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Agrupamento de Escolas de Muralhas do Minho
CRITÉRIOS GERAIS
DE AVALIAÇÃO
ANO LETIVO 2017 - 2018
Critérios Gerais de Avaliação Página 2
1. INTRODUÇÃO
A avaliação constitui um processo regulador do ensino, orientador do percurso escolar e
certificador dos conhecimentos adquiridos e capacidades desenvolvidas pelo aluno. Tem por objetivo
a melhoria do ensino através da verificação dos conhecimentos adquiridos e das capacidades
desenvolvidas nos alunos e da aferição do grau de cumprimento das metas curriculares globalmente
fixadas para os níveis de ensino básico e secundário (Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho).
A avaliação é um elemento integrante da prática educativa, permitindo uma recolha sistemática de
informação destinada a promover as aprendizagens e a permitir a tomada de decisões adequadas,
conducentes ao sucesso dos alunos. A definição de critérios gerais constitui, deste modo, um meio
para a melhoria do ensino.
Paralelamente e independentemente da natureza específica de cada área disciplinar, para as quais
os departamentos e grupos disciplinares emanam os critérios específicos de avaliação, há necessi-
dade de definir critérios uniformes de avaliação gerais. Eles constituem referenciais comuns no agru-
pamento, sendo operacionalizados pelos titulares de turma, conselhos de turma e conselhos de do-
centes.
Os critérios gerais fazem da avaliação um elemento integrante e regulador da prática educativa,
permitindo uma recolha sistemática das informações que apoiam a tomada de decisões adequadas à
promoção da qualidade das aprendizagens.
2. ENQUADRAMENTO LEGAL
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho
Despacho normativo n.º 24-A/2012, de 6 de dezembro
Portaria 243/2012, de 10 de agosto
Declaração de retificação n.º 51/2012, de 21 de setembro
Portaria n.º 225/2012, de 30 de julho
Portaria 243-B/2012, de 13 de agosto, alterada pela Portaria 419-B/ 2012, de 20 de dezembro
Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro
Circular n.º 17/DSDC/DEPEB/2007
Despacho 5220/97, de 10 julho
Decreto-Lei n.º 241/2001
Lei n.º 5/97, de 10 fevereiro
Circular n.º 4/DGIDC/DSDC/2011
Despacho n.º 8651/2014, de 3 de junho
Decreto-Lei n.º 3/2008
Despacho n.º 15971/2012, de 14 de dezembro
Despacho normativo n.º 1 – F/2016
Critérios Gerais de Avaliação Página 3
3. MODALIDADES DE AVALIAÇÃO
As modalidades de avaliação em uso são aquelas que se encontram expressas nos diplomas le-
gais para o ensino básico e para o ensino secundário:
– Avaliação diagnóstica
Pode ocorrer em qualquer momento do ano letivo quando articulada com a avaliação formativa.
Conduz à adoção de estratégias de diferenciação pedagógica.
– Avaliação formativa
Usada de uma forma contínua e sistemática, permite ser um meio de regulação de ensino e
aprendizagem com base em vários instrumentos de recolha de informação.
– Avaliação sumativa
A avaliação sumativa traduz-se na formulação de um juízo global sobre a aprendizagem realizada
pelos alunos, tendo como objetivos a classificação e certificação, e inclui:
a) A avaliação sumativa interna, da responsabilidade dos professores e dos órgãos de gestão e
administração do agrupamento;
b) A avaliação sumativa externa, da responsabilidade dos serviços ou entidades do Ministério
da Educação e Ciência designados para o efeito (Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 julho).
4. PRÍNCIPIOS ORIENTADORES DA AVALIAÇÃO
A avaliação sumativa interna é da competência do professor titular de turma/conselho de turma.
Realiza-se no final de cada período e ano letivo, com base na informação recolhida sobre o desen-
volvimento das aprendizagens e metas curriculares, de acordo com a calendarização constante do
Anexo 1 do Despacho n.º 15971/2012, de 14 de dezembro, definidas para cada área curricular, dando
atenção especial à evolução do conjunto dessas aprendizagens.
A avaliação constitui-se como um elemento regulador das aprendizagens de modo a conhecer o
estado do ensino, retificar procedimentos e reajustar o ensino das diversas disciplinas aos objetivos
curriculares fixados.
São objeto de avaliação os conteúdos definidos nos programas, fixados para todas as disciplinas,
tendo como referência as metas curriculares.
No ensino básico, as aprendizagens de caráter transversal ou de natureza instrumental (no âmbi-
to da educação para a cidadania, da compreensão e expressão em língua portuguesa e da utilização
das novas tecnologias de informação e comunicação) constituem igualmente objeto de avaliação em
todas as áreas disciplinares e disciplinas.
A transparência do processo de avaliação será promovida através da explicitação e divulgação,
no início do ano letivo, dos critérios de avaliação por parte do professor de cada disciplina.
Critérios Gerais de Avaliação Página 4
Com este propósito, definem-se como princípios orientadores:
1- A avaliação deve ser entendida não só como um processo de avaliação sumativa interna, mas
também como controlo da prática educativa, exigindo um ajuste das estratégias pedagógicas
no sentido de promover o sucesso escolar dos alunos.
2- Sendo a avaliação contínua, a avaliação sumativa interna, no final de cada período letivo, de-
verá traduzir o trabalho do aluno e a sua progressão, desde o início do ano até esse momento
específico de avaliação, tendo por finalidade informar o aluno e o encarregado de educação da
aquisição dos conhecimentos e desempenho definidos.
