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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Instituto de Geografia
ESTUDO PRÉVIO DE VIABILIDADE TÉCNICA
PARA A IMPLANTAÇÃO DE VEÍCULO LEVE SOBRE TRILHOS – VLT EM UBERLÂNDIA-MG
LIVRO II – IMPACTOS AMBIENTAIS
(Versão 1.0 para a discussão pública)
Uberlândia, Minas Gerais
Novembro de 2014
EXPEDIENTE Universidade Federal de Uberlândia Instituto de Geografia Comissão de Trabalho Interdisciplinar Estudo Prévio de Viabilidade Técnica para Implantação de Veículo Leve sobre Trilhos em Uberlândia Uberlândia, 2014
Elmiro Santos Resende REITOR DA UFU
Claudio Di Mauro DIRETOR DO INSTITUTO DE GEOGRAFIA
Marlene T. de Muno Colesanti COORDENADORA GERAL DO PROJETO VLT
Adaílson Pinheiro de Mesquita COORDENADOR TÉCNICO
Edson Claudio Pistori COORDENADOR EXECUTIVO
Beatriz Ribeiro Soares William Rodrigues Ferreira INSTITUTO DE GEOGRAFIA
Fernando Garrefa Maria Eliza Alves Guerra FACULDADE DE ARQUITETURA, URBANISMO E DESIGN
José Aparecido Sorratini FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL
Fábio Henrique Bittes Terra FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL
LIVRO II – IMPACTO AMBIENTAL - RELATÓRIO DO PROJETO VLT – UBERLÂNDIA 2014 Estudo Prévio de Viabilidade Técnica para a Implantação do Veículo Leve sobre Trilhos - VLT em Uberlândia - 2014 Portaria UFU R nº 1.132 de 26 de junho de 2013 e Portaria UFU R nº 817 de 28 de agosto de 2014. 161 páginas. Domínio Público. Anotação de Responsabilidade Técnica CREA-MG nº 14201400000002172617
Universidade Federal de Uberlândia: Instituto de Geografia, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Design, Faculdade de Engenharia Civil, Instituto de Economia e Faculdade de Engenharia Elétrica.
Instituições convidadas: UNITRI - Curso de Arquitetura e Urbanismo e Prefeitura Municipal de Uberlândia.
Coordenação Geral: Profa. Dra. Marlene Teresinha de Muno Colesanti.
Comissão de Trabalho Interdisciplinar: Docentes da UFU: Beatriz Ribeiro Soares, Darizon Alves De Andrade, Fábio Henrique Bittes Terra, Fernando Garrefa, José Aparecido Sorratini, José Roberto Camacho, Maria Eliza Alves Guerra e William Rodrigues Ferreira. Profissionais convidados: Adailson Pinheiro Mesquita, Bruno Del Grossi Michelotto, Edson Claudio Pistori e Gustavo Malagoli Buiatti. Representantes do Poder Público Municipal: Alexandre de Souza Andrade, Iraci José da Silva Filho, Ronaldo Dalvo de Aquino Pereira e Márcia Cristina Medeiros de Freitas.
Equipe técnica do Projeto VLT
Elaboração dos Estudos Técnicos: Engenharia Civil: Dr. Adailson Pinheiro Mesquita, Engenharia Civil: Dr. José Aparecido Sorratini, Geografia: Dra. Beatriz Ribeiro Soares, Geografia: Dr. William Rodrigues Ferreira, Geografia: Msc. Bruno Del Grossi Michelotto, Arquitetura e Urbanismo: Dra. Maria Eliza Alves Guerra, Arquitetura e Urbanismo: Dr. Fernando Garrefa e Economia: Dr. Fábio Henrique Bittes Terra.
Redação de Textos: Adailson Pinheiro Mesquita, Fernando Garrefa, Bruno Del Grossi Michelotto, Paulo Alexandre Elias Passos, Letícia Del Grossi Michelotto e Edson Claudio Pistori.
Estudantes de pós-graduação (mestrado e doutorado): Geog. Ms. Caroline Ferreira de Morais, Arq. Urb. Esp. Clayton França Carili, Geog. Dhulia Alves de Souza, Geog. Ms. Edson Claudio Pistori, Geog. Filipe Antunes Lima, Ms. Eng. Civil Jardel Inácio Moreira Vieira, Arq. Urb. Luciana Mendes Carvalho Petraglia, Geog. Esp. Luiz Felipe Vasconcelos Costa, Eng. Civil Melissa Mariana Ferreira Silva, Eng. Civil Geog. Ms. Priscila Alves, Rodrigo Borela Valente e Geog. Esp. Flaviane Fernandes Bernardes, Paulo Alexandre Elias Passos, Ms. Letícia Del Grossi Michelotto.
Estudantes de graduação: Aline Macedo Queiroz, Amanda Oliveira Gonçalves, Ana Carolina da Silva, Ana Laura Fernandes Barbosa, André Lemos Nardi, Artur Cruz Bertolucci, Camila Garcia Cavesan, Cássio Henrique Naves Mota, Damaris da Silva Costa, Fernanda Oliveira Borges, Glaycon Vinícios Antunes de Souza, Gustavo de Melo Marques, Herivelton Pereira Pires, Isadora Afonso Torres, Júlia Petrél Fernandes, Júlia Maria Alves, Ladeira Júlia Saccardo Campos, Marina Miranda Gaioto, Maryelly Silva Faria, Patrícia Aparecida Mendes, Paulo Otávio Oliveira Godoy, Pedro Henrique Kelmer, Rafael Pessoa Londe, Rafael Santana, Rafhael Ribeiro Mascarenhas, Robert Soares de Lima e Tatiana Tiemi Kazeoca.
Ilustrações: Paulo Cesar, Adailson Pinheiro Mesquita, Guilherme Clementeda Silva Neto, Ana Carolina Souza Silva, Luís Carlos Alves Junior, Carlos Vinicius Varaldo, Mariana Araújo Souza, Dhulia Alves de Souza e Júlia Saccardo Campos. Empresas: Oficina 3D LTDA e Georreferencia LTDA.
Versão digital deste relatório disponível em http://www.vltuberlandia.com
SUMÁRIO
RELATÓRIO DO PROJETO VLT – LIVRO II Estudo Prévio de Impactos Ambientais Potenciais para a implantação de Veículo Leve Sobre Trilhos - VLT em Uberlândia. 2014
Apresentação
Introdução
CAPÍTULO I
Diagnóstico Ambiental do Meio Físico
1.1 Clima e condições meteorológicas 1.2 Geologia 1.2.1. Geotecnia 1.3 Geomorfologia 1.3.1 Terrenos Interceptados 1.4 Pedologia 1.5 Recursos Hídricos
CAPÍTULO II
Diagnóstico Ambiental do Meio Biótico
2.1 Vegetação 2.1.1 Breve histórico do desmatamento na região de Uberlândia 2.1.2 Caracterização fitofisionomias presentes no município de Uberlândia 2.2 Caracterização da Fauna Silvestre de Uberlândia 2.2.1 Herpetofauna 2.2.2 Aves 2.2.3 Mamíferos 2.2.4 Fauna de interesse epidemiológico CAPÍTULO III
Diagnóstico Ambiental do Meio Socioeconômico
3.1 Aspectos históricos e culturais 3.2 Aspectos demográficos 3.3 Indicadores sociais e econômicos 3.4 Uso e ocupação do solo na área interceptada pelos traçados propostos
CAPÍTULO IV
Identificação e Avaliação de Impactos Ambientais
4.1 Identificações das Ações Impactantes 4.2 Identificação dos Componentes Ambientais 4.3 Identificação e Avaliação de Impactos Ambientais 4.3.1 Impactos no Meio Físico 4.3.2 Impactos no Meio Biótico 4.3.3 Impactos no Meio Antrópico
CAPÍTULO V
Definição das áreas de influência do empreendimento
CAPÍTULO VI
Proposta para elaboração do Plano Básico Ambiental
CAPÍTULO VII
Considerações Finais Provisórias
Referências
Introdução
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Este Livro II tem por objetivo apresentar a avaliação preliminar dos impactos potenciais decorrentes das obras de implantação e operação do VLT no município de Uberlândia.
Além da avaliação de impactos, inclui um amplo conjunto de levantamentos técnicos que resultaram na elaboração de um diagnóstico ambiental sucinto da área interceptada pelas diretrizes de traçado propostas para o empreendimento.
Os resultados consolidados nos capítulos que seguem foram conduzidos por equipe multidisciplinar e realizados concomitantemente com os demais estudos de viabilidade apresentados neste documento.
As equipes especializadas foram mobilizadas a partir do levantamento de informações das características básicas do projeto disponibilizadas na fase atual dos estudos, o que não contempla informações executivas de engenharia.
Para a condução dos estudos e levantamentos, foi definida como Área de Estudo (AE) o município de Uberlândia, com ênfase em sua mancha urbana, e Área Diretamente Afetada (ADA), a área a ser ocupada pelas estruturas inerentes ao projeto, permanentes e temporárias, assim como os traçados preferenciais definidos nas seções anteriores (ver Figura 1.a).
Os dados secundários que subsidiaram o levantamento de informações gerais sobre Área de Estudo foram obtidos a partir de levantamento bibliográfico e consulta aos bancos de dados de instituições governamentais em suas diferentes esferas.
Neste aspecto, salienta-se que foram desenvolvidas pesquisas bibliográficas complementares e o levantamento de informações de fontes estatísticas em instituições oficiais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado de Minas Gerais, Fundação João Pinheiro, IBAMA, ICMBio, entre outros.
Os dados obtidos subsidiaram a elaboração final do diagnóstico ambiental da Área de Estudo (AE). Foram também efetuadas pesquisas específicas para levantamentos das bases cartográficas, mapeamentos de referência e de banco de dados geográficos disponibilizados por instituições oficiais como INPE, IBGE, GEOMINAS, entre outros.
Os levantamentos de dados em fontes secundárias foram complementados com a obtenção de informações em reuniões e diálogos com lideranças setoriais, técnicos e autoridades do município de Uberlândia, incluindo a Universidade Federal.
Paralelamente ao levantamento de dados secundários, procedeu-se o planejamento das atividades de campo necessárias ao diagnóstico ambiental da Área Diretamente Afetada (ADA) pelo empreendimento. Os levantamentos de campo contemplaram a realização de visitas de reconhecimento e campanhas de obtenção de dados primários relativos aos componentes ambientais dos meios físico, biótico e socioeconômico.
Para representação cartográfica dos mapeamentos efetuados na Área de Estudo foi adotada a escala compatível com respectivas temáticas. Tais mapeamentos foram produzidos a partir dos levantamentos de campo e da interpretação das imagens orbitais disponíveis.
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Consolidado o diagnóstico ambiental das unidades de análise inicialmente estabelecidas, procedeu-se à identificação e avaliação dos impactos ambientais. Tal procedimento teve como referência inicial a caracterização detalhada do empreendimento, a individualização das ações de potencial impactante e dos componentes ambientais caracterizados ao longo do diagnóstico ambiental. O cruzamento entre ações impactantes e componentes ambientais através de matriz de interação possibilitou a identificação dos potenciais impactos socioambientais decorrentes da implantação e da operação do VLT.
A partir desse processo de identificação e análise dos impactos ambientais potenciais, foi desenvolvida a proposta de Plano Básico Ambiental, que inclui um amplo conjunto de medidas que objetivam prevenir, mitigar ou compensar os impactos identificados anteriormente.
