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DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
1
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO
Luiz Gonzaga Martins Coelho – PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA
Francisco das Chagas Barros de Sousa – SUBPROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA PARA ASSUNTOS JURÍDICOS
Mariléa Campos dos Santos Costa – SUBPROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA PARA ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS
Eduardo Jorge Hiluy Nicolau – CORREGEDOR-GERAL DO MP
Marco Antonio Anchieta Guerreiro –SUBCORREGEDOR-GERAL DO MP
Rita de Cassia Maia Baptista – OUVIDORA DO MP
Márcio Thadeu Silva Marques – DIRETOR DA ESCOLA SUPERIOR DO MP
Emmanuel José Peres Netto Guterres Soares– DIRETOR-GERAL DA PGJ
Marco Antônio Santos Amorim - DIRETOR DA SECRETARIA PARA ASSUNTOS INSTITUCIONAIS
Raimundo Nonato Leite Filho – DIRETOR DA SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
Carmen Lígia Paixão Viana - DIRETORA DA SECRETARIA ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA
Justino da Silva Guimarães – ASSESSOR-CHEFE DA PGJ
Fabíola Fernandes Faheína Ferreira – CHEFA DE GABINETE DA PGJ
COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA
José Antonio Oliveira Bents Flávia Tereza de Viveiros Vieira Regina Lúcia de Almeida Rocha Paulo Roberto Saldanha Ribeiro
Maria dos Remédios Figueiredo Serra Teodoro Peres Neto Eduardo Jorge Hiluy Nicolau Rita de Cassia Maia Baptista
Iracy Martins Figueiredo Aguiar Marco Antonio Anchieta Guerreiro Ana Lídia de Mello e Silva Moraes Maria de Fátima Rodrigues Travassos Cordeiro
Lígia Maria da Silva Cavalcanti Sâmara Ascar Sauaia Krishnamurti Lopes Mendes França Themis Maria Pacheco de Carvalho Raimundo Nonato de Carvalho Filho Maria Luíza Ribeiro Martins
Selene Coelho de Lacerda Mariléa Campos dos Santos Costa José Henrique Marques Moreira Joaquim Henrique de Carvalho Lobato Domingas de Jesus Fróz Gomes Sandra Lúcia Mendes Alves Elouf
Francisco das Chagas Barros de Sousa Eduardo Daniel Pereira Filho Clodenilza Ribeiro Ferreira Carlos Jorge Avelar Silva
Terezinha de Jesus Anchieta Guerreiro Lize de Maria Brandão de Sá Costa Regina Maria da Costa Leite
CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO
(Biênio 2017/2019)
Titulares
Luiz Gonzaga Martins Coelho– PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA
Eduardo Jorge Hiluy Nicolau – CORREGEDOR-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Domingas de Jesus Fróz Gomes - CONSELHEIRA
Francisco das Chagas Barros de Sousa - CONSELHEIRO
Mariléa Campos dos Santos Costa – CONSELHEIRA
Sandra Lúcia Mendes Alves Elouf - CONSELHEIRA
Carlos Jorge Avelar Silva - CONSELHEIRO
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
TURMAS MINISTERIAIS / PROCURADORIAS DE JUSTIÇA / PROCURADORES (AS) DE JUSTIÇA/– DIVISÃO
(conforme Anexo da Resolução Nº 37/2016 –CPMP)
TURMAS
MINISTERIAIS
Nº PROCURADORES(AS) / PROCURADORIAS DE JUSTIÇA
1ª TURMA
CÍVEL
1 José Antonio Oliveira Bents 1º Procurador de Justiça Cível
1ª Procuradoria de Justiça Cível
2 Terezinha de Jesus Anchieta Guerreiro 9ª Procuradora de Justiça Cível
9ª Procuradoria de Justiça Cível
3 Marco Antonio Anchieta Guerreiro 12º Procurador de Justiça Cível
12ª Procuradoria de Justiça Cível
2ª TURMA
CÍVEL
4
Raimundo Nonato de Carvalho Filho
4º Procurador de Justiça Cível
4ª Procuradoria de Justiça Cível
5
Clodenilza Ribeiro Ferreira
8ª Procuradora de Justiça Cível
8ª Procuradoria de Justiça Cível
6
Sandra Lúcia Mendes Alves Elouf
17ª Procuradora de Justiça Cível
17ª Procuradoria de Justiça Cível
3ª TURMA
CÍVEL
7
Iracy Martins Figueiredo Aguiar
2ª Procuradora de Justiça Cível
2ª Procuradoria de Justiça Cível
8
Ana Lídia de Mello e Silva Moraes
3ª Procuradora de Justiça Cível
3ª Procuradoria de Justiça Cível
9
Themis Maria Pacheco de Carvalho
14ª Procuradora de Justiça Cível
14ª Procuradoria de Justiça Cível
10
Mariléa Campos dos Santos Costa
15ª Procuradora de Justiça Cível
15ª Procuradoria de Justiça Cível
4ª TURMA
CÍVEL
11
José Henrique Marques Moreira
5º Procurador de Justiça Cível
5ª Procuradoria de Justiça Cível
12
Francisco das Chagas Barros de Sousa
7º Procurador de Justiça Cível
7ª Procuradoria de Justiça Cível
13
Paulo Roberto Saldanha Ribeiro
10º Procurador de Justiça Cível
10ª Procuradoria de Justiça Cível
5ª TURMA
CÍVEL
14
Teodoro Peres Neto
11º Procurador de Justiça Cível
11ª Procuradoria de Justiça Cível
15
Sâmara Ascar Sauaia
13ª Procuradora de Justiça Cível
13ª Procuradoria de Justiça Cível
16
Joaquim Henrique de Carvalho Lobato
16º Procurador de Justiça Cível
16ª Procuradoria de Justiça Cível
6ª TURMA
CÍVEL
17
Eduardo Daniel Pereira Filho
18º Procurador de Justiça Cível
18ª Procuradoria de Justiça Cível
18
Carlos Jorge Avelar Silva
19º Procurador de Justiça Cível
19ª Procuradoria de Justiça Cível
19
Lize de Maria Brandão de Sá Costa
6ª Procuradora de Justiça Cível
6ª Procuradoria de Justiça Cível
1ª TURMA
CRIMINAL
1
Maria dos Remédios Figueiredo Serra
2ª Procuradora de Justiça Criminal
2ª Procuradoria de Justiça Criminal
2
Eduardo Jorge Hiluy Nicolau
3º Procurador de Justiça Criminal
3ª Procuradoria de Justiça Criminal
3 Selene Coelho de Lacerda 7º Procurador de Justiça Criminal
7ª Procuradoria de Justiça Criminal
4 Domingas de Jesus Froz Gomes 5ª Procuradora de Justiça Criminal
5ª Procuradoria de Justiça Crimina
2ª TURMA
CRIMINAL
5 Regina Lúcia de Almeida Rocha 1ª Procuradora de Justiça Criminal
1ª Procuradoria de Justiça Criminal
6 Lígia Maria da Silva Cavalcanti 4ª Procuradora de Justiça Criminal
4ª Procuradoria de Justiça Criminal
7 Krishnamurti Lopes Mendes França 6º Procurador de Justiça Criminal
6ª Procuradoria de Justiça Criminal
8 Regina Maria da Costa Leite 8ª Procuradora de Justiça Criminal
8ª Procuradoria de Justiça Criminal
3ª TURMA
CRIMINAL
9 Flávia Tereza de Viveiros Vieira 9ª Procuradora de Justiça Criminal
9ª Procuradoria de Justiça Criminal
10 Rita de Cassia Maia Baptista 10ª Procuradora de Justiça Criminal
10ª Procuradoria de Justiça Criminal
11 Maria de Fátima Rodrigues Travassos Cordeiro 11ª Procuradora de Justiça Criminal
11ª Procuradoria de Justiça Criminal
12 Maria Luíza Ribeiro Martins 12ª Procuradora de Justiça Criminal
12ª Procuradoria de Justiça Criminal
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
SUMÁRIO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO ........................................................................................ 3 Procuradoria Geral de Justiça ......................................................................................................................................... 3
ATO ................................................................................................................................................................................ 3 EDITAL ......................................................................................................................................................................... 4
Diretoria Geral .................................................................................................................................................................. 4 EXTRATOS ................................................................................................................................................................... 4
Caop Educação ............................................................................................................................................................... 10 RECOMENDAÇÕES ................................................................................................................................................. 10
Promotorias de Justiça das Comarcas do Interior ....................................................................................................... 45 BACURI ...................................................................................................................................................................... 45 BARRA DO CORDA .................................................................................................................................................. 47 HUMBERTO DE CAMPOS ...................................................................................................................................... 49 IMPERATRIZ ............................................................................................................................................................. 50
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO
Procuradoria Geral de Justiça
ATO
ATO-GAB/PGJ - 2462019
Código de validação: 0B53D2F21A
O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO, com base no art. 127, § 2.º da Constituição Federal,
art. 94, § 2.º da Constituição Estadual e tendo em vista o disposto no art. 21, § 2º, da Lei nº 8.077, de 07 de janeiro de 2004 –
Plano de Carreira e Cargos de Apoio Técnico Administrativo do Ministério Público,
R E S O L V E :
Aprovar a Promoção Funcional do servidor DARLYSSON LYNIK PEREIRA DE ARAUJO, Matrícula n° 1071509, Técnico
Ministerial do Quadro de Pessoal de Apoio Técnico-Administrativo do Ministério Público Estadual, passando da Classe A Padrão
5 para a Classe B Padrão 6, devendo ser assim considerado a partir de 24 de junho de 2019, tendo em vista o que consta do
Processo nº 13117/2019.
São Luís, 02 de julho de 2019
Dê-se ciência e cumpra-se. Publique-se no Boletim Interno Eletrônico.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Matrícula 651919
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
Documento assinado. Ilha de São Luís, 02/07/2019 15:27 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
EDITAL
EDITAL Nº 20/2019
Proc n.º 13719/2019 (Digidoc)
O Procurador-Geral de Justiça, na qualidade de Presidente do Conselho Superior do Ministério Público, faz saber aos Promotores
de Justiça de Entrância Intermediária, que se encontra vaga a 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Açailândia, podendo os
interessados se inscreverem para remoção pelo critério de antiguidade, no prazo de 03 (três) dias a contar da publicação deste edital,
observado o disposto no art. 85, da LC nº 013/1991 c/c art. 32 e ss, do RICSMP, após o que será divulgada a relação de inscritos
pela secretaria do conselho, para que os interessados, no prazo de 03 (três) dias dessa divulgação, ofereçam impugnações,
reclamações e desistências, consoante a Resolução nº 01/95-CSMP.
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, EM SÃO LUÍS, 4 DE JULHO DE 2019.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Diretoria Geral
EXTRATOS
EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 022/2019.
