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ESTUDO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL
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ESTUDO DE
CONFORMIDADE
AMBIENTAL - ECA
Empreendimento: IRMÃOS GAIDZINSKI CIA LTDA
EDGAR SCHLICKMANN
Engº Ambiental
Braço do Norte, outubro de 2012.
SUMÁRIO1. APRESENTAÇÃO...................................................................................................2
2. OBJETO DO LICENCIAMENTO..............................................................................3
2.1. Porte do empreendimento.................................................................................3
2.2. Identificação do Empreendedor........................................................................3
2.3. Responsável pela Empresa...............................................................................4
2.4. Responsável pelo Estudo..................................................................................4
3. JUSTIFICATIVA.......................................................................................................4
4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO......................................................6
4.1. Localização........................................................................................................6
4.2. Características técnicas do empreendimento....................................................8
4.3. Obras para implantação..................................................................................12
4.4. Mão de Obra para implantação.......................................................................12
4.5. Cronograma de implantação...........................................................................12
5. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL................................................................................12
5.1. Delimitação das Áreas de Influência do Empreendimento..............................13
5.2. Legislação envolvida.......................................................................................14
5.3. Uso e ocupação do solo..................................................................................15
5.4. Infraestrutura existente....................................................................................15
5.5. Atividades Socioeconômicas...........................................................................16
5.6. Cobertura vegetal............................................................................................25
5.7. Unidades de conservação...............................................................................31
5.8. Áreas de preservação permanente.................................................................34
5.9. Fauna..............................................................................................................36
5.8. Recursos Hidricos...........................................................................................49
6. IMPACTOS AMBIENTAIS.....................................................................................51
7. EQUIPE TÉCNICA.................................................................................................53
8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................54
1. APRESENTAÇÃO
O Estudo de Conformidade Ambiental (ECA) é realizado para a emissão de
licença ambiental para fins de regularização de atividades/empreendimentos já
implantados sem o licenciamento devido, sendo compatível com o porte e o
potencial poluidor da atividade/empreendimento, compreendendo, no mínimo, o
diagnóstico atualizado do ambiente, a avaliação dos impactos gerados pela
implantação e operação do empreendimento, incluindo os riscos e as medidas de
controle, mitigação, compensação e de readequação, quando couberem.
O nível de abrangência dos estudos constituintes do ECA são
proporcionais aos estudos necessários para fins de licenciamento ambiental da
atividade no âmbito da Licença Ambiental Prévia, RAP, EAS e EIA. Sendo que, no
presente caso aplica-se o termo de referência compatível com o Estudo Ambiental
Simplificado (EAS), conforme a resolução do CONSEMA 01/2006.
Por sua vez, o EAS é um estudo técnico elaborado por um profissional
habilitado ou até mesmo por uma equipe multidisciplinar, visando oferecer
elementos para a análise da viabilidade ambiental de empreendimentos ou
atividades consideradas potencial ou efetivamente causadoras de degradação do
meio ambiente.
Diante do exposto acima, o presente ECA abordará a interação entre
elementos dos meios físico, biológico e sócio-econômico, buscando a elaboração de
um diagnóstico simplificado da área do empreendimento e entorno, contendo a
descrição sucinta dos impactos resultantes da implantação do empreendimento, e a
definição das medidas mitigadoras, de controle e compensatória, se couber.
2. OBJETO DO LICENCIAMENTO
O objeto de licenciamento do presente Estudo de Conformidade Ambiental –
ECA consiste em uma fábrica de peças, equipamentos e perfiz de metais diversos,
entre outras, sem tratamento térmico ou galvanotécnico, localizada na cidade de
Braço do Norte, na rua Rua Severiano Francisco Sombrio, 1040.
O empreendimento que atua deste 1998 no comércio de ferros para a
construção civil, empresas de manutenção, indústria e toda linha de
acessórios, também presta serviços de dobras e cortes de gilhotina,
oxicorte e plasma, torno , freza e solda.
2.1. Porte do empreendimento
Conforme Resolução CONSEMA 03/08 a atividade da empresa esta
caracterizada como “12.20.00 - Fabricação de máquinas, aparelhos, peças e
acessórios sem tratamento térmico e/ou galvanotécnico e/ou fundição, e/ou pintura”,
possuindo uma área útil de 1000 m² está inserida dentro das empresas com
potencial poluidor/degradador geral grande e porte médio.
Necessitando um Relatório Ambiental Prévio - RAP para o seu licenciamento
ambiental junto a Fundação do Meio Ambiente – FATMA.
2.2. Identificação do Empreendimento
Empresa : Uniferro Indústria e Comércio de Máquinas Ltda
CNPJ : 02.359.284/0001-32
I.E. : 253.598.680
Endereço : Rua Severiano Francisco Sombrio, 1040
Cidade : Braço do Norte
Estado : SC
Telefone : (48) 3658-2895
Email : financeiroana@uniferrosc.com.br
2.3. Responsável pela Empresa
Nome : Ana Maria Goulart Gaidzinski
CPF : 637.193.209/87
RG : 1.568.465
Endereço : Rua Raulino Horn, 81
Cidade : Braço do Norte
Estado : SC
Telefone : (48) 3658-2787 Celular : (48) 9906-0886
Email : anagaidzinski@hotmail.com.br
2.4. Responsável pelo Estudo
Nome: Edgar Schlickmann
Endereço: Rua Governador Jorge Lacerda, 956 – Centro – Braço do Norte/SC.
CEP: 88750-000.
Fones: (48) 36582114 / 99882656
Profissão: Engenheiro Ambiental
Registro CREA/SC: 88213-4
3. JUSTIFICATIVA
Objetivando produzir implementos agrícolas, máquinas para processamento
de grãos nos setores da suinocultura e avicultura bem como estufas para a secagem
de tabaco (fumo), localizada no centro do maior pólo Moldureiro da América Latina,
e vendo a carência de equipamentos e a dificuldade para adquiri-los, nasceu a
empresa com o intuito de produzir produtos nacionais que pudessem estar mais
acessíveis a comunidade agrícola.
Até o século dezoito, os instrumentos agrícolas ainda eram rudimentares. A
revolução industrial e a pujante população demandando cada vez mais alimentos
colocou a Europa (e principalmente a Inglaterra) em geral em situação bastante
delicada, precisava aumentar a produtividade agrícola para suprir a necessidade de
subsistência. Em meados do século dezenove, a população urbana européia
aumentou em cerca de 200 milhões de pessoas, em um grande processo de
urbanização que culminou em processo de migração rural para cidade (êxodo rural),
diminuindo o contingente de pessoas que trabalhavam no campo (DERRY e
WILLIANS, 1977 apud FONSECA, 1990).
Por estes motivos a necessidade de desenvolvimento tecnológico no campo
fazia-se necessário.
Porém o progresso no campo não estava isolado ao progresso de outras
áreas, como o transporte, já que grande salto tecnológico nos meio de transporte,
ferrovias e navegação gera um transbordo na produção de alimentos, barateando os
custos de deslocamento de países distantes.
Foi a partir das semeadeiras que o processo de mecanização tomou grande
impulso, já que este tipo de plantio, para grãos economizava 54,5 litros de
sementes e elevava a produtividade da colheita em 10,5 hectolitros por hectare,
demonstrado por Thomas Coke (FONSECA, 1990).
O sucesso das máquinas até então desenvolvidas (ceifadeiras e
enfardadeiras) que dependiam apenas de tração animal para seu funcionamento,
encorajaram novas inovações no sentido de criar uma dependência de mão-de-obra
humana, como máquinas destinadas para a cultura do milho que arava, semeava e
cobria em uma mesma operação e um ancinho para feno e grãos, ambos
tracionados por animais.
Até a década de 1990 a indústria de máquinas agrícolas teve inovações
incrementais, mantendo-se o padrão e desing até então desenvolvido. Sartti,
Sabbatini e Vian (2009) apontam em seu trabalho (Projeto PIB – Perspectiva de
Investimento no Brasil: Relatório Preliminar do Estudo no Setor) que o padrão de
desenvolvimento do setor no período pode ser definido como um “somatório” de
avanços condicionados pelas operações e pelas “adaptações” a outras condições de
solo e clima e capacidade de adaptação de implementos melhores e mais pesados.
Portanto a indústria de máquinas agrícolas além de facilitar a vida do homem
do campo, tem por consequência a redução dos custos de produção e o melhor
escoamento.
Conforme o discorrido até agora, o setor de máquinas e equipamentos
agrícolas influenciou mudanças circunstâncias, que marcaram a trajetória
tecnologica e mudaram de vez a maneira dos produtores cultivarem commodities no
mundo todo. A dependência destas máquinas e equipamentos é cada vez maior, já
que o benefício principal da mecanização é o aumento da produtividade, esta por
sua vez é determinante no mercado de commodities, o agricultor que não puder
oferecer seus produtos de maneira tão competitiva quando os outros produtores sua
saída do negócio é praticamente inevitável.
4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
4.1. Localização
O empreendimento esta localizado no bairro Centro na rua Jacob batista
Uliano na cidade de Braço do Norte/SC, entre os paralelos 28°16'30.22"S e
49°10'19.62"O.
A empresa distante 260 metros do Rio Braço do Norte está inserida dentro
da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e Complexo Lagunar, Sub-bacia do Rio Braço
do Norte, conforme mostram as figuras 1 e 2.
Figura 1 – Divisões da bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e Complexo Lagunar
Figura 2 – Imagem de satélite das proximidades do empreendimento. Fonte: Google Earth
4.2. Características técnicas do empreendimento.
Atualmente a empresa dispõe de 32 funcionários, tendo 2.200 m² de área
construída e se distribui nos setores, Financeiro, Comercial, Compras,
Desenvolvimento, Elétrico, Usinagem, Funilaria, Pintura e Expedição.
Corte/Dobra: São realizados os primeiro ajustes nos formatos do metal bruto
que dará início ao projeto da peça ou da parte estrutural da máquina.
