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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ- REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS CURSO DE PÓS- GRADUAÇÃO LATO-SENSU
PROJETO A VEZ DO MESTRE
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS:
REFLEXÕES SOBRE O MOMENTO ATUAL
Por Sônia Maria Lombardi
Orientadora: Fabiane Muniz da Silva
RIO DE JANEIRO, FEVEREIRO DE 2003
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ- REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS CURSO DE PÓS- GRADUAÇÃO LATO-SENSU
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Educação de Jovens e Adultos:
Reflexões sobre o momento atual
Trabalho monográfico apresentado como requisito a ser apresentado como conclusão do curso de Pós- graduação em Supervisão Escolar.
Aos meus alunos da EJA e professores, que lutam por mais oportunidade, igualdade, e uma educação de qualidade, inclusiva.
“só existe saber na invenção, na reinvenção, na busca inquieta, impaciente permanente, que os homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros, busca esperançosa também”. Paulo Freire
RESUMO
A educação de jovens e adultos é o assunto desta pesquisa, que será
baseadas em minhas experiências enquanto educadora e supervisora de projetos de
aumento de escolaridade e referências teóricas de estudiosos da educação. O
assunto será abordado com reflexões sobre o momento atual da EJA, procurando
entendê-la no contexto social, político e econômico da sociedade brasileira. Neste
processo é importante compreender também, qual o papel que a AJA vem
desempenhando aos longos dos anos, e suas implicações para a construção de
uma sociedade mais igualitária.
Quem são aqueles que procuram os projetos para aumento de escolaridade,
como está a formação dos profissionais que atuam na área, qual o papel do
supervisor, e quais os objetivos e desafios dos projetos para a EJA são os temas a
se discutir.
Concluímos que para os jovens e adultos possam se inserir neste mundo
globalizado e tecnológico é necessário que a educação da classe trabalhadora não
deve se limitar a atender a demanda de mercado. Ela deve ser uma educação para
a inclusão não só nos meios de produção, mas do conhecimento, para que seja
superada a dualidade pensar X executar a que sempre esteve submetida.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................7
CAPÍTULO I- EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: OBJETIVOS E
DESAFIOS................................................................................................................. 8
CAPÍTULO II - OS PROJETOS PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E
AS IMPLICAÇÕES PARA UMA FORMAÇÃO CONTÍNUA, CIDADÃ......................11
CAPÍTULO III - QUEM SÃO, QUAIS OS OBJETIVOS E EXPECTATIVAS DOS
JOVENS E ADULTOS QUANDO RETORNAM AOS BANCOS
ESCOLARES?...........................................................................................................14
CAPÍTULO IV - A FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NOS
PROJETOS DE EJA..................................................................................................17
CAPÍTULO V - O SUPERVISOR ESCOLAR E SUA ATUAÇÃO NA
EJA.............................................................................................................................21
CAPÍTULO VI - A EJA E A PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO........................24
7- CONCLUSÃO........................................................................................................27
8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................29
9- BIBLIOGRAFIA CONSULTADA...........................................................................30
INTRODUÇÃO
A educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil, tem permeado as
pesquisas de muitos estudiosos da educação. As pesquisas apontam para a
necessidade da continuidade de estudos para participação em uma sociedade tão
complexa como a nossa. As exigências educativas estão relacionadas a diferentes
dimensões da vida das pessoas: à participação social e política, à vida familiar e
comunitária.
Países como o Brasil, que são marcados por graves desníveis sociais, pela
situação de pobreza de uma grande parcela da população, baixos níveis de
escolarização, precisam urgentemente de políticas educacionais voltadas à EJA,
“para responder aos imperativos do presente e também para garantir melhores
condições educativas para as próximas gerações.”
Cientes desta problemática, órgãos governamentais e não governamentais,
preocupados com o rumo da nação, têm somado forças no combate ao
analfabetismo e na qualificação do trabalhador, objetivando a melhoria na qualidade
de vida e uma participação mais ativa na vida política, econômica e social do país,
criando vários projetos de aumento de escolaridade. Compreender como estes
projetos vem contribuindo para uma real aprendizagem e sua importância na vida
dos trabalhadores são os objetivos desta pesquisa, que terá como referência os
vários projetos desenvolvidos e minhas experiências como educadora e supervisora
da EJA.
CAPÍTULO I
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: FUNDAMENTOS, OBJETIVOS E
DESAFIOS
A sociedade contemporânea com a revolução tecnológica e a globalização
diminuem os posto de trabalho acirrando ainda mais a disputa pelo emprego o que
expõe a necessidade de buscar formas alternativas de se inserir na economia por
meio de alto – emprego ou organização de empresas ou atuação no mercado
informal. É preciso elevar o nível de educação, dar aos trabalhadores uma formação
mais ampla, com mais incentivo e mais capacidade de resolver problemas e
aprender continuamente.