PROCESSO N°:3094/2018. PREGÃO ELETRÔNICO Nº 018/2019-SRP-CPL/PGJ/MA. OBJETO: Constituição de registro de
preços para aquisição eventual de Material de Consumo – papel A4 e Ofício II (itens 01 e 03): ITEM
MATERIAL QTD P. UNIT P. TOTAL
01
PAPEL SULFITE FORMATO A4;
GRAMATURA 75G/M2;; MEDINDO
(210X297) MM; ALVURA MÍNIMA DE
90%, CONFORME NORMA ISO;
OPACIDADE MÍNIMA DE 87%;
UMIDADE ENTRE 3,5% (+/-1,0),
CONFORME NORMA TAPPI; CORTE
ROTATIVO, PH ALCALINO COR
BRANCO; EMBALAGEM
REVESTIDA EM BOPP; PRODUTO
COM CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL
FSC OU CERFLOR, COM SELO E
CÓDIGO DE LICENÇA IMPRESSOS
NA EMBALAGEM. RESMA (500
folhas) MARCA: REPORT / FABRICANTE:
SUZANO CELULOSE
21.500 R$ 14,46 R$ 310.890,00
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
5
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
03
PAPEL SULFITE FORMATO OFÍCIO
II; GRAMATURA 75G/M2; MEDINDO
(216X33) MM; ALVURA MÍNIMA DE
90%, CONFORME NORMA ISO;
OPACIDADE MÍNIMA DE 87%;
UMIDADE ENTRE 3,5% (+/-1,0),
CONFORME NORMA TAPPI; CORTE
ROTATIVO, PH ALCALINO COR
BRANCO; EMBALAGEM
REVESTIDA EM BOPP; PRODUTO
COM CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL
FSC OU CERFLOR, COM SELO E
CÓDIGO DE LICENÇA IMPRESSOS
NA EMBALAGEM. RESMA (500
folhas) MARCA: REPORT / FABRICANTE:
SUZANO CELULOSE
500 R$ 16,70 R$ 8.350,00
VALOR TOTAL R$ 319.240,00
VALOR GLOBAL: R$ 319.240,00 (trezentos e dezenove mil, duzentos e quarenta reais). Mediante Sistema de Registro de Preços,
de acordo com as especificações constantes do Anexo I do Termo de Referência, e proposta de preços apresentada no Pregão
Eletrônico n° 018/2019. PRAZO: 12 (doze) meses, com eficácia legal após a sua publicação na Imprensa Oficial. CONTRATANTE:
Procuradoria-Geral de Justiça. CONTRATADA: VIP DISTRIBUIÇÃO E LOGÍSTICA EIRELI. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL:
Leis Federais nº. 10.520/02 e nº 8.666/93, Decreto Federal nº 5.450/05, Decreto Estadual nº. 31.553/2016, Leis Complementares nº.
123/06 e nº. 147/14, Portaria nº 1.901/05-GPGJ e Ato Regulamentar nº 11/2014 – GPGJ, ambos deste Ministério Público Estadual,
e demais normativos legais aplicáveis à espécie.
Nenhum licitante aceitou cotar os bens/serviços com preços iguais ao do licitante vencedor do certame.
São Luís, 03 de julho de 2019.
EMMANUEL JOSÉ PERES NETTO GUTERRES SOARES
Diretor-Geral da PGJ/MA
EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 023/2019.
PROCESSO N°:3094/2019. PREGÃO ELETRÔNICO Nº 018/2019-SRP-CPL/PGJ/MA. OBJETO: Constituição de registro de
preços para a aquisição eventual e futura de material de consumo – papel A4.
ITEM DESCRIÇÃO/ESPECIFICAÇÃO UNIDADE QTD PREÇO
UNITÁRIO PREÇO TOTAL
02
PAPEL SULFITE FORMATO A4; GRAMATURA
75G/M2;; MEDINDO (210X297) MM; ALVURA
MÍNIMA DE 90%, CONFORME NORMA ISO;
OPACIDADE MÍNIMA DE 87%; UMIDADE
ENTRE 3,5% (+/-1,0), CONFORME NORMA
TAPPI; CORTE ROTATIVO, PH ALCALINO COR
BRANCO; EMBALAGEM REVESTIDA EM BOPP;
PRODUTO COM CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL
FSC OU CERFLOR, COM SELO E CÓDIGO DE
LICENÇA IMPRESSOS NA EMBALAGEM.
MARCA: ONE / FABRICANTE: SUZANO PAPEL E
RESMA
(500 folhas) 3.500 R$ 15,98 R$ 55.930,00
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
6
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
CELULOSE S.A
Cota de 14% reservada para participação exclusiva de
microempresas, empresas de pequeno porte.
VALOR TOTAL R$ 55.930,00
VALOR GLOBAL: R$ 55.930,00 (cinquenta e cinco mil e novecentos e trinta reais). Mediante Sistema de Registro de Preços, de
acordo com as especificações constantes do Anexo I do Termo de Referência, e proposta de preços apresentada no Pregão
Eletrônico n° 018/2019. PRAZO: 12 (doze) meses, com eficácia legal após a sua publicação na Imprensa Oficial. CONTRATANTE:
Procuradoria-Geral de Justiça. CONTRATADA: COMODORO COMERCIAL E NUTRIÇÃO LTDA. FUNDAMENTAÇÃO
LEGAL: termos da Lei Federal nº. 10.520/02, Lei Federal nº 8.666/93, Decreto Federal nº 5.450/05 e 7.892/2013, Decreto
Estadual nº. 31.553/2016, Leis Complementares nº. 123/06 e 147/14, Portaria nº 1.901/05-GPGJ e Ato Regulamentar nº 11/2014 –
GPGJ, ambos deste Ministério Público Estadual, e demais normativos legais aplicáveis à espécie,. Nenhum licitante aceitou cotar os bens/serviços com preços iguais ao do licitante vencedor do certame.
São Luís, 04 de julho de 2019.
EMMANUEL JOSÉ PERES NETTO GUTERRES SOARES
Diretor-Geral da PGJ/MA
EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 024/2019.PROCESSO N°:13521/2018.
PREGÃO ELETRÔNICO Nº 017/2019-SRP-CPL/PGJ/MA. OBJETO: Constituição de registro de preços para aquisição eventual
de Material Permanente – BEBEDOURO ÁGUA (item 01): ITEM
MATERIAL QTD P. UNIT P. TOTAL
01
BEBEDOURO ELÉTRICO PARA GARRAFÃO DE 20
(VINTE) LITROS, tipo coluna, capacidade mínima para
armazenamento no reservatório de no mínimo 1,8 litros/hora.
Gabinete em aço inoxidável, duas torneiras sendo uma para
água natural e outra para água refrigerada, tubulações em
cobre externas ao reservatório. Compressor silencioso de
alto desempenho que utilize o gás R134a, tensão de 220 volts,
certificado pelo INMETRO, com dimensões mínimas de: 960
mm de altura, 275 mm de largura, 365 mm de profundidade.
Garantia mínima do fabricante de 24 (vinte e quatro) meses.
(exclusivo ME/EPP).
100 R$ 595,53 R$ 59.553,00
TOTAL R$ 59.553,00
VALOR GLOBAL: R$ 59.553,00 (cinquenta e nove mil, quinhentos e cinquenta e três reais). Mediante Sistema de Registro de
Preços, de acordo com as especificações constantes do Anexo I do Termo de Referência, e proposta de preços apresentada no
Pregão Eletrônico n° 051/2018. PRAZO: 12 (doze) meses, com eficácia legal após a sua publicação na Imprensa Oficial.
CONTRATANTE: Procuradoria-Geral de Justiça. CONTRATADA: O.C. ARAÚJO – JM MULTIMAR. FUNDAMENTAÇÃO
LEGAL: Leis Federais nº. 10.520/02 e nº 8.666/93, Decreto Federal nº 5.450/05, Decreto Estadual nº. 31.553/2016, Leis
Complementares nº. 123/06 e nº. 147/14, Portaria nº 1.901/05-GPGJ e Ato Regulamentar nº 11/2014 – GPGJ, ambos deste
Ministério Público Estadual, e demais normativos legais aplicáveis à espécie.
Aceitam cotar os serviços objeto da presente Ata de Registro de Preços, oriunda do Pregão Eletrônico nº. 051/2019, com preços
iguais aos da licitante vencedora para o item 01, conforme artigo 15 do Ato Regulamentar nº. 11/2014 – GPGJ, os seguintes
fornecedores:
Fornecedor CNPJ Endereço Representante legal
Informações
para contato
(telefone, e-
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
7
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
mail, etc)
S V DE S
FERREIRA
28.742.388/0001
-15
Unidade 103, R. 08, n°
01, Cidade Operária, São
Luís – MA
CEP: 65058-109
Shâmia Valênia de
Sousa Ferreira
(98) 98722-1801
98806-9670
98198-9904
E-mail:
svfcomercio@outlook.co
m
São Luís, 03 de julho de 2019.
EMMANUEL JOSÉ PERES NETTO GUTERRES SOARES
Diretor-Geral da PGJ/MA
EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 026/2019.PROCESSO N°:13521/2018.
PREGÃO ELETRÔNICO Nº 017/2019-SRP-CPL/PGJ/MA. OBJETO: Constituição de registro de preços para aquisição eventual
de Material Permanente – Aparelho telefônico analógico (item 1): ITEM
MATERIAL QTD P. UNIT P. TOTAL
01
Aparelho telefônico analógico na cor
branca, com múltiplas funções e que opera
no modo multi-frequencial com tecla Flash,
adequado com tempo de flash para central
telefônica CPCT AASTRA MD110 MX-
ONE provido com as seguintes
características funcionais: 5 funções : Flash,
Tom, Mute, Pausa e Rediscar; 2 volumes de
campainha; Posição mesa ou parede e
assistência técnica autorizada,
preferencialmente, em São Luís/MA. Com
garantia mínima de 12 meses. Exclusiva
para microempresas, empresas de
pequeno porte. ELGIN – TCF2000
700 41,47 29.029,00
VALOR TOTAL R$ 29.029,00
VALOR GLOBAL: R$ 29.029,00 (vinte e nove mil e vinte e nove reais). Mediante Sistema de Registro de Preços, de acordo com
as especificações constantes do Anexo I do Termo de Referência, e proposta de preços apresentada no Pregão Eletrônico n°
017/2019. PRAZO: 12 (doze) meses, com eficácia legal após a sua publicação na Imprensa Oficial. CONTRATANTE:
Procuradoria-Geral de Justiça. CONTRATADA: PA COMERCIO E SERVIÇOS GERAIS LTDA. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL:
Leis Federais nº. 10.520/02 e nº 8.666/93, Decreto Federal nº 5.450/05, Decreto Estadual nº. 31.553/2016, Leis Complementares nº.
123/06 e nº. 147/14, Portaria nº 1.901/05-GPGJ e Ato Regulamentar nº 11/2014 – GPGJ, ambos deste Ministério Público Estadual,
e demais normativos legais aplicáveis à espécie.
Não houve interessados em cotar os bens objeto da presente Ata de Registro de Preços, oriunda do Pregão Eletrônico nº. 017/2019,
com preços iguais aos da licitante vencedora.
São Luís, 03 de julho de 2019.
