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SUMÁRIO
RECEPTAÇÃO (Art. 180 do CP).........................................................................4
CONCEITO.........................................................................................................4
OBJETO JURÍDICO............................................................................................4
SUJEITOS DO DELITO......................................................................................4
Sujeito ativo.........................................................................................................4
Sujeito passivo....................................................................................................5
Objeto material....................................................................................................5
Pressuposto da receptação: delito antecedente.................................................5
MODALIDADES DE RECEPTAÇÃO...................................................................6
Receptação dolosa própria.................................................................................6
Receptação qualificada.......................................................................................7
Conceito..............................................................................................................7
Tipo objetivo........................................................................................................7
Sujeitos do delito:................................................................................................8
Elementos subjetivos do tipo...............................................................................8
Consumação e tentativa......................................................................................9
Classificação:......................................................................................................9
Confronto.............................................................................................................9
AUTONOMIA DA RECEPTAÇÃO.....................................................................10
QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA......................................................................10
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA........................................................................11
ELEMENTOS SUBJETIVOS DO TIPO.............................................................11
FIGURA TÍPICA PRIVILEGIADA - REQUISITOS.............................................12
PERDÃO JUDICIAL – REQUISITOS................................................................12
CAUSA DE AUMENTO DE PENA - REQUISITOS...........................................12
CONCURSO DE CRIMES - HIPÓTESES.........................................................12
DISTINÇÃO ENTRE RECEPTAÇÃO E FAVORECIMENTO REAL..................13
PENAS E AÇÃO PENAL...................................................................................13
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste
título, em prejuízo:.............................................................................................14
1
CONCEITO.......................................................................................................14
BEM JURIDICO PROTEGIDO..........................................................................14
Sujeito Ativo......................................................................................................14
Sujeito Passivo..................................................................................................14
ELEMENTO OBJETIVO DO TIPO....................................................................15
ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO..................................................................15
CONSUMAÇÃO................................................................................................15
TENTATIVA.......................................................................................................15
REPARAÇÃO DO DANO..................................................................................15
CLASSIFICAÇÃO..............................................................................................16
PENA.................................................................................................................16
AÇÃO PENAL...................................................................................................16
ART. 182...........................................................................................................17
Jurisprudência...................................................................................................17
ART. 183...........................................................................................................18
ART.213 E ART.214 - ESTUPRO E ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR......19
CONCEITO.......................................................................................................19
OBJETO JURÍDICO..........................................................................................19
ELEMENTOS DO TIPO....................................................................................19
AÇÃO NUCLEAR..............................................................................................19
SUJEITO ATIVO...............................................................................................20
SUJEITO PASSIVO..........................................................................................20
ELEMENTO SUBJETIVO..................................................................................20
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA........................................................................20
FORMAS...........................................................................................................21
Simples..............................................................................................................21
QUALIFICADA PELO RESULTADO E VIOLENCIA PRESUMIDA...................21
ART. 215 POSSE SEXUAL MEDIANTE FRAUDE...........................................22
CONCEITO.......................................................................................................22
OBJETO JURÍDICO..........................................................................................22
ELEMENTOS DO TIPO....................................................................................22
Ação nuclear. Elemento normativo....................................................................22
Sujeito ativo.......................................................................................................23
2
Sujeito passivo..................................................................................................23
ELEMENTO SUBJETIVO..................................................................................23
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA........................................................................23
FORMAS...........................................................................................................24
Simples..............................................................................................................24
Qualificada........................................................................................................24
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS..................................................................25
3
RECEPTAÇÃO (Art. 180 do CP)
Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte:
Pena – reclusão de um a quatro anos, e multa.
CONCEITO
É o fato de adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar,
em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir,
para que terceiro, de boa-fé, adquira-a, receba-a ou oculte-a ( art. 180, caput
do CP).
OBJETO JURÍDICO
O patrimônio. Segundo Luiz Regis Prado, tutela-se também a
administração da justiça, supletivamente (Ob. cit., p. 627).
SUJEITOS DO DELITO
Sujeito ativo
Pode ser qualquer pessoa, exceto o autor, co-autor ou
partícipe do crime anterior.
