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CRIMINALIDADE NO BRASIL
DIAGNÓSTICO E CUSTOS
Ministério da JustiçaSecretaria Nacional de Segurança Pública
Departamento de Pesquisa, Análise da Informação e Formação de Pessoal em Segurança Pública
Ministério da JustiçaSecretaria Nacional de Segurança Pública
DIAGNÓSTICO DA CRIMINALIDADE
Ministério da JustiçaSecretaria Nacional de Segurança Pública
11,44
12,24
13,41
14,9214,62
14,87
16,46 16,36
19,80
21,67
20,39
18,65
19,80
20,80
23,35
12,23
10
12
14
16
18
20
22
24
1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995
Evolução dos Homicídios Brasil (1985-1995)
Tax
as p
or
100
mil
hab
.
Fonte: SIM/DATASUS
Ministério da JustiçaSecretaria Nacional de Segurança Pública
Distribuição Nacional de Homicídios
Taxa de Homicídios por 100 mil habitantes
5 – 16 casos por 100 mil habitantes
16 – 28 casos por 100 mil habitantes
28 – 39 casos por 100 mil habitantes
39 – 51 casos por 100 mil habitantesFonte: SENASP/MJ - 2001
Ministério da JustiçaSecretaria Nacional de Segurança Pública
Concentração dos Homicídios nas Cidades mais Povoadas
Concentração Populacional
25%
75%
27 municípios mais violentos 5480 municípios restantes
Concentração da População
Concentração dos Homicídios
50%50%
27 municípios mais violentos 5480 municípios restantes
Concentração dos Homicídios
Menos de 1% dos municípios brasileiros concentraram 50% dos homicídios e 25% da população nacional em 2000
Fonte: Datasus – Health Ministry (2000)
27 cidades mais violentas 5480 outras cidades
27 cidades mais violentas 5480 outras cidades
Ministério da JustiçaSecretaria Nacional de Segurança Pública
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
0 3 6 9 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 62 65 68
Taxa de Homicídio por IdadeBRASIL - 1998
Fonte: SIM/DATASUS
Idade (anos)
Tax
as p
or
100
mil
hab
.Ministério da Justiça
Secretaria Nacional de Segurança Pública
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Masc
Feminino
População (15 a 24 anos)
População Total
Taxa de Homicídio por Sexo e Idade
Fonte: SIM/DATASUS,IBGE
Sex
o
Taxas por 100 mil hab.
Ministério da JustiçaSecretaria Nacional de Segurança Pública
Comparação Internacional – Taxa de Homicídios
0 10 20 30 40 50 60 70
Austrália (2000)
Canadá (2000)
Inglaterra (2000)
França (2000)
Estados Unidos (1999)
Russia (2000)
Brasil (2001)
Venezuela (2000)
Jamaica (2000)
África do Sul (2000)
Colombia (2000)
Fonte:UNITED NATIONS-CENTER FOR INTERNATIONAL CRIME PREVENTION Taxas por 100 mil hab.
Ministério da JustiçaSecretaria Nacional de Segurança Pública
Presença de Armas nos Homicídios – Brasil 1998
Fonte :MAPA DA VIOLENCIA II
Total de Homicídios: 41838Total de Homicídios envolvendo Armas de Fogo: 25603
Percentual de Homicídios envolvendo Armas de Fogo: 61,2%
Taxa de Homicídios envolvendo Armas de Fogo: 18,6 por 100mil hab.
Ministério da JustiçaSecretaria Nacional de Segurança Pública
Evolução da Presença das Armas de Fogo
Número de Ocorrências de Crimes contra o Patrimônio em Belo Horizonte entre janeiro de 1998 e dezembro de 2001
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
1998 1999 2000 2001
Núm
ero
de O
corr
ência
s
Roubo
Roubo a Mão Armada
Fonte: Polícia Militar de Minas Gerais (1998 – 2001)
Ministério da JustiçaSecretaria Nacional de Segurança Pública
Distribuição Nacional dos Crimes contra o Patrimônio
Taxa de Crimes contra o Patrimônio por 100 mil habitantes
71 - 1082 casos por 100 mil habitantes
1082 - 2093 casos por 100 mil habitantes
2093 - 3104 casos por 100 mil habitantes
3104 - 4115 casos por 100 mil habitantesFonte: SENASP/MJ - 2001
Ministério da JustiçaSecretaria Nacional de Segurança Pública
0 100 200 300 400 500 600 700 800
França (2000)
México (2000)
Austrália (2000)
Venezuela (2000)
Estados Unidos (1999)
Uruguai (2000)
Portuga (2000)
Inglaterra (2000)
Estônia (2000)
Brasil (2001)
África do Sul (2000)
Chile (2001)
Comparação Internacional - Roubos
Fonte: Nações Unidades – Centro para Prevenção Internacional de CrimesTaxas por 100 mil hab.