Usinagem: É o processo mecânico que a peça exige remoção de material e
onde a barra do metal utilizado começa a tomar forma. Como a usinagem não é
realizada de uma forma seriada, a peça pode tomar vários destinos. Normalmente
ela começa pela serra, onde são cortadas as barras de acordo com o tamanho
estabelecido pela ordem de produção. Da serra tomará o rumo do centro de
usinagem, onde são realizadas as modificações previstas. Aqui ela pode receber
furos, uma etapa muito utilizada por quase todas as peças terem pelo menos um
furo. A Fresa e a Fresa Convencional são responsáveis pela moldagem das peças
onde são exigidas geometrias complexas. No torno são demandadas peças que se
destinam a receber formatos cilíndricos. Após tais processos, se necessário, a peça
se destina à retífica onde são feitos os reparos e acabamentos finais.
Todo o processo de usinagem é realizado por máquinas que por trabalharem
com alta rotação e com materiais rígidos podem superaquecer. Tendo como base
estes fatores, se faz necessário a utilização de um óleo refrigerador para que essa
alta temperatura não venha prejudicar o equipamento. O óleo utilizado é o
OVERCUT SI 05 e o OVERCUT SS 09 e a empresa utiliza mensalmente certa de 36
litros por mês em média.
Este óleo solúvel em água após perda de suas características mecânicas é
destinado ao fornecedor dos produtos que dará o correto tratamento.
Solda: Etapa onde são feitas uniões localizadas de materiais, similares ou
não, de forma permanente.
Passando por todo o centro de usinagem, ou apenas por uma das etapas,
a peça poderá ser encaminhada para a soldagem, retornar ou não para o centro de
usinagem e assim seguir o fluxo de produção.
Pintura: Após passar pelos processos acima descritos a peça poderá passar
pelo setor de pintura onde será higienizada e receberá uma cobertura colorida e
protetora de importância visual e para a manutenção da qualidade do equipamento.
Na cabine de pintura para um melhor controle dos impactos ambientais
serão acoplados aos exaustores, já instalados, tubos que captarão a tinta em
suspensão e conduziram até uma caixa receptora com água.
Montagem: Depois da peça usinada, soldada e pintada ela será
encaminhada para o setor de montagem onde será unida a componentes de
fabricação externa, testada e ficará a disposição do setor de embalagem.
Embalagem: O produto é embalado, conforme suas características e os
cuidados exigidos e encaminhado para o almoxarifado final.
Almoxarifado/Expediçao: O produto final é recebido embalado e pronto para
o armazenamento e expedição.(figura 3).
4.2.1. Principais matérias-primas e insumos no processo produtivo
Tabela 1 – Matérias-primas e insumos produtivos
Matéria-PrimaQuantidade
(Média mensal)
Estado
físicoAcondicionamento Estocagem
Motores 37 1 - Sólido 2– Granel3 – Depósito
fechado
Motores/Redutores 23 1 - Sólido 2– Granel3 – Depósito
fechado
Componentes
Pneumáticos363 1 - Sólido 2– Granel
3 – Depósito
fechado
Chapas 7.500 kg 1 - Sólido 2– Granel3 – Depósito
fechado
Ferramentas, discos
materiais em geral
1.000kg aço
230 (pastilha,
lima, fresa, serra,
vareta)
1 - Sólido 2– Granel3 – Depósito
fechado
Parafusos e materiais 6400 1 - Sólido 7 – sacos 3 – Depósito
de segurança fechado
Componentes elétricos 268 1 - Sólido 7 – sacos3 – Depósito
fechado
Tintas 54 litros 2 – Líquido 1 - tambor3 – Depósito
fechado
Fluído para corte 36 litros 2 - Líquido 1 - tambor3 – Depósito
fechado
Aços 2.795 kg 1 - Sólido 2– Granel3 – Depósito
fechado
Rolamentos /
Retentores187 1 - Sólido 2– Granel
3 – Depósito
fechado
Figura 3 – Fluxograma processo produtivo.
4.2.2 - Principais produtos comercializados
Tabela 2 – Produtos comercializados
ProdutosEstado
físicoAcondicionamento Estocagem
Finger Joint 1 - Sólido 2– Granel3 – Depósito
fechado
Destopadeira Semi-
Automática1 - Sólido 2– Granel
3 – Depósito
fechado
Alimentador
Automático1 - Sólido 2– Granel
3 – Depósito
fechado
Descarregador
Automático1 - Sólido 2– Granel
3 – Depósito
fechado
Transferidor
Automático1 - Sólido 2– Granel
3 – Depósito
fechado
Carros com braços
articulados1 - Sólido 2– Granel
3 – Depósito
fechado
Túnel de Secagem
Transversal1 - Sólido 2– Granel
3 – Depósito
fechado
Túnel de Secagem
linear UV1 - Sólido 2– Granel
3 – Depósito
fechado
Hot Stamping 1 - Sólido 2– Granel3 – Depósito
fechado
Pintura a Vácuo 1 - Sólido 2– Granel3 – Depósito
fechado
Recobridora de Perfis 1 - Sólido 2– Granel3 – Depósito
fechado
Pirogravura 1 - Sólido 2– Granel3 – Depósito
fechado
Pintura Profissional 1 - Sólido 2– Granel3 – Depósito
fechado
Pintura Automática 1 - Sólido 2– Granel3 – Depósito
fechado
Fatiador Múltiplo de
Bobinas1 - Sólido 2– Granel
3 – Depósito
fechado
Gravação Industrial e
Profissional1 - Sólido 2– Granel
3 – Depósito
fechado
Misturador de Gesso 1 - Sólido 2– Granel3 – Depósito
fechado
Lixadeira Industrial e
Profissional1 - Sólido 2– Granel
3 – Depósito
fechado
Engessadeira
Industrial e
Profissional
1 - Sólido 2– Granel3 – Depósito
fechado
Embaladeira
Automática1 - Sólido 2– Granel
3 – Depósito
fechado
Torno Universal 1 - Sólido 2– Granel3 – Depósito
fechado
4.3. Obras para implantação
Não serão necessárias obras.
4.4. Mão de Obra para implantação
Inexistente
4.5. Cronograma de implantação
Implantado
5. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
O diagnóstico ambiental foi realizado em função dos três meios de
avaliação, ou seja, meio físico, biótico e antrópico, para a Área de Influência Direta -
AID. O objetivo desta explanação é identificar o procedimento como foi realizado o
diagnóstico ambiental deste Estudo Ambiental Simplificado para cada um dos meios
estudados.
O meio físico compreende todos os estudos relacionados à avaliação da
área que receberá o empreendimento, compreendendo informações primárias
provenientes das avaliações de campo da geologia, hidrologia, climatologia,
pedologia, topografia e demais áreas.
Para o meio biótico foram analisados e comparados à estudos já
executados na área de influência como base para avaliação da condição do
empreendimento.
No meio antrópico as disciplinas de socioeconomia, uso do solo e
tendências do entorno foram realizadas juntamente com as campanhas dos demais
meios.
5.1. Delimitação das Áreas de Influência do Empreendimento
Neste capítulo se procederá à delimitação das áreas de influência do
Estudo Ambiental Simplificado para a Empresa em observância aos requisitos legais
(Resolução CONAMA 01/86) para avaliação de impactos ambientais, constituindo-se
em fator de grande importância para o direcionamento da coleta de dados, voltada
para o diagnóstico ambiental.
As áreas de influência são aquelas afetadas direta ou indiretamente pelos
impactos, positivos ou negativos, decorrentes do empreendimento, durante suas
fases de planejamento, implantação e operação. Estas áreas podem assumir
tamanhos diferenciados, dependendo da variável considerada (meios físico, biótico
ou antrópico).
Classicamente, são utilizados os conceitos de: Área de Influência Direta
(AID), como sendo aquele território onde as relações sociais, econômicas, culturais
e os aspectos físico-biológicos sofrem os impactos de maneira primária, tendo suas
características alteradas, ou seja, há uma relação direta de causa e efeito; e Área de
Influência Indireta (AII), onde os impactos se fazem sentir de maneira secundária ou
indireta.
5.1.1. Área de Influência Direta
A AID foi especificada para cada área de trabalho em virtude da
possibilidade de contribuição para um futuro impacto. Assim a AID do meio físico e
biótico compreendeu a área onde esta instalada a empresa por ser um
empreendimento localizado no Centro da Cidade de Braço do Norte e totalmente
inserido em seu meio, que historicamente é ocupado pela atividade humana.
Para o meio antrópico, a AID compreendeu o município de Braço do
Norte.
5.2. Legislação envolvida
De acordo com a Resolução Conselho Estadual do Meio Ambiente –
CONSEMA nº 03/08 o empreendimento está classificado como de pequeno porte e
de médio potencial poluidor, já a Instrução Normativa da Fundação do Meio
Ambiente - FATMA IN – 04, determina as normas para o licenciamento desta
atividade. As Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA Nº
237/97 e 001/86 estabelecem critérios gerais para Avaliação de Impacto Ambiental
e para licenciamento ambiental o qual este estudo visa atender.
Como o Plano Diretor Municipal ainda não esta definido, as questões quanto
a zoneamento de ocupação do solo não estão plenamente especificadas, ficando a
cargo de a Prefeitura estabelecer por meio de declaração tais limites.
Para o Sistema de Tratamento e disposição final de efluentes foram seguidas
especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT definidas nas
Normas 13969/97 e 7229/93.
A questão da ausência de Áreas de Preservação Permanente sob os limites
da Área de Influência Direta foram definidas de acordo com a Lei 4771/65 que
institui o Código Florestal Brasileiro.
A inexistência de espécies em extinção sob os limites da área de influência
direta foram definidas com base na Portaria IBAMA 37/92 que lista as espécies
ameaçadas.
A operação deste empreendimento vem de encontro ao estabelecido na Lei
Orgânica Municipal, em seu artigo 206, § 2°, inciso II, que incentiva as empresas a
promoverem projetos de reciclagem no Município.