“ O capitalismo produziu historicamente, no Brasil, como na maioria dos países do Terceiro Mundo,
um antagonismo entre escola e trabalho e avança, atualmente, verticalizando exclusões múltiplas
que, na instituição escolar vêm sendo camufladas como formas de “inclusão”. Multiplicam-se entre
nós, os trabalhadores sem trabalho, os estudantes sem estudo, os cidadãos sem cidadania”.
(Linhares 1998, p.9)
O desemprego, corrupção, aumento de criminalidade, são efeitos da
globalização da economia servindo aos interesses daqueles que atribuem à escola,
a solução dos graves problemas sociais brasileiros. A grande questão é: como a
escola atual pode contribuir para a diminuir o desemprego, para a melhoria na
qualidade de vida, redução dos índices de criminalidade e principalmente, como
preparar os jovens e adultos que estão na escola, ou que não tiveram acesso e que
dela foram excluídos, para que possam se inserir neste mundo globalizado?
“Entre nós a negação da escola ao povo faz parte não apenas de uma negação dos
instrumentos básicos transmitidos pela escola, mas da negação do direito das classes trabalhadoras
à educação e à formação da cultura e da identidade enquanto classe. Se integrarmos a
democratização da instrução ao direito básico à educação terá maior sentido político a luta por mais
escolas, melhores escolas, material didático bom e farto, profissionais com melhores condições para
exercer um trabalho competente”. ( Arroyo, 2002 pg.77)
Educar para crescimento econômico, tem sido o lema das políticas públicas
brasileiras, que mobiliza-se neste sentido a partir da década de 30, quando tem
início a EJA, marcada por campanhas de alfabetização em massa como o
Movimento Brasileiro de alfabetização (MOBRAL). De lá para cá, vários movimentos
surgiram numa tentativa de erradicar o analfabetismo e consequentemente preparar
o povo para o mercado de trabalho. Mas as pesquisas do último senso constataram
que 34% de brasileiros maiores de 14 anos, não completaram quatro anos de
escolaridade, a maioria trabalhadores, que se dispõem a frequêntar cursos noturnos
na esperança de uma vida melhor.
Apesar do descaso do poder público em implantar projetos para atender a tão
expressiva massa de brasileiros semi analfabetos, a EJA tem aumentado,
principalmente por intermédio da sociedade civil, movida pela conscientização de
que, para responder aos imperativos do presente e também para garantir melhores
condições educativas para as próximas gerações, pois a sociedade contemporânea,
tecnológica e globalizada, exige uma melhor formação geral e não apenas
treinamento, é importante investir na educação e qualificação da classe
trabalhadora.
Há muitos desafios para vencer e o principal deles é a falta de investimento.
Muitos projetos são interrompidos no meio do caminho por falta de verba, pois a
EJA segundo parecer do governo de FHC, não é obrigação do poder público.
Como educadora do Telecurso 2000, passei várias vezes por essa experiência, após
a conclusão de uma disciplina, ficávamos esperando as vezes dois meses para
reiniciar os estudos de outra disciplina, porque não havia verba. Consequentemente,
muitos alunos desistiam pois perdiam a credibilidade no projeto.
A falta de comprometimento e políticas públicas que garantam uma
educação de qualidade, com investimento na formação do educador, melhores
condições de trabalho, remuneração, salas de aula adequadas, são alguns dos
muitos obstáculos, que a EJA precisa vencer. Mas apesar das dificuldades, os
projetos criados tem contribuído consideravelmente para diminuir o grande número
de analfabetos no país, porém há vários questionamentos que se tem feito a
respeito da qualidade da educação que tem sido oferecida à classe trabalhadora e
suas implicações na construção de um conhecimento significativo, de princípios
fundamentais para uma formação contínua, cidadã. Entender como se dá a
seletividade na escola e como os projetos vem atuando para diminuir esta
seletividade, é necessário para que se possa responder os questionamentos que se
tem feito a respeito da EJA.
CAPÍTULO II
OS PROJETOS PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
E AS IMPLICAÇÕES PARA UMA FORMAÇÃO CONTÍNUA,
CIDADÃ.
