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ESTADO DE GOIÁS
Secretaria de Segurança Pública e Justiça
Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás
Academia Bombeiro Militar
Curso de Formação de Oficiais
PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM MANUAL DE TREINAMENTOS DIÁRIOS
PARA AS GUARNIÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO E SALVAMENTO DO
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS.
VINÍCIUS DOS SANTOS FROTTÉ
Goiânia
Junho 2014
VINÍCIUS DOS SANTOS FROTTÉ
PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM MANUAL DE TREINAMENTOS DIÁRIOS
PARA AS GUARNIÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO E SALVAMENTO DO
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS.
Artigo Monográfico apresentado em
cumprimento as exigências para término do
Curso de Formação de Oficiais sob orientação
do Capitão Gustavo.de Moura Jorge.
Goiânia
Junho 2014
VINÍCIUS DOS SANTOS FROTTÉ
PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM MANUAL DE TREINAMENTOS DIÁRIOS
PARA AS GUARNIÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO E SALVAMENTO DO
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS.
Artigo Monográfico apresentado em
cumprimento as exigências para término do
Curso de Formação de Oficiais sob orientação
do Capitão Gustavo.de Moura Jorge.
Avaliado em: ____/____/____
APROVADO POR:
______________________________________________
TC QOC Jonas Henrique Moreira Bueno
______________________________________________
TC QOC Amir de Souza Conceição
______________________________________________
Maj QOC Emerson Divino G. Ferreira
RESUMO
O trabalho tem como escopo a implementação de um manual de treinamento diário
para as guarnições de ABT1 e ABS2 na assunção do serviço. O objetivo é determinar
uma sequência de treinamentos já de conhecimento dos membros das guarnições
com o intuito de se praticar determinadas ações utilizadas corriqueiramente nas
ocorrências atendidas. Os treinamentos serão de responsabilidade do comandante
de guarnição que organizará sua equipe para a consecução da missão em um
período de uma hora. Todos os materiais a serem utilizados são aqueles
encontrados nas viaturas. Este manual será objeto de ordenamento prático, sendo
um braço do ciclo de ensino já determinado pelo Comando de Ensino do Corpo de
Bombeiros de Goiás.
Palavras-chave: Treinamento, Guarnição e Manual.
1 Viatura Auto-Bomba Tanque. 2 Viatura Auto Busca e Salvamento.
ABSTRACT
This work is scoped to implement a manual for daily training to fire-fighting and
search and rescue garrisons in an assumption of 24 hours of service. The goal is to
determine a sequence of training already known by the members of the garrisons
with the intention of performing certain actions used routinely in a fire-fighting events.
The training will be the responsibility of the garrison commander that will organize his
team to achieve the mission in a one hour period. All materials to be used are those
found in their trucks. This manual will be an object of practical planning, being an arm
of the teaching cycle already determined by the Teaching Command of the Fire
Department of Goiás.
Key words: Training, Garrison and Manual.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 7
1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO .................................................................................................................. 7
1.2 PROBLEMA ................................................................................................................................... 7
1.3 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................................. 8
1.4 OBJETIVO ...................................................................................................................................... 9
2 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................................................. 10
3 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................................... 13
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................................................. 14
4.1 O PRIMEIRO QUESTIONAMENTO ............................................................................................... 14
4.2 O SEGUNDO QUESTIONAMENTO ............................................................................................... 14
4.3 O TERCEIRO QUESTIONAMENTO ................................................................................................ 15
4.4 O QUARTO QUESTIONAMENTO ................................................................................................. 16
4.5 O QUINTO QUESTIONAMENTO .................................................................................................. 17
4.6 O SEXTO QUESTIONAMENTO ..................................................................................................... 19
4.7 O SÉTIMO QUESTIONAMENTO ................................................................................................... 20
4.8 O OITAVO QUESTIONAMENTO ................................................................................................... 21
5 OPERACIONALIZAÇÃO DO MANUAL ................................................................................................. 23
6 CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 24
7 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 26
8 ANEXOS ............................................................................................................................................ 27
8.1 QUESTIONÁRIO .......................................................................................................................... 27
8.2 MANUAL DE TREINAMENTO....................................................................................................... 30
7
1 INTRODUÇÃO
1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO
A escolha do tema foi baseada na busca pelo conhecimento aliado à
prática. Um bombeiro em seu serviço diário está sujeito a tratar com diversas
ocorrências das mais diversas tipologias: combate a incêndio urbano e florestal,
atividades de salvamento terrestre e em altura, prevenção de acidentes entre outras.
Conforme observado, as aplicabilidades são inúmeras e o constante
aperfeiçoamento é característica básica dos homens que correm contra o tempo
para salvar vidas. A vasta gama de atividades e treinamentos que forjam um
bombeiro militar devem se fazer presentes no cotidiano das guarnições de serviço.
Isto refletirá em aumento na eficiência das ações executadas durante um ocorrência.
O treinamento é um dos meios de se aumentar a eficácia
organizacional; proporciona resultados positivos como o
aumento da eficiência individual e determina o sucesso
das operações. (CHIAVENATO, I. Recursos Humanos:
edição compacta. São Paulo: Atlas, 1996.)
Para que o objetivo seja alcançado, a implementação dos treinamentos
diários se dará inicialmente com as guarnições de serviço de ABT e ABS, tendo em
vista que são serviços de 24 horas, possibilitando um melhor acompanhamento das
atividades. O comandante de guarnição terá sobre sua batuta a responsabilidade de
gerenciar esses treinamentos, garantindo sua correta execução além de fomentar o
interesse dos militares envolvidos à prática constante do aperfeiçoamento.
1.2 PROBLEMA
O CBMGO3, a partir do comando de ensino, estabelece um ciclo de
ensino ligado ao serviço operacional com o POS4, na sua parte prática e o PAP5, na
sua face teórica. No que se refere ao POS, a implementação não ocorre de forma
3 Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás.
4 Procedimento Operacional de Serviço.
5 Programa de Aperfeiçoamento Profissional.
8
sistematizada. Não define, por exemplo, a quem será a responsabilidade de
verificar e gerenciar as atividades propostas; um horário específico e a duração do
treinamento e se as técnicas e táticas englobadas no procedimento são executadas
nas ocorrências.
Outro ponto a ser analisado é que muitos militares ainda empregam
métodos empíricos para sanar as ocorrências a que estão envolvidos. Os bombeiros
nos seus serviços diários muitas vezes não se preocupam ou até desacreditam da
importância dos treinamentos nas suas atividades.
