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ERGONOMIA NO TRABALHO: ESTUDO EM UMA
EMPRESA FRIGORÍFICA
Área temática: Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional & Ergonomia
Leonardo Brum
leraf3@yahoo.com.br
Filipe Borges
filipeborges29@hotmail.com
Resumo: Este trabalho constitui-se de um estudo acerca da ergonomia relacionada ao trabalho em um
frigorifico de abate de aves, onde são usadas as técnicas de pesquisa de campo com intuitos em reconhecer
as condições ergonômicas impróprias e identificar as posturas de trabalho em sobrecarga funcional. Dessa
forma, para um nível maior de aprofundamento, esclarecimento e reflexão para análises de ajustes
ergonômicos e contribuição pela melhoria das condições de trabalho, o atual trabalho científico faz um
breve histórico da ergonomia, descrevendo sucintamente, sobre como se deu sua evolução nos meios de
produção industrial e que foram utilizados na fundamentação deste trabalho.
Palavras-chaves: Ergonomia, Trabalho, Posto de Trabalho
ISSN 1984-9354
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1. INTRODUÇÃO
A ergonomia, reconhecida a priori pelas melhorias das condições de trabalho, com
intuito de eliminar os acidentes, ofereceu contribuições significativas para a
adaptação do sistema técnico, proporcionando vantagens econômicas e financeiras
ao inserir às novas tecnologias.
O termo Ergonomia que origina do grego: ERGON, que significa trabalho, e
NOMOS, que significa Leis ou Regras, conferindo-se a sua denominação a
MURREL, um engenheiro Inglês que, no ano de 1949, a inventou, pois houve
necessidade de uma palavra que sintetizasse o estudo cientifico do homem e do seu
trabalho (VERONESI, 2008).
Por meio da observação detalhada do ambiente de trabalho pode-se descrever as
características gerais do setor, assim como, as posturas contidas para realização
das tarefas no intuito de um diagnóstico ergonômico. Após então buscar medidas
ergonômicas de melhorias para o trabalho, com objetivo de eliminar ou diminuir os
riscos ergonômicos desencadeadores de sobrecarga biomecânica que logo são
geradores de distúrbios musculoesqueléticos.
Uma das maneiras de analisar as características de um objeto de trabalho ou objeto
de pesquisa de uma área de conhecimento é apresentar de que maneira, ele tem
sido idealizado, definido ou realizado dentro dos diferentes momentos da história da
área ou profissão.
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2 OBJETIVOS
Este trabalho constitui-se de um estudo acerca da ergonomia relacionada ao
trabalho em um frigorifico de abate de aves, onde são usadas as técnicas de
pesquisa de campo com intuitos em reconhecer as condições ergonômicas
impróprias e identificar as posturas de trabalho em sobrecarga funcional.
Dessa forma, para um nível maior de aprofundamento, esclarecimento e reflexão
para análises de ajustes ergonômicos e contribuição pela melhoria das condições de
trabalho, o atual trabalho científico faz um breve histórico da ergonomia,
descrevendo sucintamente, sobre como se deu sua evolução nos meios de
produção industrial e que foram utilizados na fundamentação deste trabalho.
3 JUSTIFICATIVA
Justifica-se a escolha do tema pela importância em verificar as condições
ergonômicas de trabalho no setor de evisceração.
Cabe aqui citar que a par do conhecimento das características das atividades do
setor de evisceração, do frigorifico de processamento de aves, nota-se que as
atividades são potencialmente repetitivas, desenvolvidas sem as merecidas pausas
de descanso no período de toda jornada de trabalho, com posições estáticas e
posições de membros superiores levantados para o manuseio dos frangos acima na
gancheira da transportadora.
Dessa forma observa-se a necessidade de realizar um estudo de análise
ergonômica, tendo em vista o desempenho eficaz com segurança, mais conforto,
incitando a prevenção de doenças osteomusculares nomeadas pelo Instituto
Nacional da Previdência Social (INPS) Ler/Dort, (lesão por esforços repetitivos e ou
distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho).
A hipótese aconselhada é a de priorizar, aplicação de medidas ergonômicas de
correção, colocação das melhorias propostas, com objetivo de abolir ou diminuir os
possíveis fatores de riscos ergonômicos, com intuito em diminuir a incidência de
patologias ligadas ao trabalho, mais segurança no trabalho, melhor qualidade de
vida e no processo.