Questões polêmicas:
a) O proprietário da coisa receptada pode ser sujeito ativo do
crime? Sim, caso a tenha oferecido em penhor e venha a adquiri-la das mãos
do ladrão que a furtou do credor pignoratício;
b) O advogado ou defensor que adquire, recebe ou oculta coisa
proveniente de crime perpetrado por seu cliente responde por receptação? A
resposta está com Noronha: "Não existe qualquer disposição legal que o isente
de pena. A função que exerce não lhe outorga esse direito. De excetuar o caso
em que o objeto do crime é o dinheiro, ou este provém da venda da coisa,
recebendo ele a importância a título de despesas e honorários, salvo se o
4
defensor recebe vultuosa soma, desproporcionada ao serviço que presta e
coincidente com a importância subtraída etc., e se patentemente o acusado é
miserável, não tendo ninguém que o possa auxiliar financeiramente" (ob. cit., p.
497/8);
c) "Não há receptação quando uma pessoa, embora
conhecendo a origem delituosa da coisa, a adquire de quem a possui de boa-
fé, ou seja, de quem por sua vez, a houve do criminoso, desconhecendo,
entretanto, tratar-se de coisa de procedência criminosa" (Noronha, ob. cit., p.
498).
Sujeito passivo
Em regra, é o mesmo do crime principal (antecedente) do qual
adveio a coisa receptada.
Objeto material
Só pode ser coisa móvel, malgrado só utilize o dispositivo a
expressão "coisa". Aliás, receptação tem significado de dar receptáculo. Esse
substantivo significa dar esconderijo, abrigo, lugar onde guardam coisas, tudo
isso não se harmonizando com a idéia de imóvel (Noronha, ob. cit., p. 501).
Não deixa de haver receptação quando: a) somente parte do
produto do crime é adquirido, recebido etc. pelo receptador; b) a coisa é
alterada, transformada, modificada ou substituída por outra (subtrai dinheiro e
adquire um móvel, entregando-o ao receptador para ocultá-lo).
Os instrumentos utilizados no crime podem ser objeto de receptação? Não.
Nada obstante, pode ocorrer favorecimento real. O preço do crime, também,
não constitui objeto de receptação.
Pressuposto da receptação: delito antecedente
Só há receptação, quando o sujeito adquire, recebe, transporta,
conduz ou oculta, em proveito próprio ou alheio, coisa produto de crime.
5
"O juiz que julga o receptador, deve ter provas de que houve
um delito anterior, que a origem da coisa é delituosa. Não se exige haja
sentença condenatória de crime antecedente; basta conhecimento de sua
existência, mas conhecimento certo" ( Magalhães Noronha, ob. cit., p. 492).
Se, entretanto, houver decisão no processo relativo ao crime
antecedente, absolvendo o agente por falta de prova quanto à existência do
delito, falecerá o pressuposto do delito de receptação. Ocorrerá o mesmo se
houver o reconhecimento do estado de necessidade em relação ao autor do
fato anterior, sem embargo do entendimento em contrário de Magalhães
Noronha (Ob. cit., p. 493).
Caracteres do crime anterior: a) não é preciso ser conhecido o
autor do delito antecedente, podendo, inclusive, ser inimputável; b) pode ser
doloso ou culposo (ex.: peculato culposo); c) consumado ou tentado; d) pode
ser patrimonial ou não patrimonial; e) pode ser receptação; f) se for
contravenção, o fato será atípico.
MODALIDADES DE RECEPTAÇÃO
Receptação dolosa própria
"Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito
próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime" (art. 180 do CP).
a) Adquirir: "compreende não só a compra, mas qualquer outro
meio hábil ou idôneo que conduza ao mesmo resultado. Pouco importa seja a
aquisição a título oneroso ou gratuito" (Noronha, ob. cit., p. 498). "Não é
necessário contrato ou relação obrigacional entre as pessoas" (Damásio. Ob.
cit. p.496);
b) Receber: implica, geralmente, detenção material da coisa,
mas não transmissão da propriedade. Pode o recebimento dar-se para fim de o
receptador guardar a coisa, em proveito de terceiro que não o autor do delito
antecedente, porém não desnatura o delito, se ocorrerem outros fins, como o
de uso, depósito, consumo etc.
c) transportar: levar, carregar;
d) conduzir: guiar, dirigir;
6
e) ocultar: esconder ou tornar irreconhecível.
6.2. Receptação dolosa imprópria
Configura receptação dolosa imprópria a conduta consistente
em influir, para que terceiro, de boa-fé, adquira, receba ou oculte coisa, produto
de crime (art. 180, caput, 2ª parte). "Trata-se de mediação criminosa. O agente
não executa as ações incriminadas anteriormente, mas age como mediador,
para que terceiro as pratique. Influir é incutir, estimular, inspirar, entusiasmar,
excitar etc." (Magalhães Noronha. Ob. cit., p.499).