3- A aprovação dos critérios gerais deve ser feita no final de cada ano letivo, pelo conselho peda-
gógico, de modo a permitir que os critérios específicos, que lhes são subsequentes, sejam de-
finidos em sede de departamento e aprovados no conselho pedagógico, no início do ano letivo
seguinte.
4- Os critérios gerais de avaliação deverão ser do conhecimento de todos os intervenientes no
processo de avaliação: professores, alunos e encarregados de educação.
5- Cada departamento curricular deverá, atendendo à especificidade das disciplinas que integra,
definir critérios específicos, de acordo com os gerais.
6- Ao longo do ano letivo e principalmente no final de cada período, devem ser promovidos com
os alunos momentos de reflexão e de autoavaliação em to das as áreas disciplinares e não
disciplinares.
7- Os instrumentos de avaliação deverão ser diversificados e aplicados de forma sistemática e
contínua por forma a recolher o máximo de informação, procurando assim a melhor operacio-
nalização da avaliação sumativa interna.
8- Os domínios a observar na avaliação serão: o domínio cognitivo, domínio das atitudes / com-
portamentos e/ou outros, dependendo da especificidade da disciplina.
9- O peso a atribuir a cada um dos domínios será definido pelos grupos disciplinares de acordo
com a sua especificidade, respeitando os pesos constantes da tabela seguinte:
DOMÍNIOS Peso
Cognitivo 50% - 95%
Atitudes e comportamentos 5% - 50%
No caso particular da disciplina de Educação Física:
DOMÍNIOS Peso
Cognitivo 15% - 20%
Atitudes e comportamentos 25% - 30%
Psicomotor 50% - 60%
Critérios Gerais de Avaliação Página 5
5. PRINCÍPIOS
O verdadeiro sucesso educativo é a possibilidade de um indivíduo se realizar como pessoa, com
autonomia, capacidade de compreender e orientar a sua situação no mundo, a sua vida profissional e
coletiva. Assim, como resultado do seu percurso escolar, o aluno deverá possuir:
• Os conhecimentos basilares que permitam o prosseguimento de estudos.
• Uma formação que lhe garanta a descoberta e o desenvolvimento dos seus interesses e apti-
dões, capacidades de raciocínio, memória, espírito crítico, criatividade, sentido moral e sensibili-
dade estética, promovendo a sua realização em harmonia com os valores da solidariedade soci-
al.
• A consciência nacional aberta à realidade concreta numa perspetiva de humanismo universalis-
ta, de solidariedade e de cooperação internacional.
• O conhecimento e o apreço pelos valores característicos da identidade, língua, história e cultura
portuguesa.
• Maturidade cívica e sócio afetiva, atitudes e hábitos positivos de relação e cooperação, quer no
plano dos seus vínculos de família, quer no da intervenção consciente e responsável na realida-
de circundante.
• Responsabilidade e ser interveniente na vida comunitária.
• Gosto por uma constante atualização de conhecimentos.
• Um desenvolvimento físico-motor nas expressões artísticas.
• Uma formação equilibrada e relacionada entre o saber e o saber fazer, a teoria e a prática, a cul-
tura escolar e a cultura do quotidiano.
• As competências específicas de cada área curricular.
6. PROCEDIMENTOS GERAIS
1. Os critérios gerais de avaliação, depois de aprovados, serão cumpridos por todos os depar-
tamentos curriculares.
2. Tanto os critérios de avaliação gerais como os específicos de cada disciplina, bem como o
peso dos vários instrumentos na avaliação a aplicar ao longo do ano letivo, devem ser divul-
gados, no início do ano, pelo professor titular de turma/diretor de turma aos encarregados de
educação e aos alunos, em linguagem adequada ao seu nível etário.
3. No âmbito dos testes intermédios e similares, caberá ao grupo disciplinar decidir o peso que
tais provas terão na avaliação formativa.
4. No âmbito do departamento curricular, os professores que lecionam a mesma disciplina e ano
de escolaridade devem debater frequentemente o processo de avaliação dos alunos desse
ano em termos de recolha de elementos de avaliação, aplicação de critérios e instrumentos,
Critérios Gerais de Avaliação Página 6
no sentido de possibilitar um processo de avaliação que se revele o mais possível consen-
sual, coerente e gerador de igualdade de oportunidades.
5. É obrigatória a aplicação de um número mínimo de dois instrumentos de avaliação, em cada
período letivo, a sugerir pela área disciplinar, para além da observação de aula. O não cum-
primento deste ponto só deve acontecer a título excecional e esse facto deve ser devidamente
fundamentado em ata de departamento.
6. Em cada período letivo, os alunos deverão ser informados, pelo professor de cada disciplina,
sobre a data de realização das provas escritas e/ou práticas de avaliação, devendo as mes-
mas ser comunicadas pelo professor ao diretor turma.
7. Não devem ser realizados mais de três testes de avaliação na mesma semana, salvo em situ-
ações excecionais devidamente fundamentadas em atas de conselho de turma.
8. É obrigatória a entrega das provas de avaliação escritas e/ou práticas de avaliação devida-
mente corrigidas e classificadas, dentro de um período de dez dias úteis, salvo casos devida-
mente justificados.