Por fim, desenvolveu-se a avaliação final dos impactos resultantes sobre cada componente ambiental, o que pressupõe a correta aplicação dos Programas Ambientais propostos.
Assim, a análise da magnitude, da abrangência e de outros atributos dos impactos ambientais tem como foco a avaliação do impacto residual, ou seja, considerando um cenário em que o impacto potencial previsto foi devidamente mitigado.
Neste livro encontram-se estruturadas 5 capítulos. Nos capítulos iniciais (I, II e III) são apresentados os resultados do diagnóstico ambiental para cada meio, a saber: físico, biótico e socioeconômico.
No capítulo IV, apresenta-se a metodologia de avaliação de impactos, a definição das ações impactantes, dos componentes ambientais e os resultados encontrados, sendo que, no capítulo V, foram definidas as áreas de influência do empreendimento.
O capítulo VI integra a proposta de Plano Básico Ambiental e seus respectivos Programas Ambientais, cujo detalhamento deverá ser realizado, quando da obtenção da Licença de Operação, conforme rito processual vigente de licenciamento ambiental.
Finalmente, no capítulo VII e VIII apresentam-se, respectivamente, as considerações finais e a blibliografia utilizada.
CAPÍTULO I
Diagnóstico Ambiental
do Meio Físico
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2.1 Clima e Condições Meteorológicas
Considerações Gerais
Para a caracterização climática da Área de Estudo, foi realizado um levantamento acerca do clima em escala regional e feita uma descrição dos principais sistemas de circulação atmosférica atuantes na região. Foram consultados, dentre outros, os trabalhos de NIMER (1977), MONTEIRO (1973), SANT’ANA NETO (2009), DEL GROSSI (1992), SÁ JUNIOR (2009), o Mapa de Climas do Brasil na escala 1:5.000.000 (IBGE, 2002), além do modelo de classificação climática de Koeppen (KOEPPEN, 1948; THORNTHWAITE; MATHER, 1951; ROLIN et al., 2007, PEEL et. al., 2007). As análises também se pautaram nas informações disponibilizadas no Zoneamento Ecológico Econômico do Estado de Minas Gerais (2008).
Na seqüência, foram levantados os dados de estações meteorológicas presentes na área de estudo e analisados os resultados dos parâmetros coletados. Para tanto, foram utilizadas as Normais Climatológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET, 1992) e consultados o banco de dados do BRSIL/MCT (2014), Agência Nacional de Águas (BRASIL, 2011).
Clima Regional
Com base nos critérios definidos por Koppen (simplificados por Setzer, 1966), o município de Uberlândia encontra-se em área de transição climática, onde o regime térmico e de precipitação define as tipologias climáticas regionais. Conforme o Zoneamento Climático do Estado de Minas Gerais proposto por Sá Júnior (2009) – apresentado na Figura 1.1.a – a área de estudo encontra-se sob o domínio de dois sub-tipos climáticos, descritos a seguir:
Cwa – Clima subtropical quente com inverno seco. Predomina na maior parte da bacia, à exceção do extremo norte e extremo sul da mesma. Este tipo de clima é caracterizado por temperaturas inferiores a 18 ºC no mês mais frio e superiores a 22 ºC no mês mais quente. No mês mais seco, é usual a ocorrência de totais pluviométricos inferiores a 30 mm.
Aw – Clima tropical com inverno seco. Neste tipo de clima, a temperatura média do mês mais frio é igual ou superior a 18 ºC e a temperatura média do mês mais quente é sempre igual ou superior a 22 ºC. Em relação à distribuição das chuvas, observam-se invernos secos, quando as precipitações não ultrapassam os 60 mm médios mensais no mês mais seco.
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Figura 1.1.a Classificação climática de Koppen para o Estado de Minas Gerais
Fonte: SÁ JÚNIOR, 2009.
De acordo com a classificação climática do IBGE (2005), que leva em consideração o
regime de precipitações, a área em questão está sob o domínio de climas úmidos e semi-úmidos, que diferenciam-se, sobretudo, em relação ao regime térmico. Observa-se a atuação do clima Quente semi-úmido, com 4 a 5 meses secos e com temperatura superior a 18 ºC em todos os meses do ano. Nessas áreas, o inverno é ameno e a sensação de frio somente se verifica em forma de ondas espasmódicas por ocasião das invasões do anticiclone polar.
Outro tipo de clima atuante é o Subquente semi-úmido, também com 4 a 5 meses secos, porém com temperatura média entre 15 e 18 ºC em pelo menos 1 mês do ano. Neste tipo de clima, a menor freqüência de temperaturas elevadas no verão e temperaturas mais amenas no inverno deve-se, principalmente, à influência da altitude .
De acordo com a classificação de Thornthwaite e Mather (1955), apresentada na Figura 2.1.b, o município de Uberlândia encontra-se em área de transição entre o domínio do sub-tipo climático B2, onde as médias anuais da temperatura e da precipitação acumulada são da são da ordem de 19,0 a 20 ºC e 1500 a 1600 mm, respectivamente. Por sua vez a evapotranspiração potencial segue valores relativamente mais baixos, com deficiência hídrica anual no solo agrícola da ordem de 87 mm (DANTAS et all, 2007).
Destaca-se, contudo, que, na região em estudo, estas condições climáticas já possuem características marcantes de desenvolvimento sócio-econômico devido à melhoria das condições naturais auto-sustentáveis, a exemplo das áreas com agricultura tecnificada observada na região.
Município de Uberlândia
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Figura 2.1.b Classificação climática do Estado de Minas Gerais segundo Thornthwaite e Mather
Fonte: DANTAS et al, 2007.
De maneira geral, o que particulariza as diferenciações climáticas na região de
Uberlândia é a amplitude altimétrica, que atua como um fator de abrandamento do caráter tropical do clima. Conforme diversos estudos clássicos da geografia física brasileira (AB’SABER, 1967; NIMER, 1979; MONTEIRO, 1973; SANT’ANA NETO, 2009), nenhuma outra região do Brasil sofre influência tão nítida deste fator estático, que comanda a distribuição espacial das temperaturas e das precipitações.
Apesar da grande influência deste fator estático sobre o clima da região, no entanto, além da sua localização tropical, apenas estes fatores não permitem uma maior compreensão do clima da região. A seguir são descritos sucintamente os principais sistemas de circulação atmosférica.
Circulação Atmosférica
Para a caracterização sinótica do clima na região de Uberlândia, foram considerados os principais sistemas de circulação atmosférica que, por sua atuação direta, exercem um importante papel na variação das composições climáticas do estado de Minas Gerais, e da região Sudeste de forma geral, tanto no tempo como no espaço.
Em relação aos principais parâmetros de larga escala que comandam o regime climático diário e sazonal, destacam-se os sistemas de alta pressão e os sistemas de frentes, que se alternam ao longo do ano ocasionando as linhas de instabilidade (chuvas) e as condições de alta pressão (tempo bom).
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O primeiro aspecto a destacar é que o clima regional é marcado pela nitidez de estações secas e úmidas. Isto se deve aos sistemas de circulação atmosférica que determinantes dos tipos habituais que se expressam pelo domínio de massas de ar. Assim, a sazonalidade marcante das precipitações se deve a influência das massas tropicais e polares. Na Figura 2.1.c, apresenta-se o comportamento habitual das massas de ar na América do Sul.
Figura 2.1.c Comportamento habitual dos sistemas atmosféricos na América do Sul
Ea:Equatorial Atlântico, Ec: Equatorial Continental, Ta: Tropical Atlântico, Tc: Tropical Continental, Pa: Polar Atlântico, Ep: Equatorial Pacífico, Tp: Tropical Pacífico, Pp: Polar Pacífico. Fonte: SANT´ANA NETO (2009)
Durante o inverno na região do Triângulo Mineiro, o tempo é estável, o céu é limpo, com acentuado aquecimento diurno por insolação e com resfriamento noturno e ausência de chuvas. É quando domina, na região, a massa Tropical atlântica (mTa), que juntamente com a massa Polar atlântica (mPa), lidera a circulação atmosférica nessa época do ano. A mTa, ao atingir o continente, nessa época resfriado, sofre também resfriamento basal, tendendo a estabilizar-se. Parte de sua umidade é condensada por efeito orográfico, ocorrendo precipitações no litoral e chegando ao interior já bem mais seca.
Por outro lado, as precipitações produzidas no avanço da massa polar são também mais abundantes nas proximidades do litoral, no contato mais direto com a mTa. Assim, durante o inverno, os índices pluviométricos são advindos apenas da frente polar. Como a região de Uberlândia fica a maior parte do tempo, nesse período, sob o domínio da mTa, prevalecem as condições de estabilidade. Podem ocorrer, no entanto, precipitações ocasionais de origem frontal durante os avanços esporádicos da mPa.
No verão, também se observa o domínio da mTa, pois, com o aquecimento do continente, enfraquece-se o abastecimento do ar polar. Esse aquecimento provoca instabilidade na mTa que se reproduz em precipitações. Mesmo nesta estação, as chuvas da mTa matem íntima conexão com os fenômenos da frente polar, especialmente em decorrência da sua instabilidade pré frontal. As ondas de frio, nesse período, são fracas e não atingem a região que, todavia, é atingida por ondas de calor vindas do Noroeste, provocadas pelas linhas de instabilidade tropicais ocasionando fortes aguaceiros, sobretudo convectivos.
Desse modo, constata-se, como demonstrou Monteiro (1969), que o mecanismo de circulação durante o ano surge sob as mesmas bases, não existindo, na verdade, uma inversão
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de circulação. As diferentes condições do tempo, notadamente entre o verão e inverno, decorrem das modificações que as massas de ar apresentam em suas fontes e também pelas modificações impostas durante os seus deslocamentos.
Em síntese, pode-se concluir que as condições de tempo e a típica sazonalidade climática na região do Triângulo Mineiro decorrem da atuação dos seguintes fenômenos sinóticos:
Sistemas de alta pressão: também chamados de anticiclones, são responsáveis por estabilizar a atmosfera e estão associados às massas de ar Subtropical Atlântica. São, portanto, denominados sobre a latitude da área em questão, de Anticiclones Subtropical Marítimo do Atlântico Sul. Ao girarem no sentido anti-horário, divergem o ar do centro para as suas bordas. Este sistema produz estabilidade do tempo, provocando aumento das temperaturas e diminuição da umidade pelo efeito adiabático ao longo de sua trajetória. Em função da rugosidade do terreno, este sistema deixa parte de sua umidade a cada vertente a barlavento, e ao transpor-las provoca ressecamento adiabático nas vertentes a sotavento, além de aquecimento nos vales encaixados (SANT’ANA NETO, 2009).
Possuem raio médio horizontal de 1.000 km conforme a época do ano. Ao se deslocarem um pouco para o continente, em fins de outono e nos meses de inverno, promovem a ocorrência de tempo seco sobre a região. Tem orientação SE-NW, deslocando-se de sudeste para nordeste ou leste. Essas invasões ocorrem por todo o ano, sendo mais freqüentes e extensas no inverno, onde os anticiclones polares penetram no continente sul americano, atingindo as cinco regiões brasileiras. A região sudeste é totalmente atingida pela Frente Polar.