“Mesmo após as transformações políticas ocorridas ao longo de nossa história, que
reforçaram a igualdade de direitos à educação e criaram a escola pública universal e gratuita -
necessidade e exigência da cidadania, o acesso ao conhecimento se faz desigual entre os
indivíduos. ‘Há escolas de primeira categoria; há cidadãos de segunda categoria, e vice-versa. A
grade curricular de uma escola particular conta com aulas por exemplo de biologia, para suas seis
frentes. Na escola pública, duas horas- aula por semana não podem competir com seis aulas. O
mesmo ocorre com física, química, história etc. A disputa para a conquista de uma vaga no ensino
superior é desleal para os que estudam na rede pública . (Piconez 2002, p.16 )
A autora nos revela a desigualdade que sempre foi submetida as classes
populares de nosso país: para a elite, o ensino de qualidade, para as classes
populares um ensino sem possibilidades de continuidade. A dualidade, pensar x
executar sempre estiveram presentes na história da educação brasileira. A
preocupação constante sempre foi de preparar a elite para pensar e a classe
trabalhadora para executar, para atender as necessidades emergenciais do mercado
de trabalho. No passado, a revolução industrial, no presente a revolução
tecnológica, são desafios que a sociedade brasileira precisou e precisa vencer,
para que o país possa ter desenvolvimento, político, econômico e social.
A preocupação com o aumento de escolaridade dos jovens e adultos, têm
propiciado ao longo dos anos, o surgimento de vários projetos para EJA. Cursos
profissionalizantes de curta duração, cursos supletivos de alfabetização e de
primeiro e segundo segmento do ensino fundamental com aulas à distância ou
presenciais, mantidos pelos governos federal, estadual , bem como os oferecidos
pelas entidades privadas e organizações não governamentais, como é o caso do
Mova, Telecurso 2000, Transformar, etc. O objetivo maior destes projetos é educar
para a adequação aos novos meios de produção.
No entanto as políticas públicas para a EJA, tem sido insuficientes para incluir
tantos, que por tanto tempo, tem tido seus direitos negados e garantir que a
educação oferecida por tantos projetos, não seja mais uma vez a da exclusão. Há
uma preocupação muito grande, quanto a qualidade da educação que tem sido
ofertada aos jovens e adultos que procuram os cursos supletivos. A questão que
mais tem sido levantada por pesquisadores está relacionada a possibilidade que os
educandos da EJA tem de continuar seus estudos, pois a sociedade atual exige
uma base sólida de conhecimentos e requer do cidadão capacidades que
ultrapassam suas vivências diárias.
“A revolução ocorrida na informação supõe letramento em contínua ascensão, muitos conhecimentos
específicos e uma educação geral que possibilite não apenas adaptações sucessivas ao longo da
vida, mas disposições e atitudes compatíveis com as novas condições da produção, do consumo e da
vida moderna”. ( Paiva,1994, p.34)
A formação continuada dos jovens e adultos que ingressam nestes cursos
supletivos, na maioria das vezes acontece na rede pública ou não acontece. Os
alunos oriundos dos projetos de alfabetização, tem muita dificuldade de ingressar
na rede pública, porque as escolas ainda exigem que seja comprovada escolaridade
anterior. Diante das dificuldades, grande parte acaba desistindo, o que acarreta um
retrocesso no processo de alfabetização. Os alunos oriundos de projetos do
segundo segmento do ensino fundamental, já não tem tanta dificuldade de ingressar
na rede pública, porque recebem documento comprovando escolaridade, mas
muitos acabam evadindo por uma série de motivos: disciplina rígida, dificuldade de
assimilação dos conteúdos, falta de formação dos professores , etc. Aumentar o
número de vagas nas escolas ou criar projetos de aumento de escolaridade, não
tem sido suficientes para que o jovem e adulto permaneça na escola. Como
resolver tantas questões que permeiam a EJA? Conhecer a clientela que procuram
os projetos de EJA pode ser um caminho, para aqueles que desejam que a
educação da classe trabalhadora seja de qualidade, contínua, permitindo não só o
acesso aos meios de produção, mas a todos os benefícios que a sociedade
contemporânea oferece.
Quem são aqueles que procuram os projetos de aumento de escolaridade, o
que pensam, quais seus objetivos, o que esperam dos projetos, quais suas
aspirações? é o tema de nosso próximo capítulo.
CAPÍTULO III
QUEM SÃO ,QUAIS OS OBJETIVOS E EXPECTATIVA DOS JOVENS
E ADULTOS QUANDO RETORNAM AOS BANCOS ESCOLARES ?
A maioria dos jovens e adultos que frequêntam os cursos supletivos, são
trabalhadores, pais, mães de família, que retornam aos bancos escolares
atualmente, pela necessidade de comprovação de escolaridade, para que possam
se candidatar a uma vaga de emprego. Alguns retornam pressionados pelas
empresas que trabalham, outros tem consciência da importância dos estudos para a
vida profissional, e há ainda aqueles que esperam resgatar um sonho que deixaram
para trás enquanto crianças, principalmente as mulheres, que no passado deixaram
a escola por imposição de pais, maridos, ou mesmo porque precisavam trabalhar
para ajudar na renda familiar ou cuidar dos filhos.
