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Humberto Corrêa
Professor Titular de Psiquiatria da UFMG
Chefe do Departamento de Saúde Mental da FM-UFMG
Instituto Nacional De Ciência e Tecnologia em medicina Molecular (INCT-MM)
Coordenador do Ambulatório de Depressão Peri-natal do HC-UFMG
Depressão perinatal:
impactos negligeniados
XII Jornada CELPCYRO, Porto Alegre 26 e
27 de junho de 2015
Considerando o disposto nas resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM n° 1.595/00 de
18/05/2000) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA n° 102/2000 de 30/11/2000),
DECLARO que:
Conflitos de Interesse
Financiamento para
pesquisa:
CNPq
FAPEMIG
Ministério da Saúde-Brasil
INMH (EUA)
Bolsas Individuais:
Pesquisadro Nível IB do CNPq
Pesquisador Mineiro-FAPEMIG
Depressão Perinatal
História:
Hipócrates – Delirium
Séculos XVII e XVIII (insanidade puerperal)
Esquirol em 1838 (Maladies Mentales-psicose puerperal)
Louis Mercé 1856 (Traité de la folie dês femmes enceites:
folie puerperal e folie des nourrisses)
Definição
1.DSM IV: (postpartum onset)
2.DSM 5 (peripartum onset): 50% das depressões pós
parto começariam na gestação
- Questão: entidade distinta?
Prevalência de Depressão Maior na Gestação e no pós-
parto
Gravidez Pos-parto
Kumar & Robeson 1984 13.4% 14.9%
Watson & Elliott 1984 9.4% 12.0%
O’Hara et al., 1984 9.0% 12.0%
Cooper et al. 1988 6.0% 8.7%
O’Hara et al., 1990 7.7% 10.4%
Evans et al., 2001 13.6% 9.2%
10% 13%
Depressão na Gestação
(alterações comportamentais)
Riscos de uma depressão não tratada
Pior acompanhamento pré-natal.
Mais problemas nutricionais (menos propensas a usar folato, por exemplo).
Mais comportamentos de risco como uso de tabaco, alcool e outras substâncias.
Maior risco de desenvolver depressão posparto.
Bonari et al (2004) Can Fam Physician 49;11: 726-735.
Depressão na gestação
(alterações sobre a gestação)
Riscos de uma depressão não tratada.
Preeclampsia.
Anormalidades placentarias.
Baixo peso ao nascimento.
Parto prematuro.
Depressão na gestação
Riscos de uma depressão não tratada.
Preeclampsia.
Anormalidades placentarias.
Baixo peso ao nascimento.
Parto prematuro.
-Atrasos no neurodesenvolvimento
infantil, mais doenças psiquiátricas
futuras.
SDQ (strengths and difficulties questionnaire) aplicado nas crianças
com as idade de 4; 7; 9;11,5 e 13 anos.
Coorte realizada em Avon, Inglaterra: 7944 de gestantes com parto
previsto entre 01/04/1991 e 31/12/1991 foram incluídas.
Mães avaliadas com Crow-crisp experimental index aos 18 e 32
semanas de gestação e 33 meses após o parto.
“Hongerwinter” 1944 Alemanha bloqueou a comida para a Holanda no inverno de 1944.
O consumo calórico caiu de 2000 para cerca de 500 por dia, para cerca
de 4,5 milhões de pessoas.
Crianças nascidas nesse período eram monores na estatura, e tinham
muitas doenças incluindo edema, anemia, diabetes e depressão.
A estudo “Dutch Famine Birth Cohort” mostrou que as mulheres, vinte
ou trinta anos depois, tiveram filhos com os mesmos problemas, mesmo
com a concepção e gestação tendo ocorrido durante períodos de dieta
normal..
Depressão Antenatal e Suicídio
O suicídio é, no geral, uma das quatro
maiores causas de mortalidade materna,
juntamente com tromboembolismo, obesidade
e cardiopatias.
Oates (2003) considera como a primeira
causa. Responsável por 28% das mortes no
período perinatal.
Lewis, G.; Drife, J. , 2001
. Tem-se no segundo e terceiro trimestres da gestação as
taxas: 14,29% e 5,6% (item 9 do BDI); 21,28% e 10%
(item 10 da EPDS); 23,12% e 17,86% (item C do MINI).