Sistemas de frentes: estão associados às áreas de baixa pressão, formadas a partir do encontro da Massa Polar Atlântica e do ar úmido e quente do Brasil Central. Das Correntes Perturbadas, as que atuam mais diretamente sobre o território do Triângulo Mineiro são as Correntes Perturbadas de Oeste e Sul. As Correntes Perturbadas de Oeste correspondem às Linhas de Instabilidade Tropical (LIT) ou Instabilidades Tropicais (IT), originadas na Massa Equatorial Continental. Ocorrem no interior do Brasil, entre meados da primavera a meados do outono, sendo mais freqüentes no verão. Provocam chuvas intensas, localizadas, acompanhadas de trovoadas e, algumas vezes, granizo, conhecidas como chuvas de verão.
Estes sistemas de baixas pressões giram no sentido horário, convergindo o ar quente e úmido para o seu centro e com isso aumentam a nebulosidade e intensificam a velocidade do vento. Possuem um raio médio horizontal em torno de 600 km. Têm a sua maior freqüência de atuação durante a primavera e no verão. Esta condição acontece, porque o núcleo do anticiclone se desloca para superfície oceânica, permitindo o avanço da massa de ar equatorial quente e úmida, responsável pelas freqüentes ocorrências de precipitações do tipo convectiva. O mês de Dezembro é o que representa maior número de passagens deste tipo de frente, responsável pela ocorrência dos tempos instáveis.
Além dos sistemas atmosféricos da baixa troposfera, a ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) alimenta e intensifica a perturbação frontal, notadamente nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Atuam também, na região, as linhas de instabilidade do ar tropical e os Complexos Convectivos de Meso-escala (SANT’ANA NETO, 2009).
Em síntese, no período de primavera/verão, o anticiclone migratório polar é responsável pelo avanço das frentes frias que atuam na região, por mecanismos de circulação superior do ar e pelo deslocamento do equador térmico para o hemisfério norte. No outono/inverno, os bloqueios das frentes tornam-se mais frágeis e o anticiclone polar avança para latitudes mais baixas, deixando terreno para a evolução da massa polar, que traz episódios de temperaturas mais amenas.
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Parâmetros Meteorológicos
Os dados históricos utilizados no presente diagnóstico são aqueles coletados na Estação Climatológica do Laboratório de Climatologia e Recursos Hídricos da Universidade Federal de Uberlândia, operada em parceria com o INMET. Os dados compreendem o período entre 1981-2003 e são relativos às médias mensais. Os dados da estação climatológica supracitada encontram-se apresentados na Tabela 2.1.a. Estes dados foram assumidos como representativos do comportamento do regime climático dominante na região de estudo.
Tabela 2.1.a Dados relativos à Estação Climatólogica A507 – Uberlândia/MG
Estação Uberlândia
Código A507
Latitude 18.91S
Longitude 48.25W
Responsável INMET/UFU
Operadora INMET/UFU
Altitude 869,00 m
Parâmetros Utilizados Precipitação, Umidade Relativa e Temperatura do Ar
Fonte: INMET (2014).
Precipitação
A distribuição da precipitação, bem como de outros elementos climáticos, é bastante irregular junto à superfície terrestre. Isso se deve, em princípio, à existência de alguns fenômenos que tendem a modificar a normalidade de ocorrência da precipitação e consequentemente dos períodos de estiagem.
Na região Sudeste, a irregularidade da precipitação está diretamente relacionada com o deslocamento de sistemas circulatórios de escala sinótica, associados à formação de linhas de instabilidades locais, principalmente no Verão devido à oscilação da Zona de Convergência do Atlântico Sul, ZCAS. Da mesma, forma a altitude imprime a influência do fator estático na distribuição das chuvas, que compreendem o elemento climático de maior importância na definição do clima regional.
Nota-se, fundamentalmente, que tal distribuição implica duas estações bem definidas: verões chuvosos e períodos de estiagem no inverno. Quanto à época dos mínimos, ela se dá de maio a setembro, relacionando-se à ausência quase completa de chuvas de IT, ficando a região na dependência quase que exclusiva das instabilidades frontais representadas pelas correntes perturbadas de sul. Por outro lado, observa-se que o trimestre dezembro-janeiro-fevereiro representa os meses mais chuvosos, quando as precipitações ultrapassam facilmente os 170 mm mensais.
Cabe destacar, porém, que o mecanismo atmosférico, na região de Uberlândia e na região tropical de forma geral, caracteriza-se por sua notável irregularidade, podendo apresentar comportamentos bem distintos de um ano para o outro. Disto resulta que as precipitações em cada ano estão, consequentemente, sujeitas a totais bem distintos, podendo se afastar grandemente dos valores normais (NIMER, 1979).
Na Tabela 2.1.b é ilustrada a distribuição anual das precipitações médias no município de Uberlândia. Dadas as características citadas, verifica-se que o mês de dezembro é o mais chuvoso: 318,9 mm. Ademais, observam-se totais elevados em outubro, novembro, janeiro, fevereiro e março, quando as alturas médias são sempre superiores a 200 mm.
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Em relação ao período seco, observam-se os menores valores entre maio e setembro, sendo as precipitações médias inferiores a 60 mm. Junho, julho e agosto são os meses mais secos (precipitações médias <30 mm), refletindo a atuação do Anticiclone Tropical Semi-fixo do Atlântico Sul que caracteriza o sub-tipo climático “w” já descrito neste estudo.
No que diz respeito às médias anuais, verifica-se que, na estação climatológica em análise ocorrem alturas médias de 1.583 mm, em acordo com as Normais Climatológicas do INMET (1992).
Em síntese, confirmar-se a sazonalidade climática típica da região, fato explicado tanto por fatores estáticos, como pela posição geográfica e a altitude quanto por fatores dinâmicos associados à atuação dos sistemas de circulação atmosférica.
Tabela 2.1.b Precipitação média mensal (mm). Uberlândia (A507) 1981-2003
Meses do ano Precipitação média (mm)
Jan 311,6
Fev 201,0
Mar 228,2
Abr 78,7
Mai 39,7
Jun 15,3
Jul 8,7
Ago 15,5
Set 52,6
Out 110,4
Nov
203,0
Dez 318,9
Total médio anual
1.583,6
Fonte: INMET, 2014.
Temperatura
A temperatura do ar se constitui na capacidade de um corpo em receber ou transmitir calor. Trata-se de um parâmetro termodinâmico (uma função de estado) que representa o grau de equilíbrio da atmosfera e indica a variação da energia cinética das moléculas do ar durante a sensação de frio e quente. É, portanto, um parâmetro de interesse para os estudos de meio ambiente.
As temperaturas mais elevadas, em geral, estão associadas à formação de movimentos verticais ascendentes na troposfera (ocorrências de chuvas e tempestades) e, ao contrário, as baixas temperaturas são indicadoras de movimentos verticais descendentes que inibem a velocidade horizontal do vento, sendo um indicador de condição menos favorável à dissipação de calor, caracterizando uma condição de atmosfera estável sujeita a períodos prolongados de estiagens (AYOADE, 1996).
Em relação às temperaturas no estado de Minas Gerais, enfatiza-se que as diferenças térmicas regionais, assim como as pluviométricas, são extremamente diversificadas. A extensão latitudinal associada às altitudes elevadas do relevo exercem importante papel na distribuição das temperaturas médias anuais. A variação térmica implica temperaturas mais elevadas entre os meses de setembro a dezembro, quando os valores médios se elevam entre
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26 e 28 ºC, e temperaturas mais amenas entre junho, julho e agosto, quando estas aproximam-se dos 14 ºC médios no sul de Minas (INMET, 1992; NIMER, 1977).
A distribuição temporal das temperaturas médias, máximas e mínimas é apresentada na Tabela 2.1.c. A média térmica mensal é de 22,3 ºC. De forma geral, verificam-se valores mais elevados entre outubro e março; porém o mês mais quente é o de outubro com média de 23,9 ºC, sendo as médias máximas de 30,7 ºC.Junho e julho são os meses mais frios, quando os valores mínimos médios apresenta-se na faixa dos 14 ºC.
De forma geral, verifica-se que as médias do ano exprimem bem a predominância de temperaturas medianas a elevadas durante quase todo o ano. Observa-se, no entanto, mais comumente que estas são mais predominantes entre a primavera e o verão, quando a incidência dos raios solares se verifica em ângulos maiores e em períodos mais prolongados. Por outro lado, no restante dos meses do ano, principalmente entre maio e agosto, as temperaturas são mais amenas em função de diversos fatores, os quais destacam-se a maior inclinação dos raios solares em função dos solstício de inverno, redução da intensidade da radiação solar incidente nesta época do ano e avanços mais rigorosos das massas de ar frio de origem polar.
Tabela 2.1.c Temperatura média mensal, máxima média mensal e mínima média mensal (ºC). Uberlândia (A507) 1981-2003
Meses do ano Média Máxima média Mínima média
Jan 23,4 29,2 19,6
Fev 23,7 29,9 19,5
Mar 23,5 29,5 19,4
Abr 22,,8 29,2 18,3
Mai 20,7 27,5 15,8
Jun 19,3 26,7 14,3
Jul 19,4 27,0 14,0
Ago 21,1 29,0 15,3
Set 22,8 30,1 17,3
Out 23,9 30,7 18,9
Nov 23,6 29,8 19,3
Dez 23,5 29,1 19,4
Média mensal 22,3 28,9 17,5
Fonte: INMET, 2014.
Umidade relativa do ar
A umidade relativa do ar define-se como a relação percentual entre a quantidade de ar úmido presente em um dado volume de ar e a quantidade que esse volume poderia conter se estivesse saturado. É um parâmetro variável, sendo que sua concentração depende de diversos fatores, como a continentalidade, altitude e latitude.
A distribuição anual dos valores da umidade relativa do ar em Uberlândia é apresentada na Figura 2.1.d. Da mesma forma que ocorre com os totais pluviométricos, a distribuição da umidade relativa do ar caracteriza-se pelos valores elevados durante o verão, e que decrescem durante os meses do outono inverno em função da ausência de chuvas nesses período. Conforme os dados históricos do INMET (1992) a umidade relativa do ar média na região varia
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entre 70 e 75% durante o ano, valores estes condizentes com aqueles registrados em Uberlândia (70,5%).
De forma semelhante à distribuição dos totais pluviométricos, os meses de maior umidade compreendem o período entre dezembro e março, com pico no mês de janeiro (80%). O mês de agosto é o mais seco, quando se observou valores médios de 58%.
Os meses mais úmidos estão associados à atuação dos sistemas de correntes perturbadas que ocasionam chuvas, enquanto que os meses mais secos relacionam-se à atuação dos sistemas de alta pressão responsáveis por estabilizar a atmosfera nestas regiões do Brasil central. De toda forma, e como já descrito anteriormente, são comuns desvios anuais em relação às normais e períodos críticos de úmidade já foram observados na região, quando os valores absolutos da umidade relativa do ar permanecem abaixo dos 30% no fim da estação seca (agosto/setembro).
Dentre os motivos que explicam os valores não tão elevados da umidade do ar, quando comparados com outras localidades do estado, destacam-se a posição latitudinal com intensa radiação solar e o efeito de continentalidade, que diminui consideravelmente a influência das massas úmidas durante os meses de inverno.
