ENSINO CLÍNICO Rui M. Gonçalves 2014/2015 Aula 2

Preview:

Citation preview

ENSINO CLÍNICO2014/2015

Rui M. Gonçalves

Aula 2.1

ESTRUTURA

Introdução

Análises Clínicas

Sangue

Urina

Fezes

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 2

O que sabem?

Para que servem?

Quais as amostras mais comuns?

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 3

INTRODUÇÃO

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 4

ETAPAS DOS EXAMES

A sequência de ações dentro de um laboratório onde são realizados exames laboratoriais inicia-se com a colheita do material a ser analisado e termina com a emissão de um relatório diagnóstico

Pré-analítica: paciente é orientado, e realizado a colheita, a manipulação e conservação do material que posteriormente será analisado.

Analítica: são analisados os materiais e será feito um relatório pelo profissional habilitado. A fase analítica, com os avanços tecnológicos é realizada através de aparelhos automatizados que garantem um maior percentual de acertos.

Pós-Analítica: correspondem à interação do paciente após os resultados devidamente relatados.

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 5

TIPOS DE ANÁLISES

Hematologia

Hemograma

Mielograma

Estudo da Coagulação

Bioquímica

Estudos Imunológicos

Estudos Microbiológicos e Parasitológicos

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 6

HEMATOLOGIA

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 8

CITOPATOLOGIA/MICROSCOPIA

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 10

TIPOS DE AMOSTRA

Sangue

Urina

Fezes

LCR

Secreções (expectoração, suor, saliva, lágrimas, …)

Material de biópsia (toracocentese, paracentese, amniocentese,…)

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 12

SANGUE – ELEMENTOS FIGURADOS

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 13

COMPOSIÇÃO DO SANGUE

«

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 14

SANGUE EM VERSÃO RÁPIDA I

Plasma Parte líquida do sangue

Eritrócitos Transportam oxigénio até aos tecidos

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 15

SANGUE EM VERSÃO RÁPIDA II

LeucócitosDestroem agentes patogénicoss na corrente sanguínea e tecidos

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 16

SANGUE EM VERSÃO RÁPIDA III

Plaquetas

Ajudam a parar hemorragias

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 17

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 18

HEMOGRAMA

É o exame de base de todas as análises sanguíneas, é um barómetro geral do estado do sistema hematopoético, imunitário, metabólico e hepático.

Hemácias (glóbulos vermelhos ou eritrócitos)

Leucócitos (glóbulos brancos)

Plaquetas

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 19

HEMOGRAMA - ERITRÓCITOS

Hematócrito - % de sangue composto por células

Contagem de hemácias

Hemoglobina – concentração da proteína de transporte de O2

Volume Corpuscular Médio

Hemoglobina Corpuscular Média

Concentração de hemoglobina corpuscular média

RDW (diferenças entre o tamanho das hemácias

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 20

HEMOGRAMA - ERITRÓCITOS

Hematócrito - Avaliado em percentagem (%) e representa a proporção dos glóbulos em cada 100 ml de sangue.

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 21

HEMOGRAMA - ERITRÓCITOS

Eritrócitos ou Hemácias - Avaliado em milhões por mm3. Varia de acordo com a altitude. Quando seu número está abaixo do normal, chama-se eritropenia, e acima, eritrocitose.

Hemoglobina - Medida em g/dl. Avalia a proteína que transporta o oxigénio. Usada para definir se há ou não um estado anémico. O CHCM vai determinar se existe alteração compatível com anemia.

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 22

HEMOGRAMA – ÍNDICES ERITROCITÁRIOS

VCM (Volume Corpuscular Médio)

Volume corpuscular médio. Serve para avaliar os tipos de anemia que se manifestam com hemácias de grande, pequeno ou tamanho normal.

Classifica anemia quanto volume da célula

Microcítica

Normocítica

Macrocítica

Influenciado pelo número de reticulócitos circulantes.

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 23

HEMOGRAMA – ÍNDICES ERITROCITÁRIOS

CHCM ( Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média)

Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média. Índice calculado a partir do valor da hemoglobina e hematócrito, que significa quanto de hemoglobina média percentualmente está contida em cada hemácia.

Aumentado nas doenças que afetam membrana eritrocitária como microesferocitose eanemia hemolítica auto imune

Na doença falciforme ocorre desidratação celular aumentando o CHCM

Hipocromia

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 24

HEMOGRAMA – ÍNDICES ERITROCITÁRIOS

RDW: Avalia o grau de variação no tamanho das hemácias. Útil para diferenciar as anemias com deficiência de ferro das talassemias.

