Curso Direito à Memória e à Verdade

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Curso Direito à Memória e à Verdade Módulo II Unidade I Aula 3 - O Impasse Institucional de 1964. Objetivo da aula. Oferecer elementos que induzam à reflexão sobre a crise institucional de 1964 e a ruptura da ordem constitucional . Curso Direito à Memória e à Verdade - PowerPoint PPT Presentation

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Curso Direito à Memória e à VerdadeMódulo II Unidade I Aula 3 - O Impasse Institucional de 1964

Oferecer elementos que induzam à reflexão sobre a crise institucional de 1964 e a ruptura da ordem constitucional.

Objetivo da aula

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A Crise política de 1964

Os adversários mais radicais de Goulart – a União Democrática Nacional – UDN e os militares – acusavam-no de tentar a tomada do seu governo pelo nacionalismo radical.

Fachada do Jornal O Globo

No Congresso Nacional, a UDN procurava o impeachment pela conduta inconstitucional do presidente, mas este exigia a maioria dos votos da Câmara dos Deputados, votos que a UDN não possuía.

Os militares anti-Goulart também queriam afastá-lo do governo por suas supostas ilegalidades, mas não tinham o meio legal de fazê-lo. Mesmo com o apoio de alguns governadores e jornais influentes como o Jornal do Brasil, O Globo, O Estado de S. Paulo e Correio da Manhã.

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Medidas de Goulart

Solicitou ao Congresso a decretação do estado de sítio por um prazo de 30 dias. Por que? Pela inquietação dos ministros militares com a onda de greves e a violência de fundo político. Resultado: Três dias mais tarde, Goulart retirou o pedido, que estava alarmando os líderes sindicais que temiam ir para a cadeia durante o estado de sítio.

Com essas medidas, o presidente generalizou o temor em torno dos seus planos.

Permitiu a sindicalização de soldados e praças graduados.Resultado: Os oficiais viram como ameaça à disciplina militar, isto congregou até oficiais centristas que haviam hesitado em conspirar contra um presidente legalmente eleito.

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Goulart decide governar via decretos, envolvendo diretamente o povo. Marcou uma série de comícios, iniciando no Rio.Por que? Mobilização e aprovação da Reforma Agrária.Resultado: Milhares aplaudiram quando ele anunciou o decreto de nacionalização das terras

Com estas medidas, além de desafiar o Congresso e os adversários de suas reformas, Goulart não procurou aliados suficientemente fortes para o embate com as forças conservadoras.

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Presidente João Goulart em comício no Rio de Janeiro

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Goulart verificou que a esquerda não tinha unidade e viu-se enfraquecido.

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) - da linha de Moscou aconselhava-lhe cautela. o Partido Comunista do Brasil (PC do B) - da linha de Pequim, pedia medidas radicais, mas o número dos seus militantes era pequeno.

O governador Miguel Arraes, de Pernambuco e Leonel Brizola, defendiam uma política direta de redistribuição drástica da renda e da terra.

Miguel Arraes, em 1962,governador pela 1ª vez

Goulart e Brizola

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A doutrina ensinada na ESG constava a teoria da “guerra interna.” Segundo essa teoria, a principal ameaça vinha não da invasão externa, mas dos sindicatos trabalhistas de esquerda, dos intelectuais, das organizações de trabalhadores rurais, do clero e dos estudantes e professores universitários.

Os conspiradores sustentavam idéias marcadamente anticomunistas desenvolvidas na Escola Superior de Guerra - ESG.

Os adversários civis conquistaram a simpatia dos militares, fator essencial para o bom êxito do golpe.

Um memorando circulou nos quartéis de todos os estados brasileiros e sustentavam que o presidente devia ser deposto antes que suas ações enfraquecessem a própria instituição militar.

O coordenador dos conspiradores na área das forças armadas era o chefe do Estado-Maior do Exército, general Castelo Branco.

Organização do Golpe

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A Quebra do Estado de Direito - 1º de abril de 1964

O presidente descobriu que a mobilização popular que realizara não foi profunda. A destituição de Goulart foi executada por uma operação militar, na qual os militares legalistas, no passar do dia, debandaram-se às fileiras dos golpistas.

Goulart atravessava então a fronteira com o Uruguai.

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O golpe militar se caracteriza como violação dos direitos humanos?

Como em 1954, um governo democrático foi posto abaixo pelos militares.

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O Golpe de 64 é conhecido como “a quebra do estado de direito.” A violência e repressão espalharam-se rapidamente pelo país. Muitos lideres de movimentos desapareceram, vítimas de execução sumária, enquanto outros sofreram torturas geralmente aplicadas nos quartéis do Quarto Exército.

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SIM!

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O golpe recebeu esmagador apoio da imprensa, que salientou a atuação dos civis.

A repressão também foi exercida pelo governo de Lacerda, no Rio, e pelo de Adhemar de Barros, em São Paulo através da polícia política (DOPS) que perseguiu a muitos ativistas políticos de esquerda.

Tanques na rua - Cidade do Rio de Janeiro

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Chegamos ao final desta aula.Guarde na memória!

Por causa das suspeitas de subversão no nacionalismo radical de João Goulart, membros políticos, militares, apoiados pela elite econômica, queriam a retirada de Jango de seu posto, o qual se encontrava cada vez mais enfraquecido.

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Os militares não acharam grande dificuldade ao aplicar o golpe, em 1º de abril de 64, o qual se firmou às custas de repressão, censura, apoio da imprensa e força aplicada sobre uma sociedade fragmentada.

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