Tabela 2.1.d Umidade relativa do Ar. Médias mensais (%). Uberlândia (A507) 1981-2003
Meses do ano Umidade relativa do ar (%)
Jan 80
Fev 77
Mar 79
Abr 73
Mai 71
Jun 68
Jul 62
Ago 58
Set 61
Out 66
Nov 73
Dez 79
Média mensal 70,5
Fonte: INMET, 2014.
Nível ceráunico
O nível ceráunico mede a quantidade de descargas atmosféricas em uma determinada área, avaliada a partir do número de dias de tempestades por ano em uma região.
Em linhas gerais, a formação de uma descarga atmosférica acontece quando existem nuvens intensamente carregadas (tempestades) e massa de ar úmida, com carga negativa em parte inferior, que cria uma descarga piloto em direção à terra. Em contrapartida, um caminho ionizado inicia-se da terra em direção à nuvem e vai se desenvolvendo até encontrar a descarga piloto. Neste momento, forma-se um caminho completo que dá origem a primeira descarga (líder) possibilitando, então, a corrente de retorno (terra para a nuvem) de maior intensidade.
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Devido à densidade de descargas atmosféricas para a terra ser expressa pelo número de raios por quilômetro quadrado, o valor dessa densidade, para uma dada região, é função direta do número de dias de trovoadas por ano (Nível Ceráunico).
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), através do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT), monitora as descargas elétricas na região Centro Sul, incluindo a região de Uberlândia. De acordo com dados disponibilizados pelo referido Instituto, a quantidade de raios no município de Uberlândia, no ano de 2013, foi de 7,08 descargas/km²/ano, para uma área de 4.130 km².
Balanço hídrico
Levando-se em conta os parâmetros meteorológicos apresentados e as respectivas distribuições ao longo do ano, tem-se o balanço hídrico climatológico para a região de Uberlândia. Foi utilizada a proposta metodológica de Thornthwaite e Mather (1955) e a Capacidade de Água Disponível Padrão (CAD) de 125 mm (ROLIN et al., 2007). Os resultados são apresentados na Figura 2.1.d.
Figura 2.1.d Balanço hídrico climatológico para a localidade de Uberlândia (CAD 125 mm)
O balanço hídrico climatológico, desenvolvido por Thornthwaite e Mather (1951) é uma das várias maneiras de se monitorar a variação do armazenamento de água no solo. Através da contabilização do suprimento natural de água ao solo pela chuva (P) e da demanda atmosférica, pela evapotranspiração potencial (ETP), e com um nível máximo de armazenamento ou capacidade de água disponível (CAD) apropriada ao estudo em questão, o balanço hídrico fornece estimativas da evapotranspiração real (ETR), da deficiência hídrica (DEF), do excedente hídrico (EXC) e do armazenamento de água no solo (ARM), podendo ser elaborado desde a escala diária até a mensal (ROLLIN; SENTELHAS, 1999).
De forma geral, o período de deficiência hídrica, na localidade em estudo, é compatível com a distribuição dos totais pluviométricos e atuação dos sistemas de circulação atmosférica ao longo do ano. Em Uberlândia, o período de deficiência hídrica é observado entre abril e
-100
-50
0
50
100
150
200
250
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
mm
Extrato do Balanço Hídrico Mensal
DEF(-1) EXC
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setembro, sendo outubro e novembro meses de reposição. O pico de deficiência hídrica ocorre em agosto (41,1 mm). Os meses de dezembro (198,4 mm) e janeiro (199,8 mm) são os que apresentam os maiores excedentes.
Em síntese, apresenta-se na Figura 2.1.e o climograma representativo do comportamento térmico e pluviométrico na cidade de Uberlândia.
Figura 2.1.e Climograma da cidade de Uberlândia
Fonte: INMET (2014); Queiroz (2009).
1.2 Geologia
Para a caracterização do substrato rochoso foram consultados o Mapa Geológico da Folha Goiânia SE.22 da Carta Geológica do Brasil ao Milionésimo (FARACO et al., 2004) e o Mapa Geológico do Estado de Minas Gerais, bem como o texto explicativo deste último (COMIG, 1994). Complementarmente, consultou-se os mapeamentos realizados pelo CETEC e artigos científicos que versam sobre a área (SOARES, 2002; BACCARO, 1994; NISHIYAMA, 1989; DEL GROSSI, 1992). Também foi consultado o mapeamento disponibilizado no Zoneamento Ecológico Econômico do Estado de Minas Gerais (2008). A análise foi complementada com estudos expeditos em campo durante os meses de setembro de 2014.
Considerando-se as Províncias Estruturais, a área de estudo situa-se na Província Paraná, que abrange grande parte do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. A complementação do nome Província Paraná, com a designação Província Sedimentar Meridional, realizada por Bahia et al (2003), teve como objetivo enfatizar o estudo das bacias que a compõe, cada qual com seu processo de formação e constituição distintos.
Esta província compreende três áreas de sedimentação independentes, separadas por profundas discordâncias: Bacia do Paraná propriamente dita, uma área de sedimentação que primitivamente se abria para o oceano Panthalassa a oeste (Milani e Ramos, 1998); a Bacia Serra Geral, compreendendo os arenitos eólicos da Formação Botucatu e os derrames basálticos da Formação Serra Geral; e a Bacia Bauru, uma bacia intracratônica.
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O substrato da província compreende blocos cratônicos e maciços alongados na direção NE–SW (Rio Apa, Rio Aporé, Triângulo Mineiro, Rio Paranapanema, Guaxupé, Joinville e Pelotas), separados por faixas móveis brasilianas: de norte para sul, Paraguai–Araguaia, Rio Paraná, Apiaí e Tijucas (Milani e Ramos, 1998). Del Grossi (1992) ressalta que a base deposicional das rochas desta Província no Triângulo Mineiro é constituída de rochas metassedimentares dos Grupos Araxá, Canastra e Bambuí de idade Pré-Cambriana Proterozóica e de rochas do Complexo Goiano de idade Arqueana.
Na Figura 2.2.a está sistematizada a proposta de compartimentação da Província Paraná, de acordo com Bahia et al (2003). Figura 2.2.a
Esboço geológico da Província Paraná
Fonte: Bahia et al (2003)
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Conforme a compartimentação apresentada, verifica-se que o município de Uberlândia
insere-se na Bacia Bauru, assim designada por Fernandes e Coimbra (1998), inteiramente contida na seqüência neocretácea (Épsilon, de Soares et al. 1974) da “Bacia do Paraná” (Milani, 1997). O seu substrato é composto pelas rochas vulcânicas da Formação Serra Geral (Grupo São Bento). De acordo com Fernandes e Coimbra (1998, 2000), a espessura máxima das suas rochas sedimentares sobrepostas (300 m) compõe duas unidades correlatas: o Grupo Caiuá e o Grupo Bauru.
A seguir, são descritas as áreas de ocorrência e as principais características das unidades litoestratigráficas verificadas no município de Uberlândia, com ênfase em sua área urbana. A distribuição espacial dessas unidades pode ser verificada no Mapa de Geologia (Figura 2.2.b), cuja elaboração foi baseada no trabalho de COMIG(1994). Este trabalho também é referência para os valores das datações radiométricas relacionadas à formação das litologias.
A seguir são descritas as litologias que ocorrem nas áreas de estudo, as quais são também apresentadas sucintamente na Tabela 2.2.a.
Tabela 2.2.a Unidades Litoestratigráficas que ocorrem na área urbana do município de Uberlândia
Unidades Litoestratigráficas Litotipos Datações (106 –
anos) Idades
Qa¹ Depósitos aluvionares Sedimentos de canais fluviais e
planícies de inundação 1.75 - atual Quaternário
NQd Coberturas detríticas Depósitos colúvio-eluviais e,
eventualmente lateríticas ±1.75
Neogeno/Quater-
nário
K2m Formação Marília Arenitos com intercalações de
laminito arenoso ±65 Cretáceo Superior
K1βsg Formação Serra Geral Basalto com intercalações de arenito
e diques de diabásio ±135 - 96 Cretáceo Inferior
¹Não mapeadas na escala de trabalho. Fonte: FARACO et al. (2004).
Qa – Depósitos aluvionares
Os sedimentos aluviais são inconsolidados, têm baixa capacidade de suporte, sendo constituídos por areia fina argilosa, argila orgânica, argila siltosa e, por vezes, cascalhos. Os sedimentos aluviais têm espessuras que podem superar 3 m, ocorrendo na base camadas de areias e cascalhos finos. Esses depósitos formam planícies fluviais estreitas e descontínuas, às vezes em forma de leques, que conformam pequenos bancos arenosos ao longo dos coletores hidrográficos.
NQd – Coberturas detríticas
A cobertura detrítica que recobre as superfícies de topos planos da bacia em estudo é formada por sedimentos terciários e quaternários, de identificação contravertida. Feltran Filho (1997) considerou os sedimentos como pertencentes ao Cretáceo, enquanto RADAMBRASIL (1983) e Nishiyama (1989) mapearam-na como sendo composta por sedimentos do Terciário e/ou Quaternário. Para o primeiro autor, os sedimentos encontrados recobrindo o material considerado da Formação Marília são alterações “in situ” da própria Formação.
De forma semelhante aos sedimentos aluviais, os sedimentos detríticos apresentam-se quase sempre inconsolidados. Sua constituição é bastante variável, englobando desde seixos
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mais grosseiros de quartzo, quartzito e sílex até areia grossa e solos argilosos de cor avermelhada.
K2m – Formação Marília
Como já mencionado anteriormente, a Bacia Bauru, assim chamada por Fernandes & Coimbra (1998), é inteiramente contida na seqüência neocretácea da “Bacia do Paraná” (MILANI, 1997). Estes autores atribuem à Bacia Bauru duas fases de deposição: a primeira fase compreende um trato de sistema desértico; e a segunda, podendo ser representada também pela Formação Marília, um trato de sistema flúvioeólico, proveniente do nordeste (FERNANDES & COIMBRA, 2000.), em bancos de espessura média entre 1 e 2 m (NISHIYAMA, 1989).
A Formação Marília é representada por arenitos, arenitos cineríticos, conglomerados, às vezes calcíferos, lentes de calcários, siltitos e argilitos. Entre outros, destacam-se os seguintes constituintes mineralógicos: quartzo, sericita, plagiocásio olivina, calcita e minerais de argila (FERNANDES & COIMBRA, op. cit.).
No âmbito do Projeto Radam Brasil (RADAMBRASIL, 1983, p. 30), a Formação Marília aparece descrita como sendo constituída de arenitos finos a grosseiros, predominantemente mal selecionados, vermelhos, róseos e esbranquiçados; arenitos argilosos, argilitos, siltitos, lamitos, conglomerados polimíticos comumente desagregados e brechas comglomeráticas. Subordinadamente aparecem níveis lenticulares e concreções de calcário e chert. As rochas desta unidade aparecem limonitizadas e em pacotes geralmente maciços, com estratificação cruzada de pequeno e médio porte.
Nishiyama (1989) descreve a Formação Marília como sendo arenitos conglomeráticos, com grãos angulosos, teor variável de matriz, seleção pobre, ricos em feldspatos, minerais pesados e minerais instáveis. Esses sedimentos ocorrem em bancos maciços ou com acamamento incipiente subparalelo e descontínuo, raramente apresentando estratificação cruzada de médio porte, com seixos concentrados nos estratos cruzados e com raras camadas descontínuas de lamitos vermelhos e calcários. Em algumas áreas, os arenitos da Formação Marília, sobretudo nos topos de chapadas, encontram-se recobertos por sedimentos Cenozóicos.