5.3. Uso e ocupação do solo
Originalmente a superfície do município de Braço do Norte era coberta
pela Floresta Ombrófila Densa, que acompanha a costa atlântica brasileira numa
estreita faixa próxima ao litoral, do Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte.
Esta formação é caracterizada por grande biodiversidade e alta taxa de endemismo
(TEIXEIRA et al., 1986; LEITE, KLEIN, 1990). Em Santa Catarina, esta formação é
muito diversificada, sendo possível detectar padrões de vegetação distintos e grande
heterogeneidade, associado à variação altitudinal (CITADINI-ZANETTE, 1995).
Segundo Cardoso Sobrinho e Santos (2004), a Mata Atlântica ocupava
originalmente cerca de 85% da superfície do Estado da Santa Catarina, atualmente
reduzida para menos de 8% da superfície original, ocorrendo mosaicos formados,
principalmente por fragmentos florestais secundários.
A ação antrópica inicialmente consistiu na exploração de madeira de lei,
tendo como conseqüência a exaustão dos recursos florestais. Posteriormente, a
extração de lenha e madeira possibilitou a abertura de grandes clareiras, com a
definição de novas espécies de interesse econômico, incrementando um estádio
sucessional diferente do original. Com o objetivo da implementação de culturas
agrícolas e pecuárias, as florestas do Sul de Santa Catarina foram degradadas.
A área em questão é totalmente antropizada predominando por ocupação
de usos diversos compreendendo imóveis residenciais e industriais.
5.4. Infraestrutura existente
A região do Centro de Braço do Norte, onde está localizado o
empreendimento, é uma área completamente urbanizada, possuindo toda infra-
estrutura básica necessária, como abastecimento de água oferecido pela CASA,
Energia elétrica distribuída pela CERBRANORTE, rede de drenagem para águas
pluviais e coleta de resíduos sólidos mantidos pela Prefeitura Municipal.
O tratamento de esgoto na cidade ainda não foi implantado, porém, há
legislação específica que exigem a implantação de sistema de tratamento de
efluentes sanitários individuais.
5.5. Atividades Socioeconômicas
5.5.1. Aspectos Populacionais
No decorrer desta seção são apresentados dados populacionais, sociais e
econômicos de Braço do Norte.
Quadro 1. Aspectos gerais de Braço do Norte.
População total
A população de Braço do Norte apresentou um aumento de 18,2% desde
o último censo demográfico realizado em 2000. De acordo com as estimativas do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de 2010, a
população da cidade é composta de 29.018 habitantes, o equivalente a 0,5% da
população do estado. Braço do Norte é a 41ª cidade no ranking populacional
catarinense.
Densidade demográfica
Baseado nas estimativas populacionais para 2010, Braço do Norte possui
uma densidade demográfica de 137,12 hab/km2.
Distribuição populacional segundo o gênero e localização
A distribuição populacional por gênero segundo dados do IBGE extraídos
do Contagem Populacional 2007 aponta que, no município, os homens representam
50,4% da população e as mulheres, 49,6%. A Tabela abaixo apresenta dados
populacionais segundo sexo e situação do domicílio no município. No senso
realizado no ano de 2010 residem no Município de Braço do Norte 14.533 homens e
14.485 mulheres.
Tabela 04 - Participação relativa da população residente por situação do domicílio e sexo, em Braço do Norte, no período 1980/2007.
Faixa etária da população
A estrutura etária de uma população habitualmente é dividida em três
faixas: os jovens, que compreendem do nascimento até 19 anos; os adultos, dos 20
anos até 59 anos; e os idosos, dos 60 anos em diante. Segundo esta organização,
no município, em 2007, os jovens representavam 35,7% da população, os adultos
56,4% e os idosos 7,8%.
Gráfico 1 - Distribuição relativa por faixa etária da população de Braço do Norte – 2007.
Ainda relacionado a faixa etária da população compete mencionar a
questão da população economicamente ativa (PEA), que se caracteriza por
abranger todos os indivíduos de um lugar que, em tese, estariam aptos ao trabalho,
ou seja, todos os indivíduos ocupados e desempregados.
No Brasil, o IBGE calcula a PEA como o conjunto de pessoas que estão
trabalhando ou procurando emprego. Apesar do trabalho de crianças ser proibido no
Brasil, o IBGE calcula a PEA considerando pessoas a partir dos 10 anos de idade,
uma vez que a realidade no país mostra uma situação diferente do que prega a lei.
Tomando por base a metodologia do IBGE, a PEA de Braço do Norte no
ano de 2007 representava 84,1% dos habitantes.
5.5.2. Aspectos Sociais
Esta seção apresenta uma visão geral de Braço do Norte sobre o ponto
de vista de seus aspectos sociais. Deste modo, realizou-se um estudo do
desempenho do município nos últimos anos frente à evolução de seus indicadores
de desenvolvimento humano, suas ações no campo da saúde e da educação, e da
condição dos domicílios. Por fim, buscou-se levantar a presença de instituições
integrantes da rede sócio-assistencial do município.
Indicadores de desenvolvimento humano
A caracterização da qualidade de vida do município apoiou-se no uso de
indicadores reconhecidos e amplamente utilizados, como é o caso do Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH). Em ambos os casos, foram avaliados aspectos
relacionados à educação, longevidade, emprego e renda, acesso ao trabalho,
condições habitacionais e outras variáveis que integram alguns dos indicadores de
desenvolvimento humano mencionados.
A variação metodológica, bem como o distanciamento do período de
publicação destes indicadores, aponta diferenças, sobretudo na classificação do
município, especialmente quando se estabelece comparativos entre os indicadores.
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M)
Em 2000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Braço do
Norte alcançou 0,846, colocando o município na 15ª posição estadual neste
indicador (Tabela 2).
Tabela 05. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Braço do Norte - 1980/2000
Considerando o período de 1980 a 2000, o IDH-M do município acumulou
uma evolução de 17,2%. O maior avanço foi determinado pela dimensão
longevidade, que no mesmo período evoluiu 45,9%.
Incidência de pobreza no município
Segundo dados do IBGE relacionados ao Mapa de Pobreza e
Desigualdade dos Municípios Brasileiros - 2003, a incidência de pobreza em Braço
do Norte atinge 21,8% da população do município. A pobreza absoluta é medida a
partir de critérios definidos por especialistas que analisam a capacidade de consumo
das pessoas, sendo considerada pobre aquela pessoa que não consegue ter acesso
a uma cesta alimentar e a bens mínimos necessários a sua sobrevivência. A figura a
seguir demonstra um panorama dos municípios catarinenses frente à incidência de
pobreza.
Figura 4. Mapa de pobreza e desigualdade dos municípios catarinenses. Fonte: IBGE, Mapa de Pobreza e Desigualdade dos Municípios Brasileiros – 2003.
Taxa Bruta de Natalidade
Em 2002, a taxa bruta de natalidade de Braço do Norte era de 16,4 nascidos
vivos por mil habitantes (Tabela 3). Em 2006, esta taxa passou para 12,6 nascidos
vivos por mil habitantes, representando no período uma queda de 23,3%. No mesmo
período, Santa Catarina apresentou uma queda de 9% desta taxa.
Tabela 06. Taxa bruta de natalidade por 1.000 habitantes, segundo Brasil, Santa Catarina e Braço do Norte no período 2002-2006.
Taxa de Mortalidade Infantil
Em 2006, a taxa de mortalidade infantil do município era de 15,5 óbitos
para cada 1.000 nascidos vivos, enquanto que a média catarinense e brasileira era
de respectivamente 12,6 e 16,4 óbitos para cada 1.000 nascidos vivos, conforme
demonstra a Tabela 4.
Tabela 07. Mortalidade infantil por 1.000 nascidos vivos, segundo Brasil, Santa Catarina e Braço do Norte no período 2002-2006
5.5.3. Aspectos Econômicos
Nesta seção é apresentada uma visão geral de Braço do Norte sob o
ponto de vista de seu desempenho econômico nos últimos anos. Deste modo, foram
estudados aspectos como produto interno bruto, balança comercial, valor adicionado
fiscal, volume de empresas e empregos, renda da população, finanças públicas e
movimentações realizadas pelo setor primário.
Produto interno bruto
Segundo dados do IBGE e da Secretaria de Estado do Planejamento de
Santa Catarina, em 2006 o PIB catarinense atingiu o montante de R$ 93,2 bilhões,
assegurando ao Estado a manutenção da 7ª posição relativa no ranking nacional. No
mesmo ano, Braço do Norte aparece na 46ª posição do ranking estadual,
respondendo por 0,36% da composição do PIB catarinense (Tabela 5).
No comparativo da evolução deste indicador ao longo do período 2002-
2006, o município apresentou um crescimento acumulado de 36,9%, contra um
aumento estadual de 67,2%.
Tabela 08. Produto interno bruto a preços correntes, segundo Brasil, Santa Catarina e Braço do Norte no período de 2002-2006.
Na avaliação dos setores produtivos de Braço do Norte a agropecuária
contribuiu com 8,3%, a indústria com 38,5% e os serviços1 com 53,2% do PIB
municipal. O gráfico 3 e 4 apresentam um panorama da composição do Valor
Adicionado Bruto de 2006, integrando a administração pública e impostos.
Gráfico 2 - Composição do valor adicionado bruto de Braço do Norte – 2006.
Gráfico 3 - Evolução acumulada do PIB per capita.
Empresas e empregos
Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, no ano de 2008
Santa Catarina possuía um total de 374.629 empresas formalmente estabelecidas.
Estas empresas, tomando como referência o mês de dezembro de 2008, foram
responsáveis por 1.777.604 empregos com carteira assinada.
A caracterização do porte empresarial utilizou como critério a
classificação por número de funcionários, utilizada pelo Sistema SEBRAE. Segundo
este critério, as microempresas e pequenas empresas representam,
respectivamente, 94% e 5,1% dos estabelecimentos do estado. As microempresas e
pequenas empresas juntas geraram 892.208 empregos, o equivalente a 50,2% dos
postos de trabalho.
