directoria da Convenção poderá, a pedido de 3 Jun-
las, transferir o tempo e mudar o lugar da reunião da mesma Convenção, quando fór inconvenienle, por força maior, realizar-se nu lugar e tempo já antes determinados.
Art. H. - .A Convencão poderá negar o direito de votar ou tomar parle nas suas deliberações, a qualquer mensageiro que não obe ... decer ao seu regulamento, ou que se tornar impedimento ao seu tra-balho. •
Al'L 15. - Qualquer emenda á pI'e~Ante COllstituicão que se julgar necessaria, poderá ser feíta, porém com a approvacão de dois terços dos mensageiros pl'pscntes na oooasião da votação, salvo depois do penulLímo dia da Convenção, quando IH-mbumu emenda poderá ser feita.
Art. 16. - A vontade da maioría dos mensageiros presentes e vol~ndo será considerada a vontade da. Convenção.
JUNTAS. DA CONVENÇÃO JUNTA DE BENEFICENOIA, RIO DE JA~EIH.O. S. L. \Vatson,
Joaquim Rosa, ManoeI Avelino de Souza, F. F SOl'en, Salvador Farina Filh;o, Antonio '~lesquiLa, Viclorino Moreira, S. A. de Souza e O. P. Maddox. o
JUN'rA DE MISSüES ~ACIONA.ESJ IUO DE JANEIRO. Por 3 annos: José de Miranda Pinlo, Antonio Ernesto da SHva, Leobino da Hocha Guimarães, R .. J. Inke, p .J. Souza Marques. Pur Z annos: E. A. Ingram, S. A. dp Souza, Almi1' 8. (iunçalves, E. o\.. Jaúkson e .Tuvenil de Mello. l~or 1 anno: Mnngllha Sob1'inhu, L. M. Brawher, F li' Sore-n, Manoel :\ veliIlO de Souza e Ismail Gonçalves.
JUNTA DE MISSõES ESTRA~(3EIR.\:;;. BAHIA. PU}' 3 annos: Ghrispiniano Dal'io, L. L .• Jollll:'illI, ~e\"el'O M jgLl~ Pazo, Casimiro G. de Oliveira e José G1'PSenbl'l'g. p()f' :! anILas: .1. G. Bice, H. E. Cockell, .JllS(~ AUl'eliauu Alves, .João :\laia e }Ianoel Ignaeiu ~am!Jaio. Por 1 aunu: José Menezes, 1\'1 G. \Vhile, Theodoru H. Teixeira.L. M.Reno e Thomaz L. da Co:;la.
JU~T.\ DE E.D E ,\I0t:lIJ.\l>E. HiO DE J:\:\EIRO. PUf' 3 amws: _\. B. DeLer, ,'\. B. Langst.on, o·L Chl·i: .. ;\ie~ \1. G. \Vhile e \V C. Taylor Por;2 annos: Emilin \\" Kt'1'l', Paulo C. Furte!', H.H. Jluirheal'd, Hieardo Pitro\Ysk~' e \\' C. Harl'i:5oÍl. 1J U1' 1 anno: O. P o
Maddox, J o J. Gowsert, F F ~lI],f'lI, H. H. St.anLoll e Leobino da Ho-• cha Guimarães.
JU~TA DO GOLLEGIO E ~E\I I :\AIUO BAPTISTA DO RIO. P01' 3 lInnos: F F :-;01'1'11, \Y E. Entzmillger, Paulo C. Porler, A. B. OhrisUe f~ H. E. CQ(·keIl. Por:! annos: \V B. Baguy, Theodoro R. 'J\~ixcil'a, Fernando nl'llmIllOnd, :\. B. l>p!eI' t' E. 0\' J acksoll. Por 1 a'll:1W: J. H. ;\l1en, L.. \1 apllO, O P \Iatldllx. \Y B. Shel'\yood-e \V \V EneLe.
Jli~T:\. DO CULLE(j}o HAPTI~T:\ BRASILEIRO DE S P~ULO. IJ'tf~' 3 amws: A. B. Delnl', Alltonio l~l'llesl() da Silva p O. P: ~laddox. Por 2 anuas: T B. StOYf'l'. Paulo C. PI)I'1t'l' p Decio Parada. Par 1 ann.o: O. T Piers, TC. Bag'hy pR. B. Slantün.
JUN1'A DE EDUCAÇÃO. Po]' J 11llnos: :\. B. LangsLon, W H. Berry, R. B. Sf.antnl1, Carlos Bal'boza (\ ~. L .\V.atson. Por 2 annos: F F Sorcn, H. H. M \I i l'IlI'ad, L. L. J olll1son, L. M. Reno e Albe.rto Port.ella. pQ'I' 1 lInuu: .J. \V :-;hf'lHll'd~ \Y C. Taylor, E. A. lngram, M. G. White e :\. L. Dun:..;tan.
~ JUNTA DO COLLEGIO E 8E~IINARIO DO RECIFE. Por 3 armos: W C. Taylor, John Mein p Paulo L. Cost.a. Por 2 annos: L. L. Johnson,.II. A. ZimmeI'maUll e Oelavio Lima. Por 1 anno: A. L. H u.ye s, Mis~ Fullar e August.o Santiago.
DIAS ESPECIAES
De Acção .de Graças - 10 de Janeiro
Missões N acionaes - 10 Domingo de Março
.Dia do Rumo - 1 (\ Domingo de Abril
.... -'.'::~, .. ~. ,
Dia d'''Q Jornal Baptista" - 30 Domingo de Julho Dia de Missões Estrangeiras-1° Domingo de Setembro
Dia de Educação -; 3° Domingo de Novembro
Dia da Bíblia - 10 Domingo: de Dezembro
COMMlSSõES TRANSI'f.ORIAS
PARA FORMULAR O REGIMENTO INTERNO
W. E. Entzminaer
L. M. Bratcher
J. Souza Marques.
COMMISS.ÃO DE PROGRAMMA DA ·PROXIMA CONVENÇÃO, NA BAHIA
M. (G. White
Thoma%l L. da Costa Chrispiniano Dario
W. C. Taylor Carlos Vieira
COMMISSÁO 'DE INDICAÇOES
O. P. Maddox
M. G. White
F. F. Soren.
ROL DOS MENSAGEIROS
PARA'
Prilneira Igreja de Belém - ~mi1io R. Gamma.
MARANHÃO
Igreja de Caxias - Theophilo Dantas. Segunda Igreja - Anacleto Martins Velloso.
PERNAMBCCO
Igreja da Rua Imperial - Antonio Mesquita e Severino Seraphim do Monte.
Igreja de Capunga - Felilllu P. de Souza. Santo A ma1'O - H. A. Zimmcl'mann.
ALAGÔAS
Pri IJIcira IgreJa Baptista de Maceió - John Bice. -BAHIA
Cru; do Cosme - 1\1. G. \Vhite e C. Dario. Dois de Julho - José AUl'cliano Alyes, Lupel'cia JJ\'e~ e Gerson
Aureliano Alves. Plataforma - José Ricardo da Cruz. Lage de G-ll1ulú --o Emygdio Antonio de ~I i l'anda. jaguaquara - F. W Taylor e John A. Tumblill. Nazareth - Paulo Alves da Silya. Castro Alves - João Izidro l\lil'anda. ltãpagipe - Thomaz L. Costa e João GuUemberg.
E:::;PIIlITO :-;.\:-\TO
Igl'eja di' SltlJino I)c~sôa - -:\gar Barbo:"\ü e Alzira Barbosa.
[grf'ja ri,· \"il'loria --- L. ~1 Ht'llll .. \. l\l Reno. Peail Biglp~. Hcl'acledina Goncalve:"\, l\lul'ia ~lilrcal, .\Imerinda Ribeiro. Benedicto Peçanha e Cantidio Moreira.
Suá, \' icloria - Hpl'aeledina L. Gonral\"l\~.
Penha - Vi('!orillo MOl'(\il'<l e JacyntIlO Cnlixto. Ca~hoeiro do ltapemirím -: Sl'bastião Faria de Souza. Rio Novo - Alfredo Migllac: Ped7'a d' Agua - Fprnando Dl'ummond.
14 : -~~.:~- :~T::~-' -
CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA
S, PAULO
Primeira Igreja - Edgard .. \, lngram. EIIla Ginsburg, Biagio Turanto e ~\rthul' Za]\.sdrenes,
19'1"cja de Sautlls -' Miguel Dallliani. }l~h'il'a Damasio, lIoràcio Cardiru, Jorge Botelho, Maria Rolc!hlJ, Amplia Silvn, :\I'nnldo Fernandes Pinto, Horaeio Leill'. ~enhorinhu Leilt'. l\lanocl de Oli\'eit'u Bispo, Ant.onio A1>.ol do Nascimento e Sidonio :\"Pl'Y dl' Carvalho,
Brtl.z --- Angelo Fadna, Antonio Carmo dos ~all'o~, Manuel Joa-quim e Esther Trigueiro Dias.
ViUa .llarü,ma - TI~{"; Baghy. XOl'a Odessa _. C:ado~ Iüaul. Juudiohll --- AhI'uhão dI' fHi\"f:'ira. Pennapou's --- ~al\'ador F'al'ina. p:-;po:-,a f' filha .• Joaquilll Co~ta I~
p::;pusa, Agua Limpll --- .\xeJ FI'cdf'rico _\ntl(~l':,(ln, Lt';InLina di' CaryaHlU
Anderson~ Anna Parra }lf'l'Po; f'. Lf>flpolctina .1. Cal'valhu, ('n.mpioos - Paulo C. p(lrf l':o', Luiz cip .b:,i:, c Hcynaldu Pintu Ca
margo.
H 10 GIL\:\ j) E DO ~ t" L
Jgl'cjlj B(~}Jtistn d(l FlfJt'csfl/ - .lllilll Henrique f' .. \!ice Baghy Smith.
l'apeUa lJaptistf/ R. E. Pe! LigI'f'" f' Hf'l't lia Ppf tigr(~\\",
LH~Tn/l:T() FEDEH.\L
}ar .. ".lréIJllgruÍ - \Valfl'iflo ~llllllf'irn. Lp,"y .J. :\tlll'êtf':-'. Pl·(.lXedl'~ :\1-\P:O: Co:-;ta e AlIlcriro.\ ~anlll:'.
("I!/llillll!} _. HI"/l"dú'llI J"..;/" _\I\'t':-: .• João (Jllinla:o: .. \,'111111' Hiheiro }{tI..;al!lI. Amelia lJuinl a:o:. HitIta :\1<1 r" i ll:O:, .\lipio Xa\ if'1' .\~:-;urnp~ão,. Eli7.a àe .\lell.c31' f' ~eba:,1 iana da ~il\'('iJ'a.
Campo (;rfLndc _ .. \ntunío Baptisla, Georgina Bapl i:.;la, .Jn;-;t" Joaquim Ferreira, Maria (Ia ~il\"a F~l'reira Il !y" dp .\z(',·pdo.
Bom.successo - Da\ iii dr> Can'allw !\lnUJ'a, Cy I'l'iano d,,:, ~:lI1t ()~.
Antonio Hodrigues Bal'bo:-lt. Al\'aro de .Arau,jo Braga I' '1m'ia .. \l'aujn do ~a:,('jlJJento.
Penha - Florentino da :"\ih·a. Emilia 'J'I"igupir'lI da 8ilva, João I-'el'nandes Uf\ FI,(-ita:-, (' :\lanocl Rego.
Realengo - Mat hpu:-: Paulo (~tJl'd .. :o: •• loão C~'III'iaJII) dt ' Allm({ucrque, lfal'Ía de Souza Lima n 1.11 :za l;ordeil'lJ.
Tiju(:a -. \V '" Enefe, Joaquilll \larialllJ. .\l'i . .;11'1l Amorim, CínÍra GonH~, .\nLcmi" .\1 anJl 11':-;, .Janllaria Costa, Pedl'u Jlodl'igU(~:; c Uaud ío Méllo,
S. Christovão - Sebastião de ~ouzu, ~l. d,' Mirallua Pinfo, Iber(\ Masson, A, B. Lang:-stoJl, Fon Langslon e Manuel .TII:oH~ Lopes,
Pilares - Cunha .Juniol', Waldcmar Nunes, Paulino dus Santos,
•
ROL - DOS MEMBROS 15·
Raul' Portugal, Silvfno Sanfos, JuÜela Santos, Olga -Lima da Cunha, . Multes Lima da· Cunha,Corina Portugal e. Eurydes da Silveü;a.
Pl'inieira Igreja - F.F. Soren, Theodoro H. Teixeira, R. J. Inke, L. M. Bratcher, F d.e Miranda Pinto, .João Galdino Monteiro, Hermcnegildode Sant'Anna, JoS(' An10niü Villaca, Almibal 80are8, Victor Stawiarski, João A. de l\1l:!galhães, Huth Randall, Minnic Landrufi', Helena Edwards, João Dorea, Maria Florcs Teixeira, José de Miranda Pinto, Delciú Costa, Miss Bratcher, Henriqueta Trigueira de Magalhães e Hidualpo Gomes Leal.
Engenho (le Dent1'o -'-' Ricardo Pitrow::;ky, Julião Magalhães Passos, Angelo Manzolillo, Demetrio CoutinhoCarvalhaes, Joaquim da Silva, Carlos dn Carvalho, Nest.o}' de Carv,dho, :luliQ de Moraes, Domingos Ferreira do .·\mparo, GladsLone da Paixão, Maria Passos, Allnunc·iala de ~igrisA Emilia Gome:-: Novo.
Oswaldo Crnz -- 80uza Marque~, José Luciano Lopes, Genesio Pereira de Azevedo, ·Custodio HOlllualdo ria :4ilya, 'LeQPôldin_a Aurelia de Souza :VIa ['ques, Bl'igída Hamôa o :-;emil'amis Mello.
Meyer-Hurrison. S. L. \Va! ~Oll, José Ferreira SeImlveda, Theodolo Nunes, Carlos Vieira e ~eutel Bastos.
Lqranjeil'llS - Fl'anci:-ico .:\'a~eimellto, .\merico Tholllaz de ~ol1za,
,Joaquim Machado dt\ AzeH'do, Pl'lHlencio Francisco da Silva, ~Iareelli
no Meira, Leocadia \luehado, Balbina Cordeiro f' :\lal'gal'ida Saboya.
Joe/tey ClulJ - Flavio de ~ouza, Antonio de C,\l'\"alho, Antonio de FI'eif.as, Juvenal Ferreira, Jo~(> dI' Farias, K<lle de Souza, Hermelillda de Carvalho, Ruth MaLtos e Lucinda Soares.
Ma.dureira - AgosLillho Hi(,tll'do Gonçaht):i, Bl'anoina Lyra (iontalves, Pedro Lino Brasil, l\laria Brasil, Perminio Alyes de Salles, }1~smeralda Ah'(~:-; de Salles, Eulropio Hug'o dI' :\nd.l'ade, Isaura de .\ndrndc, Conradu Lopes ESlllera, Bibiana NoglH'ira Lopo:i. Malloel Paez, .\mparo Paez, Fi'unciscu Paez, J uão 1..01)0:-;, ~\.ugu.-;ta Lopes e Alvaro de Castilho Barbusa.
Ricardo de Allnu.JuerlJue - \'ieenlt' .\. dI' Lilllu,A.nselmo Paschoa, Daniel Gonc~Uvps, Fclidalla Silva. Gabriel P. de Souza e .Francigcn .Julio da Silva.
ESTADO DO RIO
Vieira Braga - Lilmuio Barbosa. Danirl de SÜ. Gil dE:' ~á e Benedila Barbosa.
Alto ~t{1,f:abú - Evaristo ])olllillg'OS Bahia, Balbino Rodrigue~ da :-;i!va f) Cyriaco José Freire,
l.'mnpos _. Fjdeli~ MoraJt·:-; Hittcnüourt. ,J!lào dA Souza, Zelia Lohato de 8ouza, Anna Martins de Oliveira, Inclio do Brasil e l\farljn~
Barroso. Conceição de Macabú - Celina Carvalho de Brito e Manoel de
Brito.
CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA
Bpa Espet'ança - Theophilo Silva, Venancio Gonçalves Pires e Hor,acio Firme.
Caclwei1'os de JJ(/ca/u? - José Luiz Carvalho, Francisco Lopes Gonçalves e José· Lniz de Carvalho.
Cachoeüaa de JIacacú - Candido Iguacio da S·ilya . • Yopa Fribw'(1o - Antonio Charles, C~nnon Charh's, Antonio
.cunha, Bcned.ict.a Martins e Manoel Duarte da :-;ilvR Junior. llfllCUCO - Joaquim Coelho dos Santos, Emercntina dos Santos c
F'randsco Van-Erven. Xatividade do Ca.rangola - Achilles BaI'bosa, Cesario Thcophilo
Maria: José Abrahão do :\asei1lll'nto, Fralll'i:-:co PimenLel, Antonio Jos(' ~une5. João Ferreira- J05é Nogueil'a, :\nlonio' .\ngelo e ·Jo:-:t' Baptista.
Boa l"entura - Virgilio Faria, .lerunymu Yenallcio Riheiro, Lima :;'\[endoncu Ribeiró t' Bosa Moura dI' Faria .
• 4.guas Clara.s - .\ntonio Elias Pereira, l\1al'lholino da Silva e Bc-nedicto da Silva .
.-lral'u-ama - ~Ianoel JnSf' dos Reis e :\ilo Luiz Vieira. Tmbaltr'l - ~""Icides de Oliv('i1'a Quinfanilha . .Yot'a IgttassLÍ - Antonio Gon]('." dI' Cal'valho, Jes\li!1o .\nLoniu
Lopes, Antonio de QliYeira, .\ntonio BO<lVcntUl'U e Bapti:-:la ~all1ucl dt' Caryalho.
En/re Rios - Manoel .\nfonÍo e Luiz de ?\Iedciros . .1/0(1(: - João Barreto l' Silya I' Mano!'! ;-';oliva . .YictILeroy - bmail Gonc;al\'es, Bernardino Loul'eiro, Dionysi/l
Loureiro, Fm'lunalo do:" Santos, JU\t~njl Lessa, .João :\1ourn, Oso1'i.1 Cunha, Eduino Mart ins, T~enl Í . ..;toclc:o' !I(' Queiroz, Eva de Souza e Manoel Avelino de Souza.
S. G{Jn~~al0 - Lcobino GuiJllal'ii('~. Evodio Queil'oz p babel de Ayellar.
Ban'l' do /ta}Jll}Jomw - FrancÍ:-:eo Benlo ~il\'a.
I'i>! ropolis -.\ B, Cltl'i:o'l ic, T B. Slo\'('I'. \V E. Enfzmingel' e c\lbc['lo R. de Olin~il'a.
Porlellll - Pedro Mariano de Souza. Rethel - Leopoldo .\lYl·~ F'ei/o:-:il. I1ol'~lt'i{t Ca!'lu~ de Jesus, Al'i~
tidf'~ Vieira da Co:"la, Tiburcio .I 11:;/', Gorll/~s, :\1 arlfJf' I Jfl~(~ ~/,)I1Za, .\nlonio José Pacheco, Gracina GOfJ)f>:;;, Josephina da Sil\'a f' EI\'Íra Ui! Silyeira.
T(L(jua.russú - .Ju:-;(; Lola .'a=-eímento f' :\ll'xiHHll'ina Vieira, JIurundú - .\ntonio ~lol,ltI/':-: Hittencourl., :\nlonio .Joaquim e ~\n
tonío ,Joaquim de :\1 att ü:-:,
Juiz d{~ FÚl'll -- \lanuel GOHl(l:; Olí\f~jl'a (' Eulal'ína c, Oliveira. Cl.lpara.ó - EI·I1I~:.;f{) Gomes de Ahr'eu Lima, Agenor' Pinheiro,
.Juscelino Affonso df~ Oliveira, José Luíz da Silva (\ AI'Y de Abreu Limil' Manltumirirn.:-- .. \.1berlo Vaz Lessa.
/'
ROL DOS MEMBROS 17 Sarandy - Sebastião Teixeira, Antonio Silveira e Romeu Tavares. Barro. Preto .7-" J ennie Lu Swearingen. A raguary ;..::...: J R. Allen. . Ribeirão Preto - Antonio de Oliveira .
. Primeira 19l'eja de Bello Horizonte - Ephigenia Maddox e O. p. Maddox.
Mirahy - José Martins Monteiro, Antonio M. ViLlas Boas, Alda Villas Boas, Pacifico José Ferreira, Saint Clair de Oliveira, Adriano Martins Monteiro e Ubaldino Faria -de Souza. .
Espera -Feliz - Emygdio· A. Moura.
MATTO GROSSO
Tres Lagôas -João Gregorio Urbieta.
PARANA'
Curit1lba - Djalma Cunha e A. B. Deter.
Resumo: Estados representados i3, igrejas 85, representantes 342.
11: Reunião ~a [onven[ão lapti~a Bra!ileira
ACTAS E PARECERES
"-Aos 11 dias do mez de Janl~iI'o de 1928, ás 19.30, no salão da Pri-
meira Igreja Baptista do Districto Federal, reuniram-se para a decima set.ima Convenção Baptista Brasileira, mensageiros das diversas igrejas baptistas do Brasil.
O presidente, irmão Antonio Ernesto da Silva, dá a palavra ao Dr ~ A. B. Langston para dirigir o culto devocional, o qual }c:mdo uma parte do capitulo 6° do E"angelho Segundo o apostolo João, fez uma beIla exposição do t.recho lido.
Após uma fervorosa oração pelo pastor F F Soren, e um hymno de louvor cantado .pela congregação, o presidente declur~ abertA a ta -sessão da 17& Convenção Baptista Nacional.
E' dada a palavra ao pastor Soren o qual ·num vibra.nte discurso deu aos mensageiros as boas vindas.
Não estando present2 o irmão pas! or C. C. nuclerc, a Crmunissão de ProgramI~aescolbeu para responder :to I!; ;.;curso de bOUH vindas, \) pastor M. G. White.
Após o arrolamento de 213 Illl'llsagl' !'I)~ procede-se á eleição da directoria a qual ficou assim constituidcl: Presidente, pastor ManoeI Avelino de Souza; 1° vice-presidente, pa"Lor- Antonio Ernesto da Silva; 2° e 3°., respectivamente, pastores F F Soren e J.f:.ouza ~lal'ques.
Para 1° secretario, pastor Achillp:-; Barbosa; 2° see!'(·tarjo. Capitão José Aureliano Alves; e thesoureiro, pastor Victorino :\1ol'eíra.
O presidente dá posse á nova directoria, ouvindo-se após a oração de posse um beBo hymno cantado pelo éOro polyphonico do DisLrícLo Federal.
Antonio Charles, 10 SecretarIo.
Proseguindo-se nos trabalhos, após a eleição e posse da nova airactoria, o irmão presidente agradeceu á assembléa a sua eleição. Foi proposto e apoiado que se lançasse em act? um voto de louvor á directoria passada pela maneira correcf.a com 4ue se desempenhou do seu mandato. Pelo presidente, foi apresentado á Convenção o
ACTAS E PARECERES 19
irmão Torr.es, pastor da 1 a, Igreja Baptista de Lisbôa, Portugal, oomo illustre visitante a esta Convenção. Em palavras commovidas, então, eUe saudou .a mesma. Disse que aqüella hora era memorável para a sua fé, por lhe conoeder o Senhor o pri"ilegio deeonheoer' a de;'-. nominação ,baptista .do Brasil, reunida ,em magna assembléa convencional. Em nome dos portuguezes, agradeoe aos 'brasileiros os seus esforços em pr61 do Evangelho em Portugál.A Convenção Baptista Portuguêsa .encarregou-.o de falar a n6s das necessidades delIa, p que fará em tempo opportuno. A necessidade maior que apresenta é a oonstrucção de um templo digno da Gausa em Lisbôs, capital do seu
-',paiz. A seguir foi dada a palavra ao irmão pastor Djalma Cunha, orador official, para proferir .o sermão offiúal o que fez baseado na passagem de Actos 20 :28, da qual extrae o assumpto: "O preço do Ideal" Propõe o coronel Antonio Ernesto da Silva, que o mesmo se publique n"'Q Jornal Baptista", -e em folhetos, para que toda a denominação apreoie ,t.ão lídima obra orat6ria e 'edificante. O tlresidente nomeou a seguinte commissão de indicações: O. P - Maddox, F F. Soren, A. Mesquita e Antonio Ernesto da Silva. Leram-se 4: telegrammas de saudações, entre os quaes um do grande estadista inglez, nosso irmão de crença, Lloyd George. Foi lido o programma para a proxima sessão, que foi approvado. Suspenderam-se os trnbalfios até ás 8 112 da manhã de 12.
AchiUes __ BarbosfL, 10 secretario.
Ats oito e trinta do dia 12 de Janeiro, tiveram inicio os trabalhos convenciona€s oom o culto devocional dirigido pelo irmão J. R. Allen. Neste exercioio espiri,tual preparatorio cantou-se o hymno 9 do Cantor, ouviu-se a leitur:a de Lucas, cap. 9 :27-36, sobre a qual foram feitas salutares considerações. Enoerrou ... se o culto oom oração, impetrada pelo irmão Anacleto Martins Velloso, de São Luiz do_ :\faranhão. Em seguida é .approvada s' acta anterior. Por voto unanime da assembléa, foi considerado mensageiro de honra o pastor Paulo IrwiI1 Torres. Elegeram-se directores -da mU$ica durante os dias de convenção, os irmãos Ricardo Inke e Egydio Gioia. O presidente desculpa-se, como, relator da Commissão, por não ser possivel, ainda desta 'vez, apresen( ar regimento interno da Convenção e espera que, na futur·a l'eunião,a lacuna se preencha. Para que se não enoontre, então, -em identica difficuldade, sob proposta do irmão Ingram, nomeia-se a seguinte outra oqmmissão, para o organizar: Drs. W.· E. Entzminger, L. M. Bratcher e J. Souza Marques. Teve, então a palavra '0 irmão S. L. Watson para -encaminhar a disoussão referente ao arrimo aos pastores invalidos necessitados e ás suas famílias. O orad~r pede a leitura do parecer sobre o assumpto, apresentado á reunjão convenoional passada. Em se tratando de tão importante phase
20 CONVENÇÃO BAPTISTA BRAS1LEmA
do trabalho, vieram á baila os nomes dos pastDres- Z;eferino G. Netto e Jose Drummondque, por motivo de enfermidade, estão necessitando do auxilio' da Denominação. Destas considerações, chegou-se á conclusão da urgencia de chegar-se á parle pr&tica da questão., Por se rião 'haver feito ainda adeqüada discussão do parecer acima, volta-se, novamente ao assumpto, sendo o mesmo discutido pon~ por ponto. Depois de de.morada discussão, foram acceitos os tre8 primeiros pontos, considerando-se os ou tros como corQllários dós primeiros. Por proposta apoiada, .criou-se uma Junta Bep.eficiente de nove membros, com séde no Dist,ricto '"'Federal, para dirlgir estes negocios. A Commissão de Indicações apresentou o seu parecer que continha as suggestões da directoria do Departamento de Estatistica e Historia, que foi approavd'o -e vae appensu. O irmão· ~\. Mesquita, leu, a pedido de D. Rosalee Appleby. um parecer de Historia e Estatist.ica, o qual após 8er discutido ponto por ponto, foi acceit.o na totalidade dos itens, embora çom .algumas modificações já incluípas no proprio parecer, que vae junto. Lido o programma da tarde, que foi approvado, e feitos diversos annuncios, suspenderam-se os trabalhos até ás 13,30.
M anoel A velinlJ de Souza, presidente. Achilles Barbosa, 10 secretario.
Relatorio da Commissão de Apontamentos
A Commissão suggere as seguintes Commi~sõe~:
~HSSõES ESTR.\XGEIRAS: Francisco Nascimento; relator, O. P. Maddox e José Aureliano Alves.
MISSõES NACIONAES: J. Souza Marques, relator, Djalma Cunha e S. A. de Souza.
ESCOLAS DOMI~ICAES E ~fOCIDADE: Ricardo Pitrowsky, relator, M. G. White e Abrahão de Olive:J'a.
COLLEGIO E SEMINARIO DO RIO: L. \1. Brateher, relator, R. J. lnke e Leobino da Rocha Gu irnarãl'i .
COLLEGIO E SEMINARIO DO RECIFE: .lnwnio Mesquila, relat{)r, F \V Taylor e J. R. Allen.
COLLEGIO BAPTISTA BRASILEIRO DE SÃO PAULO: Palllo C. Porter, relator, A. B. Deter e V ictorine Moreira.
EDU CAÇÁ{) : A. B. Langston, relator, H. A. Zimmermaull c Fidelis Morales Bentancour.
LUGAR, TEMPO E ORADOR DA PROXIMA CONVENÇÃO: Florentino Ferreira, relator, Paulo Alyes da Silva e Salvador Farina Filho.
ASSlJlIPTOS ESPEClAES: Thoodoro R. Teixeira, relator, Antonio Ernesto da Silva e Delcio Gosta.
EXAME DE CONTAS: Isn;18il Gonçalves, relator, Americo Sen~a {) H. A. Gomes Leal. .
RENOVAÇÃO DAS JUNTAS: S. L. Watson, relator, Antonio Mesquita, Paul O. Porter, F F Soren e L. M. Reno.
AcT.AlS E PARECERES 21
JUNTA DE BENEFICENCIA, RIO: S. L. watSon,Joaquim Rosa,-Manoel Avelino de Souza, F. F. Soren, Salvªdor Farina Filho, Antonio Mesquita, Victoríno·Moreira, S. A. 'de Souza, O. P~ Maddox.
Rio, 12-1-1928. ~ Commissão:
O. P. Maddox, relator. F. F. Soren. M. G. White. A. N. Mesquita. A. Ernesto.
Parecer da commissão de Historia e Estatistica
RECOMMENDAÇõES:
1 Que o anno convencional, para fins de Estatística e Historia, comprehenda de Outubro a Setembro do anno seguinte, e não de Janeiro a Dezembro, emquanto a Convenção se reunir em Janeiro.
2. Que as formulas de relatorio usadas este anno, sejam adoptadas -em todos os campos do Brasil, e que sejam redigidas de aecordo com as exigencias do governo da Republica Brasileira.
3. Que as despezas do Historiador Estadual c,orram por conta da J unta do respectivo campo.
4. Que a organização da Commissão continue como está, com tres membros da Junta de E. D. M., eleitos pela mesma Junta e u.m membro de cada campo, eleito pela Junta respectiva.
5. Que qualquer vaga na Commissão seja preenchida :pelas Juntas respectivas.
Pela Commissão: RQsalee Appleby.
