Daiany Ferreira Dantas · Karl Heinrich Marx, economista e filósofo alemão. Nasceu em Tréves a 5...

Preview:

Citation preview

Daiany Ferreira Dantas

PONTO DE MUTAÇÃO

17 a 23min.

A história da pesquisa em comunicação é a história das teorias que a abastecem.

Sociologia, Antropologia, Ciência política, Psicologia, Semiologia, etc.

Paradigma “pode ser considerado a visão de mundo partilhada por uma comunidade científica que se expressa por meio do trabalho teórico” (LOPES, 1990, p. 36)

Caráter universal dos 3 paradigmas centrais das Ciências Sociais

Weber Marx Durkheim

Variações Teoria crítica (marxista) – Frankfurtianos,

Althusser, Gramsci.

Karl Heinrich Marx, economista e filósofo alemão.

Nasceu em Tréves a 5 de maio de 1818. Filho de um advogado judeu convertido ao protestantismo. Estudou direito em Berlim

Era ativista político. Em parceria com Engels elaborou a doutrina

do capitalismo científico. Suas obras mais famosas foram póstumas: O

manifesto comunista e O capital.

Nasceu na cidade de Erfurt, na Turíngia, hoje sumida no anonimato da República Democrática Alemã. Mas, em 1864.

Filho de um industrial e uma professora liberal e

humanista. F Foi professor universitário, jornalista, historiador,

economista, filósofo e, principalmente, sociólogo.

Era um racionalista por excelência, acreditava no poder do estado e na objetividade progressista do trabalho.

Compreendia que as ações humanas tinham força transformadora na sociedade.

Durkheim foi o fundador da escola francesa de sociologia, posterior a Marx, que combinava a pesquisa empírica com a teoria sociológica. Partindo da afirmação de que "os fatos sociais devem ser tratados como coisas", forneceu uma definição do normal e do patológico aplicada a cada sociedade . Suas principais obras são Da divisão do trabalho social; Regras do método sociológico e O suicídio.

Theodor Adorno ( 1903- 1969) É um filosófo da Escola de Frankfurt. Obra considerada uma das mais complexas do século XX, fundamenta-se na perspectiva da dialética. A Dialética do Esclarecimento foi escrita em colaboração com Max Horkheimer durante a guerra, é uma crítica da razão instrumental, fundada em uma interpretação negativa do Iluminismo, de uma civilização técnica e da lógica cultural do sistema capitalista (que Adorno chama de "indústria cultural").

Louis Althusser (1918-1990)

Althusser é considerado um dos principais nomes do estruturalismo francês dos anos 1960, juntamente com Claude Lévi-Strauss, Jacques Lacan, Michel Foucault ou Jacques Derrida, apesar de seu cuidado em criticar o estruturalismo como espécie de ideologia burguesa. Marxista, filiou-se ao Partido Comunista Francês em 1948.

No mesmo ano, tornou-se professor da École Normale Supérieure. Desenvolveu a teoria dos Aparelhos ideológicos do estado.

Autor de obras lidas e traduzidas no mundo inteiro como Lire Le Capital (1965), Pour Marx (1965) ou Positions (1976).

António Gramsci (1891 – 1937) Foi um foi um político, cientista político, comunista e antifascista italiano Membro fundador do Partido Comunista Italiano. Teorizou sobre conceitos chave, como sejam a hegemonia, a base, superestrutura, intelectuais orgânicos e guerra de posições.

1) Dependência científica; (fontes financiadoras, método e técnica

exógena, escassez de projetos teóricos). 2) Características da comunidade científica; (Intelectual orgânico(?), “ideias fora do lugar” 3) As problemáticas investigadas.

Década de 50

Pesquisas funcionalistas baseadas em métodos quantitativos: de conteúdo (dos meios), de audiência (IBOPE, MARPLAN) e de efeitos (sondagens de atitudes e motivações).

Década de 60

Pesquisas funcionalistas descritivas com base em método comparativo (CIESPAL) e de estudos de comunidade (difusão de inovações), dentro da linha de pesquisa de comunicação e desenvolvimento.

Primeiros estudos sobre indústria cultural.

Década de 70

Pesquisas funcionalistas descritivas sobre políticas de comunicação nacionais e internacionais (linha de pesquisa: Comunicação e Política).

Pesquisas críticas sobre indústria cultural, com temáticas da manipulação, dependência e transnacionalização, com metodologia sociossemiológica.

Década de 80

Pesquisas funcionalistas sobre aspectos sistêmicos da produção (técnico-profissional) e da circulação da comunicação.

