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CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
GUILHERME TRECENTI CORREA
KELLY C. V. SANTOS
OS DESAFIOS PARA O USO E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
GARÇA 2014
CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
GUILHERME TRECENTI CORREA
KELLY C. V. SANTOS
OS DESAFIOS PARA O USO E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de Garça – Fatec, como requisito para conclusão do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial.
Orientador:
Prof. Dr. José Arnaldo Duarte
GARÇA 2014
CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
GUILHERME TRECENTI CORREA
KELLY C. V. SANTOS
OS DESAFIOS PARA O USO E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de Garça – Fatec, como requisito para conclusão do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, examinado pela seguinte comissão de professores.
Data de Aprovação
____________________________
____________________________
____________________________
GARÇA 2014
OS DESAFIOS PARA O USO E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
Guilherme Trecenti¹
g.trecenti@hotmail.com
Kelly C. V. Santos
k.vieirasantos@hotmail.com
Orientador: Prof. Dr. José Arnaldo Duarte²
josearnaldoduarte@hotmail.com
Abstract – The sustainable production of electricity is part of many governments’ agenda and presents its importance for the development and the future of the planet. The purpose of this work is to develop a wind generator designed for households and small farms. Besides being a sustainable energy production, the project is low cost, enabling its use. The prototype being developed is a small wind generator and accessible to consumers, the research is linked to the contents developed in Industrial Mechatronics Technology Course, and it uses technologies in generation and consumption systems to the equipment effectiveness and the improvement in residential consumption, allowing the reduction of waste and abuse, seeking energy efficiency in human consciousness linked to environmental and sustainable awareness. This prototype is important because it contributes to the generation of electric power and the economy of its users.
Keyword: Clean Energy. Technological Innovation. Wind Generation.
Resumo - A produção sustentável de energia elétrica faz parte da agenda de muitos governos e apresenta-se como fundamental para o desenvolvimento e o futuro do planeta. A proposta deste trabalho é desenvolver um gerador eólico destinado aos consumidores residenciais e pequenas propriedades rurais. Além de ser uma produção sustentável de energia, o projeto é de baixo custo, viabilizando sua utilização. O protótipo a ser desenvolvido é um gerador eólico de pequeno porte e acessível ao consumidor, a pesquisa está atrelada aos conteúdos desenvolvidos no curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, com uso de tecnologias em sistemas de geração e consumo, para a eficácia dos equipamentos e a melhoria no consumo residencial, propiciando a redução de desperdícios e abusos, que busca eficiência energética com consciência ambiental e sustentável atrelado à consciência humana. Este protótipo é importante, pois contribui com a geração de energia elétrica e com a economia de seus usuários.
Palavras-chaves: Energia Limpa. Inovação Tecnológica. Geração Eólica
1 INTRODUÇÃO
Com a evolução da humanidade, das técnicas, tecnologia e da ciência,
a energia encontra-se presente em quase todas as atividades, e hoje, é quase
impossível sobreviver sem ela. A qualidade de vida de uma sociedade esta
intimamente ligada ao seu consumo de energia. O crescimento da demanda
energética mundial em razão da melhoria dos padrões de vida nos países em
desenvolvimento traz a preocupação com alguns aspectos essenciais para a
política e planejamento energético. No entanto, é preciso cautela, pois o uso
indiscriminado pode ocasionar graves problemas, por isso torna-se premente
atentar para o uso das que podem contemplar o desenvolvimento e o respeito
à natureza, onde encontra- se a origem das fontes.
Foley (2010, p. 28), sugere
Adotar imediatamente fontes de energia de baixa emissão de carbono, restringir o desmatamento e revolucionar as práticas agrícolas são medidas decisivas para tornar a vida humana na terra sustentável.
Existem várias fontes de energia. As mais utilizadas são: elétrica,
química, hidráulica, mecânica e hidrelétrica. Porém, a forma da utilização deve
ser questionada, pois até que ponto a exploração não prejudica a existência, já
que as fontes são finitas, e de forma direta ou indireta agridem o meio ambiente
e os recursos naturais vão se esgotando ou se tornando fontes poluidoras.