A's 13,30 do dia 12 dê Janeiro de 1928, dil'igiu o culto devocion~ o irmão Erodice Queiroz. Cantou-.se o hymno 135; o irmão Orlando Alves fez oraçãô' e {) dirigente leu o Psalmo 139. A acta anterior foi lida e approvada. O irmão Watson apresentou o parecer de renovação' das Juntas, que foi approvado e se acha appenso a esta acta. O mesmo orador fez o historico dos trabalhos. em prol do Congresso Baptista Latino-Americano, que deve realizar-se no Rio, em 1930. Aecentúa o inform1llIlte que baptistas eminent.es de diversos paizes já adherir.am ao m1ovimento, mas ainda se faz mister muita :propagarida, afim de se alcançar rxito completo. Seguindo ainda com a palavra, o Dr. Watson ap/l'esent.a o relatorio da Junta de Escolas Dominicaes e Mocidade, o qual vae na secção final. O Dr. Entzminger apr..esenta o relawrio d~ Secção de Livros e fala sobre Q valor da pagina impressa . Salientou, com a maestria que lhe é propria, o inestimavel valor da imprensa, que, infellzmente, tem servido de instrumento de destruição nas ~ãos,satanicas; cumprindo-nos, por isso, proporcionar ao povo literatura sã e eonstructiva e levá-lo a adquirir o habito salutar da leitura. F·ala, em seguida, {) irmão Theodoro R. Teixeira
22
sobr.e "O Jornal Baptist.a" o orgão da Convenção. Em synthese notaveI, salienta o seu valor e concita os ouvintes a darem-lhe entrada franca e acolhedorá nos lares dos crentes e dos amigos da Causa. Termina as suas considerações co.m a leitura de um bem lançado artigo da lavra do irmão Munguba Subrinho. O irmão Carlos Vieira, em primoroso e opportuno discurso, discorre so.bre o desenvolvimento da Causa levado a effeito pelos diversos periodicos, os quaes não estando ainda ã altura das nossas necessidades, são, c o.mt.udo, já relevante realização. O Dr\Vatson fala sobre a razão de ser da C~sa Publicadora Baptista. Salienta o Director da referida Casa que seria incalculavel a perda de tal instituição. Todos os seus diversos departamentos são indispensayeis. O plano que t.em posto. em pratica, como dirigent.e della, é deixar que os seus auxiliares appareçam e cada um assuma a responsabilidade do que lhe está affecto. Vem após o Dr Stover que apresenta o assumpto da União da Mocidade Baptista (U .~LB.) Lamenta o ter decrescido o numero. de pessoas que receberam diploma e seIlos do curso normal. Appella então para os obreiros, afim de que se esforcem para incentivarem o preparo de professores da E. Dominical, pois, essa o.bra depende, em especial, delles e é de vital importancia para a Causa. Apresentou a Escola Popular Baptista o seu director, SI' \V \V Enete. Espera realizar este anno 20 escolas por todo o Brasil, para que se não perca a opportunidade g-lo.riosa de levar muitas crianças á graça de Christo. O irmão Ricardo Pitrowsky apresenta o parecer sobre a Junta de E. Dominica-es e Mocidade, o qual,' depois de discutido, ponlo por ponto, foi approvado e,'vae appenso. Por estar adiantada a hora, foram suspensos os trabalhos até ás 19 horas.
Manoel Avelino de So:uza, presidente.
AchiUes Barbosa, 10 secretario.
Parecer da Commissão de Renovação das Juntas
Jc~TA DE BENEFICENCIA, RIO DE JANEIRO. S. L. Watson, Joaquim Rosa, Afanoel Avelino de Souza, F F Soren, Salvador Fari na Filho, Antonio ~lesquita, Vict.orino Moreira, S. A. de Souza e O. P. Maadox.
JlJl\TA DE 'HSSõES I'\ACIO~AES, RIO DE JANEIRO. Por 3 annos: JO'ié flp Miranda pjnto, Antonio Ernesto da Silva, Leohino da R(JCha GuimarEes, fi'. J. Inke, e J Souza Marques. Por 3 onn{)$: E. A. lngram. S. A. de Souza. Almir S. GCllçaJyeS, E. A. Jackson e .Juvenil ne 'fell0. Por t ~nrw: Munguba SObrinhfl, L. M. Bratcher, F F Sorrn, Manoel Avelino de Souza e Ismail GJnçalves.
JU~TA DE :\fISSõES ESTRANGEIRAS, BÁHIA. Por 3 annos: Chrispiniano Dario, L. L. Johnson, Severo Miguez Pazo, Casimiro G. de Oliveira e José Gresenberg. Por 2 romos: J. C. Bice, H. E. Cockell, José Aureliano Alves, João Maia e ManDeI Ignacio Sampaio. POT 1 anno: José Menezes, M. G. White, Theodoro R. Teixeira, L. M. Reno e Thomaz L. -da Costa.
Aé'l'AS E PARECERES 23
""" JUNTA DE··E.D. E MOCIDADE, RIO DE JANEIRO. Por 3 ann08: A. B. Deter, A. B. Langston, A .. OhrisUe, M. G. \White -e W. O. Taylor. Por 2 annos: Emilio W Kerr, Paulo C. Porter, H. H .. Muirhead, Ricardo Pitrowsky e "1 C. Harrison. Por 1 anno: O. P. Maddox, J .. J Cowsert, F F Soren, R. B. Stanton e Leobino da Rocha Guimarães.
JUNTA DO COLLEGIO E SEMINARIO BAPTISTA DO RIO. Por 3 annas; F. F. Soren, W E. Entzminger, Paulo C. Porter, A. B. OhrisUe e H. E. Cockell. Por 2 annos: W B. Bagby, Theodoro R. Teixeira, F·ernando Drummond, A. B. Deter e E. A. Jackson. Por 1 anno: J. R. Allen, L. M. Reno, ,O. P _ Maddox, W B. Sherwood e W W. Enete.
JUNTA DO COLLEGIO BAPTISTA BRASILEIRO DE S. PAULO. P.ar 3 ann08: A. B. Deter, Antonio Ernesto da Silva e O. p, Maddox. Por 2 'annas: T. B. Stover. Paulo C. Porter e Decio Parada. Por 1 rmnn; O. T Piel':-;, T. C. Bagbv e R. B. Stanton.
JUNTA DE EDUCAÇÃO. 'p"'-or 3 annos: A. B. Langston, W H. Berry, R. B. Stan'ton, Carlos Barboza f' S. L. Watson. Por 2 annos: F F. Saren, H. H. MUirhead, L. L. Johnson, L. M. Reno e Alberto PortelIa . Por 1 anno: J. W Shepard, WC. Taylor, E. A. Ingram, M. G. Whit.e e A. L. Dunstan.
Je~T:\ DO OOLLEGIO E SE:\IIX;\HIO DO RECIFE. Por 3 anrws: \V C. Taylor, John Mein e Paulo L. crIsta. PO.r 2 annos: L. L . .Tolmson, H. A. Zimmermann p Octa\'io Lima. Por 1 anno: A. L. Hayes, Miss Fuller e Augusto Santiago.
Parecer da Com missão sobre a Junta de Escolas Dominicaes e Mocidade
A Commissão, depois de estudar devidamente o relatorio desta Junta, vem fazer á Convenc,ão as segu infes recommendações:
ia. Quo exprimamos a no:-;sn .;;;afü-;fação pelO interesse que por toda a parte se está notando pela Convenção Baptista LatinoAmericana a realizar-se neste templo em 1930, e que seja votada uma moção de gratidão á Commissão de,ta Junta que está promovendo esta obra e a todos os demais que têm patenteado o seu interesse e dado apoio a este emprehendimenlo.
2ft• Que approyemos a:-; sugg-estões desta Junt.a para a creação
de um fundo para a distribuição gratuit.a de literatura evangelica, cujas fontes de renda serão as seguintes: a) Dois por cento da receita bruta desta Junta; h) Offertas "01 untarias das igrejas, levantadas por meio de col
lootas, ou por uma quota mensal incluida nos seus orçamentos;
c) Contribuições ou legados de pessôas interessadas no assumpto. 3n. Que a. .Tunta proyidencie um meio que promova uma pro
paganda mais intensa e systt'matica em todos os campos do país, quanto á distribuição ou venda da literatura em geral da Casa Publicadora, visto haver em stock na casa 19.9~7.168 exemplares de livros e folhetos, no valor de 223 :000$000 .
. ,.,. QUfI o po"o - individuo:" e igrejas - em todos os campos, tome mais cuidado em satisfazer os seus compromissos para com a Casa.
58 Que registremos uma apréciação (' reconhecimento ao veterano -irmão dr. W E. Enizminger pelo seu valioso trabalho no seu Departamento de Livros.
24 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA
6". Que continuemos a apoiar O JOrtlal Baptista, procurandQ. fazer propaganda delle e auxiliando-o para que cada vez mais se torne um factor efficaz na causa do Senhor.
7- Que a Junta de Escolas Dominicaes e Mocidade considere se vale a pena continuar a publicação do Mensario Dominical Baptista, vi5t.o ter apenas uma tiragem de 500 exemplares e sempre apr~entar deficit. A commissão julga que, caso. fosse descontinuado, os Pontos" Salientes poderiam preencher a lacuna em grande parte.
S-. Que registremos um reconhecimento á Sra. D. Rosalina Appleby, directora do Depart.amento de Esta~istica e Historia, pelo bom trabalho que está fazendo. Não recommendamos aqui mais coisa alguma por já ter sido tratado este assumpto hoje de manhã.
Rio de Janeiro, 12 de janeiro de f928. R. PitrowskV, relator. M. G. ll'hite. Abrahão de Oliveira.
A':.; 19.30 do mesmo dia empolgou o audilorio ti irmão Yictorino ~Ioreira com advertencia~ t iradas do capitulo quat.orze de Juão. Foi seu t11ema: "Ag obras - credenciaes da fl'" Leu-~e e foi approvada a acta anterior com uma emenda na parte que H ' refere ao parecer de Escolas Dominicaes e ~Iocidade, que não foi approvado na tutalidade, a sim ficou a questão (ro Jornal Baptista para discussão posterior. O irmão Antonio Erne:-:to apresentou á Con\"encão os irmãos Farina e Damiani, como novos oLreil'u!"Õ que se cunsagram á Causa. O il"mão L. ~I" Bratcher falou sobre missó(':, nacionacs. Âpresentou as opportunidades que se nos deparam entre os indius e lembrou a grandl' I!cce:"'~idade fie cuidarmo:". com urgencia, do trabalho enlrl' os immigranles. O irmão ~lanoel Avelino fala da "Significação de ~lissõe:,
Nacionaes'", O seu discurso foi elucidativo e precisu, cheio de incelltivos. Recordou que o irmão Salomão L. Ginsburg foi denouado campeão desse movimento. Por elle foi enconh'ado o irmão missionario Manoel Gomes dos Santos, que v~w conquislando terreno, palmo a palmo, enlre us de~prezados indigenas. A questão de Missões Nacionaes é de maxima importancia, porquanto não se estende só aos inãios, mas a todos os brasileiros que estão na perdicão, em especial uquelles que vêm de outras partes do mundo. Após um hymno inspirador, ouviram-se palavras tocanles do irmão Antonio Erneslo sobre (J
mesmo assumpto. O irmão Soren apresentou o parecer de nomeação da Junta de Benefieencia. Ficou assim constituida: S. L. Watson, Joaquim Rosa, Manoel Avelino, F F Soren, Salvador Farina Filho, A. Mesquita, Yiclorino Moreira, Sebastião A. de Souza e O. p. Maddox. Foi apresentado o parecer de missões nacionaes, o qual foi accei to para ser discutido ponto por ponto. Depois de largamente discutidos, foram todos acceitos na integra, com excepçAo do primeiro, que foi ligeiramente modificado. Este parecer vae appenso. Foi apre-
AcTAS E PARECERES 25 sentado. á . assembléa o illustre irmão .Dr· João Henrique, advogado e ex-padre' da igreja rom'ana. SegUlidQ . a apresentação do irmão Antô,;. llio Ernesto, eBe deixou vantagens materiaes para ser perseguido com o povo de Deus. O referido irmão falou da sua profunda convicção e firme esperança de aJcançar, pela cruz sangrenta de Jesus, Senhor nosso, a gloria dos céus, inaccessivel para os grandes do mundo. A1>óS um hymno pelo cÔro da Igreja do Engenho de Dentro, suspenderamse os trabalhos.
Presidente, Manoel Avelino de Souza. 10 Secretario, AchiUes Barbosa.
Parecer sobre Missões Naclonaes SI'. presidente: Constituídos em commissão para organizar o pa
recer sobre Missões Nacionaes, procurámos immediatamente estudar o assumpto com todo o carinho e a grande sympathia, que o mesmo nos merece, desejosos de apresentar algumas recommendacões uteis a esta magna assembléa, capazes de bem orienta-la no seu pr~munciamento sobre tão importante quão gloriosa phase de trabalho desta Convenção.
Depois de cuidadoso exame ,do relatorio da Junta competente, sobre as realizações do anno preteri to, accordámos em submetter á esclarecida e criteriosa apreciação dos S1'S· mensageiros o parec-er que passo a ler:
.i. Considerando que o trabalho ha alguns annos iniciado no vasto campo do .Amazonas está reclamando maiores actividades, conforme se conclue do relatorio da Junta, e sei entes de que um moeo do Seminario de Recife acaba de offerecer-se para cooperar nesta obra, recommendamos: a) que a Con...-encão Baptista Brasileira continue com o tra
balho que vem mantendo no Amazonas; b) que a Junta de Missões Nacionaes se interesse a contratar
mais esse obreiro que se offerece afim de desenvolv~r maior actividade nesse campo.
A l'ecommendacão desta alinea é autorizada pelas informaÇÕI'S fidedignas do candidato em questão tanto sobre a sua idoneidade como {'apacidade para o serviço.
2. Que o trabalho em Goyaz continue a merecer particular attenção da Junta de Missões Nacionaes, que manterá sua actual organização.
3. Em relacão ao trabalho entre os immigrant.es recommendamos: a) que a Junta continue no esforco que vem desenvolvendo
no sentido de inicia-lo, no mais breve espaco de tempo possivel;
b) que a Junta das Missões Nacionaes procure estabelecer r~·lacões fraternaes com os baptistas e igrejas baptistas de outras nacionalidades no Brasil, como os bartistas lettos, e allemães, afim de incorpora-los á C. B. B.
4. Que o "Dia de Missões Nacionaes" seja observado festiva ou solemnemente em nossas igrejas, levantando-se collectas eBpecfaes, destinadas á evangelização dos nossos selvicolas.
5. AUendendo a que as igrejas de todos os campos se têm manifestado liberalmente em favor desta causa, como comprovam a boa vontade e sympathia com que receberam o augmento volado em S. Paulo, dado o seu interesse pela evangelização'
26 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA
dos verdadeiros brasileiros ~ attendendo ainda a que o grande avanço desta obra estará na razão directa dos recursos que lhe consagrar a denominaçãe, recommendamos que o orçamento de Missões Nacionaes para '1928 seja fixado em 40 :000$ (quarenta contos de réis).
6. Finalmente que seja consignado em acta um voto de apreciação aos bons trabalhos prestados pelo D. D. Secretario-Correspondente da Junta de MissQes Nacionaes, o dedicado irmão dr. L. 1\1. Bratcher. Sala das Com missões, 12 de janeiro de 1928.
J. Souza Marques, relator. S. A. de Souza. Djalrna Cunha.
ACTA sa A's 9.15 do dia 13 tiveram inicio os trabalhos da 5" sessão desta
Convenção, com o culto devocional dirigido pelo irmão Carlos Kraul. F'oi cantado o hymno 154 do Cantor; foram lidos os versiculos 24 a 27 do capitulo 7 de Mat-heus, sendo depois apresentados, pelo irmão director do culto, sabios conselhos, tomando 'por base o assumpto seguinte: "Dois fundamentos" Mostrou então as vantagens e desvantagens desses fundamentos, sendo encerrado o exercicio espirit.ual com duas supplicas ao nosso Deus e um hymno. Em seguida o irmão Antonio Ernesto, 10 vice-presidente, por não estar presente o irmão presidente, declarou aberta a ~. sessão, havendo tomado assento na mesa o 20 secretario, no impedimento do 1 P dito. Lida a aCLa da sessão anterior, foi elIa approvada com a seguinte emenda: onde se lê, na parte que trata do relatorio das Juntas de Escolas Dominicaes e Mo .. cidade, "ficou a questão d'O Jornal Baptista para diseussão ulterior", leia-se: "ficando acceito o parecer respectivo até onde se trata d'O Jornal Baptista"; e, como tenha ficado na acta ant.erior este ponto para discussão, o irmão presidente franqueou a palavra, depois de lido o 60 item, usandü da mesma o irmão Inke, que mostrou as vantagens de serem conservadas as gravuras nas paginas d'O Jornal Baptista. Com a palavra, o irmão M. G. White demonstrou a grande neces--~sidade de ser lido por todos os baptistas o Jornal Baptista; depois pediram a palavra va~ios outros irmãos, manifestando-se todos favoravelmente ao nosso jornal de publicidade. Encerrada a discussão c posto o assumpto á votação, foi, por unanimidade, acceito o referido 60 item, como está redigido. Passou-se ao 7°; foi apresentado pelo irmão PC. Portel' o substitutivo sf.>guint.c: ".que fi Conyenção recommende á Junta para continuar cOPl a publicação do Mensario Dominical Baptista, o qual, depois de grande discussão, foi aeceito por unanimidade de votos. O ultimo item (80
), foi acceitü sem debate. . -
o irmão presidente consulta a assembléa se deveriamos ouvir, antes de outro assumpto, Miss Strout, visto se fazer assim necessario. Foi então proposto e approvado que se lhe concedessem os 10 minutos. Com a palavra, Miss Strout, servindo o irmão Soran de in~
ACTAS E PARECERES 27 terprete, proferiu um beBo discurso, tendo como thema "Temperança n. Mostrou então os males que-produzem no christão .os -_ vicios -do alcpol, do fumo e outros; aconselhou que todo o p~vo de Deus aband<lnasse semelhantes vicios e que se alistasse na Liga Pró-Temperança. Foi uma verdadeira peca ora to ria .. a. dissertação de Miss Str.Out, c muito perdeu aquelle que não assistiu a tã.O abnegada senhora falar Logo em seguida foi c.Oncedida a palavra a.O irmão sec.retario correspondente da Junta de Educação, para as devida-s considerações. O mesmo apreseptou desculpas por não ter podido apr~sentar .O seu relatorio, visto não s6 a falta de tempo, como porque o seu estado physico não permittira elabora-lo. Em seguida o irmão A. B. Langston deu· 'O relatorio do Collegio e Seminario do Rio, o qual, posto em votação pelo irmãQ presidente, foi unanimemente acceito. Então a Commissão de Parecer, nomeada pela Convenção, pelo seu respectivo relator, deu 'O parecer sobre .O- Collegio e Seminario do Rio, que foi aooeito com a condição de serem discutidos os seus itens separadamente, os quaes, postos em discussão, foram acceitos na sua integra. O dito parecer vae junto. Por proposta do irmão M. G. White, foi acceito o relatorio da Junta de Escolas Dominicaes e Mocidade Baptista, á excepção da parte financeira. O irmão Antonio Mesquita apresentou o l'elatorio do Collegio e Seminario de Recife, em lugar do irmão H. H. Muirhead, o qual, depois de bem elucidado -pelo referido irmão, foi é!.coeit.O. Deu então o irmão presidente êl palavra ao relator d{) parecer sobre o mesmo Collegio e Seminario, o qual foi, depois de lidos sem haver discussão e englobadamenLe todos os itens precedidos de proposta, apoiado e acceito por todos os convencionaes. Chamado o irmão E. A. Ingram 'para dar o seu relatori.O sobre o Collegio Baptista Brasileiro -de S. Paulo, foi .O mesmo, por proposta feita e apOiada, acceito: Solicitado pelo irmã.O presidente Q relator da Cúmmissão do Collegio Baptista Bras.ileiro de S. Paulo para dar o respectivo parecer, declarou o mesmo relator não estar prompto o relatorio, pelo que pedia -fosse o tempo transferido para a sessão da noite, o que foi concedido. Deu então o irmã.O presidente a palavra ao irmão A. B. Deter para discursar sobre o assumpto constante do programma: "A influencia baptista no c{)mbate ao anulphabetismo", com que nos incentivou a fazermos desapparecer do nosso meio o analphabetismo. Foi pena, pelo adiantado da. hora, não lermos ouvido todo o disc,urso deste abencoado servo do Senhor. Com a palavra, o irmão F F Soren deu lara que a Commissão d,e Indicações foi forçada a fazer uma moditicaCão nos nomes dos membros da Junta do Collegio Baptista Brasileiro de S -. Paulo, retirando algun!:' por nã.O poderem fazer parte, uma vez que ncam incompatíveis por já -exercerem outros cargos, apresentando nova lista de nomes para compõrem aquella Junta, que são: por 1 anno O. E. T Piül's, T C. Bagby, R. B. Stanton; por 2 annos, T B. St_o~-er, P. C. PUI'Il'l' e Dl\ Decio Parada, e por 3 annos A. Ernesto, A. B. Deter e O. p. Maddox; foi aooeita esta indicação. Lido (l programma para a sessão d~ noite, foi approvado com a !uppressão
28 CONVENCÃO BAPTISTA BRASlLEIRA
do. discurso pelo irmão John Mein, 'por não 'haver comparecido áConYencão~
A's 12 horas fOI encerrada a sessão com ocantico de um hymno e oração pelo irmão Sebastião A.' de Souza. . ,
O 2° Secretario, José 4ureli4noAlves~
Parecer da CoDJlllissão sobre O Collegio e Seminario Baptista do Rio de Janeiro
Considerando o trabalho que "em prestando o CollegioeSeminario do Rio de Janeiro ás igrejas DO"preparo do seu ministerio em'agisterio,e á causa na disseminação, pelo ensino, dos principios salutares do Evangelho, esta' commissão, depois de oral' e pensar, recommendã o seguinte: . f. Que as relações entre as igrejas e o CoUegio e Seminario se
estreitem mais, em fervorosas. oracões ·pelos .que estão ensinaIldo e aprendendo e pelo trabalho que a instituição vem fazendo.
2. Que as igrejas orem sinceramente pela chamada de moços ao ministerio e magisterioe que, depois de os provarem, os en'\iem ao Collegio 6' Seminario, com a devida garantia do seu sustento.
3. Que o Seminario introduza no seu programma de ensino a musica como materia obrigatoria.
4. <Jue se despert.e. n~s igrejas um interesse maior pela Escola deVerão como factor importante no preparo dos seus obreiros; e
5. Que as igrejas .cooperem com o Collegio e Seminario no completar o edificio da Escola Normal, eujas obras estão paradas ba já bastante tempo.
A Commissão: L. M. Bratcher. R. I. lnke. Leobino Gttinwrães.
Parecer da Commissão sobre o CoDegio e Seminario B. do Recife
A vossa Commissão, após' estudar as condições do educandario no Recife e vérifJcar o trabalho que está prestando á denominação, resolve recommendar o seguinte: f Que seja dado um voto. de louvor ao seu presidente, por haveI'
conseguido um corpo docente composto na sua quasi totalidade de crentes baptistas, e que este ideal seja mantido;
2. Que se continue a manter a atmosphera evangelistica que actualmente domina a instítuio~o.
3. Que seja mantida a actual organização dos cursos,v~sto ter provado ser de resultados efficientes' no desenvolvimento dos alumnos e da instituição; .
4. Que se peca ás igrejas manter mais intercessão a Deus para que maior numerada jovens seja chamado ao santo ministerio e que elIas exerçam séria vigilancia para que não' sejam recommendadas pessôas sem o chama.iia divino.
A Gommissão: A. N. MeBquita. F. W Taylor." J. R. Allen.
ACTAS E PARECERES 29
ACTA 6a
Acta da6a - sessão da 17& . Reunião Annual da Oonvenção Baptis~' i a Brasileira, realizada na dia '13 ás 19 horas e 15 minuto3. 'Iniciar~fJl-se os trabalhos com um 'culto de louvór sob a dirooçã~ do irmão Iti(!ardo Pitrowsky'o qual após a leitur-a da Palavra de Deus ehamou a ~ttençã~ para o facto de qúe -Deus manda os missionariQs a prégarem o Seu Evangelho. Depois de haver o irmão president.e der.l~radoaberta a sessão, -foi lida ,a acta da sessão anterior que foi approvada, após ligeiras eorrigendas.· Teve então a Gonvenção a grata e immensa satisfação de ouvir os .b~nos e importantes numeros executados p,ela Escola·' Popular Baptista, sob a direcção do iMIlão W W Enete. Depois de um trech-o musica.1 executado por úm grupo de irmãos da Igreja Baptista de Engenho de Dentro, f'Üi dada a palavra ào irmão Thomaz L. da Gosta, secretario da Junta de M.Estranjeiafim de apresentar o relatorio do ·trabalho da Junta em Portugal. Este irmão depois de fazer largos commentarios a respeito, frisou bem o "defieit"que o citado relatorio accusa na imporLancia de 12 :135$740, fazendo suggestivo appello para que incentivemos as contribuições para tãó imp'ortanw- emprehendimenw, declarando depois que 5e sentia satisfeito por que a· despeito de difficuld&deso trabalho em Portugal está sendo grandement.e abençoado; em seguida pediu as sympatbias de todas as igrejas para cor.J esta grande obra do Senh'Ür. Pediu logo após a palavra Q_ Íl'mão Achilles Barbosa, para .dizer algo sobre a parte que diz. respeito á sua pessôa, sendo em synthese, mais ou menos o seguinte: "Reconhece o irmão Achilles que o relatario oaoousa, a .elIe e a sua esposa, D. Djanira S. Barbosa, de falta de caracter e incompetenci'a para o trabalho. Da primeira não se defende, porquanto são a resposta o seu passado e presente, no Brasil. :\Ienos é uecessario faze-lo quanto á sua esposa, 9ue é mais -conhecida no meio -evangelico, onde foi criada e educada, sempre disting'uida com a amizade dos seus mestres e collegas. Quanto ao dize,'em que é incapaz. confessa que sentiu a necessidade imprescindivel de um patricia, que o apoiassp e com elIe cooperasse. Solicitou-o da Junta. Não sendo attendi-d'Ü, veiu ao Brasil explicar a razão da sua aLtitude. Depois de ·{)uvidas aecusações e defesa, foi julgado obreiro il igno e 'assim . recommendado á denomiriação, que () acolheu" . Em: ·''seguida foi fl'anque'ada a palavra' ao irmã'Ü relatpr do ~arecer da mesma Junta, sendo feita proposta e apoiada para discussão do lllesm'o. Sendo lidos todos 'Os pontos, postos em votação depois de 111'0postos e apoiados, foram acccitos na sua integra. Foi proposto iHD vot-C! de louvor. ao irmão T L. Costa; secretario correspondente rIa :runta de M. ,Estrangeiras,' sendo aeceito por unanimidade. Pelo adiantado' da. hora' .e havendo no programma dois discursos ·a serem prOferidos, foi proposto e apoiado que' se.' ouvisse pelos menos o discurso do irmão PQl'tuguez, Paulo' I. Torres; ante o exposto o irmão
30 CONVENC40. BAPTISTA BRASILE}1RA
presidente deu a palav.ra a.o irmão em apreço que começou o seu discurso agradecendo as grandes manifestações de am·or pelos irmãos brasileiros aos seus patricios, que . acabara de apreciar durante a discussão do parecer da Junta de M. Estrangeiras, depois fez considerações varias sobre o cafh'Olicismo cuItuado pelo portuguez, e terminou o seu discurso fazendo um grande appello pela intensificação do trabalh'O nas terras Lusitanas, esperando para a continuação deste abenç'Oado t.rabalho a cooperação sincera e leal de seus irmãos brasileiros. Antes porém, foi ca·ntado um hymno pelo côro da Igreja Baptist.a de Xictheroy Foi pr'Opost'O e apoiad'O que a Junta de Benefi.cericia apresente, na proxima sessão, o orçamento para 'O anno de 1928. Proposta para que seja .ou\'ido amanhã o discurso d'O irmão Sebastião.A. de S'Ouza. LIdo 'O pr'Ogramma para a manhã do dia 14 f'Oi acceito. Encerraram-se os trabalhos deste dia com um hymno cantado pelo côro da Igreja Baptista da Tijuca, e 'Oração pelo irmão F F Soren.
.José Aurel.iano A.lves, <)u secretario.
Parecer de Missões Estrangeiras
Em primeiro lagar, devemos render graças a Deus pelas vicLorias alcançadas durante 'O anno find'O, em nossas igrejas e nas terras de P'Ortugal. Bemdigam'Os o Seu. Santo Nome por nos ter abençoado tão mara,,~ilhosamente e 'pelas 54 almas que ali se conyerteram em 1927.
Por outro lado, verifica-se com tristeza, do relataria do thesoureiro em nossas mãos, que, ao fechar-se o caixa no fim do anno, existia um "deficiL" de 10 :573$040.
Considerando que a Junta de :\lissões Estrangeiras se está esforçando na medida de suas forças para bem se desempenhar da missão que lhe foi -confiada por esta Convenção;
Considerando que é necessario. incentivar em nossas igrejas o espírito missionario e levar por diante o trabalho iniciado em Portugal;
Considerando que é dever das igrejas baptistas do Brasil. contribuir liberalniente -e com alegria para uma causa tão glorlOsa em obediencia ao Salvador;
Considerando as necessidades mais urgentes do nosso Campo ~aquella nação e as possibilidades de nossas igrejas, a vossa commlSsão vem respeitosamente suhmef.tcl' á apreciação desta magna assembléa os segu intes itens:
1° - Que seja continuádo e amparado c'Om a mais viva sympathia o nosso trabalho em terras lusitanas.
2° - Que as igreja:; continuem a observar como até aqui. o "Dia das Missões Estrangeiras": 1° Domin{J() de Setembro, aproveItando-o para despertar e informar CJ povo de Deu:; das necessidades reaes do nosso Campo Missionaria, levantando-se nessa occasiã'O collectas extraordinarias e de yerdadeiro sacrifício, a favor da sacrosanta obra de Missões. . •
aO-Que a Junta seja autol'izada a eleger o máis depressa po~sível um novo missÍonarío que HC sinta chamado por Deus para <hdirigir o Seminario Baptista PortuguêS, que em 23 de outubro p. passadó foi reorganizado .e installado em um predío proprío.
ACTAS E PARECERES 31
. '4° - Que seja agoptado por esta '"convenção e suggerido ás, igreJas o. orçamento mlDlmo de 60 ;000$000 (sessenta contos de réi'8) para o anno -de 1928. .-
5° - Que .os encarregados nos variós campos da Denominação, de r-eceber os fundos para as Missões Estrangeiras; os aenviem mensalmente ~o Sec.-Thesoureiro ~~ respectiya Junta, para que possam SeT remet.tIdos a tempo, os auxIlIas de cooperação e os honorarios dos f~eis e esforçados obreir0'8 que esta Convenção, pelas igrejas do BraSIl, sustentª no velho Portugal.
.6° - Que a Junta fique autorizada a abrir um credito até 15 :0,00$000 (quinze contos' de ~éis) para em caso de necessidade, ficar apparelhada ~ satisfazer os compromissos mensaes, contrahidos com o trabalho geral do Campo Português. .
7° - Que a Convenção recommende ás Igrejas por todo o nrasil o Irmão Paulo Irvin Torres, pastor da Primeira Igreja de Lisbôa; e que a Junta fique autorizada a combinar oQom os lideres dos varias campos brasileiros, o meio mais viavel pelo qual será permittido áquelle irmão percorr.er em missão de propaganda as igrejas mais centraes, tendo em vista despertar interesse e angariar fundos para as' missões, falar da necessidade que ha de erigir-se em Lisbôa um templo .que honre os baptistas e que engrandeça o nome do Senhor
(A) - Todas as offertas que o irmão pastor Torres recolher por onde quer que fôr em serviço das missões, deverão passar pelas mãos do Secretario-Thesoureiro da Junta de Missões Estrangeiras da Cçmvenção Baptista Brasjleira, que as incluirá no relataria por ene pu·blicado, mensalmente, no "O Jornal Baptista", orgam official da C. B. Brasileira, no "Correio Dou trinal" e nos jornaes estaduaes quo o queiram publicar
A Commissão Francisco Nasc~nto. Aureliano ALves. O. P. Maddox.