"Não é preciso que o sujeito influenciado adquira, receba ou
oculte a coisa produto do crime. É preciso, entretanto, que o influenciador saiba
que a coisa é produto de delito antecedente" (Damásio. Ob. cit. p.496). Trata-
se, portanto, de crime formal.
Se o terceiro não está de boa-fé, não comete este tipo, mas a
receptação própria. Observe-se que não cogitou a lei de todas as ações típicas
previstas na receptação própria, olvidando, pois, as condutas de transportar e
conduzir.
Receptação qualificada
Conceito
Constitui receptação qualificada o fato de o comerciante ou
industrial adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito,
desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma
utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou
industrial, coisa que deve saber ser produto de crime (§ 1° . do art. 180). Esta
forma qualificada foi introduzia pela Lei 9.426, de 24.12.96.
Tipo objetivo
No tipo qualificado, além das elementares do tipo simples
(adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar), relativas à conduta do
agente, foram inseridas outras, a saber:
1. Ter em depósito: estocar;
7
2. Desmontar: desfazer, desmanchar;
3. Montar: encaixar, aprontar para funcionar;
4. Remontar: tornar a montar, remodelar;
5. Vender: alienar por certo preço;
6. Expor à venda: pôr à vista para vender;
7. Ou de qualquer forma utilizar: fazer uso.
Não basta a prática das referidas condutas: é preciso que
sejam praticadas no exercício de atividade comercial ou industrial. Atividade
comercial é a intermediação com o intuito de lucro. A atividade industrial
consiste no conjunto das operações para a produção das riquezas, com o fito
de transformar e comercializar quaisquer objetos. Equipara-se à atividade
comercial, nos termos do § 2° do art. 180 do CP (norma explicativa), "qualquer
forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência".
Sujeitos do delito:
a) ativo: só o comerciante ou o industrial (crime próprio); b)
passivo: o proprietário da res.
Elementos subjetivos do tipo
O tipo qualificado exige expressamente dois elementos
subjetivos: a) o dolo eventual, plasmado na expressão deve saber; b) o outro
elemento subjetivo contido na expressão em proveito próprio ou alheio.
Segundo o entendimento dominante, o dolo deve ser antecedente ou
contemporâneo à ação. Logo, não se admite dolo subsequente (Delmanto, ob.
cit., p.386)
Pergunta-se: se o agente laborar com dolo direto? Em
realidade, o legislador só tipificou a conduta plasmada no dolo eventual. Em
face disso, o agente, se agir com dolo direto, só responde pelo caput, na visão
de Damásio (Ob. cit., p.501) e de Delmanto (Ob. cit., p.388). Entende ainda o
primeiro autor que o preceito secundário do tipo qualificado é inconstitucional,
por ferir os princípios da harmonia e da proporcionalidade da pena, em virtude
de cominar pena mais grave àquele que laborar com dolo eventual (o que
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laborar com dolo direto deve ser punido de acordo com o caput, cuja pena
cominada é mais leve). (Damásio. Ob. cit., p.502; Delmanto. Ob. cit., p. 388).
Tendo em vista a referida disparidade, e enquanto o legislador
não inserir no § 1°. a expressão "sabe", consagrando, também, o dolo direto no
tipo qualificado, aquele que cometer o tipo qualificado deve ser punido de
acordo com a cominação prevista no caput do art. 180 do CP.
Consumação e tentativa
É crime material, consumando-se com a prática das condutas
descritas neste § 1°. Nas modalidades expor à venda e ter em depósito, trata-
se de infração permanente.
A tentativa é admissível, salvo na modalidade permanente.
Classificação:
crime próprio, doloso, material, comissivo. Nas figuras de ter
em depósito e expor à venda é delito permanente; nas demais, instantâneo.
Confronto
"Tratando-se de adulteração ou remarcação de número de
chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente
ou equipamento, vide art. 311 do CP" (Delmanto, op. cit., p. 370).
Entendemos que o tipo do art. 311 do CP deve ser absorvido
pelo do § 1° do art. 180. Se, porém, aquele for cometido por funcionário público
(§ 1° do art. 311 do CP) é a receptação que deve ser absorvida.
6.4. Receptação culposa
Configura o crime de receptação culposa o fato de o agente
adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o
valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se por
meio criminoso (§ 3° do art. 180, CP).
"Indicam-se três indícios objetivos, que vinculam a presunção
de culpa (‘deve presumir-se obtida por meio criminoso’)" (Delmanto. Ob. cit., p.