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4 REVISÂO DA LITERATURA
Os estudos mais primitivos caminham no sentido de considerar que o primeiro
conceito de Ergonomia foi instituído em 1857 no auge do movimento industrial
europeu. Tal definição tem sua origem diretamente ligada a Wojciech Jastrzebowski
numa expectativa da época, a fim de entender a Ergonomia como uma lei natural no
artigo “Ensaios de ergonomia, ou ciência do trabalho, baseada nas leis objetivas da
ciência sobre a natureza”. O que se deve observar ainda é que esta primeira
definição determinava que “A ergonomia como uma ciência do trabalho requer que
entendamos a atividade humana em termos de esforço, pensamento,
relacionamento e dedicação” (JASTRZEBOWSKI, 1857).
Karwowsky (1991), assim descreve o texto pioneiro:
A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polônia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon = trabalho e nomos = leis naturais, os pesquisadores têm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais esta disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciência.
Com as ideias sustentadas o conceito de Jastrzebowski estabelece quatro aspectos.
São eles: natureza físico-motora; natureza estético-sensorial; natureza mental-
intelectual; natureza espiritual-moral.
A ergonomia é determinada como o ajustamento do trabalho ao homem. De acordo
com a Ergonomics Research Society,1 “Ergonomia é o estudo do relacionamento
entre o homem e seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a
aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos
problemas surgidos desse relacionamento” (IIDA, 1991). Conforme Couto (1995)
“ergonomia é um conjunto de ciências e tecnologias que procura a adaptação
confortável e produtiva entre o ser humano e seu trabalho, basicamente procurando
adaptar as condições de trabalho às características do ser humano”. No entanto, a
feitura de tarefa traz uma série de dúvidas e/ou controvérsias que, como lembra
Couto (1995, p.369), “vão do extremo da análise detalhadíssima de poucos
resultados práticos até o outro extremo da visão geral do processo de trabalho
observando apenas por alto as situações, e naturalmente errando [...]”.
1 É a expressão pela qual é conhecida nos Estados Unidos da América e quer dizer Sociedade de
Pesquisa da Ergonomia.
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A definição que se utiliza internacionalmente hoje em dia (ABERGO, 2000) chama a
atenção para três aspectos: o tipo de conhecimento e suas inter-relações, o foco nas
mudanças e os critérios da ação ergonômica. A consideração destes aspectos
configura contemporaneamente a Ergonomia como uma disciplina de síntese entre
vários aspectos do conhecimento sobre as pessoas, a tecnologia e a organização.
Numa boa ergonomia a antropometria física (as dimensões estáticas e dinâmicas do
corpo), a fisiologia do trabalho (o funcionamento de nossos sistemas fisiológicos em
diversos regimes), a psicologia experimental (a percepção de sinais, a discriminação
de indícios, a leiturabilidade de instrumentação) a higiene e a toxicologia (os riscos
envolvidos nas atividades) contribuem com a adequação da tecnologia e da
organização do trabalho aos trabalhadores reais.
De acordo com Grandjean (2005) estes locais de trabalhos divididos são
denominados por curtos ciclos de produção, curtos períodos de aprendizagens e
mínima exigência ao trabalhador, citando a tarefa como repetitiva e constante. Para
os trabalhadores ele originou algumas dificuldades como, por exemplo, trabalho
repetitivo e desgastante, dessa forma aumentou as lesões e distúrbios provocados
pela sobrecarga e fadiga.
A ergonomia2 começou a ser item de estudo a partir da necessidade de resguardar a
vida e a dignidade do homem em sequência da necessidade do mesmo de auto-
adaptação aos projetos de trabalho em decorrência às crescentes transformações
dos esquemas de trabalho. Entende-se, assim, que a ergonomia caminhou por
diversos estágios conforme a evolução dos processos de trabalho.
2 O Ministério do trabalho e Previdência Social instituiu a portaria nº 3.751 em 23/11/90 que baixou
a Norma Regulamentadora – NR-17, que trata especificamente da ergonomia. “Esta norma visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características fisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo conforto, segurança e desempenho eficiente.” Com esta norma começa a despertar o interesse pela ergonomia no meio empresarial brasileiro.
