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CURSO: - PREPARADOR FÍSICO;
- METODÓLOGO DO TREINO; - TREINADOR DE GUARDA-REDES.
MÓDULO: PLANEAMENTO
Formador: Paulo Robles
Alto Rendimento – 961923009 / 228331303 www.altorendimento.net – info@altorendimento.net
Planeamento
Planear vs Sucesso
2
O que é Planear?; Planeamento semanal;
Operações de planeamento no processo de treino desportivo;
Estruturas de periodização;
Microciclo;
Sessão de treino;
O exercício de treino no futebol;
Periodização
Periodização Tática
O modelo de jogo;
Bibliografia
3
4
“ Até ao inicio do treino tenho duas horas de tranquilidade absoluta para, no silêncio do meu gabinete,
preparar com detalhe a sessão de trabalho que é
especificada de acordo com a analise que, com os meus
adjuntos, realizo deste microciclo no final da semana
anterior (…) Antes do treino ainda tenho tempo para breve contacto com os meus observadores
para uma perfeita identificação do adversário seguinte; com o
responsável da relva para o bom estado do campo do treino e em relação com as condições
meteorológicas previstas para o fim de semana; com os auxiliares de material de apoio no treino; com o
doutor para a avaliação da situação clinica e a definição do
plano para os lesionados e jogadores em fase de
integração.”
José Mourinho (2000)
• Planear é antecipar, prever uma sequência lógica e coerente do desenrolar de tarefas que nos levem a atingir objetivos previamente definidos;
• O planeamento é o processo que o treinador possui para poder definir as linhas de orientação do treino, quer ao longo de vários anos (plano a longo prazo), quer ao longo de um ano de treino.
5
O que é planear?
• É um procedimento de prognóstico que tem como finalidade a elaboração de um plano;
• Não termina com o inicio da execução do plano:
– Processo continuo
– Processo dinâmico
– Auto avaliações
– Adaptações.
6
O que é planear?
O que é Planear?;
Planeamento semanal; Operações de planeamento no processo de treino desportivo;
Estruturas de periodização;
Microciclo;
Sessão de treino;
O exercício de treino no futebol;
Periodização
Periodização Tática
O modelo de jogo;
Bibliografia
7
8
Planeamento semanal
9
Planeamento semanal
10
Planeamento semanal
11
Planeamento semanal
• Exercícios sem oposição para corrigir os aspetos importantes que estiveram errados;
• Potenciar comportamentos (estratégicos), tendo em conta as dificuldades que o próximo adversário, pode apresentar: (pouca ou nenhuma oposição) ex: saída de bola na 1ª fase de construção;
• Situações descontinuas: pausas para descanso; • Redução grande a nível da velocidade, da duração e da tensão
da contração; • Desenvolvimento dos subprincípios em regime de recuperação; • “Recuperação do sistema nervoso”; • “Solicitar as mesmas estruturas que o jogo requisita, retirando
aos exercícios, espaço, duração, e tempo em concentração”.
Carlos Carvalhal(2001)
12
Terça feira
13
Quarta-feira
• Desenvolvimento dos aspetos não tão coletivos, mas sobretudo ao nível dos comportamentos sectoriais, intersectoriais;
• Número, espaço e tempo, reduzidos; contrações de tensão muito elevados, duração reduzida e uma velocidade de contração elevada; existência de paragens: há muita pressão e muita rapidez de execução;
• Os jogadores não estão ainda completamente recuperados.
14
Quinta-feira
• Grandes princípios da equipa e alguns subprincípios diretamente relacionados: dinâmica coletiva;
• Articulação de setores com toda ou quase toda a equipa;
• Contrações musculares com maior duração, velocidade mais reduzida; tensão também mais reduzida;
• Não utilizar o espaço total de jogo (propensão, aumentar a densidade de certos comportamentos).
15
Sexta-feira
• Redução das intensidades que têm a ver com o jogo;
• Subprincípios ao nível de cada setor;
• Complexidade reduzida vs Elevada velocidade de decisão;
• 4x0 ou 8x4 ou 7x3 ou… 10x10!;
• Superioridade numérica em espaços reduzidos: velocidade de contração é predominante;
• Tensão da contração aumenta, duração reduzida (descontinuidade).