9. Em caso de falta a provas de avaliação, após se terem verificado os procedimentos constan-
tes no Regulamento Interno, não deverão ser acrescentados outros conteúdos à nova prova.
10. No enunciado das provas de avaliação, devem constar as cotações dos respetivos itens, ex-
ceto no 1.º ciclo.
11. Os professores devem registar, nas respostas corrigidas, as cotações obtidas em cada item,
assim como a cotação total da prova de avaliação escrita, exceto no 1.º ciclo.
12. Nos instrumentos de avaliação devem constar as classificações qualitativa e quantitativa, ex-
ceto no 1.º ciclo, onde é apenas obrigatório as menções qualitativas. No ensino secundário,
as classificações serão expressas exclusivamente em termos quantitativos.
13. Para que os diretores de turma possam dispor de elementos informativos tão objetivos e
completos quanto possível, é obrigatório o preenchimento de uma ficha informativa, por cada
professor da turma, em calendário a determinar pelo Conselho de Diretores de Turma.
14. No final de cada período do ano escolar, a avaliação traduz-se numa classificação que pre-
tende avaliar o trabalho desenvolvido pelo aluno desde o início do ano letivo até esse momen-
to. Na atribuição das classificações intermédias no 2.º período, deve o professor considerar a
hipótese de poder ser o último momento em que o aluno é efetivamente avaliado, caso tenha
sido avaliado neste e no primeiro período.
15. Para cada ano de escolaridade, os professores da mesma disciplina devem elaborar uma
prova de avaliação escrita no final de cada período letivo com uma estrutura uniforme.
16. A variação superior e ou inferior a dois níveis (no ensino básico), ou quatro valores (no ensino
secundário) relativamente ao período anterior, deve ser ponderada em conselho de turma e
devidamente justificada em ata.
Critérios Gerais de Avaliação Página 7
17. Sem prejuízo do estabelecido no ponto 2 dos Princípios Orientadores, a avaliação sumativa
será calculada em função da média aritmética simples dos resultados obtidos nos parâme-
tros/instrumentos de avaliação de cada período.
7. PROCEDIMENTOS POR NÍVEL DE ENSINO
7.1. ENSINO PRÉ-ESCOLAR
A avaliação na educação pré-escolar assume um caráter essencialmente formativo e que se destina a
ser reinvestida na ação educativa. Compreende a recolha da informação necessária para a toma de
decisões sobre a prática pedagógica e desenvolvimento do currículo. Nesta perspetiva trata-se de
uma avaliação “para a aprendizagem e não da aprendizagem”. Centra-se na “documentação do
processo e na descrição da sua aprendizagem, valorizando o modo de aprender e os progressos
realizados”, sendo que esta avaliação dos “progressos das crianças consiste em comparar cada uma
consigo própria para situar a evolução da sua aprendizagem ao longo do tempo”, valorizando as suas
conquistas e descobertas.
É uma avaliação contextualizada, significativa e realizada ao longo do tempo, em situações reais
que também pode ser designada por “avaliação autêntica” ou “alternativa”. Fazendo parte integrante
do desenvolvimento curricular torna-se inseparável da prática educativa, envolve a criança como
agente do processo educativo levando-a a tomar consciência dos seus progressos.
Os pais e as famílias são também contribuidores para o processo de avaliação na medida em
que prestam informação sobre o que conhecem e observam da criança em casa, promovendo-se a
articulação entre a educação familiar e o processo educativo no jardim-de-infância. Envolve ainda
outros profissionais que interajam com a criança (OCEPE, 2016).
7.1.1. FUNDAMENTOS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO
1. Finalidade
• Contribuir para a adequação das práticas, tendo por base uma recolha sistemática de
informação que permita ao educador regular a atividade educativa, tomar decisões, planear
a ação;
• Refletir sobre os efeitos da ação educativa, a partir da observação de cada criança e do
grupo de modo a estabelecer a progressão das aprendizagens;
• Recolher dados para monitorizar a eficácia das medidas educativas definidas no Projeto
Curricular de Grupo e no Programa Educativo Individual (PEI);
• Promover e acompanhar processos de aprendizagem, tendo em conta a realidade do grupo
e de cada criança, favorecendo o desenvolvimento das suas competências e desempenhos,
de modo a contribuir para o desenvolvimento de todas e de cada uma;
• Envolver a criança num processo de análise e de construção conjunta, que lhe permita,
enquanto protagonista da sua aprendizagem, tomar consciência dos progressos e das
dificuldades que vai tendo e como as vai ultrapassando;
Critérios Gerais de Avaliação Página 8
• Conhecer a criança e o seu contexto, numa perspectiva holística, o que implica desenvolver
processos de reflexão, partilha de informação e aferição entre os vários intervenientes –
pais, equipa e outros profissionais – tendo em vista a adequação do processo educativo.
2. Princípios orientadores
• Caráter holístico em que na aprendizagem da criança as dimensões cognitivas, sociais,
culturais, físicas, emocionais se interligam e atuam em conjunto, contextualizando-se no
processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança;
• Coerência entre os processos de avaliação e os princípios subjacentes à organização e
gestão do currículo definido nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar
(OCEPE);
• Utilização de técnicas e instrumentos de observação e registo diversificados;
• Carácter formativo;
• Valorização dos progressos da criança;
• Promoção da igualdade de oportunidades e equidade.