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4.1 Contribuições da Ergonomia dentro de uma Empresa
Os apoios da ergonomia dentro de empresas, na inclusão de melhorias nas
situações de trabalho, se dão por meio da ação ergonômica que procura
compreender as atividades dos indivíduos em diversas situações de trabalho com
vistas a sua transformação. Desse modo, o foco de ação é a situação de trabalho
inclusa em um contexto sociotécnico, a fim de descobrir as lógicas de funcionamento
e suas consequências, tanto para a qualidade de vida no trabalho, quanto para o
desempenho da produção. (VERONESI, 2008).
A engenharia da ergonomia dos fatores humanos como é indicada nos Estados
Unidos, (Human Factors) não é um simples tema científico se não uma síntese que
junta as ciências biológicas, (psicologia, antropologia, fisiologia, medicina, etc.) com
a engenharia (PANERO e ZELNIK, 1991). Há algum tempo quase a união dos
empregos da ergonomia esteve presente no setor industrial e militar. As aplicações
de forma social foram auxiliares como o desenho dos ambientes internos de uma
casa, equipamentos sanitários e até o próprio tanque de lavar roupa.
Em decorrência de esforços físicos e mentais na visão de Travassos (2003), já que
uma acomodação completa ao trabalho noturno não acontece rápido o bastante, o
sistema de controle do corpo dos trabalhadores é somente parcialmente para o
“trabalhar” à noite e “dormir e repousar” de dia. O efeito é sono insuficiente tanto em
quantidade quanto em qualidade, com recuperação imprópria, ocasionando em
fadiga crônica com seus sintomas associados.
Neste mesmo caminho, a síndrome de Burnout que é uma enfermidade psicológica
caracterizada pelo aparecimento inconsciente do cansaço emocional provocados por
grandes esforços feitos no trabalho e que fazem com que o profissional fique mais
agressivo, nervoso, desinteressado, desmotivado, frustrado, depressivo, angustiado,
sendo relatado por Benevides-Pereira (2008) como um dos fatores negativos.
Apesar disso, nota-se que, mesmo diante de uma grande quantidade de publicações
sobre Ergonomia, com poucas ressalvas há textos ligados às metodologias de
Análise Ergonômica, e estes, normalmente, se encontram dispersos, confirmando,
na maioria das vezes, como âncora a outros assuntos, como Análise da Postura,
Aplicações Antropométricas, Pegas e Manejos, Organização do Trabalho etc..
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Por outro lado, alguns assuntos mais específicos sobre análise ergonômica
ressaltam um ou outro aspecto a ela relacionado, mencionando em sua maior
profundidade não a metodologia de análise em si, mas por detalhes envolvidos
como, por exemplo, os aspectos fisiológicos de uma atividade ou os seus processos
cognitivos, de modo a não existir, de uma maneira geral, guias “passo a passo” a
serem empregados nas mais variadas situações, tanto no meio acadêmico, por
estudantes de ergonomia, como na prática, dentro da empresa.
Uma das grandes aplicabilidades de ergonomia no meio laboral é nas condições de
trabalho. Este aspecto leva em conta o ambiente que se pensa necessário para
exercer movimentos pedidos na atividade de trabalho, além do impacto que o corpo
humano sofre às transformações constantes de temperatura no ambiente. O
imaginário torna-se real após o levantamento pela necessidade de trabalho nesse
tipo de ambiente, dando o máximo de conforto aos funcionários diretamente
afetados, por esse motivo se questiona: Qual a aplicabilidade de uma ação
ergonômica quanto ao o impacto à saúde dos funcionários da empresa de
frigorífica?
Para a realização dos seus objetivos, na ergonomia obterá resultados positivos
quanto a uma diversidade de fatores que são: o ser humano e seus aspectos físicos,
fisiológicas e psicológicas; instalações; o meio que considera a temperatura, ruídos,
vibrações, luz, cores, etc.; a organização que estabelece todos os itens referidos no
sistema produtivo analisando horários, turnos e equipes; e os resultados do trabalho
onde entram as questões incluídas com os erros e acidentes além do cansaço e o
estresse.