A's 8,30 horas do dia 14 de Janeiro de 1928, iniciaram-se os trabalhos convencionaes pelo culto devocional dirigido pelo irmão 'Florentino Ferreira. Leu eIle a passagem: II Cor- 5: 11-21 e:sooordinou as suas considerações ao seguinte .thema: "A dedicação incondicional do crente a Christo imposta pela lei do Amor" Cantou-se o hymno 354 e encerrou-se o exerciGio espil'itual por uma oração, que elevou ao t.hrono da graça -o irmão Souza Marques. Leu o secretario a acta anterior, que foi approvada com as duas emendas seguintes: Que se mencione que a E. Popular, cuja demonstração se presenciou, t-8\'·e lugar com a igreja em São Chl'istovão, desta cidade; que sejam archivadas as palavras do irmão Achilles Barbosa em explica~ão á parte no que lhe diz l'espeito, no relatorio do Spc. Cor. de MisSOf!!'i 'Estrangeiras. O irmão Vi'Ct.ol'ino Moreira aprespntou o parecer do Coll('giu Baptista Brasileiro de São Paulo. Foi o mesmo approvado para ser discutido .ponto por ponto. Ap6s larga discussão foram acCt\itos o 1°. e '1" itens do referido párecer, sendo os demais considerados assumptos atinentes á Junta e não á Gonvenç.ão. Este parecer vae appenso. Vem -em seguida o parecer de assumptos e.speciaes. Re-
32 CONVENCÃO BAPTISTA BRASILEIRA
lata-o o irmão Theodpro R ..reixeira. Cada ,ponto, em separado, merece discussão, 'O que se faz por proposta una~imeapprovada. Discutindo o primeiro, exulta em extremo o pastor Florentino Ferreira por ver attenaido o pedido dos mineiros, isto é, que se não introduzam nas revistas da Escola Dominical os pseudos santos aa igreja romana, pratica esta. Iloch-a' e fertil em escandalos sem óonta. Outros irmãos falaram para refórçar a opportuna recomniendação. ,Este iten, o 2°. e o 3°. do. parecer foram accêitos, send{) que este ultimo 80f
frau., ligeira modificação. Ao invés do" saldo do dinheiro destinado á lápi'de" do' miss ionario Z. C. Taylor ser revertido para ,a lápide a ser construida no tumulo' do missionario Salomão L. Ginsburg, fique pQ.ra a Junta de' Beneficencia'. Os irmãos Antonio Ernesto eM. G. White
, ,,'Ütaram contra o substitutiYo. Foram adopt.ados o 1° ',e 48• itens'.
Sobre a questão do escoleirismo, na igreja, alguns irmãos 'Se manifes-! tam contra, aHegando que a instituição viola a guarda do domingo e
é um trabalho estranho ás jWtividades' das igrejas. ,Os irmãos Antonio Ernesto da Silva e Manoel Avelino de Souza são de opinião que seria conveniente que as igrejas patrooinassem o' escoteirism07 porquanto é christãoo seu escopo e' por' tal meio alguns poderiam ser ganhos par& a Causa. O irmão Paulo Silva propõe o encerramento da discussão.. Submettida a Ilroposta á votação, foi o ref-erido ponto rejei1adopor màioria de votos. Coneede-se a palavra ao capitão Henrique 'GonçaIYes para tratar de assumpio especial, a saber, 'Ocaso da la. Igreja "de S. Paulo,-que tem um pastor-que, segundo uma noticia transcripta de outro jornal no "O Jornal Baptista"7 não coopera com esta Convenção. Solicita-se ao irmão Antonio Ernesto que dê á assembléa explicações sobre a ques·tão. Eselareceentão elIe que a referida igreja agiu livre e espo~taneamente, que o Campo e· a Junta Executiva não tiveram interfereneia algwna no -caS{). Diz mais que, havendo assignado às bases de cooperaçãó, a ~ua palavraoonlinua firme, mas nem p0I:'. _ isso poderia influir nas igrejas. Int-erroga o irmão Sebastião A .de Souza se o irmão A. O. Bernardo não faz
- 1
tambem parte do Lyceude S. Paul'O, O irmão Paulo Silv·a recrimi-na a assembléa PW levantar uma questão f6ra da sua-o--co'mpetencia e, em .cerlo sentido, violadora da autonomia das igrejas. O irmãoTC. Bagby, numa aI. titude conciliadora, aconselha que não d,evemos j ulgar os outros, pois que todos nós temos as n{)ssas fraquezas. E com isso, pOz-se termo ao debate suscitaçlo pelo irmão Gap. Henrique Gonçalves. ResOlveu-se prorogaro tempo até finalizar-se o programma. O Dr Entzminger av.resentou os dois visitantes H. C~ Tucker e C. H. C. Sergel, os quaes saudaram, em ligeiras palavras, a Convenção. O irmão Florentino Ferreira apresentou o parecer de tempo, lugar e orador da ,proxima Convenção, o qual foi·aooeito para discussão parcelada. Diseutidoó topico primeiro, dividem-se as opiniões, querendo uns que seja na Bahia, e out,ros no Rio Grande dr Sul, a. proxima Conve-nção. Ambas as facções apresentam argumento~
ACTAS E PARECERES 33
valiosos para a realização neste ou n~ outr.o lugar - Pela 1& hypothese se manif.estam Manoel Avelino de Souza, Thomaz L. Costa, etc.; pela 2&., Ricardo Pitrowsky, Antonio Ernesto, e~. Submettido, porém, -á votação, ficou resolvido, por 53 votos contra 42, que a reunião se realize na Bahia. A Exma. Sra. D. Alice Bagby diz concordar com a decisão, que, sem duvida, foi inspirada pelo Espirita Santo, mas ped'9 que a reunião de 1930 seja no Rio Grande do Sul. Os 2°e 30
_
topieos foram adoptados na integra. O par~r vae appenso. PDr commum assentimento, fica .o discurso do irmão CeI. Antonio Ernesto da Silva para o doming.o á tarde. O irmão presidente ManoeI Avelino de Souza apresenta á assembléa o irmão Antonio Marques, presidente da União das Igrejas Congregacionaes do Brasil e Portugal, o qual em palavras calorosas e enthusiastas, dirigiu vibrante saudação á Convenção, fazendo votos pela prosperidade' da Causa que representamos; e aproveitou o ensejo para fazer conhecida a sua these em favor da transferencia do dia de acção de graças para 10 de Janeiro, já recommendada pelos Obreiros Evange] icos do Districto Federal. a qual foi entregue á commissão de assumptos especiaes. Foram então suspensos os trábalhos até ás 19 horas, despedindo a assembléa com fervorosa oração o irmão Dr Entzminger
AckiUes Barbosa. 10 secretario.
Parecer da Commissão de Assumptos Especiaes
I .... Esta Commissão recebeu da Conyenção Baptista l'.1ineira um
protesto, approvado em sua reunião de 1 a 4 de dezembro p. p., contra a inserção, "nas nossas revistas dominicaes, de estampas representando pessõas, como ultimamente tf>m "indo de Moysés, Elias, Amós, etc., que são tidas como sant.os pela Igreja Romana", etc.
A Commissão está informada de que. t.endo ha alguns annos a Convenção Baptista do Campo Paraná-Santa Catharína vot.ado, mesmo na presença; de um representante da Junta de Escolas Dominicaes e Mocidade, uma resolução semelhante, a mesma Junta preveniu aos seus redac,tores que evitassem a inserção das dit.as gravuras, tendo elIes procurado obedecer a esta det.erminação. Não pensavam elIes,. entretanto, que a objecção attingisse até os santos do Velho Testamento, cujas imagens, geralmente, 05 proprios catholicos não adoram.
Comquanto a Commissão ache nisso um zelo um tanto extremado; não veja perigo algum no uso de tues grayuras nas nos.sas revistas, no meio do nosso DaHl baptista, assiduamente l'IISi
nado contra toda a especie de idolatria; e. finalmente, a falta das gravuras prive as revistas de muito da sua attracção e de ensinamento objectivo, é de opinião que se attenda aos escrupulos dos irmãos que lavraram o protesto, e que se pera. á Junta de Escolas Dominicaes e Mocidade que não illustrem as revistas com retratos· (suppostos) dos santos do Novo ou do Yelho Testamento.
II
Pelo irmão S. Farina Filho foi apresent.ada u suggestão da nec·essidade de lembrar aos irmãos o cumprimento do~ seus deve-
34 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASlLEmA
res civicos, habilitando-se, os que ainda não se encontram habilitados, a exercerem o sagrado direito de voto.
A Commissão apoia plenamente a suggestão e frisa que é de facto um privilegio e lambem um dever do crente, em condições de fazê-lo, habilitar-se a ser eleitor e votar para os postos de representação, quer nas assembléas municipaes, estadoaes ou federaes, nos homens que julgarem mais dignos e capazes de exercerem os cargos a que se propõem. Isto quer dizer que, embora possa filiar-se a qualquer partido politico, não deve escravizarse a elIe, mas ant.es votar de modo independente, de accordo com os ditames da sua propria cúnsciencia.
m A Junta de Escolas Dominicaes e Mocidade, por seu Director
Geral, pede a esta Convenção que determine o emprego a dar a dois saldos em dinheiro existentes na caixa da mesma Junta, ou da Casa Publicadora Baptista, a saber: 1) Saldo restante da subscripção feita para a erecção de uma lapide sobre a sepultura do saudoso missionario Dr Z. C. Taylor, de 389$310, inclusos os juros; 2) saldo de uma subscripção para os famintos na Europa, que por qualquer circ·umstancia não foi enviada ao destino, de 900$400. A Commissão suggere que o primeiro saldo mencionado reyerta para a subscripção que está sendo feit.a para a collocação de uma lapide sobre a sepultura do pranteado missionario DI' Salomão L. Ginsburg; e que o segundo reverta para o fundo da nova Junta Beneficente.
IV Foi lembrada á Commissão a necessidade desta Convenção
filiar-se á Convenção Baptist.a Mundial, e.stabelecendo ella uma quota annual razoa,el e mandando, quando possivel, men:::.ageiros á reunião quaLriennal do Congresso Baptista Mundial.
A Commissão approYa tJ alYitre e suggere: 1) Que se peça ás Juntas da Convenção possuidoras de receita que estabeleçam por si mesmas uma annunidade, não inferior.a 50$000, para a Convenção Baptista ~fundial. 2) Que a Convenção se faca rept'esentar nos congressos baptistas mundiaes, quando haja irmãoi'i que possam de si mesmos dispôr de dinheiro e tempo par<l assi::;tirem a esses gloriosos congres:-:,os. 3) Que se reitere a eleição, da reunião anterior convencional, do irmão pastor Antonio Ernesto da Silva como seu representante ao Congresso BapLista Mundial, a realizar-se em Toronto, Canadá. em junho p,' fut.uro. e que Miss Mínnie Landrum, que pretende tambem ir ao Congresso, e qualquer outro irmão que possa ir, sejam considerados romo representantes da Convenção Baptista Brasileira ao alludido Congresso.
V
Urna commissão oomposLa dos Srs. Roque Policiallo Cruz e Benjamin Moraes Filho veiu apresentar á Convenção a utilidadr do escoteirismo em nossas igrejas e pedir que esta Convenção recommende ás igrejas a implantação do escoteirismo no seu meio.
A Commissão reconhece este movimento - o escoteirismo -como de grande utilidade, e uma ve~dadeira cs~ola pr~ti.c~ para a Mocidade, e recommenda que se crIe onde haJa posslbllldade de levá-la adiante.
Rio de Janeiro, 14. de janeiro de 1928. A Commissão:
Theodoro R. Tei:ceira, relator. Antonio Ernesto,
ACTAS E PARECERES 35
Parecer sobre o Collegio Baptista Bra$ileiro de S. Páulo
Nj)desemp(mho da tarefa de que foi incumbida aCommissão abaixo, . apresentaos~eguintes topicos deste' parecer:
1. .considerando as vantagep.s offerecidas pelo Colleglo Baptista Brasile-iro ás alumnas matriculadas na Escola de Trabalhadoras Baptistas.vindas das igrejas do Sul, a Commissão recommenda que os Campos do Sul entrem numa cooperação financeira mais franca e liberal collocando o Collegio no orçamento financeiro de cada campo.
2. Recommenda-se que a Junta· Administrativa do Gollegio :solioite da prefeitura looal Juna reducção no imposto de .calçamento, h"em oomo prazo mais longo nas devidas prestações de pagamento, visto ter o Governo Estadual isentado de impostos pr-ediaes o Collegio em virtude de abrigar em seu seio numero superior a 100 analphabetos.
3. Recommenda-se n'a moção de apoio á Junta Administrativa do mesmo ColIegio, no seuappello á J de Richmond por uma verba destinada á amortização do imposto de calçamento, além da verba de manutenção.
4. Em'VÍsía de serem approvados pela Junta do Collegio ·os seus Estatutos, a. Commissão é de parecer que .sejam adoptados por esta Convenção.
5. Reeommenda-se que a Junta Administrativa dirija á Prefeitura um reconhecimento pela presteza eomque attendeu o pedido de oalçamento, proporcionando dest.arte grandes vantagens ao· Collegio.
Sala das Commissões. t 3 de Janeira de 1928"
A Oommissão: P c; Porter. A. B. Deter. Victorino Moreira.
Parecer da Commissão de Lugar, Tempo e Orador para a proxima Convenção .
Considerando o convite dos mensageiros das igrejas: Dois de Julho, Cruz do Cosme, Hapagipe e Plataforma, na cidade de São Salvador, Babia, para que a Convenção se reuna ali na sua proxima futura reunião;
Considerand() o -convite dos mensageiros .das igr.ejas de Natividade do Carangola, E. do Rio, ·para que a Convenção se reuna no seu templo em 1. 929 ;
E finalmente considera.ndo o eonvitr directo 'das igrejas: Porto Alegre Capella Baptista, Floresta, S. João, BeIla Vista- e da Missão Sueca '.para que em 1929 a Convenção se reuna com elIas na cida~e de Porto Alegr~, Ri'Ü Grande do Sul, a Commissão achou por he~ deIxar 'C,om a propria, Convenção para que a mesma 'resolva acceItar o convite e lugar que melhor lhe parecer.
2. Quanto ao Tempo :' Considerando que o tempo da l'euniãoem que a Qonvenção se está reunindo é .o melhor! para bem poder usar o vaJoroso cOD'Curso dos nossospTofessores e dJ.reotores dos nosSOs collegios e.seminarios, a Qommissão~ de parecer que a Convenção continue a reunir-se no mesmo perlOdo de agora, que. é no mez de Jan~iro.
36 . CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA
3. Oradores. A Commissão é" de parecer· que. se nomeie para orador da futura reunião da Convenção,· o Dr. Orlando Falcão, e em sua falta ü Dr. Axel Anderson.
A Commissão :
ACTA 8&
Florentino Ferreira. Paulo Alves da Süva. S. Farina Filho.
A's 19.3(} do dia 14 de janeiro de 1928, sob a presidencia do irmão Manoel Avelino de Souza, pastor da Igreja· em Nictheroy, iniciaram-se os trabalhos com o (mlto devocional, cujo dirigente foi o pastor João Isidro. Cantou-se o bymno 301 e fez oração o irmão R. Pitrowsky. Sobre o Psalmo 103 teceu considerações espirituaes· o mentor d(\ exercicio devocional. I Com o cantico de mais o hymno 62 encerrouse ~staparte dos trabalhos com oração. Foi lida e approvada· a acta antecedente, com uma addenda, isto é, mencionando-se que, por oc-casião da escolha do local da proxima Convenção~ o irmão presidente ManoeI Avelino de Souza convidára o irmão F F' Soren a levar o caso perante Deus em oração, o que se realizára com o contentamento de todos. Segue-se com a palavra o irmão H. C. Tucker, veterano da Sociedade Bíblica Americana, da qual é agente no Brasil ha 40 annos. Discorre sobre "A Biblia no Brasil" Historiando tão abençoado movimento, diz que, no primeiro anno da sua gestão, não conseguira vender sete mil bíblias e que, no anno passado, quasi duzentas mil foram entregues ao povo. Maior plano, porém, tem para o exercício vigente, a saber: a distribuição de um milhão de novos testamentos, para cujo emprehendimento solicita a cooperação de todos os evangelicos. Lembra mais a necessida.de de auxiliarmos a Sociedade, que offerece o seu producto por preço insignificante, em virtude das oUertas que são feitas pelo povo de Deus. Terminado o seu eloquente discurso, o irmão Antonio Ernesto pede que, de pé, testemunhemos a nossa solidariedade com a Sociedade Bíblica Americana, dirigindo o mesmo uma oração em favor della. A Commissão de Assumptos Especiaes volta a apresentar novo parecer, tratando da questão do dia de acção de Sracas . para 10 de janeiro. O referido parecer foi aooeito sem modificação e será incluso no fim desta acta. A Commissão de Exame de Contas, da qual é relator o irmão Ismail S. Goncalves, apresentou o seu parecer, que, sendo acceito, será,/archivado na integra. A Exula. Sra. Almir S. Gonçalves apresentou o relatorio das Soeiedades de Senhoras, que foi apreciado péla maneira clara por que Joi proferido e pelo progressor.evelado nessa phase do trabalho do Senbor. O irmão Thomaz L. da Costa apresentou a distribuição dos 60 :0001000 do orçamento de Missões Estrangeiras entre os diverso~ campos, parecer este que será arehivado. O irmão F, F. Soren apresentou o parecer da Junta. de Beneficencia, propondo um ,orçamento de doze contos annuàes, . o qual foi aceeito e segue junto a' esta. O ir-
ACTAS E ,pARECERES 37
mão Antonio Mesquita falou sobre o palpitante assumpto "Evangelismo", expendendo substanciosos conceitos sobre o mesmo. Segundo eIle, ás igrejas cumpre evangelizarem e educarem os seus membros. Só diminuta parte da população da terra está sendo evangelizada. .A quem compete evang,elizar a outra? Aos Buddhistas, Mahometanos, Romanistas? Não I Aos Baptistas, os quaes têm o germen de evangelismo no sangue. Resolveu-se que o seu discurso seja publicado. Eis i:l Commissão de Programma da Convenção Bahiana: M. G. White, '11 L. Costa, C. Dario, WC. Taylor e Carlos Vieira. A Commissãú de Indicação é a seguinte: O. P Maddox, M. G. White e F F Soren. O irmão Maddox falou sobre a evangelização no interior. Disse que o Evangelho é o mesmo em todos os lugares, os mesmos o corac,ão e o Salvador. Contou experiencias do seu trabalho no interior, pintando de vivas côres o seu discurso. O presidente leu o programma para domingo, que foi acceito. A's 22.4.0 foi encerrada a sessão ,por 'lm3 oração dirigida pelo irmão M - G. White.
Presidente, Manoel Avelino de Souza. Secretario, AchiUes Barbosa.
Pareoer sobre o Dia de Acção de Graças
)I a setima sessão, isto é, na sessão da manhã, achando-se na congregação o rev Antonio Marques, presidente da União das Igrejas Congregacionaes do Brasil e Portugal, o Presidente apresentou-o á congregação e deu-lhe opporLullidade de dar uma palavra ao auditaria. ElIe usando da palavra, saudou a Convenção, e apresentou um parecer por elIe escripto a pedido dos Obreiros Evangelicos do Rio de Janeiro sobre um dia de Acção de Graças para todos os evangelicos do Brasil; e depois de historiar o Dia de Acção de Graças na Inglaterra e EsLados Unidos e as tentativas officiaes que aqui se têm feito, inutilmente para implantar um dia nacional de acção de graças, termionu julgando isso impossivel, e .opinando por um dia de gl'aça:-:. Í,pl'Dlinou julgando i:-;~o impo~:-:i\"eL e opinando por um dia de sendo esse o primeiro de Janeiro.
Nós Baptistas temos tido o nosso Dia de Acção de Graças, porém, variando de datas. A ultima dala escolhida foi 25 de Dezembro. Mas esta data não satisfez a uma fort.e corrente, que estaya determinada a propor a volta á data primitiva de 13 de Maio, escolhida em uma convenção anterior A apresentação do parecer do rev. Antonio Marques veiu agitar uma questão que estava para ser agitada na
'- . mesma occaSlao. A escolha do dia 10 de Janeiro, não parece á Commissão o me
l!Jo.!'; preferia () 13 dI' Maio, data cell'bre na historia do Hra~il, com a fraternização de todos os brasileiros, ou o 21 de Abril, data certa do descobrimento do Brasil.
cONVENCÃO BAPTISTA BRASILEIRA
Porém, como os obreiros evang.elieos já acceitaram o Tõ de Janeiro~ e já vem sendo feita propaganda a favor dene, por amor da harmonia geral nesie assumpto, opina que se aeeeit.e este dia.
RIO de Janeiro, 14 de Janeiro de 1928.
A Commissão: Theodol'O R. Teixeira. relator. A. Ernesto.
Parecer da Commissão de Exame de Contas
.:\ Commissão abaixo assignada, 'vem perante esta Convenção declarar que ('xamino~l O~ IÍ\Tos das thesourarias das Juntas de Missões Xacionaes e Estrangeiras e us encontrou e:,eripturados em ordem e certas a5 suas conta:" pelo que pedt' que as nwsmas sejam approyadas.
lUa de Janeiro, 14 de Janeiro de 1928.
A C')mmis:3ão: IS11wil S. Gonçalves, relator Hidual,po A,. Gomes Leal.
Orçamento da Junta de Missões Estrangeiras para 1928
Campos:
Amazonen~e
Paraense Maranhensp f-;r'l'fanejo Paraltybano Pernambucano _\lagoano Sergipano Bahiano Victoriense Fluminense Federal Mineiro Goyano 'Jatto Grossense Paulistano Paraná-Santa Galharina Sul Rio Grandense Even!uaes
3:000$000 600$000 800$000
1:000$000 1:200$000 5:000$000 1:200$000 1:000$000 6:000$000 6:000$000 7:000$000 9:000$000 3:000$000
500$000 1:000$000 8:000$000 3:000$000 1:000$000 1:700$000
60:000$000
Thomaz L. da C08ta.
Campos:
Federal Paulista'no Fluminense Victoriense Bahiano
Ac'r.AIS E P AREC:ERE.S
Junta de Beneficencia
ORÇAMENTO
Rio. Grandense Paraná-Santa Catharina Mineiro Pernambucano Paraense Amazonense l\faranhense SertanBjo Parahybano Sergipano Alagoano Goyano Matto Grossense
1:500$000 1:500$000 1:500$000 1:500$000 1:000$000
750$000 750$000 750$000
1:500$000 100$000 250$000 100$000 100$000 500$000 400$000 500$000 250$000 250$000
13:200$000
39
:yota: Esta distribuição, que foi approvada pela Junta, é de mais 1 :200$000 que a quantia approvada na Convenção, pela difficuldade encontrada de distribuir com exactidão em base certa a quantia de 12: 000$000. Oaugmento, todavia, es'tá dentro do espirito da Convenção, pois em geral se considerava a quantia pedida eXigua, e só foi votada corno um começo.
ACTA 9a
A's :15 horas do dia 15 de janeiro de 1928 o irmão T. C. Bagby dirigiu o culto devoeional, que iniciou com o cantico do hymno de louvor 117, lendo a seguir e commentando o versiculo 3 do 10 c.apitulo da epistola aos Ephesios. Tres irmãos dirigiram-nos em oração. Finalizou-se esta parte dos trabalhos com o. cantico do hymno 251. Foi approvada a acta anterior com o seguinte accrescimo: mencionar o i'acto de l~aver a Convenção adoptado o orçamento de doze contos para a Junta de Beneficencia. Em seguida teve a palavra o irmão coronel Antonio Ernesto da Silva para fazer o discurso funebre sobre o missionarioS. L. Ginsburg.. Antes de falar convidou o auditorio a entoar~ a meia voz, a estancia primeira do hymno 571. O seu discurso
40 CONVENÇÃÓ BAPTISTA BRASILEIRA
foi tocante e repleto de interessantes dados biographicos do illustre irmão fallecido. Findo o discurso, cantou-se a ultima quadra' do hymno acima referido, fazendo oração o irmão presidente Manoel Avelino de Souza. O irmão F 1\1. Pinto, após as escusas proprias da sua conhecida modestia, discorreu agradabilissimamente sobre a "mordomia christã", Cita João 10: 10. Existem, diz, estreitas rélacóes entre a mordomia e a vida abundante. Jesus veiu salvar o mordomo de Deus, por isso o assumpto não deve restringir-se apenas ao dinheiro. Diz mais que a mordomia não é doutrina, mas um principio fundamental. Foi instituida no Jardim do Eden. Divide em 3 pontos o seu discurso: 1) Por que somos mordomos de Deus. 2) Em que consiste a mordomia? 3) Correlação com a vida de Deus. O seu discurso foi sobremaneira instructivo e de extremo proveito para o povo de Deus. O irmão Florentino pediu que o mesmo fosse publicado n'O Joml1l Bapti.sta. Ouviu-se bello hymno cantado pelo côro de Catumby. O irmão Theodoro R. Teixeira pediu a palavra para referir-se ao as.sumpto especial que não foi tratado pela commlssao respectiva de que elle era relator, mas que, entretanto, deve ser resolvido pela Convenção. O assumpto é o seguinte: A Convenção já ha tempos decidiu ter o seu trabalho de Escolas Dominicaes inteiramente separado da União Geral de Escolas Dominicaes do Brasil. Em vista disto a nossa Junta de Escolas Dominic.aes pediu á União Geral para não estender a sua propaganda ás nossas igrejas. ElIa aceedeu, depois de muito instada. Mas ultimamente, devido ao plano de distribuição de um milhão de 1\ovos Testamentos por intermedio das escolas dominicaes, elIa tentou revÍ\-er a sua propaganda em nossas igrejas, por intermedio d'O Jornal Baptista (o que lhe tem sido negado), allegando que não se tratava de eoncordancia de trabalho com elIa, mas sim de uma associação momentanea para adiffusão da Palavra de Deus, em que rós tambem estamos empenhados. O trabalho é nobre, mas devemos taze-Io em cooperação com a União, em face da resolução da Convenção ha muito tomada? Este é o problema a solver. Acabou aconselhando que se désse a palavra ao dr. \Vatson, que melhor poderia falar sobre o assumpto. O dr. Watson então, tomando a palavra, disse com emphase que não havia motivo algum para que, desprezando o já votado pela Convenção, entrassemos em cooperação com a União Geral de Escolas Dominicaes. Aquillo que ella faz, nós poderemos fazer lambem independentemente, por meio do nosso jornal e em harmonia com as agencias locaes das sociedades bíblicas. Depois de breve discussão e enUmsiastico apoio ás palavras do orador, a Convenção approvou a proposta do irmão Florentino Ferreira, que a nossa Junta de Escolas Dominicaes fizesse a propaganda da diffusão de um milhão de :\ÚYOS Testamentos em relação directa com as sociedades biblicas, com exelusão da União. E' proposto e apoiado que uma pagina das actas traga o retrato do irmão Salomão e que seja publicado o discurso do irmão Antonio Ernesto sobre o ·mesmo irmão. Os c6r08 de Laranjeiras, Pilares e Bom Successo, reunidos, cantaram o hymno
ÁCTÂJS E P AREOERES 41 "Emmanuel". O côro da Primeira Igreja·tambem nos brindou com hymno esplendido do seu selecto repertorio. O irmão Thomaz L. da Costa pede que todas as igrejas façam oração para que Deus levante um obreiro para auxiliar os que já trabalham em Portugal. Diz tamberv que os que acharem mais conveniente enviem as suas offertas destinadas ás Missões Estrangeiras para a Casa Publicadora Baptista, Caixa 352, Rio. Por fim diz o irmão presidente, Manoel Avelino de Souza, que volvamos com alegria para as nossas casas e campos de acção e envidemos que as nossas igrejas ponham em pratica as deliberações desta Convenção. O irmão Florentino Ferreira prDpõe que se agradeça á Junta de Richmond a dadiva do templo da Primeira Igreja. O irmão F F Soreu alvitra que o irmão presidente transmitta á Junta de Ricbmond a notic·ia da optima Convenção que tivemos. O thesoureiro apresenta o seu relatorio,. que vae junto. Propõe-se que se iance um voto de agradecimento á Primeira Igreja pela maneira christã e amiga como recebeu os mensageiros e hospedou a Convencão . .A's 5.45 da tarde o irmão Soren, a pedido do presidente, encerrou os trabalhos com uma oração. Esta acLa foi lida e approvada .e eu. Achilles Barbosa, 10 secretario, que a escrevi, disto dou fé.
Presidente, Manoel Avelino de Souza. Secretario, AchiUes BarboslL.
Relatorio da Thesouraria da Convenção Baptista Brasileira Recebimentos conforme o total de recibos Recebimentos para o mausoléo de S. L. G. Recebimentos para o pastor Zeferino N etto
Samma . Despezas conforme nota annexa
SaldO - Seiscentos e dezeseis mil réis -
582$000 27$000 27$000
636$000 20$000
616$000
Victorino Moreira, thesoureir.o.
RECEBIDO DAS IGREJAS Boa Esperança, E. do Rio Alto Macabú, E. do Rio Nova Odessa, S. Paulo Lins, S. Pau lo . Promissão, S. Paulo Castro Alves, Bahia Plataforma, Bahia Ganduzinho, Bahia Braço do Norte, Ba·hia Campos, E. do Rio Petropolis, E. do Rio Jaguaquara, Bahia .Santos, S. Paulo
Transport.e
10$000 10$000 10$000 10$000 10$000 tO$OOO tO$OOO 20$000 20$000 20$000 15$000 60$OQO 20$000
225$000
42 CÓNVENÇÃO 'BAPTUlTA BRASILEIR.Á.
Transport.e Madureira, D. F . . Natividade de Carangola, E. do Rio Sant.o Amaro, Pernambuco 2a
. de Maranhão ltapagipe. Bahia . Ent.re Rios, E. do Rio Itaperuna, E. do Rio . Bôa Ventura, E. do Rio Aguas Claras, São PaulD Imbahú. E. do Rio . ta. Igreja, Districto Federal Dois de Julho, Bahia Maricá; E. do Rio . " Cachoeira de Macacú. E. do Rio Murunciú, E. do Rio . . Cachoeiras de Macahé. E. do Rio Cardoso Moreira. E. do Rio ta de S. Paulo; S. Paulo Irmão João Dorea
Sornma
225$000 20$000 20$000 25$000 10$000 25$000 10$000 5$000
10$000 20$000 5$000
100$000 50$000
5$000 5$000 5$000 5$000
15$000 20$000
2$000
582$000
V. Moreira.
2.A PARTE
RELATORIOS E ESTATISTICA
RELATORIO DA JUNTA DE ESCOLAS DOMINICAES E MOCIDADE BAPTISTA
I
S. L. W A TSO N, Secretario Geral Tendo os trabalhos desta Junta corrido, durante o anno de 1927,
eom a regularidade de ~empl'e, deixámos os directores dos diversos departamentos apresentarem os seus relaLol'io~, não precisando por isto de nenhum commentario Jl(li't a;.; palavras de introducção.
Rendemos muitas graças ao ~\ltissimo pelas Suas innumeras bençans.
A Convenção Baptista Brasileira, na sua ultima reunião em São Paulo, em janeiro de 1927, recommendou que esta Junta continuasse a sua propaganda a favor da COllvenção Baptista Latino-Americana. E' com prazer que aqui registamos a adherencia de diversas agremiações baptistas a este movimento. Quasi todos que me escrevem sobre o assumpto são unanimes no seu apoio á idéa da realização desta assembléa baptista latino-americana.
Em todo o mundo não ha um grupo de nações mais homogeneas do que os Estados do MexicD.. e as Americas Central e do Sul, e os baptistas devem saber valer-se deste facto na extensão do reino de Deus.
Lembramos a esta Convenção que seria. de grande vantagem, na propaganda que vamos fazendo, VOLar-BP uma moção de gratidão aos que têm patenteado o seu interesse e apoio neste emprehendimento, e de regosijo na antecipação de ter a honra de hospedar, no templo da Primeira Igreja Baptista do Rio, em 1930, a primeira Convenção Baptista Latino-Americana.
Outro assumpto recommendado pela ultima Convenção ao nosso nstudo foi a maneira de crear-se um fundo e um movimento para distribuição de literatura gratuita.