Face ao exposto, a criação de uma mentalidade voltada para o
aperfeiçoamento técnico-profissional das guarnições de serviço, elencando novas
metodologias de trabalho, servirão como base para ratificar a real importância de
uma equipe de bombeiros bem treinada?
1.3 JUSTIFICATIVA
Diuturnamente, os bombeiros são responsáveis por salvar milhares de
vidas e muitas vezes, colocando sua própria vida em favor de outrem.
Portanto, torna-se indispensável a correta execução das diversas
atividades para que o objetivo principal da instituição seja atingido: vidas alheias e
riquezas a salvar.
É imprescindível alimentar a capacidade operacional da
instituição e o meio para se concretizar esta visão é no
investimento dos seus homens e o treinamento
continuado é a forma mais aplicada e
eficaz.(http://webmundi.org /gestao-empresarial/a-
importancia-de-treinar-seu-funcionario/)
Corporações de bombeiros militares de outros Estados da federação,
como também de outros países e forças armadas como o Exército Brasileiro,
concentram grandes esforços para a sistematização dos treinamentos de seus
integrantes. Estes treinamentos são executados de forma continuada a fim de
difundir novos conhecimentos além de se tornar uma atividade corriqueira e normal
9
no dia de serviço das guarnições. A Aviação do Exército Brasileiro prepara suas
tripulações a partir de um método bastante similar ao sugerido neste trabalho. É
elencado em um manual todas as panes prováveis de serem encontradas nos voos
de uma determinada aeronave. Antes de cada saída, toda a tripulação realiza um
briefing6 para revisar todas as ações a serem executadas na possível ocorrência em
voo além de simulá-las em voos específicos de treinamentos.
A atividade aérea como a atividade de bombeiros são reconhecidas
pela complexidade das ações. Isso requer homens capacitados e treinados
baseados nas principais ocorrências a serem enfrentadas
1.4 OBJETIVO
O objetivo precípuo deste trabalho é compilar os principais
treinamentos para a execução das atividades nas áreas de combate a incêndio
urbano e florestal, salvamento terrestre e em altura e motomecanização,
direcionados para a realidade de primeira resposta das guarnições de serviço.
Será proposto um ordenamento dessas atividades, mesclando-as de
acordo com as matérias acima elencadas. O comandante de guarnição terá a
responsabilidade de operacionalizar esses treinamentos diariamente, tendo como
auxílio do próprio manual que será aqui apresentado, algumas observações
principais a serem observadas. Esse militar receberá um treinamento específico com
especialistas nas áreas do conhecimento, a fim de garantir a padronização dos
treinamentos propostos. O manual será o início do ciclo de aprendizagem proposto
pelo Comando de Ensino nas instruções práticas e complementado pelo P.A.P nas
instruções teóricas ou práticas que necessitem de uma maior preparação para sua
consecução.
6 Reunião de uma tripulação antes de um voo para que sejam levantadas as principais ações a serem executadas na missão
elencando as atividades operacionais como a de segurança.
10
2 REVISÃO DE LITERATURA
Quando se fala em atividades de bombeiros logo vem a mente o
combate a incêndio. Apesar de representar a imagem geral dos Corpos de
Bombeiros, o combate a incêndio é apenas umas das inúmeras vertentes de
atuação que um bombeiro é submetido no seu cotidiano. Para atuar nas mais
diversas ocorrências, o conhecimento e o treinamento são indispensáveis. Para
tanto, os setores responsáveis das corporações pela elaboração de métodos de
ensino procuram maneiras para dispor o bombeiro de todos os conhecimentos
necessários. Eles serão responsáveis para garantir a qualidade dos atendimentos
como também a segurança individual e coletivas dos militares.
Responsáveis pelos combates a incêndios, pela
preservação do patrimônio ameaçado de destruição,
pelo resgate de vítimas de incêndios, afogamentos,
acidentes ou catástrofes e pela conscientização da
população sobre medidas de segurança contra
incêndios. Enfim esse profissional atua em diversas
situações de desastres e catástrofes.(
http://www.brasilprofissoes.com.br/profissoes/p/bombeir).
Uma forma de tornar possível o entendimento de um tópico para sua
correta execução são os manuais. Tal instrumento traz noções essenciais de uma
matéria (AURÉLIO, 1993), norteando a prática a partir de um modelo.
Bastante conhecido nos meios militares como também nas grandes
empresas civis, o POP7 é uma dessas ferramentas e um exemplo.
As novas organizações tem implementado guias de
treinamentos que visam a definir precisamente como as
operações serão conduzidas. Esses guias, geralmente
chamados de POP, explicam o que é esperado e
requerido do pessoal envolvido durante a resposta as
emergências como também as ações de
prevenção.(guide to developing effective standard
7 Procedimento Operacional Padrão.
11
operating procedures for fire and ems departments –
2002)
Todos os esforços na busca de determinar o modelo ideal de orientar
um treinamento nada seriam recompensados se não operacionalizarmos este plano.
Deve-se criar um método claro, de tal forma que todos os militares envolvidos
tenham a capacidade de entendimento do que se espera deles na execução das
atividades.
O manual de treinamentos, como já foi observado, será definido a partir
da metodologia de criação de um POP. Não é intenção deste guia duplicar as
informações técnicas das literaturas ou determinar o passo a passo a ser seguido
para a execução de um treinamento ou uma ocorrência. O conhecimento prévio da
matéria e as habilidades adquiridas com os treinamentos pregressos nos cursos de
formação são necessários para a viabilização deste processo. Desta forma, o
objetivo será o aprimoramento das técnicas e táticas além de padronizar as ações.
O POP não é um manual de treinamentos específicos.
Ele é um guia amplo com o objetivo de se criar tarefas
que já são de conhecimento dos membros de uma
equipe e que já foram treinadas anteriormente com
vistas a segurança e eficiência. (guide to developing
effective standard operating procedures for fire and ems
departments – 2002)
Chega-se a um ponto chave. O militar responsável para a coordenação
dessas atividades. O sargento comandante de guarnição, possuidor de anos de
serviço, o que lhe garante a experiência; execução de cursos de aperfeiçoamento
nas unidades de ensino, o que lhe garante o embasamento teórico; além de estar
disposto na hierarquia das funções como o primeiro responsável para a excelência
do serviço daquela guarnição naquele dia; todos esses pré-requisitos são
fundamentais para a escolha dele como o operacionalizador destes treinamentos
diários.