A primeira descrição formal da Formação Marília, no entanto, deve-se a Soares et al (1974), que a definiram como uma unidade composta por arenitos grosseiros a conglomeráticos, com grãos angulosos, teor de matriz variável, apresentando seleção pobre com abundância de feldspato, minerais pesados e instáveis. São característicos da unidade os nódulos carbonáticos, que aparecem dispersos ou em zonas concentradas, apresentando freqüentemente cimento carbonático.
Em relação ao ambiente de deposição, existe o consenso, na literatura consultada, que este desenvolveu-se em embaciamento restrito, em regimes torrenciais característicos de leques aluviais e com a deposição de pavimentos detríticos, durante a instalação progressiva de clima semi-árido, o qual teria propiciado a cimentação dos detritos por carbonatos.
Os arenitos conglomeráticos e conglomerados com seixos de argilito, típicos desta formação, atestam períodos de sazonalidade climática marcados por inundações e períodos de aridez alternados. A estrutura das rochas remonta a um ambiente fluvial com canais anastomasados associados a leques aluviais e planícies de inundação.
SOARES et al (1974) sugeriram que as rochas desta formação foram depositadas por correntes de alta energia, com transporte fora de canais em extensos lençóis de escoamento; o que implica reconhecer a importância dos leques aluviais como ambiente de sua formação.
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Na região do Triângulo Mineiro, Barcelos, Landim e Suguio (1981 apud RADAMBRASIL, 1983) propuseram a designação de Fácies Serra da Galga para caracterizar um pacote de sedimentos com espessura em torno de 50-70m, constituídos predominantemente por arenitos grosseiros, feldspáticos, argilosos, conglomeráticos, coloração vermelho rósea com níveis cinza-esbranquiçado, grãos angulosos e subangulosos, mal selecionados, carbonáticos, com recorrência da fácies basal (Ponte Alta) representada por nódulos e concreções carbonáticas.
Essa Formação é distribuída nas áreas mais elevadas do município, sustentando modelados planos, suavemente ondulados e levemente convexos.
K1βsg – Formação Serra Geral
O Grupo São Bento compreende as formações Botucatu e Serra Geral e se integra cronologicamente ao período Jurássico/ Cretáceo Inferior (SILVA et al. 2003).
Com a abertura do Oceano Atlântico Sul, as antéclises limitantes da Província Sedimentar Meridional foram reativadas e transformadas nos arcos homônimos. Com o rebaixamento do fundo da bacia, houve a formação de ampla depressão topográfica, onde se depositaram arenitos de granulação fina a média, os quais, de acordo com Scherer (2002, apud SILVA et al. 2003), podem ser separados em duas unidades genéticas: uma inferior, com espessura máxima de 100 m, correspondente à Formação Botucatu e discordante sobre a Bacia do Paraná, que inicia com depósitos de rios efêmeros e lençóis de areia, seguido por arenitos eólicos; e outra superior, consistindo de lentes de arenitos eólicos, intercaladas nas rochas vulcânicas da Formação Serra Geral (SILVA op. cit.).
A Formação Serra Geral, de caráter vulcânico, consiste em derrames basálticos continentais, que formam uma das grandes províncias ígneas do mundo (SAUNDERS et al. 1992, apud SILVA et al. 2003), quando um imenso volume de lava fora expelido através de gigantescas fissuras (NISHIYAMA, 1989). Compreende sucessão de derrames com cerca de 1.500 m de espessura, de que Leinz & Amaral (1985) consideram 650 m como sendo a espessura média dos derrames.
As principais feições da formação indicam que os basaltos se originaram do extravasamento rápido de lava muito fluida através de geoclases e de falhas menores. Como não há o conhecimento de produtos erosivos no interior da formação, deduz-se não ter havido hiatos significativos durante a atividade vulcânica. A existência das intercalações eólicas comprova o predomínio das condições desérticas durante o vulcanismo.
ALMEIDA (1967) admite que esta formação resultou de um intenso vulcanismo básico fissural derivado da Reativação Wealdeniana da Plataforma Barasileira, o que teria provocado a formação de grandes geoclases, “através dos quais extravasaram lavas basálticas toleíticas em ambiente desértico”. A presença dos intertrapes de arenitos sugere que esta condição teria persistido durante a época do vulcanismo, como aqueles característicos da Formação Botucatu.
O produto deste magmatismo está constituído por seqüência toleítica bimodal onde predominam basaltos a basalto andesitos (acima de 90% em volume), superpostos por riolitos e riodacitos (4% em volume). Com base em características químicas e isotópicas, é dividido como proveniente de dois reservatórios magmáticos distintos: alto e baixo TiO2, compreendendo oito subtipos com características químicas e reológicas distintas (PEATE et al. 1992). De acordo com as datações radiométricas realizadas, estima-se seu início em 137,4 Ma e seu encerramento em torno de 128,7 Ma (TURNER et al. 1994).
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Com relação à composição petrográfica, as rochas da Formação Serra Geral apresentam-se de forma simples, sendo constituídas, essencialmente, de labradorita zonada associada a clinopiroxênios (augita e às vezes pigeonita). De forma associativa, ocorrem titano-magnetita, apatita, quartzo e raramente olivina. Na área de abrangência deste estudo, a Formação Serra Geral possui aspecto maciço, uniforme, amigdaloidal, vesicular, formando espessuras variáveis de derrames, com intercalações lenticulares de arenito. Possuem fraturas irregulares a subconchoidais.
Os derrames são constituídos por rochas de cores escuras a cinza escuro, por vezes vítreas e granulação variando de fina a média. São afaníticas, porém, ocasionalmente porfiríticas. Adquirem colorações vermelho amareladas quando alteradas superficialmente, com as amígdalas preenchidas por quatzo, calcita ou minerais verdes.
Os basaltos da Formação Serra Geral encontram-se ao longo dos afluentes dos rios Uberabinha e Araguari, sendo também aflorantes em alguns pontos da cidade como nas regiões dos bairros Lídice e Vigilato Pereira.
1.2.1 Geotecnia
A soma dos aspectos físicos (tipo de solo, tipo de rocha e tipo de relevo e fatores climáticos) possibilita elaborar uma caracterização geotécnica com o objetivo de subsidiar a compreensão das características geotécnicas dos materiais constituintes ao longo das áreas interceptadas pelos traçados do VLT.
Primeiramente, cumpre salientar que na Área de Estudo a sazonalidade marcante do clima faz com que as rochas apresentem comportamento diferenciado frente aos distintos processos de intemperismo e de dinâmica superficial.
Durante a época de estiagem, que compreende os meses de abril a setembro (aproximadamente), a ausência de precipitações favorece o intemperismo físico que propicia a desagregação mecânica generalizada das rochas, sendo responsável pela formação das areias constituídas por grande quantidade de grão de quartzo e feldspatos; dos pavimentos detríticos; além de favorecer a manutenção de extensos afloramentos rochosos.
Já durante o período das chuvas, a maior disponibilidade de água favorece o intemperismo químico das rochas, a formação de solos mais espessos e a ocorrência de processos erosivos do tipo rastejo, pequenos escorregamentos, escoamento superficial laminar e em sulcos mais frequentes.
De acordo com o exposto anteriormente, as rochas que ocorrem na Área de Estudo constituem quatro agrupamentos distintos quanto às características da alteração e ao seu comportamento frente às diferentes atividades antrópicas, destacando-se: arenitos, basaltos; coberturas detrito-lateríticas e sedimentos aluvionares pouco consolidados. As características desses agrupamentos são descritas a seguir.
Arenitos
As rochas areníticas que ocorrem associadas às unidades da Formação Marília, têm granulação variando de muito fina a grossa incluindo também arenitos conglomeráticos restritos, predominando os arenitos finos e médios. Os arenitos apresentam diferentes graus de coerência dependendo geralmente da intensidade e tipo de cimentação.
Os solos superficiais dos arenitos são classificados como de primeira categoria para escavação sendo o solo de alteração considerado de segunda categoria (escavação com escarificador). Os conglomerados constituem materiais de segunda categoria de escavação.
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Os solos dos arenitos geralmente apresentam baixa coesão, dificultando a escavação de fundação em tubulões, podendo ser também necessários escoramentos das escavações para construção de sapatas.
Basaltos
Compreendem rochas vulcânicas, toleíticas em derrames basálticos de coloração cinza a negra, associados aos derrames da Formação Serra Geral. No contato entre derrames não é rara a ocorrência de feições amigdaloidais.
Os contatos entre derrames sempre são uma feição de descontinuidade, uma vez que se trata de uma nova fase de lava liquida e ou pastosa inconsolidada sendo depositada sobre um derrame (lava consolidada) já existente. Os contatos poderão ter os mais diferentes tipos interação rocha a rocha, influindo assim na adoção de parâmetros de coesão e ângulo de atrito do maciço rochoso.
O solo superficial corresponde, na sua maior parte, aos depósitos coluvionares; é de natureza argilosa com porcentagens variadas de areia; coloração vermelha escura.
Cobertura Detrito-Lateríticas
As coberturas detrito lateríticas são constituídas de areias inconsolidadas, argilas, concreções ferruginosas, lentes conglomeráticas; com espessos lateritos ferruginosos; e uma zona superior, com solo argilo-arenoso com blocos e nódulos de concreções lateríticas e níveis de seixos de quartzo, que recobrem o horizonte de argila mosqueado, ocorrem preferencialmente nos divisores de águas.
Nos topos do relevo plano em que ocorrem, esses materiais dão origem a solos argilosos a muito argilosos, Latossolos Amarelos, de alta permeabilidade, que inibe a ocorrência de processos erosivos e o escoamento superficial favorecendo a infiltração. Nos locais de afloramento das concreções ferruginosas, no entanto, a baixa permeabilidade favorece o escoamento superficial com ocorrência de processos erosivos de baixa a média intensidade.
Sedimentos Aluvionares
Os sedimentos aluviais são inconsolidados, com baixa capacidade de suporte, sendo constituídos de: areia fina silto-argilosa, argila orgânica, argila siltosa e cascalhos. Os sedimentos aluviais têm espessuras variadas, tendo, na base, camadas de areias e cascalhos finos.
A distribuição dos sedimentos aluviais na Área de Estudo ocorre associada às características dos canais fluviais, havendo trechos com planícies largas e contínuas e trechos com sedimentação restrita, quando do predomínio de canais fluviais erosivos.
Esses materiais geralmente constituem solos moles que apresentam estabilidade precária das paredes de escavação e que podem causar recalque de fundações. Também se associam à presença de áreas alagadiças com freático elevado, suscetíveis ao risco de contaminação do lençol freático.
Com base nos atributos do embasamento rochoso e dos sedimentos que ocorrem na área de estudo, foi feita uma caracterização dos possíveis problemas e fragilidades associados a esses materiais, bem como estabelecidas diretrizes e orientações gerais de manejo, a fim de minimizar os impactos e degradações ambientais, quando da interferência sobre os diferentes terrenos, conforme sintetizado na Tabela 2.2.b.