Estudos críticos de modelos teóricos e esforço para elaboração de uma teoria metodologia da comunicação latino-americana.

Década de 80

Politização das pesquisas em Comunicação, com forte influência Gramsciana, com metodologias qualitativas; temáticas: novas tecnologias da comunicação, transnacionalização, cultura e comunicação popular.

Menos ênfase ao conceito de classe; Conceito de sociedade de massas; Não identificação da cultura como modos de

vida diferenciados; Cultura popular sem o sentido de classe –

culturas inferiores agregadas à cultura de massas.

“Cultura da pobreza”;

Princípios metodológicos do paradigma funcionalista

1) Análise centrada no receptor; 2) Enfoque psicossociológico e

psicolinguistico. 3) A preocupação com conceitos operacionais. 4) O nível descritivo de estudo.

1) Análise centrada no receptor

Pesquisas de mercado e de opinião (anos 1930);

Teoria do fluxo da influência (Lazarsfeld) – two step flow – papel do líder de opinião.

Equacionamento estrutural. Linhas: Comunicação e desenvolvimento e

Políticas de comunicação.

2) Enfoque psicossociológico

Estudo de atitudes observáveis, disposições

subjetivas; Processos de interação e cognição; Codificadores e decodificadores – categorias

psicologizantes e a-históricas. Ex.: cultura da pobreza.

3) Preocupação com conceitos operacionais

Relações causais entre variáveis quantitativas;

Popular como setor a ser modernizado; Concepção organicista da sociedade.

4) Nível descritivo dos estudos

Traço marcante na pesquisa funcionalista dos Eua;

Caráter empirista e pragmático; “Técnicas de controle social”. Decorre menos da aplicação que da

segmentação (recorte). Modelo unilinear (Lasswell – emissor,

receptor, mensagem).

Princípios metodológicos que regem o paradigma marxista:

1) Análise é centrada no produto e na produção cultural - Inferências a respeito do consumo, dentro de uma modalidade social histórica;

2) Modelos macroestruturais, incorporando categorias históricas na análise, como classe social, dominação, hegemonia, racionalidade, técnica, ideologia, etc.

3) Nível ideológico das ações sociais – simbólico. 4) Nível interpretativo da abordagem.

Abordagens historicistas; Abordagens estruturalistas; Ideologia – influência da linguistica

contemporânea na análise de mensagens dos MCM. (Althusser).

Trabalho de Martellert e Verón.

Anos 30

Crise da democracia liberal burguesa; Ascensão do fascismo; Sociedade e cultura são resultado da

associação entre o capital e o progresso técnico;

Totalitarismo na sociedade moderna; Indústria cultural – aparelho ideológico.

Brasil – anos 70 Chave de leitura para as mudanças na esfera

cultural do país;

Ideologia repressiva X avanços.

Elitista – formas altas da cultura e visão pessimista do proletariado.

O biscoito fino e a massa – elite privilegiada, arte subversiva.

Sem cultura popular.

Renato Ortiz

A moderna tradição brasileira.

Análise histórico-concreta – o material e o humano.

Cultura de classes subalterna Ideologia de hegemonia; Ideologia de classes populares; Processo através do qual se formam

compreensões de mundo. Coexistência não harmoniosa entre culturas.

Cultura popular – traço gerador e distintivo;

Possui modo de produção e percepção;

Lógica de representação;

Dialetizar investigação e apontar estratégia de construção da hegemonia;

Culturas desniveladas

Hegemônicas Subalternas

Popular – posição relacional.

Popular – se define não por sua origem, mas por seu uso.

Eliseo Verón Jesus Martín-Barbero

Ciência, Sociedade e Estado no Brasil

Universidade

Programas de pós-graduação

Desenvolvimento de metodologia de

pesquisa própria

Realidade da Pesquisa em Comunicação no Brasil

Pesquisadores – deter o controle orgânico

das pesquisas institucionais, se comprometendo com a realidade cultural comunicacional das classes populares.

Relações sociais – comunidade científica – realidade.

1964 – Segurança e Desenvolvimento Passa a orientar a política científica.

Do lado da segurança – cerceamento de

manifestações críticas ao governo.

Desenvolvimento – ênfase na pesquisa científica e na formação de cientistas e profissionais especializados (desenvolvimento X crescimento).

Criação do Brasil, grande potência.