Varia 11,5 – 14,5%,

Medida de intensidade de anisocitose

Reticulócitos: São eritrócitos recém liberados da medula óssea, ainda com restos de ácidos nucleicos, que se revelam quando corados por azul de cresilbrilhante. Representa indiretamente a produção dos glóbulos vermelhos na medula óssea. Seu resultado é em %.

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 25

ALTERAÇÕES DOS ERITRÓCITOS E INDICES ERITROCITÁRIOS

Microcitose - Hemácias abaixo de 80 fentolitros (adulto). Está associada à Deficiência de Ferro, Talassemias e Anemias Sideroblásticas.

Macrocitose - Hemácias acima de 100 fentolitros (adulto). Está Associada à Deficiência de Vitamina B12, Quimioterapia, Doença Hepática, Hipotireoidismo e Mieloma.

Hipocromia - Hemácias menos coradas do que o normal. Observa-se na hematoscopia uma aumento do halo central da hemácia.

Poiquilocitose - Variação na forma das hemácias.

Anisocitose - Variação no tamanho das hemácias.

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 26

HEMOGRAMA - ERITRÓCITOS

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 27

DEFINIÇÃO DE ANEMIA

Condição patológica, comum a muitas doenças, caracterizada por uma redução no número de eritrócitos circulantes

Definição da OMS para anemia

Hemoglobina <13g/dl no homem > 15 anos

Hemoglobina <12g/dl na mulher > 15 anos

Hemoglobina <11g/dl na gravidez

Crianças < 5anos: <11g/dl

Raparigas > 6 anos: < 12g/dl

Rapazes de 6 a 14 anos: < 12g/dl

Na prática utiliza-se o limite inferior do normal do aparelho onde se fez o hemograma

A anemia é a alteração hematológica mais frequente

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 28

AS QUATRO CAUSAS DE ANEMIA

Diminuição da produção de eritrócitos: alterações hormonáis, patologia

medular ou défice nutricional.

Aumento da destruição de eritrócitos: anemia hemolítica (autoimmune,

infeciosa, metabólica).

Perda de eritrócitos: hemorragia visível ou oculta.

Sequestro de eritrócitos: hipersplenismo.

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 29

HEMOGRAMA - LEUCÓCITOS

Leucócito

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 30

LEUCÓCITOS GRANULARES

Possuem nucleo, mitocôndrias e mobilidade amebóide

Podem atravessar a parede dos capilares por diapedese

Os leucócitos granulares ajudam na destoxificação de materia exógeno e libertamheparina

Incluem eosinofilos, basofilos e neutrofilos

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 31

LEUCÓCITOS AGRANULARES

Os leucócitos agranulares são fagocíticos e produzem anticorpos.

Incluem os linfócitos e os monócitos

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 32

HEMOGRAMA - LEUCÓCITOS

A parte do sangue que traz as características dos leucócitos é chamada SÉRIE BRANCA ou LEUCOGRAMA

O número global dos leucócitos na circulação é estimado entre 4.000 e 10.000 / mm3 de sangue. Valores superiores a estes indicam LEUCOCITOSE e abaixo LEUCOPENIA.

Tipos de células do Leucograma :

Neutrófilos - 60 a 65 %

Basófilos - 0 a 1 %

Eosinófilos - 2 a 4 %

Linfócitos - 20 a 30 %

Monócitos - 4 a 8 %

Plasmócitos - 0 a 1 %

Bastões - 2 a 5 %

Para todas estes tipos de Células:

Aumento = citose

Diminuição = penia

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 33

HEMOGRAMA - LEUCÓCITOS

LEUCOCITOSE ASSOCIADA À CÉLULAS BRANCAS:

Neutrófilos - Infecções bacterianas, Infarto Agudo, Isquemia, Uremia, Diabetes, Gota, Leucemia mielocítica e Hemorragias

Eosinófilos - Alergias, Parasitoses, Doenças da Pele e Hemopatias

Basófilos - Mielofibrose, Dermatites, Colite e Leucemia crônica

Linfócitos - Infecções agudas, Crônicas ( Tuberculose, Sífilis ) e Mononucleose ( grande número de linfócitos atípicos ).

Monócitos - Tuberculose, Protozooses ( Malária e Tripanosomose ), Leucemias agudas, Lúpus Eritematoso Sistêmico e Artrite Reumatóide

Plasmócitos - Rubéola, Sarampo, Mononucleose, Sarampo, Mieloma e Leucemia Plasmocítica

Bastonetes - Infecções Agudas gerais ( Viroses, por exemplo )