EMMANUEL JOSÉ PERES NETTO GUTERRES SOARES
Diretor-Geral da PGJ/MA
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
8
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 027/2019.PROCESSO N°:13521/2018.
PREGÃO ELETRÔNICO Nº 017/2019-SRP-CPL/PGJ/MA. OBJETO: Constituição de registro de preços para aquisição eventual
de Material Permanente – Aparelho telefônico digital (item 2): ITE
M MATERIAL QTD P. UNIT P. TOTAL
02
Aparelho telefônico digital na cor branca, com
funções multifuncionais, com no mínimo 20
teclas, com viva voz, para funcionar como ramal
na central telefônica MD110 Digital, de
fabricação ERICSSON. Assistência técnica
autorizada, preferencialmente, em São Luís/MA.
Com garantia mínima de 12 meses. Mitel /
Dialog 4223
176 2.387,00 420.112,00
VALOR TOTAL 420.112,00
VALOR GLOBAL: R$ 420.112,00 (quatrocentos e vinte mil, cento e doze reais). Mediante Sistema de Registro de Preços, de
acordo com as especificações constantes do Anexo I do Termo de Referência, e proposta de preços apresentada no Pregão
Eletrônico n° 017/2019. PRAZO: 12 (doze) meses, com eficácia legal após a sua publicação na Imprensa Oficial. CONTRATANTE:
Procuradoria-Geral de Justiça. CONTRATADA: STELMAT TELEINFORMÁTICA LTDA. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Leis
Federais nº. 10.520/02 e nº 8.666/93, Decreto Federal nº 5.450/05, Decreto Estadual nº. 31.553/2016, Leis Complementares nº.
123/06 e nº. 147/14, Portaria nº 1.901/05-GPGJ e Ato Regulamentar nº 11/2014 – GPGJ, ambos deste Ministério Público Estadual,
e demais normativos legais aplicáveis à espécie.
Não houve interessados em cotar os bens objeto da presente Ata de Registro de Preços, oriunda do Pregão Eletrônico nº. 017/2019,
com preços iguais aos da licitante vencedora.
São Luís, 03 de julho de 2019.
EMMANUEL JOSÉ PERES NETTO GUTERRES SOARES
Diretor-Geral da PGJ/MA
EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 028/2019
PROCESSO N°:13521/2018. PREGÃO ELETRÔNICO Nº 017/2019-SRP-CPL/PGJ/MA. OBJETO: Constituição de registro de
preços para aquisição eventual de Material Permanente – Aparelho telefônico digital (item 3): ITEM
MATERIAL QTD P. UNIT P. TOTAL
03
Aparelho telefônico digital na cor branca, com
funções multifuncionais, com no mínimo 20
teclas, com viva voz, para funcionar como
ramal na central telefônica MD110 Digital, de
fabricação ERICSSON. Assistência técnica
autorizada, preferencialmente, em São
Luís/MA. Com garantia mínima de 12 meses.
Exclusiva para microempresas, empresas de
pequeno porte (12%). Modelo: MI VOICE
4223 PROFESSIONAL. Marca: Aastra
24 2.999,99 71.999,76
VALOR TOTAL R$ 71.999,76
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
9
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
VALOR GLOBAL: R$ 71.999,76 (setenta e um mil, novecentos e noventa e nove reais e setenta e seis centavos). Mediante
Sistema de Registro de Preços, de acordo com as especificações constantes do Anexo I do Termo de Referência, e proposta de
preços apresentada no Pregão Eletrônico n° 017/2019. PRAZO: 12 (doze) meses, com eficácia legal após a sua publicação na
Imprensa Oficial. CONTRATANTE: Procuradoria-Geral de Justiça. CONTRATADA: H L P COMERCIO ELETRO-FONIA LTDA.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Leis Federais nº. 10.520/02 e nº 8.666/93, Decreto Federal nº 5.450/05, Decreto Estadual nº.
31.553/2016, Leis Complementares nº. 123/06 e nº. 147/14, Portaria nº 1.901/05-GPGJ e Ato Regulamentar nº 11/2014 – GPGJ,
ambos deste Ministério Público Estadual, e demais normativos legais aplicáveis à espécie.
Não houve interessados em cotar os bens objeto da presente Ata de Registro de Preços, oriunda do Pregão Eletrônico nº. 017/2019,
com preços iguais aos da licitante vencedora.
São Luís, 03 de julho de 2019.
EMMANUEL JOSÉ PERES NETTO GUTERRES SOARES
Diretor-Geral da PGJ/MA
EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 029/2019
PROCESSO N°:13521/2018. PREGÃO ELETRÔNICO Nº 017/2019-SRP-CPL/PGJ/MA. OBJETO: Constituição de registro de
preços para aquisição eventual de Material Permanente – Central Telefônica - PABX (itens 4 e 5): ITEM
MATERIAL QTD P. UNIT P. TOTAL
04
Central Telefônica- PABX Equipada com
capacidade inicial de 6 linhas e 24
ramais, com capacidade final de 6 linhas
e 24 ramais com terminal inteligente,
tarifação e bina. Assistência técnica
autorizada, preferencialmente, em São
Luís/MA. Com garantia mínima de 12
meses. Marca: Digistar / Modelo: XIP-
220 LITE E1
24 3.004,87 72.116,88
05
Central Telefônica- PABX Equipada com
capacidade inicial de 6 linhas e 24
ramais, com capacidade final de 6 linhas
e 24 ramais com terminal inteligente,
tarifação e bina. Assistência técnica
autorizada, preferencialmente, em São
Luís/MA. Com garantia mínima de 12
meses. Exclusiva para microempresas,
empresas de pequeno porte (20%).
Marca: Digistar / Modelo: XIP-220 LITE
E1
6 3.104,25 18.625,50
VALOR TOTAL R$ 90.742,38
VALOR GLOBAL: R$ 90.742,38 (noventa mil, setecentos e quarenta e dois reais e trinta e oito centavos). Mediante Sistema de
Registro de Preços, de acordo com as especificações constantes do Anexo I do Termo de Referência, e proposta de preços
apresentada no Pregão Eletrônico n° 017/2019. PRAZO: 12 (doze) meses, com eficácia legal após a sua publicação na Imprensa
Oficial. CONTRATANTE: Procuradoria-Geral de Justiça. CONTRATADA: J & M COMERCIO E SERVIÇOS DE
TELECOMUNICAÇÕES LTDA. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Leis Federais nº. 10.520/02 e nº 8.666/93, Decreto Federal nº
5.450/05, Decreto Estadual nº. 31.553/2016, Leis Complementares nº. 123/06 e nº. 147/14, Portaria nº 1.901/05-GPGJ e Ato
Regulamentar nº 11/2014 – GPGJ, ambos deste Ministério Público Estadual, e demais normativos legais aplicáveis à espécie.
Não houve interessados em cotar os bens objeto da presente Ata de Registro de Preços, oriunda do Pregão Eletrônico nº. 017/2019,
com preços iguais aos da licitante vencedora.
São Luís, 03 de julho de 2019.
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
EMMANUEL JOSÉ PERES NETTO GUTERRES SOARES
Diretor-Geral da PGJ/MA
EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
PROCESSO N°: 8764/2019. OBJETO: Prestação de serviços de pesquisa virtual, capacitação e atualização diária na área de
licitações e contratos administrativos, através da plataforma on-line de acesso aos aplicativos “SOLICITA”. VALOR GLOBAL:
R$ 6.697,00 (seis mil, seiscentos e noventa e sete reais). PRAZO DE VIGÊNCIA; 12 (doze) meses. CONTRATANTE:
Procuradoria Geral de Justiça. CONTRATADO: EDITORA NEGÓCIOS PÚBLICOS DO BRASIL LTDA. FUNDAMENTAÇÃO
LEGAL: artigo 25, caput, da Lei nº 8.666/93, com alterações posteriores. RECONHECIMENTO DA INEXIGIBILIDADE: Em
03.07.2019, por Emmanuel José Peres Netto Guterres Soares, Diretor-Geral. RATIFICAÇÃO: Em 03.07.2019, por LUIZ
GONZAGA MARTINS COELHO, Procurador-Geral de Justiça.
São Luís, 04 de julho de 2019
EMMANUEL JOSÉ PERES NETTO GUTERRES SOARES
Diretor-Geral da PGJ
Caop Educação
RECOMENDAÇÕES
REC-GPGJ - 1212018
Código de validação: B9262B8888
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE MAGALHÃES DE
ALMEIDA. RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
11
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação
as suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas,
que não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR ao Excelentíssimo Sr. Prefeito do Município de MAGALHÃES DE ALMEIDA(MA), Sr. TADEU DE
JESUS BATISTA DE SOUZA, que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
12
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
Encaminhe-se a presente Recomendação ao Prefeito do Município de MAGALHÃES DE ALMEIDA, por meio da respectiva
Promotoria de Justiça com atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para
publicação e, em seguida, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Documento assinado. Ilha de São Luís, 13/09/2018 13:14 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
REC-GPGJ - 1222018
Código de validação: 552AC80AAB
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE MARACAÇUMÉ.
RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
13
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação
as suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas,
que não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR ao Excelentíssimo Sr. Prefeito do Município de MARACAÇUMÉ(MA), Sr. FRANCISCO
GONCALVES DE SOUZA LIMA, que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
Encaminhe-se a presente Recomendação ao Prefeito do Município de MARACAÇUMÉ, por meio da respectiva Promotoria de
Justiça com atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para publicação e, em
seguida, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Documento assinado. Ilha de São Luís, 13/09/2018 13:14 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
REC-GPGJ - 1232018
Código de validação: 63D7D175AE
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE MARAJÁ DO SENA.
RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação
as suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas,
que não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR ao Excelentíssimo Sr. Prefeito do Município de MARAJÁ DO SENA(MA), Sr. LINDOMAR LIMA
DE ARAUJO, que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
Encaminhe-se a presente Recomendação ao Prefeito do Município de MARAJÁ DO SENA, por meio da respectiva Promotoria de
Justiça com atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para publicação e, em
seguida, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Documento assinado. Ilha de São Luís, 13/09/2018 13:19 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
REC-GPGJ - 1242018
Código de validação: CAEBCA0E23
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE MARANHÃOZINHO.
RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação
as suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas,
que não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
17
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR ao Excelentíssimo Sr. Prefeito do Município de MARANHÃOZINHO(MA), Sr. JOSÉ AURICELIO
MORAES LEANDRO, que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
Encaminhe-se a presente Recomendação ao Prefeito do Município de MARANHÃOZINHO, por meio da respectiva Promotoria de
Justiça com atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para publicação e, em
seguida, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Documento assinado. Ilha de São Luís, 13/09/2018 13:32 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
REC-GPGJ - 1252018
Código de validação: CEC7F7A370
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE MATA ROMA.
RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação
as suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas,
que não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR ao Excelentíssimo Sr. Prefeito do Município de MATA ROMA(MA), Sr. RAIMUNDO IVALDO DO
NASCIMENTO SILVA, que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
Encaminhe-se a presente Recomendação ao Prefeito do Município de MATA ROMA, por meio da respectiva Promotoria de Justiça
com atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para publicação e, em seguida, ao
Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Documento assinado. Ilha de São Luís, 13/09/2018 13:39 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
REC-GPGJ - 1262018
Código de validação: 94D6B6F520
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE MATINHA.
RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
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CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação
as suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas,
que não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR à Excelentíssima Sra. Prefeita do Município de MATINHA(MA), Sra. LINIELDA NUNES CUNHA,
que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
Encaminhe-se a presente Recomendação à Prefeita do Município de MATINHA, por meio da respectiva Promotoria de Justiça com
atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para publicação e, em seguida, ao
Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE MATÕES.
RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação
as suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas,
que não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR ao Excelentíssimo Sr. Prefeito do Município de MATÕES(MA), Sr. FERDINANDO ARAUJO
COUTINHO, que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
Encaminhe-se a presente Recomendação ao Prefeito do Município de MATÕES, por meio da respectiva Promotoria de Justiça com
atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para publicação e, em seguida, ao
Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Documento assinado. Ilha de São Luís, 13/09/2018 13:40 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
REC-GPGJ - 1282018
Código de validação: 64223BD29D
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE MATÕES DO NORTE.
RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação
as suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas,
que não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
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MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR ao Excelentíssimo Sr. Prefeito do Município de MATÕES DO NORTE(MA), Sr. DOMINGOS
COSTA CORREA, que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
Encaminhe-se a presente Recomendação ao Prefeito do Município de MATÕES DO NORTE, por meio da respectiva Promotoria
de Justiça com atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para publicação e, em
seguida, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Documento assinado. Ilha de São Luís, 13/09/2018 13:40 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
REC-GPGJ - 1292018
Código de validação: 6F04F2281E
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE MILAGRES DO
MARANHÃO. RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
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MINISTÉRIO PÚBLICO DO
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São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação
as suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas,
que não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR ao Excelentíssimo Sr. Prefeito do Município de MILAGRES DO MARANHÃO(MA), Sr.
LEONARDO JOSE CALDAS LIMA, que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
Encaminhe-se a presente Recomendação ao Prefeito do Município de MILAGRES DO MARANHÃO, por meio da respectiva
Promotoria de Justiça com atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para
publicação e, em seguida, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Documento assinado. Ilha de São Luís, 13/09/2018 13:41 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
REC-GPGJ - 1302018
Código de validação: EDFEAF7EA6
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE MIRADOR.
RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação as
suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas, que
não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR ao Excelentíssimo Sr. Prefeito do Município de MIRADOR(MA), Sr. JOSÉ RON-NILDE PEREIRA
DE SOUSA, que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
Encaminhe-se a presente Recomendação ao Prefeito do Município de MIRADOR, por meio da respectiva Promotoria de Justiça
com atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para publicação e, em seguida, ao
Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Documento assinado. Ilha de São Luís, 13/09/2018 13:41 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
REC-GPGJ - 1312018
Código de validação: 503E234B90
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE MIRANDA DO
NORTE. RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
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São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação
as suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas,
que não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR ao Excelentíssimo Sr. Prefeito do Município de MIRANDA DO NORTE(MA), Sr. CARLOS
EDUARDO FONSECA BELFORT, que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
Encaminhe-se a presente Recomendação ao Prefeito do Município de MIRANDA DO NORTE, por meio da respectiva Promotoria
de Justiça com atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para publicação e, em
seguida, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Documento assinado. Ilha de São Luís, 13/09/2018 13:08 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
REC-GPGJ - 1322018
Código de validação: 111E88580E
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE MIRINZAL.
RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
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São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação as
suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas, que
não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
31
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR ao Excelentíssimo Sr. Prefeito do Município de MIRINZAL(MA), Sr. JADILSON DOS SANTOS
COELHO, que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
Encaminhe-se a presente Recomendação ao Prefeito do Município de MIRINZAL, por meio da respectiva Promotoria de Justiça
com atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para publicação e, em seguida, ao
Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Documento assinado. Ilha de São Luís, 13/09/2018 13:41 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
REC-GPGJ - 1332018
Código de validação: 682DBBA3A3
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE MONÇÃO.
RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação as
suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas, que
não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR à Excelentíssima Sra. Prefeita do Município de MONÇÃO(MA), Sra. KLAUTENIS DELINE
OLIVEIRA NUSSRALA, que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
Encaminhe-se a presente Recomendação à Prefeita do Município de MONÇÃO, por meio da respectiva Promotoria de Justiça com
atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para publicação e, em seguida, ao
Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Documento assinado. Ilha de São Luís, 13/09/2018 13:42 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
REC-GPGJ - 1342018
Código de validação: 33D948F0B5
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE MONTES ALTOS.
RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação as
suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas, que
não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR ao Excelentíssimo Sr. Prefeito do Município de MONTES ALTOS(MA), Sr. AJURICABA SOUSA
DE ABREU, que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
Encaminhe-se a presente Recomendação ao Prefeito do Município de MONTES ALTOS, por meio da respectiva Promotoria de
Justiça com atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para publicação e, em
seguida, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Documento assinado. Ilha de São Luís, 13/09/2018 13:42 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
REC-GPGJ - 1352018
Código de validação: 2E1A866F21
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MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE MORROS.
RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação as
suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas, que
não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR ao Excelentíssimo Sr. Prefeito do Município de MORROS(MA), Sr. SIDRACK SANTOS FEITOSA,
que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
Encaminhe-se a presente Recomendação ao Prefeito do Município de MORROS, por meio da respectiva Promotoria de Justiça
com atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para publicação e, em seguida, ao
Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Documento assinado. Ilha de São Luís, 13/09/2018 13:43 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
REC-GPGJ - 1362018
Código de validação: 1A5931513F
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE NINA RODRIGUES.
RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação as
suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas, que
não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR ao Excelentíssimo Sr. Prefeito do Município de NINA RODRIGUES(MA), Sr. RAIMUNDO
AGUIAR RODRIGUES NETO, que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
Encaminhe-se a presente Recomendação ao Prefeito do Município de NINA RODRIGUES, por meio da respectiva Promotoria de
Justiça com atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para publicação e, em
seguida, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Documento assinado. Ilha de São Luís, 13/09/2018 13:43 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
REC-GPGJ - 1372018
Código de validação: ECA8142A95
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE NOVA COLINAS.
RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação
as suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas,
que não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR ao Excelentíssimo Sr. Prefeito do Município de NOVA COLINAS(MA), Sr. RENATO DE PAULA
RIBEIRO, que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
40
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
Encaminhe-se a presente Recomendação ao Prefeito do Município de NOVA COLINAS, por meio da respectiva Promotoria de
Justiça com atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para publicação e, em
seguida, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Documento assinado. Ilha de São Luís, 13/09/2018 13:32 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
REC-GPGJ - 1382018
Código de validação: 92992DB826
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE NOVA IORQUE.
RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação
as suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas,
que não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR à Excelentíssima Sra. Prefeita do Município de NOVA IORQUE(MA), Sra. MAYRA RIBEIRO
GUIMARAES, que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
Encaminhe-se a presente Recomendação à Prefeita do Município de NOVA IORQUE, por meio da respectiva Promotoria de Justiça
com atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para publicação e, em seguida, ao
Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Documento assinado. Ilha de São Luís, 13/09/2018 13:44 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
REC-GPGJ - 1392018
Código de validação: F202FF6BA8
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Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE NOVA OLINDA DO
MARANHÃO. RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação as
suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas, que
não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR à Excelentíssima Sra. Prefeita do Município de NOVA OLINDA DO MARANHÃO(MA), Sra.
IRACY MENDONÇA WEBA, que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
Encaminhe-se a presente Recomendação à Prefeita do Município de NOVA OLINDA DO MARANHÃO, por meio da respectiva
Promotoria de Justiça com atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para
publicação e, em seguida, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Documento assinado. Ilha de São Luís, 13/09/2018 13:44 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
REC-GPGJ - 1402018
Código de validação: 1DC42CF26A
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO. PREFEITOS MUNICIPAIS. MUNICÍPIO DE OLHO D'ÁGUA DAS
CUNHAS. RECOMENDAÇÃO TRANSPORTE ESCOLAR. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA DOS ESTUDANTES.