16
Sábado
• Pre-áctivação sem caracter aquisitivo;
• Reduzidas intensidades de contração;
• Tensão e velocidade elevadas, duração reduzidas;
• Automatismos;
• O que a equipa está a conseguir fazer bem ou o contrário;
• Aspetos de pormenor ligados ao adversário;
17
Analise sistemática ao jogo de futebol;
O que é Planear?;
Planeamento semanal;
Operações de planeamento no processo de treino desportivo;
Estruturas de periodização;
Microciclo;
Sessão de treino;
O exercício de treino no futebol;
Periodização
Periodização Tática
O modelo de jogo;
Bibliografia
18
Planear
Definição de
objetivos
Calendário competitivo
Operacionalização Periodização
Estudo prévio
19 Alves, 2006
– Determinar o rendimento competitivo da época anterior;
– Avaliar o grau de realização dos objetivos definidos na época anterior;
– Caracterizar o estado de treino atingido na época anterior com especial atenção às componentes da carga de treino;
– Definir o perfil atual do jogador ou equipa com que se vai trabalhar na época que está a preparar;
– Levantamento dos recursos disponíveis;
– Identificação das tendências evolutivas.
20
Operações de planeamento no
processo de treino desportivo
O estudo prévio
21
Definição de objetivos
Operações de planeamento no
processo de treino desportivo
22
Operações de planeamento no
processo de treino desportivo
Calendário Competitivo
23
Periodização
Operações de planeamento no
processo de treino desportivo
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Operacionalização
Operações de planeamento no
processo de treino desportivo
Analise sistemática ao jogo de futebol;
O que é Planear?;
Planeamento semanal;
Operações de planeamento no processo de treino desportivo;
Estruturas de periodização; Microciclo;
Sessão de treino;
O exercício de treino no futebol;
Periodização
Periodização Tática
O modelo de jogo;
Bibliografia
25
26
O Microciclo
Gradual
De desenvolvimento
• De carga
• De choque
• De aproximação ou pré competitivo
De recuperação
De competição
27
Doseamento da carga ao longo do Microciclo
a) Objetivos da sessão / natureza das cargas / fatores de treino predominantes;
b) Parâmetros da carga ( volume e intensidade ) / nível de carga;
c) Caracter seletivo ou complexo das sessões (parte principal); – Indutoras de maior ou menor cuidado de recuperação
– Recuperação cruzada
• SIM: aeróbia apos grande ativação neuromuscular
• NÃO: força explosiva após treino de velocidade
– Nível de acumulação de carga ( treinador)
28
A periodização do treino está intimamente ligada à noção de faseamento da forma desportiva
29
Estrutura do calendário competitivo – induz dois modelos básicos
de organização das cargas e de manipulação da curva de
forma, dificilmente compatíveis:
• OFD – Optimização da forma desportiva.
• PFD – Prolongamento da forma desportiva.
Organização e Periodização do Treino
Desportivo
30
Modelo Uni-Factorial do Processo de Treino
Carga e adaptação
Fadiga
EstímuloEstímulo
Recuperação
Super
compensação Destreino
Armstrong & VanHeest (2002)
31
Condução prática do processo de treino
O que sabemos: O organismo adapta-se às cargas de treino; Se as cargas tiverem intensidade e duração adequadas, provocam um efeito de supercompensação ; A progressão cuidada das cargas de treino pode provocar efeitos reiterados de supercompensação (acumulação do impacto da carga) e elevados e consistentes dos níveis de desempenho; Esta não ocorrerá se a carga mantiver sempre as mesmas características ou frequência (quantidade insuficiente); Sobretreino ou formas atenuadas de falha de adaptação ocorrem quando as cargas são excessivas e/ou a recuperação é insuficiente; A adaptação é específica à natureza do estímulo de treino.
Ritzdorf W (2008). Some Aspects of Coaching in the 21st Century 18th NACACTFCA Conference Aruba October
32
O que ignoramos: Qual a quantidade de fadiga necessária para que haja adaptação? Como distinguir fadiga metabólica e fadiga neuronal? Qual o período de tempo exigido para que haja regeneração? Qual a duração da supercompensação? Como se manifesta a variabilidade individual?