Procurando obedecer a esta indicação, colhemos dados sobre identicas organizações já existentes, chegando á conclusão de que taes movimentos dependem de offertas o doações ou legados por parte de ]Jessôas intimamente interessadas em tal movimento.
As organizações ligadas ás diversas denominações evangelicas são sustentadas pelas contribuicões respectivas, como, por exemplo, a Casa Publicadora Baptista. Suggel'imos, pois, as seguintes fontes para constituição do fundo para distribuição de literatura gratuita:
CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEffiA
1°. A Junta de Escolas Dominicaes e Mocidade, da sua receita brut.a do anno ent.rante. separar 2 % para isto.
2°. As igrejas incluirem nos seus orçamentos uma quota mensal e, não fazendo isto, ao menos tirarem collectas para o dito fim.
3°. Pessôas interessadas especialmente no assumpto fazerem as suas contribuições para o mesmo.
Pedimos á Convenção pronunciar-se sobre este plano apresentado.
DEPARTAMENTO DE LIVROS W E. ENTZMINGER, Director
o incumbido deste departamento esteve fóra do país desde 12 de maio de 1926 até 31 de maio de 1927. Durante sua ausencia no es·· trangeiro. substituiu-o nesta ~eeçãu o Dir-ecl 01' Geral de nossa ('mpr-eza de publicações. Segundo a nota fornecida pelo mesmo encarregado, os livros que publicámos durante o anuo de 1926 foram os seguintes. cios quaes alguns foram reedit.ados, como Lendas Hebraicas, Sete Leis do Ensino e Mythowgia Dupla. Eis à lista:
Livro do Secretario Lendas Hebraicas Sete Leis do Ensino Evangelina Manual das Escolas Populares Baptistas Livro Departamento de Juniores Livro Departamento de Principiantes. Livro Departamento de Primarios Mythologia Dupla Pontos Salientes para 1927
500 1.000 1.000 1.000
200 200 200 200
1.000 1.300
Apesar da grande crise financeira que d.esde tempos a esta parte assoberba o país inteiro, e especialmente o nosso trabalho bapLista. ameaçando paralysar a nossa obra bernfazeja, alegra-nos podermos relatar que durante o anno findo a nOS3a Casa, não obstante ter a sua actividade restringida, continuou a movimentar-se, produzindo uma farta messe de literatura, em relação aos seus recursos, tanto de livros como de folheios de propaganda, o que se \"(~ do catalogo a seguir:
LIVROS
49 CollecCÕes d'O Jornal Baptista, ene. 530 Estudo sobre Modo de Ganhar Almas, broco 415 Notas sobre Ethica Pratiea, enc. 605 Idem idem idem, brocho
1.935 Pontos de Nossa Historia, ene. 450 Novo Manual da U. M. B., broco
RELATORI-ODA JUNTA DE E. D. E MOCIPl,ADE 45
405 Idem idem idem,cart. 95 Idem idem idem, ene.
i .020 Crenças Baptistas, broco 2.060 Cadernetas 6 Pontos, broco 1 170 Noites Festivas, broco 1 . 000 SabbaUsmo Um Systema Falso, broco
507 ,Theologia Systematica, broco 496 Idem idem, ene.
1.050 Pessôa de Christo, broco 1.205 Pontos Salientes para 1927, enc. i . 100 Cadernetas do Professor, broco
FOLHETOS
10.000 Atbeu Convertido. 10.000 Não Deve Beber. 10.000 Não é Tarde de Mais.-10.000 Estou Bem Assim. 10.000 Bilhete do Trem. 10 . 000 Confiar em ChrisLo. 10 . 000 O Essencial. 10 . 000 -A Bíblia. 10 .000 Porque Certas Pessôas. 10.000 Salvação? 10.000 Vou Começar. 10.000 Será uma Grande. 10.000 V êde.s Aquelle Homem? 10.000 Dois Inimigos do Brasil. 10.000 Ultimos Cinco Minutos. iO.OOO Atirem Agora. 10.000 Com Estes Posso Entrar. 10.000 Mais Tarde. 10.000 Alegria do Curado. 10.000 Misericordia e Graça. 10.000 Meu Passaporte para o Céu. 10.000 Fé que Salva. 10.000 Porque Todo Catholico Deve Ler. 16.700 O Carnaval. 5.000 A Viagem. 5 .000 Como Deus Fala aos Catbolieos. 5.000 Depois da Morte. 5.000 O Jovem Tambor. 5.000 Luz do Mundo. 5 .000 Agora. Agora. 5.000 Religião Evangelica Perante o Publico. 4: .850 Haverá- Certeza Absoluta de Salvação para Mim? 4.950 O Que os Catholicos Acbarão quando lerem suas pro-
prias Biblias.
46 CONVENÇÃO BAPTIE\.T A BRASILEIRA
2.000 Horario do Trem para o Céu. 1.000 Thermomet.ro Espiritual.
"1.950 Tres Razões Por que Deixei a Egreja de Roma. 5.000 Que é Arrependimento. 5.000 PUl'gatorio.
Tempo já houve em que o nosso maior pl'oblellla foi o de crea:uma literatura adequada á:-; neccssidade:-; do 110SS0 povo baptista c d(l Gossa propaganda evangelica. Entretanto, este problema, no principio tão seria, já teve, sob as brnçams do Senhor da seara, uma feliz solução. Hoje nos é den~J':l~ grato apontar a nossa bem mont.ada livraria, á rua S. José. 22. onde se encontra um grande sortimento de li\TOS evangelicus de todas as qualidades. no valor mais ou menos de :?25 contos de réis. .\cfualmente nos defronta um outro problema ainda mais serio do que (/ 6upra mencionado. a saber: C01\'IO DAR SAHIDA AOS LIVROS QUE .LY TEMOS EM TelO GRA\'DE ABUNDA1\'elA. Hoje temos mais livl'oS do que ledorgs! :\as pl'atelpil'as. em que ficam aguardando quem os busque, elles são muito mais procul'ado~
pelas tral.:a5 que os destrôem do que pelos homens que os poderiam aproveitar com immensa vantagem para todos.
Urge, PO\'o de Deus, encetar uma rampanha porfiada em prol da literatura de livros, do norte ao sul c entrc lwquenos e gTundes. Agitem-se os arraiaes baptistas eomo qlle para uma guerra snnlta. Sacuda o nosso povo de sobre si a pecha que o rebaixa diante do mundo, de amar mais á~ trevas do que á luz. Pl'éguemo!=' a tempo (-' fóra de tempo o evangelho salutar do grande r.astro _\ I H'S :
"Oh! bemdito o que ;.;('mpia Livros. livros á mão cheia, E manda o povo pen~al'.
O livro, cahindo na alma, E' germen que faz a palma, E' chuva que faz o mar."
DEPARTAMENTO DE LITERATURA PERIODICA
T R. TEIXEI RA, Director
"O JORNAL BAPTISTA" Podemos mai~ uma vez render muitas graças a Deu;.;, pOl'qUf\ O
Jornal Baptista venceu mais uma etapa na sua já extensa e luminosa frajectoria. E s6 a eternidade poderá revela)' os beneficios que elle vem prestando á causa, ao povo de Deus e á Oonvencão Baptista Brasileira, de que é or~am. Apraz-nos consignar que o nosso jornal
RELATORIO DA JUNTA DE E. 'D; E MOCIDADE 41
continua tendo o mais sympathi.co acqlhimento e acceitação po.r parte do nosso povo em toda a parte, se bem que o augmento de assignaturas não seja o que podia e devia ser. A edição, que era em 1926 de 4.400 exemplares, subiu no anno findo a 4.600'. Póde-se, poi'ém, dizer que não augmentou, porque tal augmento não é augmento, mas apenas equilíbrio. Quatro causas, entre outras, porém, podem ser apontadas. Primeira, o analphabetismo do nosso povo. Muitos dos .que se convertem, não sabem lêr, e não podem assignar jornal (a'inda que entre estes ha creaturas zelosas e dedicadas, que assígnam o jornal pedindo a alguem que lh'o leia, ou que assignam o jornal para outros). Segunda, a desaffeição geral á leitura, que é um defeito nacional. Terceira, a' depressão financeira da nação e do povo, a mai,oria do qual se julga muito feliz quando consegue o sustento material proprio e da família. Quarta, o não poder a nossa Junta mandar regularmente um representante aos campos para promover os interesses, não sómente d'O Jornal Ba.ptista, mas das outras publicações e negocios da casa. Financeiramente, O Jornal Baptista, como sempre, figura com o deficit bem respeitayel, até fim de novembro, visto que dezembro ainda não póde ser contado, de 15 :711$360. Este deficit teve que ser coberto com o lucro de outras publicações. E' certo, porém, que, se fosse estabelecido preço para os serviços que o jornal presta aos trabalhos da Junta, aos seus variQs departamentos e demais publicações, por meio da propaganda (não falando mesmo no trabalho prestado á causa em geral), é claro que O JOl'1lal Baptista enc·erraria os annos sem deficit.
Quanto á parto redaccional, o nos~o orgam conUnúa gozando da hoa vontade o cooperação dos nossos irmãos em toda a parte do Bra~il. Os redactores encarregados das varias secções continuam pres-1 ando-nos leal e amigavelmente o seu inestimavel concurso. Afóra isso temos sempre collaboradores ('spontaneos, alguns dos quaes pro~ porcionam aos lln~S()S leitores trabalhos de valor. Emfim, com a gra~a de Deus, a sympaLhia, boa vont.ade e cooperação dos irmãos, nosso jornal avança sempre.
O JORNAL BAPTISTA NAS CADEL\S: - O nosso jornal attinge a todas as camadas da sociedade, desde as mais altas ás mais baixas. Ha um serviço que de uma maneira particular toca os corações: E' o :-icrvico prestado aos presos nas cadeias. Actualmente o jornal visita 1j53 cadeias, com 509 exemplares de cada edição. A cada passo recebemos testemunhos valiosos e cartas de apreciação que não temos eollooion'ado. Por acaso' ou, melhor, por providencia, o irm'ão pastor Almir S. Goncalves, da V ictoria, mandou-nos o testemunho que, com prazer, transcrevemos a seguir:
"No momento em que escrev~ C'slas linhas acha-se em meu escriplorio o irmão ManoeI Eloy de Oliveira, ex-spntenciado da cadeia de :\ffonso Claudio, no interior dest.e Estado. Eis, em resumo, a historia da sua conversão:
Annos atrás um companheiro seu, que possuía llm Novo Testa,-
48 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA
mento, quís jogar fóra o livro. o irmão Eloy pediu-lhe que não o fizesse, e guardou o Noyo Testamento .. Começou a lê-lo, mas, não o entendendo, pô-lo de lado. Mais tarde, por falta commettida, foi preso a sentenciado a um anno de cadeia. Ahi costumava, uma vez por out.ra, passara vista 110 Novo Testamento. Disseram-lhe, então, que eram os Baptistas que tinham aquelle livro, chegando mesmo um dos seus companheiros de desventura a informá-lo de que existia a Bíblia inteira, a qual elle devia procurar obter. Mas o irmão Eloy não sabia como fazê-lo, pois lhe disseram que em Affonso Claudio não se vendiam Biblias. Assim passou-se algum tempo.
Um dia achava-se o irmão Eloy dei1 ado no seu cat.re quando um §.eU collega de cubículo, que recebera da rua um pão embrulhado, jogou o jornal ao chão. Era um exemplar d'O JonwL Baptista. Sem mais demora pegou o jornal e começou a lê-lo. Encontrou ahí uma lista de membros da Igreja de Yictoria, que se demissoriavam para a organização da Igreja de Suá. Lembrou-se de eserever a um destes. - o irmão Fortunato Rangel, - pedindo-lhe uma Biblia, que lhe foi l'emettida sem demora com alguns folhetos e Po'rções Escolhidas. Em resumo: o irmão Eloy }pu-a, creu em Jesus. eonYerfeu-se. Sahiu da cadeia no dia 8 de julho de 1927 e logo procurou a casa de culto da Igreja Baptista de S. Luíz de Boa Sorte, município de Affonso Claudio. ~o terceiro domingo em que as~i:-:tiu ao culto, no dia 21 de agosto, foi baptizado pelo pastor 'lanoel Balbino Lannes, e agora se alegra na sua salvação."
UTERA TURA DA ESCOLA DOMINICAL
Com grande prazer podemo;, informar aos irmãos que a nossa literatura de Ei'cola Dominical continúa gozando da mais franca acceitação por parte dos nOS;;;05 irmãos p igrejas pm foda a parte, e é uma das poucas especies de literatura que deixam lucro, embora modico, á Casa Publicadora Baptista, que ajuda a solver o deficit deixado por outras publicacões; havendo apenas uma exeepcão.
Isto é devido em grande parte ao cu írJado e compelencia dos redactores. São os seguintes O~ redaclores: Jovens e Adultos: Do 10
trimestre do anno foi redactor o irmão dr. J .I CowserL Tendo elIe que se retirar para os Estados Unidos nflS fins de 1926, recorremos ao dr. R. B. Stanton, d~ S. Paulo, que chegára dos Estados Unidos e que já executára este serviço com proficiencia, o qual de boa vontade acceitou a incumbencia (~ redigiu o!' tres ultimos trimestres_de 1927 e 10 de 1928. Infelizmente acabou de pedir demissão, apresentando moUyOS Justos que tivemos que acatar. Mas Deus nos deparará um substituto capaz de proseguÍr na obra. Continuam firmes na brecha: o pastor Almir S. Gonçalves, redactor da Revista Intermediaria,; D. Alice Reno, redactora da Revista de Juniores; D. Rosalee Appleby, redactora de loias de Christo; e dr. T 13. Stover, redactor da Revista
REL4TORIO pA JUNTA DE E. D. E MOCIDAlDE 49
d.a Mocidade e do Mensario Dominical Baptista. A redacção da Revista àe Senhoras está a cargo da União Geral. O Pontos Salientes é literatura da E. D., mas em fórma de livro, melhor ficando classificado na secção de livros.
Dissemos nós que a literatura da Escola Dominical era uma das poucas que deixam algum lucro á Casa Publicadora Baptista, com uma unica excepção. Essa é o Mensario Dom.inical Baptista. A razão é o emprego necessario de bom papel e clichés, e a edição ser pequena. O nosso povo ainda não se capacitou da utilidade e necessidade dessa boa revista; de outro modo a edição seria muito maior.
Uma tabella comparativa das edições de cada trimestre dos nossos periodicos, nos dois ultimos annos, será bastante elucidativa para os irmãos. Ei-Ia:
1926 1927 Revista de Adultos e Jovens 11.500 13.000 Revista de Intermed iari os 3·400 3.650 Revista de Juniores 4.100 4.150 Revista da Mocidade 1.550 1.800 Joias de Christo 3·200 3.700 Jornal Baptista 4.400 4.600 Mensario Dominical Baptista 470 500
Terminamos, agradecendo primeiramente ao nosso bondoso Pae Celestial por nos permittir tomar parte no trabalho do Seu Reino; depois aos prezados irmãos redactores e collaboradores; e finalmente aos irmãos e igrejas em geral.
DEPARTAMENTO DE E. D. E MOCIDADE BAPTISTA
T B STOVER, Director o trabalho do Departamento de Escola~ Dominicaes e Mocidade
Baptista é tão lento e inostensivo que muitos nem sabem que está i'unceionando. O seu dever é preparar o fermento e levedar foda a massa bapt Í;:.;La eom o desejo ardente de desenvolver tudo que diz respeito á Eseola Dominical e á União da Mocidade. O fermento é toda a qualidade de literatura, quer livros, quer revistas ou folhetos que sirvam para ajudar qualquer obreiro a desempenhar o seu trabalho nestas dua.s p hases de actividade da igreja. A propaganda que o Departamento faz é levar todos a se aproveitarem do fermento, pois a "massa baptista" deve-se levantar e cada vez mais tornar-se activa.
Demos primeiramente aUenção ao trabalho entre as
ESCOLAS DOMINICAES CURSO NORMAL. Toda empreza moderna e progressista exige
obreiros intelligentes e dextros. A causa do Senhor não póde ficar na
50 CONVENCÃO BAPTISTA BRASILEIRA
retaguarda quanto a esse ponto. Para evitar iss'o no tocante a Escolas Oominicaes, a Junta continúa a fazer propaganda para a rea.lização do bem elaborado curso de estudos destes ultimos cinco annos, composto dos seguintes livros: "No.vo. Manupl No.rmal", "Coração do. Velho. Testamento", "Estudos no Novo. Testlhnento.'\ "O Que Crêm o.s Baptistas", '".4.8 Sete Leis de Ensino.". "Co.mo. Ganhar Vidas para Ch;1'isto.". "Palestras co.m a Classe No.rmal", "Breve Historia dos Baptistas" ou "Igrejas do. No.vo. Testamento."
O mappa que acompanha este relatorio mostra como os obreiros Qí:tão aproveitando esse curso. E' lastimavel notar que ha um decrescimo de 18 % no total de diplomas e -seIlos em comparacão com o que foi concedido no anno anterior. No decurso de 1928 é preciso que os superintendentes e pastores façam uma campanha extensiva para organizarem classes e institutos nessa materia.
:SeN05 e Oipromél5 conferkJ05 pelo oepart. de E. D. e Moc\dade .---~.--~~~--~~.~ .... __ .~-~._~._~.~.~ .. ~~.~_.~-~-~-~_.~.-.~--~_.~. ~--~~~~~~~~~~~~~
Como Oa- Palestras 19rejas do N.
Estados
Alagoas .....
Amazonas ..
Hahia ..... .
D. federal..
E. do Rio ..
E. Santo ••.
Maranhão ..
Minas ......
Pará •....•. Parahyba ...
Paraná .•..•
Pernambuco
Piauhy ..••.
R. O. Norte
S. Paulo •.••
Sergip~ •••.
Manual Coração do Estudos no O Que Crêm Normal Velho Novo os
Testamento Testamento Baptistas
As Sete Leis
do Ensino
nhar Vidas com Testam.ento
para a Classe Breve °:iistorlà Christo Normal dos Baptistas
--~~----II----~----J-----~----II----~----I----~----·I----~----I----~----I · Antes 1927
58
5 52
113
13
70 1
37'-2
5
11
100
4
2
23 16
1927
5
13
14
512 32
Antes 1927
2
67 6
13
9
1
33
15
1927
2
3
9
Antes 1927
9
7
87 2
20
18
1
1
26
15
1927
2
11
147 14 186 13
Antes 1927
13
9
48
2
11
14
1
2
44
12
1927
8
14
5
5
10
156 42
AntêS 1927
27 1
2
89 2
20
20
1
1
51
12 1
1927
25
AntE's 1927
13 1
1
78
12 41
9
1
1
25
14
1927
3
2
4
Antes 19'1.7 Antes 1927 1~27
4
76 3
12
14
1
1
40
13
4P' 15
-f': -I
2
22 23
1
15
12
3 25
6 13
1927
5
5
227 1~9 i9"6T-9 I 28 k 35 I 107 I 10 TOTAES .. �----~---I---~---I---~----I·--~~--I--~ I--~~--I----~--
544 161 I 199.198 256 205 63 117
52 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA
INSTITUTOS. O~umero de institutos, durante o anno._ agora findo, Lambem diminuiJl em relação ao do anno precedente. Por falta de recursos, só foi possivel a. este departamento cooperar directamente em dois institutos: um no Campo Bahiano, na cidade de Jaguaquara, f' outro no Campo Fluminense, na cidade de 'Valença. O primeiro foi de natureza geral, onde os obreiros estudaram durante uma semana e che~ram a completar algumas materias. O segundo teve um caracter mais loeal e durou apenas tres dias. O periodo foi muito curto, de f6rma que não foi posisvel completar Os estudos dos livros, o que era necessario para os alumnos poderem fazer os respectivos exames. Diversos campos estão fazendo uma zelosa semeadura em prol dos institutos. Organizam um programma para dois ou tres dias, no qual são leccionadas algumas materias do curso com prelecções dirigidas por pessôas idoneas. Num futuro bem proximo haveremos de colher os frutos.
O MEXSARIO. Continúa a ser editado por este departamento o Men~ario Dondnical Bapti.sta.. Devido ao deficit que sempre apresentou, a Junta cogitou em suspende-lo. Mas, attendendo ao claro que vem preenchendo e a que os seus amigos e assignantes lhe auguram um futuro prospero, foi-lhe poupada a vida. Uma melhor cooperação dos obreiros baptistas em prol dessa revista ba de torná-la mais efficiente na sua esphera.
MATRICULA !\AS ESCOLAS. Os melhores dados que pudemos obter a esse respeito, mostram-nos que nas ·WO € t.antas escolas ha para mais de 20.000 alumnos arrolados.
UNIÃO DA MOCIDADE BAPTISTA Os jovens componentes das U. M. B. estão se compenetrando cada
yez mais dos seus deveres para com Deus e para com a sua denominação. Reconhecem que a ignorancia e a inhabilidade são deshonrosas e inexcusaveis. ElIes procuram sempre avançar.
CURSO DE ESTUDOS. O Curso de Estudos ainda se acha incompleto. A. falta de verba. obrigou-nos a desistir do nosso intento, que era pelo menos publicar agora mais um livro. Temos apenas os seguintes: "Novo Manual da U. M. B.", "Treinamento dos Membros da Igreja", "Treinamento na Mordomia"
O quadro a seguir nos mostra que houve um accrescimo de 54. % sobre o que foí feito no anno passado. E' por issO b~stan~ i\nimador.
RlDLATORIO DA jÚNTA DE E.D. E MOCIDADE
u. M. B. SELLOS E DIPLOMAS 'CONFERIDOS
Novo Manual Treinamento Treinamento u. M. B. Membros Igr. na MordGmla
Antes Antes Antes Estados de 1927 de 1927 de 1927
19~7 1927 1927
Alagoas. 28 9 17 Bahia. 26 1 26 D. Fedeval 83 27 21 36 10 H. S'anto. 36 E. do Rio 53 Minas. 47 3 Pernambuco 43 7 13 Rio G. do Sul. 7 Sergipe. 11 S. Paulo 16 1'5 Paraná. 14
Totaes 350 75 52 60 10
425 112
Estudaram o Manual (2& vez) 7 Estudaram o Manual (3& vez) li
DEPARTAMENTO DE ESTATISTICA E HISTORIA
ROSALEE APPLEBY, Directora
A Convenção de 192i resolveu confiar os dois trabalhos, Estatistica e Historia, á Junta de Escolas Dominicaes, que é a fonte de publicidade da denominação, e pela natureza do seu trabalho pode garantir mais estabilidade para esta tarefa do que Dut.ros planos experimentados.
Assim, no dia 11 de Março do anno recem-findo, 1927, a Junta de Escolas Dominicaes r ~Iocidade reuniu-se e foi resolvido crear dentro da Junta mais um departament.o, designado de - Estatistiea e Historia. Foi resolvido tambem tratar desde já de escrever a historia baptista dos primeiros 50 annos.
ORGANIZAÇÃO O Depart~mento terá um archivo permanente e bibliothooa his
toriea em que serão guardados todos os dados estat.ístieos e historicos. Haverá uma divisão para cada campo ou Estado contendo todas as actas das convenções desdç a primeira; os jornaes estadup.es, his-
CONVENOÃO BAPTISTA BRASILEIRA
torias das igrejas e biographias dos o.breil'os. Esperamos ter uma historia do trabalho baptist.a de cada campo. Estamos collecionanqo tambem os livros que dão o movimento da Alliança Mundial, os B;i"ptistas' da America do Norte que têm referencia. ao trabalho no Brasil; as actas da Convenção Baptista Brasileira e O JOr'fUÚ Baptista. Já temos 30 volumes destes livros (' Actas, incluindo a biographia do Dr. Z. C. Taylor, Dr- W" B. Bagby; e o Dr Entzminger está publicando seus apontament05 historicos no jornal. Temos -em mão mais ou menos 20 biographias de obreiros. Diversos jornaes baptistas dos Estados já publicaram mais de cem historias das igrejas l'
recebemos mais 9 nos ultimos mezes. O trabalho é organizado com uma commissão de tres membro~
da Junt.a de E.D. e Mocidade eleitos por esta mesma Junta e um membro de cada campo eleito p",la Junta estadual. A Junta estadual será responsavel pelo progresso do trabalho do seu Estado, reeleger o historiador quando fór preciso por qualquer razão; tambt'ffi pagar qualquer despeza feita pelo mesmo. E' bom, sendo possivel, que cada campo publique a historia do trabalho- baptista no seu Estado quando estiver prompLa. Guardaremos um exemplar da historia de cada campo na bibliotheca historiea, propriedade da denominação.
A organização até agora é a seguinte:
COMMISSÁO DA JUNTA DE ESCOLAS DOMINICAES E MOCIDADE:
1. A. B. Christie. 2. Ricardo Pitrowsky. 3. J. J. Cowsert.
HISTORIADORES ELEITOS PELOS .CAMPOS:
t. Pernambuco: A. ~. Mesquita, Caixa 178, Recife. 2. Bahia-Severo Miguez Pazo, Rua Dr. Seabra 191, Bahia. 3. Pará-Nina Ayres, Rua de Cametá n. 25 E, Belém. 4. Amazonas - Antonio Lopes Barroso, Caixa 84A, Manáos . 5. Sergipe - C. C. Duclerc, Rua do Siriry, Aracajú. 6. Minas Geraes - Herval Rangel, Pouso Alegre 605, B. Horizonte. 7 Rio - Joaquim Lessa, Campos. 8. Paraná-Djalma Cunha e AoB. Deter, Curityba. 9. Victoria - Almir S. Gonçalves, Ca ixa 3803, Victoria.
tO. Districto Federal - W W Enete, Caixa 352, Rio. 11 o Rio Grande do Sul - Harley Smith, Caixa 118, Porto Alegre. 12. Matto Grosso - W oB. Sherwood, Caixa 78, Campo Grande.
Alguns dos historiadores estão preslandogrande e· mesmo optimo serviço á .denominação, e merecem a apreciação e honra dos Baptistas. Pedimos aos outros campos para elegerem um historiador, si tiverem pessoas competentes e que disponha de tempo .para fazer o trabalho. E' preferível não eleger pessoa alguma, a eleger uma que não tenha tempo para executar o trabalho; porque é mais fseil ter
RELATORIO DA JUNTÁ DE E. D. E MOCIDADE 55
relações directamente com as igrejas do .que por meio dum historiadoI' que não esLeja fazendo o serviço. Urna das primeiras coisas feilas foi conseguir e submetLer os secretarios estaduaes a um padrãe uniforme de estatistica. Resolveremos sobre este ou outro padrão durante a Convenção.
uma viagem foi fei:a a Pernambuco e Alagoas em procura de dados hü;toricos. Os historiadores dos Estados de Mina~, Alagoas, Pernambuco, Paraná, informaram que já .começaram a historia dos campos respectivos.
EMFIM ESTAMOS TRABALHANDO PARA REALIZAR EM CINCO ANNOS O SEGUINTE:
1. Um systema de estatísticas completas e certas, guardando-as de anno em anno.
2. Uma historia dos Baptistas durante os primeiros 50 annos. 3. Uma bibliotheca historiea com uma secção para cada campo. 4. Uma historia de todas as igrejas. 5. Um volume de biographias dos obreiros.
SUGGESTOES AOS OBREIROS: a - Enviar ao Departamento .photographias das igrejas, Escolas
Dominicaes e instituições Baptist.as, especialmente retratos de coisas de valor historieo.
b - Contribuir com a collecção e remessa de documentos historicos, livros, actas das convenções, cartas ou qualquer outra coisa de in:eresse para a bibliotheca historica. .
c - Escrever suas biographias, contendo a narração de todos os factos interessantes de sua vida, os quaes de algum modo tenham contribuido para a sua conversão ou dedicação ao trabalho.
2. AS JUNTAS ESTADUAES: a - Fornecer logo no começo do anno ao Departamento Histori
co as actas das convenções, todos os jornaes estaduaes do presente e passado que seja possivel adquirir.
b - Verificar si o jornal baptista de seu Estado es'á em condição de ser bem impresso e em bom papel, para poder ser lido daqui a cincoenta annos.
c - Pagar qualquer despeza necessaria do historiador estadual, anirnando-o e ajudando-o a consegu ir os dados para a narração. completa de todo trabalho em seu campo.
3. A'S IGREJAS: a - Tomar mais cuidado com as actas, escrevendo-as a tinta ni
tidamente, sem emendas ou rasuras. b - Eleger uma pessoa competente para preparar a historia
da igreja para o anniversario, mandando urna copia ao Departamento.
56 CONVENCÃO BAPTISTA BRASILEIRA
RECOMMENDAÇOES f. Que o anno para estatisticas seja de setembro até o fim de
outubro seguinte, e que cada secretario correspondente estadual seja solicitado a auxiliar, a obter e remettel-as ant.es do fim de cada dezembro.
2. Que a J'ormula feita e usada este anno para estatísticas seja adoptada para todo o Brasil.
S. Que o maior criterio seja empregado para dar toda'8 as infol'mações cert.as e completas.
4. Que a commissão historica fique como está; composta de tres membros da Junta -de E.D. oe Mocidade, eleitos pela mesma e um membro de cada campo eleito pela Junta estadual e que qualquer vaga seja oc~upada por pessoa eleita por estas Juntas respectivas.
5. Que as Juntas estaduaes forneçam a este Departamento com as 'actas das eOllvenções do passado e no fim de cada anno tambem qualquer outro documento historico.
6. Que cada junta estadual paooue a despeza do seu historiador estadual.
'i Que publiquemos cada anno uma historia de alguma instituição {lU pessoa nas Actas da Convenção Brasileira.
RELATORIO DO DEPARTAMENTO DAS ESCOLAS POPULARES
W W ENETE, Director.
No primeiro anno das nossas escolas tivemos uma só escola. a qual foi assistida por 57 alumnos e 14 professores.
No segundo anno funccionaram 3 escolas com 307 alumnos e 42 professores.
No terceiro anno realizaram-se 8 escolas com o tot.al de 448 alumnos e 99 professores.
A primeira edição da nossa literatura vae se esgotando rapidamente, porque outras denominações estão aproveitando os livros du nosso departamento.
A Escola Popular Baptista é uma força attractiva para a igreja e para o Evangelho. Nesta novel organização até hoje matricularamse 337 filhos de bapUstas ou alumnos das Escolas Dominicaes, e 27'( catholicos. Além destes, tivemos nas escolas populares muitos de outras denominações e alguns estranhos a qualquer organização.
Quarenta e oito pessõas já estudaram o Manual da E. P. B. e, tendo prestado exame, foram approvadas com a nota de 75 em diante.
Esperamos que os nossos pastores vão aproveitando as escola:; populares baptistas para augmentar a Escola Dominical e para abril'
RELATORIO DA JUNTA DE E. D. E MOCIDADE 51
as portas, até hoje fechadas, ao Evangelho, -para a prégação da Palavra de Deus.
A Escola Popular Baptista dá uma opportunidade singular, porque, tendo os alumnos nas aulas tres horas por dia, em 15 dias, no curso de tres semanas, é passiveI ensinar muitas verdades biblicas,1 que .só se poderiam ensinar durante um anno na Escola Dominical. Além disso, na Escola Popular os alumnos aprendem lições de patriotismo, de hygiene e de obediencia. Os professores têm a opportunidade de usar methodos na Escola Popular que não poderiam usar na Escola Dominical, porque na Escola Popular os alumnos aprendem brincando.
Os pastores estão já aproveitando a nossa literatura e dirigindo c:scolas nas suas igrejas. Neste anno o director dirigiu quatro escolas, o os pastores mesmos dirigiram tres escolas sem auxilio do director do departamento.
No primeiro anno hOUY8 uma escola, no segundo tres, no terceiro sete. Esforcemo-nos por ter pelo menos yinle escolas este anno. Para fazer isto o director está promplo a yisilar, animar e ajudar em qualquer coisa passiveI.
