EPIDEMIOLOGIA DOS DADOS DEMOGRÁFICOS · destes no município eleva as despesas públicas com...

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Vigilância em Saúde/VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

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Boletim Epidemiológico Ano VII Nº I

Este Boletim Epidemiológico vem de encontro com o pacto da gestão em ampliar o acesso aos profissionais de saúde e a população camponovense acerca dos dados epidemiológicos referentes aos anos anteriores, assim como auxiliar no planejamento e ações dos gestores da área de saúde para avanços na qualidade de vida da população.

Para este anuário foram selecionados alguns indicadores como, por exemplo, incidência e cura relacionadas às doenças e agravos, cobertura vacinal, taxa

de natalidade e mortalidade, entre outros, com uma pequena série histórica apropriada para detectar a problemática de cada área e procurar estratégias resolutivas para

solucionar os problemas encontrados. Os indicadores são importantes para a tomada de decisões baseadas em evidências e para o planejamento das ações em saúde, sendo necessária a disponibilidade de informações apoiada em dados válidos e confiáveis.

EPIDEMIOLOGIA DOS DADOS DEMOGRÁFICOS O último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, realizado no ano de 2010, demonstrou

um aumento populacional significativo em comparação ao ano de 2000, com aumento de 9.939 habitantes, indicando um crescimento populacional de 56,34% (IBGE).

Conforme a tabela 01, o perfil demográfico em relação à população estimada, de 2012/2013, quanto ao sexo e faixa etária, segue o expresso na última década, com aumento da população masculina em relação à feminina preponderando, uma vez que o agronegócio prossegue a principal especialidade do município, atraindo maior quantidade de trabalhadores masculinos jovens para labutar e residir em Campo Novo do Parecis. Já a população feminina emigra para o município motivada, ao mesmo tempo, por propostas de oportunidade de empregos bem remunerados e como acompanhante dos cônjuges. Quando o município atrai jovens, de ambos os sexos, para trabalharem neste lugar, há um aumento da população adulta. A fixação de residência e a estabilidade financeira estimulam este público à procriação, por conseguinte, há um crescente número de nascimentos, aumentando anualmente a população infantil, sobressaindo os nascimentos do sexo masculino.

Campo Novo do Parecis é literalmente contemporâneo, sua emancipação sobreveio no final dos anos 80, século XX, neste cenário o público idoso foi seduzido por nossa província em menor proporção. Alguns idosos que cá domiciliam, dimanaram dos grandes centros brasileiros a procura de qualidade de vida ofertada por cidades interioranas, outros vieram em busca do conforto familiar dos filhos e netos que aqui residiam.

O perfil demográfico camponovense apresentado sofre transformações motivadas pelas características particulares da região, por ser essencialmente agrícola. A representação demográfica ostentada pelo IBGE profere a respeito da população fixa de Campo Novo do Parecis, conquanto, há que se considerar a população flutuante, que não é contabilizada no Censo/IBGE e altera estes padrões. A população flutuante é

composta, na grande maioria, por mão-de-obra pesada, classe social baixa, oriunda das regiões norte e nordeste do Brasil. Este grupo de pessoas possui residência fixa em outras regiões do país e são atraídos para cá em certas épocas do ano pela agricultura (plantio e safra), períodos em que há grande oferta temporária de empregos neste setor. Este público, na maioria das vezes, traz consigo membros da família e permanecem no município alguns meses por ano. Enquanto permanecem aqui, usufruem do sistema local de saúde e educacional público e, ao término da temporada, retornam para suas cidades natais com recursos financeiros angariados e economizados no período em que estiveram laborando em Campo Novo do Parecis. Esta situação ocasiona gastos públicos com o povo flutuante e prejudica a população residente, uma vez que a presença necessária destes no município eleva as despesas públicas com saúde e educação e não gera, para o município, repasses dos governos federal e estadual.

Outro fato marcante influenciado pela população flutuante e que interfere diretamente nos indicadores de saúde são as doenças, principalmente as autóctones; a ausência de pré-natal, favorecendo a mortalidade infantil e materna; aumento de casos de hanseníase e tuberculose, o que aumenta o número de transferência e abandono por estes agravos; etc.

Tabela 01:População residente, segundo o IBGE, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no período de 2007 a 2013.

2007 2008* 2009* 2010 2011* 2012* 2013* Homens - - - 14.502 - 15.294 - Mulheres - - - 13.075 - 13.784 - TOTAL 22.322 23.230 23.784 27.577 28.340 29.078 30.335 Fonte: IBGE, 2014 *Estimativa populacional

Gráfico 01:Perfil demográfico populacional, segundo IBGE, no município de Campo Novo do Parecis, em 2012.

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Diante da conjuntura apresentada desde 2010, com acréscimo populacional ordenado e uma população flutuante, os gestores buscaram recursos financeiros e pleitearam a construção de mais Unidades de Saúde da Família para o município. Em 2014, está prevista a conclusão da construção de dois estabelecimentos para situar duas Unidades de Saúde da Família, ambos no Bairro Jardim das Palmeiras. Além disso, o Governo Federal aprovou a construção de mais três Unidades Básica de Saúde - UBS. A SMS possui, também, outros projetos em estudos, almejando sempre favorecer qualidade da assistência à saúde da população camponovense e procurando prover a necessidade dos seus munícipes.

Outras Secretarias Municipais, também, realizaram ações que impactaram na qualidade de vida e saúde dos cidadãos camponovenses. Por exemplo, a construção, em locais estratégicos da cidade, de Academias para a Melhor Idade; calçadão para caminhadas em uma das principais avenidas municipais; e uma área de lazer ao longo de um logradouro periurbano, que proporciona a diversão das crianças, dos adolescentes e adultos jovens, além de proporcionar, a todas as faixas etárias, caminhadas e exercícios ao lar livre. Instituição de Oficinas Desportivas para as crianças e adolescentes; implantação de Atividades Culturais e Trabalhos Manuais para todas as idades, com alto índice de recuperação de pessoas em tratamento para Depressão. Entendendo que uma alimentação saudável favorece a qualidade de vida e saúde aperfeiçoou-se a Feira Municipal de Hortifrutigranjeiros existente no centro da cidade e criou-se outra no Bairro Jardim das Palmeiras.

Diante do crescimento populacional do município, a Secretaria Municipal de Saúde se articulou e aumentou a Cobertura Populacional Estimada pelas Equipes de Saúde de Atenção Básica, por meio de contratação de mais profissionais, tendo em vista garantir que a Saúde da Família seja ação prioritária da Atenção Básica e orientadora do Sistema de Saúde Pública (tabela 02).

Tabela 02: Cobertura populacional de equipe de Saúde Pública, nos anos de 2007 a 2013, no município Campo Novo do Parecis/MT.

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Cobertura da população estimada pelas equipes de Atenção Básica (%)

72,49 73,00 73,00 59,93 72,1 82,53 100 Fonte: SISPACTO/SMS/CNP, 2014

IMUNIZAÇÃO

O Programa Municipal de Imunização encontra-se inserido na Vigilância Epidemiológica, que tem como responsabilidade requerer e controlar o estoque de Imunobiológicos, administrar o armazenamento, manipulação e distribuição dos mesmos e dos insumos destinados às atividades de imunização; implementar medidas de prevenção e controle de doenças imunopreveníveis em nível municipal; monitorar e acompanhar as coberturas vacinais de rotina e Campanhas das Unidades de Saúde; recepcionar, analisar e consolidar as informações de dose aplicadas de vacinas em todo o município e

alimentar o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde; executar treinamentos e capacitações dos profissionais de saúde da atenção básica sobre imunizações; supervisionar e acompanhar as ações de imunizações nas Unidades de Saúde e a adequada utilização dos Imunobiológicos.

É recomendada uma Cobertura Vacinal de no mínimo 95% para crianças. Este indicador é importante para determinar o estado de proteção do público infante contra enfermidades elegidas como evitáveis por imunização. O percentual é obtido mediante o cumprimento do esquema básico de vacinação infantil. A análise da Cobertura Vacinal contribui para a avaliação operacional e de impacto dos programas de imunização, bem como para o delineamento de estratégias de vacinação, objetivando o alcance das metas Epidemiológicas, estabelecidas para cada Imunobiológico (tabela 03 e 04).

A cobertura vacinal, ao mesmo tempo, faz-se imprescindível por subsidiar processos de planejamento, execução, monitoramento e avaliação de políticas públicas direcionadas à Saúde da Criança e ao controle de doenças evitáveis por imunização.

Tabela 03: Cobertura vacinal em crianças menores de 01 ano de idade, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no período de 2008 a 2013.

Cobertura Vacinal 2008 2009 2010 2011 2012 2013* BCG 78,97 81,12 94,64 122,93 111,57 108,48

Hepatite B 80,90 95,28 102,58 113,97 105,90 -

Poliomielite 85,41 98,50 101,50 116,81 124,67 95,35

Tetravalente 85,41 98,93 101,50 116,38 104,15 -

Pentavalente - - - - - 106,73

Rotavírus 70,17 84,98 98,71 114,19 116,81 103,49

Febre Amarela 91,20 90,34 91,42 116,59 116,38 107,64

Tríplice Viral 80,47 97,42 93,78 110,70 127,29 119,10 Fonte: SI-PNI/VE/SMS/CNP – 2014 * Dados preliminares.

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Tabela 04: Cobertura vacinal em Campanhas Nacionais de Vacinação, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no período de 2007 a 2013.

Campanhas Vacinais/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Poliomielite 1ª etapa 89,41 103,43 101,66 104,20 97,25

95,94* 95,35 2ª etapa 90,32 98,68 102,32 98,47 104,55

Gripe 88,9 103,44 104,88 86,83 95,15 85,76 91,70 Rubéola - 91,83 - - - - -

Seguimento contra o Sarampo - - - - 96,38 - - Fonte: SI-PNI/VE/SMS/CNP – 2014 / *Campanha Nacional de Vacinação – etapa única

SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE NASCIDOS VIVOS (SINASC)

O SINASC foi idealizado pelo Ministério da Saúde e implantado gradativamente a partir da década de 1990. É sustentado pela Declaração de Nascido Vivo (DN) padronizada nacionalmente e distribuída pelo referido Ministério. Provê informações sobre nascidos vivos no país, com dados sobre a gravidez, o parto e as condições da criança ao nascer.

A Taxa Bruta de Natalidade expressa a frequência anual de nascidos vivos; a intensidade com a qual a natalidade atua sobre uma determinada população. Ela é influenciada pela estrutura da população, quanto à idade e ao sexo. Conforme a tabela 07, Campo Novo do Parecis a Taxa Bruta de Natalidade, mantém-se com pouca

Tabela 05: Quantitativo de vacinas aplicadas no sistema público, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no período de 2007 a 2013.

Tipos de Vacinas/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013* BCG 357 372 388 442 586 520 650 BCG comunicante - 21 5 13 69 23 26 Hepatite B 621 3.468 3.069 2.594 2554 3.166 3.356 Rotavírus 654 711 815 970 1.063 1.097 1.305 VOP/VIP 1.920 1.548 1.820 1.915 2.153 2.310 2.700 Tetravalente 1.176 1.205 1.372 1.484 1.643 1.344 124 Pentavalente - - - - - 427 2.034 Pneumocócica conj. 10v - - - 804 2.195 2.186 2.724 Meningocócica - - - 167 1.997 1.788 2.166 Tríplice Viral 1.753 3.545 1.726 1.487 1.435 1.403 2.718 Tríplice Bacteriana – DTP 769 813 923 926 1.059 1.053 1.261 Dupla Adulto - dT 3.057 5.818 4.170 3.202 2.308 2.554 3.255 Contra Febre Amarela 2.123 5.915 2.677 2.837 1.904 2.145 3.266 Contra Raiva 187 100 120 139 253 396 425 Hepatite A - - - - 1 1 3 DTP acelular - - - - - 1 3 Pneumocócica conj. 23v 46 6 - 2 4 11 18 Varicela 69 - - 2 9 16 5 Influenza - 58 - 22 14 29 - TOTAL DOSES ANO 12.732 23.580 17.085 17.006 19.247 20.470 26.039 Média de doses aplicadas/mês 1.061 1.965 1.424 1.417 1.604 1.706 2.170 Média de doses aplicadas/dia 34,88 64,60 46,81 46,59 52,73 56,08 71,34 Fonte: SI-PNI/VE/SMS/CNP – 2014 * Dados preliminares

Tabela 06: Quantitativo de imunoglobulina e soros administrados, no hospital Centro Hospitalar Parecis Euclides Horst - CHP, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no período de 2007 a 2013.

Tipos de Vacinas/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013* Imunoglobulina Hepatite B - - - - 1 3 - Soro Antirrábico - 3 12 2 51 59 58 Soro Antitetânico - - - 1 4 4 11 Soro Antibotrópico - 12 34 - 23 5 - Soro Antibotrópico/crotálico - 10 - 15 17 9 13 Soro Antibotrópico/laquético - - - 10 - - - Soro Anticrotálico - 14 5 10 - - - Soro Antiescorpiônico - - - 2 7 9 2

TOTAL GERAL 0 39 51 40 103 89 84 Fonte: SI-PNI/VE/SMS/CNP – 2014 * Dados preliminares

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oscilação, porém o índice municipal, em 2013, é alto se compararmos que, em 1999, a taxa bruta de natalidade da região Centro-Oeste era de 20,9% e a nacional de 21,2; teoricamente, a taxa bruta de natalidade deveria diminuir à medida que melhora o desenvolvimento econômico do país, estado ou município. O contexto em que o município se encontra é influenciado pelas suas características, pois o período de emancipação deste foi apenas há 25 anos, o qual o torna jovem e com progresso, favorecendo o crescimento populacional anual e habitantes adultos jovens economicamente ativos, vindos de diversas províncias do Brasil.

SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE MORTALIDADE (SIM) A Declaração de Óbito (DO), atestada pelo médico, é analisada e digitada pela equipe da

Vigilância Epidemiológica no SIM, que é o sistema de informação de saúde mais antigo no Brasil, criado e implantado pelo Ministério da Saúde para a captação de dados sobre mortalidade a nível nacional em 1975; e aprimorado com a informatização.

A DO possui caráter jurídico-civil, por ser o documento apto, conforme ordena a Lei dos Registros Públicos– Lei 6.015/73, para lavratura, pelos Cartórios de Registro Civil, da Certidão de Óbito, indispensável para os protocolos legais do sepultamento; possui a finalidade de ser o documento padrão para a coleta das informações sobre mortalidade, servindo de base para o cálculo das estatísticas vitais e epidemiológicas do Brasil, incluindo saúde do trabalhador.

Por meio das informações fornecidas nas DO é possível realizar análises de situação, planejamento e avaliação das ações e programas na área da saúde a nível local, regional, estadual e federal, por se conhecer a situação de saúde da população.

A frequência anual de mortes, em Campo Novo do Parecis, é expressa pela Taxa Bruta de Mortalidade, que corresponde ao número total de óbitos, por mil habitantes, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Conforme aumenta o crescimento populacional, consequentemente aumenta a quantidade de óbitos por diversas causas. Em 2013, a taxa bruta de mortalidade foi de 4,68 por 10.000 habitantes, correspondendo a 142 mortes de pessoas residentes em Campo Novo do Parecis (tabela 08).

Tabela 07: Taxa bruta de natalidade por 1.000 nascidos vivos, segundo nascimentos de crianças residentes, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no período de 2007 a 2013.

Nascidos Vivos/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013* Nascidos vivos em CNP residentes de outros municípios 8 5 4 10 3 7 12 Residentes em CNP e nascidos em outros municípios 81 78 96 137 116 115 114 Nascidos no município 311 384 362 397 434 465 493

Nascidos vivos residentes

Sexo masculino 193 227 242 275 294 318 305

Sexo feminino 199 235 216 259 256 262 302 Parto cesáreo 211 237 270 331 384 422 460 Parto normal 181 225 188 203 166 158 147 Partos múltiplos 2 3 4 4 3 3 3 Prematuros <36 sem 27 25 31 33 72 75 72 Baixo peso ao nascer 32 21 27 25 37 42 35

TOTAL 392 462 458 534 550 580 607 Taxa Bruta de Natalidade 17,56 19,88 19,25 19,36 19,40 19,94 20,0

Fonte: SINASC/VE/SMS/CNP – 2013. * Dados preliminares

Tabela 08: Taxa bruta de mortalidade por 1.000 hab., nos anos de 2007 a 2013, segundo total de óbitos em residentes, no município de Campo Novo do Parecis/MT.

Causa Básica – CID 10/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013* Algumas Doenças Infecciosas e Parasitárias 2 3 9 8 4 6 09 Neoplasias (tumores) 6 13 14 11 12 14 18 Doenças do Sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários 1 - 1 2 1 - - Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas 1 2 1 3 2 13 3 Transtornos mentais e comportamentais - - - - 2 2 - Doença do Sistema Nervoso - - 2 1 3 1 5 Doenças do Aparelho Circulatório 17 19 17 18 19 25 16 Doenças do aparelho respiratório 2 5 7 6 4 8 12

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MORTALIDADE MATERNA Morte materna é todo o óbito de uma mulher durante a gestação ou até 1 ano após o término

dela. A morte da mulher pode estar associada a enfermidades que ela tinha antes de engravidar ou que desenvolveu durante a gestação.

De acordo com o Ministério da Saúde, é considerado uma das mais graves violações dos direitos humanos das mulheres, por ser uma tragédia evitável em 92% dos casos e por ocorrer principalmente nos países em desenvolvimento. As causas obstétricas diretas de mortalidade materna correspondem por dois terços desses óbitos, constituindo a baixa qualidade da atenção obstétrica e ao planejamento familiar oferecido as mulheres.

Ao ponderar a tabela 09, verifica-se que, em 2007, a proporção de óbitos de Mulheres em Idade Fértil – MIF- e maternos, residentes em Campo Novo do Parecis, investigados foi de 71,42. A partir de 2008, 100% de todos os óbitos ocorridos neste grupo foram investigados, ilustrando o êxito do processo de investigação e monitoramento dos óbitos no município. Em 2013, houve 19 mortes de MIF. Destes, 02 óbitos foram relacionados ao período gestacional, correspondendo a 01 óbito materno não relacionado diretamente com a gravidez, ocasionado por Leucemia Linfoblástica Aguda, e 01 óbito materno direto causado por Embolia Obstétrica por Coágulo de Sangue.

A Taxa de Mortalidade Materna ou Coeficiente ou Razão de Mortalidade Materna estima a frequência de óbitos femininos, ocorridos até 42 dias após o término da gravidez, atribuídos a causas vinculadas à gravidez, ao parto e ao puerpério, em relação ao total de nascidos vivos, apresentando, em 2013, um percentual de 1,64 mortes maternas para cada 1.000 nascidos vivos (tabela 09). Este indicador reflete, também, a qualidade da atenção à saúde da mulher na rede pública e privada, pois taxas elevadas de mortalidade materna estão associadas à insatisfatória prestação de serviços de saúde a esse grupo, desde o planejamento familiar e o pré-natal, até a assistência ao parto e ao puerpério. No município de Campo Novo do Parecis, é difícil avaliar com clareza a qualidade da assistência ofertada às mulheres neste ciclo de vida, pois muitas delas fazem o acompanhamento do planejamento familiar, do pré-natal, da assistência ao parto e ao puerpério no sistema privado de outro município adjacente.

MORTALIDADE INFANTIL É considerada Mortalidade Infantil todo o óbito de criança que ocorre até 1 ano de vida. O maior número de

mortes ocorre principalmente nos primeiros sete dias. A Organização Mundial da Saúde considera a Taxa de Mortalidade Infantil aceitável de 10 mortes para cada mil nascimentos. Ao considerar a tabela 10, verifica-se que em 2013, Campo Novo do Parecis, teve um alto índice de Mortalidade Infantil, com uma taxa de 21,41 mortes para cada mil nascidos vivos.

Doença do Aparelho Digestivo 2 6 5 3 4 7 5 Doença do Sistema Osteomuscular e do tecido conjuntivo - - - - - 1 1 Doenças do Aparelho Geniturinário 1 - 1 - 3 1 2 Gravidez, parto e puerpério (até 42 dias após o parto) - - - 2 - 1 1 Algumas afecções originadas no período perinatal 8 4 11 6 05 12 18 Mal formações congênitas, deformidade e anomalias cromossômicas 2 2 1 2 - - 2 Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratórios não classificados em outra parte

2 8 4 2 2 3 5

Causas externas de morbidade e mortalidade 16 18 28 37 27 33 45 TOTAL DE ÓBITOS em residentes de CNP 60 80 101 101 88 127 142

Taxa Bruta de Mortalidade 2,68 3,44 4,24 3,66 3,06 4,36 4,68 Fonte: SIM/VE/SMS/CNP - 2014. * Dados preliminares.

Tabela 09: Proporção de óbitos de MIF e maternos investigados e Taxa de mortalidade materna por 1.000 nascidos vivos, segundo óbitos de MIF residentes no município de Campo Novo do Parecis/MT, no período de 2007 a 2013.

Indicador/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Óbitos em MIF Total Geral 7 7 8 13 7 8 19 Investigados 5 7 8 13 7 8 19

Proporção de óbitos de MIF e maternos investigados 71,42 100 100 100 100 100 100

Óbito Materno (10 a 49 anos)

Óbito materno indireto (43 até 365 dias após o parto) 1 1 1 1 1 - 1 Óbito materno direto (até 42 dias após o parto) - - - 2 - 1 1 Total Geral 1 1 1 3 1 1 2

Taxa de Mortalidade Materna* 0 0 0 3,74 0 1,72 1,64 Fonte: SIM/VE/SMS/CNP - 2014

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MORTALIDADE PERINATAL

Em relação ao risco de um feto nascer morto ou ao nascer vivo vir a falecer na primeira semana de vida em residentes, de Campo Novo do Parecis, é estimado pela Taxa de Mortalidade Perinatal, que, em 2013, foi de 24,35 por 1.000 nascidos vivos, apresentou a maior taxa dos últimos anos (tabela 11). Este indicador é importante porque aponta a ocorrência de fatores vinculados à gestação e ao parto, entre eles o peso ao nascer, as condições de acesso a serviços de saúde e a qualidade da assistência recebida pela mulher durante o pré-natal, ao parto e ao recém-nascido.

Tabela 11: Mortalidade perinatal, segundo nascidos vivos e óbitos fetais, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no

período de 2007 a 2013. Indicador/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Nº de nascimentos totais de mães residentes (Nascidos vivos e óbitos fetais)

398 463 464 539 553 584 616

Total de óbito fetal e neonatal precoce 8 5 10 7 5 11 15 Óbitos Fetais Total Geral 6 1 6 5 3 4 9

Investigados - - 5 5 3 4 9

Taxa de Mortalidade Perinatal por 1.000 nascidos vivos 20,10 10,79 21,55 12,98 9,04 18,83 24,35 Fonte: SINASC/SIM/VE/SMS/CNP - 2014.

MORTALIDADE POR DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

Os indicadores de mortalidade por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) gerais e específicos indicam o risco de morte por doenças crônicas e a dimensão de sua magnitude como problema de saúde pública em Campo Novo do Parecis. Retratam a incidência dessas doenças na população camponovense, associada a fatores de risco como tabagismo, hipertensão, obesidade, hipercolesterolemia, diabete, sedentarismo, estresse, envelhecimento na população e fatores de risco específicos de natureza dietética, comportamental, ambiental e genética.

Na tabela 12, situa-se à relação de óbitos causados por doenças crônicas ocorridas prematuramente, isto é com idade inferior a 70 anos, em residentes de Campo Novo do Parecis.

Tabela 10: Mortalidade neonatal, pós-neonatal e infantil por 1.000 nascidos vivos e índice de óbito infantil investigado, segundo óbitos em menores de 01 ano de idade, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no período de 2007 a 2013.

Indicador/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Óbito neonatal (Até 28 dias)

Nº de óbito neonatal precoce (até 6 dias)

2 4 4 2 2 7 6

Nº de óbito neonatal tardio (7 a 27 dias)

1 - 1 1 - - 3

Total Geral de óbitos neonatal

3 4 5 3 2 7 9

Taxa de mortalidade neonatal

7,65 8,65 10,91 5,61 3,63 12,06 14,82

Óbito pós-neonatal

(28 a 364 dias)

Total Geral 1 2 2 2 1 1 4

Taxa de mortalidade pós-neonatal

2,55 4,32 4,36 3,74 1,81 1,72 6,58

Óbito Infantil (Menor de 01 ano de idade)

Total Geral 4 6 7 5 3 8 13 Nº de óbito Infantil investigado

- - 5 5 3 8 13

Taxa de Óbito Infantil Investigado

- - 71,43 100 100 100 100

Taxa de Mortalidade Infantil

10,2 12,98 15,83 9,36 5,45 13,79 21,41

Fonte: SINASC/SIM/VE/SMS/CNP - 2014.

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Tabela 12: Índice de Mortalidade especifica por DCNT ocorridas prematuramente por 10.000 hab., classificadas de acordo com a causa básica de morte e a idade do falecido, no município de Campo Novo do Parecis/MT, nos anos de 2007 a 2013.

Causa/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013* Óbitos por DCNT

menores de 70 anos de idade

Total Geral 19 17 23 21 22 35 30 Taxa de Mortalidade especifica por DCNT prematuramente

8,51 7,31 9,66 7,61 7,76 12,03 9,88

Doenças do Aparelho

circulatório

Total Geral 11 10 11 9 11 14 8 Taxa de Mortalidade Específica por Doenças do Aparelho Circulatório

4,92 4,30 4,62 3,26 3,88 4,81 2,63

Neoplasias Total Geral 6 5 10 8 9 13 13 Taxa de Mortalidade Específica por Neoplasias Malignas 2,68 2,15 4,20 2,90 3,17 4,47 4,28

Diabetes Mellitus

Total Geral - - - - - 3 1 Taxa de Mortalidade Específica por Diabetes Mellitus - -- - - - 1,03 0,32

Doenças Respiratórias

Total Geral 2 2 2 4 2 5 8 Taxa de Mortalidade por Doenças Respiratórias 0,89 0,86 0,84 1,45 0,70 1,71 2,63

Fonte: SIM/VE/SMS/CNP – 2013 * Dados preliminares.

MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS

As mortes por Causas Externas são aquelas ocasionadas de forma acidental (abrange os acidentes de transporte, de trabalho, quedas, envenenamentos, afogamentos e outros tipos de acidentes), intencional relacionada às agressões e lesões autoprovocadas, e eventos cuja intenção é indeterminada; podem ser de início súbito ou como consequência imediata da ação.

Ao ponderar a mortalidade por causas externas segundo o tipo de causa, verifica-se um crescimento importante de acidentes de transporte no último ano, ficando, entre 2007 a 2013, a principal causa externa de morte. Em 2013, os homicídios foram a segunda causa externa de morte em residentes de Campo Novo do Parecis. Estes dados denotam a situação de violência vivida por nossos cidadãos, isto é corroborado ao analisarmos os registros de ocorrência da Policia Militar e Delegacia de Polícia Civil de Campo Novo do Parecis (tabela 13).

Tabela 13: Índice de Mortalidade por Causas Externas por 10.000 hab., segundo a causa básica de morte, no município de Campo Novo do Parecis/MT, nos anos de 2007 a 2013.

Causa/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013*

Óbitos por causa externa

Acidente de transporte 6 7 16 17 12 13 25 Homicídios 3 3 3 11 8 10 13 Suicídios 3 2 - - 4 2 4 Outros 4 6 9 9 3 8 3

TOTAL 16 18 28 37 27 33 45 Taxa de Mortalidade por Causas Externas 7,16 8,06 12,54 13,41 9,17 11,34 14,83 Fonte: SIM/VE/SMS/CNP - 2014. * Dados preliminares.

É realçado na tabela 13, que a taxa de mortalidade por causas externas em Campo Novo do Parecis, dobrou nos últimos sete anos, passou de 7,16 em 2007 para 14,83 em 2013. Dos 45 óbitos ocorridos por causas externas em 2013, 35 foram do sexo masculino e 10 do sexo feminino, evidenciando acentuada e generalizada sobremortalidade masculina. O risco de um homem residente no município falecer de causas externas é sete vezes maior que a de uma mulher no mesmo período.

Em 2013, os acidentes de transporte causaram 55,55% do total de mortes por Causas Externas em residentes de Campo Novo do Parecis/MT, enquanto no ano anterior este número foi de 39,39%, ou seja, houve um acréscimo nesse período de 16,16%. Em sete anos, o índice de morte no trânsito dos cidadãos camponovense, correspondeu a um aumentou de 18,05% (tabela 13).

Estudos apontam como, principais causas de violência no trânsito, trafegar em velocidade inadequada, dirigir sob efeito de álcool ou de entorpecentes, inexperiência na direção, falta de atenção e de manutenção nos veículos. Ainda existem as péssimas condições de conservação e sinalização das rodovias estaduais e federais, com alto fluxo de transporte pesado, que favorece a ocorrência de acidentes de trânsito graves e fatais.

A relação de mortes no trânsito com a quantia de acidentes, é visualizada na tabela 14, com o registro da quantidade de ocorrências de violência no trânsito minutadas na Polícia Militar (PM) do município. Todavia, algumas pessoas tendem a deixar de registrar as autoridades o evento sofrido, ocasionando subnotificação dos fatos.

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Tabela 14: Quantitativo de acidentes de transporte, de acordo com registros oficiais da PM, no município de Campo Novo do Parecis/MT, nos anos de 2007 a 2013.

Natureza/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Abalroamento 45 67 62 67 102 99 103 Lesão Corporal Culposa na Direção do Veículo 29 65 66 88 84 77 64 Homicídio Culposo na Direção do Veículo 2 7 10 12 7 9 13 Choque Mecânico 14 29 61 62 58 59 79 Colisão 20 15 34 37 24 42 55 Tombamento 5 6 10 27 20 9 19 Capotamento 10 20 13 14 9 16 16 Atropelamento 6 4 6 3 6 2 02 Acidente com animais 5 1 3 2 5 4 - Outros Acidentes de Trânsito 21 41 28 36 59 41 40

TOTAL GERAL 157 255 293 348 374 358 391

Média Mensal de Acidentes de Transporte 13,08 21,25 24,41 29 31,16 29,83 32,58 Média Diária de Acidentes de Transporte 0,13 0,69 0,80 0,95 1,02 0,98 1,07 Fonte: Polícia Militar do Estado do Mato Grosso 7º Comando Regional 13ª CIPM de CNP - 2014

Para complementar os acidentes de transporte ocorridos em Campo Novo do Parecis, existe crimes cometidos no trânsito que expõe a vida do cidadão ao perigo, podendo levá-lo a ser vítima de violência no trânsito (tabela 15).

A conjuntura de violência, em Campo Novo do Parecis, é evidenciada na tabela 16. As informações são extraídas dos Boletins de Ocorrência, efetuados na Delegacia de Polícia Judiciária Civil e/ou Policia Militar do município. Os índices não simulam ocorrências que não tiveram representação criminal. Adverte-se que, em muitas situações, os cidadãos deixam de registrar as autoridades a violência sofrida, ficando, assim, subnotificados os casos.

Tabela 16: Situação de violência, nos anos de 2007 a 2013, no município de Campo Novo do Parecis/MT, segundo a Delegacia de Polícia Judiciária Civil.

Natureza/Ano 2010 2011 2012 2013* Homicídio 9 9 11 15 Homicídio culposo 4 3 7 13 Encontro de cadáver - - 4 1 Tentativa de homicídio 12 16 18 19 Suicídio - 3 3 2 Lesão Corporal 151 127 80 89 Lesão Corporal Culposa 72 96 73 74 Ameaça 194 222 207 264 Tráfico drogas 18 17 36 11 Uso de drogas 12 12 23 15 Furtos gerais 321 354 280 324 Furtos residências 225 195 174 152 Roubos 125 129 80 73 Estelionato 21 32 53 69 Porte ilegal de arma 4 14 8 9 Estupro 3 10 9 8 Tentativa de estupro - - 6 2 Violência contra a mulher - - - 113

TOTAL GERAL 1.171 1.239 1.072 1.253 Média Mensal de Violência registrada 97,58 103,25 89,33 104,41 Média Diária de Violência registrada 3,20 3,39 2,93 3,43 Fonte: Delegacia de Polícia Judiciária Civil/CNP – 2014 * Dados preliminares.

Na mortalidade por causas externas, também, está incluso o suicídio e homicídio, estes podem ser originários de diversas ações cometidas contra o indivíduo em qualquer ciclo de vida, entre elas, as crianças, os adolescentes e os idosos são os mais suscetíveis. Contra este grupo o índice de violência é maior na morbidade do que na mortalidade, visto que os dados de mortalidade em Campo Novo do Parecis, no curso de sua história, são ínfimos.

Tabela 15: Crimes cometidos no trânsito, conforme registros oficiais da PM, no município de Campo Novo do Parecis/MT, nos anos de 2007 a 2013.

Natureza/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Conduzir veículo sob influência de álcool 14 15 11 29 17 15 54 Dirigir sem habilitação 16 5 34 22 44 72 30 Disputar corrida em via pública 2 4 1 1 6 1 6 Outros crimes de trânsito 15 6 9 8 14 10 7

TOTAL GERAL 47 30 55 60 81 98 97

Média Mensal de Crimes Cometidos no Trânsito

3,91 2,5 4,58 5 6,75 8,16 8,08

Fonte: Polícia Militar do Estado do Mato Grosso 7º Comando Regional 13ª CIPM de CNP - 2014

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É importante notificar todos os casos de violência cometida contra a criança, o adolescente e o idoso aos órgãos competentes. A notificação do ato de abuso proporciona visibilidade ao problema, possibilitando um diagnóstico da realidade e contribuindo para a promoção de políticas públicas dirigidas a redução da violência contra a criança, o adolescente e o idoso.

O Conselho Tutelar e o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, no ano de 2013, registraram 412 casos de violência cometida contra a Criança, o Adolescente e o idoso em Campo Novo do Parecis (tabela 17 e 18).

Em Campo Novo do Parecis, a Rede de Proteção ao Idoso em situação de Risco para a Violência, funciona com ações integradas entre instituições, para atender Idoso em situação de risco pessoal, tais como: ameaça e violação de direitos por abandono, violência física, psicológica ou sexual, econômica, situação de rua, trabalho forçado, maus tratos, alimentação e higiene, saúde, locomoção e outras formas de submissão que provocam danos e agravos físicos e emocionais.

SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (Sinan) A equipe da Vigilância Epidemiológica, de Campo Novo do Parecis,

desde 2010, monitora e analisa sistematicamente, o encerramento oportuno dos agravos de notificação compulsória (tabela 19) realizados pelas equipes de saúde, com o objetivo de cumprir o índice mínimo de 80% de encerramento oportuno de agravos pactuados junto à esfera federal.

A tabela 20, explana os Agravos de Notificação Obrigatória registrados no Sinan, em Campo Novo do Parecis. O documento cinge informações de indivíduos residentes em Campo Novo do Parecis e em outros municípios.

Tabela 20: Agravos de notificação compulsória, segundo classificação final confirmados, no município Campo Novo do Parecis/MT,

no período de 2007 a 2013. 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013* TOTAL

Acidente por Animais Peçonhentos 10 6 5 5 11 9 8 54 Acidente de Trabalho com Exposição à Material Biológico - 1 5 6 14 5 7 38 Acidente de Trabalho Grave 17 7 4 10 23 43 62 166 AIDS 6 2 4 4 1 2 4 23 Atendimento Antirrábico 81 82 94 109 139 192 182 879 Conjuntivite 55 41 61 65 134 65 27 448 Dengue 757 42 575 285 16 128 1.222 3.025 Dermatose Ocupacional - - - - - 1 - 1

Tabela 17: Violência contra a criança e o adolescente, segundo o Conselho Tutelar, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no ano de 2013 Tipo de violência 2013

Negligência 137 Física 40 Sexual 40 Psicológica 33 Abandono 32

TOTAL 282

Fonte: Conselho Tutelar/CNP - 2014

Tabela 18: Violência contra o idoso, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no ano de 2013

2011 2012 2013 TOTAL Negligência - 5 1 6 Física - 3 - 3 Abandono 2 4 2 8 Maus Tratos 3 5 3 11 Abuso econômico - - 2 2 Outros 9 23 65 97

TOTAL 14 40 76 130 Fonte: Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa idosa /CNP - 2014.

Tabela 19: Encerramento oportuno de doenças de notificação compulsória, pactuados junto à esfera federal, em Campo Novo do Parecis/MT, nos anos 2007 a 2013 (%)

Agravo/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013* Taxa de Encerramento Oportuno

68,16 47,21 43,56 72,68 96,15 74,93 82,42

Fonte: SINAN-NET/VE/SMS/ERTS - 2014

Para que serve a notificação?

Controle epidemiológico - prevenção de

epidemias.

Quem faz?

Todas as pessoas podem notificar e devem

fazer a notificação das doenças (Lei nº

6.259/1975).

Somente os profissionais da saúde são

responsáveis e obrigados a fazer a notificação.

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Diarreia 830 717 1.146 1.336 1.162 1.198 928 7.317 Doença de Chagas 1 - - - - - - 1 Doença Exantemáticas (sarampo/rubéola) - - - - - - - 0 Esquistossomose alóctone (importada) - - 1 2 - 1 3 7 Evento Adverso Pós-vacinação 3 6 3 6 3 4 1 26 Gestante HIV + - - - - 1 - 1 2

Hepatites Virais

Hepatite Viral A 1 2 1 2 - - - 6 Hepatite Viral B 1 3 - - 4 4 6 18 Hepatite Viral C 1 - 9 2 2 6 2 22 Outros 1 - 5 11 5 3 - 25 TOTAL 4 5 15 15 11 13 8 71

Hanseníase 31 25 14 19 51 32 26 198 Hantavirose 6 1 7 5 - 5 15 39 Herpes Genital 8 12 11 10 5 6 2 54 Influenza Humana por Novo Subtipo Pandêmico (A H1N1) - - 8 - - 7 2 17 Intoxicação Exógena 1 1 - 14 2 4 3 25 Leishmaniose Tegumentar Americana 19 30 60 20 20 26 16 191 Leptospirose - - - - 1 - - 1 Lesão por Exercício Repetitivo/ Distúrbios Ostemusculares (LER/DORT) - - - - - 4 1 5

Malária Alóctone (casos importados) 5 6 7 7 3 9 3 40 Meningite 1 1 1 1 1 1 - 6 Outras Doenças de Transmissão Predominantemente Sexual 34 70 106 79 72 97 38 496 Outros Transtornos da Uretra 5 11 4 1 - 1 - 22 Rotavírus - - - 2 - - - 2 Sífilis em Adulto 2 4 4 7 4 - - 21 Sífilis em Gestante 1 2 0 4 3 1 2 13 Síndrome do Corrimento Cervical 407 314 204 3 - 2 - 930 Síndrome do Corrimento Uretral em homens - - - - 2 4 3 9 Tétano Acidental - - - - - - - 0 Tuberculose 8 7 6 8 5 10 9 53 Varicela 75 26 133 146 83 80 324 867

TOTAL GERAL 2.371 1.424 2.493 2.184 1.778 1.963 2.905 15.118 Média Mensal de Agravos Confirmados 197,58 118,66 207,75 182 148,16 163,58 242,08 1.259,83

Fonte: SINAN-NET/SIVEP/VE/SMS/CNP – 2014 * Dados preliminares.

