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Curricularização da Extensão
Prof.ª Dr.ª Simone Imperatore
Trajetória da Curricularização da Extensão na ULBRA sob a Perspectiva do PL 8.035/2010
1º Reflexões Teóricas
Percurso Semântico da
Extensão
• Missão religiosa e ou desincumbência do compromisso social da universidade;
• Ações desenvolvimentistas;
• Assistencialismo;
• Voluntarismo;
• Complementação de estudos universitários (cursos);
• Socialização do conhecimento gerado na academia (eventos);
Percurso Semântico da
Extensão
• Extensão Rural/Transferência tecnológica;
• Prestação de serviços/práticas profissionais;
• Venda de serviços/consultorias, assessorias;
• Projeção social da universidade
Meta 12 do PNE e o sentido
subjacente de extensão na estratégia 7
Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas, no segmento público (BRASIL, Lei 13.005, 2014).
Inclusão Acadêmica e Social
Meta 12 do PNE e o sentido
subjacente de extensão na estratégia 7
Estratégia 7: Assegurar, no mínimo, 10% (dez por cento) do total de créditos curriculares exigidos para a graduação em programas e projetos de extensão universitária, orientando sua ação, prioritariamente, para áreas de grande pertinência social”
(BRASIL, Lei 13.005, 2014).
Questões Fundantes ?!
• Concepções versus práticas extensionistas?
• Que extensão queremos?
• Que pesquisa na graduação queremos?
Meta 12 do PNE e o sentido
subjacente de extensão na estratégia 7
• Educação situada em seu contexto sócio-histórico;
• Ruptura epistemológica: saber da/na experiência; práxis como espaço investigativo/retroalimentação ensino;
• Diálogo de Saberes: acadêmico e popular;
• Indissociabilidade: teoria/prática; extensão/pesquisa/ensino; universidade/território;
• Reafirmação do papel social da ciência.
Essência da Extensão no
PNE
Princípio e processo de aprendizagem (dimensão pedagógica da extensão) a partir da aprendizagem em contextos reais – programas e projetos.
Essência da Extensão no
PNE
Superação da tricotomia do conhecimento:
1. Transmissão – ensino
2. Produção – pesquisa
3. Socialização – extensão
Essência da Extensão no
PNE
Rompimento da lógica de uma “extensão” extrínseca, voluntária, acessória, eventual e marginal ao currículo.
Universalização da Extensão
Conceito de Extensão PNEx
(2012)
“[...] processo acadêmico definido e efetivado em função das exigências da realidade, além de indispensável na formação do estudante, na qualificação do professor e no intercâmbio com a sociedade”.
Diretrizes PNEx (2012)
• Interação dialógica
• Interdisciplinaridade e interprofissionalidade
• Indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão
• Impacto na formação do estudante
• Impacto e transformação social
Extensão Acadêmico-
Social
Extensão norteada por objetivos acadêmicosrelacionados ao perfil profissiográfico de formação dos cursos de graduação e por objetivos comunitários conexos a demandas locorregionais e à integração com as políticas públicas, sendo executada por alunos orientados por professores.
Extensão Acadêmico-
Social
Para além de novos arranjos didático-metodológicos ou de meros rateios curriculares que abarquem o percentual definido no marco legal, a discussão é epistemológica, com implicações na identidade institucional, na concepção de educação, na organização curricular, no processo avaliativo, no lugar da extensão nas políticas acadêmicas e de gestão.
Trajetória da Extensão
2010-2014:PL 8.035/2010
Historicização: a. Pesquisa documental;
b. bibliográfica;
c. entrevistas.
Trajetória da Extensão
2010-2014:PL 8.035/2010
Ressignificação da extensão enquanto lócus de aprendizagem norteado por objetivos acadêmicos e comunitários tendo por aportes teóricos:
a. Reconstrutivismo como modelo pedagógico lastreado pela pedagogia experiencial em contextos reais;
b. Indissociabilidade EXTENSÃO-PESQUISA-ENSINO-EXTENSÃO;
c. Interdisciplinaridade e interprofissionalidade;
d. Avaliação emancipatória e processual;
e. Metodologias Ativas aplicáveis à extensão -Pesquisa-Ação;
f. PNEx;
g. SINAES.
Repensando a ciência à luz da experiência!
Trajetória da Extensão
2010-2014:PL 8.035/2010
• Troca de experiências interinstitucionais (nacionais e internacionais);
• Territorialização versus PPCs;
• Institucionalização (política/programas);
Trajetória da Extensão
2010-2014:PL 8.035/2010
• Sistematização - SISDEX (diretrizes, fluxos/processos – submissão, avaliação parcial/final);
• Articulação Extensão-Pesquisa (linhas/eixos –pesquisa na extensão;
• Formação Docente em Projetos de Extensão.