Em Braço do Norte, tomando-se como referência dezembro de 2008,
havia 2.005 empresas formais, as quais geraram 7.413 postos de trabalho com
carteira assinada. O Gráfico 5 apresenta, em números absolutos, o volume de
empresas e empregos no município no período de 2004 a 2008.
Gráfico 4 - Número de empresas empregos formais em Braço do Norte no período de 2004-2008.
Caracterização do Porte Empresarial
De acordo com o critério de classificação do porte empresarial já exposto,
as 2.005 empresas formais e os 7.413 empregos gerados no município em 2008,
são detalhados em números absolutos e participação relativa nos gráficos a seguir.
Gráfico 5 - Número de empresas e empregos formais em Braço do Norte, segundo o porte – 2008.
Relação Habitante por Emprego
Em Braço do Norte, a concorrência por uma colocação no mercado de
trabalho formal determina uma relação de 3,9 habitantes por emprego. O Gráfico
abaixo, demonstra o comparativo desta relação frente ao estado e o país no ano de
2008.
Gráfico 6. Relação habitante por emprego.
Renda Per Capita
Tabela 09. Renda Per Capita de Braço do Norte 1991-2000
5.6. Cobertura vegetal
5.6.1. Regional
Das sete unidades fitogeográficas identificadas por Klein (1978) para o
estado de Santa Catarina (Vegetação Litorânea, Floresta Tropical Atlântica, Floresta
Nebular, Floresta de Araucária, Floresta de Faxinais, Campos e Floresta Subtropical
da Bacia do Uruguai) seis estão potencialmente representadas na área delimitada
para a bacia Hidrográfica do rio Tubarão. Devido a esta diversidade de formações se
conclui que a região possui uma grande riqueza florística.
O quadro original da vegetação encontrada na bacia pode ser visualizado na
figura 5, apresentando estas zonas primitivas características próprias e distintas
entre si.
A região sul de Santa Catarina foi, originalmente, coberta pela Floresta
Ombrófila Densa (Mata Atlântica de Encosta). O termo Ombrófila deve-se à
excelente distribuição de chuvas (em grego = ombros). O termo “densa” revela que a
floresta se desenvolvia de forma exuberante, constituída de árvores vigorosas, com
largas copas perenifoliadas, resultando uma cobertura fechada, de aspecto denso.
Floresta Tropical Atlântica
A bacia Hidrográfica do rio Tubarão e Complexo Lagunar ocupa
basicamente a região fitogeográfica reconhecida como Floresta Tropical Atlântica,
conforme propõe Klein (1978), classificação adotada neste trabalho.
No entanto, esta região tem recebido diversas denominações,
destacando-se dentre as mais comuns Floresta Perenifólia Higrófila Costeira (NETO,
1984), Floresta Atlântica (RIZZINI, 1997), Mata Pluvial Atlântica (REITZ et al.,1978;
KLEIN, 1981), Mata Pluvial Tropical (VELOSO apud CITADINI-ZANETTE, 1995) e
Floresta Ombrófila Densa (IBGE, 1990; GAPLAN, 1986; VELOSO et al., 1991).
Estendendo-se entre o planalto e o oceano, situa-se a leste do Estado de
Santa Catarina, e de acordo com Gaplan (1986), reveste as planícies litorâneas e as
encostas íngremes da Serra do mar e da Serra Geral de modo a abranger todas as
sub-bacias da bacia do Rio Tubarão e Complexo Lagunar, sendo que a SB do rio
Tubarão (Baixo Tubarão) enquadra-se inteiramente nesta formação. Predomina um
clima sazonal tropical úmido, sem período seco e com médias térmicas nunca
inferiores a 15C. Outra característica comumente associada a esta formação, é a
presença marcante das lianas e epífitas, as últimas muito bem representadas pelas
espécies de Orchidaceae, Bromeliaceae, Araceae e Piperaceae.
A diversificação ambiental resultante da interação de múltiplos fatores é
um importante aspecto desta região fitoecológica, com ponderável influência sobre a
dispersão e crescimento da flora e da fauna, permitindo o desenvolvimento de várias
formações, cada uma com inúmeras comunidades e associações (IBGE, 1990).
Segundo Neto (1984), apresenta variações decorrentes, principalmente, das
diferenças de solo e relevo. Assim, na área de estudo, pode-se distinguir dois
agrupamentos (sub-áreas da Mata Atlântica) distintos, a saber:
Floresta tropical do litoral e encosta centro-sul
Esta é a formação vegetal predominante na bacia Hidrográfica do rio
Tubarão e Complexo Lagunar, ocupando originalmente cerca de 76,34% da área
total (ou aproximadamente 4662,43 km2).
A zona das matas das encostas íngremes das ramificações da Serra do
Mar e da Serra Geral, apresenta-se caracterizada por uma vegetação cuja
composição é bastante complexa, em virtude da grande variação edáfica e
microclimática (KLEIN, 1978). A diversificação ambiental, por ação dos gradientes
ecológicos, permite que, conforme a situação, certos grupos de espécies sejam
estimulados a se difundirem em detrimento de outros, menos adaptados, assumindo
o predomínio fisionômico da formação (IBGE, 1990).
Considerando-se a floresta em seu conjunto, esta formação apresenta
árvores cujos troncos são geralmente tortuosos, relativamente baixos e encimados
por copas largas, onde destacam-se Ocotea catharinensis (canela-preta),
Chrysophyllum viride (caxeta-amarela) e Euterpe edulis (palmiteiro), devido aos
elevados valores de abundância e freqüência e por apresentarem dispersão
bastante uniforme (KLEIN, 1978). Citam-se também Sloanea guianensis (laranjeira-
do-mato), Aspidosperma olivaceum (peroba-vermelha), Ocotea pretiosa (canela-
sassafrás), Virola oleifera (bicuíba), Copaifera trapezifolia (pau-óleo), Nectandra
lanceolata (canela-amarela), dentre outras.
Figura 5 - Mapa Fitogeográfico da região de estudo.
Espécies ameaçadas de extinção, áreas de preservação permanente e unidades de conservação
A preservação da cobertura vegetal existente na bacia justifica-se em
função de vários aspectos, sendo o mais evidente a preservação dos ecossistemas,
bem como dos solos e das águas. Neste sentido, a cobertura vegetal proporciona
uma maior absorção da água das chuvas, protegendo e mantendo estáveis os
mananciais de água. Desempenha também um importante papel na conservação
dos solos e controle da erosão, uma vez que grande parte da área da bacia
apresenta terrenos acidentados.
Além disso, apresenta indiscutível importância paisagística e científica. A
última consiste principalmente na possível existência de espécies vegetais novas
para a ciência, ainda não descritas ou não citadas para a região, a ocorrência de
espécies endêmicas bem como raras e ameaçadas de extinção. Algumas destas
espécies em que pesam as ameaças de extinção, potencialmente ocorrentes nas
formações vegetais situadas na bacia Hidrográfica do rio Tubarão, são apresentadas
no quadro 2. As informações foram extraídas de Klein (1990, 1996 e 1997), que
relaciona as espécies consideradas raras ou ameaçadas de extinção para o estado
de Santa Catarina, devido a fatores naturais ou antrópicos. A obra não refere-se, no
entanto, a todas as famílias botânicas, mas constitui importante fonte de
informações para a preservação da biodiversidade do estado de Santa Catarina.
Salienta-se ainda para o fato de que as florestas que ocorrem dentro dos limites da
bacia, abrigam inúmeras árvores de valor econômico, sugerindo a possibilidade de
uma exploração sustentável, bem como servem como porta-sementes.
Quadro 2 - Algumas espécies vegetais ameaçadas de extinção ocorrentes na bacia Hidrográfica do rio Tubarão e Complexo Lagunar.FAMÍLIA/NOME CIENT./NOME POP.
STATUS OCORRÊNCIA/HÁBITAT
BEGONIACEAEBegonia biguassuensis (begônia) Rara
Mata Atlântica, nas encostas e depressões de solos úmidos.
BROMELIACEAEAechmea blumenavii (gravatá)A. kertesziae (gravatá)A. lindenii (gravatá)
Vriesia triangularis (gravatá)
RaraRaraRara
Rara ou indeterminado
Mata Atlântica.Litoral, até Laguna.Restinga e Planícies quaternárias (mata atlântica).Mata Atlântica (São Martinho).
CLETHRACEAE Encostas íngremes e topos
Clethra uleana (caujuja-de-ule) Vulnerável de morro da mata atlântica; matinha nebular e subosque dos pinhais.
CONARACEAEConnarus rostratus (cipó-baga-de-bico)Rourea gracilis (cipó-rabo-de-macaco)
VulnerávelVulnerável
Mata Atlântica (Serra do Tabuleiro).Mata atlântica, nas planícies aluviais e início das encostas (Serra do Tabuleiro).
ERYTHROXYLACEAEErythroxylum catharinense (cocão)
RaraMata atlântica, em especial no alto das encostas (S. Tabuleiro).
GRAMINAEReitzia smithii (taquarinha-do-córrego)
Vulnerável Mata Atlântica.
GUNNERACEAEGunnera manicata (urtigão) Vulnerável Zona da matinha nebular, ao
longo da Serra do Mar, Serra Geral e Serra da Boa Vista.
LEGUMINOSAEPiptadenia affinis (vamos-junto) Indeterminado Mata Atlântica (Lauro Müller).LYTHRACEAECuphea glaziovii (sete-sangrias) Indeterminada Sobre solos rochosos ao
longo do Rio Pedras Grandes.
