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C a r t i l h a
ÍndiceApresentação ________________________________________________ 03
História em quadrinhos _______________________________________ 04
Orientações _________________________________________________ 07
Lei n.º 13.825 de 4 de novembro de 2011 ___________________________ 11
Decreto de Regulamentação ____________________________________ 17
Instrução Normativa __________________________________________ 31
Endereços Úteis ______________________________________________ 46
3
Estamos em um novo momento da agricultura familiar no
Rio Grande do Sul. A regulamentação da Lei 13.825/2011,
que cria o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroin-
dustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte - SUSAF-
-RS - marca o atendimento de uma demanda histórica de
trabalhadores e trabalhadoras rurais do Rio Grande do Sul
que, agora, serão beneficiados com uma legislação inédita
no país.
Com a adesão ao SUSAF-RS, as agroindústrias familiares, com inspeção municipal,
podem comercializar seus produtos em todo o estado. Na prática, significa que
produtos de origem animal, como salame, queijo e linguiça, por exemplo, não terão
mais as barreiras que antes impediam a venda intermunicipal. Os consumidores da
cidade também serão beneficiados. Além da diversidade e maior oferta de produtos,
terão a oportunidade de encontrar nas prateleiras dos supermercados produtos sau-
dáveis, com sabor da colônia, elaborados pelos nossos agricultores. São ações con-
cretas e efetivas como esta que ajudam a permanência das famílias no campo, com
a garantia de que tenham uma vida digna. Foi com este objetivo que transformamos
em realidade a reivindicação dos movimentos sociais do campo num projeto de lei,
aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa, sancionado e regulamentado
pelo Governador Tarso Genro.
Os avanços também passam pelos municípios. É de responsabilidade dos adminis-
tradores municipais criarem e organizarem o Serviço de Inspeção Municipal – SIM.
Esta é uma obra de várias mãos. Foram muitos encontros, audiências públicas, inú-
meras manifestações dos vereadores - que se organizaram e aprovaram moções de
apoio - dos prefeitos, dos movimentos sociais e trabalhadores e trabalhadoras rurais.
Este esforço coletivo valeu a pena. Temos uma nova legislação e novos desafios. A im-
plementação do SUSAF-RS em todo o Rio Grande do Sul permite que as agroindústrias
familiares, artesanais e de pequeno porte produzam mais alimentos para a mesa dos
gaúchos, com renda e qualidade de vida.
Edegar Pretto Deputado Estadual - PT
apresentação
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Orientações
O SUSAF-RS é o Sistema Unificado Estadual de Sani-
dade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno
Porte que permite a comercialização, em todo o estado,
dos produtos de origem animal produzidos por agroin-
dústrias familiares inspecionadas pelo Serviço de Inspe-
ção Municipal (SIM).
O que é o SUSaF-rS?
Para que o SUSAF-RS funcione, município, estado e
agroindústrias familiares terão papéis fundamentais.
As agroindústrias familiares, artesanais e de peque-
no porte, que produzem produtos de origem animal
(queijo, salame, mel, ovos, peixes,...), cuja área industrial
construída seja de até 250 m² (fora os anexos) e estejam
legalmente constituídas, de acordo com a legislação
municipal.
Quem poderá participar do SUSaF-rS?
Como funcionará o SUSaF-rS?
� Criar o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) através de legislação municipal;� Estruturar e colocar em funcionamento o SIM;� Realizar o cadastro do SIM no SUSAF-RS, individualmente ou
através de consórcios intermunicipais; � Fazer a fiscalização sanitária da produção das agroindústrias
familiares do município;� Cadastrar as agroindústrias familiares do seu município no
SUSAF-RS;� Criar políticas de apoio às Agroindústrias Familiares.
Quais serão as tarefas do município?
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� Coordenar o SUSAF-RS e o Conselho Gestor do SUSAF-RS, através da Instância Central ligada à Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Agronegócio.
Quais serão as tarefas do Estado?
Conselho Gestor� Será composto pelos governos municipais, estadual e federal, entidades de extensão
rural e pesquisa e movimentos sociais organizados do campo.� Elaborará as diretrizes e instruções normativas do SUSAF-RS;� Debaterá questões técnicas de procedimentos de produção, equivalência sanitária,
qualidade de produtos;� Liberará a comercialização, em todo o estado, dos produtos das Agroindústrias
Familiares que fizeram a adesão ao SUSAF-RS;� Credenciará e descredenciará os SIM's dos municípios ao SUSAF-RS;� Acompanhará o funcionamento dos SIM's através de auditorias.
� Deverão ter registro no SIM do seu município.� Solicitar a adesão ao SUSAF-RS no SIM de seu município.
Quais serão as tarefas das agroindústrias?
� Todos produtos das Agroindústrias Familiares, que fizerem a adesão ao SUSAF-RS, receberão um selo de registro no sistema.
Selo SUSaF-rS
� agricultores familiares – com a adesão ao Sistema Unificado, os agricultores e agricultoras familiares poderão agregar valor aos produtos coloniais e ampliar o mercado de venda.
� Consumidor – com a venda intermunicipal, consumidores e consumidoras terão facilidade para comprar os tradicionais produtos da colônia, inclusive em supermercados, com a garantia da qualidade e sabor dos produtos.
� Município – a agricultura familiar faz parte da base produtiva do estado e, além de promover o desenvolvimento rural, permite o desenvolvimento regional com a valorização dos produtos da terra.
Quem se beneficiará com o SUSaF-rS?
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GlOSSÁriO
agroindústria Familiar� a Agroindústria Familiar é o espaço físico constituído para o beneficia-mento ou processamento artesanal dos produtos primários da agrope-cuária.
Equivalência� considera-se equivalência de ser-viços de inspeção o estado no qual as medidas de inspeção higiênico--sanitária e tecnológica aplicadas por diferentes serviços de inspeção permitem alcançar os mesmos ob-jetivos de inspeção, fiscalização, ino-cuidade e qualidade dos produtos. A Lei estabelece a equivalência de pro-cedimentos de serviço para garantir a equivalência da qualidade dos pro-dutos. Mesmo com estruturas físicas e produção diferentes, a higiene, cui-dados e boas práticas sanitárias de-vem manter a qualidade do produto final.
instância Central� a Secretaria Estadual de Agricultu-ra, Pecuária e Agronegócio é respon-sável pela coordenação do SUSAF-RS.
instância local� nos municípios, a implementa-ção do SIM, fiscalização e adesão ao SUSAF-RS será responsabilidade das Prefeituras, Secretaria Municipal de Agricultura ou Consórcio Municipal.
Consórcios Municipais� os consórcios funcionam como um instrumento para comprar equi-pamentos, dividir custos e facilitar o acesso das prefeituras a financia-mentos dos governos estadual e fe-deral. Muitos municípios pequenos não possuem orçamento suficiente para viabilizar programas sanitários ou fazer funcionar uma agroindús-tria familiar. Além de baixar custos, o consórcio permite que uma mesma área seja utilizada por mais de uma agroindústria.
SiM� Os Serviços de Inspeção Munici-pal servem para fiscalizar a produ-ção das Agroindústrias Familiares. O objetivo é garantir a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos produzidos.
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lEi N.º 13.825 DE 4 DE NOVEMBrO DE 2011
Dispõe sobre o Sistema Unificado Estadual de Sani-dade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Peque-
no Porte – SUSAF-RS – e dá outras providências.
12
O GOVErNaDOr DO EStaDO DO riO GraNDE DO SUl.
Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição
do Estado, que a Assembleia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei
seguinte:
art. 1º Fica instituído o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial
Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte – SUSAF-RS -, dos serviços de inspeção
municipais e fiscalização sanitária, que poderá ser vinculado ao Sistema Brasi-
leiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal – SISBI -, integrante do Sistema
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária – SUASA -, por meio de instância
definida nos termos da regulamentação federal específica.
art. 2º O Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Arte-
sanal e de Pequeno Porte – SUSAF-RS – trabalhará com objetivo de garantir a
inocuidade, a integridade e a qualidade do produto final, orientando a edição
de normas técnicas e de instruções em que a avaliação da condição sanitária
estará fundamentada em parâmetros técnicos de Boas Práticas Agroindustriais
e Alimentares, respeitando as especificidades locais e as diferentes escalas de
produção, considerando, inclusive, os aspectos sociais, geográficos, históricos e
os valores culturais agregados aos produtos.
art. 3º Considera-se para os efeitos desta Lei:
i – as agroindústrias familiares de pequeno porte como sendo os estabele-
cimentos de propriedade ou posse de agricultores familiares, definidos pelo
art. 3.º da Lei Federal n.º 11.326, de 24 de julho de 2006, de forma individu-
al ou coletiva, dispondo de instalações mínimas e destinada ao abate, ao
processamento e à industrialização de produtos de origem animal, conforme
critérios definidos em regulamento;
ii – agroindústrias familiares de pequeno porte de processamento artesanal
como sendo os estabelecimentos agroindustriais com pequena escala de
produção dirigidos diretamente por agricultor(es) familiar(es) com meios de
produção próprios ou mediante contrato de parceria, cuja produção abran-
ja desde o preparo da matéria-prima até o acabamento do produto, seja
realizada com o trabalho predominantemente manual e que agregue aos
produtos características peculiares, por processos de transformação diferen-
13
ciados que lhes confiram identidade, geralmente relacionados a aspectos
geográficos e histórico-culturais locais ou regionais;
iii – Serviço de Inspeção Municipal – SIM – como sendo aquele criado por le-
gislação específica, que visa dotar o município, individualmente ou por meio
de consórcio regional, de serviço público de inspeção e fiscalização industrial
e sanitário de produtos de origem animal, comestíveis e não comestíveis,
como estabelecimentos de abate, processamento, manipulação, transforma-
ção, acondicionamento, armazenamento e envasamento.
art. 4º O Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Arte-
sanal e de Pequeno Porte – SUSAF-RS – terá como finalidades:
i – realizar a integração sistêmica, horizontal e descentralizada dos serviços
de inspeção municipais;
ii – traçar as diretrizes básicas da Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal
e de Pequeno Porte;
iii – produzir e editar recomendações e instruções, por meio de documentos
técnicos específicos e socialmente adequados;
iV – realizar e estimular parcerias, com órgãos públicos e privados, com
instituições de pesquisa e educacionais, de capacitação, assistência técnica e
extensão;
V – fazer a interlocução e o monitoramento dos serviços de inspeção munici-
pais do Estado do RS;
Vi – conceder autorização de liberação do comércio intermunicipal, bem
como descredenciar os serviços de inspeção municipais, quando deixarem de
atender aos critérios definidos no SUSAF-RS;
Vii – conceder autorização de uso e realizar a gestão do selo de qualidade;
Viii – organizar e manter informações cadastrais das Agroindústrias Fami-
liares, Artesanais e de Pequeno Porte existentes no Estado do Rio Grande do
Sul.
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art. 5º Para aderir ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial
Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte – SUSAF-RS – os municípios deverão
contar com Serviço de Inspeção Municipal – SIM – legalmente instituído, dotado
de recursos humanos e materiais necessários ao funcionamento que atendam
aos requisitos de infraestrutura administrativa, de inocuidade e de qualidade de
produtos, de prevenção e combate à fraude econômica e de controle ambiental
definidos em normas próprias, mediante fiscalização e aprovação pelos órgãos
competentes.
§ 1° Os estabelecimentos que obtiverem a aprovação pelo Serviço de Inspe-
ção Municipal – SIM – com adesão ao Sistema Unificado Estadual de Sanida-
de Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte – SUSAF-RS – pode-
rão realizar comércio intermunicipal no âmbito do território do Estado do Rio
Grande do Sul.
§ 2º Com o objetivo de qualificar, agilizar e facilitar os serviços de inspeção
sanitária no Rio Grande do Sul, o Órgão Estadual responsável pela inspeção
sanitária dos produtos de origem animal poderá celebrar convênios e firmar
parcerias com os serviços de inspeção municipais que tenham adesão ao
Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e
de Pequeno Porte – SUSAF-RS – , bem como ter atuação integrada, na forma
de parcerias, às ações definidas no Conselho Gestor.
art. 6° O Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Arte-
sanal e de Pequeno Porte – SUSAF-RS – , atuará articulado com o Sistema Único
de Saúde e desenvolverá parcerias com órgãos de Estado e da sociedade, no que
for necessário, para preservar e promover a saúde pública.
art. 7º O Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Arte-
sanal e de Pequeno Porte – SUSAF-RS – contará com Conselho Gestor, coorde-
nado pelo órgão competente pela inspeção e fiscalização sanitária no âmbito
da Administração Estadual, de caráter consultivo, com a finalidade de elaborar
diretrizes e instruções normativas necessárias às suas finalidades.
§ 1º O Conselho Gestor a que se refere o “caput” deste artigo terá participa-
ção plural da sociedade civil organizada, dos municípios, da representação de
entidades de agricultores, de instituições de pesquisa, de ensino e de exten-
são, de órgãos públicos ligados à produção agropecuária, à saúde pública e
ao meio ambiente.
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§ 2° O Conselho Gestor a que se refere o “caput” deste artigo poderá contar
com Câmaras Técnicas compostas por profissionais de diversas áreas de
conhecimento relacionadas aos objetivos do Sistema Unificado Estadual de
Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte – SUSAF-RS.
§ 3° O Conselho Gestor a que se refere o “caput” deste artigo terá um Regi-
mento Interno próprio contendo disposições sobre a sua coordenação, a sua
estrutura e o seu modo de funcionamento.
art. 8° O Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Arte-
sanal e de Pequeno Porte – SUSAF-RS – emitirá um selo que identificará o produ-
to, para o qual a sua obtenção, regras de uso, gestão da qualidade, entre outras
providências, serão objeto de regulamento específico editado pelo Conselho
Gestor.
art. 9° Com a finalidade de promoção da saúde pública, o Estado do Rio Grande
do Sul poderá celebrar convênios com entes da Federação e criar programas de
incentivo e de apoio aos municípios para a estruturação dos serviços de inspe-
ção municipais, bem como a promoção de ações educativas, de extensão e de
pesquisa visando à qualidade dos produtos das agroindústrias cadastradas no
Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de
Pequeno Porte – SUSAF-RS.
art. 10 Com o objetivo de promover a adequação à legislação federal, o Sistema
Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno
Porte – SUSAF-RS – , poderá abranger estabelecimentos familiares de pequeno
porte, não dirigidos por agricultores familiares, considerados equivalentes às
agroindústrias familiares de pequeno porte, na forma do regulamento.
art. 11 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
PalÁCiO PiratiNi, em Porto Alegre, 4 de novembro de 2011.
Registre-se e publique-se,
tarSO GENrO - Governador do Estado;
CarlOS PEStaNa NEtO - Secretário Chefe da Casa Civil
Projeto de lei nº 66/11, de iniciativa do Deputado Edegar Pretto
17
DECrEtO DE rEGUlaMENtaÇÃON.º 49.340 DE 5 DE JUlhO DE 2012
Regulamenta a Lei nº 13.825, de 4 de novembro de 2011, que dispõe sobre o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial
Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte - SUSAF-RS -, e dá outras providências.