POSSIBILIDADE DE IMPUTABILIDADE PENAL. CRIME PREVISTO NO ART. 132 DO CÓDIGO PENAL.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, pelo PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 129, VI e IX da Constituição Federal de 1988, art. 201, VIII e § 5º, alínea “c”, do
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), art. 26, VII, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/93) e
art. 8º, inciso XIV, da Lei Complementar Estadual n.º 13, de 25 de outubro de 1991 – Lei Orgânica do Ministério Público do
Maranhão, e
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis, conforme prescrito no art. 127, caput, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, bem como
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição
Republicana, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que é atribuição do Procurador-Geral de Justiça, nos termos do art. 29, X, da Constituição Republicana,
processar criminalmente Prefeitos Municipais;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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CONSIDERANDO que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” – artigo 205 da Carta Magna;
CONSIDERANDO que constitui princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, bem
assim a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber, assim disposto no artigo 206, I e II da Constituição
Federal de 1988;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII, da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII, do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e art. 4º, VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental será
ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO que o art. 227 da Carta Magna, regulamentado pelos arts. 3º, 4º e 5º do ECA, dispõe que é dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
CONSIDERANDO que, nos termos do art. 208, VII da Constituição Federal de 1988, art. 54, VII do Estatuto da Criança e do
Adolescente (lei 8.069/90) e, art. 4º, inciso VIII da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), o ensino fundamental
será ministrado com observância do atendimento ao aluno, por meio de transporte escolar gratuito;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido no ano de 2014, no município de Bacuri/MA, que resultou no óbito de 08 (oito)
estudantes que estavam sendo transportados em veículo “pau de arara”, dirigido, no momento da tragédia, por um adolescente;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017 no município de Montes Altos/MA, envolvendo veículo “pau de arara”,
que resultou na morte de um adolescente de 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma van que fazia transporte escolar na zona rural do Município de Codó/MA, no dia
08/12/2015, que ocasionou lesão corporal em várias crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com uma motocicleta que fazia transporte de escolares na zona rural do Município de
Água Doce do Maranhão/MA, no dia 06/15/2016, que resultou em crianças lesionadas;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no dia 27 de abril de 2017, no município de Carolina/MA, em razão de transporte escolar
irregular (“pau de arara”), ocasionando lesões em um adolescente de apenas 13 (treze) anos de idade;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido no ano de 2017, no município de São José de Ribamar/MA, em que um ônibus
inapropriado ao transporte de escolares tombou com 50 (cinquenta) estudantes, resultando em lesão corporal de algumas crianças;
CONSIDERANDO o acidente ocorrido com um ônibus inapropriado ao transporte escolar, no município de Mirinzal/MA, no dia
27/06/2017, que resultou em vários estudantes feridos, havendo informações de que o transporte se encontrava em péssimas
condições, além de fazer tempo que não passava por revisão;
CONSIDERANDO que, no dia 03/05/2018, no município de Afonso Cunha/MA, ocorreu um acidente com um ônibus que fazia
transporte escolar de forma irregular, ocasionando lesões corporais em várias crianças;
CONSIDERANDO o trágico acidente ocorrido com veículo “pau de arara”, no município de Carolina/MA, no dia 22/05/2018,
resultando na lesão de 4 estudantes e na morte de uma criança de 08 anos de idade, que caiu e foi atropelada pelo veículo de
transporte escolar que a estava transportando;
CONSIDERANDO que, no dia 26/06/2018, ocorreu um acidente no município de Timbiras/MA, envolvendo um caminhão que
fazia o transporte escolar de crianças daquele município, e que resultou em várias crianças lesionadas, acarretando, ainda, lesão
gravíssima em uma criança, que teve o braço amputado, após o caminhão, em condições inadequadas para o transporte escolar, ter
capotado;
CONSIDERANDO que, até o corrente ano, o Ministério Público Estadual e as instituições parceiras já realizaram auditorias de
transporte escolar em 35 municípios, nas quais são fiscalizadas as condições do transporte escolar oferecidas aos alunos
maranhenses, bem como a correta aplicação dos recursos destinados a este serviço e, no curso das auditorias, foi verificado que a
absoluta maioria dos veículos que transportam escolares está em desconformidade com as regras do Código Nacional de Trânsito e
legislação em vigor, inclusive a Portaria do DETRAN-MA N° 1.117/2015, prevalecendo veículos “paus de arara”, sem a devida
vistoria pelo Órgão de Trânsito, sem cinto de segurança e tacógrafos, com manutenção ausente, pneus “carecas”, além da condução
dos referidos veículos ser realizada por motoristas sem a habilitação necessária ao transporte escolar e, em alguns casos, à revelia
da carteira nacional de habilitação;
CONSIDERANDO que o transporte escolar de estudantes em veículos “pau de arara” e em veículos que não atendem aos critérios
de segurança determinados no Código de Trânsito Brasileiro configura efetivo risco à integridade física e à vida dos alunos da rede
de ensino municipal, risco este a que estão submetidos diariamente;
CONSIDERANDO que o transporte de escolares nestas condições expõe os estudantes da rede pública municipal a risco grave de
segurança, não só porque são constantemente submetidos às quebras mecânicas e elétricas dos veículos, o que acarreta em ter que
percorrer longas distâncias andando, seja no percurso para as escolas seja no retorno para as suas casas, mas também em relação as
suas integridades físicas, uma vez que são transportados sem cintos de segurança, em veículos com falhas estruturais severas, que
não têm condições mínimas ao exercício da atividade;
CONSIDERANDO que o gestor municipal, ao consentir com o transporte de crianças e adolescentes em veículos “pau de arara” ou
em veículos que desatendem as normas legais (arts. 136 a 138 do Código de Trânsito Brasileiro), expõe, diariamente, a vida e a
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
45
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
saúde de diversas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino a perigo direto e iminente, incorrendo, dessa forma, na
figura inserta no art. 132, parágrafo único, do Código Penal, assumindo o risco de produzir resultados mais graves como lesões
graves e/ou mortes;
RESOLVE RECOMENDAR ao Excelentíssimo Sr. Prefeito do Município de OLHO D'ÁGUA DAS CUNHAS(MA), Sr.
RODRIGO ARAÚJO DE OLIVEIRA, que:
1. Se abstenha de transportar alunos da rede de ensino em veículos “paus de arara” ou em situações que não atendam à legislação
brasileira atinente ao transporte de escolares, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do Código Penal,
sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar irregular;
2. Faça o controle rigoroso para que a condução do transporte escolar somente seja realizada por pessoas que atendam os critérios
descritos no art. 138 do Código de Trânsito Brasileiro, sob pena de incorrer no crime descrito no art. 132, parágrafo único, do
Código Penal, sem prejuízo da responsabilização criminal por resultados mais graves decorrentes do transporte escolar realizado
por pessoa inabilitada para a função, nos termos do referido dispositivo legal;
Solicito a Vossa Excelência o envio de relatório circunstanciado a essa Procuradoria-Geral de Justiça, no prazo de 60 (sessenta)
dias, acerca das providências eventualmente adotadas.
Encaminhe-se a presente Recomendação ao Prefeito do Município de OLHO D'ÁGUA DAS CUNHAS, por meio da respectiva
Promotoria de Justiça com atribuição na Defesa da Educação, com cópia à Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justiça para
publicação e, em seguida, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação.
São Luís, 12 de setembro de 2018.
LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO
Procurador-Geral de Justiça
Documento assinado. Ilha de São Luís, 13/09/2018 13:44 (LUIZ GONZAGA MARTINS COELHO)
Promotorias de Justiça das Comarcas do Interior
BACURI
PORTARIA-PJBAC - 042/2019
OBJETO: Apurar a questão da guarda da criança A. S. S. C. com intuito de resguardar os interesses da infante.
O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, por meio do Promotor de Justiça abaixo signatário, com atribuição na Defesa da
Infância e da Juventude, tendo em vista o que preceitua o art. 129, inciso II, da Constituição Federal;
CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição que tem a função constitucional de defender a ordem jurídica, o regime
democrático e os interesses sociais, bem como de zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância
pública aos direitos assegurados pela Constituição Federal, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO que, de acordo com o art. 7º da Resolução nº 174/2017 - CNMP, a Notícia de Fato deve ser convertida em
outro procedimento investigatório quando encerrado o prazo inicial de 30 (trinta) dias, prorrogável fundamentadamente por até 90
(noventa) dias, sem que tenham sido concluídas as investigações;
CONSIDERANDO que o arts. 8º, inciso III, da Resolução nº 174/2017 – CNMP, estabelece o Procedimento Administrativo
(stricto sensu) como a modalidade de procedimento investigatório destinada à apuração de fato que enseje a tutela de interesses
individuais indisponíveis, bem como ao embasamento de outras atividades não sujeitas a inquérito civil;
CONSIDERANDO que a Notícia de Fato n.º 017/2019 – PJBAC desta Promotoria de Justiça, autuada em 11 de fevereiro de 2019,
já teve seu prazo expirado, bem como que é evidente a necessidade de adoção de outras providências complementares para regular
instrução do feito e esclarecimento dos fatos, nos termos da última decisão proferida, visando, caso necessário, posterior aplicação
de medida(s) protetiva(s) ou arquivamento;
RESOLVE:
INSTAURAR o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO STRICTO SENSU com vistas a regularizar a guarda da menor
A. S. S. C., bem como resguardar os interesses da infante, promovendo a necessária coleta de informações, depoimentos, certidões,
perícias e demais diligências para apurar a regularidade do procedimento e da investigação, se for o caso, adotando-se as seguintes
providências:
I) Autuem-se os documentos objeto da Notícia de Fato nº 017/2019 - PJBAC, tendo por folha inaugural a presente Portaria,
certificando nos autos esta conversão e efetivando-se o devido registro formal, sob a denominação de PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO STRICTO SENSU nº 022/2019 – PJBAC;
II) Registre-se o presente expediente no relatório trimestral de atividades para o envio ao Excelentíssimo Senhor Doutor
Procurador-Geral de Justiça e Presidente do Conselho Superior do Ministério Público do Maranhão, comunicando-lhe a
instauração deste Procedimento Administrativo;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
III) Publique-se esta Portaria no salão de entrada desta Promotoria de Justiça, devendo também, ser promovido o seu envio à
Procuradoria-Geral de Justiça para publicação no Diário Oficial do Estado pelo setor da Biblioteca.
IV) Notifique-se a senhora Dinalete Costa dos Santos para que, no prazo de 10 (dez) dias, compareça nesta PJ para fins de
regularizar a guarda da sua filha;
V) Cadastre-se a alteração taxonômica no SIMP.
BACURI (MA), 01 de julho de 2019.
DENYS LIMA RÊGO
Promotor de Justiça
PORTARIA-PJBAC - 0432019
OBJETO: Apurar supostas irregularidades no fornecimento, venda, transporte e acondicionamento de GLP nos municípios de
Bacuri e Apicum-Açu/MA
O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, por meio do Promotor de Justiça abaixo signatário, no uso das atribuições que lhe são
conferidas pelo art. 129, III, da Constituição Federal, art. 8º, §1º da Lei Federal nº 7.347/85, art. 26, I, ‘a’ da Lei Federal nº
8.625/93 e art. 27, I da Lei Complementar Estadual nº 013/91, e;;
CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição que tem a função constitucional de defender a ordem jurídica, o regime
democrático e os interesses sociais, bem como de zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância
pública aos direitos assegurados pela Constituição Federal, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;
CONSIDERANDO as legislações infraconstitucionais ambientais e normas da ANP que tratam sobre a matéria e possibilitam a
busca por mecanismos de proteção para tal;
CONSIDERANDO que, de acordo com o art. 7º da Resolução nº 174/2017 - CNMP, a Notícia de Fato deve ser convertida em
outro procedimento investigatório quando encerrado o prazo inicial de 30 (trinta) dias, prorrogável fundamentadamente por até 90
(noventa) dias, sem que tenham sido concluídas as investigações;
CONSIDERANDO que o arts. 8º, inciso III, da Resolução nº 174/2017 – CNMP, estabelece o Procedimento Administrativo
(stricto sensu) como a modalidade de procedimento investigatório destinada à apuração de fato que enseje a tutela de interesses
individuais indisponíveis, bem como ao embasamento de outras atividades não sujeitas a inquérito civil;
CONSIDERANDO que a Notícia de Fato n.º 006/2019 – PJBAC desta Promotoria de Justiça, autuada em 23/01/2019 deve ser
convertida, considerando a necessidade de adoção de outras providências complexas para regular instrução do feito e
esclarecimento dos fatos que não se esgotarão dentro do prazo previsto para seu trâmite;
RESOLVE:
INSTAURAR o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO STRICTO SENSU com vistas a apurar supostas irregularidades
no fornecimento, venda, transporte e acondicionamento de GLP nos municípios de Bacuri e Apicum-Açu/MA, promovendo a
necessária coleta de informações, depoimentos, certidões, perícias e demais diligências para apurar a regularidade do procedimento
e da investigação, se for o caso, adotando-se as seguintes providências:
I) Autuem-se os documentos objeto da Notícia de Fato nº 006/2019 - PJBAC, tendo por folha inaugural a presente Portaria,
certificando nos autos esta conversão e efetivando-se o devido registro formal, sob a denominação de PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO STRICTO SENSU nº 023/2019 – PJBAC;
II) Registre-se o presente expediente no relatório trimestral de atividades para o envio ao Excelentíssimo Senhor Doutor
Procurador-Geral de Justiça e Presidente do Conselho Superior do Ministério Público do Maranhão, comunicando-lhe a
instauração deste Procedimento Administrativo;
III) Publique-se esta Portaria no salão de entrada desta Promotoria de Justiça, devendo também, ser promovido o seu envio à
Procuradoria-Geral de Justiça para publicação no Diário Oficial do Estado pelo setor da Biblioteca.