MYRTACEAECalyptranthes rubella (guamrim-facho)Campomanesia littoralis (guabiroba-da-praia)C. reitziana (guabiroba)
Eugenia lucida (guamirim)E. imaruensis (guamirim)
E.malacantha (guamirim)E. pachyclada (guamirim)Marlierea reitzii (guamirim-araçá)Neomitranthes cordifolia (guamirim)
RaraEm perigo
Rara
Em perigoIndeterminado
RaraRaraRaraEm perigo
Mata Atlântica, nas planícies quaternárias úmidas.Litoral, princ. em lugares úmidos.
Mata Atlântica, até Tubarão e Lauro Müller; litoral e zona dos pinhais.Mata Atlântica (S. do Tabuleiro).Mata Atlântica (S. do Tabuleiro, munic. de Imaruí.Mata Atlântica (S. do Tabuleiro).Mata Atlântica (S. do Tabuleiro).Mata Atlântica, até a altura de Lauro Müller.Mata Atlântica (planícies quaternárias do litoral)
PODOSTEMACEAEPodostemon dentatum (flor-de-cachoeira)
Em perigo Planta hidrófita, prov. endêmica da bacia do Rio Tubarão.
SCROPHULARIACEAEBuchnera integrifolia (canguçu-de-folhas-inteiras)Stemodia trifoliata (meladinha-de-três-folhas)Velloziella westermanii (bacopá-cipó)
Rara
Rara
Vulnerável
Serra do Tabuleiro.
Mata atlântica (Serra do Tabuleiro).Preferencialmente na zona da matinha nebular e faxinal (Serras Geral e do Mar).
SOLANACEAECyphomandra macrophylla (baga-de-veado-gigante)Solanum subhastatum (juá)
Em perigo
Em perigo
Núcleo de pinhal em Lauro Müller-Urussanga.Núcleo de pinhal em Lauro Müller-Urussanga.
TURNERACEAETurnera capitata (albina) Indeterminado Mata atlântica, entre 350-
500m altitude (Serra do Tabuleiro).
FONTE: Klein (1990, 1996, 1997)
5.6.2. Vegetação local
A área utilizada para empresa de 2200m² é totalmente ocupada pelas suas
instalações industriais, escritórios, depósitos e pátio de movimentação.
Área totalmente ocupada, antropizada e sem cobertura vegetal considerável.
5.7. Unidades de conservação
Unidades de conservação são porções do território nacional com
características naturais de relevante valor, de domínio público ou propriedade
privada, legalmente instituídas pelo Poder Público, com objetivos e limites definidos,
sob regimes especiais de administração e as quais aplicam-se garantias de
proteção.
Parques Nacionais ou Estaduais são unidades de conservação de uso
indireto. O objetivo principal é resguardar atributos excepcionais da natureza,
preservando os ecossistemas presentes de quaisquer alterações que os desvirtuem
e conciliar a proteção integral da flora, fauna e belezas naturais, com a utilização
para objetivos educacionais, culturais, recreativos e científicos. São áreas
geográficas extensas e delimitadas, criadas e administradas pelo Governo Federal
ou Estadual, sendo submetidas a condição de inalienabilidade e indisponibilidade no
seu todo (FEPAM, 2001).
De acordo com o artigo 57 da Lei nº5.793, de 15 de outubro de 1980, nos
parques estaduais é proibido: “I- a extração dos recursos do solo; II- a utilização dos
recursos hídricos; III- o corte das árvores de qualquer tipo de vegetação; IV – a
extração de qualquer produto de origem vegetal; V – a caça e a pesca de qualquer
natureza; VI – a construção e edificação de qualquer natureza e; VII – implantação e
operação de atividade industrial, comercial, agropecuária e outras de qualquer
natureza, ...”. O artigo 45 da citada Lei, proíbe o corte raso das florestas e atividades
que degradem os recursos naturais e a paisagem (como exploração de pedreiras)
nas faixas de terras adjacentes aos parques estaduais.
Abaixo são apresentadas as unidades de preservação identificadas
dentro dos limites definidos para a bacia Hidrográfica do rio Tubarão e Complexo
Lagunar.
PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM
Área total: 49.300 ha
Área compreendida dentro dos limites da bacia: 15.877,65 ha
Municípios abrangidos pelo Parque: Orleans, São Joaquim, Urubici e Bom Retiro.
Salienta-se que apenas Orleans encontra-se inserido dentro da bacia (oeste da SB
do rio Tubarão (formadores)), sendo a área deste parque pouco significativa no
contexto da bacia hidrográfica do rio Tubarão e Complexo Lagunar.
Data de Criação: 06 julho de 1961, através do Decreto nº 50.922.
Objetivos: o Parque foi criado com vistas a conservação da Floresta Ombrófila
Mista (fl. de Araucária) e seus ecossistemas, apresentando-se também como uma
importante área de preservação da Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica).
Características biofísicas da área: o Parque Nacional de São Joaquim situa-se na
Serra Geral, por sobre a borda oriental desta, sendo que no trecho onde situa-se o
parque as escarpas variam entre 1500m e 1822m de altitude (ponto culminante no
sul do Brasil). Nos trechos de maiores altitudes encontram-se as áreas de contato
entre as florestas ombrófilas densa e mista.
PARQUE ESTADUAL DA SERRA FURADA
Área total do parque (compreendida dentro dos limites da bacia): 1.329 ha
Municípios abrangidos: Orleans e Grão Pará (SB do rio Braço do Norte e do rio
Tubarão (formadores).
Data de Criação: 20 de junho de 1980, através do Decreto nº 11.233.
Características biofísicas da área: o relevo do parque é extremamente acidentado,
apresentando diversos córregos. Sua vegetação é predominantemente representada
pela Mata Atlântica. O Parque Estadual da Serra Furada tem esse nome devido a
um furo existente em uma grande rocha, que pode ser visto de longe. e de grande
beleza o que torna o Parque um local de grande potencial turístico.
PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO TABULEIRO
Área total: 87.405 ha
Área compreendida dentro dos limites da bacia: 31.227,41 há
Municípios abrangidos: o Parque abrange áreas de nove municípios: Florianópolis,
Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, Paulo Lopes, São Bonifácio,
São Martinho, Imaruí e Garopaba, os últimos três dentro da bacia Hidrográfica do rio
Tubarão e Complexo Lagunar (entre as SB do rio D’Una e Complexo lagunar e do
rio Capivari).
Data de Criação: 1º de novembro de 1975, através do decreto numero 1.260/75.
Características biofísicas da área: segundo Klein (1981), o parque situa-se na
metade da costa catarinense, atingindo alturas compreendidas entre 900-1200m de
altitude, apresentando encostas muito íngremes. Apresenta diferentes tipos de
vegetação, tratando-se essencialmente de matas de encostas. Trata-se de um dos
mais importantes remanescentes de mata atlântica do sul do Brasil, onde
encontram-se diversas espécies endêmicas e raras, bem como espécies ainda não
descritas pela ciência. É considerado um dos divisores fitogeográficos mais
importantes do Sul do Brasil, onde se dá o limite austral de muitas espécies
vegetais.
5.8. Áreas de preservação permanente
A empresa encontra-se a mais de 250 metros de distância do Rio Braço do
Norte, corpo hídrico mais próximo, ou seja, fora dos limites de qualquer da área de
preservação permanente.
5.8.1. Especificações das APP´s
As áreas de preservação permanente ocorrentes na bacia, definidas no artigo 2º
do Código Florestal Federal (Lei nº4771, de 15 de setembro de 1965), bem como
pelo artigo 3º da Resolução CONAMA nº 004/85, são assim descritas:
Quadro 4 - Áreas de preservação permanenteÁreas de preservação permanente Ocorrência na
baciaao longo dos cursos d’água
ao redor de lagoas, lagos e reservatórios de água
30m para rios com menos
de 10m de largura; 50m se
de 10-50m de largura.
30m se situados em áreas
urbanas; 100m se em áreas
rurais e com mais de 20
hectares de superfície, e
50m se com menos de 20
hectares de superfície.
Dispersos por
toda bacia
Paralelamente
ao litoral, nas
SB do Rio
D’Una e
Complexo
Lagunar e do
rio Tubarão
(Baixo
Tubarão)
Áreas de nascentes 50m de largura, a partir de
sua margem, de forma a
proteger a bacia de
drenagem contribuinte.
Em vários
pontos da
bacia
Áreas com altitude superior a 1800m
Independentemente do tipo
de vegetação.
Morro da Igreja
(Serra Geral),
com 1822m
Restingas e dunas
300m a partir da linha de
preamar máxima;
como vegetação fixadora
Ao longo do
litoral (SB do
Rio D’Una e
Complexo
Lagunar e do
rio Tubarão
(Baixo
Tubarão))
Topos de morro, montes, montanhas e serras
Em áreas delimitadas a
partir da curva de nível
correspondente a 2/3 da
altura mínima da elevação
em relação à base.
Em vários
pontos da
bacia, em
especial a
oeste da SB do
rio Braço do
Norte e do rio
Tubarão
(formadores)
(Serra Geral) e
nordeste da
bacia (Serra do
Tabuleiro).
Áreas com
declividade
acentuada
Nas encostas ou partes
destas, com declividade
superior a 45º, na sua linha
de maior declive.
Nas escarpas
da Serra Geral
(SB do rio
Braço do Norte
e do rio
Tubarão
(formadores)),
bem como a
NE da bacia
(SB do rio D’
Una e Comp.
Lagunar).
O artigo 16º do Código Florestal Federal define que as florestas de
domínio privado na região sul do Brasil revestidas com formações florestais em que
ocorre naturalmente a espécie A. angustifolia (pinheiro-brasileiro), não podem ser
desflorestadas. No entanto, é possível apenas a exploração racional destas
florestas, desde que não enquadradas como áreas de preservação permanente (Lei
Federal nº 4771/65).
Da mesma forma (excetuando-se as áreas definidas como de
preservação permanente), “a supressão e corte raso da mata Atlântica será admitida
apenas no estágio inicial de regeneração natural”, sendo que a prática para os
demais estágios da floresta nativa só poderá ser permitida mediante autorização do
órgão competente (FATMA), segundo rege a Lei 10.472, de agosto de 1997, que
dispõe sobre a política florestal do Estado de Santa Catarina.