A maioria se culpa pela evasão, repetência e fracasso escolar, por não terem
conhecimento que enquanto aparelho ideológico do estado, a escola exclui a classe
trabalhadora, sendo reprodutora das ideologias da classe dominante. “Eu não
estudei porque não quis”, “Nunca tive cabeça para estudar”, “minha mãe vivia
dizendo que eu era burra”, “o professora falou que eu tinha problemas”, “eu não
queria estudar, aí meu pai me botou para trabalhar”, “o professor não gostava de
mim”, são as causas apontadas, por eles, para a evasão, repetência e fracasso.
São muitos os procedimentos didáticos que levam e exclusão, a repetência e
a evasão dos alunos da rede pública, entre eles está a concepção que a escola tem
das crianças. Os objetivos educacionais são planejados, tendo em vista uma criança
idealizada e não uma criança concreta. Os professores estabelecem padrões, tendo
como referência o aluno que eles julgam “normal”, geralmente estudantes que
possuem boas condições socioeconômicas. Aqueles que fogem ao padrão são
considerados carentes, preguiçosos, atrasados e portanto, candidatos a reprovação.
Segundo (Alves 2002, p.15) alguns fatores são responsáveis por essa
exclusão:
“Procurei entender como a escola opera a seletividade e a exclusão construindo o fracasso da criança
pobre, e constatei que nesse processo entram em jogo dois elementos indissociáveis. Um deles é a
incompetência técnica, o não saber ensinar, a falta de domínio do conteúdo do currículo e do manejo
da situação de ensino. O outro, organicamente articulado a esta incompetência, é uma representação
falsa – isto é, ideológica das camadas populares e de suas crianças. Esta ideologia serve como álibi
poderoso para descomprometer a escola com o fracasso dessas crianças. Ela não é propriamente
matéria- prima de inculcação e sim desculpa para não assumir responsabilidades”.
Esses procedimentos acabam por excluir a classe trabalhadora da escola, que
quando retornam esperam encontrar a escola que frequentaram enquanto criança,
bem tradicional, com recitação do alfabeto, pontos copiados do quadro negro,
disciplina rígida. Existe por parte dos alunos uma cobrança muito grande quanto a
aplicação de conteúdos, pois tomam como referência a escola da qual fizeram parte
algum dia. Para eles a discussão de um filme, de um texto de jornal, não são
considerados como aulas. Um dia um deles me perguntou quando estávamos
discutindo os direitos e deveres do cidadão: “Professora, a senhora não vai dar
aula hoje”?
Há também uma grande ansiedade quanto a avaliação. O medo é tanto, que
alguns alunos até passam mal quando sabem que serão avaliados. Há um grande
temor, principalmente quanto a atitude do professor. Nos períodos de provas,
Inconscientemente revivem todos os sofrimentos que tiveram no passado, quando
foram reprovados por algum professor, que movido por algum sentimento de
vingança não aprovou o aluno em sua disciplina.
O estudante da EJA, por seu histórico escolar, pelas condições sócio
econômicas, possuem baixa auto - estima. Nos mais velhos, a baixa auto- estima
se traduz em timidez, insegurança, bloqueios. Nos mais jovens, se expressa pela
indisciplina e atitudes negativas.
Atuar com jovens e adultos requer conhecimento da clientela e principalmente
muito amor, compreensão. Por estarem tanto tempo sem estudar, as dificuldades em
assimilar os conteúdos são muitas, em compensação há muita força de vontade,
experiências de vida, que para o educador consciente, preparado, se constitui em
farto material para o processo ensino - aprendizagem.
A formação do educador , é fator decisivo para que sejam superados tantos
obstáculos, mas é preciso que esta formação seja encarada com mais seriedade
tanto pelos órgãos públicos, quanto pelo próprio educador, que deseja atuar na
educação de jovens e adultos.
CAPÍTULO IV
A FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NOS
PROJETOS DE EJA
A formação necessária para a atuação na EJA geralmente é a do ensino
médio, e em locais de difícil acesso, principalmente no interior do país, a educação
é exercida por aqueles que possuem somente o domínio da leitura e da escrita e tem
boa vontade de ensinar. A grande maioria dos profissionais que atuam na EJA,
principalmente nos projetos de alfabetização e primeiro segmento do ensino
fundamental, possuem grandes dificuldades na escrita, não conhecem os teóricos
da área, atuam sem conhecer a metodologia, tendo dificuldades de pô-las em
prática, por não terem orientação apropriada, prevalecendo assim o modo tradicional
de ensinar, que enfatiza os conteúdos, a cópia, a repetição, numa educação
totalmente descontextualizada da vida do educando. Além disso, o pagamento que
recebem por seu trabalho, quase sempre não cobre as despesas com transporte e
gastos pessoais, muitos fazem uso do salário para comprar material didático.