Sargento, aquele que auxilia. Elo fundamental entre o
comando e a tropa. Responsável por operacionalizar as
12
ordens.emanadas. (http://www.esa.ensino.eb.br – Escola
de Sargentos das Armas)
Definida a atividade e quem irá conduzi-la, resta a determinação do
período de tempo do treinamento e da hora de seu início. Esse tempo não deverá
ser estendido por horas e muito menos reduzido a não atingir os objetivos mínimos.
Considerando que os treinamentos são de conhecimento prévio e de
fácil execução, que a guarnição poderá ser acionada a qualquer momento e
atividades extras como educação física e manutenção das equipagens, o período de
uma hora de treinamento logo após a assunção do serviço é o ideal. Estando a
guarnição reunida, tem-se a oportunidade de levantar e traçar os objetivos daquele
dia de trabalho. Isto proporcionará a otimização do tempo
O manual de treinamentos diário das guarnições será material carga da
viatura. Ficará localizado em um espaço interno de fácil visualização específico para
esse fim. Se os militares não tiverem acesso aos procedimentos propostos, eles não
poderão ser responsabilizados por não executá-los (MURREY LOFLIN, 1996).
Portanto, o manual será acessível a toda a guarnição a qualquer momento.
Observados estes parâmetros, as guarnições de serviço que efetuarem
a programação sugerida no manual aqui proposto, finalizará o ciclo de treinamentos
nas matérias de combate a incêndio urbano e florestal, salvamento terrestre e em
altura e motomecanização num período não superior a três meses. Coordenando
esse período com o de implantação do PAP, este será um complemento teórico às
atividades práticas das guarnições até então implementados diariamente. Fechar-se-
á assim, o ciclo de ensino-aprendizagem proposto pelo comando de ensino do
CBMGO eficientemente. Ao término deste ciclo, ele será repetido de tal forma que
todo o processo sofrerá atualização no final de um ano com vistas a corrigir e
determinar novos treinamentos de acordo com as necessidades observadas.
13
3 MATERIAIS E MÉTODOS
O motivo principal de se estabelecer uma pesquisa referente a
implementação de treinamentos diários para as guarnições de ABT e ABS foi em
função da realização do estágio curricular do Curso de Formação de Oficiais em
combate a incêndio e salvamento. Foi observada, em muitas oportunidades, a falta
de sistematização na aplicação do POS entre as guarnições do CBMGO. Em função
do exposto, o estudo foi conduzido no levantamento de dados com militares
sargentos comandantes de guarnição com o intuito de determinar as principais
dificuldades enfrentadas como também da receptividade da tropa às metodologias
de ensino determinadas nos serviços diários. A escolha apenas dos comandantes
de guarnições que realizaram o CAS8 e o EAS9 na ABM10 no período de abril e maio
de 2104, no campo amostral de 66 militares, demonstra a preocupação de se retirar
subsídios da qualidade dos treinamentos diários daqueles que são os responsáveis
diretos pela primeira resposta a sociedade nas ocorrências no âmbito estadual.
Foi realizado um questionário que estabeleceu como parâmetro de
respostas as principais informações e dificuldades levantadas durante o estágio
quanto à maneira com que as guarnições enxergam os treinamentos e a forma com
que hoje é operacionalizado.
Teve-se a preocupação de tratar as informações levantadas a fim de
não invalidar a pesquisa. Os materiais utilizados para a pesquisa foram impressora,
folhas A4 e canetas. Nenhum material especial foi utilizado.
8 Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos.
9 Estágio de Adaptação de Sargentos.
10 Academia Bombeiro Militar.
14
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados e as discussões aqui apresentadas foram baseados na
pesquisa de campo realizada no âmbito da ABM junto aos cursos CAS e EAS.
Foram feitas oito perguntas nas quais tiveram duas respostas. Essas respostas
foram determinadas pelos parâmetros já demonstrados. Foi detalhada a visão geral
do trabalho no início do questionário com o objetivo de elucidar os principais pontos
a serem discutidos.
4.1 O PRIMEIRO QUESTIONAMENTO
Como comandante de guarnição, o senhor acredita na eficácia de um
treinamento diário para as guarnições de bombeiros? As respostas foram assim
respondidas:
Gráfico 1
Observa-se que uma grande porcentagem dos sargentos comandantes
de guarnições vê o treinamento diário como uma ferramenta importante para o
aprimoramento dos militares no serviço operacional.
4.2 O SEGUNDO QUESTIONAMENTO
86%
14%
QUESTÃO 1
SIM NÃO
15
Os militares componentes de sua guarnição acreditam na eficácia de
um treinamento diário?
A primeira resposta: Sim, discutimos a importância do treinamento e
realizamos aqueles determinados pela companhia operacional.
A segunda resposta: Não, acreditam que os conhecimentos até agora
adquiridos são suficientes para o sucesso na ocorrência e que não precisam treinar
aquilo que já conhecem.
Gráfico 2
A maioria das guarnições tem a preocupação de se manterem
atualizadas e de ratificar os conhecimentos adquiridos. Porém, a busca por
demonstrar que o serviço do bombeiro é complexo e que este deve sempre praticar
os conhecimentos; é de vital importância. Para tanto, novas formas devem ser
implementadas para que 100% dos militares tenham essa percepção.
4.3 O TERCEIRO QUESTIONAMENTO
Os métodos até hoje empregados para esses treinamentos diários das
guarnições são eficientes e de fácil execução?
83%
17%
QUESTÃO 2
PRIMEIRA RESPOSTA SEGUNDA RESPOSTA
16
A primeira resposta: Sim, mas não tem um padrão a ser seguido como
também um horário específico para executá-los.
A segunda resposta: Não, como comandante da guarnição sempre fico
sem saber o que exatamente será treinado.
Gráfico 3
Apesar de parecer positivo, o resultado expresso se traduz em melhor
formatar os treinamentos, de forma a padronizar as ações, determinando um horário
específico para tal. É comum guarnições executarem treinamentos durante o
pernoite após todo o dia de trabalho ou horários não convencionados, o que
prejudica o bom andamento do serviço. Apesar do POS, muitos sargentos
comandantes de guarnições não sabem exatamente que treinamento será
executado. Daí a importância do fácil acesso aos procedimentos a serem adotados.
4.4 O QUARTO QUESTIONAMENTO
A implantação de um manual que já estabelece os treinamentos a
serem seguidos na assunção do serviço facilitaria na execução dessas ações?
A primeira resposta: Sim, e essa é uma boa forma de ordenação das
atividades.