A Constituição do Estado de Santa Catarina (Lei 9428), em seu artigo
184, considera a Mata Atlântica, bem como a Serra Geral, como área de interesse
ecológico, de modo que a utilização destas dependerá de prévia autorização dos
órgãos competentes.
5.9. Fauna
5.9.1. Fauna Regional
A fauna da Floresta Atlântica representa uma das mais ricas em
diversidade de espécies e está entre as cinco regiões do mundo que possuem o
maior número de espécies endêmicas. Está intimamente relacionada com a
vegetação, tendo uma grande importância na polinização de flores, e dispersão de
frutos e sementes. A precariedade dos levantamentos sobre a fauna da Mata
Atlântica torna sua descrição e análise mais difícil que no caso da vegetação
(ADAMS, 2000), mas, apesar da carência de informações para alguns grupos
taxonômicos, estudos comprovam uma diversidade bastante alta.
Os animais podem ser divididos em dois grupos, de acordo com o grau de
exigência:
Os generalistas são pouco exigentes, apresentam hábitos alimentares
variados, altas taxas de crescimento e alto potencial de dispersão. Estes
fatores permitem a estes animais viverem em áreas de vegetação mais aberta
ou mata secundária. São chamados de generalistas por causa do alto grau de
tolerância e à capacidade de aproveitar eficientemente diferentes recursos
oferecidos pelo ambiente. Ex: sabiá-laranjeira, sanhaço, pica-pau, gambá,
morcegos, entre outros.
Os especialistas, ao contrário dos primeiros, são extremamente exigentes
quanto aos habitats que ocupam. São animais que vivem em áreas de
floresta primária ou secundária em alto grau de regeneração, apresentando
uma dieta bastante específica. Para este grupo, a alteração do ambiente
significa a necessidade de procurar novos habitats que apresentem condições
semelhantes às anteriores. Ocorre também a necessidade de grandes áreas
para sobreviverem, sendo que sua redução pode ocasionar a impossibilidade
de encontrar um parceiro para reprodução, comprometendo o número de
indivíduos da espécie, podendo levá-la à extinção. Alguns destes animais, por
representarem o topo de cadeias alimentares, possuem um número reduzido
de filhotes, o que dificulta ainda mais a manutenção destas populações. Ex:
onça-pintada, mono-carvoeiro, jacutingas, gavião-pombo, entre outros.
A relação entre animais e plantas da Mata Atlântica é bastante harmônica. O
fornecimento de alimento ao animal em troca do auxílio na perpetuação de uma
espécie vegetal é bastante comum. As plantas com flores e seus polinizadores
foram adaptando hábitos e necessidades ao longo de milhões de anos de convívio.
Flores grandes e coloridas atraem muitos beija-flores, as perfumadas atraem as
mariposas e algumas flores, para atrair moscas, exalam um perfume semelhante ao
de podridão. Acredita-se que três a cada quatro espécies vegetais da Mata Atlântica,
sejam dispersas por animais, principalmente por aves e mamíferos, que se
alimentam de frutos e defecam as sementes ou as eliminam antes da ingestão.
Pássaros frugívoros possuem grande percepção visual e se alimentam de sementes
muitas vezes bem pequenas. Jacarés e lagartos, aproveitam os frutos caídos no
chão e mamíferos como os macacos, acabam proporcionando a dispersão em
grandes áreas.
O presente diagnóstico constitui um levantamento de dados e conclusões
sobre a fauna das áreas de influência do LOTEAMENTO LAURO BUSS, com base
em dados secundários da literatura, como trabalhos publicados, teses e relatórios
técnicos, assim como dados primários, através de evidências diretas ou indiretas da
presença de espécies obtidas durante os levantamentos de campo expeditos, por
meio de visualizações, presença de vestígios (pegadas, excrementos, sinais,
moradias, etc.) e informações de moradores da região através de entrevistas.
Mamíferos
No final do Pleistoceno, com a extinção maciça dos animais gigantes, a
fauna brasileira de mamíferos terrestres foi empobrecida, mas as variedade de
espécies de pequeno porte se manteve.
A Mata Atlântica possui 250 espécies de mamíferos, sendo 55
endêmicas, com a possibilidade de existirem diversas espécies desconhecidas. São
os componentes da fauna que mais sofreram com os vastos desmatamentos e a
caça, verificando-se o desaparecimento total de algumas espécies em certos locais.
Há uma grande quantidade de roedores e quirópteros (morcegos), e
apesar de não ser tão rica em primatas quanto a Amazônia, possui um número
razoável de espécies (ADAMS, 2000).
Exceto em relação aos primatas, quase nada se sabe sobre a situação
dos demais grupos de mamíferos da Mata Atlântica (COIMBRA FILHO, 1984;
CÂMARA, 1991).
Quadro 5 - Espécies de mamíferos presentes na região.Nome comum Nome científico Família
Bugio Alouatta fusca CEBIDAE
Capivara Hydrochaeris hydrochaeris HYDROCHAERIDAE
Cuíca-de-cauda-grossa Lutreolina crassicaudata DIDELPHIDAE
Gambá; raposa, gambá -
de orelha-preta
Didelphis marsupialis DIDELPHIDAE
Gambá-de-orelha-branca;
gambá; raposa
Didelphis albiventris DIDELPHIDAE
Guaiquica-de-pés-
pequenos; gambá-da-água
Gracilinanus microtarsus DIDELPHIDAE
Lebre Lepus capensis LEPORIDAE
Mico; macaco Cebus apella CEBIDAE
Morcego Myotis ruber VESPERTILIONIDAE
Morcego-fruteiro Carrollia perspicillata PHILLOSTOMIDAE
Morcego-fruteiro-grande Artibeus lituratus PHILLOSTOMIDAE
Ouriço Schiggurus villosus ERETHIZONTIDAE
Preá Cavia magna CAVIIDAE
Rato Rattus sp. MURIDAE
Rato-do-banhado Holochilus magnus CRICETIDAE
Rato-do-mato Akodon sp CRICETIDAE
Rato-do-mato Oryzomys sp. CRICETIDAE
Tatu-de-rabo-mole Cabassous tatouay DASYPODIDAE
Tatu-galinha Dasypus novemcinctus DASYPODIDAE
Aves
A Mata Atlântica apresenta uma das mais elevadas riquezas de aves do
planeta, com 1020 espécies. É um importante centro de endemismo, com 188
espécies endêmicas e 104 ameaçadas de extinção. Estas espécies encontram-se
ameaçadas principalmente pela destruição de habitats, pelo comércio ilegal e pela
caça seletiva de várias espécies. Um dos grupos que corre maior risco de extinção é
o das aves de rapina (gaviões, por exemplo), que apesar de ter uma ampla
distribuição, estão sofrendo uma drástica redução de seus nichos. Várias espécies
quase se extinguiram pela caça, como é o caso dos beija-flores e psitacídeos em
geral (araras, papagaios, periquitos) (POR, 1992).
Quadro 6 - Espécies de aves presentes na região.
NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA
Alma-de-gato Piaya cayana CUCULIDAE
Andorinha-de-sobre-branco Tachycineta lecucorrhoa HIRUNDINIDAE
Andorinha-do-campo Phaeprogne tapera HIRUNDINIDAE
Andorinha-doméstica-grande Progne chalybea HIRUNDINIDAE
Andorinhão-coleira Streptoprogne zonaris APODIDAE
Andorinha-pequena-de-casa Notiochelidon cyanoleuca HIRUNDINIDAE
Andorinha-serradora Stelgidopteryx ruficollis HIRUNDINIDAE
Anu-branco Guira guira CUCULIDAE
Anu-preto Crotophaga ani CUCULIDAE
Aracuã Ortalis squamata CRACIDAE
Arapacu-verde Sittasomus griseicapillus DENDROCOLAPTIDAE
Asa-branca Columba picazuro COLUMBIDAE
Barranqueiro-de-olho-branco Automolus leucophthalmus FURNARIIDAE
Beija-flor-de-fronte-violeta Thalurania glaucopis TROCHILIDAE
Beija-flor-de-papo-branco Leucochloris albicollis TROCHILIDAE
Beija-flor-grande-da-mata Ramphodon naevius TROCHILIDAE
Bem-te-vi Pitangus sulphuratus TYRANNIDAE
Bem-te-vi-rajado Myozetetes maculatus TYRANNIDAE
Borboletinha-do-mato Phylloscartes ventrallis TYRANNIDAE
Borralhara Mackenziana severa FORMICARIIDAE
Brujara-assobiador Mackenziana leachii FORMICARIIDAE
Cambacica Coereba flaveola EMBEREZIDAE
Canário-da-terra-verdadeiro Sicalis flaveola EMBEREZIDAE
Capitão-de-saíra Attila rufus TYRANNIDAE
Caracara Polyborus plancus FALCONIDAE
Carqueja-de-liga-vermelha Fulica armillata RALLIDAE
Carrapateiro Milvago chimachima FALCONIDAE
Choca-da-mata Thamnophilus caerulescens FORMICARIIDAE
Chocão-carijó Hypoedalus guttatus FORMICARIIDAE
Chopim Gnomiropsar chopi EMBEREZIDAE
Choquinha-estrelada Myrmotherula gularis FORMICARIIDAE
Choquinha-lisa Dysithamus mentalis FORMICARIIDAE
Coleirinho Sporophila caerulescens EMBEREZIDAE
Corruíra Troglodytes aedon TROGLODYTIDAE
Coruja-buraqueira Speotyto cunicularia STRIGIDAE
Corujinha-do-mato Otus choliba STRIGIDAE
Cuiú-cuiú Pionopsitta pileata PSITTACIDAE
Filipe Myophobus fasciatus TYRANNIDAE
Flautim Schiffornis virescens PIPRIDAE
Frango-d’água Gallinula chlopropus RALLIDAE
Frango-d’água-azul Porphyrula martinica RALLIDAE
Garça-branca-pequena Egretta thula ARDEIDAE
Garça-vaqueira Bubulcus ibis ARDEIDAE
Gaturamo-serrador Euphonia pectoralis EMBEREZIDAE
Gavião-caramujeiro Rostrhamus sociabilis ACCIPITRIDAE
Gavião-carijó Rupornis magnirostris ACCIPITRIDAE
Gavião-tesoura Elanoides forficatus ACCIPITRIDAE
Gralha-azul Cyanocorax caeruleus CORVIDAE
Guaracava-de-barriga-amarela Elaenia flavogaster TYRANNIDAE
Inhambu-guaçu Crypturellus obsoletus TINAMIDAE
Inhambu-xintã Crypturellus tataupa TINAMIDAE
Irrê Myarchus swainsoni TYRANNIDAE
Jaçanã; marequinha Jaçana jacana JACANIDAE
Jacu-açu Penelope obscura CRACIDAE
João-bobo Nystalus chacuru BUCCONIDAE
João-de-barro Furnarius rufus FURNARIIDAE
João-pobre Serpophaga nigricans TYRANNIDAE
João-teneném Synallaxis spixi FURNARIIDAE
Juriti-gemedeira Leptotila rufaxilla COLUMBIDAE
Juriti-pupu Leptotila verreauxi COLUMBIDAE
Maria-faceira Syrigma sibilatrix ARDEIDAE
Mariquita Parula pitiayumi EMBEREZIDAE
Marreca-do-bico-roxo Oxyura dominica ANATIDAE
Marreca-do-pé-vermelho Amazonetta brasiliensis ANATIDAE
Martim-pescador-grande Ceryle torquata ALCEDINIDAE
Martim-pescador-verde Choroceryle amazona ALCEDINIDAE
Matracão Batara cinerea FORMICARIIDAE
Mergulhão Podilymbus podiceps PODICIPEDIDAE
Narceja Gallinago paraguaiae SCOLOPATIDAE
Narcejão Gallinago undulata SCOLOPATIDAE
Papa-toaca Pyriglena leucoptera FORMICARIIDAE
Pardal Passer domesticus PASSERIDAE
Patinho Platyrinchus mystaceus TYRANNIDAE
Periquito-verde Brotogeris tirica PSITTACIDAE
Pia-cobra Geothlypis aequinoctialis EMBEREZIDAE
Pica-pau-anão-de-coleira Picumnus cirratus PICIDAE
Pica-pau-do-campo Colaptes campestris PICIDAE
Pica-pauzinho-verde-carijó Veniliornis spilogaster PICIDAE
Pichororé Synallaxis ruficapilla FURNARIIDAE
Picuí Columbina picui COLUMBIDAE
Pintassilgo Carduelis magellanica FRINGILLIDAE
Pinto-do-mato Hylopezus ochroleucus FORMICARIIDAE
Pomba-galega Columba cayannensis COLUMBIDAE
Pombo-domestico Columba livia COLUMBIDAE
Pula-pula Basileuterus culicivorus EMBEREZIDAE
Pula-pula-assobiador Basileuterus leucoblepharus EMBEREZIDAE
Quero-quero Vanellus chilensis CHARADRIIDAE
Quete Poospiza lateralis EMBEREZIDAE
Quiriquiri Falco sparverius FALCONIDAE
Rendeira Manacus manacus PIPRIDAE
Risadinha Camptostoma obsoletum TYRANNIDAE
Rolinha-roxa Columbina talpacoti COLUMBIDAE
Sabiá-coleira Turdus albicollis MUSCICAPIDAE
Sabiá-do-banhado Embenarga platensis EMBEREZIDAE
Sabiá-laranjeira Turdus rufiventris MUSCICAPIDAE
Sabiá-poca Turdus amaurochalinus MUSCICAPIDAE
Sabiá-una Platycichla flavipes MUSCICAPIDAE
Saci Tapera naevia CUCULIDAE
Saíra-militar Tangara cyanocephala EMBEREZIDAE
Saíra-sete-cores Tangara seledon EMBEREZIDAE
Saíra-viúva Pipraeidea melanota EMBEREZIDAE
Sanã-carijó Porzana albicollis RALLIDAE
Sanhaçu-cinzento Thraupis sayaca EMBEREZIDAE
Sanhaçu-de-coqueiro Thraupis palmarum EMBEREZIDAE
Sanhaçu-encontro-azul Thraupis cyanoptera EMBEREZIDAE
Saracura-carijó Rallus maculatus RALLIDAE
Saracura-do-banhado Rallus sanguinolentus RALLIDAE
Saracura-do-mato Aramides saracura RALLIDAE
Socozinho Butorides striatus ARDEIDAE
Suiriri Tyrannus melancholicus TYRANNIDAE
Suiriri-cavaleiro Machetornis rixosus TYRANNIDAE
Suiriri-pequeno Satrapa ictrophrys TYRANNIDAE
Surucuá Trogon surrucura TROGONIDADE
Tangará-dançador Chiroxiphia caudata PIPRIDAE
Tesourinha Tyrannus savana TYRANNIDAE
Tico-tico Zonotrichia capensis EMBEREZIDAE
Tico-tico-do-campo Ammodramus humeralis EMBEREZIDAE
Tiê-preto Tachyphonus coronatus EMBEREZIDAE
Tiriba; Tiriva; periquito Pyrrhura frontalis PSITTACIDAE
Tiziu Volatinia jacarina EMBEREZIDAE
Tororó Todirostrum plumbeiceps TYRANNIDAE
Trepador-quete Syndactila rufosuperciliata FURNARIIDAE
Trinca-ferro Saltator similis EMBEREZIDAE
Tucano-bico-amarelo Ramphastus dicolorus RAMPHASTIDAE
Tuque Elaenia mesoleuca TYRANNIDAE
Uru Odontophorus capueira PHASIANIDAE
Urubu-de-cabeça-preta Coragyps atratus CATHARTIDAE
Urubu-de-cabeça-vermelha Cathartes aura CATHARTIDAE
Vira-bosta Molothrus bonariensis EMBEREZIDAE
Anfíbios
Com hábitos predominantemente noturnos e discretos, o que os torna
pouco visíveis em seu ambiente natural, os anfíbios representam um dos mais
fascinantes grupos. Exploram praticamente todos os habitats disponíveis;
apresentam estratégias reprodutivas altamente diversificadas e muitas vezes
bastante sofisticadas, ocupam posição variável na cadeia alimentar e possuem
vocalizações características, demonstrando a diversificação biológica e seu sucesso
evolutivo.
Em relação aos anuros (sapos, rãs e pererecas), um ecossistema
bastante importante é o conhecido "copo" das bromélias, um reservatório que serve
de moradia, alimentação e local para reprodução de algumas espécies.
A Mata Atlântica concentra 370 espécies de anfíbios, cerca de 70% das
espécies brasileiras conhecidas. Destas, 90 são endêmicas, evidenciando a
importância deste grupo.
Quadro 7 - Espécies de anfíbios presentes na região.
Répteis
Em relação à fauna de répteis, grande parte apresenta ampla distribuição
geográfica, ocorrendo em outras formações como a Amazônia, Cerrado e até na
Caatinga. No entanto, são conhecidas muitas espécies endêmicas da Mata
Atlântica, por exemplo, o jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris) (MMA, 2000).
Uma comparação entre os répteis da Amazônia, da Mata Atlântica e do Nordeste
dos Andes (DIXON, 1979, APUD POR, 1992) mostrou que a Mata Atlântica possui
150 espécies, das quais 43 também existem na Amazônia, 1 nos Andes e 18 são de
larga distribuição neotropical. O endemismo dos répteis da Mata Atlântica é bastante
acentuado, entretanto novas espécies ainda estão sendo descobertas (POR, 1992).
Quadro 8 - Espécies de répteis presentes na região.FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME COMUM
Anomalepididae Liotyphops bevi Cobra- cega
Colubridae Helicops carinicaudus Cobra-d’água
Heicops infrataeniatus Cobra-d’água
Oxyrhopus rhombifer Falsa coral
Philodryas aestivus Cobra-verde
Philodryas alfersii Cobra-verde
Elapidae Spilotes pullatus Caninana
Micrurus corallinus Coral verdadeira
Viperidae Bothrops jararaca Jararaca
Crotalus terrificus Cascavel
Gekkonidae Hemidactylus mabouia Lagartixa
Teiidae Tupinambis merianae Lagarto-teiú
Peixes
Os ecossistemas aquáticos da Mata Atlântica brasileira possuem fauna de
peixes muito variada, associada de forma íntima à floresta que lhe proporciona
proteção e alimento. (MMA, 2000)
O número total de espécies de peixes da Mata Atlântica é 350, destas,
133 são endêmicas. O alto grau de endemismo é resultado do processo de evolução
das espécies, em área isolada das demais bacias hidrográficas brasileiras. (MMA,
2000)
A maior parte dos rios encontra-se degradada, principalmente pela
eliminação das matas ciliares, erosão, assoreamento, poluição e represamento.
Apesar de estudada há bastante tempo, a fauna de água doce brasileira não é bem
conhecida . Nos rios da mata ombrófila densa, existem espécies dependentes da
floresta para seu ciclo de vida, principalmente aquelas que se alimentam de insetos,
folhas, frutos e flores (ADAMS, 2000), contribuindo também para a dispersão de
sementes e frutos e para a manutenção do equilíbrio do ambiente aquático.
Quadro 9 - Espécies de peixes presentes na região.