A ergonomia ligada ao estudo dos funcionários que laboram propriamente em
câmaras frigoríficas tem como intuito a proposta de melhor adaptação ergonômica
do trabalho. Estes funcionários estão expostos a uma permanente diferenciação
rápida de temperatura ao entrar e sair dessas câmaras, além do transporte de
produtos pesados. Todavia, o estudo requer analisar e desenvolver propostas de
trabalhos para melhorar o desempenho dos funcionários no serviço que abrange a
ergonomia que será utilizada no dia-a-dia destes no desempenho de suas funções.
A ergonomia tem sido fator de aumento de produtividade das empresas e da
qualidade do produto bem como da qualidade de vida dos trabalhadores, na medida
em que a mesma é aplicada com a finalidade de melhorar as condições ambientais,
visando à interação com o ser humano.
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O procedimento de produção na indústria frigorifica é moderado pela velocidade da
máquina transportadora, chamada nórea e ou esteira aérea, que transporta os
frangos até os trabalhadores, assim há a necessidade de manusear produtos
perecíveis rapidamente, visando à qualidade do produto final, podendo avaliar como
uma característica da atividade frigorífica uma série de movimentos simples e
repetitivos muitas vezes sem as merecidas pausas de descanso durante a jornada
de trabalho.
4.2 O posto de trabalho em Cabo Frio
A maneira como acontece o intercâmbio nesse sistema configura a situação de
trabalho. Nesta mesma direção, a ergonomia posiciona-se a pesquisar formas de
viabilizar a melhor forma de o homem realizar as suas tarefas.
Considerando as opiniões de trabalho como ponto de aflição e como forma de auto
realização, mencionados nos textos acima, Kroemer e Grandjean (2005) relatam que
alguns estudos revelaram que há pessoas que gostam do seu trabalho monótono e
repetitivo, onde algumas pessoas são capazes de fugir, com seus pensamentos,
para um mundo em que sonham acordadas e elas admiram as condições de
trabalho que lhes permite este escape, e não querem um trabalho que seja mais
mudado e mais desafiante. Por outro lado, segundo Souza (2005), os gerentes citam
que está se tornando cada vez mais difícil achar trabalhadores para atuar em tarefas
monótonas e repetitivas.
Analisando o conteúdo do trabalho monótono e repetitivo, foco do estudo, nota-se
que diferentes modos realmente existem. Para alguns, trabalhar sucessivamente em
uma linha de produção pode ser realmente mais tranquilo do que outras atividades,
já que isto lhes permite divulgar melhor as suas personalidades pela conversa, pelo
pensamento ou sonhando acordado. Para outros trabalhadores, no entanto, o
trabalho igual em uma linha de produção parece sem sentido, porque não abastece
as oportunidades para desenvolver suas personalidades pelo exercício da
competência mental no trabalho.
Conforme relatam Kroemer e Grandjean (2005), os trabalhadores, envolvidos em
tarefas pouco expressivas e com excesso de controles, sentem-se agoniados
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porque parece que seu trabalho nunca termina, por mais que se esforcem. Em
decorrência, há baixa identificação do trabalhador com os objetivos da empresa.
De acordo com Iida (2005), para confirmar a alegria, a segurança do trabalhador e
produtividade do sistema, de acordo com a tabela 1, algumas recomendações
ergonômicas devem ser seguidas nos postos de trabalho.
Tabela 1 - Recomendações ergonômicas para prevenir dores e lesões ósteo-musculares nos postos de trabalho
Limitar os movimentos ósteo-musculares nos Postos de trabalho
Evitar concentrações estáticas da musculatura
- Os movimentos repetitivos devem ser limitados a 2000 por hora;
- Permitir movimentações para mudanças frequentes de postura;
- Frequências maiores que 1 ciclo/seg prejudicam as articulações;
- Manter a cabeça na vertical;
- Eliminar as tarefas com ciclos menores a 90 seg;
- Usar suportes para apoiar os braços e antebraços;
- Evitar tarefas repetitivas sob frio ou calor intensos;
- Providenciar fixações e outros tipos de apoios mecânicos para aliviar a ação de segurar.
- Providenciar micro-pausas de 2 a 10 seg a cada 2 ou 3 min.