77%
23%
QUESTÃO 3
PRIMEIRA RESPOSTA SEGUNDA RESPOSTA
17
A segunda resposta: Não, pois o comandante de guarnição tem
condições de sugerir a cada serviço um treinamento diferente.
Gráfico 4
A definição dos treinamentos a serem executados é de suma
importância para o sucesso das atividades diárias. Porém, deve-se ter a
preocupação de quais treinamentos deverão constar no manual. Eles devem ser tal
que o comandante de guarnição não precise demandar grandes esforços para
conseguir os materiais e muito menos local apropriado para a execução. Os
materiais devem ser aqueles próprios das viaturas. Quanto ao local, sugerir
atividades que possam ser realizadas nos quartéis do CBMGO. Isso é importante
pois, por exemplo,será que o 2° BBM11 tem condições de montar uma linha de rapel
e realizar a descida dos militares nas suas instalações? Além do mais, um manual é
de suma importância para a padronização das ações por todos os bombeiros do
Estado. Até porque, mesmo que os 12% dos sargentos comandantes de guarnição
que responderam que teriam condições de determinar seus próprios treinamentos,
dificilmente eles estariam em conformidade com o que é proposto pela instituição.
4.5 O QUINTO QUESTIONAMENTO
11
Batalhão Bombeiro Militar.
88%
12%
QUESTÃO 4
PRIMEIRA RESPOSTA SEGUNDA RESPOSTA
18
Ter o comandante de guarnição à frente desses treinamentos é
importante para a implementação deste manual?
A primeira resposta: Sim, e esta forma é de grande importância para a
prática de comando do comandante de guarnição.
A segunda resposta: Não, acho melhor ter um oficial à frente na
condução das atividades
Gráfico 5
É importante determinar de forma sistemática a atuação do
comandante de guarnição, até porque este é o desejo da maioria dos militares
participantes do questionário. Não é difícil nos depararmos em ocorrências que o
militar mais antigo deixa de assumir a situação. Espera-se sempre a iniciativa dos
seus comandados e em muitas ocasiões, eles acabam assumindo a ocorrência. Não
deseja-se aqui que não exista o trabalho em equipe, em que todos participem com
sugestões sobre a melhor maneira de sanar e cumprir a missão. Porém, a
organização, o desenvolvimento das ações, deve ser gerida pelo comandante.
Assim, iniciando o serviço, ficando o comandante de guarnição à frente dos
treinamentos, conduzindo de forma efetiva seus subordinados e controlando as
situações relativas ao serviço, criará em sua forma de atuação a confiança de seus
comandados e de seus superiores hierárquicos na sua forma de trabalho.
92%
8%
QUESTÃO 5
PRIMEIRA RESPOSTA SEGUNDA RESPOSTA
19
4.6 O SEXTO QUESTIONAMENTO
O senhor acredita que esse tipo de ação reflete a preocupação em
proporcionar meios para o desenvolvimento dos militares bem como em uma forma
de garantir a segurança deles nas ocorrências?
A primeira resposta: Sim, pois será reforçado os cuidados gerais a
serem tomados durante uma ocorrência.
A segunda resposta: Não, pois cada ocorrência é uma ocorrência e na
hora o que prevalece é a experiência e nada tem a ver com a segurança este tipo de
treinamento.
Gráfico 6
Saber exatamente o que fazer em uma ocorrência é uma tarefa difícil.
Porém, as técnicas e táticas a serem empregadas para a consecução das atividades
em um combate a incêndio ou um salvamento é imprescindível. Com isso em mente,
o militar treinado será capaz de executar corretamente as atividades determinadas
na ocorrência sem comprometer a segurança da equipe. Observa-se, então, que de
acordo com o entendimento dos militares participantes deste trabalho, o treinamento
é eficaz com relação a se evitar qualquer tipo de acidentes durante as ocorrências.
92%
8%
QUESTÃO 6
PRIMEIRA RESPOSTA SEGUNDA RESPOSTA
20
4.7 O SÉTIMO QUESTIONAMENTO
Essa é uma forma efetiva de se mostrar aos integrantes das
guarnições a necessidade de se manterem atualizados nas técnicas a serem
empregadas nas ocorrências assim como instigá-los na busca de se aperfeiçoarem
como bombeiros?
A primeira resposta: Sim, além de tornar o dia de serviço mais
dinâmico, fará com que os militares sintam a necessidade de até buscar novos
conhecimentos em cursos de especialização.
A segunda resposta: Não, essa vontade é muito individual e esse
treinamento nada tem a ver com o incentivo ao bombeiro, sendo apenas mais uma
atribuição para a guarnição.
Gráfico 7
Quando se tem o incentivo ao conhecimento, naturalmente observa-se
que necessitamos de aperfeiçoamento. O ensino reflete o quão integrado está o
homem na vontade de querer crescer profissionalmente. Isto acontece também pela
responsabilidade que enfrentamos a cada dia como bombeiros. A arte de salvar
vidas requer muita destreza nas operações. Como visto no gráfico acima, os
treinamentos sugeridos influenciam os militares a cada vez mais procurarem novas
formas de conhecimento.
86%
14%
QUESTÃO 7
PRIMEIRA RESPOSTA SEGUNDA RESPOSTA
21
4.8 O OITAVO QUESTIONAMENTO
O senhor acredita que essa visão de treinamentos, como também a
fixação dos conhecimentos já adquiridos, reflete a maneira com que a tropa gostaria
que esses treinamentos fossem realizados?
A primeira resposta: Sim, pois ela é de fácil entendimento e aplicação e
atua sobre as principais ocorrências que possivelmente enfrentaremos durante o
serviço.
A segunda resposta: Não, é apenas mais um treinamento de um ciclo
de aprendizagem do CBMGO.
Gráfico 8
Um ordenamento de atividades facilita aos funcionários o cumprimento
de padrões pré-determinados por uma instituição (CHIAVENATO, 1996). Não seria
diferente no CBMGO. Com essa visão, a tropa tem condições suficientes de
alcançar excelentes resultados no cumprimento de suas obrigações, como exposto
pela maioria dos bombeiros comandantes de guarnição que responderam a esta
última pergunta.
97%
3%
QUESTÃO 8
PRIMEIRA RESPOSTA SEGUNDA RESPOSTA
22
Com o direcionamento das atividades, facilidade na execução, os
materiais a serem utilizados de fácil acesso e um horário fixado como também a
duração do exercício; são variáveis que corroboram a execução de treinamentos
como os sugeridos neste trabalho e que convida os militares a participarem de bom
grado dessas atividades.