Ministério da JustiçaSecretaria Nacional de Segurança Pública
CUSTOS DA CRIMINALIDADE
Ministério da JustiçaSecretaria Nacional de Segurança Pública
Custos Econômicos da Criminalidade
Bens e serviços públicos e privados gastos no tratamento dos efeitos da violência e prevenção da criminalidade no
sistema de justiça criminal, encarceramento, serviços médicos, serviços sociais e proteção das residências.
Perda de investimentos, bens e serviços que deixam de ser captados e produzidos em função da existência da
criminalidade e do envolvimento das pessoas (agressores e vítimas) nestas atividades.
Custos Diretos
Custos Indiretos
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Custos da Violência e Criminalidade em relação ao Valor do PIB Municipal
(1999) (1995) (1999)
Fonte: CRISP/UFMG – ISER - ILANUD
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PIB São Paulo: 310 bilhões
PIB Rio de Janeiro: 51 bilhões
PIB Belo Horizonte: 21 bilhões
Custos Econômicos da Violência em São Paulo (1999)
Gasto do Poder Público no Combate à Criminalidade: 4,2 bilhões
Bens e Serviços que Deixaram de Ser Produzidos: 470 milhões
Gastos da Sociedade Civil na Compra do Bem Segurança e Perdas Geradas Diretamente pelos Incidentes: 4,7 bilhões
60% do gasto da sociedade civil se direciona ao custeio
da segurança privada
Fonte: ILANUD
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Custos Econômicos da Violência no Rio de Janeiro (1995)
(1) Custos de Atendimento às Vítimas e Anos Perdidos por Incapacidade e Morte Prematura (u$ 1 bilhão)
• Gastos Diretos com Atendimento Médico• Custos dos Anos Perdidos por Morte Prematura• Custos dos Anos Perdidos por Incapacidade
(2) Perdas Materiais e Gastos com Segurança (u$ 1,5 bilhão)• Custos Brutos para a Sociedade• Transferências Sociais
Fonte: ISER
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Custos Econômicos da Violência em Belo Horizonte (1999)
Tipo de Custo Valor (R$)Percentual
do PIB Gastos em Segurança Pública (2000) 333.981.000 1,55Gastos Privados em Segurança (1999) 60.021.006 0,28Gastos em Seguros de Veículos (1996) 86.728.436 0,40
Total 480.730.442 2,23
Custos Exógenos da Violência - Belo Horizonte
Tipo de Custo Valor (R$)Percentual
do PIB Furtos e Roubos (2002) 171.973.086 0,79Renda Potencial das Vítimas Fatais da Violência (1999) 228.976.530 1,06Atendimento Médico às Vítimas da Violência (2000) 1.873.656 0,01
Total 402.823.272 1,86
Custos Endógenos da Violência - Belo Horizonte
Fonte: CRISP/UFMG
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Custos Econômicos da Violência em Belo Horizonte (1999)
Os dois maiores componentes do custo da criminalidade em Belo Horizonte foram os gastos em segurança pública e a perda de renda
potencial das vítimas fatais da violênciaFonte: CRISP/UFMG
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O elevado grau de letalidade da violência no Brasil implica em uma perda significativa de produção resultante da morte
Rio de Janeiro (1995) EUA (1985)
Fonte: ISER
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Grande parte dos custos econômicos da violência estão relacionados às vítimas do sexo masculino
Custo de Produção Perdida Resultante da Morte
Custo por vítima do sexo masculino: R$ 53.278,00Custo por vítima do sexo feminino: R$ 9.116,00
95% dos custos econômicos da violência no Rio de Janeiro estão relacionados às vítimas do sexo masculino
Fonte: ISER
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Impacto da Criminalidade no Valor dos Aluguéis
Estatísticas Calculadas para Belo Horizonte (1999)
Homicídios
A diminuição na taxa de homicídio por cem mil habitantes em uma unidade elevaria o aluguel dos domicílios em 0,61%
Assim, uma diminuição da taxa de homicídio de Belo Horizonte para a sua metade levaria a um incremento de 12% no valor dos
aluguéis
Roubos a Mão Armada
A diminuição na taxa de roubos a mão armada por cem mil habitantes em uma unidade elevaria o aluguel dos domicílios
em 0,02%
Assim, uma diminuição em 200 unidades na taxa de roubos a mão armada levaria a um incremento de 4% no valor dos aluguéis
Fonte: CRISP/UFMG
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Relacionados aos efeitos não econômicos da criminalidade.