Como as estatísticas dos primeiro::: annos não foram impressas, acha-se a seguir uma tabella demonstrativa do desenvolvimento do trabalho desde o inicio até ao presente.
III o III III III
Pc I 2l o S %peja Estado 'S ; ...: i ~ ~ o s:I
g &: o CD :I ~ E4 )(
1924 - 25 Catumby D.F 20 9 28 14 71 30 27
1925 26 Meyer. D.F 12 18 21 15 66 20 31 Primeira S. Paulo 9 21 44 14 88 23 51 Beno Horizonte. Minas 50 50 82 13 195 81 101
TOTAL - 20 ANNO 7\1 89 147 42 349 124 183
1926 . 27 Petropolis. Rio 6 14 22 8 60 1~ 27 Jockey Olub. D.F, 7 26 17 11 51 12 28 Campinas S. Paulo 14 26 31 16 87 35 36 Engenho de Dentro D.F 18 29 51 22 120 30 68 Santos . S. ~ulo 16 29 50 15 110 54 41 Petropolis Rio 17 15 25 15 72 23 34 São Christovam. D.F 16 29 12 57 26 19
TOTAL - 3° ANNO 78 155 225 99 647 95 253
58 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA.
RELATORIO DA CASA PUBLICADORA BAPTISTA
ISMAIL S. GONÇAL VES, Gerente
Sejam as nossas primeiras palavras de louvor e gratidão a Deus pelas provas constantes do seu amor para comnosco. ~ão fôra a sua misericordia, auxiliando-11os na tarefa que nos foi entregue, e nada teríamos realizado. Rendamos-Lhe, pois, muitas graças pelo Seu dom ineffavel.
As linhas que se seguem não exprimem Ludo o que se tem feito no decorrer do anno findo. Tocamos simplesmente nos pontos que julgamos de mais interesse á denominação. '
BALANÇO: - Deixamos de incluir o balanço referente ao anno findo, por não se achar ainda prompto quando preparámos este relatorio, o que esperamos fazer por occasião da impressão das actas. Por isto alguns dos algarismos que aqui apparecem representam approximadamente o estado real; só o balanço é que poderá dar a ultima palavra.
OFFICINAS: - Este departam~nto ~devidamente apparelhado e dirigido pelo incansavel irmão Flavio de Souza, muito se tem desen,-olvido, tornando-se um facLor poderoso no conceito de que já goza a nossa Casa por part~ dos f'reguezes, que a têm distinguido com as suas sempre acatadas ordens, confeccionando com esmero os trabalhos graphicos que lhes são confiados. A producção bruta das officinas elevou-se, no anno findo, a mais de 320 :000$000, excluindo os trabalhos em andamento, que montam em 5: 343$330. Publicaram-se,. entre innumeros trabalhos de fóra e os periodicos denominacionaes, livros e folhetos com u,ma tiragem, respectivamente, de 13.592 e 319.450. O stock de papel eleva-se á somma de 70 :688$890.
LIVRARLI\.: - O movimento de vendas á vista e a credito neste anno attingiu a uns 100 :000$000. Muitas são as obras que adquirimos em Portugal, nesta praça e em S. Paulo e t ambem as que foram publieadas nas nossas offícinas. Possuimos 6m stock para mais de f9.937.168 volumes de fivros. Incluindo folhetos, bandejas, calices, organs, etc., eHe se eleva a mais de 223 :000$000. Apesar de propagarmos, tanto quanto nos permitie o tempo, as ohT~as que temos á venda, notamos um certo retrahimento da parte dos nossos freguezes. Consequencia da carestia da vida, sem duvidaI E' uma necessidade imperiosa darmos sahida ao grande stock de livros que possuímos presentemente. Pará que isso aconteça é mistér intensificar entre os crentes o habito de ler sua propria literatura.
ESCRIPTORIO: - A organização deste departamento, comquanto não tenha attingido o ideal, tem, corntudo, contribuído efficazmenie para o bom desempenho da nossa missão.
RELATORIO DA JUNTA DE E. D. E MOCIDl!.DE 59
Desde o guarda-livros ao funccionario de mais baixa categoria, lodos se esforçam para cumprirem satisfatoriamente as suas 'obrigações. E' justo que nestas linhas deixemos consignado ó nosso agradeoimento aos bons auxiliares do escriptorio.
CONTAS: - Gontinúa a nos preoccupar bastante o elevado numero de contas devedoras. Temos restringido ao maximo as vendas a ~redito, especialmente de livros, evitando de abrir novas contas afim de que elIas não augmentem. Presentemente sobe a mais ou menos 100 :000$000 o debito em C/correntes, apesar dos clamores constantes manifestos nas circulares de cobrança, que periodicamente enviamos aos freguezes. O aviso mensal mandado a cada assignante d'O- Jornal Baptista, logo que sua assignatura termina, tem surtido bom effeito, apesar de haver ainda muitos atrazados, elevando-se o debito a mais de 25 :000$000. E' nossa opinião que algumas medidas devem ser tomadas para salvaguardar os interesses da Casa em relação ás vendas a credito. Nisto todos os irmãos podiam ajudar-nos, fazendo sempre os ~eus pedidos acompanhados da importancia respectiva.
PROPAGANDA: - Est.a phase de trabalho nã<;> tem tido o desenvolvimento que seria de esperar. ~o anno p. p. enviámos gratis a alguns campos, folhetos mais ou menos no valor de uns 7 :000$000. Sem duvida a escassez de colportores, no~ diversos campos, tem sido, em parte, a razão de não termos distribuído maior numero de folhetos. Um bom contingente delles, activos e adestrados, não sómente fariam um magnifico trabalho de evangelização, distribuindo largamente folhetos, como seriam utilizados para a venda dos nossos livros, disseminando desta fórma a sã literatura e alliviando as prateleiras da nossa Livraria.
OS NOSSOS FREGUEZES: - Uma das nossas grandes preoccupações tem sido servil' bem a todos os freguezes sem prejudicar os mteresses da Casa. Neste proposito é passiveI que tenhamos dado motivo a alguma pequena magua áquelles que têm tido relações COffi
merciaes comnosco. Se assim tem acontecido, uma palavra de desculpa cabe neste relato ao nosso trabalho. Estamos. porém, conYictos de que em geral os nossos freguezes têm a melhor disposição para cooperarem com os nossos fracos esforços. E' nosso desejo servi-los cada vez melhor.
EXAMES: - Segundo o que está estabelecido 11a alguns annos, continuam os nossos livros de escripturacão a i'Cl' examinados mensalmente pelo guarda-livros, irmão Americo Senna, que tem constatado a oxactidão das contas, como ~e póde vêr pela sua declaração referente ao mês de novembro, que a seguir transcrevemos:
"O .abaixo assignado, guarda-livros, declara que verificou, da Casa Publicadora Baptista, ,a escripta do mês de novembro de 1927~ nos seguintes livros:' Borrador, Diario, Caixa., C/Correntes, Vales e Recibos e achou em perfeita re1ca.çio as entradas e sah1-da.s. Rio de Janeiro, 24 de Dezembro de 1927. - A. L. 8enn •• "
(;0 bONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA
o FUTURO DA CASA: - Cada anno que se passa verificamos o progresso sempre crescente da Casa. A perspectiva que ella tem diante de si é a mais brilhante. Grandes coisas serão emprehendidas se um bom numero dos seus freguezes não olvidar os seus compromissos para com e11a. O successo ou insuccesso da Casa, no futuro, irá depender em grande parte da cooperação dos seus innumero5 f'reguezes íigrejas e indivíduos) E' de esperar-se a melhor boa yontade da parte de todos, para o bom exito dos seus planos.
Concluindo, desejamos que os prezados irmãos nos continuem a dispensar a sua sympathia e cooperação pelo tempo que por Deus no=fôr permittido estar á frente deste glorioso, porém arduo trabalho.
Balanço da Casa Publicadora Baptista, em 31 de D~embro de 1927
ACTIVO PASSIVO Lil..'rruia ({a.pi.tal
Valor do s t.ock exis- Valor desta conta 9i9 :402$290 tente conforme in- Contas Correntes ventario 227 :824$100 Saldos credores das
lm.m.oveis existentes 10:127$320 Valor dos que pos-suimos 243:7288680
JJa.chinismos \ Valor dos existentes 134:909$4iO
Typos e CavaUetes Idem c.omo acima 29:940$640
Moveis e Ftensilios Idem como acima 32:375$890
Constrtlcção Valor desta conta 87:374$100
Material. em Deposito Valor do stock con-forme inventari{) 70:688$890
Contracto da Casa Valor desta conta 4:953'650
SeUos Valor dos existentes 844$140
Contas Correntes Sal dos devedores das existentes 140:976$170
C(Jj,xa Dinheiro em cofre 15:913$880
989:529$610 989:529$610
1111111111111
RELATORIO DA JUNTA- DE E. D. E MOCIDADE- 61
Demonstração da Cpnta de' Lucros e Perdas
Machinismos . . Typos e Cavalletes Moveis e Utensílios Contracto da Casa Juros e Descontos Viagens Bibliotheca '. . . "Jornal Baptista" Dep. Escolar Despezas Geraes Escriptorio Dep. de LivrDs . Redacção de Periodicos Automovel Propaganda Dep. de Esc. Dom. e Mocidade Dep. de ~statistica "Mensario Baptista" Livraria (Lançamento no correr do anno) Contas Correntes (idem como acima) Officinas Livraria Material em Deposiw Litteratura Junta Americana (Subvençã6 Estrangeira) Caixa (Lançamentos no correr do anno) C~it~ . -Differença da subvenção estrangeira rece-
bida da Junta Americana que passou para esta conta
Declaração
Debito Credito 14:98g$940 3:326$740 3:597$320
15:492$000 7:111$100
190$000 29$300
17:318$860 1:539$050 7:602$460
16:804$080 6:207$000
16:877$900 8:975$330 8 :511$700 6:5-10$100
814$800 4: 108$500
56$750 294$800
15 :079$4801
54:244$990 33:874$120
6:233$890 17:532$570 43:549$040
2$600
155:437$210 155:437$210
A. L. Senna, guarda-livros, dec·lara que verifieou a escriptamercantil do m(~~ de Dezembro de 1927, da Casa Publicadora Baptista, nos livros Borrador, Diario. Caixa p Contas Correntes e bem assim ~otas, Vales, Recibos e o Balanço Annual, e achou em harmonia as entradas e sahidas conforme os respectivos livros.
Rio de J(lueiro, 4 de fevereiro de 1928. A. L. Senoo.
Relatorio da Junta de Millões Ba[ionae! da [onvenÍ!
laDtina Bralileira. relativo ao anno de 1 ~ll ~o principio deste relalorio queremos render graças a Deus pelas
muitas bençams derramadas sobre o trabalho da Junla de Missões Nacionaes, durant.e o anno de 1927. Temos tido as maiores provas da presença do Espirito Santo nesta eausa tão santa e por isso olhamos para o futuro com toda a confiança e fé. "Si Deus é por nós quem será contra nós?H
O fim deste relatorio é mostrar aos irmãos estas provas e dar uma visão daquilIo que devemos fazer no futuro, para que a nossa querida patria possa receber as bencams do Evangelho em todos os seus cantos, ainda que sejam muito distantes.
I. As recommendações da Convenção pu.da Sendo a Junta a serva da Convenção, deve obedecer á voz daquella
que a creou. Por isso a Junta tentou cumprir as condições estabelecidas pela Convenção de S. Paulo. Não podia cumprir todas por diversas e boas· razões.
Os dois primeiros pontos do parecer são geraes e por isso deixamos de mencioná-Jos. Basta dizer que o "Dia de Missões Nacionaes" foi observado em quasi todos os campos com os melhores resultados.
Em" relação ao terceiro ponto, foi impossivel a visita do Secretario-Correspondente ao Campo Amazonense, devido á ausencia do director effectivo do Collegio Baptista do Rio. A Junta reconheceu a impossibilidade desta visita, durante o anno de 1927; porém espera que a viagem possa ser feita em tempo muito proximo.
Os outros pontüs do parecer serão mencionados na parte deste relatorio que se refere ao trabalho do anno e por isso desistimos de mencioná-los aqui.
Com esta breve exposição, os irmãos podem comprehender que a Junta tomou a serio as recommendacões, da Convenção e tentou. cumpri-las com toda a lealdade.
II. Cooperaçio. :São ba denominação cujo futuro e trabalho dependam tanto de
cooperação como os baptistas. ElIes precisam duma grande tarefa para que fiquem unidos no espírito. No Brasil esta tarefa são as Missões Nacionaes. Podemos ter o nosso ponto de vista em outros assumptos, porém somos todos unidos no trabalho da evangelizaQão da, nossa querida patria.
~RELATORIO DA JUNTA DE MISSÕES NACIONAES 63
A Junta recebeu durante o anno de 1927 as prova,s do mais franco e leal apoio de todos os baptistas brasileiros.
Mesmo nas proprias reuniões da Junta não houve a .menor differença no modo de encarar o trabalho e nos planos do seu desenvolvimento. Os membros da Junta não pouparam esforços no cumprimento dos seus deveres.
De todas as partes do Brasil chegaram ao Secretario-Correspondente pedidos de informação sobre o trabalho da Junta. O povo baptista revelou o seu desejo ardente de alistar-se séria e intelligentemente nesta cruzada santa. Não houve criticas, porém um desejo sincero de se conhecer melhor o trabalho.
A contribuição é uma prova verdadeira de interesse e cooperaCão. Por isso podemos dizer que a cooperação do povo para com a Junta é verdadeira porque a contribuição para Missões Nacionaes do anno de 1927 foi de 22 :720$820, um augmento de 77 °1°. Esta contribuição foi espontanea e regular. A Junta achou melhor não fazer nenhum orçamento para os campos, simplesmente confiando na liberalidade e amor dos irmãos.
lU. O trabalho do anno.
1. Du SECRETARIO-CORRESPONDENTE.
O trabalho do Secretario-Correspondente se divide em duas phases: artigos e visitas. Preparou elte a lição da Revista de Jovens e Adultos, da Escola Dominical, para o "Dia de Missões Nacionaes", do anno passado, e a da Revista da U. M. B. para o segundo trimestre de 1928. Além disso, O Jornal Baptista e a Revista das Senhoras trouxeram artigos de muito valor para o trabalho. Taes artigos não foram escriptos pelo Secretario-Correspondente, mas pelos amigos da causa e pelos nossos missionarios. Os artigos dos missionarios têm desperLado o mais vivo interesse e são novas paginas na historia do movimento missionaria através dos seculos.
Numa das reuniões da .Tunta foi apresentada a idéa de mostrar a nossa cooperação com os campos por meio de visitas do 8ecretarioCorrespondente. EUe não pôde visitar todos os campos, porém a idéa foi bem recebida e em todos os lugares por onde andou, o povo mostrou-se muito interessado na causa.
Visitou os Campos do Districlo Federal, do Estado do Rio, São I
Paulo e Paraná-Santa Catharina. Ha nestes e em outros Campos um ycrdadeiro enthusiasmo pelas Missões Naeionaps. O Secretario-Correspondente deve dar mais tempo a este trabalho, porque onde ha conhecimento ha enthusiasmo. O Campo Pernambucano ~ prova disso. Os irmãos l~ estão informando o povo e este está contribuindo.
Além deste trabalho, o Secretario-:Correspondente se tem esfor~ado no cumprimento dos artigos 4, 5 e 6 do parecer do anno passado. Estes artigos se relacionam com a questão dos immigrantes e o Manual de Missões. CoUocou-se em contacto com os' baptistas dó Japão,
64 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEÍRA
Halia, Argentina e de outros países. Destes diversos lugares obteve ~nformações para o trabalho.
Logo que as finanças permittirem, será possivel fornecer Biblias, Novos Testamentos, folhetos. li~~ões da Escola Dominical, etc., em hespanhol, italiano, allemão, leito, japonês, chinês e noutras linguas. Muito disto já existe e será po~siYel produzir o resto. Não eollocamos um trabalhador entre os immigrantes, simplesmente porque as offertas não deram para este fim. A porta está aberta e devemos entrar.
O material para o Manual de Missões :,e está preparando e no futuro esperamos yêr este livro de tão grande necessidade nas mãos do nosso povo.
2. O TRABALHO DOS NOSSOS MISSIONARIOS
(1) ;\'0 Amazonas.
O moyimento neste campo de trabalho tem sido maior do que em qualquer outro anno. O nosso missionario l\lanoel Gomes dos Santos tem sido incansa\'el no cumprimento do seu dever. Tem feito tres \-iagens durante o anno e permaneceu a maior parte do anno no campo de trabalho. Lealmente elle tem cumprido as ordens da Junta. Si hou\'er qualquer razão para critica, não será devido á falta de dedicação e consagração do míssionario nem de iniciatiya da Junta, porém á falta do conhecimento do Campo.
O trabalho do missionario Santos tem sido de um pioneiro. Elle está abrindo o caminho e nós precísamos de outros obreiros para enLrarem e possuírem a terra. Já temos visto alguns resultados do trabalho lá, no baptismo de dois novos crentes, um do~ quae:" abriu logo uma escola para índios.
Em Itanuahú, no Juapery, ,já temos duas barracas, que :;~rvem
para moradia dos índios e ponto de contacto com os indio.:;. Lá o missionario mantém culto e trabalho religioso. Será no futuro o centro do nosso trabalho de evangelização da zona.
~a sua ultima carta, diz o nosso missionario: "As opporlunidades dos baptistas são optimas e, si não estamos fazendo mais este ~nno, é por falta de recursos. A yerba que temos para este glorioso trabalho é exígua e não satisfaz ás despezas exigidas pelo mesmo. Todavia, contentamo-nos com o que temos e, com as bençams de Deus, estamos fazendo o melhor que podemos, tendo esperança de que Deus dará as chuvas e o calor 'para germinar a semente espalhada."
(2) No Tocantins.
O trabalho entre os Kraós, dirigido pelos nossos missionarios Zacharias Campello, sua senhora e sua irmã, tem recebido as maiores bencams de Deus. Estes missionarios não têm medido sacrifícios nem pensado nos seus proprios interesses ou na sua saúde. Têm elles dado
REL~ TORIO DA JUNTA DE MISSOESNACIONAES 61)
pagi"nas novas e gloriosas na grande causa missionaria. Si a causa baptista no Brasil não tivesse produzido outros frutos, este casal seria razão bastante para justificar a sua exisLencia.
Não podemos relatar todo o trabalho feito, porqúe não temos espaço. Tambem não ha razão para isso, porque tudO. já foi publicada n'O Jornal Baptista. Basta dizer que existem quatro escolas, sendo duas diarias e as outras dominicaes. Ha, no lugar denominado Kraonopolis, um collegio diario com uns 50 alumnos e uma Escola Dominical. O outro collegio existe na aldeia de Pedra Branca, com o mesmo numero de alumnos mais ou menos, onde ha tambem uma Escola Dominical.
Os methodos adoptados pelos nosso;; missionarias sã 'o os meihores e hão de dar resultados no futuro, si fizermos a nossa parte.
O collegio em Pedra Branca- (~ dirigido por um moço crente que não recebe ordenado da Junta. Por isso ha quatro trabalhadores naquella zona.
IV. O futuro. " "...l.:".
( 1 ) 1VO A m.azonas .
Parece que Deus est á provando a fé e a paciencia dos bapÚstas JiI'asileiros no trabalho nesta região; porém não devemos desanimar, porque a historia das missões é cheia de exemplos semelhantes. O trabalho novo sempre vae devagar.
A' Junta parece que o tempo já chegou para avançar ~aquella
zona. 'Recommendamos que fosse collocado lá um outro obreiro para estabelecer o trabalho já aberto. O missionaria' Gomes deve continuar o seu trabalho de exploração.
Parec'6 que Deus está fornecendo mais um outro missionaria, porque agora mesmo a Junta recebeu uma cornmunicação de um dos estudantes mais distinctos do Seminario do Norte, offerecendo-se para a tarefa da evangelização dos indios. Devemos dar graças a Deus por esta dadiva e continuar a orar por outros obreiros.
(2). No Tocantins.
Cada vez mais este trabalho se está espalhando. Devemos desde ,;á,colIocar outros obreiros lá e augmentar a verba ',para o seu ~ustento. Portas se estão abrindo e a prova disso é ctU8 o bispo catholico daquella região já está em acção. Não podia haver maior prova de dficiencia do trabalho do nosso missionario.
Ha pouco veiu um chefe de uma outra aldeia com uma éommis:::ão para pedir que o nosso missionario abrisse uni collegio entre os !lleninos da sua aldeia. Depois de fazer conhecido o fim da sua mis,;;0, disse elle: "Já muitas vezes pedi auxilio dos civilizados, Venho !Jela ultima vez fazer este pedido. Si não fÓr attendido, jamais pedirei coisa al~uma. dos civi'liz!ldosr"
CONVEN~ÃO . B.A.PT1ST Á BRASlLEIltA
. Irmãos, vamos ou não attender a este pedido? Para o futuro cteste trabalho precisamos evangelizar os civilizados nas cidades e villas proximas, para que assim possamos de perto ajudar os esforços dos nossos missionarios. Devemos pensar em collocar um trabalhador em Carolina, onde já existe uma igreja baptista, que votou a sua cooperação com a Convenção Baptista Brasileira.
(3). Entre ,os immi(J1-antes.
A Junta acha que' deve continuar os seus estudos deste problema e, além disso,. preparar durante este anno a literatura necessaria para o trabalho. Por isso pede que o orçamento seja feito com o fim de designar uma somma r~gular para este fim.
Na sua ultima reunião a Junta recebeu uma communicação dos hungaros da Igreja da Lapa, em S. Paulo, pedindo que um trabalhador fosse collocado entre elIes para cuidar dus seus interesses espirituaes. Disseram ~lles que ha no Estado de S. Paulo uns 70.000 hun~aros, muitos dos quaes são baptistas e que estão negligenciando a sua vida espiritual. A Junta. recommenda que o assumpto seja estudado e uma -solução favorayel seja dada a este appello.
v. A. necessidades da Junta e do seu trabalho.
1. Or~ão.
A maior necessidade no trabalho do Senhor Jesus Christo é a ora~ão. Temos tido evidencias durante o anuo de que o povo baptista está orando, em favor da Junta e dos nossos missionarios. Queremos suggerir que cada lar ,no seu culto domestico, se lembre dos llQSSOS
missionarios pelo nome.
2· Cooperação.
Estamos mais e mais recebendo testemunhos da. cooperação leal dos 'nossos irmãos baptistas; porém temos de conseguir ainda uma cooperação maior. E isso será por meio de informações fornecidas 'ás igrejas pela Junta. Chamamos a attenção dos irmãos para ,a resolução da Junta, offerecendo mandar o seu Secretario-.Correspondente visitar os campos com o fim de dar esta informação.
3. Um auumento, no seu orçamento.
A Junta teve de pedir da Convenção um augmento do seu' orçamento. Não queremos fazer uma comparação, mas simplesmente desejamos chamar a attenção da Convenção -para o facto que o orçamento, para as Missões É$trangeiras é duas vezes maior que o orçamento das ~lissões Nacionaes. A Junta de Missões ~acionaes tem de sustentar seis trabalhadores, emquanto a Junta de Missões Estrangeiras p'ossue dois missionarios. ·Não devemos diminuir a verba de Missões Estràngeiras, porém devemos augmentar a verba das Missões
,RELATORlO DA JUNTA, -DE -MISSõES NACIONAES 61 Naeionaes: Reeommendamos, portanto, que o orçamento seja. de- quarenta contos de réis, que será a mesma proporção do a'ugmento deste anno.
4. Que o "Dia de Missões Nacionaes" seja observado em tqdas as igrejas.
A Junta pede que o "Dia de Missões Nacionaes", dia 4 de ~aréo, peja observado em todas as igrejas, baptistas como um dia de infQrmação e de animação pela causa de Missões Nacionaes~ O Jornai- Baptista, do dia 26 de janeiro, trará toda a informação necessÇlria para um bom programma para aquelle dia. Esperamos que seja- tirada uma boa offerta para o trabalho neste dia.
5. Contribuições systematicas.
A Junta tem as suas despezas mensaes fixas. Tem de pagar os :-:eus missionarios com toda a regularidade. Por isso pede que todos os campos sigam a regra dos de S. Paulo, Distrícto Federal, Espirito Santo e -Pernambuco, rsto é, de mandarem mensalmente a sua offerta ao thesour,eiro da Junta, o irmão Ismail Gonçalves.
O rel~.torio está perante nós. Deus está abençoando o trabalho da junta e' os planos dos baptistas brasileiros nos seus esforços de evangelizar -ó povo mais abandonado no mundo inteiro - o .índio brasileiro. Com a cooperacãodos irmãos e as bençams de Deus, veremos num futuro proxlmo a luz do Evangelho brilhando entre este povo com um l'splendor cada vez mais glorioso.
Pela .Tunta, L. M. Bratcher. Secretario-Correspondente.
q8 CONVENCXO' " BAPTISTA BRASILEffiA
Relatorio . Financeiro da Junta de Missões Nacionaes
CORRESPONDENTE AO ANNO DE 1927
. Com a graça de Deus e cooperação dos irmãos poude esta Junta satis. faZer . pontualmen.te os seus -compromissos e terminar o rumo com um regular saldo em caim.
ApeIJar da apregoada crise, as eJ;1tradas têm sido satis!aetorias, não obst&:Íltoe a lrregu]laridade de alguns. campos. .
Esperamos que neste novo rumo todos os campos sejam pontuaes nas suas remessas, afim de que a nossa Junta estenda as suas estacas.
, Deixamos de dar um relatorio minucioso por sahlrem mensalmente publicados no Jornal Baptista.
ENTRADAS: CaJnpo PenNUnbuoano__ __ __ __ __ __ __ __ __ __
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~ulistano __ __ __ __ __ __ __ __ __ _~ ___ _ Vietoriense__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ Federal__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ Amazonense__ __ __ Fluzoinense __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ Babiano __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ ~tneiro__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ Pvanâ·S. Catharina __ __ __ __ __ __ __ .Mattogrossenstl _______________ _ R. G. do SuL~' __ __ __ __ __ __ __ __ Sergipano__ __' __ __ __ __ __ __ __ __ AJagoano__ __ __ __ __ __ __ __ _ __ _ SUl Bahiano__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ Piaubyense__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ Maranhense __ ' ___________________ _ Parah~o__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ Goyano __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __
União G. de Senhoras _____________________ _ A~sos__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __
SAHIDAS: Pagamentos aos missionarios __ __ __ __ __ __ __ ])esp. com remessas ________ •• ' ___________ _ Telegr.anunas__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __
Impressos, incluindo' conta antiga na Casa Publica-dona __ __ __ _~ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ SeI~s __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ _ ________ _
Viagens do sec. corr~ a diversas convenções
RESUMO: Saldo do anno de 1926 __ __ __ __ Entradas durante es~e ann-o _____ _
Sabidas, Idem, Idem . _____ _
971$740 23:033$120
Saldo para o anno de '.l.928 __ .. ____________ _
Rio, 9111928. o Thesourelro
3:896$900 3:542$400 3:309$500 3:298$290 1:768$650 1:221$900 1:063$9'10
600$1l)0 600$000 400$000 277$800 238$200 109$400 100$000 100$000 72$800 69$000 23$500
875$000 1:476$000
23:033$120
21:010$000 444$600
89$ÓOÓ
826$000 17$200
344$400
22:730$100
24:004$860
22:730$100
1:274:f160
.amall 8. Gonçalv ....
RELATORIO DA JUNTA DE MISSÕES ESTRANGEIRAS
DA
CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA APRESENTADO A' DECIMA SETIMA REUNIÃO, NA CAPITAL FEO'ERAL,
NO MEZ DE JANEIRO DE 1928
Prezados irmãos:
Findou o anno convencional de 1927 e a vossa Junta. vem trazervos o relato dos trabalhos effecLuados e prestar suas contas dos dinheiros recebidos e gastos nos seus doze mêses.
Apresentamos em primeiro lugar o relataria da
COMMISS~O ESPECIAL A PORTUGAL Conforme foi votado na ultima Convenção, a commissão composta
dos irmãos pastores O. P Maddox e Manoel Avelino de Souza, desempenhou-se do seu trabalho muito bem, tendo sido uma bençam para a causa do Senhor em Portugal, não sómente confortando o povo de Deus, como despertando o povo descrente com a Palavra de Deus por onde andaram.
~a sua volta, a commissão apresentou á Junta em sessão o relafaria seguinte:
RELA TORI'O DO TRABALHO DA COMMISSÃO A PORTUGAL
(Relatorio minucioso do trabalho baptista em Portugal, dado á .Junta de Missões Estrangeiras da Convenção Baptista Brasileira pela commissão que foi nomeada na reunião da Convenção de janeiro deste anno, em S. Paulo.)
A commissão. demorou-se em Portugal de 26 de fevereiro a 2 de abril, percorrendo o país de nortr a sul e est.udando todas as phases do trabalho, aprovei lando a occasião para prégar o Evangelho e ensinar as Escripturas ás igrejas. Foi seu companheiro em todas essas viagens', o. nosso missionario Antonio Mauricio.
o relatorio da commissão constará "dos pontos como se seg~em,
que foram estudados por ella eom o maximo criterio e desejo de achar Li verdade dos factos, mediante esfDrco e constante oração, pedi~do a Deus a direcção do Espirita Santo. A commissão não 'p6de negar' qu~,
70 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA
apesar de sentir a grande responsabilidade da tarefa que J he foi incumbida, sentiu tambem, com gratidão, as orações dos irmãos em todo
-o Brasil e cm Portugal a seu favor. Senão, leria de falhar, pois se \·iu á frente de serios embaraços para apur~r a verdade ou ao menõs o que lhe parecia a verdade. E o que relata, fa-Io diante de Deus, com imparCialidade, apenas dizendo as coisas como as viu.
Em primeiro lugar a commissão fez um estudo geral daquillo que relata em conjunto com a Junta Executiva da Convenção Baptista Portuguêsa, durante tres dias inteiros, de 28 de fevereiro a 2 de março. E estudou a questão, constante da desavença entre os irmãos Achilles e Mauricio, recorrendo a todas a~ fontes de informações pró e contra a r:ada um delles, com o maior interesse. A commissão consultou priIl~
cipalmente D. Djanira repetidas vezes e foi ás pessõas que ella indicou como conhecedoras dos factos. E chegou ao resultado de que ambos têm alguma razão e alguma culpa tambem. A commissão deixa PS irmãos e a Junta fazerem o juizo que acharem justo do seu trabalho.
ACCUSAÇÕES CONTRA O IRMÃO ACHILLES i - E' accusado de não consultar áo missionario Antonio Mauricio,
desde que chegou a Portugal, a não ser em uma ou duas occasiões. 2. E' aecusado de seguir a orientação do irmão J J Oliveira. a,
ponto de defender publica e particularmente as suas idéas, causando com isto grande desgosto a muitos irmãos.
3. -POI" desobedecer á quinta Convenção Portuguêsa e de não prestar o relatorio do Collegio e Seminario, como era de seu dc"eI'.
4. Por concordar e depois discordar com a convocação da quinta Convenção, levando a Igreja em MaUozinhos a tomar seu lado contra essa Convenção e os interesses da Junta Brasileira e em favor da de Texas.
5. De fazer-se amigo intimo de crentes de outras denominações e de membros excluidos da Igreja ,Baptista do Porto e de afastar-se do convi~-io dos outros baptistas do Porto, approximando-se s6mente dos da Igreja de Mattozinhos.
6. Outrosim, depois de declarar por carta e verbalmentp que entregaria a igreja que pastoreava aos cuidados do irmão Mauricio, quando regressasse ao Brasil, entregou-a, porém, ao irmão João Fidalgo, trabalhador da Junta de Texas.