18
O GOVErNaDOr DO EStaDO DO riO GraNDE DO SUl, no uso das atribuições
que lhe confere o art. 82, incisos V e VII, da Constituição do Estado,
D E C r E t a:
art. 1º Fica regulamentada a Lei nº 13.825, de 4 de novembro de 2011, que
dispõe sobre o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar,
Artesanal e de Pequeno Porte - SUSAF-RS -, e dá outras providências.
art. 2º O Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Arte-
sanal e de Pequeno Porte – SUSAF-RS - trabalhará com objetivo de promover a
inocuidade, a integridade e a qualidade do produto final, orientando a edição
de normas técnicas e de instruções em que a avaliação da condição sanitária
estará fundamentada em parâmetros técnicos de Boas Práticas Agroindustriais
e Alimentares, respeitando as especificidades locais e as diferentes escalas de
produção, considerando, inclusive, os aspectos sociais, geográficos, históricos e
os valores culturais agregados aos produtos.
art. 3º Considera-se para efeito deste Decreto:
i – as agroindústrias familiares de pequeno porte como sendo os estabele-
cimentos de propriedade ou posse de agricultores familiares, definidos pelo
art. 3.º da Lei Federal n.º 11.326, de 24 de julho de 2006, dirigidos de forma
individual ou coletiva por eles, dispondo de área industrial (exceto anexos)
construída de até 250 m2 (duzentos e cinqüenta metros quadrados) destina-
da ao abate, ao processamento e à industrialização de produtos de origem
animal.
ii – agroindústrias familiares de pequeno porte de processamento artesanal
como sendo os estabelecimentos agroindustriais com pequena escala de
produção dirigidos diretamente por agricultor(es) familiar(es) com meios de
produção próprios ou mediante contrato de parceria, cuja produção abran-
ja desde o preparo da matéria-prima até o acabamento do produto, seja
realizada com o trabalho predominantemente manual e que agregue aos
produtos características peculiares, por processos de transformação diferen-
ciados que lhes confiram identidade, geralmente relacionados a aspectos
geográficos e histórico-culturais locais ou regionais;
19
iii – Serviço de Inspeção Municipal – SIM – como sendo aquele criado por le-
gislação específica, que visa dotar o município de serviço público de inspeção
e fiscalização industrial e sanitário de produtos de origem animal, comestí-
veis, como estabelecimentos de abate, processamento, manipulação, trans-
formação, acondicionamento, armazenamento e envasamento.
iV – Consórcio de Municípios, como sendo a associação pública de direito
público, formada nos termos da Lei Federal nº 11.107, de 06 de abril de 2005,
por dois ou mais Municípios, que dispõem de Serviço de Inspeção próprios,
constituídos legalmente com o objetivo de viabilizar a execução de ações
integradas relacionadas à sanidade dos produtos agroindustriais, obedecidos
os limites constitucionais, com área de atuação correspondente à soma dos
seus respectivos territórios.
V – Escala de Produção, como sendo a capacidade máxima diária de abate e/
ou industrialização de produtos de origem animal e de seus derivados em
processo intermitente, expressa em termos quantitativos, podendo ser dife-
renciada segundo o porte e a espécie destes animais.
art. 4º O Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial, Familiar, Ar-
tesanal e de Pequeno Porte – SUSAF-RS será responsável pela padronização dos
procedimentos das atividades de inspeção e classificação de produtos de origem
animal e seus derivados manipulados em agroindústrias familiares de pequeno
porte, inclusive as de processamento artesanal, instaladas no Rio Grande do Sul.
§ 1º Estão sujeitos à inspeção sanitária no âmbito do SUSAF-RS somente os
produtos comestíveis, destinados à alimentação humana manipulados em
estabelecimentos onde ocorre o abate de animais produtores de carne e
industrialização de seus derivados comestíveis; o processamento de pesca-
dos ou seus derivados comestíveis; de leite e seus derivados; de ovos e seus
derivados e de produtos das abelhas e seus derivados.
§ 2º As atividades de inspeção e de fiscalização dos produtos mencionados
no parágrafo primeiro deste artigo serão efetuadas de maneira uniforme,
harmônica e equivalente em todos os Municípios, sendo realizadas por meio
de métodos universalizados e aplicados eqüitativamente em todos os esta-
belecimentos inspecionados.
20
§ 3º As auditorias e avaliações técnicas dos Serviços de Inspeção Municipais
que encaminharem pedido de adesão ao Sistema serão realizadas mediante
regras e critérios de controles predefinidos, estabelecidos em ato normativo
específico da instância central do SUSAF-RS.
art. 5º Para efeito do Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial
Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte - SUSAF-RS são considerados equiva-
lentes às agroindústrias familiares de pequeno porte definidas pelo inciso I do
artigo 3º deste Decreto os Empreendimentos Econômicos Solidários, definidos
nos termos da Lei nº 13.531, de 20 de outubro de 2010, e os estabelecimentos
com pequena escala de produção, não dirigidos por agricultores familiares, que
disponham de área industrial (exceto anexos) construída de até 250 m2 (duzen-
tos e cinqüenta metros quadrados) destinada ao abate, ao processamento e à
industrialização de produtos de origem animal e que tenham o trabalho fami-
liar como predominante na exploração do estabelecimento, utilizando apenas
eventualmente o trabalho assalariado, de acordo com as exigências sazonais da
atividade agroindustrial.
Parágrafo único. A escala de produção a que se refere o “caput” deste artigo
e o inciso III do artigo 3º deste Decreto será definida pelo Serviço de Inspeção
Municipal ao qual estiver submetido o estabelecimento.
art. 6º O Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Arte-
sanal e de Pequeno Porte – SUSAF-RS – terá como finalidades:
i – realizar a integração sistêmica, horizontal e descentralizada dos Serviços
de Inspeção Municipais (inclusive os consorciados) com o Serviço de Inspeção
Estadual;
ii – traçar as diretrizes básicas da Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal
e de Pequeno Porte;
iii – produzir e editar recomendações e instruções, por meio de documentos
técnicos específicos e socialmente adequados;
iV – realizar e estimular parcerias, com órgãos públicos e privados, com
instituições de pesquisa e educacionais, de capacitação, assistência técnica e
extensão;
21
V – fazer a interlocução e o monitoramento dos Serviços de Inspeção Munici-
pais que integram o SUSAF-RS;
Vi – conceder autorização de liberação do comércio intermunicipal, bem
como descredenciar os Serviços de Inspeção Municipais, quando deixarem de
atender aos critérios definidos no SUSAF-RS;
Vii – conceder autorização de uso e realizar a gestão do selo de identidade;
Viii – organizar e manter informações cadastrais das Agroindústrias Fami-
liares, Artesanais e de Pequeno Porte existentes no Estado do Rio Grande do
Sul.
art. 7º As atividades do Sistema Unificado de Atenção a Sanidade Agroindus-
trial, Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte – SUSAF-RS serão executadas pela
instância central e pelas instâncias locais de forma integrada e sistêmica.
§ 1º As atividades de instância central serão exercidas pela Secretaria da
Agricultura, Pecuária e Agronegócio, inclusive suas coordenadorias regionais,
nos termos do Decreto nº 48.011, de 11 de maio de 2011.
§ 2º As atividades da instância local serão exercidas pela Secretaria Munici-
pal com atribuição para a realização das atividades de inspeção e fiscalização
sanitária dos produtos de origem animal ou por Consórcio de Municípios
com atribuição para tal.
§ 3º As atribuições e os requisitos operacionais mínimos dos Consórcios de
Municípios serão regulamentados pela instância central do SUSAF-RS, me-
diante consulta ao seu Conselho Gestor.