Na tabela 20, o agravo de maior registro de notificações, no ano de 2013, foi dengue, seguido de diarreia, varicela e atendimento antirrábico. Em outubro de 2013, o Ministério da Saúde incluiu no Calendário Básico de Vacinação a vacina contra a varicela para crianças de 01 ano e 03 meses de idade, visando à redução do número de casos com o agravo e/ou arrefecimento da gravidade da doença. Logo, verifica-se que o atendimento antirrábico humano é, anualmente, um dos principais agravos de notificação, indicando a magnitude das ações de profilaxia da raiva; percebe-se este significativo aumento, além das notificações, na quantidade de vacinas antirrábicas aplicadas (tabela 5). DENGUE

É importante rememorar que todo o caso suspeito de Dengue Clássico (DC) é aquela pessoa que apresente doença febril aguda no máximo de 7 dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: cefaleia, dor retro orbital, mialgia, artralgia, prostração, exantema e que nos últimos quinze dias esteve em área com transmissão de dengue ou com presença de Aedes aegypti.

Caso confirmado de DC é todo o caso confirmado laboratorialmente ou em período de epidemia por critério clínico-epidemiológico, exceto nos primeiros casos da área, que deverão ter confirmação laboratorial.

O caso suspeito de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) é aquele em que o indivíduo apresenta-se como caso suspeito de DC com manifestações hemorrágicas: - prova do laço positiva; - hematêmese, melena e outros; - manifestações hemorrágicas mais sinais e sintomas de choque cardiovascular (pulso arterial fino e rápido ou ausente, diminuição ou ausência de pressão arterial, pele fria e úmida, agitação), que levam a suspeita de Síndrome de Choque (SCD).

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Todo o caso confirmado de FHD deve ter obrigatoriamente todos os seguintes critérios confirmados ou mais: - febre com duração de 7 dias ou menos; - plaquetopenia (≤ 100.000/mm3); tendências hemorrágicas (prova do laço

positiva, petéquias, equimoses ou púrpuras, sangramentos em mucosas, trato gastrointestinal e outros); - extravasamento de plasma devido ao aumento de permeabilidade capilar (hematócrito apresentando um aumento de 20% sobre o basal; ou queda do hematócrito em 20%, após o tratamento; ou presença de derrame pleural, ascite e hipoproteinemia); - e confirmação laboratorial especifica.

Formas graves que não possuem todos os critérios para serem considerados como FHD são aqueles que uma das alterações clínicas e/ou laboratoriais é suficiente para encerrar o caso como Dengue Clássica com Complicação (DCC), são elas: - alterações neurológicas; disfunção cardiorrespiratória; - insuficiência hepática; - hemorragia digestiva importante (volumosa); - derrame pleural, pericárdico ou ascite; - plaquetopenia inferior a 20.000/mm3; leucometria igual ou inferior a 1.000/mm3; - e caso suspeito de dengue que evolui para óbito, mas não possui todos os critérios para ser encerrado como FHD.

Todo caso dever ser notificados assim que houver a suspeita na consulta ou na internação. Quem notifica são, principalmente, os profissionais de saúde das Unidades de Saúde e Hospitais, todavia os Agentes de Saúde, a comunidade, e imprensa podem notificar os casos suspeitos aos profissionais de saúde das Unidades de Saúde, do hospital e/ou da Vigilância Epidemiológica.

Em 2013, a dengue apresentou, no município, um perfil epidemiológico caracterizado pela ampla distribuição do mosquito Aedes aegypti em todos os bairros e região periurbana, com uma complexa dinâmica de disseminação do seu vírus. Em Campo Novo do Parecis havia somente a circulação viral de três sorotipos (DENV1, DENV2 e DENV3), no ano de 2013 foi introduzido um quarto sorotipo viral (DENV4), aumentando significativamente o número de notificações, visto que a suscetibilidade da população camponovense era irrestrita ao novo sorotipo DENV4.

A participação da comunidade vislumbrou a importância da realização da notificação deste agravo para com a saúde, cobrando dos profissionais de saúde quando do esquecimento destes e também, quando diagnosticados na rede particular ou em outro município e não notificados como casos suspeitos de dengue, procuraram a saúde pública do município para oficializar a notificação dos casos. Cabe salientar ainda, que a participação ativa dos profissionais de saúde, principalmente, a enfermagem, responsável pela intensificação do registro das notificações, e a melhora da acurácia diagnóstica dos médicos, foram fatores que contribuíram expressivamente para aumentar o índice de casos de dengue suspeitos e confirmados na nossa cidade.

A dengue, em 2013, apresentou características incomuns comparados aos anos anteriores, com agravamento de casos, sendo que 03 pessoas foram a óbito por dengue no município. Contudo, predominou quadros clínicos com características leves a moderados. Na série histórica evidencia-se, em 2013, o pior cenário da doença em Campo Novo do Parecis em relação ao número de registro de casos, total de internações e de óbito por dengue, (tabela 21). Houve o maior número de casos em crianças, com agravamento do quadro clinico. A doença apresentou uma mudança rápida e simultânea no perfil epidemiológico da doença em nosso município, alertando os profissionais de saúde e munícipes.

Tabela 21: Incidência da dengue, segundo classificação final e óbito, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no período de 2007 a 2013.

Agravo/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013* Notificados de outros municípios 1 - 8 - - 7 20 Total de Casos suspeitos notificados 782 127 652 473 121 446 1.598

Casos Confirmados

Sorologia 70 6 87 70 10 92 529

Clinico Epidemio 686 36 483 212 4 30 693

Casos de Dengue

DC 756 42 570 282 14 122 1.211 DCC 1 - 4 1 2 6 9 FHD - - 1 1 - - 1 SCD - - - - - - 1 Total de casos 757 42 575 285 16 128 1.222

Óbitos por Dengue

Por DCC - - - 1 1 - 1 Por FHD - - - - - - 1 Por SCD - - - - - - 1 Total de óbitos - - - 1 1 - 3

Taxa de incidência da Dengue para cada 10.000 hab. 44,01 402,83

Coeficiente de Letalidade - - - 0,35 6,25 - 0,25 Fonte: SINAN-NET/VE/SMS/CNP – 2014* Dados preliminares.

Nota: Siglas: DC = Dengue Clássica; DCC = Dengue Com Complicação; FHD = Febre Hemorrágica da Dengue. LPI = Local Provável de Infecção

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Os aumentos de casos da dengue tendem a eclodir, geralmente, quando mais de 2% dos prédios apresentam focos do vetor, cujo habitat é urbano e domiciliar, isto é, um Índice de Infestação Predial– IIP - de 2%. O Plano Nacional de Controle da Dengue, Ministério da Saúde, recomenda um IIP inferior a 1%. A meta estabelecida para o IIP é estipulada por meio de pesquisa larvária, para conhecer o grau de infestação, dispersão e densidade por Aedes

aegypti e/ou Aedes albopictus nas localidades. Conforme a tabela22, houve um aumento do Índice de Infestação Predial a partir do ano de 2011 com ascendência no ano de 2012 e um discreto declínio em 2013.

As epidemias da dengue podem ser controladas através de uma Vigilância Ambiental/Entomológica atuante. Sua principal função é reduzir os criadouros do mosquito, empregando-se preferencialmente métodos mecânicos. Os larvicidas, quando indicados, devem ser empregados somente nos recipientes que não possam ser removidos, destruídos, descartados, cobertos ou manipulados de forma que se tornem incapazes de permitir a reprodução do vetor. As suas atividades devem ser efetuadas rotineiramente em toda a área urbana do município, com o desígnio de levantar os índices para monitoramento das ações executadas e possíveis redirecionamentos necessários. Períodos de circulação endêmica são o momento propício para a adoção de medidas visando impedir epidemias futuras.

As atividades de emergência devem ser tomadas em caso de surtos e epidemias. Nessas situações, as aplicações de inseticida a ultra baixo volume são utilizadas para interromper a transmissão do vírus, devendo ser programadas para repetições semanais. As ações de rotina (visita casa a casa, mobilização da população, mutirões de limpeza) devem ser reavaliadas e reiniciadas imediatamente.

HANSENÍASE A hanseníase é prevalente em Campo Novo do Parecis e constitui-se um sério problema de saúde

pública. Os trabalhos realizados pelos profissionais de saúde de prevenção e diagnóstico precoce da doença são desenvolvidos durante todo o percurso do ano na saúde pública em virtude da sua amplitude e potencial incapacitante, além de acometer sujeitos economicamente ativos. Entretanto, são intensificados no mês de Janeiro, pois no dia 24 deste mês comemora-se o Dia Mundial da

Hanseníase. Segundo o Ministério da Saúde, em 1990, a média

nacional de casos era de 19,6 casos para cada 10.000 habitantes. A meta estabelecida pela OMS para o Brasil, em 2005, era um caso/10.000 habitantes; apesar disso, o país apresentou no referido ano uma Taxa de Prevalência de Hanseníase de 1,5 casos para 10.000 habitantes. Logo, a Taxa de Detecção de Hanseníase a nível nacional, em 2005, foi de 2,1 e na região Centro Oeste de 4,4 casos/10.000. O país adotou a seguinte classificação das taxas de detecção de casos por 10 mil habitantes: baixa (menor que 0,2), média (0,2 a 0,9), alta (1,0 a 1,9), muito alta (2,0 a 3,9) e situação hiperendêmica (maior ou igual a 4,0). Campo Novo do Parecis é hiperendêmico para hanseníase, com uma taxa de detecção de 8,57 em 2013 (tabela 23), uma vez que é um município de emigração acentuada de mão-de-obra diversificada proveniente de várias regiões do país. O alto padrão dos profissionais de saúde, médicos e enfermeiros, com capacitações frequentes, favorece o diagnóstico da doença, com tratamento e acompanhamento diferenciado dos casos, aumentando assim o índice de detecção de Hanseníase no município.

O município garante exames clínicos e laboratoriais aos contatos intradomiciliares de hanseníase. Sem embargo, observa-se que a proporção de contatos examinados no período exposto (tabela 23), obteve o êxito de 100% dos contatos examinados apenas em 2011, indicando a necessidade dos profissionais de saúde atuantes na Atenção Básica em intensificar a vigilância de contatos intradomiciliares de casos novos de hanseníase para detecção de novos casos.

Tabela 22: Distribuição dos imóveis trabalhados, focos encontrados e a média anual de IIP nos anos de 2008 a 2013, no município de Campo Novo do Parecis/MT.

Ações/Ano 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Imóveis trabalhados pelos ACEs 79.644 76.552 56.769 47.253 57.411 51.878

Focos encontrados 783 997 578 968 1.677 1.296 Média Anual de IIF (%) 1,1 1,31 1,03 2,07 2,93 2,51 Fonte: SISFAD/VA/SMS/CNP - 2014

Nota: Siglas: ACE – Agente de Combate a Endemias, IIF: Índice de Infestação Predial.

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TUBERCULOSE

Assim como a hanseníase, a tuberculose (TB), também, é um sério problema de saúde pública a nível municipal, exigindo atenção especial por parte dos profissionais de saúde, das autoridades e da sociedade camponovense, devido a sua magnitude e vulnerabilidade. Lamentavelmente, em Campo Novo do Parecis, há pacientes doentes de tuberculose que recebem uma terapêutica inadequada, por apresentarem resistência ao tratamento ou não terem o auxílio de familiares, favorecendo o abandono ao tratamento medicamentoso para tuberculose. A terapêutica inadequada e o abandono são responsáveis pelo crescimento do bacilo Multirresistente da Tuberculose a nível mundial, isto propiciou o surgimento de uma nova cepa de bacilos que não respondem a nenhum medicamento quimioprofilático para tuberculose conhecido na atualidade.

A Vigilância Epidemiológica e Atenção Básica, de Campo Novo do Parecis, utilizam como estratégia de detecção de novos casos de tuberculose, ações dirigidas para a identificação de pessoas com sinais e sintomas sugestivos de tuberculose, sendo a principal porta de entrada para o tratamento da doença as Unidades de Saúde da rede pública. Os casos confirmados são notificados no SINAN, o encerramento é em conformidade com a evolução clínica do paciente, como cura ou óbito, abandono ao tratamento ou transferência para outro município (tabela 24).

Tabela 24: Quantidade de casos absolutos de tuberculose, segundo classificação final e de óbito, em residentes no município de Campo Novo do Parecis, nos anos de 2007 a 2013.

Agravo/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013* Total Total de Casos Notificados de TB 8 8 7 10 5 11 11 60

Mudança diagnóstica 0 1 1 2 - 1 2 7

Casos novos com TB - residentes

Extrapulmonar 1 - 1 - - - 1 3 Pulmonar 7 7 5 8 5 10 8 50

Total 8 7 6 8 5 10 9 53 Cura 5 4 5 3 3 6 3 29 Óbito por tuberculose - 1 - - 1 1 - 3 Em tratamento - - - - - - 5 5 Transferência 1 1 1 2 - 1 1 7 Abandono 2 1 - 3 1 2 - 9

Contatos Registrados 18 90 41 19 4 43 33 248

Examinados 16 90 40 18 4 43 30 241

Tabela 23: Índice de detecção de hanseníase em residentes por 10.000 hab. e proporção de contatos intradomiciliares examinados, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no período de 2007 a 2013.