Promover o equilíbrio biomecânico Evitar o estresse mental
- Alternar as tarefas altamente repetitivas com outras de ciclos mais longos;
- Não fixar prazos ou metas de produção irrealistas;
- Aumentar a variedade de tarefas, incluindo tarefas de inspeção, registros, cargas e
limpezas;
- Evitar regulagens muito rápidas das máquinas;
- Não usar mais de 50% do tempo no mesmo tipo de tarefa;
- Evitar o excesso de controles e cobranças;
- Evitar os movimentos que exijam rápida aceleração, mudanças bruscas de direção ou
paradas repentinas;
- Evitar competição exagerada entre os membros do grupo;
- Evitar ações que exijam posturas inadequadas, alcances exagerados ou cargas superiores a 23
kg.
- Evitar remunerações por produtividade.
Atuar preventivamente antes que os desconfortos transformem-se em lesões
Fonte: Iida (2005)
Fornecer espaços adequados nos ambiente de trabalho é fundamental para que as
pessoas realizem suas atividades de forma saudável e eficiente a fim de alcançar os
índices de produtividade fixados pelas empresas. Para análise do posto de trabalho,
Iida (2005) comenta que três opiniões devem ser levados em consideração: a
biomecânica, a antropometria e as condições ambientais.
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4.2.1 Biomecânica ocupacional
A Biomecânica é a matéria da ergonomia destinada ao estudo do corpo humano,
das forças que atuam no corpo, analisando este como uma estrutura que funciona
segundo as leis da mecânica. O corpo humano é considerado um equipamento, que
determina os movimentos rápidos e precisos, modifica alimentos variados em
energia, tem capacidade de adaptação, e além de tudo se regenera quando
avariado, contudo, para efeito de estudo, podem ser visto como uma máquina,
composto por uma estrutura resistente, com articulações e com sistemas
tracionadores (DUL, WEERDNEESTER, 2004).
De acordo com Moro (2000), as forças utilizadas ao corpo podem ser divididas em
dois modos, as forças externas e as forças internas, onde, as forças externas são
aquelas desempenhadas na superfície do corpo e as forças internas são produzidas
pelos músculos e tendões e são reações às externas.
Conforme Iida (2005), a biomecânica ocupacional atenta-se com os movimentos
corporais e forças pautadas ao trabalho preocupam-se com as interações físicas do
trabalhador, com o seu cargo de trabalho, máquinas, ferramentas e materiais,
visando diminuir os riscos de distúrbios músculos esqueléticos, analisando
basicamente a questão das posições corporais no trabalho, a aplicação de forças,
bem como as suas sequelas aos trabalhadores.
Segundo Kroemer e Grandjean (2005), no que se diz respeito à biomecânica, deve-
se considerar o estudo acerca da fadiga humana como reforço às pesquisas. Uma
vez que a fadiga está pautada com os fatores humanos englobados no desempenho
do trabalho. Conforme Ballardin et. al. (2005), para que não ocorra lesões aos
indivíduos, os postos de trabalho devem estar adaptados às capacidades das
pessoas que neles trabalham.
Dul e Weerdmeester (2004) narram que a biomecânica é um componente da
ergonomia relevante para estabelecer sugestões sobre a postura e o movimento
medindo as capacidades das pessoas. Sendo a biomecânica a pesquisa das leis
físicas da mecânica ao corpo, podem-se avaliar as tensões que acontecem nos
músculos e articulações no momento da postura ou um movimento no ambiente de
trabalho. conforme Dul e Weerdmeester (2004), os princípios mais acentuados da
biomecânica para a ergonomia podem ser resumidos conforme tabela 2:
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Tabela 2 - Princípio de biomecânica em geral
Princípios de biomecânica
Ergonomia
As articulações devem ocupar uma posição neutra
As articulações devem ser mantidas, o máximo de tempo possível na posição neutra, evitando
que os músculos e os ligamentos sejam esticados, ou tencionados ao mínimo.
Conserve os pesos próximos ao corpo Quanto mais os pesos estiverem afastados do corpo, mais os braços serão tencionados e o
corpo penderá para frente. Evite curvar-se para frente Deve-se evitar por períodos prolongados que o
corpo fique prolongado para frente. Há contração dos músculos e dos ligamentos das costas para
manter essa posição. Evite inclinar a cabeça Quando a cabeça de um adulto inclina mais de
30º para a frente, os músculos do pescoço são tencionados para manter essa postura,
provocando dores na nuca e nos ombros. Evite torções do tronco Posturas torcidas do tronco causam tensões
indesejáveis nas vértebras. Evite movimentos bruscos que produzem picos
de tensão Movimentos bruscos podem produzir alta tensão, de curta duração. Os levantamentos de cargas
devem ser gradualmente, após pré-aquecimento da musculatura.
