Desenvolvimento Embrionário Humano

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Desenvolvimento Embrionário Humano

Etapas do DesenvolvimentoAtualmente há um   interesse   crescente   em   torno   do desenvolvimento humano desde   o   período   que   precede   o   nascimento   (chamado de desenvolvimento embrionário). Este é um processo contínuo que tem seu início quando um ovócito (óvulo) é fertilizado por um espermatozóide. Algumas   fases   se   combinam   e   transformam   o   ovócito   fertilizado (totipotente)   em   um   organismo   multicelular,   são   elas:   a   divisão,   a migração e  a  morte  celular   junto à diferenciação,  ao crescimento  e  ao rearranjo   celular.   Apesar   da   maioria   das   mudanças   ocorrerem   nos períodos   embrionários   e   fetais,   acontecem   também  muitas  mudanças significativas   e   igualmente   importantes   no   período   posterior   ao nascimento, na sequência das fases de infância, adolescência e início da fase adulta.

Com isso é fácil dizer que o desenvolvimento não termina ao nascimento, aliás se inicia com a fertilização, pois a partir de então ocorre mudanças que vão além do crescimento, como por exemplo o desenvolvimento dos dentes e das mamas. O cérebro triplica seu peso entre o nascimento e os 16 anos de idade, contudo o desenvolvimento estará completo por volta dos 25 anos, podendo variar de indivíduo para indivíduo.

Veremos a seguir as etapas do desenvolvimento do indivíduo, dividindo-o em dois períodos: pré-natal e pós-natal.

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Período Pré-Natal

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No quadro esquemático acima pode-se acompanhar as principais alterações ocorridas antes do nascimento. Váriosestudos realizados sobre a cronologia pré-natal mostram 

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que muitos dos avanços perceptíveis ocorrem entre a terceira e a oitava semana de gestação, ainda que se saiba que o embrião   inicia todo seu desenvolvimento a partir da   fertilização   do   ovócito.   Para entender melhor   este   quadro   esquemático,   faz-se necessário conhecer as terminologias embriológicas a seguir:

- Ovócito (do latin ovum, ovo): esta célula é do tipo germinativa feminina, ou seja, se fertilizada originará novos gametas reprodutivos. O ovário é o órgão encarregado da fabricação  destas   células  que  quando estão  completamente  maturadas   recebem a denominação de ovócito secundário ou maduro.

- Espermatozóide   (do   grego sperma,   semente):   esta   célula   também   é   do tipo germinativa masculina, tem sua produção nos testículos e é expelida durante a ejaculação.

- Zigoto: é o produto do processo de fertilização. É também um marco do início de uma nova vida, que começa neste instante.

- Idade da fertilização: popularmente conhecida como “idade gestacional”, que tem cerca de duas semanas a mais que a idade da fertilização de fato. É difícil precisar com exatidão quando a concepção (fertilização) ocorreu porque o processo não pode ser observado in vivo. Porém os médicos especialistas fazem cálculos aproximados a partir do   primeiro   dia   do último   período  menstrual   normal   (UPMN),   normalmente   com informações fornecidas pela gestante, da idade do embrião ou feto, haja vista que o ovócito só é fertilizado duas semanas depois da menstruação precedente.

- Clivagem: este evento é uma sequência de divisões celulares mitóticas que o zigoto sofre, e os produtos deste processo são os blastômeros. Durante a clivagem o zigoto não sofre variação de tamanho.

- Mórula (do   latin morus,   amora):   é   o   conjunto  de   12   a   32   blastômeros,   formado através do processo de clivagem do zigoto. Os blastômeros vão mudando sua forma e se  interconectando, formando um aglomerado firme de células,  assemelhando-se a uma amora, fato esse que justifica seu nome. Este estágio ocorre de 3 a 4 dias após a fertilização concomitantemente à chegada do embrião no útero.

- Blastocistos (do grego blastos, germe + kystis, vesícula): nesse estágio a mórula sofre mudanças que a converte em blastocisto. Isto ocorre imediatamente após a chegada da mórula no útero,  quando a cavidade blastocística é preenchida por um líquido. Neste  momento   suas   células   se   dispõem centralmente   e   formam o  primórdio  do embrião.