IV) Oficie-se a Vigilância Sanitária para que, no prazo de 10 (dez) dias, realize nova rodada de fiscalização nos comércios de
venda de GLP, uma vez que continuam vendendo clandestinamente este tipo de produto;
V) Notifique-se os donos dos vasilhames apreendidos na última fiscalização para que, no prazo de 10 (dez) dias, arrumem local
adequado para os seus produtos, sob pena de serem enviados para uma distribuidora em Pinheiro (MA) dar fim lícito para os
mesmos.
VI) Cadastre-se a alteração taxonômica no SIMP.
BACURI (MA), 02 de julho de 2019.
DENYS LIMA RÊGO
Promotor de Justiça
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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BARRA DO CORDA
TERMO DE COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA Nº 004/2019
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 000483-281/2018
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, representado pelo Promotor de Justiça infra-assinado, Edilson
Santana de Sousa, Titular da 2ª Promotoria de Justiça de Barra do Corda (MA), doravante denominado COMPROMITENTE, e o
MUNICÍPIO DE JENIPAPO DOS VIEIRAS, Estado do Maranhão, pessoa jurídica de direito público interno, doravante
denominado COMPROMISSÁRIO, representado pelo Prefeito, Moisés Jorge Silva de Oliveira, e pelo Secretário Municipal de
Educação, Adizon Alves da Costa Barroso, com sede na Rua Nova, s/nº, Centro, cidade do mesmo nome, assistidos pelo Assessor
Jurídico da Prefeitura, Salatiel Costa dos Santos, advogado inscrito na OAB/MA sob o nº 14613-A,
CONSIDERANDO as informações coligidas nos autos do presente inquérito civil que retratam casos de crianças fazendo pedágio
na rodovia BR 226, acompanhadas ou não de seus pais, arrecadando dinheiro supostamente para matar a fome;
CONSIDERANDO que o trabalho infantil concorre para reproduzir o ciclo de pobreza das famílias, prejudica a aprendizagem da
criança, vulnera sua saúde física e mental e ainda a expõe a riscos de acesso a drogas e ao abuso sexual;
CONSIDERANDO que, de acordo com o art. 3º da Lei nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança do do Adolescente), “a criança e o
adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta
Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade”;
CONSIDERANDO que, por força do inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal, o trabalho perigoso ou insalubre é proibido
para menores de dezoito anos e de qualquer trabalho para menores de 16 anos, salvo o aprendiz, a partir de 14 anos;
CONSIDERANDO que ao Ministério Público compete a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais
e individuais indisponíveis (CF, art. 127), incumbindo-lhe zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de
relevância pública e aos direitos assegurados pela Constituição e promover as medidas necessárias à sua garantia (CF, art. 129, II),
CELEBRAM o presente TERMO DE COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA, conforme previsão dos artigos 5º,
§ 6º, da Lei nº 7347/85, 784, inciso II, do Código de Processo Civil, e 201, inciso V, e 224, da Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990,
mediante as seguintes cláusulas:
CLÁUSULA PRIMEIRA - O COMPROMISSÁRIO promoverá todas as medidas necessárias à erradicação do trabalho infantil na
sua circunscrição, mediante as seguintes providências, entre outras: 1) a imediata retirada das crianças encontradas na rodovia BR
226, recomendando-as a suas famílias e prestando relatório ao Ministério Público; 2) procedendo a sua inclusão escolar, caso não
estejam essas crianças matriculadas e frequentando a escola; 3) procedendo ao cadastramento das famílias às quais pertencem essas
crianças para incluí-las nos programas sociais a que façam jus e ainda não estejam contempladas; 4) promovendo as medidas
conducentes à melhoria das condições de vida das famílias a que pertencem essas crianças, através dos programas de fomento à
economia familiar; 5) garantindo a logística necessária para a Coordenação das Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do
Trabalho Infantil (AEPETI) e para o Conselho Tutelar a fim de prestarem a assistência e o acompanhamento enquanto necessário; 6)
adotando as demais medidas porventura recomendadas pela AEPETI.
CLÁUSULA SEGUNDA – O COMPROMISSÁRIO prestará ao Ministério Público, pelo período de um 1 (um) ano, relatório
bimestrel das atividades desenvolvidas para o cumprimento deste Termo de Compromisso.
CLÁUSULA TERCEIRA – O descumprimento de qualquer das obrigações assumidas por meio do presente Termo de
Compromisso implicará o pagamento de multa, no valor diário de R$ 1.000,00 (um mil reais), cumulativamente, tantas vezes
quantos dias durar o descumprimento, respondendo solidariamente pelo pagamento o Município de Barra do Corda (MA) e
Prefeito Municipal signatário.
Por estarem justos e compromissados, firmam o presente instrumento em 2 (duas) vias de igual teor e forma, assinadas somente no
anverso, para que assim produza os seus efeitos legais e jurídicos.
Barra do Corda (MA), 22 de maio de 2019.
EDILSON SANTANA DE SOUSA
Promotor de Justiça
MOISÉS JORGE SILVA DE OLIVEIRA
Prefeito Municipal
ADIZON ALVES DA COSTA BARROSO
Secretário Municipal De Educação
SALATIEL COSTA DOS SANTOS
Assessor Jurídico/OAB 14613-A
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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TERMO DE COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA nº 05/2019
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 09/2016
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, representado pelo Promotor de Justiça infra-assinado, Edilson
Santana de Sousa, Titular da 2ª Promotoria de Justiça de Barra do Corda (MA), doravante denominado COMPROMITENTE, e o
MUNICÍPIO DE JENIPAPO DOS VIEIRAS, Estado do Maranhão, pessoa jurídica de direito público interno, doravante
denominado COMPROMISSÁRIO, representado pelo Prefeito, Moisés Jorge Silva de Oliveira, e pelo Secretário Municipal de
Educação, Adizon Alves da Costa Barroso, com sede na Rua Nova, s/n, Centro, cidade do mesmo nome, assistidos pelo Assessor
Jurídico da Prefeitura, Salatiel Costa dos Santos, advogado inscrito na OAB/MA sob o nº 14613-A,
CONSIDERANDO o conjunto das informações coligidas nos autos do procedimento administrativo e, especialmente, as evidências
de que as formações realizadas pela Secretaria Municipal de Educação a título de formação continuada não tem integrado todo o
corpo docente;
CONSIDERANDO que a formação continuada de todos os docentes das unidades de ensino do Município constitui ferramentea
imprescindível para o aperfeiçoamento profissional dos professores, devendo ser exigida a adesão e participação efetiva de todos
no programa;
CONSIDERANDO que a execução efetiva do Programa de Formação Continuada, integrando todos os educandos da rede
municipal, constitui condição sine qua non para a garantia permanente de padrões mínimos de qualidade de ensino, propiciando
aos educandos o “acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um
(art. 4°, inciso V, da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996);
CONSIDERANDO que a adoção de uma burocracia oficial estruturada mediante a investidura permanente de agentes públicos em
cargos e carreiras constitui condição para a qualificação dos serviços, possibilitando inclusive otimizar os investimentos em
formação continuada (art. 37, inciso II, c/c art. 206, inciso V, da Constituição Federal);
CONSIDERANDO que há, pelo menos, 10 (dez) o Município de Jenipapo dos Vieiras não realizou concurso público para
provimento de cargos efetivos na administração pública, no entanto a 1ª Promotoria de Justiça já recomendou a realização do
certame;
CONSIDERANDO que ao Ministério Público compete a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais
e individuais indisponíveis (CF, art. 127), incumbindo-lhe zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de
relevância pública e aos direitos assegurados pela Constituição e promover as medidas necessárias à sua garantia (CF, art. 129, II);
CONSIDERANDO que constitui eixo de atuação do programa institucional do Ministério Público “Escola de Qualidade: Direito
de Todos os Maranhenses” a adoção das medidas indispensáveis à manutenção e elevação da qualidade do ensino público,
CELEBRAM o presente TERMO DE COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA, conforme previsão dos artigos 5º,
§ 6º, da Lei nº 7347/85, 784, inciso II, do Código de Processo Civil, e 201, inciso V, e 224, da Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990,
mediante as seguintes cláusulas:
CLÁUSULA PRIMEIRA - O COMPROMISSÁRIO adotará Programa de Formação Continuada de Profissionais da Educação,
para promover atualização e qualificação permanente dos docentes e demais trabalhadores da educação, observando: 1) serão
realizados a cada ano, pelo menos, 4 (quatro) módulos de formação de, no mínimo, 10 (dez) horas cada um, somando 40 (quarenta)
horas anuais, compreendidas dentro do calendário escolar; 2) as formações beneficiarão todos os profissionais da educação de
todos os níveis e modalidades de ensino, obedecendo as especialidades (disciplinas e níveis) na formação das turmas; 3) o plano
anual de atividade da formação continuada, com detalhamento dos conteúdos de cada módulo, será submetido a aprovação pelo
Conselho Municipal de Educação; 4) será apresentada ao Ministério Público, anualmente, até o início do ano letivo, o plano e
cronograma de atividades anuais de formação continuada.
CLÁUSULA SEGUNDA – O COMPROMISSÁRIO obriga-se: 1) convocar os professores e demais profissionais da educação,
mediante edital publicado no sítio da Prefeitura, nas escolas e sindicatos de classe, para participarem dos módulos da formação
continuada, matriculando os que o solicitarem e procedendo, de ofício, a matrícula daqueles que se abstiverem injustificadamente
de matricular-se, a fim de garantir a participação de todos; 2) considerar como cumprido, valida e eficazmente, o programa dos
módulos pelo participante somente se ele obtiver frequência mínima de 70% (setenta por cento) nas atividades; 3) adotar medidas
legais para reprimir a conduta daqueles que injustificadamente se abstiverem de participar dos módulos de formação e cumprir o
programa de conteúdos aplicados; 4) adotar legislação que privilegie, como mérito, para fins de movimentação na carreira, aqueles
que aderirem voluntariamente ao Programa e cumprirem todas as etapas de formação.
CLÁUSULA TERCEIRA - O COMPROMISSÁRIO, em aditamento aos ajustes feitos junto à 1ª Promotoria de Justiça,
promoverá concurso público para os cargos integrantes das carreiras do Programa de Educação Especial (Professor de Atendimento
Educacional Especializado, Auxiliar Terapêutico, Interprete de Libras, Professor de Libras e Professor de Braile), adotando
cronograma de atividades (etapas de execução do concurso) que assegure a convocação e nomeação dos habilitados até o início do
ano letivo de 2020.
CLÁUSULA QUARTA – O descumprimento de qualquer das obrigações assumidas por meio do presente Termo de Compromisso
implicará o pagamento de multa, no valor diário de R$ 1.000,00 (um mil reais), por cada infração, cumulativamente, incidente
enquanto durar o descumprimento, respondendo solidariamente pelo pagamento o Município de Barra do Corda (MA) e pelo
Prefeito Municipal signatário.
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
Por estarem justos e compromissados, firmam o presente instrumento em 2 (duas) vias de igual teor e forma, assinadas somente no
anverso, para que assim produza os seus efeitos legais e jurídicos.