23
5 OPERACIONALIZAÇÃO DO MANUAL
Como forma de garantir a qualidade dos treinamentos assim como a
correta execução das atividades propostas pelo manual, sugere-se as seguintes
recomendações antes da completa efetivação do material apresentado neste
trabalho.
1) Reunir os comandantes de guarnições dos Batalhões Bombeiros
Militares e explicar qual o objetivo principal da implementação dos treinamentos
diários. Orientá-los quanto ao funcionamento do manual e de sua aplicabilidade.
Elucidar a importância do militar mais antigo na tarefa de gerenciar os treinamentos,
estando à frente na consecução da missão.
2) Organizar um treinamento específico para os sargentos
comandantes de guarnições com os especialistas das áreas do conhecimento sobre
os treinamentos a serem executados no manual a fim de garantir a correta
padronização das atividades. Cabe salientar que, com este treinamento prévio, os
comandantes terão ratificados todos os embasamentos teóricos e práticos, o que
facilitará sobremaneira o cumprimento da missão.
3) Após o contato do comandante com o manual e a forma de
aplicá-lo, será ele, o elo entre o comando e a tropa no que concerne às atividades
operacionais, sugerindo ainda, em tempos pré-estabelecidos, um levantamento da
eficiência das ações, dos treinamentos executados e suas aplicabilidades nas
ocorrências como também da aceitabilidade da tropa em relação a este tipo de
instruções. Cabe ainda, sugerir novos treinamentos para serem incluídos nas
revisões futuras do manual.
24
6 CONCLUSÃO
Com base nas experiências recentes durante o Curso de Formação de
Oficiais; no questionamento da vasta aplicabilidade de ações inerentes ao bombeiro
militar e das inúmeras ocorrências que se apresentam diariamente às guarnições de
combate a incêndio e salvamento; todas essas informações nos levam a crer o quão
preparado deve estar o militar para a consecução das variadas missões.
A complexidade imposta nos remete a correta preparação do bombeiro.
Isto se dará em função de um programa de treinamentos eficiente que colocará o
militar em condições de cumprir o seu objetivo com segurança. Este programa é
baseado na conjunção teórica e prática das técnicas e táticas e que, a parte prática,
deve ser constantemente empregada junto às guarnições que darão a primeira
resposta à sociedade.
Os treinamentos diários das guarnições de serviço é um excelente
exemplo. O comando de ensino e os sargentos comandantes de guarnições já
corroboram com essa idéia. O primeiro, com a implantação de treinamentos como
POS e o segundo, com o entendimento que este tipo de atividade é de grande
importância para o rendimento de sua equipe. Para confirmá-lo no cotidiano
operacional, os treinamentos compilados em um manual deverão ser de fácil
entendimento e aplicação, abordando pontos chaves que facilitarão as atividades
dos bombeiros durante às ocorrências.
O manual proposto é um esboço claro de um POP. Porém, na sua
estrutura, não contempla passos a passos para as atividades propostas em sua
totalidade. Para tanto, deve-se contar com o treinamento realizado especificamente
para os sargentos comandantes de guarnição para operacionalização do manual,
que aliado com a sua experiência pregressa junto às unidades de ensino e atuações
nas diversas ocorrências atendidas, formará um embasamento teórico de acordo
com os parâmetros estabelecidos pelo CBMGO Sugere-se uma observação
continuada da efetividade deste tipo de atividade. Posteriormente, os treinamentos
do manual poderão abarcar maiores detalhes sobre o que é sugerido, porém, sem
perder a essência que determina a elaboração de um POP.
25
Portanto, para atividades complexas, o conhecimento aplicado à
prática torna os resultados positivos quando corretamente desenvolvidos e geridos,
principalmente quando estes resultados buscados são salvar vidas. O bombeiro
militar deve ter em mente que deve constantemente se aperfeiçoar, e com o
incentivo da instituição, formarão o binômio eficiência - qualidade que justifica o
enorme reconhecimento que a população nutre para com os homens que correm
contra o tempo para ajudar a quem pede auxílio.
26
7 REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, I. Recursos Humanos: edição compacta. São Paulo: Atlas, 1996.
AURÉLIO, Minidicionário da língua portuguesa: 3° edição. Rio de Janeiro, 1993.
MURREY LOFLIN, emergency incident risk management: a safety & health
perspective, 1996.
SANCHES. Renato.Webmundi.org, Negócios, Carreira e Empreendedorismo.
Disponível em :< http:// webmundi.org / gestao-empresarial / a-importancia-de-treinar
seu- funcionário>. Acesso em: 20 mai. 2014.
FEDERAL EMERGENCY MANAGEMENT AGENCY. United States Fire
Administration guide to developing effective standard operating procedures for fire
and ems departments, 2002.
BRASIL PROFISSÕES. Disponível em: <
http://www.brasilprofissoes.com.br/profissoes/p/bombeiro>. Acesso em: 23 mai.
2014.
ESCOLA DE SARGENTOS DAS ARMAS. Disponível em: <
http://www.esa.ensino.eb.br>. Acesso em: 23 mai 2014.
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8 ANEXOS
8.1 QUESTIONÁRIO
O objetivo deste trabalho está baseado na importância do treinamento do bombeiro
militar, tomando como base o ciclo de ensinamento e aprendizagem do CBMGO
(PAP – Programa de Aperfeiçoamento Profissional e POS – Procedimento
Operacional de Serviço).
Implantar o manual de treinamento diário com base nos procedimentos operacionais
de serviço, como também das ações a serem adotadas nas principais ocorrências
atendidas pelas guarnições de ABT e ABS.
Ter o comandante de guarnição como colaborador na coordenação e execução dos
treinamentos já determinadas no manual na assunção de serviço diário.
Este treinamento é o início do ciclo de aprendizagem ficando restrito apenas à
execução das atividades previstas no manual, ficando o embasamento teórico a par
da reciclagem já prevista pelo Comando de ensino do CBMGO (PAP).
Os treinamentos serão limitados a um período de tempo de 1 (uma) hora com o
objetivo de não extrapolar o foco principal que é por em prática uma determinada
ação a ser executada.
PERGUNTAS
1) Como comandante de guarnição, o Sr. acredita na eficácia de um treinamento
diário para as guarnições de bombeiros?
( ) Sim
( ) Não
2) Os militares componentes de sua guarnição acreditam no treinamento diário
continuado?