Altere posturas e movimentos Nenhuma postura ou ritmo repetitivo deve ser mantido por um longo período, pois estes são muito fatigantes, podendo causar lesões nos
músculos e articulações. Restrinja a duração do esforço muscular
contínuo O resultado de uma postura prolongada ou de
movimentos repetitivos provoca fadigas musculares localizadas, resultando em desconforto e queda de desempenho.
Previna a exaustão muscular A exaustão deve ser evitada, pois quando ela ocorre, há um tempo de recuperação da
musculatura. Pausas curtas e frequentes são melhores A fadiga muscular pode ser reduzida com
diversas pausas curtas distribuídas ao longo da jornada de trabalho.
Fonte: Dul e Weerdmeester (2004)
Constata-se na tabela 2 a semelhança entre as exigências ergonômicas e
biomecânicas, a relação entre o bem estar e adaptação das melhores condições de
trabalho.
Segundo Mafra et. al. (2005), muitos produtos e postos de trabalho impróprios nas
empresas geram problemas aos trabalhadores e à empresa, como, estresses
musculares, dores, fadiga, improdutividade, e na maioria das vezes, podem ser
resolvidos com providências simples conforme expostas na tabela 2.
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4.2.1.1 Posturas corporais
A posição do corpo no ambiente de trabalho pode ser resolvida como as posições
em que o trabalhador ocupa para desempenhar suas atividades.
Na maior parte das vezes, os trabalhadores adotam posturas impróprias no
ambiente de trabalho em função das ocasiões determinadas pela natureza da tarefa
ou do posto de trabalho que muitas vezes podem causar prejuízos a saúde do
trabalhador.
Conforme Moro (2000), a posição está relacionada com o movimento do corpo e
uma boa postura é aquela em que o trabalhador pode troca-la como quiser, o ideal é
que ele possa usar uma postura livre em função da atividade desempenhada no
ambiente de trabalho, ou seja, uma posição que possa lhe possibilite em
determinado instante conforme sua vontade ou necessidade.
Por outro lado, as posições desfavoráveis exercidas pelos trabalhadores podem
acarretar ao desenvolvimento de doenças e aumento da fadiga, quer se trate de
posturas estáticas ou de variações posturais de grande intensidade ou com grande
velocidade durante a realização da tarefa.
Nos códigos ergonômicos de posição de trabalho, a entendimento do posto de
trabalho e/ou a visão da tarefa deve beneficiar a mudança de posição, por exemplo,
a alternância entre ficar em pé e sentado.
Conforme Iida (2005), para a ergonomia, a postura é o estudo das posições
referente as partes do corpo, como cabeça, tronco e membros, no espaço de
trabalho. Ainda Iida (2005) explica que o redesenho dos postos de trabalho para
melhorar a posição gera reduções da fadiga, dores corporais, distanciamento do
trabalho e doenças ocupacionais e que vivem situações que em má postura pode
causar consequências danosas, como pode-se verificar na tabela 3:
Tabela 3 - Localização das dores no corpo, provocadas por posturas inadequadas
Postura inadequada Risco de dores
Em pé Pés e pernas (varizes) Sentado sem encosto Músculos extensores do dorso
Assento muito alto Parte inferior das pernas, Assento muito baixo Dorso e joelho
Braços esticados Ombros e braços Pegas inadequadas em ferramentas Antebraço
Punhos em posições não-neutras Punhos Rotação do corpo Coluna vertebral
Ângulo inadequado assento/encosto Músculos dorsais Superfícies de trabalho muito baixas Coluna vertebral, cintura
Fonte: Iida (2005)
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Na vida habitual no trabalho e fora dele, as pessoas seguem posturas para o
desenvolvimento de atividades e para o descanso. De acordo com Moro (2000),
essas posturas podem produzir cargas e torques ajustados para a manutenção da
saúde do sistema músculo-esquelético dos trabalhadores, ou podem ser exageradas
ou mesmo insuficientes, levando a distúrbios nesse sistema. As técnicas de
ergonomia procuram achar as posturas neutras, ou seja, aquelas que impõem
menor carga possível sobre as articulações e partes de músculos-esqueléticos,
contribuindo para diminuição da fadiga nos trabalhadores.