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Tabela 2.2.b Atributos, solos associados, características geotécnicas e medidas preventivas para a ocupação de áreas constituídas por tipos de rocha que ocorrem na Área de Estudo
TIPOS DE MATERIAIS PROBLEMAS ESPERADOS RECOMENDAÇÕES
Arenitos Rochas sedimentares com porcentagem maior que 80% de areia e quartzo, que podem ocorrer intercalados com outras rochas, porém subordinadas. O solo de alteração pode ser arenoso, areno-siltoso e areno-argiloso conforme a composição ou rocha associada.
- Podem apresentar instabilidade com quedas de blocos e rupturas clássicas devido ao diaclasamento ou o acamamento desfavorável e a presença de planos de percolação. - Recalque diferencial devido à baixa densidade do solo de alteração; - Ocorrência de processo de piping que pode provocar erosão remontante. - Os solos de alteração francamente arenosos são muito sensíveis a erosão laminar e em sulcos.
- Drenar os locais com surgência d’água. - Em subleito de vias usar revestimento com argila para melhorar a capacidade de suporte e a resistência a erosão. Nas rampas, utilizar revestimento granular para melhorar a aderência. - Adotar cuidados especiais de drenagem (coleta, condução lançamento e dissipação de águas pluviais) e proteção superficial nas obras de terra.
Basaltos Rochas vulcânicas toleíticas em derrames basálticos de coloração cinza a negra, textura afanítica, com intercalações de arenitos intertrapeanos, finos a médios, de estratificação cruzada tangencial e esparsos níveis vitrofíricos não individualizados.
- Rastejo nos setores mais declivosos das encostas e nas cabeceiras de drenagem. - Os escorregamentos de solo são pouco freqüentes e restritos aos trechos escarpados do compartimento. - Queda de detritos associada à erosão diferencial. - Baixa susceptibilidade à erosão em sulcos e ravinas, que só tendem, eventualmente, a ocorrer como conseqüência de intervenções.
- Desenvolver estudos do comportamento do maciço devido à existência de falhas e diáclases. - Disciplinar as intervenções que impliquem em alterações drásticas no comportamento do escoamento superficial. - Preservar a vegetação nativa (de preferência arbórea) nos trechos escarpados. - Estabelecer faixas de segurança, com critérios especiais de ocupação, a montante e a jusante dos trechos escarpados.
Depósitos Detrito-Lateríticos Constituídos na base por areias inconsolidadas, argilas, concreções ferruginosas e eventuais lentes conglomeráticas; na zona média, apresentam espessos lateritos ferruginosos; e na zona superior, solo argilo-arenoso e concreções ferruginosas.
- Dificuldade para a abertura de cavas e canais devido à presença de horizontes espessos de laterita; - Processos erosivos em áreas de solo exposto (jazidas), devido ao uso da laterita como material para agregado de pavimentação.
- Os solos argilosos associados podem ser usados como núcleo de aterro. - Retaludamento, restauração da cobertura de solo e de vegetação nas áreas de solo exposto das jazidas de laterita (agregado).
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TIPOS DE MATERIAIS PROBLEMAS ESPERADOS RECOMENDAÇÕES
De modo subordinado ocorrem sedimentos argilo-arenosos com blocos e nódulos de concreções lateríticas e níveis de seixos de quartzo, que recobrem o horizonte de argila mosqueado.
Sedimentos aluviais Areia fina, areia argilosa e argila siltosa, matéria orgânica e ocasionalmente cascalhos em planícies de inundação e baixo terraços.
- Enchentes sazonais. - Presença de áreas alagadiças, freático elevado e solos moles; - Erosão lateral e vertical do canal e das margens. - Estabilidade precária das paredes de escavação. - Recalque de fundações. - Danificação das redes subterrâneas por recalque. - Danificação do subleito das vias devido à saturação do solo. - Risco de contaminação do lençol freático.
- Evitar a ocupação, proteger e recuperar as planícies de inundação, os fundos de vale e as matas ciliares e implantar projetos que evitem a ocupação por residências, industrias e sistema viário e evitem a degradação dos recursos hídricos. - Promover a estabilidade e proteção contra a erosão das margens dos cursos d’água. - Adotar medidas que acelerem a estabilização dos recalques e melhorem as condições de suporte e resistência do solo nos projetos de aterros. - Adotar medidas adequadas para minimizar os recalques e evitar a danificação de tubulações. - Implantar sistemas de drenagem superficial e subterrânea eficientes, de modo a evitar a saturação do subleito viário.
Fonte: Compilado de Campos (1988), SHDU/ CSTDE/ EMPLASA/ IPT (1990) e Nakazawa (1994).
1.3 Geomorfologia
A caracterização do relevo na Área de Estudo teve como principal referência os estudos realizados por BACCARO (1991, 2004), DEL GROSSI (1992), SOARES (2002), CARRIJO (2003), FERREIRA et al (2007) e RODRIGUES et al (2004). Também foram consultados os mapeamentos geomorfológicos do CETEC (1982), do Laboratório de Geomorfologia e Erosão de Solos da Universidade Federal de Uberlândia, além do Modelo Digital de Elevação do Terreno (RSTM/NASA). Os estudos expeditos em campo complementaram a descrição apresentada a seguir.
A área do empreendimento em pauta está localizada nas bacias hidrográficas dos rios Uberabinha e Araguari, inserida no domínio morfoclimático dos Chapadões Tropicais, recobertos por cerrados e penetrados por florestas galerias, cujos relevos são caracterizados
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por planaltos de estruturas complexas, capeados ou não por lateritas de cimeira e por planaltos sedimentares (AB'SABER, 1973). Nesse Domínio, ocorre clima tropical com duas estações bem definidas, conforme colocado Seção 1.1.1 (Clima).
Os planaltos apresentam interflúvios muito largos, vales bastante espaçados, níveis de pedimentos escalonados e de terraços com cascalhos. As vertentes têm forma de rampas suaves e com muito pouca mamelonização, que refletem uma evolução condicionada pela ação de processos morfoclimáticos que foram responsáveis pela elaboração de níveis de aplainamento regional e recuo das grandes escarpas, que estão sendo dissecados pela drenagem atual.
O relevo atual da área é resultado da evolução passada e presente, condicionado pela geologia e pelos processos morfoclimáticos. No Domínio Morfoclimático do Cerrado, em que o Triangulo Mineiro está inserido, atualmente, a ação da água trabalha como principal agente modelador da paisagem, seja por meio de canais de escoamento ou em forma de chuva.
Considerando-se a existência de áreas aplainadas, de relevo suave e áreas dissecadas ou rebaixadas em função da resistência litológica, a visão de conjunto possibilitada pela correlação das informações geomorfológicas e geológicas torna evidente a influência da estrutura geológica no processo de formação do relevo.
Ab’Saber (1971) salientou que após a deposição do Grupo Bauru, representado nesta área pela Formação Marília, ocorreu uma lenta degradação e rebaixamento das superfícies anteriormente formadas, bem como a formação de extensas crostas lateríticas, devido ao clima semi-árido ou de savana (BACCARO, 1989). Estas lateritas em particular, formam patamares abruptos nas vertentes, que podem manter declividades mais elevadas em relação ao restante da encosta.
A seguir, são descritos as Unidades Geomorfológicas identificadas na Área de Estudo: Planalto Tabular e Relevo Dissecado em Patamares Estruturais. Cabe ainda salientar que, ao longo do médio e alto curso do córrego São Pedro e outros afluentes do rio Uberabinha, ocorre a presença de áreas úmidas, que também serão descritas ao longo deste estudo.
Na Figura 2.3.a, apresenta-se o Mapa Geomorfológico da Área de Estudo.
Planalto Tabular (Planalto de Uberlândia)
O Planalto Tabular é caracterizado pela baixa variação na declividade, que se apresenta inferior a 12 %, e pela ocorrência de topos amplos e com feições tabulares. Este compartimento corresponde a uma superfície denudacional praticamente plana. Tem como processo principal, na remoção dos detritos, o escoamento superficial pluvial laminar e difuso, agindo, assim, de forma menos intensa quando comparado aos relevos dissecados. O relevo dessa área é predominantemente esculpido em formas tabulares amplas, apresentando escarpas com desníveis superiores a 150 m.
Conforme a classificação de Baccaro (1991), esta área foi denominada de Áreas Elevadas de Cimeira com topos planos, amplos e largos, entre 950 e 1050m de altitude, marcada pela baixa densidade e ramificação da drenagem. As vertentes, sustentadas por arenitos da Formação Marília (predominantemente recobertos por sedimentos cenozóicos), são de baixa declividade, apresentando-se em formas retilíneas, côncavas ou convexas (FERREIRA et al, 2007).
Em continuidade aos trabalhos de Baccaro, FERREIRA (2001) denominou a área de Planalto Tabular, aplicando a linha taxonômica de classificação de relevo proposta por Ross
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(1992). Os níveis altimétricos mais elevados deste modelado estão assentados diretamente sobre arenitos cretáceos da Formação Marília, que repousando sobre os derrames basálticos da Formação Serra Geral, constituem patamares em cotas em torno 800m.
Verifica-se a presença de extensas rampas coluvionares que transgridem do contato do arenito com o basalto, marcando transições suaves. Estas rampas constituem extensos depósitos que foram constituídos pelo retrabalhamento da superfície sulamericana no fim do Terciário e início do Cretáceo.
As formas de relevo configuram-se como modelados suavemente ondulados com declividades de 1 à 10% onde o entalhamento dos vales é de fraco à médio e a dimensão interfluvial é de grande à média. Esse modelado abrange áreas das nascentes e médio-curso dos principais afluentes do Araguari.
Nos amplos interflúvios os vales são rasos, circundados por campos úmidos, onde ocorrem os solos hidromórficos. Cabe ainda destacar que, em áreas depressionais de topo, ainda podem ser encontradas lagoas, hoje em processo de ressecamento, conectadas ou não à rede de drenagem.
Os cursos d’água, apresentam baixo gradiente e correm sobre as rochas sedimentares da Formação Marília. Em algumas situações, como no caso do córrego São Pedro e Jataí, os canais já apresentam algum aprofundamento, cortando o pacote de solos hidromórficos e originando barrancas sujeitas a desmoronamento. Salienta-se, porém, que grande parte dessas áreas já encontram-se alteradas pelos processos de ocupação urbana.
Vale enfatizar que, em razão do modelado de declive suave, esta unidade é ocupada amplamente pela mancha urbana de Uberlândia e serviu de vetor para seus sucessivos processos de expansão.
Planalto Dissecado em Patamares Estruturais
Os processos de formação de Unidades de Relevo Dissecadas são principalmente o escoamento superficial pluvial difuso e concentrado, e é neste compartimento que os processos erosivos se apresentam mais agressivos. O Planalto Dissecado se caracteriza por uma maior rugosidade da superfície, com declividades mais intensas, variando de 12 a 40 %.
Na cidade de Uberlândia, o Planalto Dissecado coincide topograficamente com as áreas de nascentes dos tributários no baixo curso do córrego São Pedro. No que diz respeito à hipsometria da região, o Planalto Dissecado se localiza entre 700 e 800 m de altitude.
Esta Unidade é caracterizada por um maior entalhamento dos canais, que se apresentam com maior gradiente e drenagens mais ramificadas em função da composição estrutural. Os vales se apresentam encaixados e definidos, sendo que os canais cortam os pacotes sedimentares da Formação Marília no alto curso e correm sobre os basaltos da Formação Serra Geral.