Ritzdorf W (2008). Some Aspects of Coaching in the 21st Century 18th NACACTFCA Conference Aruba October
Condução prática do processo de treino
1. Aumentar o impacto da carga anterior: possível sessão de objetivo idêntico mas reduzindo o nível de carga;
2. Estabilizar o nível de fadiga: manter objetivo mas baixar significativamente o nível de carga, em especial o volume da parte principal;
3. Facilitar processos de recuperação: alternar o objetivo da sessão seguinte, podendo aqui o nível de carga manter-se médio.
33
Nível de acumulação de carga (ex.)
34
Estruturas da periodização
Macro estrutura
Meso estrutura
Micro estrutura
Sessão de treino
Parte Introdutória
Parte Preparatória
Parte Principal
Parte Final
35
A estrutura da sessão de treino
Part
e In
tro
du
tóri
a • Prepara cognitiva e animicamente;
• Condiciona o estado de espirito para o treino;
• Dimensão informativa;
• Dimensão organizativa;
• Dimensão psicológica.
36
Part
e p
rep
arat
óri
a • Preparação para os aspetos metabólicos, neuromusculares e controlo motor da parte principal;
• Deverá trabalhar a elasticidade muscular e mobilidade ótimas;
• Ensaiar sequencias motoras especiais;
• Ativação do sistema cardiovascular e respiratório;
• Aumento da temperatura interna.
A estrutura da sessão de treino
37
Part
e p
rin
cip
al
• O aperfeiçoamento da técnica, da velocidade de deslocamento, ou tempo de reação, deverão ser trabalhados logo a seguir ao aquecimento;
• Se trabalharmos a resistência especifica, a duração da fase deve ser superior à da competição ou inferior com maior intensidade, com menor nº pausas;
• Se trabalharmos velocidade, a duração da fase deve ser inferior à da competição mas com maior intensidade, e aumento de duração das pausas.
A estrutura da sessão de treino
38
Part
e Fi
nal
• Processos de recuperação em doses especificas, tendo em conta as partes anteriores;
• Tarefas aeróbias cíclicas de baixa intensidade
• Alongamento muscular estático ativo ou passivo submáximo
• Formas de intensificação dos processos de regeneração muscular (massagem, banhos quentes, sauna, etc)
• Interação afetiva e emocional do treinador
A estrutura da sessão de treino
Analise sistemática ao jogo de futebol;
O que é Planear?;
Planeamento semanal;
Operações de planeamento no processo de treino desportivo;
Estruturas de periodização;
Microciclo;
Sessão de treino;
O exercício de treino no futebol; Periodização
Periodização Tática
O modelo de jogo;
Bibliografia
39
40
Atenção!Atenção!
Por muito bom que seja o exercício proposto, se os jogadores
não estiverem motivados para concretizar os objetivos, torna-
se perfeitamente banal.
Estrutura da tarefa de treino
Objetivos
Motivação
Ren
dim
ento
Ren
dim
ento
Ap
rend
izagemA
pren
dizagem
41
Os exercícios de treino no FutebolOs exercícios de treino no Futebol
Preparação de Preparação de
BaseBase EspeciaisEspeciais EspecíficosEspecíficos
Geral Específi
ca
Analítico
s
(isolados do
contexto)
Forma
Jogada
Jogo
Reduzido
Jogo Condicionado
Jogo
Formal
• Ativação
funcional
•
Qualidades
físicas / co-
ordenativas
• Retorno à
calma
• Jogos
pré-
desportivos • Aprendizagem
e
aperfeiçoament
o técnicos
(receção,
condução,
passe, remate,
técnica de Gr,
etc.)
42
Condicionantes estruturais
Tático-técnica
Regras de jogo
Espaço Numero
Instrumentos Tempo
Permitem criar situações mais ou menos próximas da lógica interna do jogo de futebol
43
• Compatibilizar
– Com as capacidades momentâneas dos jogadores;
– Com evolução que se quer que os jogadores atinjam, relativamente ao modelo de jogo;
• Especificar
– Um tipo predominante da resposta técnico-tática;
– Um conceito tático concreto;
– Uma dimensão estratégica.