Suicidabilidade apresenta, sempre, maiores valores
quando o risco obstétrico, seja ele percebido ou objetivo, é
elevado. Sintomas depressivos diretamente
associados a maior suicidabilidade.
Prevalência não é uniforme ao longo de
toda gestação
MUITO IMPORTANTE!!!! Tabela 1- Frequência de transtornos psiquiátricos de acordo com o MINI-PLUS
Diagnóstico N 2º trimestre
gestacional
N 3º trimestre
gestacional
Depressão atual 29 / 152 19.08 15 / 109 13.76
Depressão prévia 51 / 152 33.55 28 / 109 25.69
Distimia atual 3 / 166 1.81 1 / 116 0.86
Distimia prévia 4 / 166 2.41 1 / 116 0.86
TAB atual 1 / 166 0.60 1 / 116 0.86
TAB prévio 10 / 166 6.02 5 / 116 4.31
T. Pânico atual 3 / 165 1.82 2 / 116 1.72
T. Pânico prévio 6 / 164 3.66 3 / 116 2.59
Agorafobia atual 14 / 164 8.54 5 / 115 4.35
Agorafobia prévia 12 / 163 7.36 3 / 115 2.61
Fobia social 24 / 164 14.63 7 / 115 6.09
Fobia específica 43 / 164 26.22 21 / 115 18.26
TOC atual 5 / 164 3.05 0 / 115 0.00
TOC prévio 5 / 159 3.14 2 / 113 1.77
TEPT atual 2 / 164 1.22 0 / 114 0.00
TEPT prévio 10 / 163 6.13 3 / 114 2.63
Dependência de álcool
atual
2 / 164 1.22 1 / 115 0.87
Abuso de álcool atual 1 / 164 0.61 0 / 115 0.00
Dependência de álcool
prévia
5 / 164 3.05 2 / 115 1.74
Abuso de álcool prévio
10 / 164 6.10 6 / 115 5.22
Cohen LS. Depress Anxiety. 1998:1:18-26.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Transitório, Não patologico
EmergênciaMedica
Sério, incapacitante
“Blues” Pos-parto
Depressão Pós-parto
Psicose pós-parto
50% to 70%
10%
0.01%
2/3 têm início até
6 semanas após-parto
risco para DPP
70% são afetivos (Bipolar, Major
Depression)
Espectro das alterações de Humor no
pós-parto
Inc
idê
nc
ia
Prevalência de Depressão Maior na Gestação e no pós-
parto
Gravidez Pos-parto
Kumar & Robeson 1984 13.4% 14.9%
Watson & Elliott 1984 9.4% 12.0%
O’Hara et al., 1984 9.0% 12.0%
Cooper et al. 1988 6.0% 8.7%
O’Hara et al., 1990 7.7% 10.4%
Evans et al., 2001 13.6% 9.2%
10% 13%
As mães deprimidas
Têm mais dificuldade para cuidar
de seus bebês.
Menos contato emocional,
Menos vocalizações e
Menos expressões emocionais.
Reagem mais ansiosamente às demandas do bebê
Admissões em um hospital psiquiátrico: entre
dois anos antes e dois após parto.
Kendell RE et al. Br J Psychiatry. 1987;150:662.
0
10
20
30
40
50
60
70
Ad
mis
sõ
es
/Mê
s
Gestação
–2 Anos – 1 Ano Parto +1 Ano +2 Anos
Todas as mulheres no peri-parto
DEVEM ser avaliadas (screening)
Altas taxas de prevalência
A mulher na maioria das vezes não reconhece estar deprimida.
Acredita que seus sintomas são normais para “novas mães”.
Impacto duradouro que essa depressão poderá ter sobre a
criança.
Medo de serem chamadas de más mães, se seus sentimentos em relação ao
bebê não correspondem exatamente ao que culturalmente se espera dela.
Até 80% das mulheres com
Depressão perinatal não são
diagnosticas, em países ditos
desenvolvidos.....
Estudo em andamento
Coorte UFMG: Depressão
perinatal e suas repercurssões
sobre o desenvolvimento
infantil
Desenho do Estudo
Gravidez de alto
risco
Gravidez de risco
habitual.
P
a
r
t
o
Crianças Pos-parto
Pos-parto
Companheiros das
mães.