Investir na formação, para esses profissionais é quase impossível.
As capacitações que os projetos promovem quase sempre são insuficientes
para que o educador conheça a metodologia e aprenda como atuar na EJA. Mesmo
sem nenhuma orientação, que pode ou não ocorrer durante o tempo de duração do
projeto, o trabalho é iniciado, onde o educador, as vezes com formação de
professor, consegue “transmitir” o que sabe aos seus educandos.
Esta é a cara da EJA no Brasil atualmente, que apesar de ter por parte do
governo brasileiro seus direitos negados, cresce a cada dia movido por diferentes
setores da sociedade. Neste sentido, vários manifestos tem sido encaminhados ao
governo para que a EJA seja encarada com mais seriedade e uma das
reivindicações é o investimento na formação dos profissionais da EJA, pois a
formação contínua é imprescindível para todo profissional que queira estar em
sintonia com a sociedade atual. Para (Perrenoud 2000, p.155/178),
“O exercício e o treino poderiam bastar para manter competências essenciais se a escola fosse um
mundo estável. Ora, exerce-se o ofício em contextos inéditos, diante de públicos que mudam, em
referência a programas repensados, supostamente baseados em novos conhecimentos, até mesmo
em novas abordagens e novos paradigmas. Daí a necessidade de uma formação contínua ( ...)
Ainda segundo o autor, “A profissionalização é uma transformação estrutural que ninguém pode
dominar sozinho (...) A profissionalização não avançará se não for deliberadamente estimulada por
políticas concertadas (...).
Muitos educadores cansados de esperar por políticas públicas, fazem o seu
próprio “que fazeres”, pesquisando novas formas de atrair e manter nos bancos
escolares os alunos. Tenho como exemplo, o caso de uma professora que
supervisionei durante um período que atuei no projeto de alfabetização do Sesi, que
para manter seus alunos em sala, distribuía cestas básicas, compradas com seu
pagamento, ou que eram doados por comerciantes locais. Além disso, promovia
campeonatos de futebol, festas etc. Esta professora apesar de todos os seus
esforços, sentia a necessidade de uma formação melhor, porque as cestas, os
campeonatos não eram suficientes para manter seus alunos em sala de aula.
Que formação deve ter o profissional que atua na EJA?, ela deve basear-se
em um novo referencial, o que implica em uma mudança de mentalidade, de prática,
de novos procedimentos na relação entre educador e educandos.
“De um professor disciplinador, condicionador, que monopoliza a relação, a informação e a
interpretação dos fatos, que sabe impor e induzir respostas, pretendemos um novo mestre que saiba
ouvir mais, observar, refletir, problematizar conteúdos e atividades, propor situações- problemas.,
analisar “erros”, fazer perguntas, formular hipóteses, sistematizar. É ele o mediador entre o texto, o
contexto e o seus produto”. ( Moraes, 1997, p.12)
Atuar na EJA, exige conhecimento teórico, principalmente sobre a avaliação:
seus objetivos, funções e características. Segundo ( Libâneo 1994, p.196), a
avaliação escolar é um
“ componente do processo de ensino que visa através da verificação e qualificação dos resultados
obtidos, determinar a correspondência destes com os objetivos propostos e, daí, orientar a tomada de
decisões em relação às atividades didáticas seguintes”.
A prática da avaliação em nossas escolas, que tanto tem contribuído para a
evasão e exclusão, precisa de ser vista pelo educador de jovens e adultos como
parte integrante do processo ensino aprendizagem, como um processo contínuo,
que deve ocorrer nos vários momentos do desenvolvimento dos trabalhos. De posse
desse conhecimento, o educador poderá mudar a sua prática, construir uma relação
mais horizontal, recíproca, dialética e verdadeira. Para que isso ocorra, é necessário
que o educador procure ser autêntico, expressando claramente o que pensa, sente e
quer, mostrando-se transparente, com qualidades e limitações; torne evidente para
seus alunos a aceitação e a consideração que eles merecem, ou seja, aprecie o
estudante, seus sentimentos, opiniões e desejos, seja compreensivo em relação às
fases em que o aluno se encontra na vida ( adolescentes, jovens, adultos e 3a
idade).
