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-Perdeste a fé em ti mesmo e pensas acabar com tudo?-Carregas tamanha desilusão no tocante aos outros, que não mais
encontras razão para viver?-Acalentas propósito oculto e absolutamente imanifesto, de desertar da
existência?
Calma! Ainda não tentaste todos os recursos nos problemas que te espezinham.
Espera! Muitas equações existem que não foram lembradas.Medita! A esperança não pode morrer assim.
Sofreia ímpetos, pacifica pensamentos, ventila o cérebro e desanuvia o coração. Quem tem o direito de desfazer-se da vida? E, além disso, quem já usufruiu todos os encantos e arrebatamentos, lícitos e naturais, que a
experiência humana pode oferecer?
Sempre há uma solução que ainda não foi aventada; uma idéia que ninguém teve; uma pessoa a que se não recorreu; uma saída
até agora não entrevista.
Hás de convir que a tua vida na Terra nem sempre foi um caminho em fogo, como acontece agora, e concordarás em que já colhestes
momentos de júbiloinolvidável.
Impossível acreditar que não te recordes, com sincera saudade, de episódios que a lembrança, de vez a vez, te induz a revisar na memória
enternecida. A romagem oscila sempre entre a dor e o prazer, a lágrima e o sorriso.
Se presentemente troa a tempestade, logo mais se abrirá o horizonte na apoteose do arco-íris. A ponderação, até hoje, onde aparece no mundo,
consegue evitar o desastre. O teu caso não será exceção.
Jesus, tão discutido, tão mal interpretado e, contraditoriamente, tão amado, é a fórmula ideal. E a sua voz ainda nos ecoa nos ouvidos:
“Vinde a mim, todos vós que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei.”
Ir a Jesus demanda atitudes específicas, nas trilhas do burilamento espiritual como sustentar a esperança, reconhecer se mais humilde,
garantir a serenidade na resignação, não exagerar as próprias conveniências sair de si mesmo, servir aos outros, perseverar no melhor.
Receberás o alívio prometido por ele, através do reencontro contigo na íntima superação do desencanto e do desespero, pela rendição racional à paciência e ao erguimento do bem, quando achares a paz que supunhas
fora de ti...
A confiança momentaneamente eclipsada, a alegria a que tu te desabituaste e o anseio de viver que reabraçarás, exultante de regozijo.
“Bem aventurado és tu que chora, porque serás consolado.”
Nas mágoas e provações que te alanceiam a alma, já usaste múltiplos remédios que não te minoraram a dor, porém, não
exauriste a farmacopéia da vida.
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