A commissão acha que as accusações sobreditas exprimem a verdade. Quanto á primeira, parece ser real, pois que D. Djanira affirmou.lhe que não era necessario consulta-lo, quando elle lhe foi falar a respeito do artigo "Modos de Vêr"; tambem quando a commissão consultou o irmão Delfim Vieira, por indicação do irq-tão Oliveira, eIle d~se que de facto o irmão Mauricio e elIe sentiraJIl -que o irmão Aehil1es guardava silencio com o irmão Mauricio e se excusava de lhe pedir qualquer informaelo.
RELA rORIO DA .TUNTA DE MISSõES ESTRANGEIRAS 71
Quanto á segunda accusacão, a comm:issão, em· tudo que obser.:.. vou, pareceu-lhe que ha razão para elIa. Apesar de crêr na boa ín~
tencão do irmãó AC11illes, viu que elIe não deixou de ser influenciado pelo irmão Oliveira, talvez iÍnpercebidamente. Mesmo em S. Paulo elle deu provas disto. Todavia, elIe não se tem convencido do facto, nem tão pouco a sua senhora, pois ella affirma que isto é uma infa~ mia e, para provar o contrario,. ia guardar sóment(:\ a correspondenci~ do irmão Oliveira, a qual levava comsigo. ..
Quanto á terceira e quarta accusacões, é a verdade, pois a commissão viu uma carta do irmão. Achilles ao presidente da ConvenC~Q~ co.ncordando com a convocação da mesma. E até mesmo achava urgentes certos assumptos que deviam ser tratados. Depois discordou e usou a sua influencia para que a Igreja f'm Mattozinhos não se fizesse representar. E não apJ'esentou o. relatorio do Collegio e Seminario. Outro facto que prova a quarta accusação é a decisão clara' da igreja, em presença da commissão, de cooperar com a Junta de Texas. Na \ i~ita da commissão á Igreja de :\lattozinhos ella achou que o irmão Achilles deixou como seu substituto o irmão João Fidalgo, vindo' de Lisboa para este fim, onde o.ecupava o cargo de evangelista da Terceira Igreja, que não concordou com a quinta Convenção. Este irmão lf"o.u a igreja a demiti ir o proprio pastor Achilles do pa'storado, antes dene o pedir, e fez-se eleger past.o.r, Ainda que o irmão Achilles promeU esse ao irmão. i\lauricio. po.r carta que a commissão leu, que clle entregaria a igreja quando. se ausentnssf' para o. Brasil, o evangelista levo.u-a a cooperar com Tt~xas, por voto geral da igreja, na presença (h commissão e de D, Djanira. A commissão. porém, achou por bem reconhecer o. di!eito da igreja de o fazer e recommendou no :1'11:5.0 Mauricio que deixasse a mobilia com ella, co.mo estava. E tambem aconselhou a igreja a re~peHar o direito dos membros que discordas~('m, oando-Ihes carta para a Igreja do Porto. E ena concordou.
Quanto á quinta êlcru:,a(:ã(). é verdade observada pela commissãc. com muito espanto. A commissão firou muito triste e admirada como D. Djanira psi ava rodpada dp pess(,as exe1uidas da Igreja do Porto e de C1'entes de outras ou de nenhuma denominação!! Taes como o Sr. Mil'anda, que escreveu um pamp'hleto contra o irmão Ma'uricio, e màis ~m seu cunhado, lambem excluido; D. Isabel Martins, amiga intima da familia Barbosa, excluida da igreja e contraria ao irmão Mauricio; (, Sr. Tavares, IDPthodista; o Sr, Rev, Eduardo Moreira, pastor presbrteriano, ambos ex-professores do Collegio Baptista; o Sr, Conceição, .. flue não faz parte de qualquer igreja, :\ commissão promptificol,l-se <1 arranjar o dinheiro da passagem de D. Djanira para o Brasil, e,~elia (, recusou para toma-lo dos Srs. 'Costa e Correia, p~ssôas da~ua ami~_, zade e oonfiànca'. No 'Porto ella só se despediu dessas pessôa.s e ,do Sr. 'Vright, indo á casádelles.' Não communicou aos outro~ baptistas, o , rkt da 'Sua partida, razão por que o Ch'ristão Baptista di'sse "q4~ ao-' s~~ pmbarque s6 vieram despedir"':se dálla' algu~~s dessas ,'pe~sôas.; .-\lé,Jll disto a 'éóIÍlmissáo nbtou
A
que eila riãá assistiu à' nenhuma' conferencia
72 CONVENÇA,O B~PTISTA BRASILEIRA
que a mesma commissão realizou na Igreja do Porto, apesar do convite que lhe fez.
Quando. D. Djaniraembarcou a bordo do Almanz01'a, a commissão eonsegUiu um encon1ro de D. Djanira com o irmão Mauricio, encontro .que eBa não se a~hou dispost.a a ter no Porto. A commissão fez isso para vêr se clH~gava a uma reconciliação dos dois e tambem ouvi-los face a face. :Ma;; o resultado foi negativo. Não. houve reconciliação. D. Djauira ficou muito neryosa e accusou o irmão Mauricio fortemente, chamando-o- de bypocrila e verdadeiro enganador e que usou todos os meios para destruir a influencia' do seu marido. Que ene, Mauricio, queri'a o dinbeiro dos brasileiros,' mas não queria os brasileiros. Disse mais que voltava para o Brasil para fazer a vontade do irmão Mauricio e não a de Deus, razão por que o irmão Mauricio devia estar satisfeitissimo por alcançar o seu desejo. Não podemos deixar de dizer que o irmão Mauricio se portou com cavalheirismo cbrislão.
Quanto á sexta accusação, já está respondida mais ou menos na terceira e quarta.
A respeito do caracter do irmão Achilles e seus motivos em todas essas questões, a commissão achou que foi por engano da parte delIe f\ por habilidade do irmão Oliveira. Infelizmente, o irmão Achilles, ao chegar a Portugal, já achou os irmãos Oliveira e Mauricio em diyergencia. E que o irmão Oliveira tentava tirar o pennacho do irmão Mauricio, conforme expressão sua, e sem duvida usou para este fim o irmão Achille:s, sem que elIe o pudesse comprehender. E a Junta Executiva, inclusive os irmãos Mauricio e Torres, é tambem desta mesma opinião. E a opinião geral de gregos e troyanos é que o irmão Achilles é um homem bem intencionado em ludo e de bom caracter, mas uma victima involunlaria. Uns dizem que elIe era uma victima do irmão Oliveira e outros dizem que ~ era do irmão Mauricio. Tambem todos eram accordes em dizer, directa ou indirectamente, que elle não tinha exi>.eriencia para dirigir o Collegio e Seminario. Pessoalmente todos o amam e estimam e lamentam que elle houvesse voltado para o Brasil. E' convicção da' commissão que, se elIe não tivesse escripto o ultimatum que escreveu á Junta. e se não tivesse embarcado para o Brasil sem o consentimento della, não teria sido demittido. D. Djanira e Achiíles dizem que havia qualquer combinação entre os irmãos Thomaz da Costa, Theodoro Teixeira. Francisco do Nascimento e Mauricio -contra Achilles. E que elle não podia dizer nada em sua defesa porque em Portugal estava o Mauricio e no Brasil os tres portuguêses contra elle.
Nesta conjuntura a commissão acha que a ordem do irmão Thomaz ao irmão Mauricio para não pa,ar o casal Barbosa senão mediante o seu pedido, depois da carta do irmão Achilles, prejudicou grandemente. Tambem causou ,muito desgosto e confusão o .telegramma do ir~ão Thomaz ao irmãa Mauricio, enviado.de S. Paulo, durante a Convenção,' IÍestas palavras: "Deus victorioso, AchiUes demittido,
RELÀTORIO DA JUNTA DE MISS'õES ESTRANGEIRAS 13
pague· D. Djanira, Nov. Dez. e Jan." O telegrammaparece gloriar-se da 'demissão do irmão Achilles pela Junta e confirmada pela Convenção. Todavia o,irmão Thomaz,póde explicar-se, mas o telegramma, em face das coisas, não foi conveniente.
ACCUSAÇÕES CONTRA O IRMÃO MAURICIO Assim como a commissão não poupou esforço, tempo e dinheiro
afim de apurar a verdade das accusações feitas ao irmão .. Achilles, assim o fez parado mesmo modo achar a verdade das aecusações feitas ao irmão Mauricio. E vêr se elle devia continuar a merecer a confiança dos baptistas brasileiros. Eis as accusações que lhe são feitas:
1 E' accusado de ter trabalhado contra o irmão Achilles no Seminario, por insuflar os seminaristas contra a administração e contra o proprio Achilles.
2· E t accusado de não andar correctamente nas suas contas, e que desde fevereiro de 1926 não prestou .contas á Junta Executiva; tambem de ter dado· um desfalque; e mais, de não applicar direito o dinheiro que sobrava do aluguel da casa da Igreja de Mattozinhos e da casa de Requezende.
3. De ter andado em Mattozinhos.;je casa em casa entre os crentes, fazendo propaganda contra o irmão :A..chilles.
4. De ficar desgostoso por o pastor Achilles ter sido escolhido director interino do Collegio e Seminario, quando elIe esperava ser o escolhido.
5. De ter causado escandalo, grande confusão e desrespeito numa sessão na Igreja de Mattozinhos, ao ponto de dois brasileiros se pustarem á porta da casa e esperarem pelo resultado, afim de defender o pastor Achilles no caso de aggressão.
6. De não pagar o salario do casal Barbosa em tempo, uma ou duas vezes, pergunt.ando-Ihes se precisavam de dinheiro, quando o dever era pagar-lhes, sem perguntar nada.
7 De manter, com seus companheiros, idéas de nacionalismo muito forte. De modo que, quando foi ao Brasil, foi perguntar ao irmão Oliveira qual das duas coisas elIe preferia que viesse do ~rasil, o dinheiro brasileiro ou homens brasileiros.
8. De ser muito hypocrita e jesuita e tentar o mandonismo.
Respostas :
A primeira e a quarta são respondidas juntamente, visto como trátam do Seminario. A primeira é uma decorrencia da quarta aecusação. O irmão Mauricio declarou á com missão que havia uma combinação entre elle e o irmão Luper para elle ficar na direcção do Seminario na ausencia do irmão Luper, visto como elIe, Mauricio, deixára o seu trabalho entregue ao irmão Luper, quando foi ao 'Brasil. Na sua volta, porém, do Bra~il, o Sr. Luper nada; mais lhe disse sobre o assumpto- e mais tarde tomou dedsão differente, parecendo querer
74 -CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA
QUe o irmão Oliveira ti substituísse. Elle não sabe a _ razão di'sto.·E numa reunião dos dois, antes de ser resolvido entregar ao irmão Oli\~eira, o irmão Luper disse~lhe que um seu irmão viri.a substitui-lo e que seu desejo era que o irmão Mauricio ficasse sob a direcção do seu -irmão. Mauricio, achando que lhe era um pouco deprimente elle ficar com a responsabilidade real e o outro, que nada sabia da- lingua e dós costumes do povo, como director, recusou-se a acceitar nesta base o lugar. Antes que o irmão Achilles chegasse, foi eleito Secretario-Correspondente da Junta da Convenção Baptista portuguêsa. Mas, numa reunião da Junta Executiva em que se devia tratar definitivamente do caso do Collekio, o irmão Aehilles foi eleito, com oração, -e por voto secreto e unanime, director do Collegio, facto que, como af':' firma D. Djanira, -.agradou immensamente ao irmão Luper, pois elle não queria nem o Mauricio nem o Oliveira. Mas que Deus deparára o homem que devia occupar o seu lugar.
O irmão Mauric-io declara que de facto ficou sentido por causa da combinação feita entre ene e o Luper, e não porque o Achilles fosse eleito; pelo contrario, elle gostou muito e votou a favor. Mas nunca fez qualquer aeção contra o irmão Achilles por causa disto, mesmo porque eBa ~ão t~nha qualquer culpa no caso.
Era natural que se fizessa.supposição de que o irmão Mauricio, uma vez resentido, insuflasse, de qualquer maneira, os seminaristas contra o irmão Achilles. Isto, porém, não se funda nem se confirma em factos, apenas na supposição, pois, tanto o Mauricio nega absolutamente tê-lo feito, como tambem os seminaristas o negam com insistenc:~ia. Entre elles o Sr. Delfim Vieira, que nesse tempo estava em sérias difficuldades com o irmão AChilles, devido á sua senhora ser directora interna e D. Djanira pretendei' o lugar. Hoje, porém, GSse jrmão está ligado ao trabalho de Texas, adverso ao Mauricio, e que nos foi indieado pelo irmão Ol~veira como testemunha do facto, mas elle tambem negou-o absolutamente, dizendo que o irmão Mauricio nunca agira de tal maneira. E' bom dizer, em connéxão com estas accusações, que tanto D. Djanira como o irmão Oliveira dis'seram á cornmissão que o irmão Mauricio não cooperaYa com o frmão Achilles; ~endo professor do Seminario, não se incommodava com a instituição. Ora, o irmão Mauricio allega nunca ter sido procurado para nada. E como prova cita o caso de uns cartazes que foram feitos para a abertura do Collegio pelo irmão Achilles e tal"ez o Sr. Moreira. E havia nelle,; uma sentença prejudicial ao Collegio e offensiva aos outros colleglos. Assim _foram pregados em lugares publicos. E, vendo-os, elIe chamou a attenção do irmão Achilles para o facto. O irmão Achilles .0 reconheceu, mas já -não podia dar -geita.. Noutra occasiãó; por qualquer incidente, -o irmão Achilles foi chamado á' policia e então appellou para o irmão Mauricio, mas felizmente o caso não tinha importancía .
.A segunda &cousação deve ser respondida por partes. Na primeira parte _ era' costume' do' irmão Mauricio dar ao irmão
Oliveira, 'como . Secretario-Correspondente . da Convenção, u"ma nota
·RELATORIODA JUNTA DE MISS:õES ESTRANGEIRAS -'lI)
dos pagamentos feitos como thesóüreiro da Junta Brasileira. • Mas, havendo -tantas maguas e cont.rariedades entre elIes, no fogo da ques ... tão, elIe achou por bem não pres/tar contas a mais ninguem senão li Junta de que era representante e guardava para apresenta-lo á Convenção, como o fez. Na'segunda parte, a commissão fez tudo para achar base nesta acausação, que corria com largo boaterio. Para isto foi. aos Srs. Eduardo Moreira, Tavares, H. Wright e mais aos irmãos J. Jones, Alfred() da Silva, D. Maria Mattos, no Porto; aos irmãos Almeida, pastor Araujo, Armindo Moreira, em Viseu. Foi mais aos ir..., mãos Oliveira e Parreira. Todos, que não são baptistas, affirmaram que nada sabiam de positivo que depuzesse coIitra o caracter do irmão Mauricio. Disseram que apenas ouviram dizer que elIe não dava contas certas e que havia dado um desfalque. Os irmãos em Viseu, menos o irmão Armindo Moreira, que o aecusam, só o fazem baseados em boatos, pois não têm prova nenhuma. Os irmãos no Porto acima mencionados acham que estas accusações são injurias feitas ao irmão Mauricio. O irmão Parreira declarou á commissão que foi embolsado integralmente da importancia que emprestára ao irmão Mauricio. Quanto ao aluguel da casa de Requezende e ela Igreja de MaUozi-nhos, não padece duvida, pois está tudo em ordem nos seus livros de tbesouraria. A commissão acha por bem declarar o que disse o irmão Oliveira em tesposta ás suas perguntas a respei to do caracter do irmão Mauricio. Disse que elle, como ministro do Evan.gelho, não podia apanhar qualquer coisa contra o caracter desse irmão, mas um advogado podia fazê-lo. O mais são boatos por toda a parte. Ninguem tem factos nem provas a apresentar.
Além de tu~o a commissão examinou os livros da thesouraria do missionario Antonio Mauricio desde que foi nomeado missionario,antes de ser thesoureiro, até o dia 28 de fevereiro do corrente anno, e achou todas as contas certas e bem feitas e terminou por fazer esta declaração no proprio livro.
Quanto ao desfalque acima referido, trata-se do emprestimo de dez mil escudos que o irmão Mauricio tomou do irmão Parreira, dizendo que a Junta BrasHeira lhe devia tres' .mil escudos, que a Junta Portuglllêsa lhe devia outro tanto e o restante em seu nome, e que lbe pagaria tudo quando recebesse das Juntas. A accusação estava no facto de ter tomado dinheiro sem a autorização das respectivas Juntas e usado o nome dellas. De facto a ·Junta Brasileira nesse tempo restava ao irmão Mauricio mais ou menos essa importancia. E em suas contas oom '0 dr. Luper, durante o seu tempo no Brasil, havia um debito a seu favor de quasi tres mil escudos, que o irmão Oliveira, insis,;. tm com a Junta Portuguêsa que não lhe pagasse porque não entendia as contas do irmão Mauricio, mas -finalmente chegaram a um accordo na Junta ;Executiva que eUe, Mauricio, ~e cobrasse nas differenças das despezas missjonarias.
·.A teroeira accusação foi feita pela propria. D. Djanira, ainda que elIa mesma não .soubesse, mas ouvia falar. A commissão, porém; di,;.
76 CONVENÇÃO BAPTISTA BRASILEIRA
ante lia igreja em sessão, coma presenç:), de D. Djanira, verificou que era simples boato, sem fundamento, pois' todos os membros presentes negaram que elIe o tivesse feit;e o proprio Mauricio affirma que nunca o fez.
A quinta aecusação. Quanto a esta aecusação, na parte que se refere ao caso dos brasileiros quererem defender '0 irmão Achilles, tambem não se confirmou. A commissão perguntou á igreja, na mesma occasião, e ninguem ouvira falar de tal coisa. Ficaram até admirados de se propagar uma tal noticia. Quanto ao escandak:> que houve na sessão, não 11a duvida que houvesse exaltação de parte a parte e as noticias e informações foram tão contraditorias que era difficil apurar quem estava com a razão. O irmão Mauricio fôra convidado pelo irmão AChilles, conforme a carta em seu poder, p'ara ir á sessão da igreja. E, conforme a sua declaração, foi na crença de lhe ser entregue a igreja, como promettera o irmão Achilles tambem por carta. Mas, tanto D. Djanira como a propria carta referida, dizem que eIle foi convidado para apresentar as queixas que tinha contra ü
irmão Achilles. O irmão Mauricio pediu que o caso fosse entregue a uma commissão de quatro, dois de cada lado, visto como não se tratava de um caso de disciplina da igreja, nem do dominio dos irmãos Mas o irmão Achilles não quiz assim; preferiu que fosse feito perante a igreja. E é nessa occasião que houve grande confusão. . Accusam-no de ter dito que podia, se quizesse, pô-los fóra da casa. E que os irmãos Barbosa deviam arrumar as mala::; para ir-se embora. Não foi possivel achar a confirmação verdadeira. desta accusação. Os membros da igreja, na sessão que a commissão assistiu, não sabiam realmente dizer o que houve.
A sexta accusação foi feita tambem por D. Djanira. Mas a commissão verificou que todos os pagamentos foram feitos regularmente, excepto no mês de novembro, quando o irmão Mauricio foi perguntarlhes se queriam ou precisavam de dinheiro. ElIa acha que o dever era pagar e não perguntar coisa nenhuma, pois não tinham sido ainda dispensados da Junta. O irmão Mauricio explicou a razão de assim ter procedido, que foi por entender uma phrase na carta do irmão Achilles a elle, dizendo: "Apesar de não ~er mais missionario da sua Junta" e tambem na circular que fazia a defesa da sua volta para o Brasil e mais ainda pela carta que escreveu a diversos leaders no sul do Brasil, em que elIe pedia meios para o seu regresso á Patria. Que elIe concluiu que o irmão Achilles já se havia desligado da Junta Brasileira e, portanto, sem o direito de receber o salario. (D. Djanira, porém, . diz que o irmão Achilles citava esta phrase e não era uma decl~racão que fazia.) E em segundo lugar porque elIe estava de posse de uma ordem do irmão Tbomaz da Costa, autorizando-o que só pagasse ao· casal Barbosa daquella data em diante se lhe fosse solicitado.
Diante dessa ordem elle fez a pergunta que tanto escandalizou o casal Barbosa. Não explicou, porém, que assim procedia por ordem do Secretario-Correspondente da Junta. Talvez nío Josse o melhor
,RELATORIO DA-JUNTÁ fiE MISSÕES E8TltANGEiRAs 7·7
caminho a seguir .ter deixado de p,agar -o missionario antes dene ter sido ex,merado do cargo. Isto perturbou bastante 'Jls relações dos missionarios, já estremecidas. E depois da ordem de pagamento em janeiro, dos tres mêses atrazados, D. Djanira queixa-se amargamente do irmão Mauricio por ter mandado um estudante quafquer, á meia noite, bater...:lhe á porta quando já se achava recolhida aos seus aposentos, levar-lhe o dinheiro. Ella .achou uma coisa indigna mandar alguem á casa de urna senhora, na ausenci'a do marido, em hora tão avançada da noite, e por isso o -recusou de receber.
No dia seguinte ella foi consultar alguem da sua confiança o que devia fazer neste caso, E esse alguem disse que ena não devia receber senão da propria mão do irmão Mauricio. Novamente o rapaz lhe vem t.razer o dinheiro e elIa de novo o recusa, mandando dizer ao irmão Mauricio que só o receberia da sua mão, como era de costume. EUe, porém, não a attendeu immediatamente. ElIa, então, resolve ir á sua casa, acompanhada do Sr. Eduardo Moreira, para receber o dinheiro. O irmão Mauricio mostrou a elIe o telegramma do irmão Thomaz cúmo a explicação de ainda não ter pago. E não era corno D. Djanira affirmava que elie não pagava porque não queria, pois que devia ter o dinheiro comsigo. Foi durante esses mêses que D. Djanira escreveu aos irmãos em S. Paulo, dizendo que eslava passando necessidades, e que eUes lhe mandaram 900$000. Elia .poz a culpa no irmão Mauricio, mas parece que a falta estava com a Junta, que suspendeu os pagamentos.
A setima accusacão: Quanto ao nacionalismo do irmão Mauricio, não tem fundamento, pois a commissão examinou tudo e achou que era falsa.
A oitava accusação é, na opinião da commissão, igualmente gratuita -e falsa. Em resumo, a .commissão conclue que tudo isto parte da divergtmcia entre os missionarios Mauricio e Oliv-eira. E dá graças a Deus que o irmão Mauricio deve ser recommendado aos irmãos brasileiros como digno do seu amor e confiança. E' tambem justo dizer que ene tem feito sempre pé firme para defender os interesses da Junta Brasileira corno seu representante, com todo zelo e fidelidade. A commissão achou no irmão Mauricio o espirito de humildade. ~ o declara diante de Deus, sem qualquer particula de parcialidade. ElIa observou tambem o respeito e amor, a consideração e prestigio que elIe goza entre todos os irmãos e igrejas por onde a commlssao andou. Todos o amam e <> respeitam. Viu mais o amor que eUe consagra ao trabalho do Mestre e ás almas perdidas e o desejo que tem de levar avante a Causa de Deus. Apreciou tambem a sua vida intima como chefe de familia, paee esposo extremoso, que mantem a sua vida religiosa no seio da familia em nivel elevado. Sempre amaveI e cortez para com todos, sempre serviçal e amigo, prompto para aprender e desejoso de acertar o caminho melhor. E' seu conselheiro para todos os ~ffeitos o mui digno irmão e diacono, o ancião J. J ones .
Estas são as observações 6 considerações da commissão.
78 êóNV'EN'ÇÃÓ BAPTISTA BRASILtlllRA
II P4RTE ·1
PROPRIEDADES
Outro assumpto que a commissão havia de examinar era a respeito das propriedades pertencentes â Junta Br.asileira.
PORTO: Ha nesta cidade o Tabernaculo Baptista, que é o predio onde funcciona a Primefra Igreja Baptista organizada em Portugal e [' residencia do missionario Antonio Mauricio. Esta propriedade, com o terreno, está paga e registrada em nome da Junta de Missões Estrangeiras de Richmond, Estados Unidos. Portanto, sem nenhum embaraço. Foi feito assim por or.dem da Convenção Baptista Brasileira, como reza a acta da reunião dos missionarios em Portugal, a 19 de julho. de 1922. Ha mais uma casa na rua de Requezenden. 194, tambem nas mesmas condições. do Tabernaculo, em nome da Junta de Richmo.nd. Mas pesa so.bre esta pro.priedade uma divida de 2.603.620 escudo.s, ao irmão. Parreira. Não ha documentos além da acta da Convenção que o. autorizou a levantar o dinheiro. O missio.narioMauricio reconhece que ha esta divida. O irmão Parreira não quer juros desta importancia, ma,s espera que lhe seja embo.lsada no prazo mais pro.ximo.. Esta casa de Requezende não está muito bem situada e não ~estâ prestando qualquer serviço á Causa, além de ser occupado. o. pa-vimento terreo. po.r irmãos po.bres e po.r preço reduzido, e ha um salão. no primeiro. andar, o.nde os irmãos peTlsam o.rganizar uma enfermaria. A casa vae precisar de retoques; po.rtanto, de despezas. A compra foi boa, mas talvez seja melhor vendê-la pelo preço que vale actualmente. E assim pagar a divida e empregar o restante do. dinheiro. num o.utro. lugar que pro.mette mais.
TONDELA: Ha nesta cidade um -terreno muito bo.m '6 bem situado. O terreno está passado em nom~ da Associação Evangelica Baptista do Rio e está pago.. Ha com o irmão Oliveira 600 escudo.s pertencentes á Igreja de To.ndela que a commissão com o irmão Ma~ricio, de accordo com, o. irmão. Oliveira, resolveu que fo.ssem dados em pagamento. do. aluguel da casa que o.ccupa a Igreja de Morelena. Pois a Jun~ de Texas tem pago. adiantado o. aluguel por seis annos mais ou meno.s, e com esta combinação ficaram quites. Este dinheiro a Junta ter4 de pagar á igreja, uma vez que foi empregado e!ll despezas de evangeliz.ação.. E' necessario construir um salão no térreno, que não ficará muito caro. .
LEIRIA: O terreno que pertencia á Junta Brasileira nesta oida ... de foi dado pelo. irmão Parreira. O unico documento que havia era um titulo de venda. Este titulo estava co.m o irmão Mauricio, mas o irmão Parreira, querendo desfazer-se do terreno, por não achá-lo proprio. para o que .se destinava, obteve de no.vo o titulo. Diz, porém, que o terre~o não..é nem dos brasileiro.s nem da Junta de Texai, mas de Christo. EUa guarda comsigoo .dQcumento para dar ... lhe o destino que
lha parecer melhor. O· irmão Parreira é membro. da Primeira Igreja de Lisboa.
VISEU: A commissão visitou esta cidade, onde. ha uma igreja., e para cujo fundo do templo o Brasil tem contribuido com mais de nov.a mil escudos. O terreno, que a igreja comprou antes da separação. do trabalho das Juntas, custou 17 mil e tantos escudos e está transferido em nome do irmão José Augusto de Almeida, membro. da igreja. Ella já começou a construü,ção do templo. A igreja coopera (',om a Junta de Texas ea commissão acha que é melhor não rehaver essa importancia della, para- não trazer q·ualquer perturbação entre os crentes.
Ha, em connexão com a Igreja em Viseu, uma offertade 150$000 feita pela Junta Brasileira, "mas _cuja entrega .foi suspensa pela Junta e estão com o irmão Mauricio. A igreja espera que lhe sejam entregues. Visto que essa importancia já foi ,destinada para a construcção da Igr~ja em Viseu, a commissão é de opinião que lhe seja entregue; todavia a Junta fica ~oIÍl a liberdade de resolver o. caso como lhe ;parecer melhor.
III PARTE
EDUCAÇÃO
Com á quint.a Convenção Baptista Portuguêsa, o Seminario foi virtualmente desorganizado, pois nove estudantes resolveram espontanea e voluntariame'nLe cooperar com a Convenção e ipso -facto com a .Junta Brasileira, dando assim lugar a um novo arranjo, que é o seguinte: A Convenção, diante disto, prometteu ajudá-los emquanto pudesse. Foram assim distribuidos: 5 'delles estão no Porto, dois tomam refeições em casa do irmão Mauri<~io e 3 em casas particulares ou em suas proprias casas. E 4 estão em Lisboa, hospedados nos fundos do salão de cultos da Primeira Igreja.
" Quanto ás despezas, ha o seguinte orçamento mensal para manutenção a ensino:
Ensino 1,000 escudos Sustento 1,020 escudos
Total 2,020 escudos yerba da Junta e auxilio das Igre-
,jas do.P<?rto. e Lisboa
Deficit mensal
: ',E isto não incluindo o auxilio que o ticularmente, que 'já não p6de continuar. da"abril'de 2,300 escudos' mais ou menos. Seminario . é criticá ':.e urge providencias.
1,325 escudos
695 escudos
irmão Mauricio presta parHa um deficit até ao 'fim Como. se vê, a sftuação ~o
8Ó CÓNVENOÃóDAP"rlSTA BRASILEIRA
Quanto aos cursos dos seminaristas, são os seguintes: O curso preparatoriQ está sendo feito com professores-particula
res tt exames prestados nos lyceus ó·fficiaes. Portanto, satisfator'io. Quanto ao curso theologico, realmente não ha, pois as aul~s que
os irmãos Mauricio e Torres estão dando não correspondem ás exigencia~ de um curso efficiente, porque as aulas são muito irregti~
lares. Para a solução do problema do Seminario é necessario tomar um
destes caminhos: 1.0, Ou continuar como está, a Junta Brasileira cobrindo este de ..
ficit mensal e pagando a divida existente; 2°. Ou mandar alguns desses estudante~ para os Seminarios no
Brasil, cogitando-se um plano que satisfaça as despezas; 3°. Ou a Junta Brasileira mandar um missionario com os meios
"mfficientes para fundar e dirigir o Seminario Baptista Português. De wdas as condições, ~sta é a mais propria e sátisfatoria e que dará o melhor resultado. E deve ser feito quanto antes.
Não é facil fundar um Collegio, porque as leis do pãís são muito exigentes a este respeito. Seria necessario que houvesse um homem diplomado nas escolas officiaes portuguêsas para ser direct.or E' melhor, então, não pensar em fundar collegio e deixar que o curso literario seja feito na mesma base que se faz agora, isto é, de estudar ou nos lyeeus, ou sómente prestar os exames officiaes, o que parece menos dispendioso.
Mas é possivel fundar o Seminario, porque a lei não se envolve com instituição religiosa.
IV PARTE
EVANGELIZAÇÃO
Ha actualmente cinco igrejas, que formam a Convenção Baptista Portuguêsa e que cooperam com a Junta de Missões Estrangeiras da Convenção Baptista Brasileira. São eUas '" do p,orto, a de Tondela e a de Leomil, no Norte. Essas igrejas estão aos cuidados pastoraes do irmão Mauricio. A do Porto tem um bom templo e conta actualmente de 120 a 130 membros. A dE} Leomil é uma pequena igreja, na aldeia do mesmo nome, com nove membros apenas, mas muito animada; tem alguns interessados. Está numa zona promeUedora. Reune-se em casa dos irmãos Martins e, parece, até agora não tem tido despezas c<?m o aluguel da casa. Mas os irmãos querem alugar casa mais propria para a igreja. A Igreja de Tondela conta apenas sete membros, e estes mesmos espalhados, S6 tres ou quatro moràm na séde. A causa de enfraquecer e quasi paralysar o trabalho dessa igreja foi a propaganda do pentecostismo, que lhe levou uma boa parte dos membros e dêsanimou todo o enthusiasmo que havia na igreja. Gracas a Deus, a causa delles está virtualmente 'morta e algumas pessOas vencidas por
RELATORIO DA JUNTA DE MISS'õES ESTRANGEIRAS 81
elles estão agora querendo voltar á igreja. De modo que esses crentes, com alguns interet?sados que se preparam para o baptismo, reforçarão, em breve, consideravelmente a igreja. O que lhes falta é um obreiro. _.,
Essas tres Igrejas têm âlguns pontos de prégação. Na Foz, suburbio do Porto, ha uma congregação que pertence ao Tabernaculo; funcciona num bom salão, alugado para este fim. Está aos cuidados do pastor Raul Pinto e é o unico trabalho evangelistico que eUe faz. lIa mais um bom salão alugado no centro da cidade, inaugurado no dia 24' do corrente. E é de muita esperança.