Hoje 32,5 % do consumo energético do país, ainda é subaproveitada: apenas 25% do potencial hidroelétrico foram aproveitados até 1990 para a obtenção de energia elétrica. Restam 75% do potencial hidráulico dos rios brasileiros a serem aproveitados como fontes de energia. Mas no tocante à produção de eletricidade, a fonte hidráulica ganha longe das demais: cerca de 93% da energia elétrica do país provém de usinas hidroelétricas e apenas 7% é fornecido por usinas termelétricas.
(SCRIBD, 2012).
Atualmente, a fonte energética primária mais utilizada em nosso país é
a Hidráulica. Totalmente dependente do recurso natural que é a água. Com as
atuais mudanças climáticas e fatores ambientais que vem sendo enfrentadas
em várias regiões, podem reduzir a segurança energética como, por exemplo,
a ocorrência de longos períodos de estiagem onde o sistema de geração é
afetado de forma direta.
Devido aos problemas enfrentados, o custo da geração acaba
tornando-se mais caro, fato que vai impactar diretamente no meio ambiente,
visto que no Brasil a fonte alternativa em sua grande contribuição com as
Hidrelétricas são à utilização de Usinas Termoelétricas, queimando carvão
mineral, biomassa, petróleo e gás. Desta forma, a conta paga pelo consumidor
aumenta devido aos gastos na geração. A Diretoria da Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL) aprovou hoje (19/8), durante Reunião Pública, o
reajuste tarifário da Elektro Eletricidade e Serviços S/A. Para os consumidores
residenciais (Classe B1), o reajuste será de 35,77%. Os novos valores serão
aplicados a partir de 27/8 para 2,4 milhões de unidades consumidoras
localizadas em 223 municípios do estado de São Paulo e cinco do Mato Grosso
do Sul.
Para minimizar os impactos ambientais, é imprescindível a
sensibilização das pessoas quanto à geração e uso da energia limpa, apesar
dos custos ainda elevados, a energia mecânica contida no vento vem se
destacando e demonstra potencial para contribuir significativamente no
atendimento dos requisitos necessários quanto aos custos de produção,
segurança de fornecimento e sustentabilidade ambiental. A experiência dos
países líderes do setor de geração eólica mostra que o rápido desenvolvimento
da tecnologia e do mercado tem grandes implicações socioeconômicas. No
Brasil, a capacidade instalada ainda é muito pequena quando comparada aos
países lideres em geração eólica. No entanto, politicas de incentivos estão
começando a produzir os primeiros resultados e esperasse um crescimento da
exploração deste recurso nos próximos anos.
Com o desenvolvimento da tecnologia de materiais e auxilio da
automação, equipamentos cada vez mais modernos são criados e que devem
consumir apenas o necessário para o seu funcionamento. Para tanto, devem
aproveitar toda a energia fornecida, transformando em trabalho útil, evitando
assim perdas e desperdícios durante todo o processo.
Um dado positivo é que, desde 2006, os investimentos globais em energias renováveis aumentaram mais de 500%.
(SUAPESQUISA, 2011).
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Geral
Incentivar o uso de fontes de energia limpa, unindo mecatrônica e automação,
no desenvolvimento de equipamentos, métodos ou processos, que visem
diminuir o consumo de energia, evitando desperdício e promovendo a
conservação do meio ambiente.
1.1.2 Específicos
Propiciar a redução de gastos e perdas dentro de residências e/ou
propriedades rurais de pequeno porte, com a instalação de um gerador próprio,
movido à energia eólica, para suprir as necessidades das mesmas.
Promover a consciência das pessoas e incentivar a pesquisa e o
desenvolvimento de um protótipo de um gerador eólico de baixo custo.
2. REVISAO BIBLIOGRAFICA
Energia Eólica no Brasil
De acordo com evolucaoenergiaeolica.wordpress.com, (2012). No
início da década de 2000, uma grande seca no Brasil diminuiu o nível de água
nas barragens hidrelétricas do país, causando uma grave escassez de energia.
A crise, que devastou a economia do país e levou ao racionamento de energia
elétrica, ressaltou a necessidade urgente do país em diversificar suas fontes de
energia.