Avaliado em termos da incidência de: • doenças resultantes da violência (doenças mentais e incapacidade física)• mortes resultantes de homicídios e suicídios• alcoolismo e dependência de drogas e entorpecentes• desordens depressivas
Os efeitos sociais e político da criminalidade podem ser mensurados na:
• erosão de capital social• transmissão de violência entre gerações• redução da qualidade de vida• comprometimento do processo democrático
Custos Sociais e Políticos da Criminalidade
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Vida em Comunidade
Pesquisas de vitimização tem demonstrado que a incidência da criminalidade leva a uma redução na intensidade da relação entre as pessoas. Por serem vítimas de delitos ou conhecerem pessoas que foram vítimas, as pessoas passam a se relacionar menos com as outras pessoas buscando reduzir o risco a que poderiam estar submetidas. Resultando em uma:
• redução na frequência com que os vizinhos se visitam, conversam ou trocam gentilezas• redução na capacidade de formação de uma identidade de grupo entre os vizinhos• redução na vigilância informal dentro das comunidades• redução na sensação de segurança das pessoas em relação ao lugar onde residem
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Redução Qualidade de Vida
A redução na qualidade de vida das pessoas também é um
fenômeno resultante do aumento da violência. As pessoas mudam
seus hábitos do dia a dia na busca por reduzir o risco a que estariam
submetidos. Neste contexto, as pessoas:• limitam os locais onde transitam• deixam de ir a locais que gostam• evitam usar meios de transporte coletivo• evitam sair de casa à noite• gastam altas somas de recurso na proteção de suas residências• passam possuir armas e muitas vezes a andar armadas
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Presença de Armas
Constatação de Pessoas Armadas na Vizinhança
Possui Arma de Fogo
Um entre cada cinco pessoas já percebeu a presença de
pessoas andando armadas na sua vizinhança
Cerca de 10% da população possui arma de fogo
Fonte: CRISP/UFMG – Belo Horizonte(2002)
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Sensação de Insegurança
Sensação de Segurança ao Sair de Casa à Noite
Sensação de Segurança ao Ficar em Casa à Noite
85 entre cada 100 pessoas consideram inseguro sair de
casa à noite
Cerca de metade das pessoas também consideram inseguro
ficar em casa à noiteFonte: CRISP/UFMG – Belo Horizonte(2002)
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Medidas de Precaução
Toma Alguma Medida de Precaução ao Sair de Casa
Muda de Caminho entre Trabalho e Residência como Medida de Precaução contra a Violência
80% da população toma alguma medida de precaução contra a
violência ao sair de casa
Quatro entre cada 10 pessoas mudam o
caminho seguido entre a sua residência e trabalho
como medida de precaução contra a
violência
Fonte: CRISP/UFMG – Belo Horizonte(2002)
Ministério da JustiçaSecretaria Nacional de Segurança Pública
Comprometimento do Estado Democrático de Direito
A incidência da criminalidade gera uma pauta fragmentada e reativa
das agências responsáveis pelas políticas de segurança pública.
Esta pauta é marcada profundamente pela repetição do trabalho e
distanciamento das instituições.
Todo este processo marcado pela fragmentação, inexistência de
gestão, sobreposição de ações e falta de uma orientação comum no
perfil das políticas públicas estaduais compromete a agilidade do
processo democrático.
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