Barra do Corda (MA), 16 de março de 2017.
EDILSON SANTANA DE SOUSA
Promotor de Justiça
MOISÉS JORGE SILVA DE OLIVEIRA
Prefeito Municipal
ADIZON ALVES DA COSTA BARROSO
Secretário Municipal de Educação
SALATIEL COSTA DOS SANTOS
Assessor Jurídico/OAB 14613-A
HUMBERTO DE CAMPOS
PORTARIA Nº 009/2019
O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, por seu Representante Legal infra-firmado, titular da Promotoria de Justiça da Comarca
de Humberto de Campos, no uso das atribuições que lhe confere o art. 129, inc. II e VI, da Constituição da República e art. 26, inc.
I, da Lei Federal nº 8.625/93, sem prejuízo das demais disposições legais pertinentes, em especial os arts. 3º, inc. V e 5º, inc. II,
ambos do Ato Regulamentar Conjunto nº 05/2014,
CONSIDERANDO as disposições constantes no artigos 1º, 4º e 201, todos da Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do
Adolescente), bem como no art. 227, da Constituição Federal, que asseguram à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade,
a efetivação, por parte da família, da sociedade e do Poder Público, de todos os direitos fundamentais garantidos na própria
Constituição Federal e no ECA;
CONSIDERANDO que o processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar será estabelecido em Lei Municipal e é realizado
sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, por força do disposto no art. 139, caput,
da Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente);
CONSIDERANDO que a Lei nº 8.069/90 foi alterada pela Lei 12. 696/2012, prevendo em seu art. 134 os direitos sociais aos
conselheiros tutelares, bem como o art. 139, § 1º que o processo de escolha dos membros do conselho Tutelar socorrerá em data
unificada em todo o território nacional a cada 04 (quatro) anos, no primeiro domingo do mês de outubro do ano subsequente ao da
eleição presidencial, ou seja, acontecerá em 06/10/2019.
CONSIDERANDO que a Resolução nº 170/2014, do CONANDA, ao regulamentar o processo de escolha dos membros do
Conselho Tutelar em data unificada em todo território nacional, fixa uma série de providências a serem tomadas pelos Conselhos
Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente e pelo poder público local, no sentido de assegurar a regular realização do
pleito;
CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a fiscalização desse processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar,
conforme prescrevem os art. 139, caput, da Lei n 8.069/90 e o art. 5º, inciso III da Resolução nº 170/2014, do CONANDA;
CONSIDERANDO ser função do Ministério Público a fiscalização dos Conselhos Tutelares, nos termos do art. 201, incs VIII e XI,
do Estatuto da Criança e do Adolescente, buscando seu efetivo funcionamento e o oferecimento de uma estrutura adequada de
atendimento;
CONSIDERANDO, por fim, que por força do art. 201, incisos VI e VIII, da Lei nº 8.069/90, compete ao Ministério Público zelar
pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às crianças e adolescentes, promovendo as medidas judiciais e
extrajudiciais cabíveis, incluindo a instauração de Procedimentos Administrativos,
Resolve:
Instaurar o presente Procedimento Administrativo sob o número 009/2019/PJHC (SIMP nº 000473-033/2019), para fins de
fiscalização do Processo de Escolha dos Membros do Conselho Tutelar dos municípios de Humberto de Campos, Primeira Cruz e
Santo Amaro/MA, determinando, desde logo, as seguintes providências:
1 - Nomear um dos Técnicos Ministeriais lotados nesta Promotoria de Justiça com atribuição na tutela da Infância e da Juventude,
conforme critério de distribuição interna, para secretariar os trabalhos e cumprir as diligências, os quais serão desenvolvidos nos
autos, razão pela qual determino que se expeça o Termo de Compromisso para ser assinado;
2 - Registrar, autuar e fazer a numeração das folhas de todos os documentos relativos a este procedimento;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
3 - Determinar, como primeira diligência deste Procedimento Administrativo a juntada aos autos cópias da Resolução nº 170/2014
do CONANDA, Lei Municipal de criação dos Conselhos Tutelares dos municípios acima mencionados, bem como todas as
diligências já realizadas por este Órgão Ministerial até a presente data;
4 - Determinar a remessa de cópia desta Portaria ao Centro de Apoio Operacional da Infância e da Juventude para conhecimento,
assim como à Biblioteca/PGJ para publicação.
Humberto de Campos/ MA, 01 de julho de 2019.
MARIA DO NASCIMENTO CARVALHO SERRA LIMA
Titular pela Promotoria de Justiça de Humberto de Campos/MA
IMPERATRIZ
PORTARIA-1ªPJEITZ - 122019
Código de validação: FEB3DF9653
INQUÉRITO CIVIL nº 009/2019-1ªPJEITZ
Objeto: Apurar possíveis irregularidades em dispensa de licitação para contratação de serviço de perfuração de poço artesiano, na
localidade Lago da Paz, Povoado Bananal, no Município de Governador Edison Lobão.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, por intermédio da 1ª Promotoria de Justiça Especializada da
Comarca de Imperatriz, no uso de suas atribuições conferidas pelo art. 129, incisos II e III da CF/88; art. 26, I da Lei nº 8.625/93; e
do art. 26, V, da Lei Complementar Estadual nº 13/1991 (Lei Orgânica Estadual do Ministério Público), instaura Inquérito Civil de
n° 009/2019/1ª PJEITZ, nos seguintes termos:
CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa do patrimônio público e social, da moralidade e eficiência
administrativas, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos, na forma dos arts. 127, caput, e 129, inciso III, da
Constituição da República (CR); art. 25, inciso IV, alínea “a”, da Lei nº 8.625/93, e do art.26, inciso V, alíneas “a” e “b', da Lei
Complementar Estadual nº 13/91;
CONSIDERANDO a relevância e a magnitude das atribuições conferidas ao Ministério Público no tocante à defesa do patrimônio
público, por força do art. 129, inciso III da Constituição da República e das disposições da Lei nº 7.347/85;
CONSIDERANDO que são princípios norteadores da Administração Pública e de seus respectivos gestores a legalidade, a
impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência;
CONSIDERANDO que constitui ato de improbidade administrativa qualquer ato que atente contra os princípios da administração
pública, seja por ação ou omissão, tendente a violar os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e às instituições
resguardadas pela Lei nº 8.429/92;
CONSIDERANDO que a Lei nº 8.666/93 estabelece regras gerais para licitações e contratos na Administração Pública, devendo
serem observadas pelos órgãos que integram a administração pública em todas as esferas de governo os princípios da administração
pública insertos na Constituição Federal;
CONSIDERANDO a previsão dos arts. 24 a 26, da Lei nº 8.666/93, que estabelece as hipóteses e as condições para a formalização
de contratações diretas pela Administração Pública;
CONSIDERANDO que as hipóteses de contratação direta pela Administração Pública repercutem como exceção à regra de licitar,
devendo atender aos requisitos próprios estabelecidos em lei;
CONSIDERANDO a apuração empreendida nos autos da Notícia de Fato nº 048/2018-1ª PJEITZ (SIMP nº 001478-509/2018),
que apontou para a ocorrência de irregularidades no processo de dispensa de licitação nº 016/2018, realizado pelo Município de
Governador Edison Lobão, cujo objeto trata da contratação de empresa para perfuração de poço artesiano, na localidade Lago da
Paz, Povoado Bananal;
CONSIDERANDO os apontamentos do Parecer Técnico nº 47/2019-AT/NATAR/IMPERATRIZ, que indicaram inconsistências no
referido processo de dispensa de licitação;
RESOLVE:
I) - INSTAURAR o presente Inquérito Civil, determinando a autuação da presente PORTARIA, ficando, desde já, nomeados os
servidores lotados nesta promotoria de justiça para atuarem como secretários, devendo numerar e rubricar todas as suas folhas,
procedendo-se na forma disciplinada na Resolução nº 23/2007 do CNMP e normas do Colégio de Procuradores do Ministério
Público do Maranhão e ato Conjunto da PGJ e CGMP de registro cronológico;
II) - Que seja a presente PORTARIA publicada no átrio das Promotorias de Justiça de Imperatriz, devendo o INQUÉRITO CIVIL
ser anotado sob o nº 009/2019, tendo como objeto de investigação: “ Apurar possíveis irregularidades em dispensa de licitação para
contratação de serviço de perfuração de poço artesiano, na localidade Lago da Paz, Povoado Bananal, no Município de Governador
Edison Lobão.”.
III) – Encaminhe-se cópia da presente Portaria à Coordenadoria de Documentação e Biblioteca, para fins de publicação no Diário
Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão, na forma determinada no Ato Regulamentar n 017/2018-GPGJ;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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IV) - Registrem-se no SIMP as devidas movimentações e autue-se. Após resposta ao OFC-2922019-1ª PJEITZ, que solicita ao
ICRIM de Imperatriz, a realização de vistoria na obra do poço artesiano que é objeto do presente Inquérito Civil, voltem-me os
autos conclusos.
Imperatriz/MA, 02 de julho de 2019.