O objetivo da ergonomia é o ser humano que trabalha. No entanto, a visão mais
aconselhada não deve partir de itens do posto do trabalho, mas do corpo humano.
4.2.2 Antropometria A Antropometria pode ser determinada, conforme Iida (2005), como a disciplina que
narra as diferenças quantitativas das medidas do corpo humano, examina as
dimensões tomando como identificador distintas estruturas anatômicas e serve como
instrumento para a ergonomia com o meta de adaptar as máquinas, equipamentos e
ferramentas que serão manipuladas pelo ser humano no ambiente de trabalho.
Segundo Dul e Weerdmeester (2004), a antropometria ocupa-se das dimensões e
extensões do corpo humano que servem de apoio para construção do ambiente
onde será usado para exercer suas atividades.
Rio e Pires (1999, p. 125) relacionam antropometria como "o estudo das medidas do
corpo humano, onde se constituem a base sobre a qual devem ser definidos os
desenhos de postos de trabalho".
Couto (2000) narra ainda que antropometria é o estudo das medidas humanas,
sobressaltando que o conhecimento e a utilização dessas medidas são importantes
para a determinação de aspectos do posto de trabalho para a boa postura do corpo
durante o trabalho.
Visto que as descrições de antropometria levam a compreensão do estudo às
medidas do corpo humano, e é de tamanha importância para esta pesquisa analisar
a antropometria relacionando os postos de trabalhos nas análises das
incompatibidades entre trabalhadores e posto de trabalho.
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4.2.3 Conforto ambiental
Todos os dias, o ambiente, as ferramentas, as máquinas e as posturas tomadas,
entre outras variáveis recentes no ambiente de trabalho, colocam os trabalhadores
em situações que podem comprometer a integridade física e a saúde.
Barbosa Filho (2001) diz que todas as chances de danos à integridade física ou a
saúde de uma pessoa dentro de seu ambiente de trabalho é chamada de riscos
ambientais.
No estudo das condições ambientais de trabalho, Rio e Pires (1999) ponderam que
o foco da ergonomia está direcionado nos aspectos de iluminação, ruído,
temperatura e vibração, enquanto as condições ambientais relativos à natureza
química, física e biológica são pesquisadas mais frequentemente pela Engenharia
de Segurança do Trabalho e Higiene Ocupacional.
Para analisar as condições do ambiente de trabalho em que os indivíduos estão
revelados para realizar suas atividades às normas regulamentadoras estabelecem a
elaboração do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, incluído na
NR-9, que identifica, avalia e busca a exclusão dos riscos ambientais por meio de
técnicas de engenharia e medicina do trabalho, a fim de manter o ambiente dentro
dos limites de tolerância dos agentes expostos.
Kroemer e Grandjean (2005) descrevem que as pessoas dificilmente observam o
clima interior em uma sala enquanto ele é “normal”, porém quanto mais ele afasta
dos padrões de conforto, mais atrai a atenção das pessoas, já que a sensação de
desconforto pode crescer de um simples desconforto até a dor, causando alterações
funcionais que podem afetar o corpo. No entanto, a manutenção de uma situação
confortável é primordial para o bem-estar e desempenho eficiente das pessoas e da
empresa.
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4.3 Resultados de coletas e amostras
A coleta de dados aconteceu dentro e fora da linha de produção. De início
aconteceu fora da linha da produção com o aproveitamento do formulário para
análise do setor a ser pesquisado. Nesta fase, notou-se no setor de pesquisa o
número de queixas e acidentes em decorrência do número de trabalhadores. Em
seguida, definiram-se quais foram as queixas mostradas no setor. Ao analisar as
queixas de dores e acidentes expostas pelo setor definido como meta do estudo,
aplicou-se os formulários para análise de riscos de acidentes relatados no PPRA,
nas inspeções de segurança e no mapa de riscos.
4.3.1 Resultados da Análise Bipolar
Para analisar o episódio de dor muscular durante o trabalho, aplicou-se o
questionário bipolar de áreas dolorosas sugeridas por Corlett e Manenica (1995) em
três etapas da jornada de trabalho, a primeira após 1 hora de trabalho, a segunda
com 4 horas de trabalho e a terceira com 8 horas de trabalho.
