Enquanto você estiver lendo este texto, milhares de pessoas, de todas as idades, nos lugares mais...

Preview:

Citation preview

Ave Maria

Enquanto você estiver lendo este texto, milhares de pessoas, de todas as idades, nos lugares mais distantes do mundo, nas mais diversas línguas, estarão rezando a oração da Ave Maria.

Como explicar a popularidade desta oração?

Como entender que pessoas diferentes nela se encontrem, a ponto de rezá-la juntas, nas mais diversas situações? Se procurássemos uma explicação humana, ficaríamos decepcionados: é

uma oração muito simples.

Poética sim, mas aparentemente sem nada especial, talvez a explicação esteja justamente nisto: é simples como tudo o que é de Deus. A Ave Maria é uma das primeiras orações que a criança aprende. Provavelmente seja a oração que mais rezamos ao longo da vida. E quantos

morrem, tendo-a nos lábios.

Alguém já a comparou com uma mina de ouro. Numa mina, quanto mais fundo se cava mais ouro se costuma aparecer. Algo semelhante acontece com a Ave Maria: quanto mais a

rezamos e meditamos, mais e maiores riquezas descobrimos.

Já nos primeiros séculos do cristianismo ligava-se a saudação do anjo – “Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco!” – ao louvor de Isabel: “Bendita sois vós entre as mulheres e

bendito é o fruto do vosso ventre”.

Estamos aqui diante do ponto de vista de Deus, isto é, como Ele vê a Virgem Maria. Gabriel a saúda com uma expressão messiânica: Ave, isto é Alegra-te! A humanidade aguardava há

séculos a realização das promessas de Deus. Eis que, agora, Deus vai cumpri-las.

Estamos no momento mais importante da história da humanidade: o Onipotente tem um belíssimo plano para salvar seus filhos mas, para executá-lo, aceita ficar na dependência do

sim de uma criatura. Uma irmã nossa dá a sua colaboração decisiva para a encarnação do Filho de Deus.

O convite feito a Maria nos recorda que também somo escolhidos por Deus para a concretização de seu plano de amor. O Pai, nos faz a proposta, não nos obriga a abraçar a sua

vontade. Isabel, privilegiada porque foi a primeira a receber a visita de Jesus, repleta do Espírito Santo, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres”(...)

Maria não é bendita por si mesma. Deus é que a tornou assim, fazendo-a cheia de graça. Isabel proclamou igualmente bendito o fruto do vosso ventre: Jesus, o grande dom do Pai. A segunda parte da Ave Maria foi nascendo aos poucos, até ser fixada no século XVI pelo Papa

Pio V. Desde então, não tem sofrido alterações: Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

Ela resume o pensamento e súplica dos homens e mulheres de todos os tempos.

Texto – Dom Murilo Krieger – Imagens – Google

Música – Ave Maria – Barbara Stresand - Formatação – Altair Castro

20/08/2011