( ) Sim, discutimos a importância do treinamento e realizamos aqueles
determinados pela Cia Operacional
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( ) Não. Acreditam que os conhecimentos até agora adquiridos são
suficientes para o sucesso na ocorrência e que não precisam treinar aquilo
que já conhecem.
3) Os métodos até hoje empregados para esses treinamentos diários das
guarnições são eficientes ou de fácil execução?
( ) Sim, mas não tem um padrão a ser seguido como também um horário
específico para executá-lo.
( ) Não. Como comandante da guarnição sempre fico sem saber o que
exatamente será treinado.
4) A implantação de um manual que já estabelece os treinamentos a serem
seguidos na assunção do serviço facilitaria na execução dessas ações?
( ) Sim, e essa é uma boa forma de ordenação das atividades.
( ) Não, pois o comandante de guarnição tem condições de sugerir a cada
serviço um treinamento diferente.
5) Ter o comandante de guarnição à frente desses treinamentos é importante
para a implementação deste manual?
( ) Sim, e esta forma é de grande importância para a prática de comando do
comandante de guarnição.
( ) Não, acho melhor ter um oficial a frente na condução das atividades
6) O Senhor. acredita que esse tipo de ação reflete na preocupação em
proporcionar meios para o desenvolvimento dos militares bem como em uma
forma de garantir a segurança deles nas ocorrências?
( ) Sim, pois será reforçado os cuidados gerais a serem tomados durante
uma ocorrência.
( ) Não, pois cada ocorrência é uma ocorrência e na hora o que prevalece é
a experiência e nada tem a ver com a segurança este tipo de treinamento.
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7) Essa é uma forma efetiva de se mostrar aos integrantes das guarnições a
necessidade de se manterem atualizados nas técnicas a serem empregadas
nas ocorrências assim como instigá-los na busca de se aperfeiçoarem como
bombeiros?
( ) Sim, além de tornar o dia de serviço mais dinâmico, fará com que os
militares sintam a necessidade de até buscar novos conhecimentos em
cursos de especialização.
( ) Não, essa vontade é muito individual e esse treinamento nada tem a ver
com o incentivo ao bombeiro, sendo apenas mais uma atribuição para a
guarnição.
8) O Senhor. acredita que essa visão de treinamentos como também a fixação
dos conhecimentos já adquiridos, reflete a maneira com que a tropa gostaria
que esses treinamentos fossem realizados?
( ) Sim, pois ela é de fácil entendimento e aplicação e atua sobre as
principais ocorrências que possivelmente enfrentaremos durante o serviço.
( ) Não, é apenas mais um treinamento de um ciclo de aprendizagem do
CBMGO.
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8.2 MANUAL DE TREINAMENTO
INSTRUÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO
Instrução 1:
Objetivo:
Equipar-se o bombeiro com todo o EPI de combate a incêndio.
Tempo para execução da operação: máximo de 1’ 30”.
Observações do Comandante de Guarnição:
Atentar para que todos os militares equipem de forma correta, observando se a capa
de aproximação foi fechada tanto no zíper quanto no velcro; utilização de balaclava
e correta vedação da máscara à face.
Instrução 2:
Objetivo:
Bomba - armar com as seguintes linhas de combate à incêndio:
1) 1(uma) linha adutora-ligação de 2 ½” com 2(dois) lances, divisor, e 2(duas) linhas
de combate direto com 2(dois) lances cada uma de 1 ½”.
2) 1(uma) linha adutora-ligação de 2 ½” com 1(um) lance, entre linhas com espuma
simulando a operação com o dosador em 3% e 6%, divisor, e 2(duas) linhas de
combate direto com 2(dois) lances cada uma de 1 ½”.
Observações do Comandante de Guarnição:
Elucidar a importância de se determinar o que cada bombeiro deverá executar na
hora da ocorrência, bem como os cuidados com os materiais, realizando seios nas
mangueiras, cuidados com as quinas vivas e materiais químicos que por ventura
estejam na área do incidente.
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No treinamento com o entre – linhas e dosador, deixar claro quando deverá ser
utilizado a mistura com 3% (hidrocarbonetos) e a 6% (solventes polares).
Instrução 3:
Objetivo:
Simular o combate à incêndio veicular, armando duas linhas de 1 ½”, sendo uma de
proteção e a outra de ataque.
Observações do Comandante de Guarnição:
Enfatizar ao combatente da linha de ataque estar completamente equipado, inclusive
com o EPR, ficando um militar pronto na linha de proteção do incidente.
Instrução 4:
Objetivo:
Explanação e operação do esguicho tipo pistola
Observações do Comandante de Guarnição:
Descrever as características do esguicho tipo pistola.
Operar as variadas vazões bem como o tipo de jato que este modelo de esguicho
produz.
Explicar a eficiência de cada forma de jato no combate aos incêndios.
Instrução 5:
Objetivo:
Realizar os testes no EPR (pressão no manômetro, vedação das conexões e teste
do apito).
Observações do Comandante de Guarnição:
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Orientar os militares sobre a importância de se ajustar e verificar o correto
funcionamento do equipamento.
Elucidar o tempo de utilização do EPR, deixando claro que este tempo é
determinado principalmente pelas condições físicas do militar (todos conhecerem o
tempo de EPR de cada membro da guarnição).
Realizar a limpeza e a manutenção dos equipamentos.
Instrução 6:
Objetivo:
Armar, desarmar e ancorar uma escada portátil e realizar o içamento de uma
mangueira com esguicho utilizando o processo da mochila e utilizando cabos.
Observações do Comandante de Guarnição:
Deixar claro que esta atividade envolve no mínimo dois militares treinados que
devem executar de forma segura a estabilização da escada assim como a
segurança do bombeiro que for utilizá-la.
Após a tomada de posição do bombeiro na escada, elucidar o método trava-pernas
assim como as técnicas de subida e descida tendo uma das mãos ocupadas.
Instrução 7:
Objetivo:
Operação do grupo de bombas da viatura assim como a explanação e execução dos
tipos de abastecimento por pressão e sucção.
Observações do Comandante de Guarnição:
Orientar o condutor/operador sobre a correta explicação sobre o grupo de bombas
da viatura.
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Deixar claro quando um abastecimento é por pressão (utilizando um hidrante ou por
gravidade) e sucção (retirada da água de um manancial ou reservatório que esteja
situado abaixo do nível da bomba).
- No caso de abastecimento por sucção, elucidar os cuidados para com o corpo de
bombas e alertar sobre a cavitação.