A presença de soleiras rochosas e patamares com ondulações suaves, resultado do trabalho erosivo nas camadas horizontalizadas dos basaltos (mais resistentes ao poder erosivo da água), proporcionaram rupturas e formações de cachoeiras, como aquelas observadas ao longo do córrego Lagoinha.
Em relação aos processos de intemperismo, vale salientar que a pedogenização dos basaltos resultou em solos mais férteis e mais estáveis em função dos teores elevados de argila, enquanto que aqueles originados dos pacotes sedimentares são mais pobres, como no restante das áreas onde predominam as litologias das Formação Marília.
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Áreas Úmidas
As áreas úmidas aparecem interpenetrando as áreas de topo plano do Planalto Tabular, acentuando-se no médio curso dos afluentes do rio Uberabinha, com especial destaque para o córrego São Pedro. Sempre relacionadas à intensa umidade, caracterizam-se por brejos que aparecem nas áreas deprecionais nos fundos de vale, assim como nas regiões de nascentes. Apesar de existirem nas áreas de relevo Dissecado em Patamares Estruturais, apresentam-se extremamente restritas às proximidades dos canais.
Destaca-se, no entanto, que ao longo do traçado proposto para o empreendimento estas áreas já encontram-se alteradas pela ocupação urbana. Na avenida Anselmo Alves dos Santos observa-se fragmentos dessas áreas ainda não ocupadas nas proximidades do cruzamento com a avenida João Naves de Ávila.
1.3.1 Terrenos Interceptados
A análise integrada dos atributos do meio físico na Área de Estudo teve por base os dados obtidos da pesquisa bibliográfica e os estudos executados para a AID, sobre o substrato rochoso, o relevo e o solo, sendo o resultado final apresentado na escala 1:25.000. A metodologia utilizada foi obtida junto aos estudos de Pires Neto (2008, 2009, 2010).
A análise realizada teve os seguintes objetivos:
Estabelecer tipos de terrenos com base nos seus elementos constituintes; Estabelecer a fragilidade e/ou o grau de risco a processos erosivos e de deposição
nos terrenos e avaliar o seu potencial de uso; Subsidiar a avaliação dos impactos ambientais e a elaboração de prognósticos
resultantes da implantação do empreendimento.
Para se atingirem tais objetivos foi adotado o conceito de terreno (Mabbutt, 1968; Austin e Coocks, 1978; e Zonneveld, 1992), sendo que para a definição e caracterização dos terrenos, foi utilizado o método paramétrico que é baseado no estudo em separado e na classificação individual dos atributos apresentados nos estudos e mapas de relevo, do substrato rochoso, dos solos, na dinâmica superficial e em seus recursos. Segundo estes autores:
Os terrenos são áreas ou regiões que podem ser facilmente reconhecidas pela sua fisionomia tanto no campo quanto por meio de imagens de sensores remotos, sendo caracterizadas com base na forma de relevo, solo e vegetação (Zonneveld, 1992).
São áreas onde seus principais componentes são interdependentes e tendem a ocorrerem correlacionados.
São áreas relacionadas e uniformes pelo tipo de relevo, solo e vegetação, que podem ser descritas simultaneamente em relação às suas feições mais significativas e com relação a um propósito prático (Austin & Coocks, 1978).
O uso do terreno e os impactos associados dependem das combinações e interações de efeitos dos seus vários atributos (Mabbutt, 1968).
O conceito de terreno é fundamentado no estudo descritivo e qualitativo dos parâmetros ambientais: substrato rochoso, relevo, solos e vegetação. O estudo do terreno classifica o espaço segundo suas condições ambientais predominantes, suas qualidades ecológicas e avalia seu potencial de uso, bem como o de suas várias partes.
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Tais estudos têm sido utilizados para fornecer uma visão sintética do meio, para estudos científicos e aplicados ao planejamento das atividades antrópicas no meio físico.
Com base nesses elementos, foram diferenciados, na Área de Estudo do empreendimento, quatro Tipos de Terrenos: Chapadas com Latossolos, Rampas com Latossolos, Patamares com Cambissolos e Latossolos associados e Planícies Fluviais. O Mapa de Terrenos pode ser visualizado na Figura 2.3.1.a.
A seguir, descrevem-se as unidades de terrenos identificadas.
Chapadas com Latossolos
As Chapadas com latossolos apresentam amplitude de relevo de 15 a 40 metros, inclinação de 0 a 5%, e ocorrem acima dos 900m de altitude. São sustentadas por arenitos da Formação Marília e sedimentos recentes que a capeiam.
Predominam os latossolos vermelhos distróficos típicos, com boa permeabilidade que constituem área de recarga do sistema aqüífero Bauru. Em relação à dinâmica superficial, destaca-se que os processos erosivos laminares e em sulco são ocasionais e de média a baixa intensidade, assim como o são os reentalhes dos canais. Essa unidade será interceptada na região do interflúvio Uberabinha/Araguari.
A Tabela 2.3.1.a sintetiza as características da unidade Chapada com Latossolos.
Tabela 2.3.1.a Características e atributos das Chapadas com Latossolos
Chapadas com Latossolos
RELEVO
Amplitude: 15 a 40 m Compr. rampa : > 3000 m Inclinação: 0 a 5% Altitude: 900 a 1050 m
Topos extensos e aplainados. Vertentes com perfis retilíneos a convexos. Vales abertos com planícies aluviais. Drenagem de baixa densidade, padrão subdendrítico, retangular e paralelo.
SUBSTRATO ROCHOSO,
SEDIMENTOS E COBERTURAS
Arenitos de granulação fina a grossa, compreendendo bancos maciços com tênues estratificações cruzadas de médio porte, incluindo lentes e intercalações subordinadas de siltitos, arenitos muito finos com estratificação planoparalela e freqüentes níveis rudáceos. Presença comum de níveis carbonáticos. Aquífero de boa permeabilidade, ampliada localmente quando associada ao material poroso do manto de intemperismo. O aquífero é heterogêneo e com fluxo descontínuo, tem extensão local, com comportamento livre, por vezes confinado em função de camadas arenosas limitadas por camadas siltoarenosas compactas.
UNIDADES DE SOLOS
LATOSSOLO VERMELHO distroférrico típico A moderado textura argilosa LATOSSOLO VERMELHO distrófico típico A moderado textura média
DINÂMICA SUPERFICIAL
-Reentalhe de canal ocasional e de baixa intensidade. -Erosão laminar e em sulcos, ocasionais e de média a baixa intensidade.
POTENCIALIDADES Alto potencial de uso agrícola e pastagens devido capacidade de armazenamento de água e perfil de solo profundo. Associam-se largos interflúvios propícios à mecanização e à expansão urbana.
RECOMENDAÇÕES
-Alocar especial atenção à densidade dos solos de alterações que, às vezes, podem apresentar recalques diferenciais. -Ocorrência de processo de piping que pode provocar erosão remontante e; -Os solos de alteração francamente arenosos são muito sensíveis à erosão laminar e em sulcos.
OCORRÊNCIA Áreas de relevo tabular que ocorrem nas áreas mais elevadas do município, notadamente acima da cota 900, onde as declividades não ultrapassam 5,0%.
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Rampas com Latossolos
Caracterizam as superfícies intermediárias entre as Chapadas com Latossolos e os Patamares com Cambissolos e Latossolos associados, que ocorrem entre as cotas 900 e 840m e declividades de 5 a 15%. As superfícies apresentam convexidade predominante, e também ocorrem trechos com formas côncavas onde se desenvolvem processos de deposição de material de colúvio. Observa-se a tendência de equilíbrio entre os processos de pedogênese e morfogênese nestes segmentos, sendo os últimos condicionados às formas convexas.
O relevo plano e inclinado permite a preservação dos latossolos vermelhos distróficos
típicos. Ocorrem também solos mais rasos, e, em seus limites com as áreas mais dissecadas da Área de Estudo, cambissolos háplicos e afloramentos ocasionais de rochas basálticas podem ser observados.
Nos trechos constituídos por solos mais arenosos, a susceptibilidade à erosão é alta, sendo que, nos segmentos com maiores teores de argila no solo os processos erosivos em sulcos ou laminares possuem intensidade média a baixa. Erosão remontante dos canais pode ser observada nas cabeceiras de drenagem.
Dispõem-se ao longo de quase toda a avenida Floriano Peixoto e vias paralelas, compondo grande parte do relevo da mancha urbana do município de Uberlândia.
Na Tabela 2.3.1.b, apresentam-se as características desta unidade de terreno.
Tabela 2.3.1.b Características e atributos das Rampas com Latossolos
Rampas com Latossolos
RELEVO
Amplitude: 10 a 60 m Compr. rampa : 250 a 1400 m Inclinação: 5 a 15% Altitude:900 a 840 m
Vertentes retilíneas a convexas em direção ao vale do coletor principal. Pode apresentar trecho com concavidade suave. Presença de cabeceiras de drenagem. Tendência de equilíbrio entre pedogênese e morfogênese.
SUBSTRATO ROCHOSO,
SEDIMENTOS E COBERTURAS
Arenitos de granulação fina a grossa, compreendendo bancos maciços com tênues estratificação cruzadas de médio porte, incluindo lentes e intercalações subordinadas de siltitos, siltitos e arenitos muito finos com estratificação planoparalela e freqüentes níveis rudáceos. Presença comum de níveis carbonáticos. Rochas vulcânicas toleíticas em derrames basálticos de coloração cinza a negra, textura afanítica, com intercalações de arenitos intertrapeanos, finos a médios, de estratificação cruzada tangencial e esparsos níveis vitrofíricos não individualizados. Aqüífero de boa permeabilidade, ampliada localmente quando associada ao material poroso do manto de intemperismo. O aqüífero é heterogêneo e com fluxo descontínuo, tem extensão local, com comportamento livre, por vezes confinado em função de camadas arenosas limitadas por camadas siltoarenosas compactas. Nos afloramentos de basalto a recarga e o confinamento das águas subterrâneas estão condicionados à presença de diáclase e falhamentos, e que acabam por orientar a drenagem superficial.
UNIDADES DE SOLOS
LATOSSOLO VERMELHO distroférrico típico A moderado textura argilosa LATOSSOLO VERMELHO distrófico típico A moderado textura média ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO eutrófico típico A moderado textura média/argilosa CAMBISSOLO HÁPLICO eutrófico típico
DINÂMICA SUPERFICIAL
-Processos erosivos em sulco e laminar de baixa a média intensidade nas vertentes convexas.
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-Nos trechos de solos mais arenosos a susceptibilidade à erosão é alta. -Quando da ocorrência de escoamento superficial concentrado, sulcos e ravinas desenvolvem-se e, sem as devidas medidas de contenção, tendem a evoluir para processos de voçorocamento. -Instabilização de taludes de corte, devido à erodibilidade dos solos. -Os processos são mais intensos nos cortes que nos aterros, que podem ser compactados. -Nas superfícies com maior concavidade predominam processos deposicionais.
POTENCIALIDADES
Médio potencial de uso agrícola em função de solos férteis do basalto, que se limita, todavia, em função de áreas com maior declividade e solos rasos e pedregosos. Nas áreas de contato com a Unidade Chapadas com Latossolo, as declividades baixas favorecem o uso agrícola do solo e a urbanização.
RECOMENDAÇÕES
-Evitar a concentração demasiada do escoamento superficial. -Instalar sistemas adequados de drenagem, concomitante a abertura de vias de acessos e outras obras que impliquem concentração de escoamento. -Adotar cuidados especiais relativos à dissipação de energia em todo e qualquer ponto de lançamento de águas superficiais.