Condicionantes estruturais
44
Condicionante Regras de jogo
• Simplificar
– Ex: lei do fora-de-jogo
• Manter
– Manter níveis de eficiência/eficácia
• Aumentar
– Os constrangimentos que derivam do regulamento – condicionalismos e prescrições mais severos
Normaliza ações dos jogadores, estabelecendo diferentes graus de liberdade
Resolve situações problema e de continuidade dos comportamentos
Permite um sentido
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Condicionante Espaço
• Dimensões
– Reduzido (<50m)
– Próximo da competição (até 70m)
– Idêntico
• Geometria (pressão em executar ação tático técnica em diferentes ângulos relativamente à baliza)
– Retângulo / quadrado / circulo / triangulo
• Divisão
– Corredor central (inversão do angulo de ataque e potencia a concretização do processo ofensivo) – possível divisão em setores
– Corredores laterais
• Utilização
– Independente (atacante e defesa – sem pressão)
– Comum
– Misto (jogadores em varias, outros nas próprias)
– Interdito (criação de situações de passe longo ou contornar espaços específicos)
46
Condicionante Tático-técnica
• Balizas (1, 2 ou mais)
– Só atacar / só defender / atacar e defender em simultâneo
• Condicionamento membro inferior
– Nas varias ações e das mais diversas formas
• Relações privilegiadas
– Jogadores e em determinados espaços vitais ( ex: passar a bola sempre a um dos pontas de lança, para espaços específicos de jogo onde se encontram ou se deslocam certos companheiros)
• Direcionamento
– Ex: em direção à baliza adversária ou utilizar apito, que provoquem a direcção do processo ofensivo, para certos espaços ou alvos
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• Produção energética
– Anaeróbio alático
– Anaeróbio lático
– Aeróbio (duração longa e com intensidade sub máxima de execução técnico tactica)
– Mista (alta e baixa solicitação)
• Tático estratégica
– Valorizar objetivos intermédios ou finais do exercício (ex: atingir golo nos primeiros ou nos últimos 30 segundos do exercício; numero de recuperações ou de perdas de posse de bola efetuadas numa determinada unidade de tempo; conseguir 10 passes consecutivos, deter posse de bola num determinado tempo)
• Tempo de decisão tactica técnico
– Nº de toques (diminuição do tempo de decisão)
– Nº de passes (potenciar jogo direto ou rápido)
– Redução tempo de posse( jogo rápido)
Condicionante Tempo
48
Condicionante Número
• Jogadores – Vantagens totais: ex: 7x5 (potenciar uma dinâmica ofensiva ou
defensiva) – Vantagens parciais: 7x7 com 2x1 ou 3x2 em setores ou
corredores • Toques
– Nº fixo (dar 2 toques sempre, mesmo que o jogador consiga resolver com 1)
– Nº limitado (ex: de 1 até 3) – Nº misto (por ação técnica ou por posição em campo, ou pelo
espaço do campo) – Nº ilimitado
• Passes – Acelerar repostas tacticas coletivas: mais posse ou jogo rápido
49
Condicionante Instrumentos
– Mais balizas ou mais bolas – Saltar barreira apos uma ação ou ação mal sucedida
ou bem – Tocar num sinalizador antes de rematar à baliza – Etc.
Bolas Balizas
Sinalizadores Barreiras
Plataformas Tabelas
50
51
52
53
A lógica de construção
Nível de organização (princípios de jogo)
Objetivo (predominância)
Articulação de princípios
metodológicos no Microciclo (esforço –
recuperação)
Planeamento das intensidades de
concentração e de esforço
Manipulação das variáveis estruturais do
exercício
Certificação do processo de
assimilação/aquisição ( ensino/aprendizagem)
Condução do exercício Auto e hétero avaliação
Analise sistemática ao jogo de futebol;
O que é Planear?;
Planeamento semanal;
Operações de planeamento no processo de treino desportivo;
Estruturas de periodização;
Microciclo;
Sessão de treino;
O exercício de treino no futebol;
Periodização Periodização Tática
O modelo de jogo;
Bibliografia
54
• Processo que organiza as estruturas intermédias, num quadro temporal bem definido, de modo a possibilitar, de modo ótimo, o cumprimento dos objetivos inerentes ao processo de treino desportivo.
55
Porquê a Periodização ?