INSTRUÇÕES DE SALVAMENTO TERRESTRE
Instrução 1:
Objetivo:
Montar o tripé e demonstrar o uso do sistema multiplicador de força.
Observações do Comandante de Guarnição:
Elucidar a importância da correta fixação do tripé, com o ponto de fixação oposto ao
lado da realização da força;
Utilização do prussik ou do trava corda e sua correta posição no sistema de
multiplicador de força para o auxílio aos militares que estarão aplicando força ao
sistema;
Elucidação do sistema multiplicador de força (3x1 para pessoas e 4x1 para animais).
Deixar claro que essa relação está ligada a quantidade de força a ser aplicada e a
quantidade de corda a ser utilizada.
Instrução 2:
Objetivo:
Realizar a amarração de uma vítima na prancha longa para a retirada de um poço
ou local confinado.
Observações do Comandante de Guarnição:
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Cuidar da correta segurança da vítima (colar cervical, capacete, ponto de fixação
seguro);
Correta fixação da vítima à prancha com a fita tubular;
Todo militar que adentrar em ambiente confinado utilizar o EPR.
Instrução 3:
Objetivo:
Operar desencarcerador e simular rebatimento de teto completo (colunas A, B e C),
pela frente (cortar coluna A e B), abertura de portas e utilizar o expansor simulando
o afastamento do painel do veículo.
Observações do Comandante de Guarnição:
Nas técnicas apresentadas, lembrar que em preso em ferragens tira-se as ferragens
da vítima e não a vítima das ferragens;
Executar a estabilização do veículo com os calços;
Ficar atento para com o tipo de veículo e suas particularidades como air bags, pré-
tensionadores de cinto e atenção aos carros híbridos.
Instrução 4:
Objetivo:
Simular o salvamento de uma vítima em plano vertical com amarração da vítima na
maca como também a utilização da escada prolongável para sua descida.
Observações do Comandante de Guarnição:
Correta amarração da vítima à prancha;
Executar corretamente o nó na extremidade da prancha à extremidade da escada;
Trabalho conjunto e sincronizado na descida da vítima.
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Instrução 5:
Objetivo:
Oficina de nós e amarrações (carioca, cadeira japonesa, balso pelo seio, balso do
calafate, azelha, azelha dupla, volta da ribeira, prussik e fiel)
Observações do Comandante de Guarnição:
Demonstrar a correta execução dos nós;
Elucidar a aplicabilidade de cada nó.
INSTRUÇÕES DE MOTOMECANIZAÇÃO
Instrução 1:
Objetivo:
Composição, operação, prescrições de segurança e manutenção de
desencarceradores.
Observações do Comandante de Guarnição:
Demonstrar as principais partes do equipamento portátil desencarcerador bem como
de seus acessórios e suas aplicabilidades;
Descrever a checagem do desencarcerador antes de operá-lo:
• Verificar o nível de combustível e de fluido hidráulico;
• Se as mangueiras foram corretamente conectadas;
• Apenas liberar o fluxo hidráulico através da chave de operação após as
mangueiras estarem conectadas;
• Observar se existe algum vazamento de fluido hidráulico após o sistema
pressurizado;
Descrever a correta operação: ligar, operação de corte propriamente dito e desligar;
cuidados com os conectores das mangueiras e acessórios com as sujidades
encontradas na ocorrência;
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Na operação sempre utilizar EPI; cuidados com os sistemas de air bag e pré-
tensionadores de cinto no corte;
Após o uso, realizar a limpeza das equipagens; proteger os conectores das
mangueiras e acessórios;
Recorrer sempre ao manual do equipamento para maiores detalhes e tiragem de
dúvidas.
Instrução 2:
Objetivo:
Composição, operação, prescrições de segurança e manutenção de motoserras.
Observações do Comandante de Guarnição:
Demonstrar as principais partes do equipamento portátil motoserra;
Descrever a checagem da motoserra antes de operá-la:
• Se o sabre está corretamente montado;
• Se a corrente está devidamente esticada;
• Se o acelerador e a trava do acelerador funcionam suavemente;
• Se o acionamento do interruptor está em ordem;
• Se o terminal da vela está firmemente posicionado;
• Se os cabos das mãos estão secos e limpos;
Descrever a correta operação: ligar, operação de corte propriamente dito e desligar;
abastecimento de combustível e óleo (sempre abastecer simultaneamente a
motoserra com combustível e óleo); Controlar a lubrificação e a tensão da corrente
com freqüência;
Na operação sempre utilizar EPI;
Após o uso, quando a corrente esfriar, esticá-la, nunca em operação, sempre após o
uso fazer a limpeza de sujeiras e detritos na estrutura interna e externa; verificar a
fixação das porcas e parafusos, a limpeza do filtro de ar deve ser realizada após
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cada operação e deve-se limpar regularmente o furo da entrada de óleo, o canal de
saída de óleo e a ranhura do sabre.
Recorrer sempre ao manual do equipamento para maiores detalhes e tiragem de
dúvidas.
Instrução 3:
Objetivo:
Composição, operação, prescrições de segurança e manutenção de cortadores de
disco.
Observações do Comandante de Guarnição:
Demonstrar as principais partes do equipamento portátil cortador de disco;
Descrever a checagem do cortador de disco antes de operá-la:
• Se o disco não possui rachaduras ou dentes;
• Se o acelerador e a trava do acelerador funcionam suavemente;
• Se o acionamento do interruptor está em ordem;
• Se o terminal da vela está firmemente posicionado;
• Se os cabos das mãos estão secos e limpos;
Descrever a correta operação: ligar, operação de corte propriamente dito e desligar;
abastecimento de combustível e óleo (pré-mistura combustível-óleo).
Na operação sempre utilizar EPI;
Inspecionar visualmente o equipamento, principalmente o disco (se estiver rachado
ou com “dentes”, substituí-lo imediatamente); Verificar o cabo de arranque; verificar
o aperto das porcas e parafusos.
Recorrer sempre ao manual do equipamento para maiores detalhes e tiragem de
dúvidas.
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Instrução 4:
Objetivo:
Composição, operação, prescrições de segurança e manutenção de serra-sabre.
Observações do Comandante de Guarnição:
Demonstrar as principais partes do equipamento portátil serra-sabre;
Elucidar aos militares que cada tipo de lâmina corresponde a tipo de material e
identificá-las;
Operação de colocar e retirar as lâminas;
Usar sempre EPI completo para operar o equipamento; não utilizar ferramentas
elétricas em presença de líquidos ou gases inflamáveis; Devemos sempre usar
lubrificante (óleo solúvel para corte) em cortes de metais, para preservar a lâmina e
diminuindo a temperatura do local, sendo seu uso imprescindível no caso de vítima
presa em lança para não deixar passar a caloria para a vítima.