Ginecologia e
obstetrícia, Maternidade Psiquiatria Pediatria
N = 600
Sangue de cordão
umbilical
Entrevista Estruturada,
MINI Plus, BDI,
Hamilton, WHOQOL bref
MINI Plus, BDI,
Hamilton.
Segundo trimestre Terceiro trimestre
MINI Plus, BDI,
Hamilton, WHOQOL
bref, EPDS, TCI,
Processamento
emcional coleta de
sangue
Pós-parto
(30 – 40 dias )
P
A
R
T
O
•Protocolo das mães
Protocolo dos companheiros:
- Uma avaliação, no momento da avaliação do pós-parto
das mães (BDI e MINI plus).
Protocolo das crianças:
- Apgar, peso, altura e diámetro encefálicos. Avaliações
pediátricas rotineiras. Avaliação de desenvolvimento até os
cinco anos de idade (Bailey).
Principais eixos
Avaliação de instrumentos diagnósticos, particularmente
aqueles de potencial utilização em saúde pública.
Aspectos fisiopatológicos da depressão peri-natal: apenas
uma depressão como outras?
Impactos sobre o neurodesenvolvimento infantil
Principais eixos
Avaliação de instrumentos diagnósticos,
particularmente aqueles de potencial
utilização em saúde pública.
O que é a “Edinburgh Postnatal
Depression Scale” (EPDS)?
•John Cox, Jenifer Holden & Ruth
Sagovsky, British Journal of Psychiatry,
1987.
Estudo piloto zona rural de Montes Claros, norte de
Minas Gerais
Selecionadas todas as mulheres
que deram a luz nos seis meses
anteriores atendidas pelo PSF
Todas entrevistadas em um fim de
semana (cerca de 20 psiquiatras
e psicólogos da UFMG)
Cerca de 200 mulheres
entrevistadas. Prevalência de
DPP de cerca de 15%.
Características psicométricas da
escala reduzida se mantiveram.
Edimburgh questionnaire for postnatal depression screening:
validation of a short version in Brazil
Erly Catarina de Moura 1
Wallace dos Santos 2
Leonor Maria Pacheco Santos 2
Marco Aurélio Romano-Silva3
Humberto Corrêa3
Departamento de Ciência e Tecnologia, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos,
Ministério da Saúde, Brasília, DF.
Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ.
Universidade Federal de Minas Gerais
A validade da versão curta do questionário de Edimburgo para triagem de
casos de depressão pós-parto (DPP) foi avaliada em estudo transversal,
numa amostra probabilística de 3.893 mães de crianças menores de três
meses, residentes na Amazônia Legal e Nordeste brasileiros. Identificou-se
10% de DPP, sendo maior entre as mães que avaliaram a atenção ao pré-
natal e parto como ruim/muito ruim. O teste Kappa apontou concordância
individual substancial, ou quase perfeita, entre a versão completa e a curta,
para as variáveis investigadas. Conclui-se que a versão curta para triagem
de DPP pode ser considerada adequada para estudos em larga escala.