§ 4º A instância central designará servidores efetivos, com responsabilidade
específica, para implantação e acompanhamento das atividades do SUSAF-
-RS.
art. 8º A instância central responderá pelas atividades privativas do Governo
Estadual, de natureza política, normativa, reguladora, coordenadora, supervisora,
auditora, fiscalizadora e operativa, cabendo-lhe:
22
i – celebrar convênios e termos de cooperação técnica com outros entes da
Federação e órgãos da Administração direta e Indireta do Estado;
ii – promover programas de incentivo e de apoio aos municípios para a
estruturação dos Serviços de Inspeção Municipais, bem como a promoção de
ações educativas, de extensão e de pesquisa visando à qualidade dos produ-
tos das agroindústrias cadastradas no SUSAF-RS;
iii – produzir e editar recomendações e instruções no âmbito da sua esfera
de competência, por meio de documentos técnicos específicos e socialmente
adequados;
iV – realizar, por meio do Serviço de Inspeção Estadual, as auditorias e as
avaliações técnicas nos Serviços de Inspeção Municipais (inclusive os con-
sorciados) que solicitarem a adesão ou aderirem ao SUSAF-RS, elaborando
relatórios conclusivos sobre estas situações;
V – conceder autorização de liberação do comércio intermunicipal, bem
como descredenciar os Serviços de Inspeção Municipais, quando deixarem de
atender aos critérios definidos no SUSAF-RS;
Vi – conceder autorização de uso e realizar a gestão do selo de identificação
do SUSAF-RS;
Vii – integrar as informações cadastrais das Agroindústrias Familiares, Arte-
sanais e de Pequeno Porte fornecidas pelas instâncias locais, identificando no
Sistema de Defesa Agropecuária (SDA) os estabelecimentos que integrarem
o SUSAF-RS; e
Viii – disponibilizar em meio eletrônico as informações que julgar pertinen-
tes relativas aos estabelecimentos que integrarem o SUSAF-RS, inclusive para
acesso ao público.
art. 9º As instâncias locais responderão pela execução das ações de interesse do
Estado e dos Municípios no âmbito de sua atuação, nos termos das legislações
federais, estaduais e municipais pertinentes, cabendo-lhe:
23
i – celebrar convênios e firmar parcerias com a instância central do SUSAF-
-RS;
ii – produzir e editar recomendações e instruções no âmbito da sua esfera de
competência, por meio de documentos técnicos específicos e socialmente
adequados;
iii – organizar e manter informações cadastrais das Agroindústrias Familia-
res, Artesanais e de Pequeno Porte existentes na sua área de atuação.
art. 10 O Estado e os Municípios editarão normas específicas relativas às con-
dições gerais das instalações, equipamentos e práticas operacionais de agroin-
dústrias familiares de pequeno porte, inclusive os de processamento artesanal,
observados os princípios básicos de higiene dos alimentos, tendo como objetivo
a garantia da inocuidade dos produtos de origem animal.
art. 11 O Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Arte-
sanal e de Pequeno Porte – SUSAFRS - atuará articulado com o Sistema Único de
Saúde, e desenvolverá parcerias com órgãos de Estado e da sociedade, no que
for necessário, para preservar e promover a saúde pública.
art. 12 O Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Arte-
sanal e de Pequeno Porte - SUSAF-RS – atuará articulado ao Sistema Brasileiro
de Inspeção de Produtos de Origem Animal – SISBI-POA -, integrante do Sistema
Único de Atenção à Sanidade Agropecuária - SUASA -, instituído pela Lei Federal
nº 9.712, de 20 de novembro de 1998, que altera a Lei nº 8.171, de 17 de janeiro
de 1991, acrescentando-lhe dispositivos referentes à defesa agropecuária.
Parágrafo único. As instâncias que compõem o Sistema realizarão esforços
para harmonizar e compatibilizar as normas e os procedimentos utilizados
pelo SUSAF-RS e pelo SISBI-POA.
art. 13 Os estabelecimentos que obtiverem a aprovação, o registro e a indicação
pelo Serviço de Inspeção Municipal – SIM – ou Consórcio de Municípios com
adesão ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Arte-
sanal e de Pequeno Porte - SUSAF-RS - poderão realizar comércio intermunicipal
no âmbito do território do Estado do Rio Grande do Sul.
24
art. 14 Para aderir ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Fa-
miliar, Artesanal e de Pequeno Porte - SUSAF-RS - os Municípios deverão atender
às seguintes exigências:
i – constituir previamente o Serviço de Inspeção Municipal – SIM - legalmen-
te instituído, dotado dos requisitos mínimos definidos pela instância central
nos termos do artigo 16 deste Decreto;
ii - adequar seus processos e procedimentos de inspeção e fiscalização
devendo seguir a legislação federal, estadual ou dispor de regulamentos
equivalentes;
iii – submeter seus Serviços de Inspeção a auditorias documentais e opera-
cionais;
iV – comprovar a obtenção da equivalência do Serviço de Inspeção Municipal
nas auditorias realizadas pela instância central; e
V – ter médico veterinário concursado responsável pelo Serviço de Inspeção
Municipal.
Parágrafo único. O médico veterinário responsável pelo Serviço de Inspeção só
poderá ser contratado pelo Consórcio de Municípios nos termos do ato normati-
vo específico a que se refere o artigo 15 deste Decreto.
art. 15 As exigências para a adesão dos Consórcios de Municípios ao Sistema
Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno
Porte - SUSAF-RS – serão definidas em ato normativo específico da instância
central do Sistema, mediante consulta ao seu Conselho Gestor.
art. 16 A instância central definirá, por meio de ato normativo específico, após
consulta ao Conselho Gestor do Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroin-
dustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte - SUSAF-RS –, os requisitos para
obtenção da equivalência dos Serviços de Inspeção em relação a:
i – infraestrutura administrativa (recursos humanos, infraestrutura de traba-
lho, veículos);
ii – inocuidade dos produtos de origem animal (avaliação das atividades de
25
inspeção, análises microbiológicas e físico-químicas de produtos e água,
implantação de boas práticas de fabricação);
iii – qualidade dos produtos de origem animal;
iV – prevenção e combate à fraude econômica; e
V – controle ambiental.
art. 17 Os procedimentos para reconhecimento da equivalência dos Serviços
de Inspeção dos Municípios ou dos Consórcios de Municípios para adesão ao
SUSAF-RS consistem na observância dos seguintes requisitos:
i – apresentação de lista com os estabelecimentos que propõe integrar o
Sistema e estes estabelecimentos servirão de base para aferição da eficiência
e eficácia do Serviço de Inspeção.
ii – apresentação prévia de registros auditáveis referentes à implantação e
manutenção do seu Serviço de Inspeção.
iii – formalização do pleito de reconhecimento da equivalência e adesão dos
Serviços de Inspeção, com documentação hábil, mediante apresentação de
programa de trabalho de inspeção e fiscalização e comprovação de estrutura
e equipe compatíveis com as atribuições.
Parágrafo único. Os Municípios e os Consórcios de Municípios poderão
solicitar à instância central auditoria prévia, em caráter de orientação, a fim
de construir seus planos de trabalho, reunir a documentação necessária e
adequar seus procedimentos, por meio de solicitação formal.
art. 18 O Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Arte-
sanal e de Pequeno Porte - SUSAF-RS - terá um Conselho Gestor de caráter con-
sultivo, com a finalidade de subsidiar as suas instâncias executoras nas ações
necessárias às suas finalidades.
Parágrafo único. O Conselho de que trata o “caput” deste artigo será instala-
do em até 60 (sessenta dias) após a data de publicação deste Decreto.