Inspecionar visualmente o equipamento;
Limpeza:
• Retire o conector do carregador utilizando um pano macio;
• Remova a bateria antes de limpar sua ferramenta elétrica;
• Conserve livres as aberturas de ventilação e limpe regularmente o corpo da
máquina utilizando um pano macio;
• Poderá ser utilizada uma haste de algodão para retirar detritos abaixo da lâmina.
Recorrer sempre ao manual do equipamento para maiores detalhes e tiragem de
dúvidas.
INSTRUÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO FLORESTAL
Instrução 1:
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Objetivo:
Apresentar os materiais utilizados no combate a incêndio florestal.
Observações do Comandante de guarnição:
Elucidar os principais equipamentos: queimador (pinga-fogo), mochila costal,
abafadores e materiais de sapa.
Instrução 2:
Objetivo:
Descrever a construção de um aceiro assim como abordar a utilização de uma linha
fria para o combate ao incêndio.
Observações do Comandante de guarnição:
Os aceiros devem ficar totalmente limpos;
Um dos processos mais utilizados pelos bombeiros na construção de um aceiro é
com ferramentas manuais (ferramentas de sapa - foices, rastelos, pás, enxadas e
facões). Ele é definido por área (cada militar responsável por uma área) ou por
progressão (fila indiana em que cada militar com uma ferramenta específica realiza o
trabalho conjuntamente);
A largura do aceiro tem que ser suficiente para conter o fogo;
Cuidados com as vegetações mais altas;
Utilizar os aceiros naturais como rios, lagos, áreas rochosas e estradas;
Fazer a construção de uma linha fria com o uso de água por meio de viaturas ou
bombas costais de forma a criar um obstáculo úmido à frente do fogo e, havendo
possibilidade, envolvendo o seu perímetro, para ser atacado diretamente.
Instrução 3:
Objetivo:
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Descrever os principais equipamentos de proteção individual utilizado no combate a
incêndio florestal.
Observações do Comandante de guarnição:
1) capacete de proteção;
2) bota de cano longo em couro;
3) uniforme composto de calça e gandola (camisa) de mangas compridas;
4) cantil;
5) óculos de proteção; protegem os olhos contra projeção das partículas
incandescentes, impactos de galhos e gases.
6) lanterna;
7) facão com bainha;
8) cabo da vida.
9) máscara de proteção contra impurezas à base de carvão ativado;
10) luvas de couro ou de raspa
Instrução 4:
Objetivo:
Manutenção e uso de máquinas e ferramentas para combate ao incêndio.
Observações do Comandante de guarnição:
Todos os equipamentos utilizados na missão deverão ser limpos (bombas costais) e
as ferramentas de sapa;
As ferramentas de sapa deverão está em condições de uso durante e após as
atividades (amolar as ferramentas e cuidados no acondicionamento).
INSTRUÇÕES DE SALVAMENTO EM ALTURA
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Instrução 1:
Objetivo:
Montar uma linha de rapel detalhando sua ancoragem no ponto escolhido.
• Voltas no ponto e arrematar com fiel dobrado.
• Utilizar ancoragem com fitas tubulares.
• Ancoragem humana.
Observações do Comandante de Guarnição:
Escolher (localização) um ponto seguro (resistência) – ponto a prova de bomba
(PAB);
Deixar claro quando se usar cada tipo de ancoragem em função da necessidade da
ocorrência, rapidez, segurança, conservação do material;
Quanto a ancoragem humana, observar o limite de carga e o posicionamento estável
dos homens que dividirão o esforço.
Instrução 2:
Objetivo:
Executar as ancoragens (longa, média e curta) de segurança com cabo guia.
Observações do Comandante de Guarnição:
Realizar a ancoragem longa com o nó Laís de Guia;
Realizar a ancoragem média com o nó balso do calafate;
Realizar a ancoragem curta com o nó balso do calafate com um e dois chicotes.
Instrução 3:
Objetivo:
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Montar uma ancoragem com base no princípio da equalização em “V” e em “W”.
Observações do Comandante de Guarnição:
Utilizar essa técnica quando não se tenha um PAB;
Escolher pontos preferencialmente alinhados (paralelos) entre si;
O ângulo formado pela equalização deverá respeitar o limite de 90°;
A equalização deverá ser sempre ajustável;
Realizar o cote de segurança a uma possível falência de um dos pontos de
ancoragem.
Instrução 4:
Objetivo:
Montar um sistema multiplicador de força na vertical e na horizontal.
Observações do Comandante de Guarnição:
Diferenciar um sistema par (amarração no ponto fixo do sistema) e ímpar
(amarração na carga);
Explicar a relação entre força a ser aplicada e a quantidade de cabo a ser utilizada;
Instrução 5:
Objetivo:
Retirada de vítima de local desnivelado com prancha longa no cabo elevado com
sistema de multiplicação de força horizontal.
Observações do Comandante de Guarnição:
Técnica a ser utilizada tanto para elevar uma vítima quanto para descer uma vítima
do local da ocorrência;
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Utilizar uma polia no ponto fixo, mosquetões e uma polia radial a ser disposta para
mover a prancha longa.
Instrução 6:
Objetivo:
Utilização do triângulo de evacuação.
Observações do Comandante de Guarnição:
Atentar para o tamanho da vítima e a correta fixação do equipamento;
Elucidar que este equipamento permite evacuar a vítima em um mínimo tempo.
Instrução 7:
Objetivo:
Oficina de nós de confecção em vítimas.
Observações do Comandante de Guarnição:
Confeccionar a cadeira japonesa na vítima;
Confeccionar o balso americano na vítima;
Confeccionar cadeira rápida com fita tubular.
Instrução 8:
Objetivo:
Demonstração dos equipamentos de salvamento em altura.
Observações do Comandante de Guarnição:
Explicar e definir a função dos conectores (mosquetões e seus tipos);
Explicar e definir a função dos aparelhos descensores (frio em oito, stop, grigri, I’d);
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Explicar e definir a função dos aparelhos auto-blocantes – ascensores;
Explicar e definir a função das placas de ancoragem, polias, fitas tubulares, anéis de
fita;
Explicar e definir a função das macas-cesto e tipo Sked.
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