Agravo/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013*

Total notificado 32 26 14 20 52 32 27

Erro diagnóstico PB/MB 1 1 - 1 1 - 1 Total de casos novos de Hanseníase

(Excluídos os casos definidos como erro diagnósticos) 31 25 14 19 51 32 26

Casos novos notificados

PB Sem definição 1 - - - - - - Indeterminado 7 4 4 5 15 5 1 Tuberculóide 14 7 1 7 19 12 6

MB Sem definição - - 1 - 1 - 3 Dimorfa 7 9 4 4 14 15 14 Virchoviana 2 6 4 3 2 - 2

Evolução dos casos notificados no ano

Cura 27 21 10 15 42 26 2 Abandono 2 1 - - 3 5 - Transferência 2 2 3 4 3 1 2 Em tratamento - - - - 2 - 22 Óbito - 1 1 - 1 - -

Contatos intradomiciliares dos casos

Registrados 128 89 46 72 167 61 52 Examinados 112 87 37 59 167 58 48

Taxa de Detecção de Hanseníase 13,88 10,76 5,88 6,88 17,99 11,0 8,57 Proporção de contatos intradomiciliares de casos novos de hanseníase examinados

87,5 97,75 80,43 81,94 100 95,08 92,3

Fonte: SINAN-NET/VE/SMS/CNP - 2014 * Dados preliminares.

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Sintomáticos respiratórios

Esperados1% do total da população 223,22 232,3 237,84 275,77 283,40 290,78 303,35 1.846,66 Examinados S/R S/R 74 72 51 86 39 322

Fonte: SINAN-NET/VE/SMS/CNP – 2014 * Dados preliminares. SIGLAS: S/R = Sem Registro

A avaliação do risco de uma pessoa residente em Campo novo do Parecis desenvolver a doença, em qualquer de suas formas clinicas, em um ano, é avaliada pela Taxa de Incidência de Tuberculose; e o risco de desenvolver tuberculose pulmonar no mesmo local e período é estimado pela Taxa de Incidência de Tuberculose Pulmonar. A taxa de incidência de tuberculose, na tabela 25, permanece elevada em 2013 com 2,96 casos para cada 10.000/hab, demonstra a

permanência e a persistência de fatores no município propícios à proliferação do bacilo transmissor do agravo, o Mycobacterium tuberculosis, de um indivíduo a outro, principalmente as formas pulmonares da doença. Este indicador é utilizado para nortear e avaliar as ações de controle de tuberculose municipal e assistir os processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde dirigidas para o controle da doença em Campo Novo do Parecis.

Os indicadores de impacto e de maior importância para a Tuberculose são a taxa de cura maior que 85% e de abandono que deve ser menor que 5%. A proporção de cura de casos novos por Tuberculose em Campo Novo do Parecis, como exibe a tabela 25, nos últimos sete anos, é inferior ao indicado pelo Ministério da Saúde, demonstrando ineficiência no tratamento, uma vez que os profissionais de saúde da Atenção Básica e Vigilância Epidemiológica, junto com a comunidade camponovense, obtém

baixíssimo êxito no tratamento da doença, o que, consequentemente, favorece a propagação da tuberculose no ambiente, aumentando a transmissão e a ocorrência de novos casos de tuberculose.

O índice de abandono ao tratamento de tuberculose, também, incide sobre a efetividade da terapêutica. A pactuação de metas para esse indicador mira um melhor prognóstico do tratamento para reduzir o risco de ocorrência de resistência a drogas de primeira linha.

Campo Novo do Parecis vem deparando-se, nos últimos anos, com dados inoportunos de proporção de pessoas com tuberculose que abandonaram o tratamento, apresentando um índice altíssimo de abandono (tabela 25). Há diversos fatores que colaboram para o insucesso deste indicador, entre eles estão: - o perfil de alguns pacientes com tuberculose que se encontram envolvidos com o alcoolismo e drogadição, outros com ausência de familiares ou são andarilhos, apresentando resistência ao tratamento e agredindo psicologicamente e fisicamente os profissionais de saúde ou, simplesmente, desaparecem; - o perfil demográfico camponovense sofre transformações motivadas pelas características particulares da região, por ser essencialmente agrícola. A representação demográfica ostentada pelo IBGE profere a respeito da população fixa de Campo Novo do Parecis, conquanto, há que se considerar a população flutuante (explicitado no perfil demográfico do município), que não é contabilizada no Censo/IBGE e altera estes padrões. Estes cidadãos brasileiros, emigrados temporariamente para Campo Novo do Parecis, trazem consigo, em algumas ocasiões, enfermidades ou adoecem aqui, são diagnosticados, iniciam o tratamento e durante este processo retornam para suas cidades natal sem comunicar os profissionais de saúde e, consequentemente, sem a transferência necessária para a continuidade do tratamento. Assim, o perfil demográfico, caracterizado por uma população flutuante, e a amplitude territorial do município prejudica o Acompanhamento do Tratamento Diretamente Observado dos casos de Tuberculose, tornando-o inadequado e facilitando o abandono à terapêutica por parte do paciente.

Corroborando, os elementos constados no SINAN e SIM demonstram que, nos últimos sete anos, houve três mortes por tuberculose (tabela 24), sem registro com comorbidade pelo HIV, indicando um diagnóstico tardio.

Entre os contatos registrados espera-se que 100% sejam examinados, esta ação se caracteriza como um meio importante para a interrupção da cadeia de transmissão da doença. A tabela 25, aponta que nos anos 2008, 2011 e 2012

Mycobacterium tuberculosis

Tabela 25: Incidência de tuberculose e de tuberculose pulmonar e índice de mortalidade por tuberculose para cada 10.000 hab., proporção de cura, de abandono e de óbito por tuberculose, e proporção de contatos de tuberculose e sintomáticos respiratórios estimados examinados, em residentes no município de Campo Novo do Parecis, nos anos de 2007 a 2013.

Agravo/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013* Taxa de Incidência de Tuberculose 3,58 3,01 2,52 2,90 1,76 3,43 2,96

Taxa de Incidência de Tuberculose Pulmonar 3,13 3,01 2,10 2,90 1,76 3,43 2,63 Taxa de Mortalidade por Tuberculose - 0,43 - - 0,35 0,34 - Proporção de casos de tuberculose curados 62,5 57,14 83,33 37,5 60 60 33,33 Proporção de casos de tuberculose que abandonaram o tratamento 25 14,2 - 37,5 20 20 - Proporção de casos de tuberculose com encerramento óbito - 14,28 - - 20 10 - Proporção de contatos de casos de TB examinados entre os registrados 88,88 100 97,56 94,73 100 100 90,9 Proporção de Sintomáticos Respiratórios examinados dentre os estimados

S/R S/R 31,11 26,11 18,00 29,58 30,33

Fonte: SINAN-NET/VE/SMS/CNP – 2014 * Dados preliminares. SIGLAS: S/R = Sem Registro

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100% dos contatos registrados foram examinados. Nos demais anos, o índice varia entre 88,88 e 97,56% dos contatos registrados examinados. A busca ativa de contatos para exame foi prejudicada pela resistência de alguns em serem examinados e outros de não serem localizados.

Para diagnóstico precoce da tuberculose é imperioso a busca ativa de casos, com investigação de sintomáticos respiratórios. Deve-se investigar 1% da população total do município por ano, pois este seria o número de pessoas ano que teriam a indicação de realizar o exame de baciloscopia de escarro por terem tosse por mais de três semanas. Este indicador não atingiu, em nenhum ano (tabela 25), nem a metade do percentual de sintomáticos respiratórios que deveriam ser investigados ao ano, tendo em vista à descoberta de casos baciliferos para interromper a cadeia de transmissão da tuberculose.

HANTAVIROSE

O diagnóstico precoce de Hantavirose é vital para tomada de decisões e para aumentar as chances de sobrevida do indivíduo enfermo, bem como para a implementação de medidas em tempo oportuno, tendo em vista à prevenção e o controle da doença. A organização dos serviços de saúde, tanto na área de vigilância em saúde quanto na prestação de assistência médica, é essencial para conhecer o comportamento do agravo e combatê-

lo. O primeiro caso de Hantavirose diagnosticado, em Campo Novo do

Parecis, foi em 1999. Na atualidade, Campo Novo do Parecis é considerado um dos municípios que apresentam o maior número de casos notificados e confirmados no país, bem como o Local Provável de Infecção. Possui, também, um dos médicos de referência nacional, no Brasil, em Hantavirose, o Dr. Lúcio Garcia da Rosa.

Campo Novo do Parecis é um dos maiores produtores de grãos do país, o plantio e safra ocorre o ano todo, há alimentos em abundância no campo, o que facilita a proliferação de roedores silvestres. Por conseguinte, tendo alimentos, roedores silvestres em bando e a presença do Hantavírus no município, têm-se todos os fatores ambientais e epidemiológicos para o advento do Hantavírus, em menor ou maior quantidade de casos/ano, tornando o agravo endêmico na nossa comuna.

A quantidade de casos de Hantavirose está diretamente relacionada à prevenção, a qual é de suma importância, uma vez que não há tratamento específico atualmente para a enfermidade ou vacinas imunopreveníveis. As medidas de prevenção e controle são fundamentais no manejo ambiental através de práticas de higiene e medidas corretivas no meio ambiente.

Ações educativas por meio de orientações a respeito de medidas de prevenção e controle da Hantavirose e a importância que procedem as ações de combate aos reservatórios no domicilio e peridomicílio rural para manter a área livre de roedores silvestres, são essenciais para a prevenção e redução de casos, evitando com isso uma provável epidemia.

A SMS trabalha articulados a Atenção Básica, Hospital e Vigilância Epidemiológica. As equipes de saúde das Unidades de Saúde receberam capacitações para avaliação do grupo de risco e diagnóstico precoce da doença, na presença de casos suspeitos, estes são referenciados para monitoramento, notificação, coleta de amostra sorológica no ambiente hospitalar. Os mesmos desenvolveram trabalhos educativos nas escolas e na comunidade de

sua área de abrangência. Já o Hospital (CHP) notifica todos os casos suspeitos, coleta amostra sorológica e monitora os pacientes, sempre mantendo contato com a Vigilância Epidemiológica e esta com a Atenção Básica.

Os casos suspeitos de Hantavirose atendidos no município de Campo Novo do Parecis, englobam residentes e trabalhadores local, pessoas que residem e trabalham em outros municípios e aqueles sujeitos que estão em trânsito, como caminhoneiros.

Assevera-se, na tabela 26, que dos 115 casos suspeitos notificados em hantavirose no município de Campo Novo do Parecis, desde 2007, somente 39 foram confirmados, prevalece que a prática de notificar o caso não implica em afirmar que a pessoa esteja com a doença. Distingue-se o Local Provável de Infecção (LPI), em muitas ocasiões os habitantes de Campo Novo do Parecis trabalham ou deslocam-se para a área rural de municípios vizinhos, onde se contaminam com o hantavírus, vindo adoecer em Campo Novo do Parecis, procurando assistência médica local. O mesmo acontece com pessoas que vem para cá de outras

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localidades e retornam para suas cidades de origem, onde adoecem. A hipótese diagnóstica e a notificação são realizadas no local de atendimento à saúde do paciente, assim o número de casos registrados/notificados nem sempre é o mesmo que a quantidade de LPI informado.

A hantavirose, em 2013, mostrou peculiaridades insólitas comparado aos anos anteriores, com maior número de casos suspeitos e confirmados atendidos no sistema de saúde, do município de Campo Novo do Parecis. A incidência de hantavirose para cada 10.000 habitantes aumentou consideravelmente, nenhum caso em 2011 e 1,71 em 2012 para 4,94 casos/10.000 hab. em 2013. Registrando neste ano, 43 casos suspeitos com a doença, sendo 15 casos de pessoas contaminadas com o hantavírus, mantendo o predomínio de quadros clínicos com agravamento e acarretando o óbito de 04 pessoas por hantavirose (tabela 26).

No retrato apresentado, a doença mantinha-se endêmica durante os últimos anos, alterando o perfil epidemiológico e provocando, em 2013, uma epidemia, com um coeficiente de letalidade de 26,67. Na série histórica, o Coeficiente Médio de Letalidade (população estimada de 30.335 hab.) dos casos notificados em Campo Novo do Parecis é de 33,33. Este indicador estima o poder da doença em causar a morte das pessoas e também pode informar sobre a qualidade da assistência médica prestada para este agravo.

As informações sobre os casos notificados de Hantavirose no município podem ser analisados de diferentes ângulos, tais como residência do paciente, local de notificação ou por Local Provável de Infecção. Este último é o de maior impacto epidemiológico para o controle da doença e evitar uma epidemia.

Tabela 27: Incidência de hantavirose para cada 10.000 hab. e Coeficiente de Letalidade, de acordo com LPI Campo Novo do Parecis, nos anos 1999 a 2006 e 2007 a 2013.