Tabela 10 - Porcentagem (IC=95%) de mães de crianças menores de três meses de idade por sintomas de depressão pós-parto (ponto de corte 10) segundo local. Chamada Neonatal, Brasil, 2010
Local Mãe Screening depressão pós-parto
Região Estado Domínio N Sim
% (IC95%)
Amazônia Legal Acre Rio Branco 89 15,7 (8,1 – 23,3)
Interior 20 17,1 (8,8 – 30,6)
Amapá Macapá 60 11,7 (3,5 – 19,9)
Santana 31 19,4 (5,2 – 33,5)
Amazonas Manaus 169 23,1 (16,7 – 29,5)
Interior 128 22,0 (14,3 – 32,2)
Mato Grosso Cuiabá 37 16,2 (4,2 – 28,3)
Interior 260 19,2 (14,1 – 25,6)
Pará Belém 104 13,4 (6,9 – 20,1)
Interior 124 15,2 (9,3 – 23,9)
Rondônia Porto Velho 75 24,0 (14,3 – 33,7)
Interior 15 15,0 (5,3 – 35,6)
Roraima Boa Vista 86 14,0 (6,6 – 21,3)
Tocantins Palmas 135 19,3 (12,6 – 25,9)
Interior 140 16,0 (9,7 – 27,5)
Nordeste Alagoas Maceió 107 22,4 (14,5 – 30,4)
Interior 40 10,4 (3,5 – 27,2)
Bahia Salvador 136 20,6 (13,8 – 27,4)
Interior 182 14,7 (10,0 – 21,2)
Ceará Fortaleza 155 18,1 (12,0 – 24,1)
Interior 197 11,6 (8,1 – 16,4)
Maranhão São Luís 124 16,1 (9,6 – 22,6)
Interior 121 25,2 (15,4 – 38,3)
Paraíba João Pessoa 113 18,6 (11,4 – 25,8)
Campina Grande 161 23,0 (16,5 – 29,5)
Interior 138 19,9 (14,1 – 27,3)
Pernambuco Recife 147 14,3 (8,6 – 20,0)
Vitória de Santo Antão 50 26,0 (13,7 – 38,3)
Interior 127 18,5 (13,8 – 24,4)
Piauí Teresina 103 12,6 (6,2 – 19,1)
Interior 120 12,7 (7,5 – 20,7)
Rio Grande do Norte Natal 117 17,9 (11,0 – 24,9)
Interior 92 12,7 (7,5 – 20,7)
Sergipe Aracaju 127 22,0 (14,8 – 29,3)
Interior 61 21,9 (16,9 – 27,7)
Principais eixos
Avaliação de instrumentos diagnósticos, particularmente
aqueles de potencial utilização em saúde pública.
Aspectos fisiopatológicos da depressão peri-natal: apenas
uma depressão como outras?
Impactos sobre o neurodesenvolvimento infantil
Principais eixos
Aspectos fisiopatológicos da
depressão peri-natal. Uma depressão como outras, ou não?
Psico-sociais:
Genética:
Genes Candidatos 5HTT? TPH2? COMT? HMNC1 gene, genes
das citocinas proinlamatórias.
Metilação do gene NGFI-A gene, especialmente the Nr3c1
Imunologia: (Ocitocina, IL-1, IL-6, TNF e outras citocinas)
Imagem: Um subgrupo de 15 mulheres com DPP (escores
maiores do que 20 na EPDS) e 15 controles se submeterão ao
PET.
rTMS: ensaio clínico depressão na gestação e no pós-parto
Neuropsicologia: processamento emcional
Psico-sociais:
Genética:
Genes Candidatos 5HTT? TPH2? COMT? HMNC1 gene, genes
das citocinas proinlamatórias.
Metilação do gene NGFI-A gene, especialmente the Nr3c1
Imunologia: (Ocitocina, IL-1, IL-6, TNF e outras citocinas)
Imagem: Um subgrupo de 15 mulheres com DPP (escores
maiores do que 20 na EPDS) e 15 controles se submeterão ao
PET.
rTMS: ensaio clínico depressão na gestação e no pós-parto
Neuropsicologia: processamento emcional
HMNC1 gene polymorphism associated with postpartum
depression
Demographic characteristics, PPD diagnosis and EPDS scores
Socio demographic data
and EPDS Scores
GG (n= 43) GA (n= 50) AA (n= 17)
Mean ± SD or n (%) Mean ± SD or n (%) Mean ± SD or n (%) P-value
Age (years) 29.44 ± 6.07 30.78 ± 5.23 31.0 ± 6.48 0,47
Married 35 (81.4%) 42 (84.0%) 13 (76.47%) 0,78
Previous pregnancies 1.53 ± 0.99 1.68 ± 0.73 1.52 ± 0.60 0,41
Previous deliveries 1.33 ± 0.64 1.48 ± 0.61 1.41 ± 0.49 0,48
Working out of home 30 (69.77%) 35 (70.0%) 10 (58.82%) 0,67
Days of the interview after
delivery
58,67 ± 11,40
59,32 ± 12,76 57,29 ± 8,26 0,83
PPD+(n=34)/
PPD- (n= 76)
8 (23.5%)/
35 (46%)
25 (73.5%)/
25 (33%)
1 (3%)/
16 (21%)
<0,001
EPDS Score 7.93 ± 6.2 10.32 ± 6.75 5.94 ± 3.06 0,02
Alvim, A, Figueira P, Miranda D, Romano-Silva MA, Correa H.