26
art. 19 O Conselho Gestor terá a seguinte composição:
i – dois representantes da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio;
ii – dois representantes da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e
Cooperativismo;
iii – um representante da Secretaria da Saúde;
iV – um representante da Secretaria de Meio Ambiente;
§ 1º Serão convidados para fazer parte do Conselho Gestor:
i – um representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
mento – MAPA;
ii – um representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA;
iii – um representante do Ministério da Pesca e Aquicultura – MPA;
iV – um representante da Federação das Associações de Municípios do Rio
Grande do Sul – FAMURS;
V – um representante da Associação Gaúcha Municipalista – AGM;
Vi – um representante da Associação Sulina de Crédito e Assistência Ru-
ral/ Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica
e Extensão Rural - ASCAR– EMATER/RS;
Vii – um representante de Organizações Não Governamentais que desen-
volvam assistência técnica a agricultores e/ou agroindústrias familiares,
indicado por seus pares;
Viii – um representante da Federação dos Trabalhadores da Agricultura no
Rio Grande do Sul – FETAG/RS;
iX – um representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura
Familiar da Região Sul – FETRAF/SUL;
27
X – um representante da Cooperativa de Produção e Comercialização
Camponesa – CPC;
Xi – um representante da Cooperativa Central dos Assentamentos do Rio
Grande do Sul – COCEARGS;
Xii – um representante de cooperativas de agricultores familiares que
desenvolvam atividades de agroindústria, indicado pelo Sindicato e Orga-
nização das Cooperativas do Rio Grande do Sul – OCERGS;
Xiii – um representante de cooperativas de agricultores familiares que de-
senvolvam atividades de agroindústria, indicado pela União Nacional das
Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária – UNICAFES;
XiV – um representante das instituições de pesquisa e ensino indicado
por seus pares; e
XV – dois representantes de Municípios ou de Consórcio de Municípios
que tenham adesão ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroin-
dustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte - SUSAF-RS ou ao Sistema
Brasileiro de Inspeção (SISBI/SUASA), indicado por seus pares.
§ 2º Os representantes previstos nos incisos V, XII e XIII do parágrafo 1º deste
artigo serão indicados pela maioria das entidades previamente habilitadas e
credenciadas pelo Conselho Gestor mediante convocação pública.
§ 3º A coordenação do Conselho Gestor competirá ao Secretário de Estado da
Agricultura, Pecuária e Agronegócio.
§ 4º O Conselho Gestor disporá de uma secretaria executiva que prestará
apoio técnico e administrativo às suas atividades.
§ 5º Os integrantes do Conselho Gestor serão indicados ao Gabinete do Se-
cretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Agronegócio pelos Titulares dos
Órgãos e Entidades referidos neste artigo, devendo ser designados por estes
Secretários.
28
§ 6º A função de membro do Conselho Gestor e de suas instâncias será consi-
derada prestação de serviço público relevante, não remunerada.
art. 20 O Conselho Gestor poderá requerer a participação de outros órgãos da
Administração Pública direta e indireta do Estado do Rio Grande do Sul, em pau-
tas específicas, bem como poderá solicitar a órgãos públicos e privados informa-
ções, por escrito, sobre assuntos necessários ao seu objeto.
art. 21 O Conselho Gestor a que se refere este Decreto artigo poderá contar com
Câmaras Técnicas compostas por profissionais de diversas áreas de conheci-
mento relacionadas aos objetivos do Sistema Unificado Estadual de Sanidade
Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte – SUSAF-RS.
art. 22 O Conselho Gestor a que se refere este Decreto terá um Regimento Inter-
no próprio contendo disposições sobre a sua coordenação, a sua estrutura e o
seu modo de funcionamento.
art. 23 São atribuições do Conselho Gestor do Sistema Unificado Estadual de
Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte - SUSAF-RS
i – elaborar proposta de diretrizes básicas da Sanidade Agroindustrial Fami-
liar, Artesanal e de Pequeno Porte;
ii – elaborar propostas de recomendações e instruções, por meio de docu-
mentos técnicos específicos e socialmente adequados;
iii – propor parcerias, com órgãos públicos e privados, com instituições de
pesquisa e educacionais, de capacitação, assistência técnica e extensão;
iV – articular-se com os órgãos estaduais e federais responsáveis pela
implantação do ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem
Animal – SISBI-POA -, integrante do Sistema Único de Atenção à Sanidade
Agropecuária – SUASA, buscando solucionar controvérsias para harmonizar
e compatibilizar as normas e os procedimentos utilizados pelos respectivos
Sistemas;
V – receber e analisar críticas e sugestões dos serviços de inspeção munici-
pais do Estado do RS;
29
Vi – acompanhar e monitorar o Plano de Trabalho apresentado pelos Serviços
de Inspeção Municipais que integram o SUSAF-RS;
Vii – propor a concessão de liberação do comércio intermunicipal, bem como
o descredenciamento os serviços de inspeção municipais, quando deixarem
de atender aos critérios definidos no SUSAF-RS;
Viii – elaborar proposta de Regulamento para emissão e utilização do Selo
de identificação dos produtos cujos estabelecimentos foram inspecionados
segundo os procedimentos do SUSAF – RS;
iX – colaborar com o monitoramento das informações cadastrais das Agroin-
dústrias Familiares, Artesanais e de Pequeno Porte existentes no Estado do
Rio Grande do Sul;
X – sugerir ações a serem objeto de ações integradas entre as instâncias
executoras do SUSAF – RS -, inclusive sob a forma de parcerias;
Xi – aprovar o seu Regimento Interno;
Xii – aprovar a criação e a extinção de Câmaras Técnicas sob sua responsabili-
dade, bem como promover a indicação dos seus integrantes;
Xiii – outras atribuições, aprovadas pela maioria simples dos seus membros.
art. 24 Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
PalÁCiO PiratiNi, em Porto Alegre, 5 de julho de 2012.
Registre-se e Publique-se,
tarSO GENrO - Governador do Estado;
CarlOS PEStaNa NEtO - Secretário Chefe da Casa Civil
30
31
iNStrUÇÃO NOrMatiVa N, º 02, DE 20 DE FEVErEirO DE 2013
Aprova os Requisitos para Adesão dos Municípios ao Sistema Unifi cado Estadual de Sanidade Agroindus-
trial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte-SUSAF-RS.
32
O Secretário de Agricultura, Pecuária e Agronegócio, no uso da atribuição que
lhe confere o artigo 8º do Decreto nº 49.340, de 05 de julho de 2012, nos termos
previstos no inciso II do artigo 23 desta mesma norma, resolve:
art. 1º Aprovar os Requisitos para Adesão dos Municípios ao Sistema Unifi cado
Estadual de Sanidade
Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte - SUSAF-RS, conforme
Recomendação nº 01/2013 do Conselho Gestor do SUSAF-RS, expressa na Ata da
Reunião do dia 31 de janeiro de 2013, nos termos do Anexo Único.
art. 2º Passa a fazer parte desta Instrução Normativa a Recomendação n.º
01/2013 do Conselho Gestor do SUSAF-RS.
art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2013.
LUIZ FERNANDO MAINARDI
Secretário Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio
Presidente do Conselho Gestor do SUSAF-RS
33
aSSUNtO: rECOMENDaÇÃO Nº 01/2013EXPEDiENtE: 02086-1500/13-4
Recomenda a aprovação dos Requisitos para Adesão dos Municípios ao Sistema
Unifi cado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno
Porte - SUSAF-RS.