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 34

HEMOGRAMA - PLAQUETAS

Plaquetas

Menor componente celular

Fragmentos citoplasmáticos sem núcleo

Valor normal: 150.000 – 400.000/mm³

Trombocitopenia

valores inferiores a 150.000/mm³

Trombocitose

valores superiores a 600.000/mm³

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 35

EXERCÍCIOS PRÁTICOS

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 36

Células Contagem Referencia

Hemacias (Hc) 3,5.106 4,5 a 5,5 x 106 mm3

Hemoglobina (Hb) 9,8 12 a 16 g/dl

Hematócrito (Ht) 24 35 a 47%

VCM 68 82 a 98 fl

HCM 25 26 a 34pg

CHCM 23 32 a 36%

RDW 15 11 a 14

Leucograma Total:

Mielócitos:

Metamielócitos:

Bastonetes:

Segmentados:

Eosinofilos:

Basófilo:

Linfocitos:

Monocitos :

6000

0

0

4

64

1

0

30

1

4000 a 10000 mm3

0

0

0 a 4%

50 a 75%

1 a 5%

0 a 2%

20 a 40%

2 a 10%

Plaquetas 220 000 150 a 450x106 /mm3INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 37

Células Contagem Referencia

Hemacias (Hc) 2,1.106 4,5 a 5,5 x 106 mm3

Hemoglobina (Hb) 8,5 12 a 16 g/dl

Hematócrito (Ht) 24 35 a 47%

VCM 112 82 a 98 fl

HCM 26 26 a 34pg

CHCM 33 32 a 36%

RDW 16 11 a 14

Leucograma Total:

Mielócitos:

Metamielócitos:

Bastonetes:

Segmentados:

Eosinofilos:

Basófilo:

Linfocitos:

Monocitos :

3400

0

0

2

68

0

0

28

2

4000 a 10000 mm3

0

0

0 a 4%

50 a 75%

1 a 5%

0 a 2%

20 a 40%

2 a 10%

Plaquetas 130000 150 a 450x106 /mm3INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 38

Células Contagem Referencia

Hemacias (Hc) 6.6.106 4,5 a 5,5 x 106 mm3

Hemoglobina (Hb) 17,3 12 a 16 g/dl

Hematócrito (Ht) 55 35 a 47%

VCM 82 82 a 98 fl

HCM 33 26 a 34pg

CHCM 34 32 a 36%

RDW 13 11 a 14

Leucograma Total:

Mielócitos:

Metamielócitos:

Bastonetes:

Segmentados:

Eosinofilos:

Basófilo:

Linfocitos:

Monocitos :

6000

0

0

4

60

3

1

28

4

4000 a 10000 mm3

0

0

0 a 4%

50 a 75%

1 a 5%

0 a 2%

20 a 40%

2 a 10%

Plaquetas 200000 150 a 450x106 /mm3INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 39

Células Contagem Referencia

Hemacias (Hc) 4,8.106 4,5 a 5,5 x 106 mm3

Hemoglobina (Hb) 13,8 12 a 16 g/dl

Hematócrito (Ht) 44 35 a 47%

VCM 85 82 a 98 fl

HCM 27 26 a 34pg

CHCM 33 32 a 36%

RDW 13 11 a 14

Leucograma Total:

Mielócitos:

Metamielócitos:

Bastonetes:

Segmentados:

Eosinofilos:

Basófilo:

Linfocitos:

Monocitos :

16800

0

2

12

71

0

0

14

1

4000 a 10000 mm3

0

0

0 a 4%

50 a 75%

1 a 5%

0 a 2%

20 a 40%

2 a 10%

Plaquetas 325000 150 a 450x106 /mm3INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 40

Células Contagem Referencia

Hemacias (Hc) 4,5.106 4,5 a 5,5 x 106 mm3

Hemoglobina (Hb) 14 12 a 16 g/dl

Hematócrito (Ht) 46 35 a 47%

VCM 90 82 a 98 fl

HCM 30 26 a 34pg

CHCM 33 32 a 36%

RDW 12 11 a 14

Leucograma Total:

Mielócitos:

Metamielócitos:

Bastonetes:

Segmentados:

Eosinofilos:

Basófilo:

Linfocitos:

Monocitos :

3200

0

0

12

78

0

0

10

0

4000 a 10000 mm3

0

0

0 a 4%

50 a 75%

1 a 5%

0 a 2%

20 a 40%

2 a 10%

Plaquetas 200000 150 a 450x106 /mm3INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 41

Células Contagem Referencia

Hemacias (Hc) 4,8.106 4,5 a 5,5 x 106 mm3

Hemoglobina (Hb) 14,5 12 a 16 g/dl

Hematócrito (Ht) 46 35 a 47%

VCM 92 82 a 98 fl

HCM 30 26 a 34pg

CHCM 34 32 a 36%

RDW 12 11 a 14

Leucograma Total:

Mielócitos:

Metamielócitos:

Bastonetes:

Segmentados:

Eosinofilos:

Basófilo:

Linfocitos:

Monocitos :