9
389):
a . natureza da coisa: "Natureza é essência; é condição própria; é o conjunto
de todos os atributos e propriedades da coisa"(Noronha, ob. cit., p. 507) (ex.:
comprar faróis de automóvel de um desconhecido);
b. desproporção entre o valor e o preço: Trata-se de valor econômico,
destacando-se o valor e uso e o de troca (ex.: comprar jóia caríssima a preço
vil);
c. condição de quem oferece a coisa: "Claro é que não são a aparência e o
hábito externo que invariavelmente influirão nesse elemento que a lei
considera. Pode conhecer-se a pessoa e, então, outros fatores são tidos em
conta". "Assim, a aparência, a profissão, o conceito social, a idade etc., são
condições que devem ser apreciadas na receptação" (Noronha, ob. cit., p.
509).
"Assinale-se, porém, que tais circunstâncias ‘não implicam
necessariamente na existência da culpa’ (H. fragoso, Lições de Direito Penal,
1995, parte especial, v. I, p. 340). Como escreve Hungria, ‘por mais forte que
seja um indício, não está jamais a coberto de ser infirmado por outro em
sentido contrário’ (Comentários ao CP, 1967, v. VII, p. 319)" (Delmanto, ob. cit.,
p. 3891).
Se o sujeito age com dolo eventual, ou seja, adquire o objeto
material tendo dúvida a respeito de sua procedência, responde por receptação
culposa.
O conhecimento posterior da procedência criminosa da coisa
não pode dar lugar ao delito do parágrafo terceiro, do art. 180, do CP.
AUTONOMIA DA RECEPTAÇÃO
A receptação (dolosa ou culposa) é punível, ainda que
desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa (§ 4°
do art. 180), o que significa que a culpabilidade não é requisito do crime.
QUALIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA
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Crime comum (salvo a hipótese do § 1° ), simples, acessório,
delito comissivo, material (salvo a 2ª parte do caput, que é formal),
plurissubsistente, de dano, instantâneo (salvo as figuras de ter em depósito e
expor à venda, previstas no § 1°, que são permanentes; o mesmo se diga
quanto à figura ocultar prevista no caput do art. 180), plurissubsistente (salvo a
2ª parte do caput, que é unissubsistente).
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Nas modalidades dolosa própria, dolosa qualificada e culposa a
consumação ocorre, quando o agente pratica qualquer das condutas previstas
em cada tipo, visto que as mencionadas modalidades constituem crimes
materiais. Já na receptação dolosa imprópria, a consumação vai ocorrer,
quando o agente influir, para que terceiro, de boa-fé, adquira, receba ou oculte
a coisa produto de crime, ainda que o terceiro não venha praticar qualquer
dessas condutas. Cuida-se de crime formal.
A tentativa é admissível na receptação dolosa própria e
qualificada, sendo inadmissível na imprópria (crime unissubsistente), na
qualificada, notadamente nas modalidades expor à venda e ter em depósito, e
na culposa.
ELEMENTOS SUBJETIVOS DO TIPO
Depende da espécie de receptação:
1. Receptação dolosa simples, própria e imprópria: dolo direto
(não admite o dolo eventual), acrescido do outro elemento: em proveito próprio
ou alheio;
2. Receptação qualificada: dolo eventual. Para a doutrina, se o
agente atuar com dolo direto responde pelo caput; se com dolo eventual, a
pena cominada deve ser também a do caput. Além do dolo eventual, exige-se
outro elemento em proveito próprio ou alheio.
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FIGURA TÍPICA PRIVILEGIADA - REQUISITOS
O privilégio reclama três requisitos: 1) receptação dolosa
simples ou qualificada: inexiste na culposa; 2) réu primário; 3) pequeno valor a
res. (art. 180, § 5º, segunda parte, CP).
PERDÃO JUDICIAL – REQUISITOS
1) receptação culposa; 2) réu primário (art. 189, § 5º, primeira
parte, CP).
CAUSA DE AUMENTO DE PENA - REQUISITOS
Requisitos: 1º) receptação dolosa simples própria e imprópria;
2º) natureza do objeto material: bens e instalações do patrimônio da União,
Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade
de economia mista. (art. 180, § 6º, CP).
A lei, por lapso, não abrangeu a causa de aumento de pena
para a receptação qualificada.