Trajetória da ULBRA sob a Perspectiva do PNE 2014 - ATUAL
Curricularização da Extensão
Lei 13.005/2014
Canais de Escuta Docente- “Sinaleira” (entraves, condicionantes, pontos de partida)
Rediscussão da proposta extensionista dos cursos/presença da extensão nos PPCs
(RE) Leitura de Território
Mapeamento do Currículo Oculto
Delimitação de Linhas de Extensão (PNEx) articuladas aos Eixos de Pesquisa (institucionais)
Curricularização da Extensão
Diálogo Intrainstitucional; RedVirtual de Extensión
Diálogo interinstitucional (IES, órgãos públicos, organizações/entidades parceiras/potenciais, conselhos profissionais) - Fóruns comunitários e registro de demandas via site
Diálogo com alunos
Projetos-Piloto (cursos de diferentes áreas do conhecimento e em diferentes campi e em EAD)
Reestruturação Curricular/Mudança no Processo Avaliativo
CurricularizaçãoInterconexões
• Diretrizes Institucionais - PDI/PPI 2017-2022
• DCNs
• Normas profissionais
• Imperativos mercadológicos
• Regionalidade X Internacionalização
• Uso da pesquisa e extensão como princípios educativos
• Competência de resolução de problemas
• Políticas públicas
Fonte: Imperatore. 2017
PEIs
• (Re) Leitura de Território
• Pré-definição de linhas de extensão (PNEx) que
constituirão o marco orientador dos programas de
extensão, articuladas ao perfil profissiográfico, ao
diagnóstico territorial, bem como aos eixos da
pesquisa (NDEs, cursos homônimos);
• Delineamento dos objetivos acadêmicos dos
programas, relacionados às competências dos cursos
e perfil de formação;
• Delimitação de objetivos comunitários exequíveis,
pactuados com os públicos participantes e,
preferentemente, alinhados às políticas públicas;
PEIs
• Planejamento e sistematização de programas de
extensão por grupos de trabalho constituídos
por coordenadores acadêmicos, de extensão, de
cursos, NDEs, docentes, representantes
discentes e comunitários (fóruns);
• “Construção” das interdisciplinas integrantes
dos Programas de Extensão Interdisciplinares,
inter-relacionadas entre si pela natureza
metodológica, por abordagens temáticas
aderentes ao programa, pela interdependência
das etapas de operacionalização das atividades
previstas, pelo processo avaliativo;
PEIs
• Integração de outras atividades/modalidades de
extensão aos referidos programas (projetos
comunitários, cursos, eventos, publicações,
prestação de serviços);
• Categorização específica das disciplinas de
curricularização (número de alunos por turma,
processo avaliativo diferenciado, seguro de vida,
etc);
Considerações
Pensar a curricularização da extensão
pressupõe, potencialmente, a superação do
ensino instrumental, utilitário e reprodutivo
centrado no professor e limitado ao espaço
áulico, alicerçando-o em aprendizagens crítico-
reflexivas, sob protagonismo discente em
contextos reais. Apoiamo-nos na legitimação
do conhecimento como uma produção social,
que resulta da ação, problematização e
reflexão e da educação como uma relação
dialógico-dialética.
Tais fundamentos redimensionam o sentido de ser e fazer universidade, tendo por pressupostos:
a. a decolonialidade epistêmica dos currículos dos cursos de graduação;
b. a reinvenção da ciência à luz da experiência;
c. a superação do olhar disciplinar, compartimentalizado, mecanicista e reducionista do conhecimento.
Considerações
Tensões? Desafios?
• Luto docente – perda de conteúdos (?)
• Padrões de excelência e ranqueamento (dilema da esfinge de Gallo) versusdemocratização do acesso à educação superior e equidade (inclusão e permanência)
• Credenciamento, qualificação e inserção profissional versus educação para a cidadania e participação plena na sociedade
• Mobilização de conhecimentos para a resolução de problemas/dilemas sociais
Considerações
Tensões? Desafios?
• Diversidade, diálogo intercultural e desierarquização de saberes
• Internacionalização e territorialização
• Rigidez e disciplinaridade da formação universitária (e da gestão)
• Sistematização e avaliação da extensão
• Metodologias aplicáveis a Programas e Projetos de Extensão
• Formação Docente em Extensão
Considerações
PDI 2017-2022
[...] a ULBRA à luz do modelo curricular presente nasDiretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos deGraduação (MEC/INEP) assume o Reconstrucionismo comoaporte teórico e metodológico para a sua reestruturação,compreendendo o objetivo da formação crítico-reflexivacom vistas a uma atuação social emancipatória etransformadora como mote da formação acadêmica.Enquanto instituição, objetiva formar cidadãos críticos eatuantes capazes de repensar e modificar sua realidade e,para tanto, veicula proposições pedagógicas que promovamo desenvolvimento da reflexão crítica, através da análisecontextualizada e alicerçada sobre situações-problemaadvindas da comunidade na ênfase e no exercício daExtensão, da Pesquisa, do Ensino e da Extensão enquantoum processo de retroalimentação.
(ULBRA, Resolução CONSUN 49/2016)
Curricularização da Extensão
simone@imperatore.com.br
051-99314-8145
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