Avaliar a associação entre os
polimorfismos dos genes da METTL13
(rs17596081, rs2232825), CADM3
(rs965358, rs3026968), OXT (rs2740210,
rs4813627), OXTR (rs237885, rs2254298),
BDNF (Val66Met), orexina (HCRT) e
receptor de orexina 1 (HCRTR1)
Psico-sociais:
Genética:
Genes Candidatos 5HTT? TPH2? COMT? HMNC1 gene, genes
das citocinas proinlamatórias.
Metilação do gene NGFI-A gene, especialmente the Nr3c1
Imunologia: (Ocitocina, IL-1, IL-6, TNF e outras citocinas)
Imagem: Um subgrupo de 15 mulheres com DPP (escores
maiores do que 20 na EPDS) e 15 controles se submeterão ao
PET.
rTMS: ensaio clínico depressão na gestação e no pós-parto
Neuropsicologia: processamento emocional
Psico-sociais:
Genética:
Genes Candidatos 5HTT? TPH2? COMT? HMNC1 gene, genes
das citocinas proinlamatórias.
Metilação do gene NGFI-A gene, especialmente the Nr3c1
Imunologia: (Ocitocina, IL-1, IL-6, TNF e outras citocinas)
Imagem: Um subgrupo de 15 mulheres com DPP (escores
maiores do que 20 na EPDS) e 15 controles se submeterão ao
PET.
rTMS: ensaio clínico depressão na gestação e no pós-parto
Neuropsicologia: processamento emcional
Grupo de pesquisa
Psiquiatria
Humberto Corrêa MD, MsC, PhD
Rodrigo Nicolato MD, MsC, PhD
Frederico Garcia MD,MsC, PhD
Sarah Rueckl MD, PhD (pos-
doutoranda)
Tiago Castro e Couto (Aluno de
doutorado)
Antônio Alvim (Aluno de doutorado)
Gustavo Coutinho (Aluno de mestrado)
Luiz Edurado Viana (Aluno de
mestrado)
Psicologia
Leandro Malloy-Diniz MD, MsC,
PhD
Mayra Brancaglion (Aluna de
doutorado)
Marina Ladeira (Aluna IC)
Patrícia Gandres (Aluna IC)
Fernanda Konzen (Aluna IC)
Grupo de pesquisa
Ginecologia e Obstetricia
Regina Amélia MD, MsC, PhD
Henrique Alves MD, MsC, PhD
Pediatria
Débora Miranda MD, MsC, PhD
Eduardo Oliveira MD, MsC, PhD
Financiamento: CNPq, FAPEMIG, NIMH, Ministério da
Saúde do Brasil
“Hongerwinter” 1944 Alemanha bloqueou a comida para a Holanda no inverno de 1944.
O consumo calórico caiu de 2000 para cerca de 500 por dia, para cerca
de 4,5 milhões de pessoas.
Crianças nascidas nesse período eram monores na estatura, e tinham
muitas doenças incluindo edema, anemia, diabetes e depressão.
A estudo “Dutch Famine Birth Cohort” mostrou que as mulheres, vinte
ou trinta anos depois, tiveram filhos com os mesmos problemas, mesmo
com a concepção e gestação tendo ocorrido durante períodos de dieta
normal..
Tálamo sensório
Estímulo
sensório
Nucleos
basolaterais
da
Amígdala
Núcleos
centrais da
amígdala Hipocampo
Locus
Coeruleus
Substância
cinzenta
Periaquedutal
Adaptedo de Gorman, et al, Am J Psychiatry, 2000; 157:493
Cortex Prefrontal
Rafe
Dorsal
Hipófise Vias Autonômicas
Hpotálamo
Núcleo
Paraventricular
Adrenais
Núcleo
Lateral
5HTTLPR-S
Depressão Antenatal e Suicídio
O suicídio é, no geral, uma das quatro
maiores causas de mortalidade materna,
juntamente com tromboembolismo, obesidade
e cardiopatias.
Oates (2003) considera como a primeira
causa. Responsável por 28% das mortes no
período perinatal.
Lewis, G.; Drife, J. , 2001
Depressão Antenatal e Suicídio
Prevalência de ideação suicida varia de 3% na Finlândia
(Pajulo et al., 2001) a 17,6 nos EUA, enquanto a taxa de
suicídio-completado foi de 10% na Grã-Bretanha e 20%
em Bangladesh.