O Brasil dispõe da hidroeletricidade para mais de ¾ de sua matriz
energética, mas as autoridades estão incentivando as energias de biomassa e
eólica como alternativas primárias. Segundo dados preliminares do Balanço
Energético Nacional de 2012, realizado pela Empresa de Pesquisa Energética
(EPE), em 2011 a participação de renováveis na Matriz Elétrica Brasileira
ampliou-se para 88,8% devido às condições hidrológicas favoráveis e ao
aumento da geração eólica.
A primeira turbina de energia eólica do Brasil foi instalada em Fernando
de Noronha em 1992. Dez anos depois, o governo criou o Programa de
Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) para incentivar a
utilização de outras fontes renováveis, como eólica, biomassa e Pequenas
Centrais Hidrelétricas (PCHs). O Brasil realizou o seu primeiro leilão de energia
eólica em 2009, em um movimento para diversificar a sua matriz de energia.
Desde a criação do Proinfa, a produção de energia eólica no Brasil
aumentou de 22 MW em 2003 para 602 MW em 2009, e cerca de 1000 MW em
2011(quantidade suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 400 mil
residências). Considerando o potencial eólico instalado e os projetos em
construção para entrega até 2013, o país atingirá no final de 2013 a marca dos
4400 MW. Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado pelo
Centro de Pesquisas de Energia Elétrica da Eletrobrás, o território brasileiro
tem capacidade para gerar até 140 GW.
O potencial de energia eólica no Brasil é mais intenso de junho a
dezembro, coincidindo com os meses de menor intensidade de chuvas, ou
seja, nos meses em que falta chuva é exatamente quando venta mais! Isso
coloca o vento como uma grande fonte suplementar à energia gerada por
hidrelétricas, a maior fonte de energia elétrica do país. Durante este período
pode-se preservar as bacias hidrográficas fechando ou minimizando o uso das
hidrelétricas. O melhor exemplo disto é na região do Rio São Francisco. Por
essa razão, esse tipo de energia é excelente contra a baixa pluviosidade e a
distribuição geográfica dos recursos hídricos existentes no país. A maior parte
dos parques eólicos se concentra nas regiões nordeste e sul do Brasil.
No entanto, quase todo o território nacional tem potencial para geração
desse tipo de energia.
No mapa 1, disponibilidade do potencial e produção de energia eólica no Brasil.
Fonte: Empresa de Pesquisa Energética, (2007).
Os 36 parques eólicos e fazendas eólicas do país, segundo dados de
2009, estão localizados no Nordeste (5 Estados), Sul (3 Estados) e Sudeste
(1 Estado).
Na tabela 1, os 6 maiores centros de geração de energia eólica do
país.
Nome Capacidade
instalada (MW)
Estado
Parque eólico de Osório 150 Rio Grande do Sul Usina de Energia Eólica de Praia Formosa
104
Ceará
Parque eólico Alegria
51 Rio Gde do Norte
Parque Eólico de Rio do Fogo 49 Rio Gde do Norte Parque eólico Eco Energy 23 Ceará
Parque eólico de Paracuru
23
Ceara
No Brasil, dados da Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica –
mostram que em maio de 2012 o país atingiu pela primeira vez 1 giga watt-hora
(GWh) de energia eólica e sua capacidade instalada só vem crescendo nos
últimos anos. Atualmente, os ventos estão produzindo 1,073 GWh, potencial
que pode abastecer uma cidade de 1,5 milhão de habitantes, e a energia eólica
já corresponde a 1% da matriz energética brasileira.
Ao focalizar internamente na geração de energia eólica, o Brasil é parte
de um movimento internacional para tornar a energia eólica uma fonte primária
de energia. O Brasil atualmente responde por cerca de metade da capacidade
instalada na América Latina, mas representa apenas 0,38% do total mundial.
O desenvolvimento da energia eólica no Brasil está ajudando o país a
alcançar seus objetivos estratégicos de aumentar a segurança energética,
reduzir as emissões de gases de efeito estufa e criando empregos.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O trabalho de pesquisa está fundamentado teoricamente pela leitura de
documentos escritos e online, disponíveis na literatura atual, como livros,
periódicos e outras publicações técnico-científicas pertinentes ao tema. Como
metodologia, será realizado um protótipo, que se constitui em um experimento
sobre o uso e conservação de energia por fontes alternativas e renováveis.