64 - AI 5 – aposenta e demite cientistas e professores

69 – Reforma Universitária – racionalidade

instrumental/ eficiência técnico-profissional/ aumento da produtividade econômica/ assegurar expansão industrial brasileira

Implatação da educação técnica; diminuindo a concentração ensino superior – investimento de alta rentabilidade,

longo prazo.

Estudos de curta e longa duração Graduação e pós-graduação – mestrado e

doutorado, cabendo a cada nível um valor acadêmico diverso.

Pós-graduação – meta, para: Formar professores para o magistério superior, o que viria

a sanar o impasse provocado pela expansão de matrícula nos cursos de graduação;

Estimular o desenvolvimento da pesquisa científica mediante a formação de pesquisadores, o que diminuiria a necessidade de enviar cientistas e técnicos para aperfeiçoamento no exterior;

Assegurar um treinamento eficaz de técnicos e trabalhadores intelectuais de alto padrão para atender às necessidades do desenvolvimento nacional de ponta.

Pós-graduação – meta, para: Formar professores para o magistério superior, o que viria

a sanar o impasse provocado pela expansão de matrícula nos cursos de graduação;

Estimular o desenvolvimento da pesquisa científica mediante a formação de pesquisadores, o que diminuiria a necessidade de enviar cientistas e técnicos para aperfeiçoamento no exterior;

Assegurar um treinamento eficaz de técnicos e trabalhadores intelectuais de alto padrão para atender às necessidades do desenvolvimento nacional de ponta.

Conjunto de medidas financeiras e

institucionais. Ótica tecnocrática – qualidade das

instituições depende da organização interna, qualidade de pessoal e adequação entre meios e fins.

Precariedade dos recursos docentes, técnicos, bibliográficos e editoriais;

Relação ensino-pesquisa deficitária – campo

da comunicação ainda mais incipiente. Lugar inexpressivo da área de Metodologia

da Pesquisa (Brasil e AL) Falta de concepção teórico curricular.

Ausência de disciplinas como epistemologia e

Pesquisa em Comunicação. Ensino não atua interativamente com a

investigação dos fenômenos de Comunicação; Relação – formação como pesquisadores –

atuação – enfoque disciplinar. “Naturalização” da pesquisa científica: procurar

informação, processá-la e tirar conclusões;

PROBLEMA Confusão entre pesquisa científica e pesquisa

didática; Indefinição do sentido de pesquisa nos cursos

de Comunicação Social.

PG – longe de uma consolidação Regulados por agências externas – ausência

de autonomia universitária Escassez de dados e reflexão sobre

metodologia e epistemologia da Comunicação.

Critérios – pretensões de cada orientador, linhas de pesquisa.

Linhas e eixos – condicionamentos teóricos e institucionais.

Falta de processos centralizadores que fortaleçam as linhas

Condicionadores teóricos – concepção de comunicação a partir de alguns paradigmas científicos, condicionamento às linhas dominantes.

Pluralismo teórico, prioridade de critérios de mérito e excelência da pesquisa.

Objetar que recursos orientem critérios científicos.

Unificação nas orientações dominantes – prejuízos que realimentam a área.

Compromisso social da pesquisa X

compromisso com a titulação

Tecnicismo – pesquisas descritivas e práticas voltadas para questões de habilitação, capacitação e técnica profissional

Caso ECA (1972-1980) Área Mestrado Doutorado

UFRJ Comunicação 1972 1983

USP Ciências da Comunicação

1972 1980

PUC/SP Com. e Semiótica

1970 1978

UnB Comunicação 1974 2002

Estudos de ideologia 16%

Estudos dos meios 15%

Estudos das organizações 11%

Estudos históricos 10%

Estudos de profissão 6%

Estudos de recepção 5%

Estudos de ensino 5%

Estudos de consumo 5%

Estudos metodológicos 2%

Estudos teóricos 1%

GRANDE ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

ÁREA (ÁREA DE AVALIAÇÃO)

Programas e Cursos de pós-graduação

Totais de Cursos de pós-graduação

Total M D F M/D Total M D F

ADMINISTRAÇÃO ( ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E TURISMO )

110 41 2 36 31 141 72 33 36

ARQUITETURA E URBANISMO ( ARQUITETURA E URBANISMO )

25 11 0 3 11 36 22 11 3

CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO ( CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS I )

11 4 0 1 6 17 10 6 1

COMUNICAÇÃO ( CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS I )

38 23 0 0 15 53 38 15 0

Mestrados/Doutorados Reconhecidos

pesquisar60900008CIÃ? ? NCCOMUNICCIÃ? NCIA

Recommended