O conhecimento teórico deve embasar a prática, entretanto, somente o
conhecimento teórico não poderá mudar a prática, se não houver comprometimento,
de nada valerá o conhecimento. É preciso que haja interação aluno- professor,
professor – aluno, professor – comunidade, comunidade- professor, respeito as
diferenças, respeito aos saberes do educando.
Vários educadores, apesar de sua pouca escolaridade, conseguem perceber o
verdadeiro sentido de educar, através das experiências, do envolvimento com os
alunos, mesmo quando atuam utilizando a didática tradicional. Esses educadores.,
mesmo com todas as dificuldades cumprem o seu papel, pois as experiências do dia
a dia vão enriquecendo suas práticas, proporcionando assim um crescimento
profissional. Muitos sentem a necessidade de completa-las com referencial teórico,
indo buscá-la através de cursos ou mesmo uma graduação, cientes que, como
qualquer outra profissão, ser educador exige formação contínua.
A presença de um especialista educacional também é importante na formação
do educador. Por isso os projetos sempre contam com a ajuda de supervisores para
atuarem junto aos educadores, alunos e comunidade. Esse papel, que nem sempre
é exercido por um pedagogo, é um grande aliado na luta por melhores condições
educacionais, por uma maior interação entre projeto, alunos e educador.
CAPÍTULO V
O SUPERVISOR ESCOLAR E SUA ATUAÇÃO NA EJA
Como a supervisão tem contribuído para uma educação de qualidade para
jovens e adultos, é o que se quer entender neste capítulo, que mais uma vez terá
como referência minhas experiências nesta área. Para isso é preciso entender o
papel que a supervisão exercia no passado e que exerce atualmente.
A função de um supervisor ou supervisora, que no passado era visto como
fiscal, controlador, atualmente requer, maior conhecimento, envolvimento,
planejamento, acompanhamento, aperfeiçoamento, sendo um instrumento vital de
controle de qualidade, no que este conceito tem de mais nobre.
“É no desempenho das tarefas inerentes à coordenação e ao acompanhamento que talvez melhor se
aquilate a qualidade do comportamento supervisório. Por isso mesmo, nunca será demais enfatizar a
importância dessa função para a criação e manutenção de um bom nível de ensino, entendido este
como a orientação da aprendizagem, vivenciada essencialmente pelos sujeitos do processo”.
( Alves 2000,p.66)
Atuando como supervisora de projetos de aumento de escolaridade de jovens
e adultos, pude perceber a importância da supervisão para o sucesso tanto dos
alunos quanto do próprio projeto. A integração professor – direção – alunos –
metodologia – comunidade, só é possível quando há a ação do supervisor, todavia
constatei também que a supervisão escolar que o momento atual exige, quase não
existe, o que predomina ainda é a função de fiscal, controlador, onde o supervisor
desempenha muitas das vezes o papel de menino de recado.
A função de supervisão escolar dos projetos para a EJA, que na maioria das
vezes não é exercida por um pedagogo, tem suas funções orientadas mais para o
controle burocrático, do que para o controle e orientação pedagógica. As reuniões
pedagógicas, que deveriam ser direcionadas para a reflexão, avaliação e possíveis
tomada de decisões da prática pedagógica, se tornam reuniões de preenchimento
de formulários de controle operacionais.
Há uma grande dificuldade, tanto dos professores, quanto do próprio
supervisor(ora) de compreender qual é a verdadeira função da supervisão escolar.
“A prática da supervisão exige, de parte do supervisor, uma constante avaliação crítica de seu próprio
desempenho e um esforço continuado de aperfeiçoamento como técnico, mas, especialmente, como
pessoa. Para isso, deverá cultivar um maior grau de efeito interativo, condição de mobilização das
energias dos professores no sentido dos objetivos educacionais perseguidos”. ( Alves 2000, p.64)
A falta de embasamento teórico, e muitas vezes de comprometimento, é
comum naqueles que trabalham na supervisão da EJA. Muitos, que não são
profissionais da área, recebem o cargo por intermédio de indicações; não sendo feita
uma avaliação para que seja averiguada o conhecimento sobre o campo de
trabalho a qual estão se candidatando. Sabemos que não é a simples certificação
de pedagogo, que garante que o trabalho será desenvolvido com eficiência,
qualidade, comprometimento, porém não podemos deixar de frisar, que por causa
disto, cresce a desqualificação dos profissionais da educação, que pode ser
exercida por qualquer pessoa, o que não acontece com outras categorias
profissionais.
A prática desenvolvida por alguns destes “especialistas” quase sempre é uma
prática de coação, de cobrança de formulários, de autoritarismo sem qualquer
envolvimento com o real sentido de seu papel enquanto supervisor. De outro lado
também temos os educadores, que não cumprem o seu papel burocrático e
pedagógico, sendo preciso ações, as vezes duras, do supervisor para que o
processo educacional não seja prejudicado.