O CONSELHO GESTOR DO Sistema Unifi cado Estadual de Sanidade Agroindus-
trial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte - SUSAF-RS, no uso da atribuição que
lhe confere o artigo 16 e o inciso II do artigo 23 ambos do Decreto nº 49.340, de
05 de julho de 2012, RESOLVE:
art. 1º Recomendar a aprovação dos Requisitos para Adesão dos Municípios ao
Sistema Unifi cado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de
Pequeno Porte - SUSAF-RS, expressa na Ata da Reunião do dia 31 de janeiro de
2013, nos termos do Anexo Único.
Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2013.
LUIZ FERNANDO MAINARDI
Secretário Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio
Presidente do Conselho Gestor do SUSAF-RS
34
aSSUNtO: aNEXO ÚNiCOEXPEDiENtE: 02086-1500/13-4
Requisitos para Adesão dos Municípios ao Sistema Unifi cado Estadual de Sani-
dade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte - SUSAF-RS.
art. 1º A adesão dos Municípios ao Sistema Unifi cado Estadual de Atenção à
Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte - SUSAF RS, ins-
tituído pela Lei nº 13.825, de 04 de novembro de 2011 e regulamentado pelo De-
creto nº 49.340, de 05 de julho de 2012, será feita nos termos desta Resolução.
art. 2º Para efeito desta Resolução, considera-se:
i - Serviço de Inspeção Auditor e Coordenador: Coordenadoria de Inspeção
Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal do Departamento de
Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio -
CISPOA/DDA/SEAPA;
ii - Serviço de Inspeção Solicitante: Serviço de Inspeção Municipal - SIM - que
solicite adesão ao SUSAF/RS;
iii - Auditoria Prévia: avaliação operacional que poderá ser realizada por meio
de solicitação formal dos interessados, antes do início do processo de adesão,
e terá caráter de orientação no sentido de auxiliar a integração ao SUSAF/RS;
iV - Auditoria de Reconhecimento de Equivalência: avaliação documental e
operacional realizada pelo Serviço de Inspeção Auditor e Coordenador no
Serviço de Inspeção Solicitante;
Vi - Auditoria de Conformidade Ordinária: avaliação operacional realizada
pelo Serviço de Inspeção Auditor e Coordenador no Serviço de Inspeção Mu-
nicipal já aderido ao Sistema em caráter regular, de forma periódica;
Vii - Auditoria de Conformidade Extraordinária: avaliação operacional reali-
zada pelo Serviço de Inspeção Auditor e Coordenador no Serviço de Inspeção
Municipal já aderido ao Sistema em caráter esporádico, mediante justifi
cativa.
35
art. 2º A adesão ao SUSAF/RS será concedida ao Município, mediante a compro-
vação e o reconhecimento da equivalência do seu Serviço de Inspeção.
Parágrafo único. Os procedimentos para reconhecimento da equivalência do
Serviço de Inspeção Municipal e adesão serão coordenados pela Secretaria
da Agricultura, Pecuária e Agronegócio - SEAPA - na condição de instância
central do SUSAF/RS.
art. 3º O Município que possua um Serviço de Inspeção e pretenda solicitar ade-
são ao SUSAF/RS deverá dispor previamente de registros auditáveis referentes à
implantação e manutenção do seu Serviço de Inspeção.
§ 1º O Município que não possua um Serviço de Inspeção instituído somente po-
derá solicitar a adesão ao SUSAF/RS, após constituí-lo efetivamente, inclusive, de
forma a gerar registros auditáveis que caracterizem a equivalência pretendida.
§ 2º Para aderir ao SUSAF/RS, o Município deverá adequar seus processos e pro-
cedimentos de inspeção e fi scalização, fi cando obrigado a seguir a legislação
federal, estadual ou dispor de Regulamentos próprios equivalentes a elas.
art. 4º O Prefeito Municipal do Município que pretenda solicitar o reconhe-
cimento de equivalência para adesão ao SUSAF/RS deverá formalizar o pleito
junto ao Secretário da SEAPA, que providenciará a abertura de expediente admi-
nistrativo individual.
§ 1º O expediente administrativo será encaminhado ao Serviço de Inspeção Au-
ditor e Coordenador para análise e demais providências.
§ 2º As solicitações de adesão ao SUSAF/RS que forem feitas em desacordo com
esta Resolução serão devolvidas pela SEAPA ao Prefeito Municipal do Serviço de
Inspeção Solicitante com a indicação das inconformidades a serem suprimidas.
art. 5º Ao solicitar a adesão ao SUSAF/RS, o Serviço de Inspeção Solicitante deve-
rá indicar uma ou mais das seguintes categorias de produto, de acordo com as
características e os interesses da sua área de abrangência:
36
i - carne e derivados;
ii - leite e derivados;
iii - pescado e derivados;
iV - ovos e derivados; e
V - mel e cera de abelhas e seus derivados.
art. 6º O Município poderá solicitar formalmente ao Serviço de Inspeção Auditor
e Coordenador a realização de Auditoria Prévia ao início do processo de adesão,
em caráter de orientação, a fim de auxiliar a construção do seu plano de traba-
lho e reunir a documentação necessária e adequar seus procedimentos.
art. 7º A solicitação de reconhecimento de equivalência para adesão ao SUSAF/
RS deverá ser instruído com os seguintes documentos:
i - Programa de Trabalho de Inspeção e Fiscalização; e
ii - comprovação de estrutura e equipe compatíveis com as atribuições.
§ 1º Para o reconhecimento da equivalência ao SUSAF/RS, o Serviço de Inspeção
Solicitante apresentará lista com os estabelecimentos que propõe integrar o
Sistema.
§ 2º Os estabelecimentos citados no § 1º deste artigo servirão de base para afe-
rição da eficiência e eficácia do Serviço de Inspeção Solicitante.
§ 3° Para efeito do cumprimento no disposto no § 1º e no § 2º deste artigo, a
indicação de uma categoria de produto referida no art. 5º desta Resolução
corresponderá à inclusão na lista de estabelecimentos que propõe integrar o
SUSAF/RS de no mínimo 01 (um) empreendimento por categoria.
§ 4º O Serviço de Inspeção Municipal deverá emitir um laudo técnico de vistoria
sanitária contendo a avaliação das condições dos estabelecimentos e parecer
conclusivo do veterinário ofi cial do Serviço de Inspeção.
37
art. 8º O Programa de Trabalho de Inspeção e Fiscalização a que ser refere o inci-
so I do artigo 7º desta Resolução deverá conter as seguintes informações:
i - organograma do órgão responsável pelo Serviço de Inspeção;
ii - conjunto da legislação municipal específi ca pertinente à atividade e de-
claração de sua aplicação prática no âmbito dos estabelecimentos com sede
no Município;
iii - relação dos estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção, con-
tendo nome empresarial, CNPJ ou CPF, número de registro no serviço, classifi
cação, endereço completo, telefone, fax, endereço eletrônico, data de registro,
produtos registrados e dados de produção;
iV - programação das atividades de inspeção e fi scalização contendo:
frequência das inspeções de rotina; cronograma das supervisões; análises
laboratoriais; ações de combate à fraude econômica; ações de combate às
atividades informais de obtenção e comércio de produtos de origem animal;
e atividades de educação sanitária;
V - normatização das Boas Práticas de Fabricação; e
Vi - programa de treinamento do pessoal técnico demonstrando periodicida-
de, carga horária, conteúdo programático.