Com os efeitos desta análise foi possível notar a ocorrência de dores musculares,
avaliar no posto de trabalho os funcionários que se queixam de dor e qual o
momento em que há maior queixa de dor.
Primeiramente é apresentado somente o resultado da primeira atividade, risco no
dorso, os outros resultados encontram-se no decorrer deste estudo, logo a seguir.
Observa-se nos resultados da análise bipolar que o posto de trabalho em Cabo Frio
foram anotadas queixas de dores musculares em várias partes do corpo dos
trabalhadores, o que justifica uma análise com detalhes por meio de métodos que
quantifiquem e relacionam as possibilidades de disfunções entre os postos de
trabalho e trabalhadores.
Observa-se nos resultados que existem queixas de diversas partes do corpo no
posto de trabalho pesquisado com semelhanças de atividade. Cabe comentar que
para detectar estas disparidades encontradas, é preciso realizar uma análise
detalhada não só do posto e trabalhador, mas também das características de cada
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trabalhador que labora no posto de trabalho, tais como: sexo, idade, peso,
antropometria, tempo de serviço, fatores pessoais e análise do trabalhador em
virtude da sua qualidade de vida fora da empresa, pois foi possível detectar no
período a pesquisa que há trabalhadores que desempenham outras atividades além
da pesquisada, um exemplo são as mulheres que cuidam do lar e filhos durante o
tempo que estão de folga do serviço.
4.3.2 Análise dos Dados Ambientais em Função da Subjetividade dos
Funcionários
Considerando os balanços das medidas ambientais com os documentos da
subjetividade dos funcionários em cargo da temperatura, ruído e iluminância,
conseguiram-se as seguintes consequências:
a) Avaliação térmica
Para medida ambiental de temperatura: apresenta na avaliação de conforto térmico
como uma posição entre neutro e levemente frio com uma percentagem média
inferior a 10% de insatisfeitos, assinala-se o ambiente como confortável
termicamente.
Na checagem de estresse térmico, em função da roupa oferecida pela empresa, a
qualidade foi classificada entre neutro e levemente frio. Porem existe uma
regulagem nas vestimentas dos funcionários, cumpridas pelos próprios funcionários
que caracteriza uma nível de leve aquecimento.
Para medida de subjetividade: apresenta na avaliação subjetiva dos trabalhadores
uma condição média entre neutro e levemente frio. Esta condição aprova os
resultados da avaliação de alívio térmico, entre neutro e levemente frio.
Quanto às escolhas dos trabalhadores em função do conforto térmico, constata-se
que a média está entre neutro e levemente quente, condição que confirma os
resultados da avaliação de estresse térmico que caracterizou o leve aquecimento
em função das roupas utilizadas pelos funcionários. Verifica-se que perante os
dados apresentados neste estudo os funcionários estão usando um número de
vestimentas superior ao preciso para atividade.
b) Avaliação acústica
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Para medida ambiental de bem-estar acústico: Nota-se que em função dos
aparelhamentos de proteção individual usados pelos funcionários a qualidade
acústica é confortável, conforme as regras que ditam os limites máximos de ruído.
Para avaliação de subjetividade: vemos que na avaliação subjetiva dos funcionários
o efeito do ruído apresenta 45,9% na condição neutra. Esta condição ratifica os
resultados da avaliação de conforto acústico, pois, conforme já mostrado, para que o
funcionário sinta-se confortável em função do nível de ruído no ambiente de
trabalho, o mesmo terá que usar corretamente o protetor auricular para enfraquecer
o nível de ruído a que ele está recebendo.
c) Avaliação lumínica
Para medida ambiental de conforto lumínico: constata-se que em dois postos de
trabalho o grau de iluminância está acima da faixa limite da NBR 5413, o que
significa o desconforto lumínico nestes postos de trabalho. Os demais postos de
trabalho estão dentro dos padrões impostos pela NBR 5413.
Para avaliar a subjetividade: averiguamos que na avaliação subjetiva dos
funcionários em função da iluminância os resultados apresentam 56,8% no estado
neutro.
Esta medida confirma os resultados da avaliação de conforto lumínico que
diferenciou dois postos com iluminação acima do limite imposto pela NBR 5413 com
resultado entre neutro e ligeiramente forte.
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