Com este trabalho, pretende-se apresentar avanços realizados por
meio do protótipo, de uma fonte geradora de energia limpa e sustentável, com
o intuito de fomentar a busca de soluções para os problemas atuais.
O ponto de partida é a montagem do sistema aero - gerador,
mostrando em detalhe a função de cada componente a ser utilizado em sua
construção e interligação com o sistema de automação e a fonte de energia.
Para tanto, será utilizado flaps (cata-vento) que tem a finalidade de
atuar como barreira para o vento e transmitir o seu movimento giratório a um
gerador. A energia gerada poderá ser armazenada em um banco de baterias,
utilizada para suprir necessidades eventuais.
O eixo da turbina eólica é conectado ao cubo do rotor. Quando o rotor
gira, o eixo gira junto. Desse modo, o rotor transfere sua energia mecânica
rotacional para o eixo, que está conectado a um gerador elétrico na outra
extremidade.
O gerador na essência é um dispositivo bastante simples, que usa as
propriedades da indução eletromagnética para produzir tensão elétrica - uma
diferença de potencial elétrico. A tensão é, essencialmente, "pressão" elétrica:
ela é a força que move a eletricidade ou corrente elétrica de um ponto para
outro. Assim, a geração de tensão é, de fato, geração de corrente. Um gerador
simples consiste em ímãs e um condutor. O condutor é um fio enrolado na
forma de bobina. Dentro do gerador, o eixo se conecta a um conjunto de imãs
permanentes que circunda a bobina. Na indução eletromagnética, se você tem
um condutor circundado por imãs e uma dessas partes estiver girando em
relação à outra, estará induzindo tensão no condutor. Quando o rotor gira o
eixo, este gira o conjunto de imãs que, por sua vez, gera tensão na bobina.
Essa tensão induz a circulação de corrente elétrica (geralmente corrente
alternada) através das linhas de energia elétrica para distribuição. Veja Como
funcionam os eletroímãs para aprender mais sobre a indução eletromagnética
e como funcionam as usinas hidrelétricas para aprender mais sobre geradores
acionados a turbina.
O motor será acoplado diretamente ao eixo, devido a utilização de um
“motor-gerador” de auto rendimento
O gerador usa a energia rotacional do eixo para gerar eletricidade, a
torre que sustentará o rotor, além de erguer todo o conjunto a uma altura onde
os flaps possam girar com segurança e distantes do solo.
Brasil é uma das referências mundiais na produção de pás eólicas
O Brasil sedia a segunda maior empresa fabricante de pás eólicas do
mundo. As pás eólicas são peças enormes, semelhantes as asas de avião, que
formam os geradores de energia limpa a partir do vento. O grande domínio
dessa tecnologia, entretanto, é pouco aproveitado internamente. A energia
eólica responde por apenas 1,5% da matriz energética brasileira, de acordo
com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Em Sorocaba, estão instaladas duas grandes
empresas, a Tecsis e a Wobben Windpower, que produzem equipamentos para geração de energia eólica.
A empresa é uma participante global da indústria eólica e exporta para praticamente todos os países que desenvolvem usinas.
(JORNAL CRUZEIRO DO SUL, 09/02/2014, p. 001).
GERADOR DE BAIXO CUSTO
Devido aos problemas encontrados para a fabricação dos geradores
convencionais, que além do custo elevado, ele necessitaria de alguns ajustes
mecânicos, como balanceamento dinâmico e estático.
Em geradores convencionais, é necessário que o vento tenha de
preferência uma velocidade e direção constantes, impossibilitando o
aproveitamento de ventos laterais ocasionando perdas de rendimento devido a
sua construção.
O protótipo que foi desenvolvido utiliza materiais de fácil acesso e
baixo custo, além disso, sua estrutura de giro horizontal permite o seu
acionamento em todas as direções do vento, não importando de qual direção
ele venha. Outro artificio utilizado são as aletas moveis (abre/fecha), com a
finalidade de diminuir o arraste contrario.