A Igreja de Leomil tem uma congregação pequena em Escurquela, A commissão não pôde visitá-la, por ficar fóra de mão. Mas ha alguns interessados a serem baptizados.
Essas duas igrejas, Tondela e Leomil, têm um campo vasto e promettedor, pois a população no Norte é muito densa. Um obreiro activo podia desenvolver grandemente essas duas igre'jas. Esta é uma urgente necessidade a attender. A commissão fez conferencias nessas duas igrejas e viu que o povo está sequioso pela mensagem da vida. O unico obreiro disponivel neste momento é o 'pastor Raul Pinto de Carvalho, que está no Porto sem trapalho definido, recebendo 300$000 da Junta. Mas elle recusa tomar trabalho fóra do Porto ou "Lisboa, porque defend-e á theoria de que é inutil evangelizar ~s provincias. E' perder tempo e Deus não quer por ora tal trabalho, idéa que tem defendido até em discursos perante Convenções, e o fez na reunião da Junta na presença da commissão, o que muito a contrariou e contristou, deixando pairar duvida sobre sua chamada divina. A commissão é de opinião que elle não deve receber o ordenado que recebe da Junta. Esta importancia deve ser empregada num-obreiro para estas duas igrejas. Além dessas difficuldades, e!Stá excluido da Igreja em Viseu. Em parte, talvez, a igreja usasse de rigor; em parte elle é culpado, pois não cooperava com eUa e recusava tirar a -carta demissoria. Depois de excluido, em vez de procurar rehabilitar-se dignamente, escreveu uma circular aos membros da igreja, cuja linguagem é incompativel com um simples crente e muito menos com um ministro do Evangelho. A carta augmentou sua culpa e confirmou a exclusão. O esforço que a ·comm i~8ã() fez para rehabilitá-Io, foi inutil. Com tristeza a commissão faz esta deelaracão a respeito do irmão Raul, porque sente que é seu dever.
Ha ainda uma congregação esperançosa na cidade de Valença DO estremo Norte do paiz. A Commissão tentou visita-la e os irmãos e amigos ali esperavam com grande desejo pela visita, porém, o descarrilamento dó comboio um pouco antes de chegar impediu-a de o fazer.
No Sul do país ha sómente duas Igrejas que fazem parte da Convenção: A Prime~ra de Lisboa ,e a de Morelena. Ambas sob os cuida'Clos pastoraes do pastor Paulo Torres,
82 CONVENCÃÓ BAPTISTA BRASILEIRA.
Ha na Primeira' Igreja' uns 75 membros e na de Morelena, 8. Mas ha em ambas unLbom numero de interessados. Alguns delles já pro'fassados epromptos para o baptismo. A Primeira I~Teja funcci~na numa casa alugada em pa"im'ento ao rez do cbão, um bom salão e commodos nos fundos. As suas despezas mensaes são:
Despesa: Sala rio pastoral Despezas correntes Aluguel Evangelista. Auxilio aos seminari'slas Organista
Total
Receita: Contribuição dos m~mbros Do Brasil
Total
1 .382 escudos 100 900
40 100
30
2.552
770 esc~dos 1.782
2.552
Os irmãos acham que é nooessario um auxilio mensal de mais 400$000. :\la5 a Commissão ac,ha Que se houver um esforço maior para melhorar a contribuição poderia quasi . dispensar -este auxilio. A Primeira. Igreja tem possibilidades de fazer mais do que realmente está fazendo, pois. sua contribuição mensal regula 300$000. Se· os irmãos da Igreja fossem dizimistas estaria resolvido o problema.
Uma das maiores necessidades da Igreja é um templo digno da Capital do, paí:-. ElIa tem actualmente para o fundo de construcção 3 :200$000, mais ou menos. .-\ Igreja espera que a nossa Junta ajude eom uma boa part.e para este fim. A Commissão aconselhou-a Que nomeasse uma. commissão que descobrisse um predio ,que pudesse :;:('r comprado em prestações -e usa-lo por alguns annos. O dinheiro que ,elles pagam de aluguel e com mais um esforço poderiam pagar dois mil escudos mensalmente. Basta ver que a Igreja nestes tres annos ·passados já: pagou 43 contos portuguezes de aluguel.
Além dessas duas Igrejag ha no extremo sul do país, na .cidade de Tavira, um bom trabalho começado, na Provincia do Algarve, qUf' aCommissão yisjf.ou i Ha grande necessidade de haver um obreiro nessa parte do país. Para desenvolver o trabalho que já está ,eo": ,meçadoem Tavira e abrir tão· cedo quanto possivel na. cidade de Faro, capital da Província. E' bom dizer que a C01nmissã,o visitou algumas cídad,es no Sul e ficou muito impressionada com as gr·andes op-
"_eortu~id~des. para o Evangelho. q povo está com ,-o ~oração aberto e mUlto mclInado ao Evangel~(). Gente de idéas liberaes epouço in~luenciada pelo clero.
RELA TORJO DA JUNTA DE MISS'õES ESTRANGEIRAS 83
Ha 'outras cidades importantes no país visitadas pelaCommissão que. de-yem ter trabalho começado quanto antes. Por exemplo, Vianna do Castello, Coimbra, Aveiro, e outras.
v PAR1fE
PUBLICAÇÕES
Em publicações ha por ora só. ".o Semeador Baptista" Este jor-' nal é novo, mas já conquistou um lugar inolvidavel em Portugal. E' bem editado, e de aspec! o agradavel e aUrahenLe. q nome foi dado pelo velho batalhador, Joseph Jones com muita adaptação. E' o 01'
gam da "Convenção Baptista Portugue~a, e está com as Igrejas que cooperam com a Convenção Baptista Brasileira. Merece a acceitação e acolhimento dos Baptista.s do Brasil, pois que os informará de tudo que se passa no trabalho em Portugal. A assignaiura cusfa 12 escudos ou sejam 5$500 a 6$000 por anno. E' impresso em typographia da praça e não fica dispéndioso, preferível a ter fypographia propria.
A Casa Publicadora Portuguêsa ficou ao lado .da Junta de ,Texas e não era de esperar outr.a coisa, pois que a ella pertencia. A LHeratura da Escola Dominical usada nas Igrejas Poriuguêsas vên) da Casa Publicadora Baptista do Rio, E as Revistas são bem acceítaveis por ellas e dão bom resultado. Não é pra! ico, nem necessario, fundar uma Casa Publicadora em Portugal agora, em facr das condições financeiras da nossa Junta e pela muita despeza que acarretaria. Mais tarde a denominação Portuguêsa deve ter sua propria literatura, por emquanto é melhor ficar como está, usando a literatura brasileira. Esta é a o.pinião da Commissão e dos irmãos portuguêses. Quanto aos Cantores e ou tras publicações de propaganda, é menos dispendioso err.' Portugal do que no Brasil.
VI PARTE
CONSELHOS E SUGGESTÕES
I. Relações entre as Igrejas.
i ." A Commissão aconselhou que cessase a hostilidade entre irmãos, seja por carta, seja por palavra ou pela imprensa, para ,0 bem da Causa de Christo· em Portugal.
2. Aconselhou, tambem, que deixem, duma vez para sem.pre, de aeceitar, á primeira vista, os boatos que se levantam em torno dest.as coisas e contra os in~Hvidl).os que tanto mal têm tl'azido a Causa de Deus.
3. Quanto á relação de cooperação enlre as Igrejas das duas Juntas, aconselhou tanto a umas como a outras que todos os obreiros e Jgrejas façam justiça e respeif.em os direito~ indiyiduaes dos crentes de poderem retirar suas cartas demissorias para outras igrejas sem coacção ou vexames. Todos prollletteram assim proceder.
84 CONVENÇXO - BAPTISTA BRASILEIRA
n. Quanto ao progresso dÓ T.rabalho. i. Que se faça.m appello.s do .pulpito e pela imprensa aos irmãos
em Portugal e no Brasil, que peçam ao Senhor da· Seára para enviar obreiros que attendam á chamada divina para a vinha de Christo em Portugal. Po~que'a necessidade é grande e urgente.
2. Que a Junt.a Brasileira mande o mais cedo que seja passiveI um homem para fundar. e dirigir um Seminario em Portúgal, no Porto ou .em Lisboa, orl~ for mais conveniente. E se ísto não for passiveI já, que alguns dos actuaes estudantes sejam enviados aos Sem-inarios no Brasil, do Recife e do Rio.
3. Ha grande conveniencia que o missionaria Antonio Mauricio deixe o pastorado do Tabernaculo co~ alguém que seja realmente competente e da escolha da Igreja, para attender as muitas portas abertas -e chamadas de toda a parte do país. A Igreja pode convidar um pastor, português ou mesmo' brasileiro, como se tem feito entre as Igrejas da Inglaterra e da America do :\orte com um bom resultado, porque a língua é a mesma.
4. Que se faça um institut.o de oito dias em cada igreja, ao menos ~a vez por anno, para inst.rucção das mesmas e dos obreiros, cujo programma deye ser o Curso da Escola Dominical, livros e themas1!iblícos. E se fosse possiyel a alguns missionarios que vão / á America passarem por Por~ugal e ahí se demorarem uns dias e ajudarem as igrejas ne::;te trabalho de instituto, seria de grande alcance e aproveitamento.
5. Que os obreiros e igrejas façam campanha c'errada afim de que todos .se tornem dizimistas. Este assumpto deve ter muita emphase nos institutos, e o livro "Mordomia Ghristã e o Dizimo" deve ser usado.
6. Que se appelle ao coração bondoso de alg'unJ ou de alguns irmãos para doarem ós meios para fundação do. Seminario Ba.ptista em Portugal.
7 Que sé faça propaganda da necessidade de crear-se um Fundo de Auxilio que ajude aos estudantes para o Ministerio, por meio de emprestimos sem juros.
8. Que se -eogit.e da organização -de uma Junta Constructora. para ajudar as Igrejas na construcção das suas casas d'e culto, e assim se evite tanto dinheiro gasto com alugueis. Ha irmãos baptistas que podiam facilmente fazer doações para este fim tão santo.
9. A Commissão suggeriu, como já foi 4Íto, á Primeira Igreja de Lisboa, que a melh{)f maneira de agir por em quanto, é comprar' um predio, em prestações ou com dinheiro a juros e 'adapta-Io ao serviço da Igreja. Que Deus mova o coração de algum irmão ou am.igo para e!pprestar a esta Igreja a importancia necessaria para esta compra.
iO. Que o auxilio da Junta seja dado directamente ás Igrejas e não aos obreiros como tae8. Que a Igreja chame o pastor ouevange~ liStf).4 e com eIleacerte o ordenado e se não puder pagar tudo, . veja
ItELA1.\ORIO DA. Ju.NTÀ DE MISS'õES ÉÉTRANGEIRAS 85
o que .pode fazer e então peça aos representantes da Junta o restante, de aecordo com os fundos para este fim. Assim, ficam ambos, past.or e igreja, livres para agir e sentir a responsabilidade mutua. Isto cultivará o principio do sustento proprio. Porque a responsabilidade ficará com a igreja onde, de direito, deve estar E será um meio de evitar malentendidos ·entre os obreiros e os repre.sentantes da Junta.
Bahia, 27 de Abril de 1927 A Commissão,
O. P. Maddox.
M anoel Avelino de Souza.
o TRABALHO E COOPERAÇÃO Podemos dizer com Nehemias: "O Deus dos .céos é o que nos fará
prosperar; e nós seus servos nos levantaremos e edificaremos. Pelo relatorio da Commissão Especial que foi examinar as con
dições do trabalho em Portugal, pOdeis ver que foi uma benção a volta do mesmo a ser feito sómente pela Janta desta Convenção, sem cooperação ou sociedade com qualquer outra junta.
Durant.e este anno até Setembro,eff.ectuaram-se 54 baptismos, sendo 37 na Igreja do Porto, 12 nade Lisboa, 3 na de Leomíl e 2 na de ~lattosinhos, havendo outros candidatos em prova para serem baptizados ainda est.e amlO.
Podemos dizer que se gastou mais tempu em sustentar posições e assentar trabalhos do que em avançar na evangelização. Muito contribuiu para est.a falta de avanço a impontualidade das nossas obrigações; que impediram os obreiros de se locomoverem afim de attender a chamados para evangelizar, e a doutrinar nos pontos já estabelecidos por falta de meios.
O Relatorio do Secretario Correspondente, apresentado á Convenção Baptista Porlugueza, menciona os 54 baptismos acima relatados e um total de 264 baptistas, membros das 6 Igrejas de que se compõe a mesma Convenção .
.A esta data já deve ter-se organizado a Segunda Igreja Baptista no Porto, á rua Formosa n. 260 A, no centro do Commercio. Dando a informaçã(}, diz o missionario A. Mauricio:
"Confiamos no Senhor que esfa vae ser uma das igrejas mais ammadas de P,ortugal, visto que é a melhor congregação que temos em todas_as igrejas baptisf as. JiJ' constituida por irmãos situados no commer.cio, e está situada na parte mais central do Porto, pelo que é de esperar que venha a tornar-se. uma igreja poderosa"
Do mesmo relatorio consta que as Igrejas arrecadaram de receita: Esc. 43 :422$16 para seus orçamentos infernos e Esc. 9 :911$72 para () Templo da. Primeira Igreja· Baptista de Lisboa. Total: Esc. 53: 333$88.
S6 CÓNVENÇÃO. BAPTISTA BRASILEIRÁ
IGREJAS.
Continuam a cooperar com esta Convenção, a Primeira Igreja do Porto, a Primeira de Lisboa, a de Tondela, a de .. Morelena, a de Leomil e de Maio para cá a de MaUosinhos. Ao todo seis igrejas que formam aConvençãô Bapfista Portugueza.
SEMINARIO
Graças ao Senhor, podemos informar-vos que as novas installações .do Seminario foram um grande passo dado para uma grande obra na ('yangelização de Portugal. Foi inaugurailo no dia 23 de Outubro, sendo as obras de adaptação e o mObiliario,custeados pelos irmãos portuguezes, que o fizeram -com alegria e presteza.
Este estabelecimento de preparo dos seminaristas, installado na nossa propriedade de Requezende, para isso adaptada, conta 7 estudantes e um candidato, e está sob a direcção interina do missionario A. Mauricio.
Para attender ao n°. 2 do II Ponto dos "Conselhos e Suggestões ,da Commissão Especial, a Junta reputa de grande urgencia a ida de um irmão competente para dirigir a educação dos futuros evangelistas do pOYO necessitado do Evangelho, alliviando a carga dos hombros do nosso missionaria, que abnegadamente está manejando todo:-: os depart.am~ntos do trabalho.
REPATRL\ÇAO DO CASAL BARBOZA
A demora em satisfazer a ordem da Convenção na repatriação deste casal já foi explicada no Relatorio de Setembro, que a seguir transcrevemos:
~. HEPATRIAÇÁO DO CASAL ACHILLES BARBOZA - Devido ás cpndições financeiras com que tem lutado a Junta este anno, não foi possivel executar promptamente as ordens da Convenção, no tocante a "que se ponha á sua disposição desde já, a importancia correspondente á voUa deUe e de sua esposa, pa:ra o Brasil", porque a Junta não foi attendida no appello feito á mesma Convenção, e posteriormente as contribuições entradas"'" foram diminutas e morosas, de modo que foi necessario attender com eUas ao· trabalho em andamento .. em primeiro logar, "isto ser um compromisso mais antigo e inadlaveI.
03 que têm acompanhado f) movimento da Junta, pelos relatorios mensalmente publica.dos~ hão de ter visto que até 31 .de Maio entraram numa media Rs. 1 :550$000, sendo ·a despeza forçaciá de Rs. 2: 660$000, além das extraordina1'ias votadas pela Convenção em S. Paulo. A Junta, porém, pediu ao Campo Victoriense, para ·entregar ao Uev. Aehilles Barboza, ·dos dinheiros contribuídos naquelle Campo para M.E. a importancia de Rs. 2:947$500, eorrespondente a duas passagens de 28 cla~se nos vapores da Mala Real Ingleza, de
RELATÓRIO DA jU~TÁ DE MISS"õÉS ESTRANGEIRAS 8'7
t 35 112 libras ·cada uma, ou sejam L 71 as duas, reduzidas ao cambio d~ 5 23/32, Rs. 41$513 cada libra.
A Junta foi· attendida pelos irmãos do Campo VicLoriense, e o disposto pela Convenção já foi satisfeito.
Com à cooperação dos outros Campos a Junta tem attendido ao ,trabalho em andamento e resgatado parte da. divida contráhida na C. P - Baptista, que a nosso pedido emprestou o dinheiro necessario para a Commissão Especial desempenhar-se do imcargo que lhe foi ou t.orgado pela Convenção.
A Junta explica ás igrejas deste modo, a razão ·da demora em satisfazer este pagamento."
As despezas com a Commissão Especial a Portugal foram Rs. 7 :878$600 e as feitas com a repatriação com o casal AclIilles Barbozafaram Rs. 2:947el500 fazendo um total de Rs. 10:826$100.
PROPAGANDA
Por motivos independentes da nossa vont.ade, a propaganda este anno foi diminuta, limitando-se quasi á dos relatorios mensaes, salvo abellissima serie de artigos escriptos pelo past.or Manoel A:velino de Souza, sobre a viagem da Comm issão Especial a Portugal, -e a serie de conferencias feitas pelo pastor Maddox na Chautauqua, que foram muito apreciados. Tambem alguns irmãos escreveram bons artigos sobre as Missões Estrangeiras, ·que de um modo ou outro sempre auxiliam na propaganda.
"O Jornal Baptista", "Correio Doutrinal" "O Escudeiro Baptista" e outros jornaes da d-enominaç.ão merecem a gratidão da Junta pelo auxilio prestado ás Missões Estrangeiras.
Temos recebido coUectas mensaes de Igrejas, que expontaneamente O fazem, além de contribuirem para o Orçamento do seu Estado. Outras leyantam collectas occasionaes e as remettem á Junta. Irmãos possuídos -cio espírito missionario levantam entre seus amig'os offertas "oluntarias para. Missões. Estràngeiras; outros voluntariamente tornam-se contribuint.es melli'3eS e mandam suas offerLas. Mas, são poüeo~ os que isto fazem.
Todos estes auxiliam na propaganda a favor do trabalho em Port.ugal.
Convem notar o espirito de abnegação de muitos contribuintes pobres, que dos seus parcos recursos, contribuem com goso para esta santa causa das Missões Estrangeiras. De . yiuvas pobres temos re('pbido alguns mil réis, de pri"ações pessoaes para cooperarem no Irabalho em Portugal. Ainda outros com desejo de auxiliar a evangelização e não tendo dinheiro, t iram de si· joias e as ~l1tregam para serem vendidas a favor do trabalho do. 110SS0 Mestre .
. Irmãos! Que responsabilidade pesa sobre. nós, do modo de URar estê cdtnhe"iro offertado com tanto sacrificio?!!
88 CONVENÇÃO BAPTisT À BMSILElílA
FINANÇAS
Mensalmente tem a Junta trazido ao conhecimento das Igrejas da Conyenção, publicando n'''.o Jornal Baptista" e "Correio Doutrinal" 9 movimento .de tooos os dinheiros recebidos e pagos, descriminadamente.
O Orçamento approvado na Convenção de S. Paulo para o anno ora findante foi o seguinte:
Campos
Axnazonense__ __ __ __ __ Paraense__ __ __ __ __ __ ~aranhense __ __ __ __ __ Sertanejo__ __ __ __ __ __ Parahybano__ __ ~_ __ __ __ __ __ Pernambucano __ __ __ __ __ __ __ Alagoano __ __ __ __ __ __ __ __ Sergipano __ _ _______ . ___ _ Babdano__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ Victoriense__ __ __ __ __ __ __ __ _ __ _ Fluminense __ __ __ __ __ __ __ __ __ Federal__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ ~tnerro__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ -_ Goyano__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ ~attogrossense __ __ __ __ __ __ __ Paulistano ___________________ _ Paranâ-Santa Catharina __ __ __ __ -_ Sul-Rio Grandense __ -- -- -- -- -- -_ Eventuaes__ __ __ __ __ __ __ __ __ Sul Bahiano__ __ __ __ __ __ __ __ -_
Orçam'ento
2:000$000 1:000$000
500$000 1:000$000 1:000$00Q 3:000$000 1:000$000
500$000 5:000$000 8:000$000 5:000$000 8:000$000 4:000$000
250$000 250$000
6:000$000 2:000$000
500'000 1:000$000
$
60:000$000
Recebido
2:236$480 274$000 304$000 327$400 706$200
3:226$600 903$500 683$300
5:422$230 3:657$900 2:752$600 7:749$400 2:160$400
77$500 760$000
4:280$500 1:249$000
447$400 1:907$500
116$000
39:141$810
Diante deste demonstrativo, a Junta pede que a Commissão de Parecer sobre ~ste Relatorio, no seu parecer, apresente o Orçamento para o anno de 1928, depois de consultar os dirigentes dos respectivos Campos, presentes.
Ha muita necessidade de alargar as estacas do nosso trabalho no campo de acção. O nos~o trabalho é Missões, porém presentemente não podemos fazer grande trabal ho sem aliar Educação á Missões. por isso o nosso Seminario já est,á funooionando e aguar<la o Director promettido e fundos para custear as despezas respectivas, pois está installad() em propriedade nossa.
As entradas este Janeiro Fevereiro. ~arço. Abril. Maio. Junho.
anno foram as seguintes: 709$800 Julho.
1: 278$650 Agosto. 1:842$280 Sete~bro
-1:875$350 Outubro 2:048$160 NoveD1bro 4-:481'320 Dezembro.
6:148$300 3:870$800 6:416$600 3:804$920 3:687$840 4:078'900
RELATÓRIO DA JUNTA DÊ MISSÕES ESTRANGEIRAS 89
Apresentamos este quadro para mostrar a esta Assembléa que este .cri teria, no modo das Igrejas cooperarem, não pode continuar, a não ser que a Junta tenha um fundo ou capital para .suprir a nossa responsabilidade mensalmente e os nossos obreiros .estejam confiantes de que o dinheiro est.ará em sua mão no dia 5 de cada mez, afim de satisfazer os seus contractos até o dia 8, segundo as l~is portuguezas.
A despeza é a mesma todos os mezes e tem de ser remettida pela mala entre o dia 15 e 20 de caDa mez afim de estar em mão dos missionarias até o dia 5 do mez seguinte. Assim os irmãos podem' ver a necessidade de remetterem mensalmente sem falta as suas offertas ao Thesoureiro da Junta.
MOVIMENTO DO CAIXA
Entradas
Saldo de 1926 _____________________ _ Recebido de olfertas _____________________ ~ _____ _ Emprestado pelo Thesoureiro ___________________ _
Total ___ _ _ _______ RS" o
Sahidas
Remettido a PortugaL ______ o, _____________ _ Despezas com estas remessas__ __ __ __ __ __ __ __ Despems com a impressão de Relatorios e Actas __ Des'pezas com o Expediente__ __ __ __ __ __ __ __ __ Viagens do Secretario Correspondente _________ _ Retorno do casal Achilles BaI1bosa ___________ _ Despezas com a viagem da Commissão Especial a Portugal
T,otal __ ______ Rs.
A SITUA CÃO Debito total:
Dinheiro tomado por emprestimo __ ,.._ __ _ ________ _ Devemos ao trabalho em Portugal as ruppropriaçôes de
Dezembro e de Janeiro _________________ _
18$490 39:141$810 4:773$040
43:933$340
31:195$500 428$500 220$000 298$940 964~00
2:947$500 7:878$600
43:933$340
4:773$040
5:8'00$000
Total do deficit __ __ __ __ __ __ __ 10:673$040
Rio, 10 de Janeiro de 1928. - Thomaz L. Costa, Secr. Cor. e Thes.
Declaração do ProflssionaJ Competente: "Declaro que examinei o() relatorio do Seco-Thes,. da Junta de Missões
EstJrangeiras e o encontrei de accordo cornos lançamentos do livro Caixa. RiO. 10!1j1928. - (Assignado) Ismai! S. Gonçalves, Guarda-livros. H
Relatorio do Collegio Baptista Brasileiro em S. Paulo Prezados irmãos mensageiros á Convenção Baptista Brwsileira.
Mui cordiaei' saudações no Senhor Venho apre3entar-Yos -o relat.orio do trabalho feit.o peloCollegio
Baptista Bra~i1eiro, em S. Paulo, durante o anno de 1927. Vida religiosa. Continuou o seu glorioso curso a vida religiosa,
mfluenciada pelo grupo de Trabal hadoras Baptistas, comprovandlJ assim o yalor beneficodo convivio dessa~ moças no Internato, e ainda o valioso auxilio do corpo docente, composto na sua quasi totali .. dade de crentes fervorosos no Senhor Jesus.
Essas trinta e uma moças ganharam no departament.o de Trabalhadoras Baptistas 14 diplomas e 2,5sellos no curso de Escolas Dominicaes.
'- ~a "semana de. cultos" dirigidos os canticos pelo dedicado irmão Têcê e a prégação pelo bem-amado irmão pastor Antonio Ernesto, houve umas tr-inta e tres decisões ao lado de Christo e um avivamento entre os crentes que só lá no eéu podemos saber quanto era o' seu _ valor.
Durante o anno funccionou uma escola dominical, que teve uma inédia geral de cento e quarent.a presentes. TeY(' a escola uma boa influencia com a vizinhança.
Calçamento. Conforme autorizou esla Convencão na sua ultima reunião em :-\. Paulo, solicitámo:; da Prefeitura a a'ttenção para o calçamento das ruas ao redor' .do Collegio. Nesl e sentido a Municipalidade voltára as vistas_ em consideração á tal necessidade para todo o nosso districto, providenciando para o calçamento, o que está sendo levado a effeito, Lendo já terminado nas ruas' lateraes e quasi concluido na da frente; e iniciado na dos fundo:.;.
~ão épossÍ\-el calcular a vantagem que a vossa instituição gozará desta tão boa obra e recommendamos que a Prefeitura de S. Paulo seja devidamente agradecida pela Convenção Baptista Brasileira.
Prograrn1tl1l de ensino. A Junta Administrativa do Collegio resol"eu adoptar' o programma official do Gymnasio D. Pedro II, programma que por muito tempo vinham os, mais ou menos, seguindo. Justifica essa resolução da Junta o fact.o de, em ~. Paulo, vario:;; outros collegios terem sido officializados, o que nos collocaria em posição de inferioridade senão tomassemos esta deliberação.
O governo do E;:;lado de S. Paulo acaba de sanccionar uma lei cl'eando Escola;.; NOI'maes Livres, o que nos "ae favorecer com o ensejo de \"ermos figurar IlIJ:"iconcursos offíciaes as 'nossas professorandas.
Corpo docente. Nunca (jvemo~ um melhor grupo de professores: homens, senhora~ e moças, isso pelo fac lo da consagração e fidelidade de quasi todos áCausa Bemdita do Mestre.
Para compensaI' -a ppJ'da da directorü, D. Virgínia Bec,k, qu~ se retir'àparaos Estado:.; Unidos, em gozo 'dI' í'f~l'Ías, teremos em 1928'0 valioso concurso d{~ D. Helena Bagby e _D. Olga Strehlneek, e ainda a dedicação de todo o seu t,empo ao serviço do Collegio, do bem-conhecido irmão 1>1'. Pedro Gomes de MeHo, romo director dos Cursos Se-cundarios. ' . Conservatúriú. Funccionou duronte iodo o anno de 1927 esse departamento, sob a direccão do conceituado maestro Manfridini.
RELATORIO DO CÓLLEGIÓ B. BRASILEIRO DE S. PAULO· 91
Para 1928 contamos c'om o auxilio. de mais tres professores, elevando.assim.a .set6 .. 0 'numero dos que lencionam nesse depar-tamento, que muito tem contribuido para o bom conceitó que gozamos em todo o Estado de S. Paulo e além das suas fronteiras.
Matricula. Curso Primario;
(a) Masculinos 65 (b) Femininos 176
Curso Secundaria: (a) Masculinos O (b) Femininos 73
Escola Gratuita 281
Total Nacionalidades:
(a) Brasileiros (b) Estrangeiros (c) Filhos de brasileiros (d) Filhos de estrangeiros
FOl'madas em noyembro de 1927 Professorrs
595
293 21
293 188
3 32
o governo do Est.ado de S. Paulo concedeu isenção de impostos prediaes pelo facto de nossa escola gratuita ter feito o seu "alioso trabalho contra o analphabeLismo.
Finanças. Saldo de 1926 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Balanço
Mêses
Contas a receber Contas a pagar:'
Debito
8:691$100 52:521$800 47:538$300 24:927$000 14 :921$000 20:136~~00 30 : 2,55$000 76:340$300 14:5298700
*80:333$500 27:208$200 37:490$700 8: 126$900
443:019$900
(a) Professores e empregados (Dez.) (b) .A Diversos
*** (c) A' Junta Patrimonial --- (d) Emprestimo "City Bank"
Total
Credito
43:177$900 39:9658700 35:4578700 27:069$700 20: 108$400 29:452$900 41:229$000 46:284$300 30 ~ 4'57$2'00
**78:753$200 38:964$200 8-:254$600 3:845$100
443:019$900
7:626$000
8:025$000 6:804$700
1'1 :769$700 20.:000$000
49~599$400
• Foi vendida a propriedade na Rua J'oão Ramalho, :!O, por 7:l:00U,UOU . •• Foi saldada a divida do Collegio com a Jun ta Patrimonial,
••• Foi tomado novo emprestimo da J unta Patrimonial para pagar 'DS impostos de calçamento das ruas ao redor do Collegio. Taes impoliltos vilo pes~r sobre o Collegl0 em mesma quantia em 1928 e 1929. Esperamos ser reembolsados pela Junta em Rlchmond.
92 CONVENÇÃO BAPTISTA BRAf::nLÉIRA
ESTATUTOS DA JUNTA ADMINISTRATIVA DO COLLEGIO BAPTISTA BRASILEIRO
Art. I. A Junt.a Administrativa do Collegio Baptista Brasileiro, de S. Paulo, será composta de nove membros residentes no Brasil, sendo que todos eUes devem fazer part e e se achar em plena communhão com qualquer das igrejas baptistas no país. Os membros serão eleitos pela Convenção Baptista Brasileira e approvados pela Junta de Richmond (eleitos em terças),
§ fO. Se, por qualquer motivo, um dos membros fór impedido de servir até o fim do seu mandato, a Junta elegerá um successor, que o substituirá até a proxima reunião da Convenção Baptista Brasileira. De igual modo, a Junt.a escolherá um substituto para qualquer membro que se ausente do país, o qual servirá até o regresso daquelle.
§ 2°. Qualquer membro dà' Junta, cujos serviços forem aproveios seus deveres ou. que, por qualquer motivo justo, elle deve deideixará ipso (acto de ser membro da Junta. Exceptuam-se os casos de mis~o especial de caracter provisório. Se qualquer membro da immediata familia de um membro da Junta receber remuneração dos cofres do Collegio, será considerado como se elle proprio t.ivesse rece.., bido.
§ 3°. Haverá annualmcnte duas reuniões da Junta, ,uma por semestre. Na primeira de:-;sas reuniões a Junta escolherá, por ,"otos dos seus membros, tres dentre elIes para constituir uma Commissão Local. Essa commissão reunir-se-á mensalmente e a pedido do direc·tor geral do Collegio ou do presidente da Junta Administrativa. Terá plenos poderes para tratar de todos os negocios que necessitem ser tratados no intervallo das reuniões regulares da Junta. Qualquer membro da Junta, estando na cidade na occasião de uma reunião da Commissão Local, será avisado da mesma e terá todos os direitos e privilegios de um membro da Commissão' Local.