56
Periodizar…
Desenvolvimento do processo de treino no tempo
Modelo teórico
Estrutura e
organização do
treino
Metodologia no
treino
A periodização do treino tem vindo a sofrer alterações ao longo dos tempos…
( Modelos tradicionais – Matveiev, etc )
• Colonização dos desportos coletivos pelas teorias dos desportos individuais;
– Convicção em conceitos até hoje ( pré época como base de todo o P. competitivo, “picos de forma”, etc )
• “Forma” vista numa dimensão física;
• “Carga”;
• Volume x Intensidade;
• Divisão em “fatores” físicos, técnicos, táticos e psicológicos.
57
Periodização Convencional
Tradicionalmente…
• Pré-épocas que visavam o desenvolvimento da condição física, sem respeitar o P. Progressividade;
• Praia e pinhal;
• Treino técnico-tático: “peladas” e “treino conjunto”;
• Paragens de campeonato para “recarregar baterias”.
58
Periodização Convencional
(Modelos contemporâneos – Seiru´lo e Bompa)
• Evolução pela maior adequação à especificidade das modalidades coletivas;
• Mas… vazio de modelos de periodização aplicados ao futebol.
59
Outras tendências…
60
Outras tendências…
Países do Norte da Europa e América do Norte
•Valorização do jogo do
ponto de vista
energético funcional
•Caracterização do
esforço do futebolista
Países Latino-Americanos
•Valorização do treino
“integrado”
Um modelo de periodização…
ou
uma orientação concepto-metodológica?
• Recusa a divisão da época em períodos (única estrutura é o microciclo);
• Organização no tempo da transmissão dos princípios e sub princípios subjacentes a uma forma de jogar concreta;
61
Periodização Tática
“O problema é entender o jogo. Depois de se entender o jogo, é necessário que se entendam os vários jogos (as varias formas de jogar). Só depois o objeto da preocupação passa a ser o nosso jogo” (Frade, 2003)
• Consiste em distribuir no tempo a aquisição de comportamentos táticos (princípios e sub princípios) inerentes a uma forma de jogar concreta (especifica), com a subjacente convergência das dimensões técnica, física e mental;
• Sobrepõe o coletivo ao individual.
62
“Pretende-se não uma integração de fatores, mas de princípios” (Frade, 2003)
Periodização Tática
• É uma conceção de treino, que pretende, através do respeito por um Matriz Conceptual e diferentes Princípios Metodológicos próprios, construir um Jogar Especifico.
63
Uma construção que é um processo
dinâmico, não linear ( e sem fim…)
Periodização Tática
• É uma conceção que vê o treino como um processo de ensino/aprendizagem (não apenas como momentos de exercitação);
– Ensino: porque ensinar pressupõe contextualizar e orientar para a aquisição de determinados saberes, conhecimentos, competências, experiências, isto é… “indicar caminhos”;
– Aprendizagem: porque aprender é a aquisição de saberes conhecimentos, competências, experiências, isto é… “viver, experienciar o caminho”.
64
Periodização Tática
• Periodização – Porque existe a necessidade de haver um espaço temporal, para a
criação de um jogar. Em termos gerais a época desportiva. Em termos estruturais, operacionais e funcionais, o Microcilo.
• Tática – Em virtude de ser esta a dimensão, a Coordenadora e
Modeladora, de todo o processo de treino.
65
Periodização Tática
• Período pré - competitivo
– Adaptação ao esforço (2/3 dias)
– Microciclos de adaptação ao(s) Microciclo(s) do P. Competitivo (1 e 2 jogos/semana)
– + volume pela > duração dos períodos de recuperação associada a + transmissão de informação
66
Convicções… e preocupações!
P. Progressividade
P. Adaptabilidade
Criar habituação
Exercícios
Sessões de treino
Jogo (competição)
Estrutura do(s) Microciclo (s)
67 Aroso (2006)
• Modelo de jogo ambíguo;
• Planificação despormenorizada;
• Feedback generalista;
• Incorreta “progressão pedagógica!” de princípios de jogo;
• Facilitismo;
• Excessivas preocupações com tempos de exercitação e volumes/intensidades de treino;
• Perda de credibilidade como líder de grupo Liderança, baseado na competência técnica;
• Monotonia no treino;
• Exercitação de exercícios e não de princípios;
• Controlo de evolução do processo de treino.
68
Erros metodológicos na aplicação da PT
• Principio da Progressão Complexa;
• Principio da Alternância Horizontal em Especificidade;
• Principio das Propensões.