CONCURSO DE CRIMES - HIPÓTESES
1) Aquisição etc., em uma só ação, de objetos de vários
crimes: há, nesse caso, vários delitos pressupostos; porém, uma só
receptação;
2) Aquisição etc., em diversas ocasiões, de objetos de único
delito: aqui as ações do receptador são várias, ao contrário da hipótese
anterior. Poderá responder por crime continuado;
3) Aquisição etc. de objetos provenientes de crimes praticados
por diversas pessoas: em diversos dias o receptador adquire etc. coisas que
são produtos de crimes praticados por várias pessoas. Nesse caso, responde
por concurso material, podendo subsistir também o crime continuado;
12
4) Aquisição etc., por diversas pessoas, de coisas de delito
único: cada um dos adquirentes praticará uma receptação que se concretiza na
coisa, separada das outras, que vem a seu poder (Noronha, ob. cit., p. 506).
DISTINÇÃO ENTRE RECEPTAÇÃO E FAVORECIMENTO REAL
O favorecimento real é uma figura parecidíssima com a
receptação. Aquela consiste no fato de prestar a criminoso, fora dos casos de
co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do
crime (art. 349, do CP). Entretanto, a jurisprudência distingue nitidamente
esses delitos:
"Não visando o acusado proveito próprio ou para terceira
pessoa estranha ao delito original, e sim beneficiar o próprio criminoso, sua
conduta não constitui crime autônomo. A diferença entre a receptação e o
favorecimento real está em que na primeira modalidade criminosa, o agente
busca alcançar proveito próprio ou para terceira pessoa, excluído o autor do
crime. No favorecimento real, não objetiva proveito econômico para si ou para
terceiro, mas apenas beneficiar o responsável pelo delito anterior"
(RJDTACRIM 2/141)
Outra distinção: o favorecimento constitui delito contra a
administração da justiça; enquanto a receptação configura crime contra o
patrimônio, reclamando vítima determinada.
PENAS E AÇÃO PENAL
Penas: a) receptação dolosa simples própria e imprópria:
reclusão, de 1 a 4 anos, e multa; na hipótese do § 6°, esta pena é aplicada em
dobro; b) receptação qualificada: pena, de 3 a 8 anos, e multa; c) receptação
culposa: detenção, de 1 mês a 1 ano, ou multa, ou ambas as penas. A
receptação dolosa simples é infração de médio potencial ofensivo, a qual
admite a suspensão condicional do processo. Já a receptação culposa é de
menor potencial ofensivo, admitindo transação e suspensão condicional do
processo.
13
Ação penal: pública incondicionada, salvo na hipótese de
imunidade penal relativa, que reclamará representação da vítima (art. 182, CP).
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes
previstos neste título, em prejuízo:
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo
ou ilegítimo, seja civil ou natural.
CONCEITO
O delito é assim definido por Edgard Magalhães Noronha: "...
há estelionato quando o agente emprega meio fraudulento, induzindo ou
mantendo alguém em erro e, assim, conseguindo, para si ou para outrem,
vantagem ilícita, com dano patrimonial alheio". O crime de estelionato acha-se
tipificado no art. 171 do CP, cujo caput conceitua o delito.
BEM JURIDICO PROTEGIDO
O patrimônio.
Sujeito Ativo
Caracteriza-se como sujeito ativo qualquer pessoa que
induz ou mantém a vítima em erro, empregando meio fraudulento, a fim de
obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita em prejuízo alheio. O terceiro
beneficiado pela ação delituosa, se destinatário doloso do proveito do ilícito,
será considerado co-autor.
Sujeito Passivo
14
Sujeito passivo é a pessoa enganada e que sofre a lesão
patrimonial. Nada impede, portanto, que haja dois sujeitos passivos: um que
é enganado e outro que sofre o prejuízo.
ELEMENTO OBJETIVO DO TIPO
Para que o estelionato se configure são necessários:
ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO
O estelionato só é punível a título de dolo específico, que é o
intento de obter vantagem ilícita. Não se admite a figura culposa.
CONSUMAÇÃO
É crime material, consumando-se no momento e local em que
o agente obtém a vantagem ilícita em prejuízo alheio. Tratando-se de
estelionato de rendas mensais (delito eventualmente permanente), a
jurisprudência diverge quanto ao momento consumativo. O STJ já se
posicionou sobre o assunto no sentido de que há permanência na
consumação, devendo-se, em conseqüência, contar a prescrição a partir da
cessação da permanência.