Appleby (1991): suicídio esperado : 1/20, inclusive em
adolescentes. Apesar de essas últimas terem taxas 5
vezes maiores do que a população geral de gestantes.
PAJULO et al., 2001; BIRNDORF et al., 2001; LEWIS; DRIFE 2001; FAUVEAU; BLANCHETT, 1989
. Tem-se no segundo e terceiro trimestres da gestação as
taxas: 14,29% e 5,6% (item 9 do BDI); 21,28% e 10% (item 10
da EPDS); 23,12% e 17,86% (item C do MINI).
Suicidabilidade apresenta, sempre, maiores valores quando o
risco obstétrico, seja ele percebido ou objetivo, é elevado
mostrando que a DAN e a suicidabilidade sofrem influências
várias e que essas influências podem impactar de forma
diferente dependendo das outras variáveis envolvidas.
Grupo de pesquisa
Ginecologia e Obstetricia
Regina Amélia MD, MsC, PhD
Henrique Alves MD, MsC, PhD
Pediatria
Débora Miranda MD, MsC, PhD
Eduardo Oliveira MD, MsC, PhD
Financiamento: CNPq, FAPEMIG, NIMH, Ministério da
Saúde do Brasil
Genetic patterned behaviour…..
Attachment in humans, Imprinting in animals – both behaviours promote survival
Methods
• Case-control study
• Maternity of a University Hospital
• 15 post-partum depressive patients
• 15 healthy subjects
• Mean age 26 years
• EPDS / MINI
• ELISA
• SPSS® and Graphpad Prisma®
Conclusion
• Increased level of anti-OXT Aabs is found
in post-partum depressive patients
• Decreased level of anti-VP AAbs is found
in post-partum depressive patients
• Lower levels of OXT, previously found in
post-partum depressive patients, could be
related to Aabs anti-OXT and anti-VP
Tálamo sensório
Estímulo
sensório
Nucleos
basolaterais
da
Amígdala
Núcleos
centrais da
amígdala Hipocampo
Locus
Coeruleus
Substância
cinzenta
Periaquedutal
Adaptedo de Gorman, et al, Am J Psychiatry, 2000; 157:493
Cortex Prefrontal
Rafe
Dorsal
Hipófise Vias Autonômicas
Hpotálamo
Núcleo
Paraventricular
Adrenais
Núcleo
Lateral
5HTTLPR-S
Segundo o DSM-IV, trata-se de um episódio depressivo, que se inicia
nas quatro primeiras semanas após o parto.
Autor Local
n/prevalência
Instrumento Período Entrevista
Da Silva et al.Braz. J. Med. Biol. Res. 1998. Rio deJaneiro/
21/42%
EPDS ≥ 13 Até seis meses
Cruz et al. Rev. Bras. Gin.Obst. 2005. São Paulo/
70/37,1%
EPDS ≥ 12 12 a 16 semanas
Faisal-Cury et al. Arch Women’s Mental Health,
2004
São Paulo
113/15,9%
BECK ≥ 16 Décimo dia
Moraes et al. Revista de Saúde Pública, 2006. Pelotas
410/19,1%
HAM-D ≥ 19 30 a 45 dias
Ruschi et al.Rev. Psiq. Rio Grande do Sul, 2007. Vitória
292/39,1%
EPDS ≥12 Entre 31 e 180 dias (média 2,7
meses)
Tannous et al. BMC Psychiatry, 2008. Porto Alegre
271/20,7%
EPDS ≥ 12 Sexta a oitava semana.
Figueira et al. Revista Saúde Pública, 2009. Belo Horizonte/
245/26,9%
MINI-PLUS Sexta a oitava semana.
Cantilino et al. Jornal. Bras. de Psiq.2010 Recife
400/7,2%
SCID Duas a 26 semanas (media de
5,5)
Estudos de Prevalência de DPP no Brasil
Depressão na Gestação
Li et al – 2008 Human Reproduction
791 mulheres entrevistadas no início da
gestação.
Mulheres com depressão têm um risco duas
vezes maior de parto pre-termo.
Relacionado a
Baixo nível educacional
Historia de dificuldade para engravidar
Obesidade
Situações de vida estressoras
Antidepressivos não contribuem para parto pre-
termo.
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