§ 4°. A Commissão Local sr:fvirá como commIssao especial da Junta em aju~ar o director gel'al a apromptar as suas nomeações com os respectivos vencimentos dos membros do corpo docente do Collegio, para a reunião semi-annual da Junta.
Art. II. A Junta, em cooperação com o director geral do ColIegio, deve zelar pelo bom nome do Collegio como instituição de educação christã e baptista.
§ iO, A Junta deve exigi!' do direetor geral do CoUegio relatorios mensaes do movimento financeiro do Collegio e quaesquer outros relatorios que ena julgue necessarios,
§ 2°. Se a Junta achar que o director geral não está cumprindo com os seus deveres ou que, por qualquer motivo justo, elIe deve deixar D seu cargo, elIa deve immediatamente communicar esse facto á Junta de Richmond e pedir outro director ~ral.
§ 3°, E' dever da Junta attender a qualquer reclamação feita' contra a administração do Collegio.
Art. TIl. O director geral é eleito pela Junta de Missões Estrangeiras da "Southern Baptist Convention" (a Junta de Richmond) e approvado pela Junta Executiva ·e é responsavel a Junta Administra",,: tiva do Collegio pela administração interna do Collegio, -isto é, pela organização e execução do programma de ensino, manuLenção de uma boa disciplina e administração das finanças. '
§ 1°. O director geral deve assistir a todas as reuniões da Junta. § ~. O director geral .deve apresentar á Junta ou á Commissão
Local o seu' orçamento e relatorio financeiro mensal e semi-annual e não póde fazer qualquer transacção fóra desse orçamento sem a ap-provação da Junta ou Commissão Lo~al. )
RELATaRIa DO COLLEGIO B. BRASILEIRO DE S. PAULO 93
. § 3°. o director geral deve exigir documentação de todas as transacções financeiras do Collegio, que devem ser certificadas por contador official.
§ 4°. O director geral deve submetter á Junta, 'Para approvar ou rejeitar, a lista de directores, prof.essores e auxiliares, com seus respectivos vencimentos, e com a Commissão Local pó'de suspender ou demittir do cargo qualquer membro do corpo docente do Collegio, quan-do elles julgarem necessario. .
§ 5°. Cabe ao director geral suggerir os planos de programma e os precos de ensino, pensão, etc., do Collegio; elle, porém, não poderá alterar radicalmente os mesmus sem prévia approvacão da Junta ou Commissão Local. .
§ 6°. O director geral submetterá á Junta ou Commissão Local, no primeiro periodo de cada semestre, uma lista de todos os alumnos que gozam abatimentos e aquântia de~abatimento e o motivo de o conceder, o total do abatimento, não podendo passar o limite fixadu pela Junta.
Art. IV Qualquer emenda ou ampliação a serem feitas nestes estatutos só poderão ser admittidas quando approvadas em reunião regular da Junta e por dois terços de seus membros.
REGIMENTO INTERNO DO COLLEGIO BAPTISTA BRASILEIRO DE S. PAULO
Art. I. A Junta Administrativa dePosita loda a autoridade e responsabilidade ao director geral pela administraç,ão interna do C01-legio como especificada nos estatutos da Junta.
§ 1°. O director geral deve ter como auxiliares uma directora do Internato, director dos Cursos Secundarios, director dos Cursos Elementares, director do ConservaLorio, director da Vida Religiosa e qualquer outro que a Junta Administrativa achar conveniente nomear. (Directora de Gymnastica, Jogos e Reereio.)
§ 2°. Esses directores depul'tamentaes :-;ão l'csponsa, e i.:' ao director geral pela execução do trabalho concernente aos 5eus respectivos departamentos. O directol' geral não tem o direito de intervir nos respectivos departamentos sem consultar o respectivo director do mesmo.
§ 3°. Os auxiliares do Escriptorio, Livraria e Bibliotheca são res-ponsaveis. e dirigidos directamente pelo director geral.
Art. II. A directora do Internato tem responsabilidade sobre: 1 Tudo em geral no Internato e na Enfermaria. 2· A formulação de regulamentos espec'iaes sobre a:; internas no
dormitorio, no refeitorio e nos terrenos do Collegio, elc., e de marcar suas aulas de estudo fóra de aulas, sendo todos os regulamentos sujeitos á approvação do director geral.
3. A disciplina de internas fóra das aulas. 4. A limpeza do predio e da enfermaria. 5. A preparação e o servir das refeições, as compras de toda a
manutencão sendo feitas pelo director geral ou quem rôr designado por este.
6. Poder, em conjunto com o director geral, contratar e despedir os empregados necessarios para o s·erviço do internato.
7. A autoridade· sobl'e os empregados na eXl'cução dos ~erviços' no internato (direcção). A fiscalização do trabalho das "Trabalhadoras Baptistas" lhe será confiada pela directora da Vida Religiosa.
9. Recepção de visitas ás internas, como Lambem de todas as sahidas dessas e sua corre~pondencia.
10. A direcção e fis'calizacão do trabalho de professoras internas pelo pagamento da sua pensão. .
94 CONVENÇÃO ~APTISTA BRASILEIRA
Art. III. Os directores dos Cursos Secundarias, dos Cursos Elementares e do Conservatorio são responsaveis ao director geral pela execução do programma de ensino. melhodos e fidelidade dos profej3-sore~ no desempenho dos seus cargos, c disciplina de alumnos no seu departamenlo (promoç,ão de altimnos), s~ndo que, em casos especiaes~ den"-se apresentar a commissão de disciplina composta de todos os directores, com o director geral.
.-\.l't. IV A directora da Yida Religiosa tem como seu dever: 1 Formular em conjunto com o rlirector geral os cursos bibli
co~ e com os seus auxiliares ensinar os mesmos. 2. Em conjunto com a directora do Internato arranjar horas de
culto para as internas. 3'. Designar as Trabalhadoras Baptistas aos diversos departa
mentos para os ~eus sCl'\'iç.os especiaes. recebendo do director gel~al o numero de horas marcadas para cada uma.
4. Respollsabilizar-~e especialmente pela conducta e actividade religiosa das Trabalhadoras Baptistas.
5. Cuidar da disciplina de alurnna~ nas Yiagen:5 dos auto-omnibus do Collegio, nas yiagens á~ aulas.
6. Zelar pela-s or~anizações ~'plig1iosas como Escola Dominical, t- jl B '. séries de confel'encias eVaIlí-!l' IisUcas e ! udo em geral para promoyel' a vida religiosa da instituição.
7 Em conjunto com o direct.or geral ter a responsabilidade sobre o culto dia rio para lodos os alumnos e professores e auxiliares do Collegio .
• -\.1't, IV .-\ directora de Gymnastica. Jogos e Recreio ficará re8-ponsaye} sobre:-
1 Organização e exec!]cão de exercicios apropriados com jogos e festas sportivas.
2· Diseiplina no recreio. Art. Y O corpo rloeen! e, com!,osto de todos os directores e pro
!e~sores e auxiliare>; do Cnllegio, lerá a responsabilidade de: 1 Formular regras de notas, f'xames, faltas, etc., de alumnos e
fazer recommendações a respeito de horarios de aulas. =!. Recommendat' alumno:- á Junta Administrativa para tirarem
certifieados ou diplomas. 3. Promoyer festa:" literarias, patrioticas, etc., e exposições de
vario:, as!wclos dos cursos do' Collegio. 4. Assistir á reunião mensal. 5. Fazer quaesquer recommenda<.;ões que julgue serem para o
bem-estar e progresso do Collegio. ArL "I .. \ Escola Gratis ficará sob a direc(,;ã'o e responsabilidade
do director do~ Cursos Elementares.
COLLEGIO E SEMINf\I\IO DE PEI\Nf\MB~CO
PELO, PRESIDEN'J'E. H. H. MUIRHEAD
Apesar de nao . haver funcciolladõ'--a, Escola Nocturna, frequen",:, tada no anno proximo pa'ssado por 59 alumnos, a nossa matricula1
este anno, é· superior ao ultimo anno em 55, ou sejam 508 em lugar de 453, o (lu e, evidencía continuar a Instituição a gozar da confiança o cooperação dos nortistas. "
Temos crescido não sómente em numero, mas em efficiencia. Este anno organizámos melhor os nossos cursos e gbtivemos franca coope~ação dos corpos docente e ctisc'ente. Durante todo o anno o presidente' da Instítuição, teve apenas de intervir eI}) dois ou tres easos de disciplina. Numa collectividade como esta, onde ha differentes tempera,mentos. e diversos' gráus de educação, est.e fa<!to bem demonstra que pouco a pouco se vae enraizando O espirita de co11eguismo e respeito mutuo entre os prop'rios alumnos. A frequencia média tem sido superior aos annos anteriores.
As estatísticas adiante devem ser interessantes e instructivas áquelles que acompanham os movimentos escolares.
Porém, não são sómente os numeras que constituem um collegio .. Ha annos passados a nossa matricula subiu a 900 alumnos; no entanto descobrin10s' que, sendo a maioria destes e· um bom numero de professores incredulos, a efficiencia da Instituição deixuya muito a desejar. Começámos, então, a diminuir a frequencia atr 'podermos conseguir um corpo docente crent.e e pelo menos 50 °1° dos alumnos, de familias evang'elicas. Agora, podemo8 dizer que todos os 36 professores são crentes, sendo 34 membros activos de igrejas, dos quaes 32 são membros de igrejas bapti~ta~ desta cidade.. Dos 508 alumnos deste anno, 258 são evangelicos, sendo 227 baptist.as, 17 presbyterianos, 8 congregacionalistas, 3 lutheranos e 3 anglicanos. Dos 250 restantes, 192 são catholicos, i6 judeus, 8 espiritistas e 34 indifferentes. A Instituição atravessa excellenLe phasé espiritual, tendo a série de conferencias dirigida pelo irmão J R. Allen despertado ainda mais a '\;da espiritual da Instituição. Durante duas semanas eIle prégou no salão nobre do Collegio, no periodo da licção e "'á noite, na Igreja de Capunga, que é bem proxima do Collegio. Uma média de 80,°1° d~s alumnos frequenta, COIP assiduidade, as aulas biblicas no Colleg'io e na Escola Dominical da Igreja de Capunga e muitos são activos nos trabalhos "da U .. M.. B.
Durante o anno o C011e~io auxiliou seminaristas, etecistas, normalistas e alguns leigos, dando a uns ensino gratuito e a outros fa-
96 CONVENÇÃO .BAPTISTA BRASILEIRÀ
zendo abatimento na pensão, na importancia de Rs. 54 :202$500, que é talvez a contribuição de menos valia que a Instituição tem feito á denominação, pois não se p6de calcular em mil réis o effeito da educação que 22 normalistas, 8 etecistas, 24 seminaristas e um bom numero de leigos têm recebido á custa da Instituição.
Afip.al, podemos dizer que todo o corpo docente da Institl).ição é o producto de si mesma, pois, exceptuados os missionarios que vêm de f6ra, todos os professores receberam o seu preparo nesta casa.
~o meiado do anno proximo p·assado o Collegio fez uma combi-.nação com a '·The Pernambuco Tramways & -Power Co., Ltd.", pela qual a referida empreza entregou ao Collegio a direcção da sua Escola de Arte Culinaria, encarregando-se ainda de montar uma cozinha moderna á sua propria custa, fornecer gaz gratuitamente, fazer a propaganda e Dfferecer dois fogõe::; allnualmente, como premio de applicação ás alumnas. Ao mesmo tempo a "The Singer Sewing Machine Co." nos forneceu tres machinas decoslura, pondo-nos assim em condições de offerecer ás moças ec:iucacão completa e inicial' a Escola Domestica, que tem funccionado, este anno, com 42 alUll111aS e 3 professoras.
Foi organizado no principio deste anno um Tiro de Guerra no Collegio, com um alistamento de 52 rapazes. Esta nova organização vem, de certo modo, creando entre os alumnos o desejo de melhor aprender a servir á Patria.
Os alumnos do Collegio sempre têm sahido bem nos exames officiaes e este anno melhor do que nunca. ~os exames de admissão, em março, não houve nenhuma reprovação entre os nossos alumnos e nos exames finaes de dezembro tivemos a maior·"Porcentagem de approvacões que qualquer Collegio particular ou official nesta cidade.
ORGANIZAÇÃO
O pl'ogl'amma da inetituicão abrange as seguintes escolas:
J . Collegio Americano Baptist~.
1. Cursos elementares - 6 annos. ( 1 ) Jardim da Infancia. (2) Primario. (3) Complementar.
2. Gymnasio - 6 annos. 3. Escola Commereial - 6 annos. 4. Escola Normal - 3 annos. 5. Escola Domestica - 3 annos. 6. Escola de Musica.
II. Seminario Theologico Baptista do N01'te do Brasil.
1. Collegio da Bíblia - 2 annos. 2. Escola de Trabalhadoras Christãe - 2 annoe. 3. Seminario - 6 annos.
RELATORIO DO COLLEGIO E SEMINARIO DE PERNAMBUCO 91
Ao abrir das aulas no principio de, fevereiro sentimos profundamente~ ausencia dos PFofessores W C. Taylor, É. G. Wilcox e Miss Essie 'Fuller, que tinham seguido no fim do anno anterior para a America do Norte, em gozo cte férias. Lógo que se àbriram os trabalhos <lo novo anno, tornou-se manifesto que a familia Jünes teria de a.fastar-se do trabalho por algum tempo por causa da alteração_ da saude do Dr. Jones, nosso operoso vice-presidente. ElIe nos' deixou tristes e cheios de saudades em abril. Mas, graças ao nosso bom Deus, todos estes que nos deixaram êm busca de saude, já se acham restabelecidos. A familia J ones estará de volta no meiado do anno e os outros em, tempo para tomarem conta das suas respectivas cadeiras na abertura das ~ulas, em fevereiro.
A sahida de tantos professores importaria numa derrota para a instituição se não fosse a perícia e boa vontade dos professores brasileiros, que souberam preencher os claros.
Na ausencia do Dr. WC. Taylor, o Dr. Antonio Neves de Mesquita dirigiu com efficienciã o Collegio da Biblia e o Seminario. Este distincto irmão e obreiro. incansavel soube ganhar e manter a sympathia e cooperação dos corpos docente e discente. Da mesma maneira os professores Fernando Wanderley e Manoel Lyra, além das outras responsabilidades suas, substituiram ao Dr. Jones na direcção do Gymnásio, Academia de Commerc~o e Curso Complementar. Estes irmãos demonstr-aram que, além de muitos outros dotes, possuem o de a~ministrar, dote aliás bem raro.
No principio do anno o governo estado ai nomeou como director do Ensino Normal e da Escola Normal official o nosso disLincto professor Dr. Alfredo Freyre, e mais tarde, por decisão do Conselho Superior do Ensino no Rio de Janeiro, conferiu-lhe a Faculdade de Direito do Recife o gráu de doutor etn sciencias juridicas e sociaes e levou-o á livre docencia na mesma Faculdade. O Dr. Freyre acceitou estas honras sómente depois de saber que estas novas funcções em nada perturbariam as suas relações com o nosso Collegio. Ha poucos dias certo frade, que consagra o seu tempo ao ensino, deu os parabens ao Sr. Governador do Estado pelo modo sabio por que está sendo dirigida a Escola Normal, ao que o governador respondeu: "Acceito os parabens, pois são justos. A Escola Normal é a instituição melhor dirigida nessa terra porque eu fui ao Collegio Americano Baptista escolher o director."
Dia a dia o Collegio e Seminario do Recife estão conquistando a confiança e o respeito de todos os nortistas.
Na sua edição de 27 de marco do corrente annoo' Jornal do Recife - um dos jornaes de maior circulação no norte do Brasil - publicou o relatorio de um dos seus reporters por eIle enviado afim de fazer uma visita á instituição, sob o 'titulo "Uma Instituição que nos Honra ", em que fez as melhores referencias ao Collegio., Ha dez annos
,passados, este mesmo jornal promovera perseguição tremenda contra
98 CONVENÇÃO" BAPTISTA BR,ASILEIRA
o, Collegio. Eis mais uma proyu de que a instituição vae conquistando a confiança do publico.
ESTATISTICA DE 1927.
Matr. Masc. Fem. Ext. Int. COLLEGIO:
Jardim da Infancia. 11 7 4 11
Primario. 84 52 32 73 11 Oomplementar 91 65 2ü 61 30 Gymnasial 79 71 8, 36 43 Commercial. 11.04 80 24" 69 35 Normal 21 21 6 15 Domestico 42 42 6 36 Musica. 51 20 31 15 36
Total COLLEGIO 483 295 188 277 206
SEl\UNARIO: Collegio da Biblia. 60 4~ 17 52 8
Escola de Trabalhadoras Christãs 8 8 3 5 Seminario 18 18 4 14
Total SEMINARIO 86 61 25 59 27
Total Geral. 569 356 213 336 233
Duplicatas 61 14 47 4 57
TOTAL LIQUIDO 508 342 186 332 176
DE O:r-.rnE VIERAM:
Do Brasil: -
Pernambuco. 346 Parabyba do Norte. 34 Alagõas 22 Rio Grande do Norte 15 Babia. 12 Rio de Janeiro 11
Ceará. 6 Pará 5 Piauby 4 Maranhão 4 Amazonas 3 Sergipe. 3 São Paulo 2 Minas Geraes 1 Santa Catbarina 1 469
A transportar. 469
RELATORIO DO. COLLEGIO E SEMINARIO DE PERNA,MBUCO 99
Transporte 469 Do Extrangeiro: -
America do Norte. 14 Russia. '1 Allema.n.ha 4: Polonia. 3 Portugal 3
Argentina 2 Egypto 2 Inglaterra 2 Italia . 1 Turquia 1 39
508 ESTATISTICA RELIGIOSA
Evangelicos: -
Cathollcos
Outros: -
BapUstas. Pres byterianos CongregaclonaJistas . Lutheranos. Anglicanos
Judeus Espiritistas Indifferentes
TOTAL GERAL.
FINANÇAS
Saldo devedor em 30 de Novembro de 1926 Receitas de Dez. de 1926 a Nov. de 1927 Despezas de Dez. de 1926 a Nov. de 1927. Conta de emprestimo.
Saldo devedor.
227 17
8 3 3
16 8
34
258
192
58
508
29:097$453
437:284$437 74:451$649
540:833$539
517:340$507
23:493$032
540:833$539
UNIÃO GERAL DAS SO.CIEDADES DE SENHORAS Auxiliar á Co.nvenção Baptista Brasileira
Relatorio'Correspondente ao Anno Convencional 1927 - 1928
o anno proximo passado foi o de maiores bençams espirituaes e inateriaes para a União Geral das Sociedades de Senhoras .. As vi cepresidentes e secretaria~ têm cooperado, na medida de suas forças, na execução dos planos da Commissão Central da União, e as sociedades, por ~ua y-ez, têm se mo;;trado desejosas e promptas para andar de mãos dadas com as suas offieiaes estadoaes e aUender aos pedidos feitos pela r.ommissão a favor da causa em g'eral. As sociedades têm cooperado de . modo 10uvaveI no sentido financeiro, contribuindo com quasi ires contos de réi~ para as despezas da União Geral e para o sustento de ·D. Constancia Campello. a professora dos Indios em Goyaz. Apesar destas offerias, as sociedades em toda parte fôm prestado um "ali050 serviço, auxiliando suas proprias igrejas em todo o trabalho. E' verdade que. quando as senhoras se unem num só proposito, conseguem coisas admiraveis em· prol da diffusão do conhecimento do seu melhor Amigo.
Temos recebido boas noticias' do progresso espiritual das sociedades de quasi todos os Estados, desde o Amazonas até o Rio Granrle do Sul, sendo esta espiritualidade manifesta por meio das reuniões de oração, das de consagração e de estudo. Tambem outro meio efficaz no desen"olvimento espiritual é o das visitas e conYf'l'Sl\S evangelisticas - trabalho individual - que têm sido feitas pelas Sociedades de Senhoras, Durante o anno proximo passado foram relatadas .332.281 visitas e conversas realizadas pelos membors das Sociedades de Senhoras.
Durante o anno findo a União Geral continuou os seus esforços, propondo-s.e a fornecer uma "literatura adequada ás neeessidades do trabalho.
A Revista das Senhoras foi pubhcada trimestralmente e a pagina no Jornal Qaptísta duas vezes por mês. Os folhetos usados na observaneia das Épocas de Oração, relativo,:; aos mêses de maio, agosto e novembro de 1927 e fevereiro de 1928, foram preparados e enviados aos campos, onde cbegaram no tempo opportuno. Preparou-se um programma para o Dia das Creanças, exemplares do mesmo e enveloppes para offerta foram despachados para os diversos campos.
A Convenção em S" Paulo pediu que se harmonizassem as fórmulas dos relatorios, trabalho que já está feito, e os novos relatorios pessoaes, mensaes e annuaes já estão em uso.
Um livro de registro para uso das sociedades, o qual facilite a preparação de relatarias, está no prelo. Para uso das senhoras nos seus estudos arranjaram-se na Casa Publicadora onvas tiragens dos livros Modos de Ganhar Almas para Ckristo e Crenças Bap tú tas. Um manual para acompanhar Cr'en(~as Bllptútas e que deve sahir do prelo brevemente, foi escripto por D. Alice Reno. \
Foram preparados e impressos os seguintes folhetos: Dois folhetos da série "O Lar", para uso em reuniõej das mães,
um sobre relatarias, explicando o seu valor e o modo de preparar os mesmos, outro apresentando uma des0ripcão da literatura e material
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UNIÃO 'GERAL DAS SÓCIEnJADES DESENHÓRAS' iôi
fornecido pela União Geral; Foi publicada tambem uma. lista de folhetos classificados ,e á venda na Casa Publicadora.
Completando-se em 1928 o vigesimoanniversario da União Geral l a Commissão. Ce:q.tral apresentou .ás irmãs, na sua reunião annual, os s.eguintes ideaes como alvo durante 1928, os quaes foram acceitos:
-1. Que, em cada oampo, haja um augmento de 20 % no numero de sociedades, fazendo um estudo definido.
2. Que cada campo tenha um augmento de 20 % no numero de novas sociedades. organizádas, abrangendo as de senhoras, de mocas e de creancas.
3. Que cada sociedade se esforce afim de que haja um augmento de 20 % no numero de visitas de evangelização.
4. Que todas as senhoras e moças, membros das igrejas, estejam alistadas nas actividades das Bociedades e que o maior numero passi-veI de creancas esteja arregimentado nas sociedades juvenis. .
. 5. Que, em cada campo, haja um augmento de 20 % de dizimistas, sendo comprehendido que devem entrega"r o dizimo ás igrejas e" além disso, fazer oíferLas voluntarias pelas sociedades.
6. Que, em todas as sociedades, se ponha emphase sobre o desenvolvimento espiritual das irmãs, lembrando-lhes a necessidade do culto particular - a oração e a leiLura diaria da Biblia.
7· Que cada s.ociedade se interesse nas reuniões das mães, estudando e distribuindo a literatura fornecida pela União Geral para este fim.
8. Que em fadas as sociedadfls haja, por parte das irmãs, maior actividade em prol das missões.
9. Que cada sociedade sinta as suas responsabilidades e privilegias como uma parte da União Geral e que coopere cada "ez mais nos planos suggeridos para o bom adiantamento do trabalho das Senhoras Baptistas.
Minnie Landrum, Sec.-Corr.
la A C t a
Acta da 1 a sessão -da União Geral de Senhoras, auxiliar á CotJ.~ venção Baptista Brasileira, realizada aos doze de Janeiro de 1928.
Dirigiu o culto devocional. a irmã D. Eva de Souza, depois do qUàl, a presidente declarou abeda a sessão.
Estando al1:;;-entes as 1" -e 2" secretarias, foi ·eleita provisoriamente a irmã D. Luiza Cordeiro.
Num ligeiro e excellente discurso, deu as bôas vindas a senhorita Alice Miranda Pinto.
Agradeceu as bôas vindas a irmã D. Izabel Avellar. A irmã presidente proferiu um bellissimo discurso de incentivu
e animação aos nossos corações. Depoi.s de ouvirmo_s um solo pela irmã D. Anna Watson, foi
concedida a palavra a Miss Flora Strout que mo~trou claramente o perigo em ·que vive o nosso povo e a necessidade urg-eute de nos alistarmos na Liga Pró-Temperanç<:L Brasileira, para con:bater os grandes males -causados pelas bebidas alcoolicas e p.elo fumo.
As irmãs DD. Ephigenia Maddox e Jane Soren falaram do trabalho progressivo da União Geral desde 1908 até os nossos dias.
Feita a chamada dos Campos deu o seguinte resultado: Bahia, 1 mensag.eira; Districto Fede.ral, 47; Espiri to Santo, 5; Minas Geraes, 3; Estado do Rjo, 15; Rio Grande do Sul, 2; S. Paulo, 3. Total de mensageiras, 76.
A Secretaria Correspondente leu o relataria annuaI, cujo resultado vae annex-O.
10.2 CONVENCÃO BAPTISTA BRASILEIRA
Muito agradou á Assembléa uma representação feita· por um grupo de moças do Collegio Baptis4:a do Rio.
Com uma oração pela presidente foi encerrada a sessão. Luisa Cor4eiro, Secretaria.
Com um culto devocional, começou os trabàlhos a irmã D. Heracledina Gonçalve~, ás t3 112 dÓ dia 13 de Janeiro de 1928.
A presidente declarou aberta a sessão e em seguida ~0Í' lida a acta anterior ficando' approvada sem emendas.
A thesoureira deu. o .relatorio annual, sendo pela Assembléa ap-provado como segue. .
A -irmã redactora da literatura distribuiu amostras de toda a literat.ura aos campos representados.
Falou n. Minnie Landrum sobre o trabalho ide moças e creançás e da necessidade de serem· .escolhidas e' eleitas duas superintendentes para desenvolver esta phase do trabalho.
A presidente nomeou a commissão de nomeações composta das irmãs: D. Minp.i-e Landrum, D. Maria Marçal, D. Ephigenia Maddox, D. Alice Smith, D. Amelia Gama, 8ra, Alves e Mrs, Ginsburg.
Por D. Anna Watson e D. Sophia lnke foi cantado um be110 dueto. A secretaria leu duas· cartas de incentivo, enviadas pelas irmãs:
D. Fl.o-ripes Alencar e D. Mari~ Augusta da Silva. Sob a direcção da irmã D. Anna Watson foram bem discutidos os
1° a 6° pontos dos "Ideaés para 1928" Concedida a palavra ao Dr Bratcher, este agradooeu em nome da
Junta a. cooperação da U. Geral no trabalho de Missões Nacionaes e falou acerca do trabalho da nossa irmã D. Constancia Campello no Collegio Indiano e.pl' Goyaz. A presidente agradeceu 68 palavras do ir'mão Dr. Bratcher,
Por estar esgotada a hora, foi proposto, apoiado e aeceito que os ultimas pontos dos "Ideaes" ficassem sobre a mesa para ser reencetada a discussão no dia seguinte.
Foi encernda a sessão com uma oração. Luísa Cordeiro, Secretaria.
3a Acta A irmã D. Prosperina Solivar dirigiu o culto devooional. Aberta a sessão, foi lida a acta anterior, sendo approvada sem
em~ndas. Proseguiu a discussão sobre oos "Ideaes para 1928" Após breve ~
intelligente discussão, foram aeceitos como haviam :sido recommendados. Em seguida, a Assembléa votou um orçamento de 4: 000$000 para
est~ anno. A Assembléa deliberou enviar, do saldo ~xistente em caixa, 500$000 para auxiliar o -Seminario Baptista fortuguez.
Falaram diversas irmãs sobre os -beneficios recebidos pelas sociedades.
A Assembléa nomeou como nossas .representantes na Alliança Mundial, a realisar-se em Toronto, Canadá, em Junho proxim:o, as irmãs D. Minnie Landrum e D. Maríetta Mendonça."
D. Ruth Randall expoz a iinportancia dos nossos relatorios. D. Minnie Landrum falou sobre a necessidade de uma conselheira para as sociedades de Moças Baptistas.
Depois -de cantado o hymno 529, a irmã D. Anna OhrisUe falou sobre o trabalho de Sociedades Juvenis, Dias das Creanças ·e Padrão de Excellencia. Após, a Assembléa votou que seja observado o f6. do-
UNIÃO GERAL DAS SOÇI1lIDAlDES DE-SENlIORAS' 103 I
mingo- de Agosto para o dia das~ Creanças e que os diversos campos estudem.i() dia melhor para o este trabalho e ·escrevam para a Commissão Central afim de ser por esta resolvida a questão no proximo anno de 1929, visto haver diffi.culdades nalguns campos.
A Commissão de Nomeações reeomIr..'endou o seguinte: Presidente, DO. Alice Reno; P Secretaria Arehivista, D. Luisa Cordeir,o; 2& Secretaria Archivista, D. Eva de Souza; Secretaria Correspondente e Thesoureira, D. Anna Watson; Redactora da Literatura, D. Ruth llandall; Superintendente <lo trabalho de Moças, D. Artie Bratcher; Su-
o per intendente do trabalho de Creanças, D. Rosalee Appleby; Trabalhadora Itinerante, D. Minnie Landrum; ·e membros loca.es da Commissão Central: D. Henri'queia Magalhães, D. Jane Soren, D. Emília Trigueira da Silva, D. Maria Gesteira e D . Maria Daltro Santos. A União Geral elegeu e empossou a nova Directoria recommendada pela Commissão de nomeações. Foi proposto um voto de agradecimento pelo bom trabalho feito pela irmã D. Minnie Landrum e outro pelo trabalho feito com efficiencia da irmã D. Fioe D. Langston.
Lida e approvada a acta, seguiu-se uma verdadeira hora de consagração dirigida pela irmã D. Jane Soren. Todos os corações presentes .pul,saram de alegria espiritual, neste festim dirigido pelO Espirito Santo.
Luisa Cordeiro, Secretaria.
RELATORIO ANNUAL DAS SENHORAS
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DIPLOMAS
~ I Sellos
Despez a. da União Geral e sustento
da profe. Bora ao. l,ndios
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J4 M,Q ~ ~ l ~ a!! ~ ~ !~GI ~~' ~~ ~# ~ til ~ I =~ o .! ~ !! ,:j l.. ~ '" o ~ ~ ln Q; a a ... P Pt ~ GI ~ P 'd :g CI a Il i '8~ , ... E-t-= .. C" '" OH s:I a1,:i N'; iii 41'" 'tI1Q ~ = 1- ~ ~ A- " .;
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RELATORIO ANNUAL DAS ORIANÇAS
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RELATORIO DAS IGREJAS ESCOLA PúMINICAL J.;, U.-M. ~. Soeied. de Horn.
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n 16 ~ 3~1 97 260 ~ 1981 33;; -;73 -----------------~~-------+--~~~~--~--~~~~~
*** Total 15.995:572$OÕol 67 1312j80~12.66511.41014211213j1.20711.33~j~4. 704/478122.84812.372119217.8641
*** As totalidades é do que se pôde apurar: por que ha campos que não deram esta.tistica. e outros que as deram muito imcompletas. Não slo dadas as totalidades referentes ás escolas.
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IIJ I ~ ~ ~ IIJ Missiona- Brasioll I o e N ·ã ~ ~~' rios leiros.h II> ~ • Ul
Jardim da
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Esc. Primaria 1 ... annos de
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Estola media 5-8 annos de
estudo
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10 3:669$086[ 18:014$093' 21:683$179
I I I * Estes algarismos comprehel1dem alumnos de todas as edades.
** Estes numeros abrangem os dois sexos.
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