TENTATIVA
Há tentativa se foram idôneos os meios empregados e, iniciada
a execução do estelionato, o crime não se consumou por circunstâncias alheias
à vontade do agente (STF). Então, se o agente não consegue a vantagem
ilícita ou não decorre prejuízo à vítima, estaremos diante do estelionato em sua
figura tentada. O início da execução se dá com o engano da vítima e não com
o uso da fraude, que é tido como ato preparatório.Enquanto o título
fraudulentamente obtido não é descontado ou convertido, há só tentativa (STF)
15
REPARAÇÃO DO DANO
Somente na hipótese do subtipo do §2.º, VI (fraude no
pagamento por meio de cheque), é pacífica a jurisprudência no sentido de que
a reparação do dano antes do início da ação penal descaracteriza o estelionato
(Súm 554 e 246 STF). Para o caput e demais subtipos, predomina o
entendimento de que a reparação do dano somente atenua a pena pela
incidência do art. 16 CP.A reparação do dano depois do recebimento da
denúncia e antes do julgamento não mais caracteriza o arrependimento
posterior do art. 16, mas está prevista como circunstância atenuante do art. 65,
III, b do CP.
CLASSIFICAÇÃO
Crime comum quanto ao sujeito, doloso, material e instantâneo.
PENA
Reclusão, de um a cinco anos, e multa. Aplica-se portanto, a
previsão de suspensão condicional do processo, prevista no art. 89 da L
9099/95.
AÇÃO PENAL
Em regra, é pública incondicionada. Os arts. 181 e 182 do CP,
aplicáveis a todos os crimes contra o patrimônio, trazem, respectivamente, as
hipóteses em que haverá isenção de pena (escusas absolutórias) e as
hipóteses em que se procederá mediante representação da vítima. O art. 181
determina que é isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos
neste título, em prejuízo: do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; de
ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil
ou natural.São as chamadas escusas absolutórias de caráter pessoal, que
atribuem imunidade absoluta, porque isentam de pena. Entende-se que é
causa de exclusão da punibilidade. Não se pode punir, mas não deixa de ser
crime (STF), tanto que é possível demandar civilmente para reaver o prejuízo.
16
Em relação ao cônjuge, têm-se compreendido no art. 181 os cônjuges
separados de fato.
ART. 182
Na verdade, não se trata de imunidade, absoluta ou relativa,
mas simplesmente de alteração da espécie de ação penal, condicionando-a a
representação do ofendido, desde que praticado em prejuízo de: cônjuge
desquitado ou separado judicialmente separado; de irmão, legítimo ou
ilegítimo; de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. Também não se
aplica nas exceções previstas no art. 183.
Jurisprudência
“Tendo o furto contra cônjuge ocorrido depois de decretada
judicialmente a separação de corpos, não cabe a aplicação da norma do art.
181, I, do CP, regendo-se a hipótese pelo art. 182, I, do mesmo diploma”
(TACRIM-SP – AC – Rel. Albano Nogueira – RT 528/357).
Art. 182 – Somente se procede mediante representação, se o
crime previsto neste título é cometido em prejuízo:
I – do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
II – de irmão, legítimo ou ilegítimo;
III – de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.
Só há ação penal se o prejudicado (mencionado em um dos
incisos) apresentar representação.
Não se aplica esse artigo quando o crime contra o patrimônio já
exigir, por si só, representação ou for de ação privada, sendo cabível a queixa.
Se, por exemplo, o agente subtrai o veículo de estranho,
pensando tratar-se de propriedade de seu irmão, sabe perfeitamente estar
cometendo um ilícito penal, razão pela qual não pode beneficiar-se da
imunidade relativa.
17
Quanto à separação, havendo separação decretada pela
Justiça, aplica-se o art. 182 e não a imunidade absoluta do art. 181. Havendo
divórcio não subsiste qualquer tipo de imunidade.
ART. 183
O código penal estabelece em seus artigos 181 e 182 que as
imunidades absolutas e relativas referem-se aos casos de crimes contra o
patrimônio entre os cônjuges e pessoas ligadas por parentesco.
Convém mencionar que a imunidade absoluta se dará caso um
dos cônjuges, ou ainda, ascendente, descendente cometer um crime
patrimonial, entre eles, ficando o autor isento de pena. Contudo, a imunidade
relativa se dará em face de separação judicial em que outras pessoas ligadas
ao parentesco entrem com uma representação do lesado.
Diante do exposto é que o artigo 183 veio estabelecer limites,
vedando o alcance das imunidades conforme descrito abaixo:
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando
haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa;
II - ao estranho que participa do crime.
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou
superior a 60 (sessenta) anos.