- Gástrula (do   grego gaster, estômago):   neste   estágio,   onde   o   embrião   já   está   na terceira   semana,   o   blastocisto   se   transforma   em   gástrula,   a   este   processo   de transformação chamamos “gastrulação”.  Durante toda esta fase forma-se um disco embrionário   trilaminar.   Esse  disco  é   responsável  pelas  3   camadas  germinativas  da gástrula   que   se   diferenciarão   nos   tecidos   e   órgãos   do embrião: ectoderma, mesoderma e endoderma.

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- Nêurula (do grego neuron, nervo): neste estágio o embrião se desenvolve a partir da placa neural, isto ocorre durante a terceira e a quarta semana. É o primeiro vestígio do sistema nervoso.

- Anomalias congênitas ou defeitos do nascimento: são anormalidades que acontecem durante todo o estágio de desenvolvimento do embrião, perceptíveis ao nascimento, como   por   exemplo   uma   fenda   labial.  Mas   existe   a   possibilidade   de   não   serem detectadas   até   a   infância,   e   ainda  mais   raramente   até   a   fase   adulta,   como,   por exemplo, a presença de três rins.

GRAVIDEZ-DA FECUNDAÇÃO AO PARTO 

Acompanhar o desenvolvimento do bebê durante os nove longos meses de gestação é maravilhoso. Nenhuma invenção do ser humano, por mais completa e evoluída que seja, chega aos pés da magia que é o encontro de duas células num ambiente propício a   formar   um   novo   ser   completinho,   pronto   para   chorar   e   mamar... 

Os médicos obstetras consideram a primeira semana da gestação aquela que inicia o ciclo   menstrual   que   resulta   na   gravidez,   ou   seja,   o   primeiro   dia   da   última menstruação. 

A   fecundação   (encontro  do  óvulo  com o  espermatozóide  que   formará  o  embrião) ocorre   somente   no   fim   da   segunda   semana   do   ciclo,   na   maioria   das   vezes. 

A implantação (quando embrião "gruda" no útero) ocorre no fim da terceira semana, quando pode ocorrer uma pequena perda sanguínea que não prejudica a gravidez. 

Na   quarta   semana   inicia-se   a   formação   propriamente   dita   do   embrião. 

5ª   semana 

A futura mãe percebe que a menstruação está atrasada há aproximadamente 5 dias. O 5

sistema circulatório do embrião, juntamente com o coração, começa a ser formado. Além  disso,   os  primórdios  do   sistema  nervoso   central   também  já   existem com o fechamento   do   tubo   neural. 

6ª   semana 

Brotos  dos  membros   superiores  e   inferiores  estão   se   formando.  O  embrião  mede aproximadamente   4   mm. 

7ª   semana 

O   embrião   chega   a   medir   8   mm.   A   face   primitiva   está   em   desenvolvimento. 

8ª   semana O embrião chega a medir 13mm de comprimento. Os dedos já são visíveis, bem como as   orelhas.   Inicia-se   o   desenvolvimento   dentário. 

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9ª   semana Nesse  período ele   já   se  mexe bastante  dentro  do  útero,  porém a  mãe ainda não percebe.   A   genitália   externa   é   definida,   ou   seja   o   sexo   já   está   estabelecido.   O comprimento   chega   a   18mm. 

10ª   semana 

Os  primórdios  de   todas  as  estruturas  essenciais  externas  e   internas   já  existem.  O embrião chega a 30mm de comprimento. Entre 10 e 14 semanas pode-se, através da ultra-sonografia, medir a translucência nucal que, quando normal, afasta em 85% a chance   da   criança   nascer   com   Síndrome   de   Down. 

11ª   semana O embrião chega a medir 50mm. Na ultra-sonografia já se pode observar o estômago, a   bexiga   e   massa   encefálica,   além   do   esboço   da   coluna   vertebral. 