69
Princípios metodológicos
Analise sistemática ao jogo de futebol;
O que é Planear?;
Planeamento semanal;
Operações de planeamento no processo de treino desportivo;
Estruturas de periodização;
Microciclo;
Sessão de treino;
O exercício de treino no futebol;
Periodização
Periodização Tática
O modelo de jogo; Bibliografia
70
71
• “O Modelo é qualquer coisa que não existe, mas que todavia se pretende encontrar.”
(Vítor Frade, 1998)
72
• “O Modelo de jogo é um conjunto de princípios, regras de ação e de gestão que orientam e permitem a regulação do processo de treino, possibilitando ao treinador e aos jogadores conceber o planeamento que se deve seguir, em função dos objetivos formulados.” (
(Garganta, 2003)
O que é o Modelo de jogo?
73
De um ponto de vista teórico…
• “Constitui-se por um conjunto de orientações, regras de ação e princípios, que funcionam como ponto de partida essencial e referencial para a orientação geral da ação da equipa e para a sua organização.”
(Castelo, 1996; Garganta, 1996; 2000; 2003; Santos, 2006)
• “Assume uma importância essencial na modelação do pensamento e o comportamento tático dos jogadores.“
(Garganta, 1997; Castelo, 2006; 2008; Castelo e Matos, 2006)
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De um ponto de vista menos teórico…
• “É a forma de preparar os nossos jogadores, indo ao encontro do que pretendemos coletivamente para a equipa.”
(Castelo 2008)
• “O modelo de jogo, bem como os princípios que lhes são associados, são elementos nucleares de uma forma especifica de jogar e de expressão tacticas da equipa perante o processo de treino ou de competição.” (Castelo 2008)
• “Conjunto de princípios orientadores da filosofia de treino e de jogo de uma equipa, envolvendo todas as dimensões técnicas, tacticas, psicológicas e culturais.” (Castelo 2008)
75
Modelo de jogo = “Lei castradora” ?
• O jogar organizado abre mais espaço para a criatividade;
• O ato criativo comporta riscos…
• Drible, pode dar uma perda de bola.
Mas se a equipa jogar de modo organizado, se existir cobertura ofensiva ao jogador do drible, a probabilidade de a recuperar é maior.
Quanto “melhor” o modelo de jogo, maior a possibilidade de expressar a individualidade através da respetiva criatividade, sem prejudicar o coletivo.
76
Como Construir um modelo de jogo?
Ideias de jogo do treinador
Momentos de jogo
Princípios e subprincípios de jogo
Organizações estruturais
Capacidades e características dos jogadores
Estruturais e objetivos do clube
Aspetos culturais (clube)
O processo de construção do Modelo de Jogo de uma equipa de futebol. (retirado de Guilherme Oliveira, 2008)
77
“Particularizar no coletivo”
• Potenciar os aspetos positivos de cada jogador (lateral rápido / exímio marcador de livres);
• Esconder “debilidades” dos jogadores da equipa (GR com dificuldades fora da baliza / central com dificuldades em sair a jogar: não construir jogo aí);
• Não deverá ser uma construção teórica imposta, mas sim comportamentos aprendidos e apreendidos de forma ativa e consciente.
78
Fatores de sucesso no Modelo de Jogo:
• Criação de cenários de treino mais ou menos complexos, sem desvirtuar a logica organizacional da equipa;
• Analisar o rendimento no sentido individual e coletivo;
• Potenciar uma linguagem comum (de forma precisa, económica e segura).
79
Operacionalização do modelo de jogo
• “O modelo de jogo, assume-se, pois, como um mapa para o treino especifico da equipa.”
(Garganta, 2000; Barbosa, 2003)
• “(…)Potenciando a rentabilização do desenvolvimento nos jogadores / equipas de traços comportamentais que induzem a forma de jogar pretendida.”
(Barbosa, 2003)
Linha orientadora do treinador e consequentemente, um guia de ação dos jogadores para se chegar a uma forma especifica de jogar.
80
• Modelo de jogo (caminho)
Condiciona
• Um modelo de treino
Contem
• Modelos de exercícios + modelo de preparação dos jogadores
Garante
• Permanente evolução individual e coletiva
81
Modelo de jogo
Modelo de treino
Modelo de análise
Modelo de jogador
82
Modelo de treino
• “O modelo de treino deverá conter em si, meios, métodos e formas que proporcionem a apropriação (aprendizagem e aperfeiçoamento) de comportamentos técnico - táticos sustentados no desenvolvimento das qualidades físicas especificas, dentro de quadros próximos das situações reais de competição”,
(Ferreira e Queiróz, Castelo, 1996)
Simular Prever Antecipar
83
Que Treino?