Casos Confirmados/Ano 1999 a 2006* 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013* Total Cura 13 3 3 4 3 0 4 7 37

Óbito 19 2 - 3 3 - 1 2 30 Total LPI - CNP 32 5 3 7 6 0 5 9 67 Taxa de Incidência de Hantavirose 14.33 2,23 1,29 2,94 2,17 0 1,71 2,96 22,09 Coeficiente de Letalidade 59,37 40 - 42,85 50 - 20 22,22 44,77 Fonte: SINAN-NET/VE/SMS/CNP – 2014 *População utilizada para cálculo da incidência: 22.322

* Dados preliminares. Nota: Siglas: LPI – Local Provável de Infecção; CNP – Campo Novo do Parecis

Do ano em que foi diagnosticado o primeiro caso de hantavirose, 1999, até 2006, o índice de letalidade da Hantavirose por LPI era de 59,37, entre 2007 e 2013 o índice caiu para 31,42. Na curva histórica, o coeficiente de letalidade da Hantavirose com LPI Campo Novo do Parecis é de 44,77 (tabela 27). A queda da taxa de letalidade de modo geral reflete a melhora da qualidade da acurácia diagnóstica dos médicos, com diagnóstico precoce, e da eficiência da assistência médica e de enfermagem prestada ao paciente com Hantavirose.

Tabela 26: Incidência de Hantavirose para cada 10.000 hab., segundo a notificação, classificação final e óbito, e coeficiente de Letalidade, no município de Campo Novo do Parecis (CNP)/MT, no período de 2007 a 2013.

Casos/Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total

Casos Notificados

Residente em outro município - - - 5 1 2 4 12 Residente em CNP 15 3 18 11 4 13 39 103

TOTAL 15 3 18 16 5 15 43 115

Casos confirmados

Residentes em outro município

Cura - - - - - - - - Óbito - - - - - - 1 1

TOTAL - - - - - - 1 1

Residentes CNP

Cura 4 - 5 2 - 4 11 26 Óbito 2 1 2 3 - 1 3 12

TOTAL 6 1 7 5 - 5 14 38 TOTAL GERAL 6 1 7 5 - 5 15 39

Total Geral Cura 4 - 5 2 - 4 11 26 Total Geral Óbito 2 1 2 3 - 1 4 13

Total de Casos de Hantavirose Confirmados 6 1 7 5 - 5 15 39 Taxa de Incidência de Hantavirose 2,68 0,43 2,94 1,81 - 1,71 4,94 - Coeficiente de Letalidade 33,33 100 28,57 60,0 - 20,0 26,67 33,33 Fonte: SINAN-NET/VE/SMS/CNP - 2014

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DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA RELACIONADAS AO TRABALHO São consideradas Doenças de Notificação Compulsória Relacionadas ao Trabalho toda

atividade remunerada ou não para fins de sustento próprio ou da sua família, incluindo qualquer forma de inserção no mercado de trabalho, nos setores formais ou informais da economia, além dos aprendizes e estagiários.

A notificação de Doenças Relacionadas ao Trabalho é realizada somente em casos confirmados. Igualmente, é uma ferramenta importantíssima para promover a formulação e avaliação das políticas públicas, planos e programas de saúde, subsidiando o processo de tomada de decisões, visando contribuir para a melhoria da situação de saúde do trabalhador da população camponovense. As notificações de Doenças Relacionadas ao Trabalho facultam quantificar e construir alguns indicadores importantes para estimar o potencial de gravidade e letalidade desses eventos que acometem os trabalhadores, entre eles estão os coeficientes de mortalidade, a taxa de letalidade e os riscos potenciais de acidentes relacionados ao trabalho.

O perfil epidemiológico da Saúde do Trabalhador, no município de Campo Novo do Parecis, está em aprimoramento, visto que a prática de notificação das doenças relacionadas ao trabalho, efetivada pelos profissionais de saúde da rede pública, foi avigorando com o decorrer dos anos e, hoje, já é uma técnica corriqueira nas ações em saúde. Sublinha-se, que a partir de 2010, iniciou-se o monitoramento intenso no processo de notificações de agravos em saúde do trabalhador pela Vigilância Epidemiológica Municipal e o andamento de sensibilização dos profissionais de saúde em relação à temática.

A seguir, a tabela 28, apresenta o quantitativo de notificações anuais de doenças relacionadas ao trabalho no município de Campo Novo do Parecis a partir do ano 2007. Adverte-se, existe subnotificação de casos relacionados à falta de registros por parte de profissionais de saúde da rede pública e privada, sobretudo da “área de Saúde do Trabalhador”, pela deficiência de referência e contra referência dos pacientes com doenças suspeitas de serem relacionadas ao trabalho e pela dificuldade dos profissionais de saúde do SAMU 192 e Pronto Socorro do hospital em identificar acidentes de trânsito de percurso relacionados ao trabalho.

Tabela 28: Doenças relacionadas ao trabalho, segundo notificações realizadas pelos profissionais de saúde nas Unidades Sentinela em Saúde do Trabalhador, no município Campo Novo do Parecis/MT, no período de 2007 a 2013.

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013* TOTAL Acidente por Animais Peçonhentos 4 1 2 - 5 5 5 22 Acidente de Trabalho com Exposição à Material Biológico - 1 5 6 14 5 7 38 Acidente de Trabalho Grave 17 7 4 10 23 43 62 166 Dermatose Ocupacional - - - - - 1 - 1 Hantavirose 2 - - 2 - 2 10 16 Hepatites Virais - 1 - - - - - 1 Intoxicação Exógena - 1 - 14 2 3 1 21 Leishmaniose Tegumentar Americana 12 17 26 7 6 10 6 84 Lesão por Exercício Repetitivo/Distúrbios Osteomusculares (LER/DORT)

- - - - - 4 1 5

TOTAL GERAL 35 28 37 39 50 73 92 354 Fonte: SINAN-NET/SIVEP/VE/SMS/CNP – 2014

Analisando os dados da tabela 28, os Acidentes de Trabalho Grave ocorrem em maior proporção anualmente, sendo estes os principais causadores de óbitos relacionados ao trabalho em Campo Novo do Parecis. Em seguida, procede a Leishmaniose Tegumentar Americana, que mantém uma incidência alta no decorrer da história, uma vez que há muitos trabalhadores rurais em áreas de risco para leishmania. A terceira referência é o agravo Acidente de Trabalho com Exposição à Material Biológico, sendo o principal agente causador os

perfurocortantes; este indicador apresenta alta incidência entre os profissionais de saúde, devido aos inúmeros riscos ocupacionais a que esse grupo está exposto.

O perfil socioeconômico do município é o agronegócio, apresentando uma agricultura latifundiária, com uso em grande escala de agrotóxicos em diversas épocas do ano. No entanto, há baixo índice de intoxicação exógena relacionado ao trabalho, devido à intensificação do uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) pelos trabalhadores.

Desde 2007, dos 354 casos de doenças relacionadas ao trabalho notificados no SINAN, 19 foram a óbito por dois agravos: Acidente de Trabalho Grave e Hantavirose. O coeficiente médio de letalidade nesse período foi de 5,36, sendo que, em 2013, houve o maior índice de letalidade pertinente aos agravos notificados relacionados ao trabalho, um percentual de 7,60 (tabela 29).

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Tabela 29: Óbitos relacionados ao trabalho, segundo SINAN, e incidência de letalidade dos casos notificados, no município Campo Novo do Parecis/MT, no período de 2007 a 2013.

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013* TOTAL

Óbitos relacionados ao trabalho notificados no SINAN

Acidente de Trabalho Grave - - - 4 3 - 6 13 Hantavirose 1 - 1 2 - 1 1 6

TOTAL GERAL 1 - 1 6 3 1 7 19 Coeficiente de Letalidade 2,85 0 2,70 15,38 6 1,36 7,60 5,36

Fonte: SINAN-NET/SIVEP/VE/SMS/CNP – 2014.

MORBIDADE Os registros hospitalares, do Centro Hospitalar Parecis Euclides Horst – CHP, situado em

Campo Novo do Parecis, coletam dados de todos os pacientes atendidos no hospital, para avaliação da morbidade da população. São importantes, também, para atender as necessidades da administração do hospital e, sobretudo, do paciente, pois ao analisarem-se os dados é possível planejar a melhores ações a serem dispensadas a população camponovense.

As internações hospitalares no hospital CHP foram motivadas por diversas causas, estas foram divididas por grupos, denominadas Clinica. Das 1.820 internações ocorridas em 2013, 41,53% foram geradas na área de Clínica Médica, 21,81% na Clínica Obstétrica, 14,78% na Clínica Cirúrgica, 13,79% na Clínica Ortopédica e 8,07% na Clínica Pediátrica. Houve uma média de 151,66 internações/mês e uma média de 4,98 internações/dia (tabela 30).

Tabela 30: Quantitativo de internações por especialidades, segundo registros hospitalares do CHP, no período de 2010 a 2013

Internações/Ano 2010 2011 2012 2013

TOTAL Média mensal TOTAL

Média mensal TOTAL

Média mensal TOTAL

Média mensal

Internação por Clinica Cirúrgica 183 15,25 320 26,66 424 35,33 269 22,41 Internação por Clínica Médica 747 62,25 807 67,25 690 57,5 756 63,0 Internação por Clínica Pediátrica 164 13.66 143 11,91 82 6,83 147 12,25 Internação por Clinica Obstétrica 388 32,33 390 32,5 422 35,16 397 33,08 Internação por Clinica Ortopédica 124 10,33 101 8,41 104 8,66 251 20,91 Total Geral de Internações 1.906 158,83 1.761 146,75 1.722 143,50 1.820 151,66 Fonte: CHP/CNP - 2014.

A proporção de internações hospitalares, por habitante, mostra uma constância na quantidade de internações/ano. Em 2013, houve um declínio de internamentos na Clínica Cirúrgica e aumento na Clínica Ortopédica, com equivalente acréscimo nas Clinicas Médica e Pediátrica. Há uma prevalência de internações por Clínica Médica, seguido da Clínica Obstétrica (tabela 31).

Na tabela 31, acentua-se uma proporção de internações na Clínica Cirúrgica menor que a Clínica Obstétrica em três, dos quatro anos apresentados, sobressaindo com um diferencial ínfimo apenas em 2012. Característica inversa ocorre a nível nacional e região Centro Oeste, se compararmos ao ano de 2005, conforme o Ministério da Saúde.

A tabela 32 alude o quantitativo mensal e anual dos serviços médicos e de enfermagem no Pronto Socorro - PS, do hospital CHP. A quantia de atendimentos neste setor hospitalar aumentou em 10.437 no ano de 2013 em comparação a 2012, uma média diária de 25,59 atendimentos. Na série histórica, prevalece a centralização do maior de número de atendimentos realizados no hospital no PS, das 85.440 ações em saúde, elencadas nas tabelas 30, 32 e 33, no ano de 2013, 62.138 são desenvolvidas

no PS, uma média diária de 170,24, destes 83,91/dia são atendimentos de urgência e consultas médicas, ficando 22,24/dia pacientes em leitos de observação de até 24 horas, 1,09 pessoas/dia removidas para outros hospitais de referência, com maior complexidade, em outros municípios, e 62,98/dia são procedimentos médicos e de enfermagem.

Tabela 31: Proporção de internações hospitalares por 100 hab., segundo especialidades, no CHP, no município de Campo Novo do Parecis/MT, nos anos de 2010 a 2013.

Indicadores/Ano 2010 2011 2012 2013 Número de internações hospitalares por 100 habitantes 6,91 6,21 5,92 6,0

Proporção de internações hospitalares por especialidade

Clínica Médica 39,19 45,83 40,07 41,54 Clinica Obstétrica 20,36 22,15 24,51 21,81 Clinica Cirúrgica 9,60 18,17 24,62 14,78 Clínica Pediátrica 8,60 8,12 4,76 8,08 Clinica Ortopédica 6,51 5,74 5,93 13,79

Fonte: CHP/CNP - 2014.

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Tabela 32: Quantitativo de atendimento ambulatorial e serviço de urgência e emergência, segundo registros médicos, no Pronto Atendimento e Pronto Socorro, do CHP, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no período de 2010 a 2013.

Atendimento Ambulatorial/Ano 2010 2011 2012 2013 TOTAL Média

mensal TOTAL Média

mensal TOTAL Média

mensal TOTAL Média

mensal Total de remoções de pacientes para outros municípios

S/R S/R 307 25,5 335 27,9 400 33,33

Atendimento de urgência e consultas médicas 25.252 2.104 19.607 1.633 26.470 2.205,8 30.630 2.552,5 Observação até 24 horas 9.175 764,5 8.290 690,8 5.063 421,9 8.120 676,6 Procedimentos médicos e de enfermagem 1.229 102,41 14.314 1.192,83 19.833 1.652,72 22.988 1.915,58

TOTAL 35.656 2.971 42.518 3.542,13 51.701 4.308,32 62.138 5.178,01 Fonte: CHP/CNP - 2014. Siglas: S/R = Sem Registro

Na tabela 33, evidencia-se o quantitativo de exames diagnósticos e procedimentos cirúrgicos realizados no hospital CHP, sendo que houve um aumento de 4.025 procedimentos em 2013 em relação a 2012. Verifica-se um declínio acentuado na quantidade de procedimentos cirúrgicos em 2013, com uma redução de 183 cirurgias, em comparação ao ano anterior; os exames radiológicos também reduziram sua produtividade. No entanto, houve aumento da ultrassonografia, eletrocardiograma e exames laboratoriais,

com introdução do teste da orelhinha, ofertado a todos os recém-nascidos na instituição hospitalar.