Nome Popular Nome Científico Família
Cascudo-roseta Ancistrus cirrhossus LORICARIIDAE
Piava, lambarí Astyanax sp CHARACIDAE
Badejo, joaninha Grenicichla sp CICHLIDAE
Acará Geophagus brasiliensis CICHLIDAE
Traíra Hoplias malabaricus ERYTHRINIDAE
Sarda Paroligosarcus pintoi CHARACIDAE
Cascudo-asa-branca Plecostomus commersonii LORICARIIDAE
Jundiá Rhandia sp PIMELODIDAE
5.9.1. Fauna local
Assim como a escassez de cobertura vegetal no local, devido a ocupação
história residencial e industrial, a área onde a empresa encontra-se não possui
incidência de espécies silvestres que devem ser consideradas.
5.8. Recursos Hidricos.
Os canais naturais de drenagem existentes na área de pesquisa pertencem
à bacia hidrográfica do Rio Tubarão, uma das mais expressiva bacia hidrográfica da
Região Sul de Santa Catarina.
O Rio Tubarão nasce na encosta da Serra Geral, percorrendo 120 km desde
suas nascentes, até desembocar na Lagoa Santo Antônio, recebendo a
denominação após a confluência dos Rios Bonito e Rocinha. Sua área de drenagem
é de 4.728 km².
A bacia do rio Tubarão ocupa uma área de 5.100Km² e o somatório dos
comprimentos dos cursos d’água é da ordem de 7.172 km. Considera-se que o
aporte de água na bacia do Rio Tubarão, depende fundamentalmente das
precipitações médias anuais.
A Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão encontra-se na Região Sul do Estado
de Santa Catarina e pertence à vertente de drenagem Atlântica. Apresenta um
conjunto lagunar composto pelas lagoas Santo Antônio dos Anjos, Imaruí e Mirim.
Junto à área as drenagens mais expressivas são o Rio Azambuja, o Rio
Lajeado e o Rio dos Correias, todos afluentes da margem direita do Rio Tubarão.
As principais características da bacia hidrográfica onde o empreendimento
está situado são:
Vertente do Atlântico
Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão
O rio principal e o Rio Tubarão
O principal afluente é o Rio Braço do Norte
A bacia se estende longitudinalmente no sentido N / NE e é alimentada pelos
afluentes provenientes da Serra Geral e das vertentes situadas a Norte e Sul da
bacia. A tabela que segue (Tabela nº 08) apresenta os rios que formam a Bacia, em
suas duas margens.
Tabela 08 – Rios que formam a bacia hidrográfica do Rio Tubarão
MARGEM ESQUERDA MARGEM DIREITA
Rio Capivari Rio Pedrinhas
Rio do Pouso Rio Pedras Grandes
Rio Braço do Norte Rio Palmeiras
Rio Hipólito Rio Rocinha
Rio Novo
Rio Laranjeiras
Rio Oratório
De acordo com um estudo realizado pela Secretaria de Meio Ambiente
(SANTA CATARINA, 2001), a sub-bacia do Rio Braço do Norte possui 18,39% de
sua demanda máxima de água com Suinocultura; 8,56 com consumo Industrial;
25,68% com consumo Urbano.
A sub-bacia do Rio Braço do Norte compreende os municípios de
Anitápolis, Santa Rosa de Lima, Rio Fortuna, Grão Pará, Braço do Norte e São
Ludgero tendo como curso principal o Rio Braço do Norte e os afluentes: Rio
Pequeno, na divisa com o Município de Grão Pará, e Rio Amélia, na margem
esquerda; Rio Coruja, na margem direita, totalizando uma área de 175.616 ha.
O empreendimento encontra-se a mais de 250m do Rio Braço do Norte.
6. IMPACTOS AMBIENTAIS
A identificação dos impactos ambientais tem o objetivo de analisar,
qualificar e quando possível, quantificar as interferências causadas pelo
empreendimento no ambiente, oferecendo subsídios à tomada de decisão a ser feita
pelo órgão ambiental quanto à viabilidade do empreendimento, apresentando os
impactos de sua operação.
Os impactos ambientais associados à Irmãos Gaidzinski e Cia Ltda devem
ser considerados insignificantes e inexpressivos, já que além do empreendimento
ser considerado de médio porte (CONSEMA 03/08), ele realiza suas atividades no
local desde 1978, estando completamente inserido no meio ambiente de seu
entorno. Vale ressaltar que, com a regularização da Empresa junto a Prefeitura
Municipal e demais órgãos competentes, todos os controles ambientais para a
melhoria de seus processos serão devidamente implementados, gerando melhorias
para a comunidade do entorno.
Não irão ocorrer interferências na estrutura e paisagem, assim como a
intensificação do tráfego, processos erosivos associados ao empreendimento, pois
como descrito anteriormente, a Empresa já realiza suas atividades no local desde
1978. Os conflitos de uso do solo e da água no entorno do empreendimento também
são inexistentes.
Com relação à flora (empreendimento não possui cobertura vegetal) e à
fauna local (terrestre e aquática) o empreendimento não irá causar nenhum impacto
ambiental, já que sua atividade não despeja efluentes líquidos no Rio Braço do Norte
e seus resíduos são corretamente destinados.
Podemos destacar a melhoria a ser efetuada com relação as emissões de
tintas excedentes do processo de pintura pulverizada. Na cabine foi implementada
um duto coletor que conduz esta tinta à uma caixa com água que reterá estas
descargas indesejadas. Esta água por sua vez será destinada à um aterro industrial
devidamente licenciado.
Tabela 07 – Principais Aspectos e Impactos Ambientais
ATIVIDADE ASPECTOS AMBIENTAIS IMPACTOS
AMBIENTAIS
IMPLICAÇÕES
1. RECEPÇÃO
1.1 Emissão de ruídos
1.2 Resíduos Sólidos
1.1.1 Poluição sonora
1.2.1 Poluição do solo
- NPS < 55 dB
- Coleta Municipal
2. USINAGEM
2.1 Emissão de ruídos
2.2 Resíduos Sólidos
2.3 Efluentes líquidos
2.1.1 Poluição sonora
2.2.1 Poluição do solo
2.3.1 Poluição da água
- NPS < 55 dB
- Coleta Municipal
- coleta fornecedor
4. PINTURA
4.1 Resíduos Sólidos
4.2 Emissões atmosféricas
4.1.1 Poluição do solo
4.2.1 Poluição do ar
- Coleta Municipal
- Caixa de contenção
de tinta
5. COMERCIALIZAÇÃO 5.1 Emissão de ruídos 5.1.1 Poluição sonora - NPS < 55 dB
6. FUNCIONÁRIOS
6.1 Resíduos sólidos
6.2 Efluentes líquidos
6.1.1 Poluição do solo
6.2.1 Poluição da água
- Coleta Municipal
- TS/S (ABNT)
- NPS < 55 dB: Nível de Pressão Sonora menor que cinqüenta e cinco Decibéis
- CT: Comercializado com terceiros
- TS/S (ABNT) – Tanque séptico e sumidourox
7. EQUIPE TÉCNICA
Edgar SchlickmannQualificação profissional: Engenheiro AmbientalCREA: Endereço: Cidade: Braço do Norte – SCCEP: 88750-000Fone: (48)
_____________________________Assinatura
Nome: Alison Pereira da SilvaQualificação profissional: Engenheiro AgrônomoCREA: 067385-6Endereço: Avenida Felipe Schmidt, nº 890, Ap. 01, CentroCidade: Braço do Norte – SCCEP: 88750-000Fone: (48) 9994-0868
_____________________________Assinatura
Nome: Michele Dacoregio BrognaraQualificação profissional: Engenheira QuímicaCREA: 0765891Endereço: Rua Teodoro Bernardo Schlickmann, nº 809, São Francisco de AssisCidade: Braço do Norte - SCCEP: 88750-000Fone: (48) 3658-3019
_____________________________Assinatura
8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BACK, A. J. Precipitações Extremas para o Estado de Santa Catarina. Florianópolis: EPAGRI. 39p. 1995.
CITADINI-ZANETTE, V. Florística, fitossociologia e aspectos da dinâmica de um remanescente de mata atlântica na microbacia do rio Novo, Orleans, SC.1995. 249f. Tese (Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais)–Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 1995.
EMBRAPA. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos. In. REUNIÃO DE CLASSIFICAÇÃO, CORRELAÇÃO DE SOLOS E INTERPRETAÇÃO DA APTIDÃO AGRÍCOLA, 2. 1983. Anais... Rio de Janeiro, 1983. 138p. (Série Documento, 5).
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, Critérios para distinção de classes de solos e de fases de unidades de mapeamento. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos, Rio de Janeiro, 1988. 67p.
KLEIN, R. M. Flora ilustrada catarinense: mapa fitogeográfico do Estado de Santa Catarina. Itajaí: HerbárioBarbosa Rodrigues, V Parte - mapa fitogeográfico, 1978. 24p.
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SANTA CATARINA, gabinete de planejamento e coordenação geral. Atlas de Santa Catarina. Florianópolis: GAPLAN, 1986.
SDM. Bacias Hidrográficas de Santa Catarina: Diagnóstico Geral. Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente. Florianópolis, SC. 163p. 1997.
SDM. Diagnóstico dos Recursos Hídricos e Organização dos Agentes da Bacia Hidrográfica do rio Tubarão e Complexo Lagunar. Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente. Florianópolis, SC. 163p. 1998.
TUCCI, Carlos E. M. Hidrologia: ciência e aplicação. Porto Alegre: Ed. da Universidade: ABRH: EDUSP. 1993.
TUCCI, C. E. M. Regionalização de Vazões, Porto Alegre: ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica – Superintendência de Estudos e Informações Hidrológicas. Instituto de Pesquisas Hidráulicas/UFRGS.168 p, 2000.
VELOSO, H. P.; RANGEL FILHO, A. L. R.; LIMA, J. C. A. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro: IBGE/ Projeto RADAM BRASIL. 1991. 123 p.
VELOSO, H. P.; KLEIN, R. M. As comunidades e associações vegetais da mata pluvial do sul do Brasil. V. Agrupamentos arbóreos da encosta catarinense, situados em sua parte norte. Sellowia, Itajaí, v. 20, p. 53 -126, 1968
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