Parágrafo único. As atualizações da programação de atividades de inspeção e
fi scalização prevista no inciso IV deste artigo deverão ter periodicidade míni-
ma anual e ser informadas ao Serviço de Inspeção Auditor e Coordenador.
art. 9º As atividades descritas no Plano de Trabalho a que se refere o inciso I do
artigo 7º desta resolução deverão atender aos requisitos defi nidos em relação a:
I - infraestrutura administrativa;
II - inocuidade dos produtos de origem animal;
III - qualidade dos produtos de origem animal;
IV - prevenção e combate à fraude econômica; e
38
V - controle ambiental.
art. 10 Os requisitos relacionados com a infraestrutura administrativa para
obtenção da equivalência do Serviço de Inspeção Municipal serão avaliados
mediante as seguintes condições:
I - recursos humanos: médico(s) veterinário(s) ofi cial(is) e auxiliar(es) de
inspeção capacitados, em número compatível com as atividades de inspe-
ção naqueles estabelecimentos que fi zerem parte do SUSAF/RS, lotados
no Serviço de Inspeção, que não tenham confl itos de interesses e possuam
poderes legais para realizar as inspeções e fi scalizações com imparcialidade
e independência;
II - para o cálculo do número de funcionários, médico veterinário, auxiliar de
inspeção e administrativo, deverão ser utilizados como critério o volume de
produção e a necessidade presencial da inspeção ofi cial no estabelecimento;
III - estrutura física: materiais de apoio administrativo, mobiliário, equipa-
mentos de informática e demais equipamentos necessários que garantam
efetivo suporte tecnológico administrativo para as atividades da inspeção;
IV - banco de dados sobre o cadastro dos estabelecimentos, rótulos e proje-
tos aprovados, dados de produção, dados de abate, mantendo um sistema de
informação atualizado; e
V - infraestrutura para desenvolvimento dos trabalhos como veículos ofi ciais
em número e condições adequadas, respeitando as particularidades de cada
Município e Serviço de Inspeção, para exercício das atividades de inspeção.
§ 1º Para efeito do cálculo do número adequado de recursos humanos mencio-
nados nos incisos I e II do "caput" deste artigo serão observados os requisitos
relacionados com a inocuidade dos produtos de origem animal, nos termos do
artigo 11 desta Resolução.
§ 2º Para efeito do cálculo da infraestrutura adequada mencionada no inciso V
do "caput" deste artigo, será exigida a comprovação de disponibilidade de no
mínimo 01 (um) veículo.
39
art. 11 Os requisitos relacionados com a inocuidade dos produtos de origem
animal para obtenção da equivalência dos Serviços de Inspeção Municipal serão
avaliados de acordo com os seguintes critérios:
I - avaliação das atividades de inspeção industrial e sanitária, por meio da
realização da inspeção "ante-mortem" e "post-mortem", atendendo os pro-
cedimentos e critérios sanitários de julgamento e destinação estabelecidos
pela legislação;
II - avaliação das verifi cações ofi ciais, feitas pelo Serviço de Inspeção dos
programas de Boas Práticas de Fabricação normatizados pelo Município e
implantados pelas empresas; e
III - avaliação de análises microbiológicas e físico-químicas da água de abas-
tecimento e dos produtos, nos termos da Portaria MS nº 2.914, de 12 de de-
zembro de 2011, que estabelece os procedimentos de controle e os padrões
de potabilidade da água para consumo humano.
§ 1º Nos estabelecimentos de abate, é imprescindível a presença de médico
veterinário, em caráter permanente, para realização das atividades de inspeção
"ante-mortem" e "post-mortem".
§ 2º Nos estabelecimentos que não realizem abate, a presença do médico
veterinário se dará em caráter periódico, de acordo com a categoria do produto,
o volume de produção, horário de funcionamento e avaliação do risco para a
saúde animal e para a saúde pública.
§ 3º A periodicidade mínima a que se refere o § 2º deste artigo será de 15
(quinze) dias nos empreendimentos das categorias mencionadas nos incisos IV
(ovos e derivados) e V (mel e cera de abelhas e seus derivados) do artigo 5º desta
Resolução.
§ 4º A periodicidade mínima a que se refere o § 2º deste artigo será de 07 (sete)
dias nos empreendimentos das categorias mencionadas nos incisos I (carnes e
derivados, exceto matadouros), II (leite e derivados) e III (pescado e derivados) do
artigo 5º desta Resolução.
40
art. 12 Os requisitos relacionados com a garantia da qualidade dos produtos
de origem animal para obtenção da equivalência do Serviço de Inspeção serão
avaliados mediante as seguintes condições:
i - garantia de que os produtos elaborados pelas indústrias atendem aos cri-
térios estabelecidos pelos Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade,
específi cos para cada produto;
ii - os produtos que não possuírem regulamento técnico poderão ser aprova-
dos pelo Serviço de Inspeção desde que recebam parecer favorável do Serviço
de Inspeção Auditor e Coordenador e preservem os interesses do consumi-
dor;
iii - garantia de que os produtos elaborados pelas indústrias atendem aos
requisitos para aprovação de rotulagem e processos de produção estabeleci-
dos pela legislação; e
iV - os produtos elaborados pelos estabelecimentos do Serviço de Inspeção
que aderir ao SUSAF/RS serão identifi cados mediante a colocação do logoti-
po do Sistema, em seus rótulos, respeitando as instruções específicas.
art. 13 Os requisitos relacionados com as ações de prevenção e combate à fraude
econômica, para efeito de obtenção da equivalência dos Serviços de Inspeção,
serão avaliados mediante o atendimento de critérios estabelecidos pela legis-
lação, no que diz respeito à qualidade dos produtos de origem animal e à sua
composição.
art. 14 Os requisitos relacionados com as ações de controle ambiental, para
efeito de obtenção da equivalência dos Serviços de Inspeção, serão avaliados
mediante a apreciação da comprovação de regularidade ambiental dos estabe-
lecimentos sob sua responsabilidade, fornecida pelo órgão competente.
art. 15 O Município que solicitar a adesão ou estiver integrado ao SUSAF/RS
deverá disponibilizar ao Serviço de Inspeção Auditor e Coordenador documentos
para realização das seguintes auditorias:
i- Auditoria de Reconhecimento de Equivalência;
ii - Auditoria de Conformidade Ordinária; e
41
iii - Auditoria de Conformidade Extraordinária.
§ 1º A Auditoria de Reconhecimento de Equivalência será solicitada pelo Serviço
de Inspeção Solicitante mediante Ofício ao Serviço de Inspeção Auditor e Coor-
denador.
§ 2º No caso de necessidade de nova Auditoria de Reconhecimento de Equi-
valência em um mesmo Município, o intervalo em relação à anterior não será
inferior a 120 (cento e vinte) dias.
§ 3º A Auditoria de Conformidade Ordinária em um mesmo Município será reali-
zada no intervalo máximo de 360 (trezentos e sessenta) dias;
§ 4º A Auditoria de Conformidade Ordinária será notificada ao Serviço de Inspe-
ção Municipal com antecedência de 05 (cinco) dias úteis do seu início.
§ 5º A Auditoria de Conformidade Extraordinária será notifi cada ao Serviço de
Inspeção Municipal com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito horas) do
seu início.
art. 16 Para efeito de Auditoria de Reconhecimento de Equivalência, o Serviço de
Inspeção Municipal deverá dispor de:
i - protocolo geral, para controle de entrada e saída de documentos ofi ciais,
bem como controle de documentos internos e dos estabelecimentos regis-
trados;
ii - normatização e registros pertinentes à análise e aprovação de projetos,
bem como o controle das aprovações, alterações e cancelamentos de registro
dos estabelecimentos, obedecendo às peculiaridades de cada tipo de estabe-
lecimento;
iii - normatização e registros pertinentes à análise e aprovação de rótulos,
controle do processo de aprovação dos produtos, suas formulações, obede-
cendo às normas vigentes;
42
iV - cronograma de envio de amostras, de água e de produtos, para análises
físico-químicas e microbiológicas referentes aos estabelecimentos sob sua
responsabilidade, em uma frequência compatível com o risco oferecido por
cada produto;
V - registro do atendimento dos cronogramas, dos registros das análises
realizadas, bem como os resultados e as providências adotadas em relação às
análises fora do padrão, cujas amostras deverão ser encaminhadas para labo-
ratórios ofi ciais, credenciados ou conveniados a Prefeitura Municipal;
Vi - registros a respeito das atividades de inspeção permanente e periódica e
de supervisão previstas no Programa de Trabalho de Inspeção e de Fiscaliza-
ção;
Vii - laudos de vistoria sanitária para cada estabelecimento com parecer do
veterinário ofi cial do Serviço de Inspeção Municipal recomendando a con-
cessão do seu registro.