Tabela 33: Quantitativo de exames diagnósticos e procedimentos cirúrgicos, segundo registros hospitalares, no CHP, município de Campo Novo do Parecis/MT, no período de 2010 a 2013.

Outros Procedimentos/Ano

2010 2011 2012 2013 TOTAL Média mensal TOTAL Média mensal TOTAL Média mensal TOTAL Média mensal

Cirurgias 303 25,25 397 33,08 480 40 297 24,75 Raios-X 6.829 569,0 7.165 597 8.257 688,0 6.790 565,8 Ultrassonografias 1.311 109,25 1.646 137,1 1.510 125,8 3.414 284,5 Eletrocardiograma 159 13,25 297 24,7 359 29,9 520 43,33 Teste da Orelhinha - - - - - - 340 28,33 Exames laboratoriais 5.721 476,75 6.400 533,3 6.851 570,9 10.121 843,4

TOTAL 14.323 1.193 15.905 1.325 17.457 1.454,7 21.482 1.790,1 Fonte: CHP/CNP - 2014.

SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA – SAMU/192

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU/192) é um programa que funciona 24 horas por dia e tem como finalidade prestar o socorro à população em casos de urgência e emergência de natureza traumática, clínica, pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica e de saúde mental. Por meio deste atendimento especializado, pretende-se reduzir o número de óbitos, o tempo de internação em hospitais e as sequelas decorrentes da falta de socorro precoce (tabela 34).

Alguns cidadãos acreditam erroneamente que o SAMU é para prestar serviços de transporte comum, ou seja, pacientes que podem se locomover de carro próprio ou outro veículo para o hospital. Existe, ainda, os que passam trotes. Estas situações interferem no atendimento de urgência e emergência onde vidas estão em risco.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS SERVIÇOS EM SAÚDE OFERTADOS PELOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

As consultas médicas ofertadas aos usuários da Saúde da Família são de baixa complexidade, os que necessitam de atendimentos especializados, média e alta complexidade, são referenciados para a Unidade de Saúde Central, hospital CHP ou para outros municípios de referência (Tangará da Serra/Cuiabá/Barra do Bugres) pelo SUS ou Consórcio Intermunicipal de Saúde.

Tabela 34: Assistência à saúde da população camponovense, segundo registros do SAMU, no município de Campo Novo do Parecis/MT, nos anos 2012 e 2013.

Causa Geral Causa especifica 2012* 2013

Trauma Trauma 71 176 Acidente de trânsito 156 228

Clínicos

Adulto 134 362 Pediátrico 7 33 Gineco-obstétrico 20 15 Saúde Mental (psiquiátrico)

1 13

Atendimentos que vieram a Óbitos 9 19 TOTAL GERAL 398 846

Trotes 280 840 Fonte: SAMU/SMS/CNP – 2014

* Dados a partir de agosto de 2012

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Na série histórica apresentada na tabela 35, observa-se uma estagnação do aumento da quantidade média de consultas médicas por habitantes no município de Campo Novo do Parecis. Esta tendência enfoca um aumento no quantitativo total de consultas médicas e aumento populacional. Entretanto, ainda apresentamos um índice inferior de número de consultas médicas por habitante se

compararmos com o nível nacional no ano de 2005, que era de 2,5, e com a região Centro-Oeste que era de 2,4. O indicador de Número de Consultas Médicas por Habitante/ano faculta a avaliação da relação entre a produção de consultas médicas no SUS e a população residente em Campo Novo do Parecis, oportunizando uma ponderação das variações temporais na distribuição das consultas médicas no SUS nos últimos cinco anos, contribuindo, ainda, para analisar a adequação da quantidade da produção de consultas médicas em relação às necessidades da população.

A Cobertura de Primeira Consulta Odontológica é importante por avaliar o acesso da população aos serviços de saúde bucal no município de Campo Novo do Parecis, além de visar o crescente acesso à atenção programada em saúde bucal. Em 2012 e 2013 houve uma redução estimável na quantidade de 1ª consultas odontológicas (tabela 35), provocada por declínio de profissionais odontólogos no quadro de profissionais, gerando déficit de atendimento em algumas Unidades de Saúde Bucal e pela diminuição de 1ªs consultas pelo usuário. No entanto, o quantitativo de procedimentos odontológicos manteve-se com pouca variação (tabela 36).

Em relação aos procedimentos médicos e de enfermagem, ao confrontar o ano de 2013 com três anos, confere-se um aumento anual de 369.694 procedimentos, equivalendo a um aumento na produção de procedimentos médicos e de enfermagem diário de 1.012 (tabela 36).

Na tabela 36, assim como na tabela 37, alguns dados levantados não foram localizados devido a problemas de sistema, isto dificultou a análise das informações. Não obstante, na tabela 37 verifica-se que, em 2013, o quantitativo de exames diagnósticos de média e alta complexidade, realizados no município

de Campo Novo do Parecis e municípios de referência (Tangará da Serra/Cuiabá) e custeados pelo SUS e pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde, aumentou em comparação aos demais anos, o que indica que o crescimento populacional refletiu também na quantidade de exames ofertados, aumentando os gastos em saúde nesta área.

Tabela 35: Consultas multidisciplinares e consultas médicas especializadas realizadas pelo Sistema Único de Saúde – SUS e Consórcio Intermunicipal de Saúde, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no período de 2009 a 2013.

Consultas/Ano 2009 2010 2011 2012 2013

Consultas multidisciplinares

Enfermagem

16.040 15.303 18.659 24.614 19.097 Fisioterapia Nutrição Psicologia Fonoaudiologia

Média diária de consultas multidisciplinares 43,95 41,93 51,12 67,44 52,32 Número de consulta por habitante multidisciplinar 0,67 0,55 0,66 0,85 0,63 Consultas Odontológicas - 1ª Consulta 33.958 4.454 2.688 901 888

Consultas Médicas no município 35.679 49.505 44.533 50.409 52.480 Consulta Médica Especializada (referenciadas para outros municípios) 3.849 3.618 3.300 844 3.798

Total Geral de Consultas Médicas 39.528 53.123 47.833 51.253 56.278 Número de consultas médicas diária 108,30 145,54 131,04 140,41 154,19 Número de consultas médicas por habitante 1,67 1,93 1,68 1,76 1,86 Fonte: SIAB/SMS/CNP - 2014

Tabela 36: Quantitativo de procedimentos médicos, de enfermagem e odontológicos realizados na Atenção Básica, no município de Campo Novo do Parecis/MT, nos anos 2009 a 2013.

2010 2011 2012 2013 Procedimentos Médicos e de Enfermagem 158.269 S/R S/R 527.963

Média Mensal de Procedimentos Médicos e de Enfermagem

13.189 S/R S/R 43.996

Média Diária de Procedimentos Médicos e de Enfermagem

433,61 S/R S/R 1.446

Procedimentos Odontológicos 16.516 S/R 17.084 16.370 Fonte: SMS/CNP - 2014

Tabela 37: Exames diagnósticos de média e alta complexidade realizados no município de Campo Novo do Parecis/MT e nos municípios de referência pelo SUS e Consórcio Intermunicipal de Saúde, no período entre 2009 e 2013

2009 2010 2011 2012 2013 Ultrassonografia - Geral 1.933 1.129 1.023 S/R 2.141 Eletrocardiograma - ECG 659 733 646 1.088 1.007 Radiologia - Raios-X 3.145 2.569 2.013 3.322 3.829 Teste do Pezinho S/R 236 S/R S/R 406 Exames de média e alta complexidade realizados na referência

587 601 S/R 1.070 1.200

Fonte: CMR/SMS/CNP - 2014

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Na tabela 38, observa-se a produção laboratorial realizado na rede pública, do município de Campo Novo do Parecis. A prática diária de diversos tipos de exames laboratoriais foi de 186,46, equivalendo a 5.671/mês e 68.057/ano. Todas as coletas de amostra de sangue, fezes, urina, entre outros, são efetivadas no Laboratório Municipal e/ou algumas Unidade de Saúde, posteriormente, são encaminhadas para análise, conforme pedido médico ou de enfermagem, no laboratório correspondente.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE DA MULHER

Através do perfil epidemiológico da saúde da mulher camponovense, pode-se planejar ações de saúde direcionadas para promoção e prevenção de agravos a saúde desta mulher, almejando qualidade de vida. Alguns indicadores de morbimortalidade são importantes nesta análise, por exemplo a mortalidade materna, mortalidade por câncer de colo Uterino e de mama, entre outros.

Em 2013, o pré-natal, realizado na Atenção Básica, apresentou redução no número total de consultas/ano e na quantidade de consultas por gestantes cadastradas no SIS-Pré-Natal. Em 2010, houve uma média de 5,23 consultas/gestantes cadastradas, aumentando este valor no ano seguinte e decaindo em 2012 e 2103. O impacto da redução da quantidade de consultas de pré-natal por gestantes cadastradas no município, uma vez que este tipo de atendimento é primordial para a saúde do binômio mãe/bebê, foi significativo aumento da Mortalidade Neonatal e Infantil em 2012, agravando o quadro em 2013 (tabela 10), apesar da quantidade de Ultrassonografia (USG) Obstétrica realizada em 2013 (tabela 39), que demostra que a não realização deste tipo de exame não constitui omissão, nem diminui a qualidade do pré-natal.

O Planejamento Familiar direcionado à métodos contraceptivos definitivos (laqueadura tubária e vasectomia) foi iniciado em 2013, com uma equipe multidisciplinar capacitada para atender o público que deseja controle de natalidade por métodos decisivos. Em 2013, 11,63% ou 10 mulheres foram submetidas ao procedimento de laqueadura tubária das 86 que fizeram todo o processo (consulta médica e de enfermagem, aconselhamento com psicóloga e avaliação com a assistente social). No entanto, nenhum homem foi submetido ao procedimento cirúrgico de vasectomia.

Atualmente, o câncer de mama, seguido pelo câncer de colo uterino são os tipos de neoplasias com maior incidência entre as mulheres e os cânceres que mais matam mulheres no mundo. Assim, a atenção a saúde da mulher, no município de Campo Novo do Parecis, voltou-se para a prevenção destes dois tipos de câncer.

Tendo em vista o rastreamento do câncer de mama na população feminina assintomática, em 2013, foram realizados 2.244 exames clinico de mamas em todas as Unidade de Saúde, 6 punções mamárias, 167 ultrassonografia mamária, 178 mamografia e 3 consultas com mastologista. Em comparação ao ano de 2012, houve uma redução da quantidade

Tabela 38: Quantitativo de exames laboratoriais realizados no município de Campo Novo do Parecis/MT, no ano de 2013.

Prestador de Serviços Quantidade Exames laboratoriais realizados no Laboratório Municipal 66.551 Exames laboratoriais encaminhados e realizados no laboratório de apoio

289

Exames laboratoriais encaminhados e realizados pelo MT-Laboratório (GAL)

1.217

Total geral de exames realizados pelo SUS 68.057 Média Mensal de exames laboratoriais 5.671 Média Diária de Exames laboratoriais 186,46 Fonte: LM/SMS/CNP - 2014

Tabela 39: Quantitativo de gestantes cadastradas no SIS-Pré Natal, consultas de pré-natais e puerpério realizadas e ultrassom (USG) obstétrico, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no período de 2010 a 2013.

2010 2011 2012 2013 Gestantes Cadastradas no SIS-Pré-Natal 435 494 508 477 Consultas de Pré-Natal 2.277 2.767 2.382 1.724 Quantidade de consultas de pré-natal realizadas por gestantes cadastradas

5,23 5,60 4,69 3,61

Consultas de Puerpério 161 184 463 S/R USG Obstétrico 503 53 56 568 Fonte: SMS/CNP-2014

Tabela 40: Planejamento familiar, segundo métodos contraceptivos definitivos (laqueadura tubária e vasectomia) pelo SUS, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no ano de 2013

Consulta Médica 87 Consulta Enfermagem 143 Aconselhamento Psicológico 86 Assistente Social 89 Laqueadura Tubária 10 Vasectomia - Fonte: SMS/CNP - 2014

Tabela 41: Rastreamento de alterações mamárias nas mulheres residentes, no município de Campo Novo do Parecis/MT, nos anos 2009 a 2013.

Ação 2009 2010 2011 2012 2013 Total Exame Clinico das mamas 2.164 2.573 2.575 2.365 2.244 11.921 Coleta de Secreção mamária 55 88 51 10 - 204 Punções mama 14 5 - 10 6 35

USG Mamária S/R S/R 35 108 167 310

Mamografia 156 230 237 325 178 1.126 Consulta Mastologista 4 8 2 6 3 23

Fonte: SMS/CNP – 2014

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de exames de mamografia realizados e consultas com mastologista (tabela 41). Além dessas ações, os profissionais de saúde estimulam o autoexame de mama.

O rastreamento do câncer de colo uterino é realizado no município de Campo Novo do Parecis em todas as Unidades de Saúde da Atenção Básica, buscando o diagnóstico em tempo oportuno para a detecção de lesões pré-neoplásicas ou neoplásicas, aumentando as chances de cura, uma vez que a progressão da neoplasia é lenta e com sintomas inespecíficos. Durante os últimos cinco anos, foram realizados na rede pública do município 12.512 exames Citopatológicos Cérvico-vaginal (preventivo), destes 238 foram alterados, uma proporção média de 1,9, foram realizados 294 colposcopia e 247 biopsia de colo Uterino. Em 2013, houve redução da quantidade de exames Citopatológicos Cérvico-vaginal realizados, e a proporção de exames alterados foi maior que a média dos últimos anos, ficando em 2,54 (tabela 42).