Mas como toda regra há exceção, encontramos muitos supervisores
capacitados, que gostam do que fazem, que procuram se atualizar, que acreditam
na capacidade dos alunos, professores, interagindo com eles na busca de melhores
condições educacionais, para que os objetivos propostos sejam alcançados.
Há muito que se fazer, e o supervisor ciente das tantas dificuldades
encontradas, e de seu papel para que a EJA, não se torne mero instrumento para
servir as ideologias das classes dominantes, deve pautar sua atuação na interação
entre alunos, professores, direção, supervisão. As relações humanas estabelecidas
entre estas partes terá grande influência no processo de aquisição e assimilação do
conhecimento.
A prática da supervisão fiscalizadora, deve ficar no passado, no presente o
supervisor que necessitamos é aquele,
“Capaz de estabelecer a relação entre a filosofia superior e o senso comum, entre o pensamento dos
especialistas e o de todos os homens. É enfim, aquele supervisor cuja figura possa ser percebida
pelas massas docentes como a referência para a concretização do seu projeto educacional”.
( Alves 2000, p.102)
CAPÍTULO VI
A EJA E A PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO
Qualificar e requalificar o trabalhador, tem sido o lema das políticas públicas
brasileiras. Preparar os jovens e adultos para a inserção no mercado de trabalho, é o
discurso político que tanto no passado, como atualmente tem proporcionado a
criação de inúmeros projetos de aumento de escolaridade e qualificação
profissional. Segundo (Kuenzer 1988), desde o momento que surge, a educação
articulada ao trabalho, se estrutura como um sistema diferenciado e paralelo ao
sistema de ensino regular, com finalidades bem definidas: a da divisão entre trabalho
intelectual e manual.
As condições escolares tem sido motivo de questionamentos e críticas dos
estudiosos da educação de jovens e adultos, que denunciam a função que a escola
está desempenhando para que a classe dominante possa se apropriar do
conhecimento adquirido na escola para acumulação de riqueza, reprodução da
divisão entre o trabalho manual e o intelectual e desigualdade social.
As reflexões principais abrangem aspectos do verdadeiro sentido de educação
de massas e seus propósitos para a sociedade capitalista, que apropria-se da
educação para servir aos seus interesses. No entanto se a escola apresenta-se
como reprodutora das ideologias dominantes, ela também possibilita a apreensão
dos conhecimentos clássicos básicos e universais, suporte para a compreensão de
novos conhecimentos. É preciso olhar para a escola não apenas descritivamente,
não apenas saber o que ela é, mas para captar o que ela pode ser a partir do que é,
e contribuir assim para o seu movimento em direção a muitos futuros possíveis.
“Não podemos ignorar que, no Brasil, problemas de base ainda não foram resolvidos e, portanto,
diante de constantes transformações tecnológicas na conquista do conhecimento, convivemos com o
analfabetismo sem condições de interação com perfis sociais e econômicos mais modernos. No
âmbito da educação escolar de jovens e adultos, o desafio apresenta questões mais específicas,
dados o insucesso da escola existente e as dificuldades com a formação de professores competentes
para o trabalho com o processo de alfabetização”. ( Piconez 2002,p.27)
É imprescindível que a escola tenha condições de dar acesso aos
conhecimentos culturalmente descobertos e acumulados pelo homem,
estabelecendo uma relação com os conhecimento de seus alunos e meio em que
vivem, desenvolvendo habilidades a fim de permitir uma compreensão crítica das
informações, de modo que se amplie o potencial participativo no exercício do
trabalho e na vida familiar e social. Para isso a ação pedagógica deve estar voltada
para compreensão de que educar um jovem e adulto para a sociedade atual, e
prepara-lo para o mercado de trabalho, implica num exame crítico e cuidadoso do
papel da educação e de cada prática específica no projeto social e político mais
abrangente.
“A formação da classe trabalhadora, na perspectiva progressistamente pós – moderna, democrática,
em que me ponho, lhe reconhece o direito de saber como funciona sua sociedade, de conhecer seus
direitos, seus deveres, de conhecer a história da classe operária, o papel dos movimentos populares
na refeitura mais democrática da sociedade”. (Freire 2002, p. 133)
Nessa perspectiva a educação de jovens e adultos que se propõe, não pode
ser feita a partir de um ensino que só transmita conhecimentos, mas de uma
educação para a cidadania. Deve pautar-se no conhecimento prévio das aspirações,
sonhos que motivaram a volta aos bancos escolares. Inserir-se no mundo do
trabalho, ter uma vida melhor, é o principal objetivo do retorno, daí a importância de
uma educação que leve a educando a aprender a pensar, ter raciocínio lógico,
iniciativa, capacidade para tratar e manipular informações, criatividade, cidadania,
ética, preservação do meio ambiente e outras competências requeridas para os dias
de hoje.