3. Processo de avaliação
• Caraterização inicial – no início do ano letivo, ou sempre que pertinente, tendo em vista a
caracterização do grupo e de cada criança. A partir desta primeira avaliação ou
caracterização inicial o educador explicita as suas intenções educativas, planeia a sua
intervenção, elaborando o projeto curricular de grupo em articulação com o projeto
educativo do agrupamento.
• Avaliação formativa – Centrada no desenvolvimento dos processos na evolução da
aprendizagem de cada criança. Sustenta-se nas áreas de conteúdo, para as quais são
delineadas as “aprendizagens a promover” e que são uma referência para situar e
descrever o que a criança aprendeu. Realiza-se no final de cada período, em relatório
individual descritivo, com a informação global das aprendizagens mais significativas.
4. Intervenientes
São intervenientes no processo de avaliação:
• O educador titular de grupo (responsável pelo processo de avaliação);
• As crianças;
• Os encarregados de educação;
• O Departamento Curricular da Educação Pré-escolar;
• Docentes de educação especial;
• Outros agentes (assistentes operacionais, outros docentes ou técnicos);
• Órgãos de gestão.
Critérios Gerais de Avaliação Página 9
5. Dimensões a avaliar
• As áreas de conteúdo: Área de Formação Pessoal e Social, Área de Expressão e
Comunicação e Área do Conhecimento do Mundo;
• Outras especificidades estabelecidas no Projeto Educativo, no Projeto Curricular de Grupo
(PCG) e no Plano Educativo Individual (PEI);
• Se as crianças iniciarem a frequência numa data muito próxima da avaliação, ou ainda
tiverem uma baixa assiduidade, o educador deverá dar conhecimento ao Departamento na
reunião de avaliação;
• No caso de desistência, ou transferência de estabelecimento de ensino, o educador deverá
fazer um breve relatório de avaliação descritiva, que acompanhará a criança no seu
percurso escolar.
6. Procedimentos de avaliação
Escolhidos de acordo com as conceções e opções pedagógicas de cada educador, este pode
utilizar técnicas e instrumentos de observação e registo diversificados, tais como:
* Observação;
* Entrevistas;
* Registos fotográficos;
* Gravações áudio e vídeo;
* Registos de auto-avaliação;
* Produções das crianças;
* Portefólios construídos com as crianças;
* Comentários das crianças;
* Questionários a crianças, pais ou outros parceiros educativos;
* A avaliação descritiva trimestral: No 1.º e 2.º período, será por Áreas de Conteúdo. No 3.º
período, na avaliação devem constar as Áreas e os respetivos Domínios;
* Outros.
7. Momentos de avaliação
De acordo com o Despacho n.º 8294-A/2016, de 24 de junho, nos pontos 2.6, 2.7 e 2.8, os
períodos de avaliação são coincidentes com os dos outros níveis de ensino, de forma a permitir
a articulação entre os educadores de infância e os docentes do 1.º ciclo, tendo como objetivo a
passagem de informação integrada sobre as aprendizagens e os progressos realizados por
cada criança, a sequencialidade e a continuidade educativa, promotoras de articulação
curricular.
No final de cada período, dever-se-á assegurar:
* A avaliação do Plano Anual de Atividades em articulação com outros níveis de ensino,
privilegiando o 1.º ciclo;
* A avaliação do Projeto Curricular de Grupo;
* A avaliação do PEI;
* A avaliação para a aprendizagem do grupo;
Critérios Gerais de Avaliação Página 10
* A avaliação das atividades desenvolvidas na Componente de Animação e Apoio à Família;
* A informação aos encarregados de educação sobre a avaliação para a aprendizagem de cada
criança.
No final do ano letivo, além dos pontos anteriores, dever-se-á assegurar também:
• A articulação com o 1.º ciclo dos processos individuais das crianças que transitam para este
nível de ensino;
• A elaboração do relatório circunstanciado definido no artigo n.º 13 do DL n.º 3/2008;
• A preparação do ano letivo seguinte.
8. Critérios gerais
Encarando a avaliação como uma forma de monotorização dos processos das aprendizagens
efetuadas pelas crianças, bem como suporte do planeamento, esta alicerça-se nas diferentes
áreas de conteúdo enunciadas nas OCEPE, que constituem dimensões essenciais para avaliar
os progressos nas aprendizagens.
ÁREAS DE CONTEÚDO
Área de Formação Pessoal e Social
Área de Expressão
e Comunicação
Domínio da Educação Física
Domínio da Educação Artística
Subdomínios:
Artes Visuais;
Jogo Dramático/Teatro;
Musica;
Dança.
Domínio da Linguagem oral e Abordagem à Escrita
Domínio da Matemática
Área do Conhecimento do Mundo
7.2. ENSINO BÁSICO – 1.º CICLO
A avaliação dos alunos, que incide sobre os conteúdos definidos nos programas e tem como referên-
cia as metas curriculares, assenta:
na consistência entre os processos de avaliação, as aprendizagens e as metas pretendidas;
na utilização de instrumentos e técnicas diversificadas;
na primazia da avaliação formativa;
na valorização da evolução do aluno;
na transparência e rigor do processo de avaliação.
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7.2.1. Intervenientes no processo de avaliação
• Professores;
• Aluno;
• Conselho de docentes, no 1.º ciclo;
• Diretor;
• Conselho pedagógico;
• Encarregado de educação;
• Docente de educação especial e outros profissionais que acompanhem o desenvolvimento do
processo educativo do aluno;
• Serviços ou organismos do Ministério da Educação.