VISITAS DOMICILIARES E EPIDEMIOLOGIA Nos últimos três anos, os profissionais de saúde, além dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), ampliaram o

olhar para as Visitas Domiciliares, pois a sua realização melhorou os indicadores de saúde. As visitas domiciliares realizadas pelo ACS compõem ações planejadas, direcionadas para os ciclos de vida, doenças e agravos prioritários e que requerem um acompanhamento contínuo (tabela 43).

EDUCAÇÃO EM SAÚDE E EPIDEMIOLOGIA Educação em Saúde favorece a aprendizagem sobre diversas doenças, como evitá-las, seus efeitos sobre a saúde

e como restabelecê-la. A Secretaria Municipal de Saúde desenvolve ações educativas na zona urbana e rural, abrangendo Vigilância Epidemiológica, Unidades de Saúde, Escolas, Comércios, Indústrias, Fazendas, etc. Também, são

capacitados profissionais de saúde. São abordados diversos temas, tais como, por exemplo, Imunização, Hantavirose, Dengue, DST/HIV/AIDS, Influenza, Hanseníase, Tuberculose, etc.

VIGILÂNCIA SANITÁRIA MUNICIPAL A Vigilância Sanitária Municipal – VISA - tem por escopo proteger o cidadão do município de Campo Novo do

Parecis/MT executando ações sanitaristas capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde, intervindo nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. É imprescindível que a VISA execute de forma plena as ações de controle de risco sobre serviços prestados e circulação de produtos de interesse à saúde, fazendo-se necessário que este setor da saúde realize suas ações e priorizem aquelas que envolvam maior risco à população.

Tabela 42: Rastreamento do câncer de colo uterino em mulheres residentes, no município de Campo Novo do Parecis, nos anos 2009 a 2013. Ação 2009 2010 2011 2012 2013 Total

Citopatológico Cérvico-vaginal

25 a 64 anos 2.065 2.068 1.968 1.760 1.580 9.441 Outras faixas etárias

651 782 369 605 664 3.077

TOTAL 2.716 2.850 2.337 2.365 2.244 12.512

Alterados 36 32 75 38 57 238 Proporção de exames citopatológico cérvico-vaginal alterados

1,33 1,12 3,21 1,61 2,54 1,9

Colposcopia 34 30 47 135 48 294 Biopsia de Colo Uterino 34 30 44 120 19 247

Fonte: SMS/CNP – 2014

Tabela 43: Quantitativo de visitas domiciliares realizadas pelos profissionais de saúde e ACS, no SUS, no município de Campo Novo do Parecis/MT, nos anos 2011, 2012 e 2013.

2011 2012 2013 Nível superior Médico 394 436 266

Enfermeiro 481 551 321 Outros profissionais de nível superior 34 60 104 Total de Visitas Domiciliar 909 1.047 691

Outros profissionais nível médio (técnicos) 326 480 469 ACS 40.151 37.726 42.749 Número de Visitas Domiciliares de ACS diária por família 110 103,36 117,12

TOTAL GERAL 41.386 39.253 43.909 Fonte: SIAB/SMS/CNP - 2014

Tabela 44: Quantitativo de ações em educação em saúde, desenvolvidas pelos profissionais de saúde, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no período de 2009 a 2013.

2009 2010 2011 2012 2013 Atividades desenvolvidas Educativas 982 630 1.911 258 237 Fonte: SMS/CNP - 2014

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A VISA acolhe a população camponovense por meio telefônico e pessoalmente; recebe denúncias realizadas pelo público em geral através de ligações telefônicas e pessoais. A maioria das destas denúncias, são em relação a terrenos baldios sujos e água servida. As inspeções realizadas pela VISA municipal são em estabelecimentos comerciais de baixa e média complexidade, classificados segundo o critério de risco sanitário (tabela 45).

Para que as denúncias sejam atendidas com maior rapidez e êxito pela VISA é imprescindível que seja realizado atualização no cadastro imobiliário da Prefeitura de Campo Novo do Parecis, principalmente de terrenos baldios, pois alguns proprietários não são localizados através dos dados disponíveis no cadastro imobiliário. Assim, muitas autuações deixam de serem prestadas e a comunidade camponovense acaba prejudicada. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

O Ministério da Saúde, através da Portaria nº 3.237, aprovou as normas de execução e de financiamento da assistência farmacêutica na Atenção Básica em saúde. Com a aprovação desta Portaria, ficou estabelecido que os medicamentos constantes da relação municipal de medicamentos sejam componentes da atual Relação Nacional de Medicamentos – RENAME. Ressalva-se, que o Ministério da Saúde recomenda somente 140 tipos de medicação na Atenção Básica. Assim, no início de 2008, o Conselho Municipal de Saúde– CMS - aprovou a lista básica de medicação municipal padronizada e elaborada por farmacêutico e médicos da rede pública, entre outros profissionais. Atualmente, a Farmácia Municipal possui 290 medicamentos padronizados, distribuídos a população camponovense, sendo 150 medicamentos a mais do que preconiza o Ministério da Saúde.

A Farmácia Central Municipal atende em média 150 pacientes/dia; estes usuários estão localizados em diferentes pontos da cidade. Em média, 17,5% das receitas aviadas por dia na Farmácia Central Municipal correspondem a medicamentos psicotrópicos; o custo per capita, em 2013, foi de R$29,42 (tabela 46).

Tabela 46: Gastos per capita com saúde farmacêutica na rede pública de saúde, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no período de 2007 a 2013.

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total de Valores Gastos (R$) 206.089,00 241.776,00 381.307,00 381.307,00 894.073,86 1.173.535,60 892.522,96 Gastos per capita (R$) 9,23 10,40 16,03 13,82 31,54 40,35 29,42 Fonte: Assistência Farmacêutica/ SMS/CNP - 2014

Em 2013, os gastos públicos com saúde farmacêutica condisseram com 4,88% do total de gastos públicos com saúde em Campo Novo do Parecis. A partir das análises destes dados, os gestores municipais tem subsídios para os processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas de saúde.

O indicador dos gastos públicos com saúde farmacêutica per capita expressa a dimensão do gasto público municipal total com medicação por habitante, revelando a montante médio de recursos públicos disponíveis por habitante no município. Através deste indicador podemos observar a variação da despesa pública com saúde farmacêutica nos últimos sete anos, sendo que há um aumento de R$ 20,19 entre os anos 2007 e 2013, chegando a sofrer uma variação diferencial mínima de R$1,17 em 2008 e máxima de R$31,12 em 2012 (tabela 46).

GASTOS PÚBLICOS COM A SAÚDE MUNICIPAL Nos gastos públicos com a saúde, em 2013, foram contabilizados toda a produtividade realizada durante o ano

nos diferentes segmentos da saúde pública, tais como: Administração geral, Formação de Recursos Humanos, Atenção Básica, Assistência Hospitalar e Ambulatorial, Suporte Profilático e Terapêutico e Vigilância Ambiental, Epidemiológica e Sanitária.

O recursos financeiros previstos para se gastar na saúde eram de R$ 16.897.000,00, correspondendo a 19,91% da arrecadação total da Prefeitura Municipal de Campo Novo do Parecis. Entretanto, durante o ano de 2013, o orçamento inicial necessitou de alteração, sendo aumentado para R$ 18.275.811,91, representando 23,41% do orçamento público.

Tabela 45: Quantitativo de atuações da VISA, no município de Campo Novo do Parecis/MT, nos anos 2010 e 2013. Ações/Ano 2010 2013

Denúncias recebidas 392 283 Denúncias atendidas 237 251 Estabelecimentos cadastros 378 328 Estabelecimentos inspecionados 172 271 Fonte: VISA/SMS/CNP - 2014

Tabela 47: Gastos Per Capita, segundo orçamento previsto e gasto real com a saúde pública, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no ano de 2013.

Orçamento R$ Gastos Públicos R$ Aplicação em Saúde 16.897.000,00 18.275.811,91 Total de Receita Base Saúde 15% 19,91% 23,41% Gastos Per Capita(R$) 557,01 602,47 Fonte: SMS/CNP - 2014

Prefeitura Municipal De Campo Novo Do Parecis/MT SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

Vigilância em Saúde/VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

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Boletim Epidemiológico Ano VII Nº I

Os gastos públicos com a saúde, por habitante, no município de Campo Novo do Parecis, no ano de 2013, foram de R$ 602,47. Investiu-se R$ 45,46 a mais que o previsto no orçamento inicial (tabela 47).

Na tabela 48, verificam-se os campos da saúde pública em que foram aplicados os recursos, sendo distribuídos de forma a atender a necessidade de cada área. Observa-se que 53,15% dos recursos financeiros foram investidos na Atenção Básica, direcionado para a promoção à saúde e prevenção de doenças, condizendo com o que reza o Ministério da Saúde. A seguir, investiu-se 36,76% dos recursos na Assistência Hospitalar e Ambulatorial, parte curativa e de reabilitação.

OUVIDORIA DA SAÚDE A implantação da Ouvidoria da Saúde se deu a partir do primeiro dia do mês de fevereiro de 2013,

com a designação da ouvidora eleita pelo Conselho Municipal de Saúde - CMS. A saúde quer ouvir o cidadão camponovense, acolher e atender de forma humanizada.

A Ouvidoria da Saúde, de Campo Novo do Parecis, é um canal de comunicação entre a sociedade e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), atua como mediador entre usuários, trabalhadores e instituições

de saúde. Tem como escopo aprimorar continuamente a qualidade do serviço prestado pela SMS, além de subsidiar a gestão de saúde no planejamento das políticas públicas e na acurácia da prestação de serviços do SUS.

A Ouvidoria da Saúde cabe atuar com imparcialidade, transparência e independência, em prol da sociedade, por isso seu vínculo é com a instância máxima do SUS no município, o Conselho Municipal de Saúde – CMS.

No tocante às manifestações recebidas, a Ouvidoria da Saúde, do município de Campo Novo do Parecis, registrou 36 ocorrências, destas 16 foram reclamações, 04 foram denúncias, 01 foi elogio e 15 foram solicitação de informações referentes aos serviços públicos de saúde no município (tabela 49). Tendo em vista a data de implantação desta ouvidoria, considera-se positivo o saldo alcançado neste primeiro momento de instauração. Contudo, espera-se que para o ano de 2014 estes dados sejam mais destacados, com participação mais ativa da sociedade.

Ouvidoria da Saúde: Rua Goiás, n° 630 NE, Centro – Campo Novo do Parecis/MT. Disque Saúde: 0800 64 63 904 ou (65) 3382-3533, e-mail ouvidoriasus@camponovodoparecis.mt.gov.br

Tabela 48: Aplicação de recursos financeiros em saúde pública, no município de Campo Novo do Parecis/MT, no ano de 2013.

Gastos Públicos R$ % Formação de Recursos Humanos 11.495,84 0,06 Suporte Profilático e Terapêutico 415.336,11 2,27 Administração Geral 637.681,66 3,49 Vigilância em Saúde 779.169,63 4,26 Assistência Hospitalar e Ambulatorial 6.717.775,97 36,76 Atenção Básica 9.714.352,70 53,15 Aplicação total em Saúde 18.275.811,91 100% Fonte: SMS/CNP - 2014

Tabela 49: Quantitativo de ocorrências efetuadas na Ouvidoria de Saúde, do município de Campo Novo do Parecis/MT no ano de 2013.

Reclamações 16 Denúncias 4 Elogios 1 Solicitação de Informações 15 Total de ocorrências 36 Fonte: Ouvidoria da Saúde/SMS/CNP - 2014

Expediente: O Boletim Epidemiológico Parecis é uma publicação oficial da Prefeitura Municipal/Secretaria Municipal de Saúde/Vigilância em Saúde/Vigilância Epidemiológica, do município de Campo Novo do Parecis/MT. Prefeito: Mauro Valter Berft Vice-prefeita: Edlamá Batista Marques Secretária de Saúde Interina: Evanete Steige de Oliveira Organizadores: Gizelle Perin - Enfermeira Resp. Técnica pela Vig. Epidemiológica

André Luciano Meira de Oliveira Martins - Médico Colaboradores:

Ana Paula Westphal - Enfermeira Elisangela Borges de Freitas Forestieri – Ouvidoria da Saúde Junior Schelleicher - Diretor Centro Hospitalar Parecis Euclides Horst Lenir Regina Jacobi – Diretora Deptº de Informação e Monitoramento de Dados Marcia Geovane Stangherlin - Técnica de Enfermagem Sandro Silvio Cattaneo - Diretor Vigilância Ambiental Cirdirlei Felipe – Chefe Vigilância Sanitária Stela Bistaffa Mesquita – Diretora Dptº de Saúde Tania dos Santos - Técnica de Enfermagem Viviane Petry - Farmacêutica

Telefones: (65) 3904-2108 celular: (65) 9283-9716 E-mail: saudecnp@hotmail.com ou epidemio.cnp@gmail.com

Endereço Skype: epidemio_cnp

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