12ª   semana 

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O embrião torna-se um feto, ou seja, suas características físicas assemelham-se à de um adulto. A face tem aspecto humano. Ele chega a medir 61mm. A placenta torna-se o  órgão  responsável  pela  nutrição   fetal.  As  unhas  dos  dedos  das  mãos  e  dos  pés começam   a   se   formar. 

13ª   semana 

Inicia-se  o   segundo   trimestre  da   gestação.  A   "barriguinha"  da   gestante   começa  a apontar, pois o útero já ocupa a parte superior da pelve. O sistema tegumentar que forma   a   pele   já   está   se   desenvolvendo. 

14ª   semana

A possibilidade de o médico obstetra escutar os batimentos cardíacos fetais com um 

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aparelho chamado sonar já é bem alta: depende da quantidade de tecido adiposo da paciente   e   da   posição   fetal. 

15ª   semana 

O   sexo   fetal   já   pode   ser   definido   pelo   exame   de   ultra-som.   Isso   depende principalmente da posição fetal, além do equipamento utilizado e do profissional que realiza o exame. Existem casos em que não se consegue diagnosticar o sexo fetal até o fim da gestação pelo ultra-som, outros em que há grande facilidade em se identificar a genitália. 

16ª   semana 

O feto já não pode ser visto inteiro na tela do ultra-som: o médico o mostrará por 

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partes.   A   ossificação   do   esqueleto   fetal   progride   rapidamente   nesse   período. 

17ª   semana A movimentação fetal nessa fase é intensa, porém a mãe ainda não consegue percebê-la. 

18ª   semana Nos fetos de sexo feminino, os ovários já estão diferenciados. Os testículos, nos fetos masculinos,   iniciam   sua   descida   para   a   bolsa   escrotal. 

19ª   semana Os sistemas circulatório, digestivo e urinário já funcionam harmoniosamente. O feto deglute   parte   do   líquido   amniótico   e   elimina   urina   no   líquido. 

20ª   semana A partir dessa época a maioria das gestantes começa a sentir as movimentações fetais. As primigestas (primeira gestação) podem sentir mais tardiamente, por volta de 22 semanas. Entre 20 e 24 semanas de gestação pode se realizar o ultra-som morfológico, que é o exame não invasivo mais detalhado que existe atualmente para o estudo da função dos órgãos e sua morfologia. É a época apropriada para o rastreamento de várias malformações fetais e placentárias. O peso fetal está em torno de 500gramas. 

21ª   semana O   soluço   fetal   pode   ser   percebido   freqüentemente   até   o   fim   da   gestação. 

22ª   semana Os   pêlos   começam   a   tornar-se   visíveis,   inicialmente   nas   sobrancelhas,   nos   lábios superiores   e   queixo,   bem   como   os   cabelos. 

23ª   semana 

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O feto mexe bastante nessa fase gestacional, podendo dar cambalhotas, virar de um lado   para   o   outro   e   inclusive   dormir   no   útero   materno. 

24ª   semana O comprimento céfalo-nádegas é em torno de 21cm, e o peso em torno de 650g. 

25ª   semana As   medidas   do   feto   tornam-se   mais   proporcionais   a   partir   dessa   fase. 

26ª   semana 

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A partir dessa semana inicia-se o terceiro trimestre da gestação que se caracteriza pelo ganho   de   peso   fetal,   além   do   amadurecimento   de   seus   órgãos. 

27ª   semana A  pele   encontra-se  enrugada  devido   à   escassez  de   gordura   subcutânea.  Os  olhos começam   a   abrir.   O   feto   tem   aparência   magra. 

28ª   semana O   peso   fetal   está   em   torno   de   1kg. 

29ª   semana A gordura subcutânea já está desenvolvida, ou seja, a pele enrugada desaparece. O sistema nervoso central atinge um grau de desenvolvimento satisfatório, permitindo já um   certo   controle   de   regulação   térmica   corporal.   O   feto   já   ensaia  movimentos respiratórios   intra-uterinos. 

30ª   semana Daqui   para   frente   a   implantação   placentária   é   definitiva,   ou   seja,   não   há  mais deslocamento da mesma. Normalmente após esse período o feto já fica na posição correta, que é de ponta cabeça, ou seja, dificilmente dará uma cambalhota para ficar sentado. 