7.2.2. Efeitos da avaliação sumativa
A avaliação sumativa dá origem a uma tomada de decisão sobre a progressão ou retenção do aluno,
expressa através das menções, respetivamente, de Transitou ou Não Transitou, no final de cada
ano, e de Aprovado(a) ou Não aprovado(a), no final de cada ciclo.
No 1.º ano de escolaridade não há lugar a retenção, exceto se tiver sido ultrapassado o limite de
faltas injustificadas e, após cumpridos os procedimentos previstos no Estatuto do Aluno e Ética Esco-
lar, o professor titular de turma decide a retenção do aluno.
Os alunos não progridem se estiverem nas seguintes condições:
Menção Insuficiente nas disciplinas de Português ou PLNM ou PL2 e de Matemática;
Menção Insuficiente nas disciplinas de Português ou Matemática e, cumulativamente, menção
Insuficiente em duas das restantes disciplinas.
No 1.º ciclo, as Atividades de Enriquecimento Curricular, Apoio ao Estudo, oferta complementar e
Educação Moral e Religiosa, não são consideradas para efeitos de transição de ano e aprovação de
ciclo.
Em situações de retenção, compete ao professor titular de turma elaborar um plano de atividades
de acompanhamento pedagógico que identifique as aprendizagens não adquiridas pelo aluno, assim
como medidas a adotar, as quais devem ser tomadas em consideração na elaboração do programa
de turma em que o referido aluno venha a ser integrado no ano letivo subsequente.
7.2.3. Instrumentos de avaliação
Fichas de avaliação
Fichas de trabalho individual e ou de grupo
Caderno diário
Observação informal
Grelhas de cotação das fichas de avaliação
Outros
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Relativamente às fichas de avaliação formativa e sumativa, dado a heterogeneidade das turmas e
as realidades com as quais o professor se depara perante o grupo, estas serão da responsabilidade
do professor titular.
Haverá, no final de cada período, um teste uniformizado para cada área disciplinar a ser aplicado
em todos os estabelecimentos de ensino, por forma a aferir o nível de conhecimentos e dificuldades.
7.2.4. Menções avaliativas para atribuição de nível
Menções Metas Capacidades Atitudes
Insuficiente
(0% a 49%)
Não efetuou as
aprendizagens defi-
nidas.
Revela falhas ao nível da
compreensão, aplicação,
análise e autonomia.
Manifesta desinteresse e
falta de empenho pela
aprendizagem.
Não interiorizou atitudes e
valores fundamentais e
uma correta socialização.
Suficiente
(50% a 69%)
Revela ainda falhas
na aquisição das
aprendizagens ele-
mentares a nível de
conceitos e factos.
Revela algumas falhas
e/ou incorrecções na
compreensão, aplicação,
análise e autonomia.
Manifesta sentido de res-
ponsabilidade, interesse e
empenho.
Apresenta comportamento
regular.
Bom
(70% a 89%)
Efetuou com facilida-
de aprendizagens
elementares a nível
de conceitos e factos.
Não revela dificuldades a
nível de compreensão,
aplicação, síntese e auto-
nomia.
Manifesta grande interes-
se/empenho na vida esco-
lar assim como uma socia-
lização adequada.
Muito Bom
(90% a 100%)
Adquiriu e desenvol-
veu conhecimentos
com facilidade
Compreende e aplica com
facilidade e originalidade
os conhecimentos a novas
situações.
Não revela dificuldades a
nível de análise, síntese e
autonomia.
Revela muito interesse e
empenho, demonstrando
sempre uma correta socia-
lização, espírito crítico e
iniciativa.
Nos testes, à exceção dos de diagnóstico, é obrigatório mencionar a classificação qualitativa.
7.2.5. Atividades de enriquecimento curricular
A informação resultante da avaliação das atividades de enriquecimento curricular materializa-se de
forma descritiva no registo de avaliação trimestral do aluno.
7.2.6. Educação Moral Religiosa Católica
A informação resultante da disciplina de Educação Moral Religiosa e Católica, materializa-se de for-
ma descritiva no Registo de Avaliação trimestral do aluno.
Critérios Gerais de Avaliação Página 13
7.2.7. Casos específicos
No agrupamento existem alunos de etnia cigana. Atendendo à especificidade cultural deste grupo,
serão traçadas, no âmbito do programa de turma, adaptações curriculares de forma a permitir um
reforço na planificação da ação pedagógica a desenvolver, explicitando as tarefas e as áreas de res-
ponsabilidade de cada interveniente. A avaliação destes alunos obedece a critérios diferenciados.
7.3. ENSINO BÁSICO – 2.º E 3.º CICLOS
Nos testes é obrigatório mencionar a classificação qualitativa e quantitativa. Tabela de equivalência:
Ensino Básico
Reduzido 0% a 19%
Não Satisfaz 20% a 49%
Satisfaz 50% a 69%
Satisfaz bastante 70% a 89%
Excelente 90% a 100%
O perfil a que o aluno deve obedecer, para atribuição dos níveis de 1 a 5, é o constante da
tabela:
Conhecimentos (cognitivo) Nível Saber estar (atitudes e comportamentos)
Não adquire conhecimentos dos conteúdos
programáticos previstos nas Metas Curricu-
lares definidas para cada disciplina;
Não revela domínio na expressão oral e
escrita;
Não demonstra capacidades comunicativas
orais, escritas e outras;
Não revela progressão na aprendizagem.