“O mundo contemporâneo passa atualmente por uma revolução tecnológica que está alterando
profundamente as formas do trabalho. Estão sendo desenvolvidas novas tecnologias e novas formas
de organizar a produção que elevam bastante a produtividade, e delas depende a inserção
competitiva da produção nacional numa economia cada vez mais mundializada. Essas novas
tecnologias e sistemas organizacionais exigem trabalhadores mais versáteis, capazes de
compreender o processo de trabalho como um todo, dotados de autonomia e iniciativa para resolver
problemas em equipe. Será cada vez mais necessária a capacidade de se comunicar e de reciclar
continuamente, de buscar e relacionar informações diversas . ( Ribeiro 1998, p.37)
Para sobreviver no novo mundo do trabalho, o jovem e adulto precisa
inicialmente compreender que para ingressar neste mundo, terá de construir sua
qualificação com base na educação básica e na constante atualização profissional.
Para que isso seja possível, a educação não pode pensar apenas na metodologia,
nas estratégias de ensino, mas deve compreender a educação em sua totalidade,
suas limitações e possibilidades e ter uma prática educativa que possibilite ao
educando a apropriação dos conhecimento, para que possa intervir em sua
realidade e viver em sociedade como cidadão participante, crítico e ativo, tendo
condições de incorporar-se ao mundo do trabalho com melhores condições de
desempenho e participação da riqueza produzida.
CONCLUSÃO
Delegar à escola o papel de salvadora da pátria, tem sido aos longos dos
anos o discurso oficial dos governantes, no entanto, sabemos que a escola, tem
poderes limitados, principalmente pela ineficiência dos órgãos públicos, que
infelizmente não cumpre o que foi determinado nas diversas leis educacionais e na
constituição federal.
A escola atual, construída para atender sempre ao imediatismo do mercado,
não conseguiu no passado e não conseguirá no futuro superar os conflitos sociais,
mesmo porque está não é sua função, enquanto a educação das classes populares
estiver atrelada a fatores políticos e econômicos.
“A educação que se impõe aos que verdadeiramente se comprometem com a libertação não
pode fundar-se numa compreensão dos homens como seres “vazios” a quem o mundo “encha” de
conteúdos, não pode basear-se numa consciência espacializada, mecanicistamente
compartimentada, mas nos homens como “corpos conscientes” e na consciência como consciência
intencionada ao mundo. Não pode ser a do depósito de conteúdos, mas a da problematização dos
homens em suas relações com o mundo” . ( Freire 2002, p. 67)
Para atender as exigências produtivas atuais e termos uma educação capaz
de transformação, é necessário que a educação das classes trabalhadoras não se
limite a atender a demanda do mercado, não seja baseada somente no
conhecimento técnico e científico, mas no conhecimento de sua condição de
cidadão, de sujeito histórico, para que ele possa entender o porquê?, o para quê?,
para quem?, é importante atender as exigências produtivas desta sociedade.
A proposta de uma educação para as classes trabalhadoras, deve estar
pautada na formação cidadã, contínua, que possibilite o acesso a outros graus de
ensino, e a uma formação superior, para que seja quebrado o processo de exclusão
a que sempre foram submetidas: estudar para executar. Deve estar pautada no
desenvolvimento das competências requeridas para dias de hoje :
capacidade de trabalhar em grupos, de gerenciar conflitos, de autonomia,
criatividade, conhecimentos e habilidades técnicas, concomitante com o
desenvolvimento da solidariedade, respeito as diferenças.
Para que nosso país tenha desenvolvimento, é necessário compromisso e
ética dos políticos, investimento na área social. Compreendemos também a
importância da educação para “socialização das informações acumuladas pelas
culturas dos povos”, entretanto, a educação da classe trabalhadora sempre ficou
muito aquém da educação das classes privilegiadas. As consequências desta
dualidade são evidentes: e se explicam pelo grande índice de analfabetismo,
desemprego, pobreza em nosso país. Mudar este quadro, talvez seja possível,
quando a educação, principalmente a de Jovens e adultos for encarada com mais
seriedade, por parte de todos aqueles envolvidos no processo: poder público,
escola, professores, alunos, comunidade. Procurar meios para que tenhamos uma
sociedade e uma escola mais igual, com oportunidade para todos, deve ser o lema
de todos aqueles que acreditam numa sociedade brasileira mais justa e igualitária.
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