Deficiências e Tecnologias Assistivas

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Tipos de Deficiênciase Tecnologias Assistivas

©2012 Cláudio Diniz Alves e Janicy Rocha

O que é deficiência?

Toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano.

Decreto 3.298 de 20 de Dezembro de 1999. Diário Oficial da União, Brasília, 21 dez. 1999.

Quem são as pessoas com deficiência?

Pessoas com deficiência: são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. 2008.

O que é Tecnologia Assistiva?

Tecnologia assistiva: Área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. (ATA VII - Comitê de Ajudas Técnicas - CAT).Conjunto de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para atenuar os problemas encontrados por pessoas com deficiências.

Cook, A.M., & Hussey, S.M. (2002): Assistive Technologies: Principles and Practice (2nd edition). Mosby – Year Book, Inc., 523 p., 2001.

Quais são os tipos de deficiência?

Física, Auditiva, Visual, Mental e Múltipla. Decreto nº 5.296 de 02 de Dezembro de 2004. Diário Oficial da União,

Brasília: Senado Federal, 03 dez. 2004.

Motora, Auditiva, Visual e Mental/Intelectual. Censo 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Alguns preferem o termo deficiência cognitiva a deficiência mental/intelectual.

TIPOS DE DEFICIÊNCIA

Auditiva

Pessoas com deficiência no Brasil

(Censo 2010)

9.717.318

2.611.536

35.774.392

13.265.599

MentalIntelectual

Motora Visual

Deficiência Motora/Física

“Alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.”

Decreto nº 5.296 de 02 de Dezembro de 2004. Diário Oficial da União, Brasília: Senado Federal, 03 dez. 2004.

As deficiências físicas são relacionadas às disfunções do aparelho locomotor, prejudicando movimentos de partes do corpo, o manuseio de objetos e a interação com o mundo físico. Ademais, podem-se destacar como deficiências físicas (permanentes ou temporárias) quealteram o desempenho de funções: distúrbios de postura, patologias da coluna, reumatismos, sequelas referentes a politraumatismos ou queimaduras, esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica, Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).

TECNOLOGIAS ASSISTIVAS PARA DEFICIÊNCIA MOTORA

Deficiência Auditiva

“Perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma.”

Decreto nº 5.296 de 02 de Dezembro de 2004. Diário Oficial da União, Brasília: Senado Federal, 03 dez. 2004.

Caracterizada pela perda auditiva no que se refere a sons específicos, ambientais e os da fala humana. Essa perda não impacta apenas em dificuldades auditivas, mas também em aspectos linguísticos, educacionais, sociais e culturais.

Lane, H.; Hoffmeister, R. & Bahan, B. (1996). A journey into the deaf-world. DawnSignPress.

PERDA AUDITIVA OU DEFICIÊNCIA AUDITIVA

É a falta de habilidade em perceber ou interpretar o som. Varia desde a dificuldade em ouvir sons suaves ou entender a fala até a completa surdez.A gravidade da perda auditiva é classificada em função do limiar auditivo, definido de acordo com a menor intensidade com que o indivíduo escuta o som:

Limites Normais: 10 a 26 dBPerda Leve: 27 a 40 dBPerda Moderada: 41 a 55 dBPerda Acentuada: 56 a 70 dBPerda Grave: 71 a 90 dBPerda Profunda: acima de 90 dB

VILLAR, Maria A. Monteiro; LLERENA JUNIOR, Juan Clinton. Aspectos biológicos da deficiência auditiva. Rio de Janeiro: Editora UNIRIO, 2008.

SURDEZ CONGÊNITA

Quando o indivíduo nasce surdo, isto é, nunca teve a capacidade de ouvir nenhum som. Possui uma série de dificuldades na aquisição da linguagem, bem como no desenvolvimento da comunicação, normalmente realizada por meio de uma língua de sinais. Alguns surdos são oralizados, ou seja, usam a língua oral.

TECNOLOGIAS ASSISTIVAS PARA DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Aparelhos de amplificação sonora e gravação: próteses auditivas, implante coclear, softwares que melhoram o desempenho do áudio do computador, vocalizadores.

Prótese auditiva

Vocalizador

Implante coclear

Comunicação visual: pranchas de comunicação com os símbolos PCS, Língua Brasileira de Sinais, Rybená.

Língua Brasileira de Sinais (Libras)

Produtos que utilizam luzes ou vibração: campainhas, despertadores

Deficiência Visual

Situação irreversível de diminuição da resposta visual, que persiste mesmo após tratamento médico ou o uso de óculos convencionais. Ocorre em virtude de causas congênitas ou adquiridas.