31ª   semana Os núcleos de ossificação do fêmur (osso principal do corpo humano) já se formaram, 

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indicando   que   o   amadurecimento   ósseo   está   adequado. 

32ª   semana As contrações uterinas fisiológicas, que preparam o útero para o trabalho de parto, iniciam-se lentamente nessa fase. A gestante pode sentir a barriga "endurecer" por curtos   períodos   de   tempo   e   não   rítmicos. 

33ª   semana A   partir   dessa   semana   é   interessante   que   a   gestante   vá   preparando   os   últimos detalhes do enxoval do bebê, que conheça a maternidade e o melhor caminho para chegar   lá. 

34ª   semana O   peso   fetal   está   em   torno   de   2kg. 

35ª   semana A partir dessa época, os pulmões já produzem surfactante, uma substância fabricada pelo próprio organismo que faz com que eles sequem, e eles deixam de ser imaturos. 

36ª   semana A média de peso fetal é de 2,5kg. A partir dessa semana é comum a realização de um exame   chamado   cardiotocografia   anteparto   ou   monitoragem   fetal.   É   feito semanalmente   e   tem   o   intuito   de   avaliar   o   bem   estar   fetal,   ou   seja,   a   sua vitalidade. 

37ª   semana Ao final desta semana o feto já é considerado maduro por isso, caso a paciente entre em trabalho de parto espontaneamente, o recém-nascido não será prematuro. Porém nesse período o feto freqüentemente ainda está em fase de ganho de massa corporal, em   torno   de   200-250g/semana. 

38ª   semana As   gestantes   em   geral   apresentam   contrações   uterinas   ainda   não   rítmicas   que preparam o organismo para o trabalho de parto. Fique atenta às movimentações fetais e   a   uma   eventual   perda   de   líquido. 

39ª   semana No fim da gestação  é   importante  o  controle  médico  semanal.  Muitas  mulheres   já 

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apresentam   dilatação   do   colo   uterino. 

40ª   semana O  final   desta   semana   coincidirá   com a  data  que  o  médico   calculou   como  a  data provável do parto no início do pré-natal. Em alguns casos, a duração da gestação pode ser   superior  a  40  semanas,  mas  o  acompanhamento  médico  é   fundamental  nesse período   para   garantir   o   bem   estar   materno   e   fetal.

DESENVOLVIMENTO   GERAL:

De   1   a   7   semanas

8   semanas

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12   semanas

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16   semanas

20   semanas

24   semanas

28   semanas

16

32   semanas

36   semanas

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TEXTO   2

O   que   somos   às   10,   12   e   16   semanas   de   VIDA?

1º   Mês:

“Cerca de 22 dias depois da fecundação, as células cardíacas diferenciam-se. Ao fim do primeiro mês, já existe um coração minúsculo a bater e o sangue circula no embrião. Começa   a   formar-se   o   sistema   nervoso   e   os   restantes   órgãos   do   corpo, nomeadamente o fígado, os pulmões, o pâncreas, a laringe e os ouvidos. Surgem as saliências que darão origem aos membros superiores e  inferiores.  Às 4 semanas,  o embrião   mede   4   a   6   milímetros   e   não   chega   a   pesar   uma   grama.”

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Feto   com   5   semanas.

2º   Mês:

“Antes pensava-se que os principais órgãos do bebé só estavam formados a partir do segundo trimestre da gestação, hoje sabe-se que os órgãos estão todos formados ao fim da oitava  semana de  gestação.  Ao  longo  do 2º  mês  começam-se  a   formar  os órgãos. Na 6ª semana de gravidez aparece o esqueleto e surgem os primeiros reflexos nervosos. O coração bate 150 vezes por minuto e os braços e as pernas tomam forma. No rosto começam a desenhar-se os olhos,  as orelhas, o nariz e a boca. Na oitava semana,  o  embrião movimenta-se  no  líquido amniótico e   já  são visíveis  os  órgãos genitais, mas ainda não é possível distinguir com exactidão o sexo do futuro bebé. Ao fim do 2º mês, o saco vitelino desaparece (responsável pelo fornecimento inicial de nutrientes e pela produção de células sanguíneas) e a placenta passa a assumir o papel fundamental   de   regulação   do   fornecimento   de   nutrientes   e   oxigénio.   Também desaparece  a  pequena  cauda  situada  no  prolongamento  da  espinha  dorsal.  Na  8ª semana de gestação, todos os órgãos estão bem definidos, por isso o embrião passa a chamar-se feto…mede 27 a 35 milímetros e tem aproximadamente 4 gramas de peso.”