Estrutura montada. Fonte: O Autor
4 DESENVOLVIMENTO DO PROTÓTIPO
4.1 COMPONENTES PRINCIPAIS DO GERADOR DE BAIXO
CUSTO:
4.1.1 Aletas: capturam a energia do vento e a convertem em energia
rotacional no eixo;
- As estruturas serão desenvolvidas em PVC com tubos de ½” e
conexões apropriadas. Os tubos serão preenchidos com areia para que sua
estrutura fique rígida e que com o peso ele tenha melhor aproveitamento do
movimento rotacional. As aletas serão confeccionadas em fibra e presa à uma
haste móvel apoiada em rolamentos que serão fixados na estrutura
desenvolvida com tubos, com a finalidade de se abrir quando o vento incidir de
forma contraria e fechar quando o vento atacar a aleta de forma direta. Este
movimento de abre/fecha tem a finalidade de impedir o arraste contrario, deste
modo o torque gerado não se perdera, aumentando assim sua eficiência.
Assim podemos calcular o torque como sendo: força do vento x o braço
da alavanca, ou seja, a forca a ser produzida será diretamente relacionada a
velocidade do vento e a área de superfície das aletas e o braço de alavanca
será determinado pela dimensão do gerador.
Como a pesquisa envolve estudos aerodinâmicos, quando aumentadas
as áreas das aletas, as dimensões do gerador e o braço da alavanca, pode-se
conseguir maiores rendimentos para a geração de energia.
Flaps em construção Fonte: O Autor
De forma simplificada, podemos dizer que se pode calcular:
Com a fórmula geral F = A x P x Cd. Multiplique a área pela pressão
do vento e pelo coeficiente de arraste.
F= é a força.
A= é a área.
P= é a pressão do vento.
Cd= é o coeficiente de arrasto.
Cálculo estimado do protótipo em escala reduzida.
Flaps
Comprimento = 0,4m
Largura = 0,3m
Área = 0,3m x 0,4m
A = 1,2m²
Velocidade ou pressão do vento em Garça.
V = 8,0556m/s P = 19,3103Kgf/m² FONTE: Clima Tempo
Classe I A – Edificações menores que 20 metros.
FONTE: ABNT
Coeficiente de Arrasto do vento = 1,10.
F = A x P x Cd
F= 1,2 x 19,31 x 1,10
F = 25,49Kgf/m (força nos flaps)
OBS.: Pelo fato de o gerador ser circular e a força das pás serem
transmitidas ao centro da estrutura, a força é multiplicado pelo braço de
alavanca. Produzindo um torque maior quanto maior for o braço.
4.1.2 Estrutura móvel de abertura e fechamento das aletas:
Esta estrutura tem como finalidade, evitar o arraste contrario,
aumentando assim a eficiência no gerador.
O seu desenvolvimento é baseado no seguinte princípio:
- As aletas são presas através de uma haste metálica bi-apoiada em
rolamentos (modelo 626 ( d6 x D19 B6 r min 0.3 peso 8.1g) limite de rotação
40.000 RPM à óleo e 34.000 à graxa) que serão fixados na estrutura
desenvolvida com tubos. Os rolamentos tem a finalidade de diminuir o atrito e
dar mobilidade à haste, para que esta realize seu movimento.
4.1.3 Eixo: transfere a energia rotacional para o gerador;
A estrutura tubolar será fixada em um eixo central que transmitira o
movimento para o gerador.
4.1.4 Sistema de transmissão: aumenta a velocidade do eixo entre o
cubo do rotor e o gerador;
4.1.5 Gerador: usa a energia rotacional do eixo para gerar eletricidade
usando eletromagnetismo. Vai ser utilizado um motor brushlles (“Brushlles”
quer dizer sem escovas). Este é um motor de corrente continua de auto
rendimento e com isso sua forma construtiva proporciona um rendimento
elevado. O seu custo beneficio é satisfatório conforme sua aplicação, apesar
do custo elevado para aplicações comuns que não necessitem de auto
performance, podem ser utilizado, nesse caso, um motor CC convencional
escovado em que o custo é mais acessível, esse motor vem sendo muito
utilizado devido a suas vantagens em aplicações especificas. Hoje uma das
maiores aplicações é em aero modelos.
