Desordens orais potencialmente malignas

Preview:

Citation preview

Desordens orais potencialmente malignas.

Márcio Campos Oliveira

Doutor em Patologia Oral. Coordenador do Laboratório de Patologia Bucal e professor na UEFS.

NÃO TENHO CONFLITO DE NTERESSES PARA A REALIZAÇÃO DESSA PALESTRA

DESORDENS ORAIS POTENCIALMENTE MALIGNAS

Tem sido recomendado o abandono da tradicionaldistinção entre lesões e condições potencialmentemalignas em favor do uso da expressão "desordenspotencialmente malignas"

Speight et al, 2007; van der Waal, 2009

DESORDENS ORAIS POTENCIALMENTE MALIGNAS

As desordens orais potencialmente malignas (DOPMs) sãoapresentações clínicas que acarretam um risco dedesenvolvimento de câncer na cavidade oral, seja em uma lesãoprecursora clinicamente definida ou na mucosa bucalclinicamente normal

OMS, 2017

DESORDENS ORAIS POTENCIALMENTE MALIGNAS

DESORDENS ORAIS POTENCIALMENTE MALIGNAS

• Leucoplasia

• Eritroplasia

• Queilite actínica

• Líquen plano

• Fibrose submucosa

• Ceratose do palato associada a fumo reverso

• Lupus eritematoso discoide

• Disceratose congênita

• Epidermólise bolhosa

Ganesh et al, 2018

DESORDENS ORAIS POTENCIALMENTE MALIGNAS

• Leucoplasia

• Eritroplasia

• Queilite actínica

• Líquen plano

• Fibrose submucosa

• Ceratose do palato associada a fumo reverso

• Lupus eritematoso discoide

• Disceratose congênita

• Epidermólise bolhosa

Ganesh et al, 2018

DESORDENS ORAIS POTENCIALMENTE MALIGNAS - CAUSAS

• Aberrações genéticas

• Fatores exógenos (fumo, álcool)

• Resposta imune

• Doenças hereditárias raras

Ganesh et al, 2018

LEUCOPLASIA

Placa ou mancha predominantemente branca quenão pode ser caracterizada clinicamente oupatologicamente como qualquer outra doença

OMS, 2017; Ganesh et al, 2018

LEUCOPLASIA

LEUCOPLASIA - ETIOLOGIA

• Tabaco

• Álcool

• Microrganismos (HPV)

• Betel

• Leucoplasia idiopáticaGanesh et al, 2018

LEUCOPLASIA – ASPECTOS CLÍNICOS

• Homens

• Acima de 40 anos

• Fumantes

• Prevalência de 1 a 4% nos países ocidentais

• Média global de transformação - 1 a 3,5%. Com displasia - 12%

Warnakulasuriya et al, 2016; OMS, 2017

LEUCOPLASIA – ASPECTOS CLÍNICOS

• Homogênea

• Não homogênea

LEUCOPLASIA HOMOGÊNEA

Lesão branca, de superfície plana, aparênciadelgada, que pode exibir fendas não profundase possui superfície lisa, enrugada ou corrugadacom textura consistente em toda a área

Axéll et al, 1996

LEUCOPLASIA HOMOGÊNEA – ASPECTOS

CLÍNICOS

LEUCOPLASIA HOMOGÊNEA – ASPECTOS

CLÍNICOS

LEUCOPLASIA HOMOGÊNEA – ASPECTOS

CLÍNICOS

LEUCOPLASIA HOMOGÊNEA – ASPECTOS CLÍNICOS

LEUCOPLASIA NÃO-HOMOGÊNEA

Lesão branca e vermelha (eritroleucoplasia)de superfície irregular, nodular ou exofítica

Axéll et al, 1996

LEUCOPLASIA NÃO-

HOMOGÊNEA – ASPECTOS

CLÍNICOS

LEUCOPLASIA NÃO-

HOMOGÊNEA – ASPECTOS

CLÍNICOS

LEUCOPLASIA NÃO-

HOMOGÊNEA

LEUCOPLASIA NÃO-HOMOGÊNEA – ASPECTOS CLÍNICOS

LEUCOPLASIA VERRUCOSA PROLIFERATIVA (LVP)

A leucoplasia verrucosa proliferativa (LVP) é umaforma distinta e agressiva de doença oralpotencialmente maligna. É multifocal, tem cursoprogressivo e está associada a altas taxas de recidivae transformação maligna

OMS, 2017

LEUCOPLASIA VERRUCOSA PROLIFERATIVA (LVP)

• Pacientes mais velhos (> 60 anos)

• Proporção mulher/homem - 4:1

• Lesões multifocais

• Verrucosas ou não

• Transformação maligna de 61% em 7,4 anos de seguimento

OMS, 2017; Ganesh et al, 2018

LEUCOPLASIA VERRUCOSA PROLIFERATIVA (LVP) – ASPECTOS CLÍNICOS

• 1) Ceratose branca e focal

• 2) Manchas brancas, difusas e multifocais

• 3) Crescimento horizontal e exofítico, de progressão lenta, de superfície verruciforme e com áreas eritematosas focais

• 4) Desenvolvimento de carcinoma verrucoso ou de células escamosas

OMS, 2017

LEUCOPLASIA VERRUCOSA

PROLIFERATIVA (LVP) –

ASPECTOS CLÍNICOS

LEUCOPLASIA VERRUCOSA

PROLIFERATIVA (LVP) –

ASPECTOS CLÍNICOS

LEUCOPLASIA VERRUCOSA

PROLIFERATIVA (LVP) –

ASPECTOS CLÍNICOS

LEUCOPLASIA VERRUCOSA

PROLIFERATIVA (LVP) –

ASPECTOS CLÍNICOS

LEUCOPLASIA VERRUCOSA

PROLIFERATIVA (LVP) –

ASPECTOS CLÍNICOS

LEUCOPLASIA – ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS

• Hiperplasia epitelial

• Hiperceratose (orto ou para)

