Escravidao Africana - Trafico Negreiro

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINSPROF: BRAZ VASACADEMICOS: ROSIANE SIVONEY TAYANE

ESCRAVIDÃO AFRICANA

TRÁFICO NEGREIRO

ARAGUAÍNA – TO2013

NA IDADE MODERNA, PORTUGAL FOI O PRIMEIRO PAÍS DA EUROPA A REALIZAR O COMÉRCIO DE ESCRAVOS AFRICANOS. ISSO FOI POSSÍVEL PORQUE OS PORTUGUESES DOMINAVAM MUITAS REGIÕES NO LITORAL DA ÁFRICA, ONDE FUNDAMENTAL FEITORIAS DURANTE O SÉCULO XVI.

INTRODUÇÃO:

O Comércio de Escravos Africanos Na África, os escravos eram adquiridos por

traficantes a preços baixos e revendido a preços altos na América.

O tabaco, aguardente, ouro, marfim, tecidos, cavalos, armas e outros produtos serviam de moeda de troca.

Quando chegavam à América portuguesa, os escravos eram colocados à venda em mercados.

Ficavam a mostra em exposição sendo tratados como mercadorias.

A CAPTURA DOS ESCRAVOS

No início, os comerciantes portugueses capturavam os africanos.

Mais tarde os chefes africanos passaram a organizar as incursões ao interior, atacando aldeias, preparando emboscadas para conseguirem cativos para venderem nas feitorias no litoral para esperar o embarque.

ROTAS DOS ESCRAVOS PARA O BRASIL

Fonte: Portal do professor.mec.gov.br

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Calcula-se que, entre 1549 e 1858, o tráfico negreiro foi responsável pelo desembarque no Brasil de 4 milhões de africanos aproximadamente.

ESTIMATIVAS DE DESEMBARQUE DE AFRICANOS NO BRASIL.

(1531 – 1855)

PERÍODO NÚMERO DE ESCRAVOS

1531 - 1600 50 000

1601 - 1700 560 000

1701 - 1800 1 680 100

1801 – 1855 1 719 300

TOTAL: 4 009 400

Forte: organizada a partir das tabelas (2.1 e 2. 2) elaboradas por Klein, Herbert. “Trafico negreiro”. In: Estatísticas históricas do Brasil. Rio de Janeiro, IBGE, 1987.

Depois de aprisionados, os negros eram acorrentados e marcados com ferro em brasa para efeito de identificação.

Os navios negreiros saíram da África com aproximadamente 600 escravos.

Morriam em média 20% dos negros durante a viagem.

A travessia para o Recife durava em média 35 dias, para a Bahia 40 dias e para o Rio de Janeiro 60 dias.

Em razão das péssimas condições de viagem, inclusive acorrentados nos porões dos navios, o índice de mortalidade era alto, por isso os navios que transportavam os negros ficaram conhecidos como tumbeiros.

ORIGEM DOS ESCRAVOS A maioria dos africanos trazidos à colônia

portuguesa como escravos pertencia a dois grandes grupos étnicos:

os bantos , originários de Angola, Moçambique e Congo, e que se tornaram mais numerosos no centro-sul e no Nordeste;

os sudaneses , provenientes da Guiné, da Nigéria e da Costa do Ouro, e que foram levados principalmente para a região da Bahia.

As estratégias de resistência

Chegando ao Brasil, os negros eram vendidos no próprio porto, em leilões. Pouco tempo depois, estavam trabalhando para seus proprietários: na agromanufatura do açúcar, na plantação de algodão, na mineração, etc. Podiam trabalhar também nos serviços domésticos, ou no artesanato.

Os vários tipos de trabalhos executados conferiam distinções entre os escravos. Entretanto os que trabalhavam no campo ou na mineração eram mais maltratados, recebendo roupa de trapo e alimentação de péssima qualidade, trabalhavam, em média, 15 horas por dia. Além disso, caso desobedecessem ordens, sofriam vários tipos de castigo: chicotada, queimadura, prisão etc.

Excesso de trabalho, má alimentação, péssimas condições de higiene, castigos acabavam deteriorando rapidamente a saúde do escravo. A maioria morria depois de cinco a dez anos de trabalho. Entretanto os escravos domésticos, escolhidos entre o que o senhor considerava mais bonitos e confiáveis, recebiam roupas melhores e alimentação mais adequada.

Segundo o escravizador, havia outras distinções entre os escravos: por exemplo, as relativas à aculturação. Tinha menos valor o escravo chamado “ boçal”, recém-chegado da África, desconhecedor da língua portuguesa e do trabalho na colônia. Valia mais o “ladino”, isto é, o escravo “aculturado”, que entendia a língua portuguesa e já conhecia a rotina da trabalho.

Formas de Resistências

De várias maneiras, os escravos africanos procuravam reagir contra a escravidão. Certas mulheres provocavam abortos para evitar o sofrimento futuro do filho. Alguns escravos praticavam o suicídio: enforcando-se ou envenenando-se. Outros ainda organizavam rebeliões contra os senhores.

Fugas individuais ou coletivas eram constantes. Alguns escravos fugidos procuravam a proteção de negros livres que habitavam as cidades. Outros formavam comunidades com projeto político, organização social própia e uma rede de alianças com diversos grupos da sociedade. Essas organizações de refúgio eram chamadas de quilombos.

Além da fuga, rebelião ou violência contra senhores ou feitores, os escravos criaram outras estratégias de resistência à escravidão. Faziam “corpo mole” no trabalho, isto é, reduziam ou paralisavam o ritmo de suas atividades. Muitas vezes sabotavam a produção quebrando ferramentas ou incendiando plantações.

Referências: COTRIM, Gilberto. História do Brasil: um olhar crítico. São

Paulo: Saraiva, 1999 COTRIM, Gilberto, 1955 – Saber e fazer história: história

geral e do Brasil, 9º ano: consolidação do capitalismo e Brasil império / Gilberto Cotrim, Jaime Rodrigues; ilustrações das vinhetas Alex Silva; mapas Selma Caparroz- 5. Ed.- São Paulo: Saraiva, 2009

MAESTRI, Mario. O escravismo no Brasil. São Paulo: Atual, 1994.