2900

0

0

1

33

0

0

65

1

4000 a 10000 mm3

0

0

0 a 4%

50 a 75%

1 a 5%

0 a 2%

20 a 40%

2 a 10%

Plaquetas 98000 150 a 450x106 /mm3INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 42

Células Contagem Referencia

Hemacias (Hc) 3,8.106 4,5 a 5,5 x 106 mm3

Hemoglobina (Hb) 10,2 12 a 16 g/dl

Hematócrito (Ht) 36 35 a 47%

VCM 92 82 a 98 fl

HCM 29 26 a 34pg

CHCM 32 32 a 36%

RDW 14 11 a 14

Leucograma Total:

Mielócitos:

Metamielócitos:

Bastonetes:

Segmentados:

Eosinofilos:

Basófilo:

Linfocitos:

Monocitos :

25000

0

0

1

34

0

1

63

2

4000 a 10000 mm3

0

0

0 a 4%

50 a 75%

1 a 5%

0 a 2%

20 a 40%

2 a 10%

Plaquetas 120000 150 a 450x106 /mm3INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 43

TESTES DE COAGULAÇÃO

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 44

TESTES DE AVALIAÇÃO DA HEMOSTASE

Contagem de plaquetas

Boa correlação com risco de hemorragia;

Variação normal: 150 – 400x109/L.

100x109/L: assintomático, tempo sangria normal

50 - 100x109/L: hemorragias após trauma grave;tempo de sangria ligeiramente prolongado

<50x109/L: lesões purpúricas após trauma ligeiro ehemorragias após cirurgia envolvendo mucosas (CIcirurgia)

<20x109/L: hemorragias espontâneas (petéquias,intracranianas, ...)

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 45

CASCATA DA COAGULAÇÃO I

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 46

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 47

CASC

ATA

DA

CO

AGU

LAÇÃ

O I

I

COAGULAÇÃO – APTT / TP / INR

Em muitas patologias associadas a hemorragias e não só, o conhecimentodo estado do sistema de coagulação é essencial.

aPTT – tempo de tromboplastina activada (intrínseca)

TP – tempo de protrombina (extrínseca e comum)

INR – International Normalized Ratio

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 48

TESTES DE COAGULAÇÃO

Tempo de Sangria

Avalia a interacção da plaqueta com a

parede do vaso sanguíneo e a formação

subsequente do coágulo hemostático.

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 49

TESTES DE COAGULAÇÃO

Tempo de Sangria

Variação normal: 2 - 9 minutos.

Tempo de sangria prolongado (> 15 - 20 min) :

n.º plaquetas em circulação

Disfunção plaquetária

Deficiência ou anomalia do vWF, fibrinogénio ou FV

Anomalias nas paredes dos pequenos vasos

Anemia

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 50

TESTES DE COAGULAÇÃO

Tempo de tromboplastina parcial activada (aPTT)

Avalia a via intrínseca e a via comum da cascata da coagulação;

Testa a precalicreína, o HMWK e os factores VIII, IX, X, XI e XII;

Monitorização laboratorial da heparina;

Utiliza-se uma tromboplastina parcial ou uma cefalina adicionado

de outro componente activado;

Variação normal: 36-48 segundos.

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 51

TESTES DE COAGULAÇÃO

Tempo de tromboplastina parcial activada (aPTT)

aPTT prolongado :

Deficiência dos FVIII, IX, X, XI, XII, précalicreína e HMWK;

Deficiência da grosseiras dos FII, V e do fibrinogénio;

Doença hepática, DIC e transfusões sanguíneas maciças;

Terapêutica com heparina, anticoagulantes orais (dosesaltas) e trombolíticos.

Diminuição do aPTT:

Stress, exercício físico, gravidez, cirurgias;

Doenças tromboembólicas, trombose venosa profunda.

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 52

TESTES DE COAGULAÇÃO

Tempo de Protrombina (PT)

Avalia as vias extrínseca e via comum da cascata da coagulação;

Reflecte alterações em três dos factores dependentes da

vitamina K (FII, VII e X) e do factor V.

Utiliza-se na monitorização dos anticoagulantes orais;

INR -International Normalized Ratio - razão entre o PT do

paciente e um PT de referência.

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 53

TESTES DE COAGULAÇÃO

INR: Variação normal entre 2.0 e 3.0;

INR prolongado:

Deficiência dos F II, V, VII e X;

Deficiência de vitamina K;

Anticoagulantes ou heparina (altas doses);

Doença hepática grave, DIC, transfusões sanguíneas maciças.

INR diminuído:

estados pré-trombóticos (pós-parto ou pós-operatório).

INR = (PTdt / Pt ref)ISI

INSTITUTO PORTUGUÊS DE NATUROLOGIA - ENSINO CLÍNICO 54

Recommended