1
Não é pontual nem assíduo;
Não participa;
Não faz trabalhos de casa;
Não se apresenta com material;
Apresenta dificuldades de integração na
turma;
Não respeita nem reconhece as regras de
convívio social.
Não adquire suficientes conhecimentos dos
conteúdos programáticos previstos nas Me-
tas Curriculares definidas para cada disci-
plina;
Revela dificuldades no domínio da expres-
são oral e escrita;
Revela poucas capacidades comunicativas
orais, escritas e outras;
Não evidencia espírito crítico;
Demonstra fraca progressão.
2
Raramente é pontual e assíduo;
Raramente faz os trabalhos de casa;
Nem sempre traz o material adequado;
Raramente responde às solicitações do
professor.
Adquire suficientes conhecimentos dos
conteúdos programáticos previstos nas Me-
tas Curriculares definidas para cada disci-
plina;
3
É assíduo e pontual;
Participa;
Faz regularmente os trabalhos de casa;
Traz o material adequado;
Critérios Gerais de Avaliação Página 14
Revela domínio na expressão oral e escrita;
Revela capacidades comunicativas orais,
escritas e outras;
Manifesta espírito crítico;
Demonstra progressão na aprendizagem.
Assimila ideias fundamentais no decurso
das aulas;
Emite opiniões.
Adquire com facilidade conhecimentos dos
conteúdos programáticos previstos nas Me-
tas Curriculares definidas para cada disci-
plina;
Revela bom domínio na expressão oral e
escrita;
Revela facilmente capacidades comunicati-
vas orais, escritas e outras;
Manifesta boa capacidade crítica;
Demonstra facilidade em progredir na
aprendizagem.
4
É assíduo e pontual;
Participa, partilha e colabora com interesse
nas atividades;
Faz os trabalhos de casa;
Traz o material adequado;
É organizado e responsável;
Evidencia sensibilidade estética;
Revela criatividade;
Toma notas voluntariamente;
Coloca questões pertinentes;
Relaciona situações.
Adquire plenamente conhecimentos dos
conteúdos programáticos previstos nas Me-
tas Curriculares definidas para cada disci-
plina;
Revela excelente domínio na expressão
oral e escrita;
Manifesta ótimas capacidades comunicati-
vas orais, escritas e outras;
Evidencia um grande espírito crítico;
Demonstra consideráveis progressos na
aprendizagem.
5
É assíduo e pontual;
Participa e colabora com gosto;
Sugere atividades;
Apresenta trabalhos voluntariamente;
Colabora em tarefas comuns partilhando os
seus conhecimentos;
Revela autonomia e responsabilidade;
Manifesta curiosidade pela aquisição de
novos conhecimentos nas áreas científicas
e artísticas.
No caso específico da disciplina de Educação Física, o perfil para a atribuição de nível
considerando o “Saber Fazer” (Psicomotor), será o constante do quadro seguinte:
Nível Saber Fazer (Psicomotor)
1 Não executa
(Não atinge o nível Introdução)
2 Executa com incorreções
(Necessita ajuda)
(Não atinge o nível Introdução)
3 Executa de forma satisfatória
(Nível Introdução)
4 Executa com incorreções mínimas
(Nível Elementar)
5 Executa corretamente
(Nível Avançado)
Critérios Gerais de Avaliação Página 15
A fim de clarificar as decisões relativas à progressão/retenção dos alunos, nas reuniões dos con-
selhos de turma para apuramento das classificações finais, recomenda-se que sejam observadas as
seguintes orientações:
Nos anos não terminais do ciclo (5.º, 7.º e 8.º anos), a decisão de retenção de um aluno deverá
ser tomada se o aluno tiver demonstrado estar a uma grande distância de desenvolver capaci-
dades e adquirir conhecimentos em tempo útil, isto é, até ao fim do respetivo ciclo.
Nas disciplinas de Tecnologia da Informação e Comunicação e da disciplina de oferta de esco-
la, caso sejam organizadas em regime semestral, deve proceder-se de acordo com o previsto
no ponto 11 do artigo 8.º, do Despacho Normativo 24-A/2012, de 6 de dezembro.
A avaliação sumativa dá origem a uma tomada de decisão sobre a progressão ou a retenção
do aluno, expressa através das menções, respetivamente, de Transita ou de Não Transita no
final de ano não terminal de ciclo; Aprovado ou Não Aprovado, no final do 1.º e 2.º ciclos e de
Admitido a Exame ou de Não Admitido a Exame no final do terceiro ciclo.
A decisão de progressão de um aluno é uma decisão pedagógica tomada pelo conselho de
turma que tem, obrigatoriamente, de considerar que o aluno está na posse dos conhecimentos
e desenvolveu capacidades mínimas para progredir com sucesso os seus estudos no ciclo
subsequente.
Sem contrariar a legislação em vigor, competirá ao conselho de turma analisar todas as situa-
ções, devendo para isso basear-se não apenas no número de níveis inferiores a três, nem na
natureza das disciplinas ou das áreas curriculares disciplinares e não disciplinares, mas sim na
análise global das aprendizagens feitas e que podem ser conducentes quer à aquisição de co-
nhecimentos quer ao desenvolvimento de capacidades.