Aprendizagem de comportamento tático técnicos
Desenvolvimento das qualidades
físicas especificas
Situações próximas da competição
Potenciar rotinas
Saber estar perante situações de
desordem e de instabilidade
Situações dinâmicas
Adequação ao contexto em
mudança
84
Princípios…
Princípios metodológicos do treino
Princípios “particulares”
do jogo
Princípios do jogo
Princípios “particulares”
do treino
85
Princípios do jogo
Princípios Princípios
Fundamentais ou gerais
Fundamentais ou gerais
1.Recusar a inferioridade numérica
2. Evitar a igualdade numérica
3. Criar a superioridade numérica
1.Recusar a inferioridade numérica
2. Evitar a igualdade numérica
3. Criar a superioridade numérica
Específicos Específicos
Ataque
1. Penetração
2. Cobertura ofensiva
3. Mobilidade
4. Espaço
Ataque
1. Penetração
2. Cobertura ofensiva
3. Mobilidade
4. Espaço
Defesa
1. Contenção
2. Cobertura defensiva
3. Equilíbrio
4. Concentração
Defesa
1. Contenção
2. Cobertura defensiva
3. Equilíbrio
4. Concentração (Queirós , 1983)
86
Princípios e subprincípios
• “Os princípios, os subprincípios e os subsubprincípios… são determinadas características, comportamentos e padrões de comportamento táticos coletivos, inter sectoriais e individuais que o treinador deseja que os seus jogadores e a sua equipa revelem durante o jogo, nos diferentes momentos.”
(Guilherme Oliveira, 2003)
Princípios específicos ou culturais da defesa e ataque vs
Princípios relacionados com o Modelo de Jogo especifico
87
Princípios de jogo
Características
Conscientes
Simples
Grau relativo de
generalização
Em paralelo com
mecanismos motores
Participam na
explicação da ação
88
Princípios Metodológicos do Treino
Cada jogador é um ser vivo e não uma máquina, e fisicamente (e não só) tem limites.
89
Articular princípios e articular subprincípios no exercício de
treino
• Princípio: qualidade de posse de bola
• Subprincípio: posse com transição de zona ou evitar passe em primeira estação
• Utilizar espaços mais reduzidos e com menor numero de jogadores (exemplo)
• Utilizar espaços maiores, realizando articulação de subprincípios
90
• “A especificidade um exercício de treino é total quando incide sobre uma ação de jogo referente ao modelo de jogo, pois não basta que esse exercício esteja ligado ao fato de ser uma ação de jogo.”
(Guilherme Oliveira, 1991)
• Os exercícios não são simplesmente situacionais, ou seja, estão interligados com o modelo de jogo e respetivos princípios de jogo definidos pelo treinador.
Situação de passe receção em triangulo, ou quadrado, etc Vs
Articulação de passes em setores, circulando por todos os corredores
Especificidade no treino
91
Níveis de concentração – Intensidade de esforço
“Correr por correr”
• Desgaste energético natural
• Complexidade nula
• Desgaste emocional nulo
• Concentração <
“Situações complexas com requisitos técnicos, táticos, psicológicos”
• Complexidade elevada
• Concentração >
92
O treinador deve conhecer:O treinador deve conhecer:
• As invariantes informacionais chave que determinam a precipitação de contextos de jogo favoráveis;
OO treinadortreinador devedeve serser::
• Criativo na manipulação de constrangimentos da tarefa, de forma a recriar PEQUENAS VERSOES DO JOGO.
Simplificação vs Decomposição Manutenção da logica interna do
jogo
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94
Bibliografia
OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO!
Formador: Paulo Robles
Email:
robles.paulo@gmail.com
ObrigadoObrigado pelapela vossavossa presençapresença ee
participação!participação!
FaçamFaçam oo vossovosso própriopróprio caminho!caminho!
Inovem,Inovem, sejamsejam criativoscriativos ee criemcriem argumentos!argumentos!
AtéAté umauma próxima!próxima!
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