Viii - controles dos autos de infração emitidos, mantendo uma fi cha com
registro do histórico de todas as penalidades aplicadas aos estabelecimentos
mantidos sob sua fiscalização.
iX - registros de abate e dos dados de produção de cada estabelecimento
integrante do Serviço.
§ 1º Para efeito do cumprimento do inciso VII deste artigo, poderão ser admiti-
dos pareceres de profissionais não concursados por um período máximo de 360
(trezentos e sessenta) dias após a publicação do reconhecimento da equivalên-
cia do respectivo Serviço.
§ 2º O prazo previsto no parágrafo primeiro deste artigo poderá ser prorrogado
somente para conclusão de concurso público já iniciado e para posse ou início
de exercício de pessoas aprovadas em concurso, a critério do Serviço de Inspeção
Auditor e Coordenador.
art. 17 O Serviço de Inspeção Municipal terá sua equivalência reconhecida para
adesão ao SUSAF/RS após publicação no Diário Ofi cial do Estado - DOE - e inser-
43
ção no Cadastro Geral mantido pelo Serviço de Inspeção Auditor e Coordenador.
§ 1º A atualização do cadastro de adesão ou de desabilitação dos Serviços de
Inspeção dos Municípios é de responsabilidade do Serviço de Inspeção Auditor e
Coordenador.
§ 2º O Serviço de Inspeção Auditor e Coordenador deverá encaminhar a desabi-
litação do Sistema dos Serviços de Inspeção Municipais que não demonstrarem
as condições e os requisitos determinados por essa Resolução durante as audi-
torias de conformidade.
§ 3º A atualização do cadastro de dados dos estabelecimentos e dos produtos
integrantes do SUSAF/RS, é de responsabilidade do Serviço de Inspeção Estadual.
§ 4º A notifi cação da desabilitação do SUSAF/RS será publicada no DOE após
notifi cação ao Serviço de Inspeção Municipal, observada a antecedência de 03
(três) dias úteis.
art. 18 O Serviço de Inspeção que obtiver o reconhecimento de sua equivalência
terá autonomia para indicar novos estabelecimentos para integrar o SUSAF/RS
§ 1º Para inclusão de estabelecimento de categoria de produto estabelecida no
art. 5º desta Resolução não avaliada durante a Auditoria de Reconhecimento de
Equivalência anterior, o Serviço de Inspeção Solicitante deverá solicitar ao Secre-
tário da SEAPA nova Auditoria desse mesmo tipo, que será juntada ao expedien-
te administrativo inicial.
§ 2° A nova Auditoria de Reconhecimento de Equivalência a que se refere o § 1°
deste artigo abordará apenas os requisitos específi cos relacionados à nova cate-
goria proposta, dispensadas as demais comprovações de caráter geral.
§ 3º No descumprimento das normas e procedimentos previstos no Programa
de Trabalho de inspeção e fiscalização proposto pelo Serviço de Inspeção e verifi
cado durante as auditorias, os mesmos perdem a prerrogativa de indicar os es-
tabelecimentos integrantes do SUSAF/RS que passam então a ter sua indicação
previamente analisada pelo Serviço de Inspeção Auditor e Coordenador.
44
art. 19 O descumprimento de normas, procedimentos, atividades e metas pre-
vistas e aprovadas no Programa de Trabalho que comprometam os objetivos do
SUSAF/RS, a falta de alimentação e atualização dos sistemas de informação e
falta de atendimento tempestivo a solicitações formais de informações, implica-
rá a suspensão do Serviço de Inspeção pertencente ao Município do SUSAF/RS,
até comprovação de supressão das inconformidades detectadas.
Parágrafo único A notificação da suspensão do SUSAF/RS será publicada no
DOE após notifi cação ao Serviço de Inspeção Municipal, observada a antece-
dência de 03 (três) dias úteis.
art. 20 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2013.
Dep. LUIZ FERNANDO MAINARDI
Secretário Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio
Presidente do Conselho Gestor do SUSAF-RS
46
ENDErEÇOS ÚtEiS
Gabinete do Deputado Estadual Edegar PrettoPraça Marechal Deodoro, 101 - 12º Andar, sala 1201 - Centro, Porto Alegre - RS
CEP 90010-300 - www.edegarpretto.com.br Fone: (51) 32102450 / Fax (51) 32101800 - e-mail: edegar.pretto@al.rs.gov.br
Secretaria Estadual de Desenvolvimento rural, Pesca e Cooperativismo Avenida Praia de Belas, 1768. Menino Deus, Porto Alegre - RS
CEP 90110-000 - www.sdr.rs.gov.br - Fone: (51) 32183399
Secretaria de Estado da agricultura, Pecuária e agronegócioAvenida Getúlio Vargas, 1384. Menino Deus, Porto Alegre - RS
CEP 90150-900 - www.agricultura.rs.gov.br - Fone: (51) 32886200
assembleia legislativa do Estado do rio Grande do Sul Praça Marechal Deodoro, 101 - Centro Histórico, Porto Alegre - RS
CEP 90010-300 - www.al.rs.gov.br - PABX (51) 32102000
EMatEr/rS - aSCarRua Botafogo , 1051 - Menino Deus, Porto Alegre - RS
CEP 90150-053 - www.emater.tche.br - Fone: (51) 21253144
Ministério da agricultura, Pecuária e abastecimento - Superintendência rSAvenida Loureiro da Silva, 515 - 7º andar, sala 701 - Centro, Porto Alegre - RS
CEP 90010-420 - www.agricultura.gov.br- Fone: (51) 32849588
Ministério da Pesca e aquicultura - Superintendência rSAvenida Loureiro da Silva, 515 – 7º andar, sala 709 – Centro, Porto Alegre - RS
CEP 90010-420 – www.mpa.gov.br- Fone: (51) 32849608
Expediente
Cartilha do SUSaF-rS do mandato do Deputado Estadual Edegar Prettoe-mail: edegar.pretto@al.rs.gov.br - Fone: 51-3210 2450 / Fax 51-3210 1800
Praça Marechal Deodoro, 101 - sala 1201 - 12º andar - Centro - Porto Alegre - RS
Equipe do Gabinete: Antonio Avelange, Carla Lied, Douglas Machado, Elton Mariani,
Gabriel Rocha, Karen Lose, Leandro Molina, Severiano Telles, Tânia Marques e Vanessa Schneider
Assessoria Técnica da Bancada do PT: Demilson Fortes e Fernando Pacheco
Jornalista Responsável: Leandro Molina MTB 14.614
Projeto Gráfico: Denis Soares e TiTo
Fotos: Leandro Molina e Marcos Eifler
Abril de 2013 / Tiragem 1.000 exemplares
Gabinete do Deputado Estadual Edegar PrettoPraça Marechal Deodoro, 101 - 12º Andar, sala 1201 Centro Histórico, Porto Alegre - RS | CEP 90010-300
www.edegarpretto.com.br | e-mail: edegar.pretto@al.rs.gov.brFone: (51) 32102450 | Fax (51) 32101800
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