Alterar quadro
SITUAÇÕES/EFEITOS
ANOS
6.º APROVADO NÃO APROVADO
5.º, 7.º e 8.º TRANSITA NÃO TRANSITA
Quando obtém 0, 1, 2 ou 3 níveis inferio-
res a 3 Quando obtém 4 níveis inferiores a 3 ou mais
9.º ADMITIDO A EXAME NÃO ADMITIDO A EXAME
De acordo com o Despacho Normativo n.º 24-A/2012, de 6 de dezembro, e Regulamento
de Exames a ser publicado anualmente
Critérios Gerais de Avaliação Página 16
7.4. ENSINO SECUNDÁRIO REGULAR
Em todos os anos do ensino secundário, o conselho de turma deverá refletir sobre a classificação de
cada disciplina no resultado global do aluno, ponderando as seguintes situações:
10.º ano
No 1.º período, os professores deverão ponderar as propostas de classificações a atribuir, de mo-
do a estimular o processo ensino-aprendizagem, atendendo às características e exigências de um
novo ciclo.
Quando se verificar a não transição de ano, deverão ser ponderados os casos cuja progressão
dependa apenas da alteração de um valor na classificação de frequência a uma das disciplinas,
desde que o conselho de turma verifique existirem razões profundas que o justifiquem. Nesses ca-
sos, a classificação de frequência será alterada de modo a permitir a progressão na disciplina em
causa, devendo os fundamentos ficar registados na respetiva ata do conselho de turma.
Deverá ser igualmente objeto de ponderação a atribuição da classificação de 7 (sete) valores a
uma disciplina, o que impede a progressão nessa disciplina no ano seguinte.
11.º e 12.º anos
Deverão ser discutidos os casos de disciplinas cuja conclusão ou a admissão a exame esteja de-
pendente da alteração de um valor a qualquer disciplina.
Deverão ainda ser analisadas e ponderadas as situações em que as Classificações Internas Fi-
nais/Classificações Finais das Disciplinas possam ser alteradas por acréscimo de um valor na
classificação do ano terminal.
Os conselhos de turma deverão ainda ponderar em particular, nas disciplinas bienais, os casos de
dois anos consecutivos com classificações inferiores a 10.
Em ambos os casos anteriores os fundamentos da ponderação e ou alteração devem ficar regis-
tados na respetiva ata do conselho de turma.
7.5. ENSINO BÁSICO VOCACIONAL/SECUNDÁRIO PROFISSIONAL
A avaliação sumativa interna ocorre no final de cada módulo de uma disciplina, após a conclusão do
conjunto de módulos de cada disciplina, em reunião do conselho de turma (ponto 1 do artigo 16.º da
Portaria 74-A/2013, de 15 de fevereiro).
A avaliação será expressa em termos quantitativos numa escala de 0 a 20 valores.
Atendendo à lógica modular adotada, a notação formal de cada módulo a publicar em pauta só te-
rá lugar quando o aluno atingir a classificação mínima de 10 valores.
Sendo os cursos profissionais um modelo de ensino modular, compete ao professor de cada dis-
ciplina organizar e proporcionar de forma participada a avaliação sumativa de cada módulo, de acor-
Critérios Gerais de Avaliação Página 17
do com as realizações e os ritmos de aprendizagem dos alunos, sendo do acordo entre os alunos e o
professor definidos os momentos de realização da avaliação sumativa de cada módulo, em função da
qual aqueles ajustam as estratégias de ensino-aprendizagem e acordam novos processos e tempos
para a avaliação do módulo.
A avaliação sumativa incide, ainda, sobre a realização da Formação em Contexto de Trabalho e a
Prova de Aptidão Profissional.
Na avaliação sumativa ter-se-á em linha de conta o seguinte:
O domínio cognitivo tem um peso de 60%;
O domínio das atitudes/comportamento tem um peso de 40%.
Provas de avaliação escritas do módulo:
A sua marcação será feita em diálogo com os professores e os alunos da turma;
Os alunos serão sempre informados dos seus conteúdos;
Os alunos serão sempre informados dos critérios da sua correção;
Em cada dia, os alunos não podem realizar mais do que duas provas (uma de manhã, outra à
tarde), sendo preferível a marcação de apenas uma por dia;
Será entregue uma cópia do enunciado ao diretor de curso, onde constará a cotação atribuída
a cada item;
São realizadas em papel próprio a adquirir na papelaria da escola ou no respetivo enunciado,
sendo depois arquivadas no dossiê técnico pedagógico a cargo do diretor de curso;
Os alunos que não realizem qualquer instrumento de avaliação deverão apresentar justificação
oficial para que o professor e o diretor de turma/diretor de curso considerem a aplicação de
novo elemento de avaliação, que poderá ser uma prova extraordinária, em data a combinar
entre aluno e professor;
Se essa justificação não for apresentada ou aceite, o aluno será avaliado com 0 (zero) pontos
nesse mesmo elemento de avaliação;
Os alunos tomarão conhecimento por escrito da classificação obtida.
Recuperação de módulos:
Existem duas épocas, em julho e setembro, para a realização de módulos não concluídos ao
longo do ano;
Os alunos apenas podem fazer a recuperação aos módulos nos quais se inscreveram, e dois
módulos por disciplina, por época;
Os professores responsáveis pela disciplina elaborarão uma matriz com os conteúdos progra-
máticos, que será publicitada;
Critérios Gerais de Avaliação Página 18
A elaboração das provas de avaliação extraordinária, a sua vigilância, correção e produção de
pautas é da responsabilidade do professor titular da disciplina;
Sempre que se verificar a ausência dos alunos à prova de avaliação extraordinária elaborar-
-se-á uma ata, que será entregue ao diretor de curso para arquivo;
Aos alunos externos, que já terminaram o ciclo de formação, aplica-se o mesmo procedimento
que aos alunos internos.