Feto   com   7   semanas.

3ºMês:

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“Neste   período   (entrada   no   3º   mês)   nascem   as   unhas   e   formam-se   os   dentes. Observam-se também os primeiros  movimentos  musculares.  O bater  do minúsculo coração já pode ser facilmente detectado pelos médicos: bate entre 120 e 160 vezes por   minuto.   O   feto   começa   a   ensaiar   os   primeiros   movimentos   respiratórios, contraindo e relaxando o tórax. Às 11 semanas, já manifesta o reflexo de andar, como revelam as modernas imagens de ecografias a 4 dimensões: quando toca nas paredes do útero com os pés, o feto dá um impulso com as pernas, como se estivesse a saltar num trampolim (este tipo de reacção também se pode observar nos bebés recém-nascidos,   até   aprenderem   a   caminhar).As modernas técnicas de  imagem revelam que o feto começa também a mexer os lábios e a língua. Alguns estudos sugerem que é capaz de sentir o sabor do líquido amniótico. Às 11 semanas os rins já produzem urina e o estômago está activo, bem como   os   intestinos.   O   feto   começa   a   treinar   outro   reflexo   fundamental   para sobreviver:   chupa no dedo,  gesto  que  indicia  o   impulso de mamar,  essencial  para assegurar a alimentação após o nascimento. A estrutura do pescoço já se identifica e o nariz toma a forma definitiva, demarcando os traços do rosto. As diferenças entre os órgãos genitais masculinos e femininos começam a ser mais pronunciadas, permitindo uma identificação mais clara do sexo do futuro bebé através de ecografias. A pele em torno dos olhos cresce e acaba por cobri-los dando origem às pálpebras. O sentido da audição  desenvolve-se  e  o   feto   reage  a   sons   fortes  e  aos  estímulos  do   tacto,  em especial os que são provenientes da mãe – o som é um dos meios para estabelecer os primeiros laços afectivos. No fim do 3º mês de gestação, o feto mede cerca de 7.5 cm e pesa   15   gramas.”

Feto   com   12   semanas.

4º   Mês:

“Nesta  altura   (entrada  no  4º  mês),  o   corpo  da  mãe   revela   sinais  mais  visíveis  de gravidez, principalmente com o aumento do tamanho do ventre. A grávida é capaz de sentir o filho a mexer-se dentro da barriga. O feto reage aos sons e aos movimentos bruscos. Nascem-lhe as pestanas, as  impressões digitais começam a formar-se e os vasos   sanguíneos   são   visíveis   através   da   pele   fina.   Começa   a   crescer   uma   fina penugem, que depois dará lugar ao cabelo. As pernas crescem e ficam mais compridas que os braços, mas as mãos tornam-se sensíveis e passam a agarrar e a explorar o ambiente que as rodeia, do cordão umbilical aos pés ou nariz. No 4º mês de gestação, o novo ser humano já tem muitos órgãos a funcionar: o fígado começa a produzir a bílis,  por exemplo.  Nos últimos anos descobriu-se que as células olfactivas já estão activas   nesta   fase  do  desenvolvimento.  Mais:   as   análises   revelam  que  os   aromas intensos dos alimentos da dieta da mãe passam para o líquido amniótico. “Tudo indica que o paladar e o olfacto surgem mais cedo do que se pensava”, diz Jorge Branco, obstetra  da  Maternidade Alfredo da  Costa,  em Lisboa.  No caso dos   fetos  de  sexo 

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feminino,  os  ovários  já  têm folículos com as células  precursoras dos óvulos.  Às 16 semanas, mede cerca de 16 centímetros e pesa 110 gramas.”

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