18
ART.213 E ART.214 - ESTUPRO E ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR
CONCEITO
O artigo 213 do Código Penal sofreu recente alteração em sua
redação, o antigo texto trazia a seguinte proteção, “Constranger mulher a
conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça:”, com o advento da Lei
12.015 de 2009 passou a ter a seguinte redação, “Constranger alguém,
mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou
permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:”, nota-se portanto que
havia limitação quanto ao sujeito passivo quando se trata de conjunção carnal,
ou seja, tal crime só seria configurado se o sujeito passivo fosse a mulher.
Outro ponto importante trazido pela Lei 12.015 de 2009 foi a unificação do
atentado violento ao pudor, previsto no artigo 214, ao artigo 213.
OBJETO JURÍDICO
O objeto jurídico protegido no crime em tela é a liberdade
sexual, ou seja, o consentimento do sujeito passivo quanto a pratica de atos
sexuais.
ELEMENTOS DO TIPO
AÇÃO NUCLEAR
A ação nuclear do tipo penal é constranger, que segundo
CAPEZ (2007 p.2) deve ser entendido como forçar, compelir, coagir outrem a
pratica da conjunção carnal ou outro ato libidinoso. Outro elemento normativo
contido no texto legal é a necessidade da violência ou ameaça que se repute
grave ao ofendido para pratica do ato ou outro ato libidinoso.
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SUJEITO ATIVO
Com o advento da Lei 12.015 de 2009 o crime previsto no
artigo 213 passou a ser comum, ou seja, o sujeito passivo deixou de ser
apenas o homem, podendo esse ser cometido tanto por homem quanto por
mulher. No caso do atentado violento ao pudor não houve alteração, pois o tipo
já englobava ambas as possibilidades. Para NUCCI (2009 p.16) a extensão da
aplicação da norma traz novas possibilidades de enquadramento no tipo legal:
“Diante disso, é possível sustentar a viabilidade de haver estupro
cometido por agente homem contra vitima mulher, por agente homem
contra vitima homem, por agente mulher contra vitima homem e por
agente mulher contra vitima mulher.”
SUJEITO PASSIVO
Da mesma forma que com o sujeito ativo a alteração trazida
pela Lei 12.015 de 2009 tornou o crime comum, deixando de ser o sujeito
passivo apenas a mulher, mas há qualquer um que tenha a capacidade de
consentir o ato e em razão da violência ou grave ameaça teve seu direito
lesado.
ELEMENTO SUBJETIVO
Não houve alteração quanto ao elemento subjetivo, permanece
sendo o dolo consubstanciado na vontade de constranger o sujeito passivo a
pratica da conjunção carnal ou outro ato libidinoso mediante violência ou grave
ameaça.
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
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Segundo NUCCI (2009 p.17), a consumação e tentativa
dependera da forma eleita pelo sujeito ativo, esse diz que, para que haja
caracterização do crime de estupro não precisa necessariamente que haja a
copula pênis na vagina, por sua vez, em relação a outro ato libidinoso a
consumação é mais ampla, pois as maneiras de se cometer o crime são
diversas.
FORMAS
Simples
A forma simples esta prevista no caput do artigo e prevê pena
de 6 a 10 anos de reclusão.
QUALIFICADA PELO RESULTADO E VIOLENCIA PRESUMIDA
O texto legal passou a prever em seu § 1º a qualificação pelo
resultado lesão corporal, com pena de 8 a 12 anos, antes do advento da Lei
12.015 de 2009, tal previsão estava no artigo 223, nas disposições gerais, que
continha disposição tambem de qualificadora pelo resultado morte que tambem
foi inserida ao artigo 213 em seu § 2º pela lei supra citada. Alem disso passou
a dispor também que haverá violência presumida quando o sujeito passivo for
menor de 18 e maior de 14 anos.
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ART. 215 POSSE SEXUAL MEDIANTE FRAUDE
CONCEITO
Dispunha o art. 215 do Código Penal: “Ter conjunção carnal
com mulher honesta, mediante fraude: Pena - Reclusão, de um a três anos”.
Mencionado dispositivo legal foi alterado pela Lei n. 11.106, de 28 de março de
2005 que entrou em vigor no dia 29 de março de 2005 e acabou excluindo da
redação o elemento normativo honesta. Assim, o tipo penal em estudo passou
a ter a seguinte redação: Ter conjunção carnal com mulher, mediante fraude.