7.6. ENSINO ESPECIAL
Alunos com Necessidades Educativas Especiais
Os alunos abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, excetuando aqueles que, no
seu Programa Educativo Individual (PEI) contemplam as medidas educativas “Adequações
Curriculares Individuais”, que, por consequência, pressupõe “Adequações no Processo de Ava-
liação” e a medida “Currículo Específico Individual”, serão avaliados pelos mesmos normativos
que os alunos não abrangidos pela Educação Especial, de acordo com o Despacho Normativo
n.º 24-A/2012, de 6 de dezembro.
Os alunos que tenham no seu PEI, devidamente explicitadas e fundamentadas, condições de
avaliação específicas, decorrentes da aplicação da medida educativa “adequações no proces-
so de avaliação”, serão avaliados nos termos definidos no referido programa.
O programa educativo dos alunos que se encontram na situação referida no parágrafo anterior
constitui a referência de base para a tomada de decisão relativa à sua progressão ou retenção
num ano ou ciclo de escolaridade, bem como a tomada de decisão relativa à realização das
provas finais de ciclo, a nível nacional ou a nível de escola.
No programa de turma, terão que constar a identificação e os critérios de avaliação dos alunos
com NEE de caráter permanentes, que serão da responsabilidade do professor titular da turma
e/ou conselho de docentes ou de turma, em colaboração com o professor de Educação Espe-
cial e outros técnicos existentes, envolvidos no processo educativo do aluno, nomeadamente
dos técnicos do Centro de Recursos para a Inclusão.
Os critérios serão definidos de acordo com as capacidades propostas no PEI do aluno, tendo
em conta sempre as suas características individuais, o contexto, ritmo e possibilidades de
aprendizagem.
A decisão de retenção de um aluno deve ter em conta a avaliação do professor titular de tur-
ma/conselho de docentes ou de turma, dos técnicos dos professores de Educação Especi-
al/Técnico do Serviço de Psicologia e Orientação. Esta decisão deverá ser comunicada, em re-
união, ao encarregado de educação.
Os alunos abrangidos pela Unidade de Apoio Especializado para a Educação de Alunos com
Multideficiência beneficiam de uma avaliação descritiva dos progressos, em termos de inter-
Critérios Gerais de Avaliação Página 19
venção atendendo às características da funcionalidade, aos objetivos especificados e à respe-
tiva avaliação estabelecida no PEI.
Os alunos abrangidos por um Currículo Específico Individual, incluindo os alunos integrados na
Unidade de Apoio Especializado não estão sujeitos ao regime de transição de ano escolar nem
ao processo de avaliação característico do regime educativo comum, ficando sujeitos aos crité-
rios específicos definidos no PEI. Neste caso, a informação resultante da avaliação sumativa
expressa-se numa menção qualitativa de Muito bom, Bom, Suficiente e Insuficiente, acom-
panhada de uma apreciação descritiva sobre a evolução do aluno, ficando dispensados da rea-
lização das provas finais de ciclo.
Os alunos do 9.º ano com NEE, enquadrados no Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, que
pretendam frequentar os cursos científicos-humanísticos do ensino secundário têm de realizar,
obrigatoriamente, as provas finais do 3.º ciclo a nível nacional.
8. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Sendo a avaliação um processo contínuo, privilegia a diversidade de estratégias e instrumentos de
avaliação (formativa e sumativa). Cada nível de ensino/disciplina deverá selecionar, entre os seguin-
tes, os instrumentos mais adequados à sua especificidade:
Provas de avaliação escritas e orais
Fichas de trabalho individual/de grupo
Trabalho de pesquisa individual/de grupo
Relatórios de atividades experimentais e visitas de estudo
Portefólios de evidências de aprendizagem individual
Caderno diário/caderno de laboratório
Observação informal
Outros
9. INSTRUMENTOS DE REGISTO DA AVALIAÇÃO
Cada nível de ensino/disciplina deve selecionar diversos registos informativos de avaliação a utilizar
ao longo do ano letivo.
Como registos informativos de avaliação consideram-se:
grelhas de correção das provas de avaliação escritas
grelhas de registo de intervenções orais e escritas dos alunos durante as aulas
registos de observação (trabalhos individuais ou de grupo, trabalhos práticos e/ou laboratoriais,
outros)
relatórios de atividades
grelha de verificação dos trabalhos de casa
portefólios de evidências de aprendizagem individual
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grelha de correção dos trabalhos de pesquisa
grelha de classificação do caderno diário/caderno de laboratório
outros
10. DISPOSIÇÕES FINAIS
Os casos omissos serão objeto de resolução por parte do diretor, ouvido, sempre que possível, o
conselho pedagógico.
Sendo este um documento eminentemente normativo, tem, contudo, um teor aberto; a sua produ-
ção, tal como o acompanhamento que o conselho pedagógico sobre ele realiza, é uma tarefa contí-
nua de encontrar consensos, sistematizar e operacionalizar as questões da avaliação, de acordo com
as disposições legais em vigor para cada ciclo e deve ser revisto anualmente.
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