A diminuição da resposta visual pode ser leve, moderada, severa, profunda (grupo de visão subnormal ou baixa visão) até ausência total da resposta visual, sem percepção de formas ou luminosidade (cegueira).

DIAS, C. Usabilidade na Web: Criando Portais mais Acessíveis. Alta Books, 2007.

DALTONISMO

Distúrbio da percepção visual caracterizado pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores. Normalmente tem origem genética, mas pode também resultar de lesões nos órgãos da visão ou lesões neurológicas.

URBANO, Lúcia C. Ventura. Discromatopsia: método de exames. Arquivo Brasileiro de Oftalmologia. 1978.

TIPOS DE DALTONISMO

Deuteranopia: ausência de cones vermelhos na retina, dificultando a diferenciação de cores no segmento verde-amarelo-vermelho; Protanopia: ausência de cones verdes na retina, dificultando a diferenciação de cores no segmento verde-amarelo-vermelho; Tritanopia: ausência de cones azuis na retina, dificultando a diferenciação de cores no segmento azul-amarelo; Monocromia: presença de cones que não funcionam, resultando na visão de tons cinzas, apenas.

CEGUEIRAPara a legislação brasileira: “Acuidade visual igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica.” Decreto nº 5.296 de 02 de Dezembro de 2004. Diário Oficial da União, Brasília: Senado Federal, 03 dez. 2004.

Para a Pedagogia: Necessita de instrução em Braille e de softwares de leitura de tela.

Para a medicina: A visão corrigida do melhor dos seus olhos é de 20/200 ou menos, isto é, se ela pode ver a 20 pés (6 metros) o que uma pessoa de visão normal pode ver a 200 pés (60 metros), conforme a Tabela de Snellen. Ou ainda se o diâmetro mais largo do seu campo visual subentende um arco não maior de 20 graus.

Tabela de Snellen

BAIxA VISÃOBaixa visãoPara a legislação brasileira: “Acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica.” Decreto nº 5.296 de 02 de Dezembro de 2004. Diário Oficial da União, Brasília: Senado Federal, 03 dez. 2004.

Para a Pedagogia: Lê tipos impressos ampliados ou com o auxílio de potentes recursos ópticos.

Para a medicina: A visão corrigida de seu melhor olho está entre 6/60 e 18/60, ou seja, se ela pode ver de 6 pés (1 metro) a 18 pés (5 metros) o que uma pessoas com visão normal pode ver a 60 pés (18 metros) e/ou um campo visual entre 20 e 50°.

TECNOLOGIAS ASSISTIVAS PARA DEFICIÊNCIA VISUAL

Leitores de telasAmpliadores de telasDisplay BrailleBengalas

Deficiência Mental/

Intelectual/Cognitiva

DEFICIÊNCIA MENTAL/INTELECTUAL (Autismo, Sindrome de Down, Traumatismo Crânio-encefálico, Dislexia, etc.)“Funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização dos recursos da comunidade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho.”

Decreto nº 5.296 de 02 de Dezembro de 2004. Diário Oficial da União, Brasília: Senado Federal, 03 dez. 2004.

DEFICIÊNCIA MENTAL/INTELECTUAL

A pessoa com deficiência mental não tem alterada a percepção de si mesma e da realidade e é, portanto, capaz de decidir o que é melhor para ela. Quando a percepção encontra-se alterada, a condição é denominada doença mental. Entretanto, 20 a 30% das pessoas com deficiência mental apresentem associação com algum tipo de doença mental.

Rede Saci. Disponível em: <http://saci.org.br/?modulo=akemi&parametro=1675>.

TECNOLOGIAS ASSISTIVAS PARA DEFICIÊNCIA MENTAL/INTELECTUAL

Deficiência Múltipla

DEFICIÊNCIA MúLTIPLA

“Associação de duas ou mais deficiências.”

Decreto nº 5.296 de 02 de Dezembro de 2004. Diário Oficial da União, Brasília: Senado Federal, 03 dez. 2004.

Com o envelhecimento é comum que as pessoas adquiram mais de uma deficiência, simultaneamente.

TECNOLOGIAS ASSISTIVAS PARA DEFICIÊNCIA MúLTIPLA

Combinação de múltiplas Tecnologias Assistivas que atendam às diversas deficiências.

QUIZ

Como lidar com pessoas com deficiência?

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