• Displasia leve

• Displasia moderada

• Displasia severa

• Carcinoma in situ

LEUCOPLASIA - TRATAMENTO

• Biópsia para diagnóstico conclusivo

• Acompanhamento clínico

• Remoção cirúrgica

• Ablação a laser

OMS, 2017

LEUCOPLASIA -

TRATAMENTO

ERITROPLASIA

O termo eritroplasia é usado para designarlesões da mucosa oral que apresentam áreasvermelhas e que não podem ser definidasclínica ou patologicamente como outras lesões

OMS, 2017; Ganesh et al, 2018

ERITROPLASIA - ETIOLOGIA

• Tabaco

• Álcool

Ganesh et al, 2018

ERITROPLASIA – ASPECTOS CLÍNICOS

• Sem predileção por sexo

• Entre 60 a 75 anos

• Assoalho de boca, língua e palato mole

• Prevalência de 0,02% a 0,83% nos países ocidentais

• Transformação maligna: 51%

Shafer & Waldron, 1975; OMS, 2017

ERITROPLASIA – ASPECTOS

CLÍNICOS

ERITROPLASIA – ASPECTOS

CLÍNICOS

ERITROPLASIA – ASPECTOS

CLÍNICOS

ERITROPLASIA – ASPECTOS

CLÍNICOS

ERITROPLASIA – ASPECTOS

CLÍNICOS

ERITROPLASIA – ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS

• Displasia severa

• Carcinoma in situ

• Carcinoma superficilamente invasive

• Carcinoma francamente invasivo

ERITROPLASIA - TRATAMENTO

• Remover possíveis fatores irritativos

• Realização de biópsia

• Remoção cirúrgica total, caso possível

• Ablação a laser

• Acompanhamento por longos períodos

• Recidiva e envolvimento multifocal comuns

LEUCOPLASIA -

TRATAMENTO

ERITROPLASIA

QUEILITE ACTÍNICA

Alteração potencialmente maligna comum dovermelhão do lábio inferior que resulta de umaexposição progressiva excessiva ao espectroultravioleta da luz solar

Neville et al, 2009

QUEILITE ACTÍNICA – ASPECTOS CLÍNICOS

• Gênero masculino (10:1)

• Acima dos 45 anos

• Atrofia do vermelhão do lábio

• Apagamento da margem

• Ulceração focal crônica

QUEILITE ACTÍNICA –ASPECTOS CLÍNICOS

QUEILITE ACTÍNICA –ASPECTOS CLÍNICOS

QUEILITE ACTÍNICA –ASPECTOS CLÍNICOS

QUEILITE ACTÍNICA –ASPECTOS CLÍNICOS

QUEILITE ACTÍNICA –ASPECTOS CLÍNICOS

QUEILITE ACTÍNICA –ASPECTOS CLÍNICOS

QUEILITE ACTÍNICA – ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS

• Epitélio atrófico

• Displasia epitelial

• Inflamação crônica leve

• Elastose solar

QUEILITE ACTÍNICA - TRATAMENTO

• Orientação

• Barreiras físicas e químicas

• Biópsia (endurecimento, espessamento, áreas leucoplásicas e ulceradas)

• Ablação a laser

• Aplicação tópica de 5-fluorouracil, imiquimod

• Terapia fotodinâmica e quimioexfoliação

• Acompanhamento de longa duração

LÍQUEN PLANO

Doença dermatológica crônica,imunologicamente mediada, relativamentecomum, que com frequência acomete amucosa bucal

Neville et al, 2009; Ganesh et al, 2018

LÍQUEN PLANO – ASPECTOS CLÍNICOS

• Gênero feminino (3:2)

• Doença da meia-idade

• Nível de estresse

• Prevalência de 0,5% a 2,6%

Neville et al, 2009; Ganesh et al, 2018

LÍQUEN PLANO –

ASPECTOS CLÍNICOS

LÍQUEN PLANO –

ASPECTOS CLÍNICOS

LÍQUEN PLANO –

ASPECTOS CLÍNICOS

LÍQUEN PLANO –

ASPECTOS CLÍNICOS

LÍQUEN PLANO –

ASPECTOS CLÍNICOS

LÍQUEN PLANO –

ASPECTOS CLÍNICOS

LÍQUEN PLANO –

ASPECTOS CLÍNICOS

LÍQUEN PLANO –

ASPECTOS CLÍNICOS

LÍQUEN PLANO –

ASPECTOS CLÍNICOS

LÍQUEN PLANO –

ASPECTOS CLÍNICOS

LÍQUEN PLANO –

ASPECTOS CLÍNICOS

LÍQUEN PLANO –

ASPECTOS CLÍNICOS

LÍQUEN PLANO – ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS

• Cristas epiteliais em dentes de serra

• Degeneração hidrópica da camada basal

• Infiltrado inflamatório linfocítico em banda

• Corpúsculos de Civatte

LÍQUEN PLANO - TRATAMENTO

• Líquen plano reticular: terapia antifúngica e acompanhamento

• Líquen plano erosivo: corticosteróides tópicos (fluocinonida, betametasona, clobetasol em gel) várias vezes por dia, com cicatrizarão em 1 a 2 semanas

• Doença crônica que reaparecerá

• Avaliação a cada 3 ou 6 meses

• Transformação maligna: 0,4% a 3,7%Neville et al, 2009; Ganesh et al, 2018

LÍQUEN PLANO - TRATAMENTO

OBRIGADO!campos@uefs.br

Recommended