4.1.6 Torre: sustenta o rotor e a cabine, além de erguer todo o conjunto
a uma altura onde os flaps possam girar com segurança e distantes do solo;
Fonte: O Autor
4.1.7 Equipamentos elétricos: transmitem a eletricidade do gerador
através da torre e controlam os diversos elementos de segurança da turbina.
CUSTOS DOS MATERIAIS
MATERIAIS QUANTIDADE VALOR TOTAL
TUBO PVC 1/2" 30 METROS 58,65
CURVA 45° 1/2" 32 UNIDADES 18,64
CURVA 90° 1/2" 16 UNIDADES 5,84
TUBO PVC 8" 1 METRO DOAÇÃO
T 1/2" 64 UNIDADES 42,82
ROLAMENTO 626 16 UNIDADES 40
ROLAMENTO G 2 UNIDADES 10
NYLON 8" 2 UNIDADES 40
MOTOR CC 1 UNIDADE 90,00
CONDUTOR 2.5mm 6 METROS DOAÇÃO
CANO 1" 3 METROS DOAÇÃO
FLAPS 8 UNIDADES 160,00
TOTAL 465,95 FONTE: O AUTOR
PRIMEIRO PROTOTIPO EM ESCALA REDUZIDA:
Fonte: O Autor
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A automação e a mecatrônica contribuem para aumentar a eficiência
dos equipamentos e ajudar na melhoria de processos industriais e residenciais,
diminuindo desperdícios e abusos com o auxílio da tecnologia atrelado à
consciência humana.
O protótipo é um estudo de viabilidade e inovação no conceito de
geração de energia eólica, que vem se difundindo como fonte alternativa limpa
e renovável para o sistema energético nacional.
Partindo da ideia de construir um gerador tradicional, através de
estudos de estruturas, montagens mecânicas e aerodinâmicas, o gerador
convencional consiste em uma série de particularidades, sendo uma delas a
transmissão de ruído intensa. O que torna seu desenvolvimento um tanto
quanto complexo, principalmente, quanto à aerodinâmica e ajustes mecânicos.
Baseado em pesquisas, desenvolvemos um experimento diferente ao
tradicional, esse tipo de gerador já era utilizado na idade antiga nos primórdios
da utilização da energia eólica em alguns tipos de moinhos e bombas d’água,
sua montagem não requer tantos detalhes. O que o torna mais acessível,
visando reduzir o custo de sua produção com eficiência compatível aos
geradores já existentes no mercado e implantados nos parques eólicos
nacionais. Demostrando que os geradores convencionais, têm como principal
desvantagem, o custo elevado.
Além disso, as turbinas eólicas podem ser utilizadas em conexões
interligadas a rede elétrica ou em lugares isolados.
O trabalho proporciona abertura para novas pesquisas relacionadas
tanto na área de geração de energia renovável quanto a estudos de matérias e
métodos aerodinâmicos para agregar mais eficiência a ideia inicial do protótipo
já desenvolvido, o estudo de novas formas construtivas e tamanho do protótipo
pode trazer novos resultados.
O projeto atendeu as expectativas em vários sentidos como: o custo
reduzido dos materiais, fácil montagem e funcionamento. Girando facilmente
assim que o vento incidia em seus captadores. Além disso, fica em aberto para
novos estudos e pesquisas acadêmicas. Sendo que o mesmo contribui para o
incentivo as novas tecnologias.
6 REFERENCIAS:
ANEEL – Agencia Nacional de Energia Elétrica. Disponível em: www.aneel.gov.br>. Acesso em: 10 out. 2014. Livro: Fundamentos da Energia Eólica - de OLIVEIRA, Milton Pinto - RJ LTC 2013. Tecsis-Tecnologia de Sistemas Avançados. Disponível em:<http://www.tecsis.com.br/site /index.php>. Acesso em: 23 mar. 2014. Clima Tempo. Disponível em: www.climatempo.com.br/previsao-do-tempo/cidade/446/garca-sp Energia Eólica. Disponível em: evolucaoenergiaeolica.wordpress.com/energia-eolica-no-mundo/
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