JOSÉ ORLANDO SILVA FILHO
Promotor de Justiça
Matrícula 1072920
Documento assinado. Imperatriz, 02/07/2019 21:51 (JOSÉ ORLANDO SILVA FILHO)
PORTARIA-3ªPJEITZ - 72019
Código de validação: 5384B5CC9F
PORTARIA N°007/3ªPJE/ITZ
Objeto: Instaura Procedimento Administrativo para acompanhar o cumprimento da Recomendação Ministerial n°004/2019 a qual
orienta aos organizadores da 28° cavalgada de 2019 de Imperatriz, evento inaugural da 51ª EXPOIMP, sob a responsabilidade do
SINRURAL de Imperatriz e autoridades, para cuidados preventivos ao uso e destinação correta dos resíduos e ações repressivas
aos casos de maus tratos de animais.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, por intermédio do Promotor de Justiça Dr. JOAQUIM RIBEIRO
DE SOUZA JÚNIOR, Respondendo pela 3ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa de Meio Ambiente e Conflitos Agrários,
com base no art. 129, III, da Constituição Federal; no art. 8º, §1º,da Lei Federal nº 7.347/1985; no art. 26, I, da Lei nº 8.625/1993;
e no art. 26, V, da Lei Complementar Estadual nº 13/1991 e no Ato Regulamentar Conjunto n°005/2014-GPGJ/CGMP, art. 3°,
inciso V, que prevê a instauração de Procedimento Administrativo como instrumento para o levantamento de informações em
qualquer assunto de interesse transindividual, bem como para o acompanhamento e fiscalização, de forma continuada, de políticas
públicas ou de instituições e na defesa dos direitos individuais e indisponíveis;
CONSIDERANDO a realização da 28º Cavalgada no Município de Imperatriz, evento inaugural da 51ª EXOIMP/2019, sob a
responsabilidade do SINRURAL de Imperatriz e autoridades;
CONSIDERANDO que em razão da proporção do evento se faz necessário maior controle por parte das autoridades competentes e
organizadores do evento, visando prevenir danos ao meio ambiente urbanos e maus tratos aos animais CONSIDERANDO que a
responsabilidade urbanística e ambiental é dever de todos;
CONSIDERANDO que “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial
à sadia qualidade de vida” , entendido esse como o “conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” (art. 225 caput da CF/88 e art. 3º, inciso I, da Lei nº 6938/81);
CONSIDERANDO que é dever do Poder Público e da coletividade a defesa e a preservação do meio ambiente para as presentes e
futuras gerações;
CONSIDERANDO que, de acordo com o art. 170, VI da Constituição Federal, o desenvolvimento de atividades econômicas deve
sempre ser compatibilizado com a preservação de meio ambiente, “inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação”;
CONSIDERANDO que o art. 32 da Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) disciplina que “ PRATICAR ATO DE ABUSO,
MAUS-TRATOS, FERIR OU MUTILAR ANIMAIS SILVESTRES, DOMÉSTICOS OU DOMESTICADOS, NATIVOS OU
EXÓTICOS, É PUNIDO COM PENA – DE DETENÇÃO, DE TRÊS MESES A UM ANO, E MULTA;
CONSIDERANDO que, além da responsabilidade penal, o infrator pode ser responsabilizado com multa administrativa e
indenização civil pelo dano;
CONSIDERANDO que o Ministério Público Ambiental de Imperatriz RECOMENDOU ao SINRURAL, SETRAN, SEPLU,
SEMMARH, DEFESA CIVIL, SINFRA, POLÍCIAS MILITAR E CIVIL a adoção de medidas preventivas e
repressivas para cuidados preventivos ao uso e destinação correta dos resíduos e ações repressivas aos casos de maus tratos de
animais., na forma a seguir:
01 – Que seja proibida a utilização de garrafas, copos ou qualquer outro recipiente de vidro, por ocasião de consumos de bebidas
alcoólicas ou não, pelos participantes da cavalgada, fins evitar danos ao meio ambiente, em caso de quebra, as pessoas e animais;
02 – Que o consumo de qualquer tipo de bebida ou alimentação, durante a cavalgada, seja em material plástico, PET, alumínio, lata,
papelão, ou similar, desde que após utilizados, sejam devidamente acondicionados e entregues ao serviço de limpeza pública;
03 – Que somente seja permitida a participação durante o desfile de animais e veículos de tração animal previamente credenciados
pela SETRAN, devendo inclusive no momento do credenciamento ser informado que eventuais maus-tratos aos animais configura
crime;
05- Que no momento do credenciamento de carroças deverá ser informado ao responsável que o número máximo de pessoas que
podem ser transportado simultaneamente em cada veículo é de 04 (quatro) pessoas, incluindo o condutor, sob pena de exclusão do
evento;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO MARANHÃO
São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
06- Que no momento do credenciamento de carroças deverá ser informado ao responsável que fica proibido a utilização do uso de
chicotes, paus, pedaços de madeira ou qualquer objeto que possa produzir ferimentos aos animais;
07- Competirá ao SINRURAL distribuir aos condutores dos veículos de tração animal, no mínimo 3.000,00 (três) mil sacolas
plásticas e de material resistente, para que o lixo produzido seja nelas depositados;
08- A SEPLU e SEMMARH deverão disponibilizar agentes de fiscalização e ambientais, para fiscalizar e autuar as infrações
urbanísticas e ambientais flagradas na cavalgada, com comunicação posterior ao Ministério Público;
09 – A SINFRA deverá disponibilizar veículos adequados para o recolhimento imediato de resíduos sólidos produzidos durante a
cavalgada;
10- Às POLÍCIAS MILITAR E CIVIL as necessárias medidas preventiva e repressiva aos casos de maus tratos a animais e
poluição ao meio ambiente, antes, durante e após a cavalgada, adotando as providências legais, dentre as quais a prisão em
flagrante delito, apreensões, perícias, lavraturas de TCOs, etc; e
11 - Que o SINRURAL providencie todas as medidas necessárias para a divulgação por meio de rádio, televisão, internet, redes
sociais, jornais e distribuição de panfletos acerca das regras de proteção ambiental que deverão ser observadas durante o evento;
RESOLVE:
Instaurar PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO com o objetivo de acompanhar o cumprimento integral da Recomendação
Ministerial supracitada.
Como diligências iniciais, determino que sejam tomadas as seguintes providências:
1. Encaminhe-se cópia da presente Portaria à Biblioteca do Ministério Público Estadual, a fim de que promova a sua divulgação no
Diário Oficial;
2. Registre-se no Sistema Integrado do Ministério Público (SIMP).
Cumpridas as determinações acima elencadas, voltem os autos conclusos para posterior deliberação.
Imperatriz/MA, 02 de julho de 2019.
JOAQUIM RIBEIRO DE SOUZA JÚNIOR
Promotor de Justiça
Matrícula 1064815
Documento assinado. Imperatriz, 02/07/2019 13:55 (JOAQUIM RIBEIRO DE SOUZA JÚNIOR)
RECOMENDAÇÃO 3ªPJE/ITZ
Orienta aos organizadores da 28ª cavalgada de 2019, evento inaugural da 51ª EXPOIMP, sob a responsabilidade do SINRURAL de
Imperatriz e autoridades, para cuidados preventivos ao uso e destinação correta dos resíduos e ações repressivas aos casos de maus
tratos de animais.
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO MARANHÃO, no uso de suas atribuições legais e por seu Promotor de Justiça, JOAQUIM
RIBEIRO DE SOUZA JÚNIOR, Respondendo pela 3ª PJ Especializada na Defesa de Meio Ambiente de Imperatriz, nos termos do
art. 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei nº 8.625/93 e art. 27, inciso IV, da Lei Complementar Estadual nº 13/91; e tendo em vista
a realização da tradicional cavalgada, no dia 06 de julho de 2019, pelas ruas da cidade de Imperatriz, evento que inicia as
atividades da 51ª EXPOIMP 2019, bem como considerando a necessidade de precaução e prevenção urbanística e ambiental,
diante da grande quantidade de animais, pessoas e veículos de tração animal ou não participando do mencionado evento;
Considerando que pela proporção adquirida pelo evento se faz necessário maior controle por parte das autoridades competentes e
dos organizadores;
Considerando que a responsabilidade urbanística e ambiental é dever de todos, inclusive quanto à má destinação em vias públicas
de restos de alimentos, garrafas e outros objetos poluidores;
Considerando as reiteradas ações humanas de maus tratos a animais, conforme ações judiciais responsabilizatórias ocorridas em
anos anteriores;
Considerando a necessidade de orientação pública aos participantes do evento festivo, montados em animais ou em carroças;
Considerando que o art. 32 da Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) disciplina que “PRATICAR ATO DE ABUSO, MAUS-
TRATOS, FERIR OU MUTILAR ANIMAIS SILVESTRES, DOMÉSTICOS OU DOMESTICADOS, NATIVOS OU EXÓTICOS,
É PUNIDO COM PENA – DE DETENÇÃO, DE TRÊS MESES A UM ANO, E MULTA;
Considerando que, além da responsabilidade penal, o infrator pode ser responsabilizado com multa administrativa e indenização
civil pelo dano, o Ministério Público Ambiental de Imperatriz RECOMENDA ao SINRURAL, SETRAN, SEPLU, SEMMARH,
DEFESA CIVIL, SINFRA, POLÍCIAS MILITAR E CIVIL as seguintes ações:
01 – Que seja proibida a utilização de garrafas, copos ou qualquer outro recipiente de vidro, por ocasião de consumos de bebidas
alcoólicas ou não, pelos participantes da cavalgada, fins evitar danos ao meio ambiente, em caso de quebra, as pessoas e animais;
02 – Que o consumo de qualquer tipo de bebida ou alimentação, durante a cavalgada, seja em material plástico, PET, alumínio, lata,
papelão, ou similar, desde que após utilizados, sejam devidamente acondicionados e entregues ao serviço de limpeza pública;
DIÁRIO ELETRÔNICO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DO
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São Luís/MA. Disponibilização: 04/07/2019. Publicação: 05/07/2019. Edição nº 123/2019.
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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO - Av. Prof. Carlos Cunha n.º, 3261 Calhau. CEP: : 65076-820. Fone: (98) 3219-1600.
Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Maranhão - www.mpma.mp.br Coordenadoria de Documentação e Biblioteca - Fone: (98) 3219-1656 / Fax: (98) 3219-1657. E-mail: diarioeletronico@mpma.mp.br
03 – Que somente seja permitida a participação durante o desfile de animais e veículos de tração animal previamente credenciados
pela SETRAN, devendo inclusive no momento do credenciamento ser informado que eventuais maus-tratos aos animais configura
crime;
05- Que no momento do credenciamento de carroças deverá ser informado ao responsável que o número máximo de pessoas que
podem ser transportado simultaneamente em cada veículo é de 04 (quatro) pessoas, incluindo o condutor, sob pena de exclusão do
evento;
06- Que no momento do credenciamento de carroças deverá ser informado ao responsável que fica proibido a utilização do uso
de chicotes, paus, pedaços de madeira ou qualquer objeto que possa produzir ferimentos aos animais;
A SETRAN, no momento do credenciamento, deverá informar qual a destinação final dos animais e carroças após a dispersão;
07- Competirá ao SINRURAL distribuir aos condutores dos veículos de tração animal, no mínimo 3.000,00 (três) mil sacolas
plásticas e de material resistente, para que o lixo produzido seja nelas depositados;
08- A SEPLU e SEMMARH deverão disponibilizar agentes de fiscalização e ambientais, para fiscalizar e autuar as infrações
urbanísticas e ambientais flagradas na cavalgada, com comunicação posterior ao Ministério Público;
09 – A SINFRA deverá disponibilizar veículos adequados para o recolhimento imediato de resíduos sólidos produzidos durante a
cavalgada;
10- Às POLÍCIAS MILITAR E CIVIL as necessárias medidas preventiva e repressiva aos casos de maus-tratos a animais e
poluição ao meio ambiente, antes, durante e após a cavalgada, adotando as providências legais, dentre as quais a prisão em
flagrante delito, apreensões, perícias, lavraturas de TCOs, etc; e
11 - Que o SINRURAL providencie todas as medidas necessárias para a divulgação por meio de rádio, televisão, internet, redes
sociais, jornais e distribuição de panfletos acerca das regras de proteção ambiental que deverão ser observadas durante o evento;
Determino à Assessora Ministerial Leidiane Rodrigues de Sousa as providências no sentido de oficiar aos órgãos públicos e
interessados do teor da presente recomendação, além da devida publicidade a todos.
Por fim, fica estabelecido o prazo de 03 (três dias) para os órgãos públicos e o SINRURAL, ambos recomendados, prestarem
informações sobre o teor da presente recomendação.
Cumpra-se.
Imperatriz, 27 de junho de 2019.
JOAQUIM RIBEIRO DE SOUZA JÚNIOR
Promotor de Justiça
Matrícula 1064815
Documento assinado. Imperatriz, 27/06/2019 12:02 (JOAQUIM RIBEIRO DE SOUZA JÚNIOR)
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