OBJETO JURÍDICO
Tutela-se aqui a liberdade sexual da mulher, ou seja, a
liberdade de dispor do seu corpo, a liberdade de consentir na pratica do ato
sexual, sem que esse consentimento seja obtido mediante fraude.
ELEMENTOS DO TIPO
Ação nuclear. Elemento normativo
Pune-se a conduta do homem que mantém cópula vagínica
com mulher, mediante a obtenção fraudulenta do seu consentimento. Daí
porque a doutrina costuma denominar esse crime como estelionato sexual.
Ao contrario do crime de estupro, o agente obtém a prestação sexual mediante
o emprego de meio enganoso, ou seja, meio iludente da vontade da vítima e
não com o emprego de violência ou grave ameaça, motivo pelo qual ele é
considerado delito de menor gravidade. De fato, se não fosse empregada à
fraude, a vítima jamais ter-se-ia prestado a relação sexual. Ressalva-se que o
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crime de posse mediante fraude é incompatível não só com a violência real ou
grave ameaça, mas também com a violência presumida. Dessa forma, um
curandeiro que, pretende que, a pretexto de curar os ale de uma menina de 13
anos, mas manem relações sexuais com ela, responderá pelo crime de estupro
com violência presumida.
A conduta do agente tanto pode consistir em induzir a vítima
em erro como se aproveitar do erro dela. Na primeira hipótese o sujeito ativo
provoca o erro na vítima; já na segunda a vitima espontaneamente incorre em
erro. O erro pode se dar tanto em relação à identidade do agente ou quanto à
legitimidade da obtenção da prestação sexual.
Sujeito ativo
Assim como no crime de estupro, somente o homem pode
praticar o delito em tela, pois o tipo penal faz expressa referencia à conjunção
carnal.
Sujeito passivo
Somente a mulher pode ser sujeito passivo do crime em
questão, seja ela casta ou promiscua.
Se a vitima não for maior de 14 anos, haverá o crime de
estupro pela violência presumida (art. 224, a); se for maior de 14 e menor de 18
anos, poderá estar configurado o crime de corrupção de menores.
ELEMENTO SUBJETIVO
É o dolo, consubstanciado na vontade livre e consciente de ter
conjunção carnal com mulher, mediante o emprego de fraude.
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
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Assim como no crime de estupro, consuma-se com a
introdução completa ou incompleta do pênis na cavidade vaginal da mulher. A
tentativa é perfeitamente possível. Assim, o crime será tentado se, por
exemplo, um curandeiro, ao solicitar os favores sexuais da mulher rústica sob o
argumento de que curará seus males, é surpreendido no momento em que está
prestes a introduzir seu órgão genital na vagina da mulher.
FORMAS
Simples
Está no prevista caput do artigo 215.
Qualificada
Prevista no § único do art. 215. A pena é de reclusão de 2 a 6
anos. O crime será qualificado se for praticado contra mulher virgem, menor de
18 anos e maior de 14 anos. Não se exige mais que a vitima seja honesta, sob
o ponto de vista da moral sexual, dada a modificação operada pela lei n.
11.106, de 2005 no caput do artigo 215. Cuida-se nesse § da virgindade física
(mulher eu não tenha o hímen rompido), e não da virgindade moral. Quando
presente esta, poderá estar configurado o crime previsto no art. 218 do CP. A
lei exige que a vitima seja maior de 14 e menor de 18 anos. Devem estar
presentes as duas condições para que se configure a qualificadora, pois o tipo
penal não possui a conjunção alternativa “ ou”. O sujeito ativo deve ter plena
consciência dessas condições da vitima para a qualificadora configurar-se.
Ausente esse conhecimento responderá pelo crime na forma simples.
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro, volume 2, edição. 2 .
Editora: Revistas dos Tribunais.
NUCCI, Guilherme de Souza; MANUAL DE DIREITO PENAL PARTE GERAL E
ESPECIAL. São Paulo: R.T, 2006.
MIRABETE, Julio Fabbrini; Manual de Direito Penal – parte especial – Vol. II –
24ª edição – Revista e Atualizada por Renato N. Fabbrini - Editora Atlas – São
Paulo – 2006.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: Parte especial dos crimes contra
os costumes e dos crimes contra a administração Publica (arts. 213 a 359H)v3
5 ed. rev atual. São Paulo: Saraiva, 2007.
BRASIL. Código Penal. Brasília: Senado Federal, 1940.
NUCCI, Guilherme de Souza. Crimes contra a Dignidade Sexual:
Comentários a Lei 12.015, de 7 de agosto de 2009. 1ed. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2009.
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