OCORRÊNCIA
Ocorrem nas superfícies intermediárias entre as áreas de topo de chapadas e as zonas estruturadas em patamares. Distribuem-se amplamente nas vertentes que drenam ao rio Uberabinha, e nos interflúvios do córrego São Pedro e Cajubá.
Patamares com Latossolos e Cambissolos Associados
Constitui a unidade mais dissecada da Área de Estudo, com amplitude e inclinação que variam entre 70 e 140m e 30 a 45%, respectivamente. É sustentada por rochas basálticas da Formação Serra Geral que originaram solos residuais e solos coluvionares, especialmente nas áreas mais deprimidas, próximas ao leito do rio Uberabinha e córrego São Pedro.
A drenagem apresenta-se com maior densidade, orientada, preferencialmente, em virtude das falhas e diáclases desta Formação.Os afloramentos rochosos são comuns, assim como a presença de cambissolos háplicos de textura muito argilosa. De forma associada ocorrem latossolos vermelhos.
É comum a presença de rupturas, que refletem o sequenciamento dos derrames de lava e condicionam estruturalmente o relevo nesta unidade. Nestes trechos, pode ocorrer escorregamento de solos e queda de materiais detríticos. Erosões em sulcos e ravinas são de baixa intensidade em função da característica argilosa do material intemperizado.
Tais processos, quando ocorrentes, estão vinculados à intervenção antrópica, como no caso de abertura de vias e escavações.
Na Tabela 2.3.1.c, apresentam-se as características da unidade de terreno Patamares com Latossolos e Camibssolos associados.
Tabela 2.3.1.c Características e atributos das Patamares com Latossolos e Cambissolos Associados
Patamares com Latossolos e Cambissolos Associados
RELEVO
Amplitude: 70 a 140 m Compr. rampa : 240 a 620 m Inclinação: 30 a 45% Altitude:840 a 700 m
Dissecação em derrames basálticos da Formação Serra Geral. Relevo estruturado em patamares com vertentes côncavo-convexas e presença de rupturas sustentadas por basaltos.
SUBSTRATO ROCHOSO,
Rochas vulcânicas toleíticas em derrames basálticos de coloração cinza a negra, textura afanítica, com intercalações de arenitos intertrapeanos, finos a
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SEDIMENTOS E COBERTURAS
médios, de estratificação cruzada tangencial e esparsos níveis vitrofíricos não individualizados. Nos afloramentos de basalto a recarga e o confinamento das águas subterrâneas estão condicionados à presença de diáclase e falhamentos, que acabam por orientar a drenagem superficial.
UNIDADES DE SOLOS
LATOSSOLO VERMELHO distroférrico típico A moderado textura argilosa LATOSSOLO VERMELHO distrófico típico A moderado textura média ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO eutrófico típico A moderado textura média/argilosa CAMBISSOLO HÁPLICO eutrófico típico GLEISSOLO MELÂNICO distrófico típico
DINÂMICA SUPERFICIAL
-Rastejo nos setores mais declivosos da encosta e nas cabeceiras de drenagem. -Os escorregamentos de solo são pouco freqüentes e restritos aos poucos trechos escarpados do compartimento. -Queda de detritos associada à erosão diferencial. -Baixa susceptibilidade à erosão em sulcos e ravinas, que só tendem, eventualmente, a ocorrer como conseqüência de intervenções.
POTENCIALIDADES -Áreas de preservação ambiental, com restrições à urbanização em função das declividades do terreno.
RECOMENDAÇÕES
-Desenvolver estudos do comportamento do maciço devido à existência de falhas e diáclases. -Disciplinar as intervenções que impliquem em alterações drásticas no comportamento do escoamento superficial. -Preservar a vegetação nativa (de preferência arbórea) nos trechos de maior declividade. -Estabelecer faixas de segurança, com critérios especiais de ocupação.
OCORRÊNCIA Ocorre nas áreas do médio curso do córrego São Pedro, nas imediações dos bairros Lídice, Tabajara e Vigilato Pereira.
Planícies Fluviais
As planícies fluviais ocorrem ao longo do rio Uberabinha e de seus afluentes na área urbana de Uberlândia, com destaque para o córrego São Pedro e Jataí. São, geralmente, estreitas em função do encaixamento dos vales e encontram-se amplamente alteradas pela ocupação urbana, inclusive, com canalização dos leitos naturais.
São formadas pela planície de inundação e pequenos terraços que correspondem às áreas que são susceptíveis a inundações nos períodos chuvosos. Apresentam trechos alagadiços devido ao afloramento do lençol freático.
São constituídas predominantemente por argilas e siltes, com eventuais níveis de areia fina, ocorrendo ocasionalmente seixos e concentração de matéria orgânica. Sobre esses materiais desenvolvem-se comumente gleissolos.
Predominam declividades menores que 2 %; freático elevado, alagadiços e enchentes sazonais com deposição de finos durante as enchentes por decantação e de areias por acréscimo lateral, erosão lateral e vertical do canal. De toda forma, cumpre salientar que tais processos encontram-se totalmente alterados pela implantação das estruturas urbanas em praticamente todos os trechos das bacias contribuintes do rio Uberabinha.
Constituem áreas muito susceptíveis à ocupação devido à constituição dos sedimentos, à ocorrência de cheias anuais e à presença de lençol freático elevado. Os principais problemas observados quando da interferência com esses terrenos são:
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Contaminação devido à presença do nível freático próximo à superfície e à porosidade elevada dos solos.
Recalque de fundações e estabilidade precária das paredes de escavação devido à presença de solos moles.
Danificação das redes subterrâneas por recalque. Riscos de assoreamento intenso e aterramento de APP.
Na Tabela 2.3.1.d, são apresentadas as características da unidade de terrenos Planícies Fluviais. Tabela 2.3.1.d Características e atributos das Planícies Fluviais
Planícies Fluviais
RELEVO
Inclinação: < 2% Altitudes 700 a 770 m
Terrenos planos formados pela planície de inundação que é susceptível à enchentes no período chuvoso, contendo ainda brejos e baixos terraços que são restritos no baixo curso dos afluentes.
SUBSTRATO ROCHOSO,
SEDIMENTOS E COBERTURAS
Predominam sedimentos aluviais recentes: areia fina argilosa, argila orgânica, argila siltosa e cascalhos.
UNIDADES DE SOLOS
GLEISSOLO MELÂNICO distrófico típico A proeminente GLEISSOLO HÁPLICO distrófico típico A moderado ORGANOSSOLOS HÁPLICO sáprico típicos e terricos
DINÂMICA SUPERFICIAL
-Inundações periódicas nas planícies e nos alagadiços, deposição de finos e matéria orgânica por decantação durante as cheias. -Solapamento e escorregamentos são localizados e de baixa intensidade nas margens da planície e dos baixos terraços. No período de estiagem as margens da planície são estáveis. -Nos terraços baixos a erosão laminar e em sulcos são processos localizados e de baixa intensidade.
POTENCIALIDADES -Locais de empréstimo de material, particularmente arenosos, que podem ser utilizados na construção civil.
RECOMENDAÇÕES
-Cuidados especiais para a ocupação devidos às enchentes sazonais, alagadiços e solos moles, erosão lateral e vertical do canal e das margens, deposição de finos durante as enchentes, -Possuem estabilidade precária das paredes de escavação, recalque de fundações, danificação das redes subterrâneas por recalque. -Freático elevado. -Áreas favoráveis ao assoreamento -Solos com fertilidade geralmente baixa -Áreas de Preservação Permanente (APP)
OCORRÊNCIA Ocorrem ao longo do córrego São Pedro, Jataí e, de forma restrita, no rio Uberabinha.
1.4 Pedologia
Para a caracterização dos solos na Área de Estudo foram adotados como referências o Mapa de Solos do Brasil, na escala 1:5.000.000 (IBGE/EMBRAPA, 2001) e Mapa de Solos do Estado de Minas Gerais na escala 1:650.000 (UFV, 2010).
No município de Uberlândia estão presentes as seguintes tipologias de solos, conforme apresentado na Tabela 2.4.a.
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Tabela 2.4.a Unidades de Solos Mapeados da Área de Estudo
Símbolo Legenda do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos – SiBCS (2006)
LVdf2
LATOSSOLO VERMELHO distroférrico típico A moderado textura argilosa + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO eutrófico típico A moderado textura média/argilosa + CAMBISSOLO HÁPLICO eutrófico típico A chernozêmico textura média/argilosa, fase pedregosa; todos fase cerrado e floresta caducifólia, relevo plano e suave ondulado e ondulado.
LVd1 LATOSSOLO VERMELHO distrófico típico A moderado textura média; fase floresta subcaducifólia, relevo plano e suave ondulado.
LVd2 LATOSSOLO VERMELHO distrófico típico A moderado textura argilosa; fase cerrado, relevo plano e suave ondulado.
GMd3 GLEISSOLO MELÂNICO distrófico típico A proeminente + GLEISSOLO HÁPLICO distrófico típico A moderado + ORGANOSSOLOS HÁPLICO sáprico típicos e terricos; todos fase campestre, relevo plano.
Fonte: EMBRAPA (2006).
A seguir, descrevem-se as classes de solos identificadas na Área de Estudo.
Latossolos
Compreendem solos minerais e não hidromórficos com horizonte B latossólico. Têm grande homogeneidade de características ao longo do perfil, mineralogia da fração argila predominantemente caulinítica ou caulinítica-oxídica, que se reflete em valores de relação Ki baixos, inferiores a 2,2, e praticamente ausência de minerais primários e secundários pouco resistentes ao intemperismo. Diferenciam-se principalmente pela coloração e teores de óxidos de ferro que determinaram a sua separação em quatro classes distintas ao nível de subordem (EMBRAPA, 2006). Em geral, apresentam capacidade de troca de cátions da fração argila baixa (<17cmolc/kg).
Correspondem a solos profundos a moderadamente profundos, porosos e com boa drenagem, o que resulta em menor suscetibilidade à erosão devido à textura uniforme ao longo do perfil. Por outro lado, a textura média confere macroporos preponderantes e rápida permeabilidade que, somados à baixa capacidade adsortiva, podem elevar as possibilidades de contaminação de aqüíferos, apesar da grande espessura (OLIVEIRA, 1999).
Em geral, são solos com boas condições físicas que ocorrem em terrenos planos ou suavemente ondulados. A principal limitação ao uso desses solos se deve à sua acidez e baixa fertilidade, que é mais acentuada nos solos de textura média, os quais também são mais susceptíveis à erosão.
Na Área de Estudo são encontrados latossolos distroférricos e distróficos vermelhos, que constituem solos de coloração vermelha, geralmente com grande profundidade, homogêneos, de boa drenagem e quase sempre com baixa fertilidade natural, necessitando de correções químicas para aproveitamento agrícola (EMBRAPA, 2006). Distribuem-se de forma generalizada em todo o município de Uberlândia, em particular, nas áreas planas e suavemente onduladas do Planalto Tabular.
Argissolos
Constituem solos minerais, não hidromórficos, com horizonte B textural imediatamente abaixo de horizonte A ou E, o que possibilita uma distinta individualização dos horizontes. São solos profundos a pouco profundos, porosos e com boa até imperfeita drenagem. A textura no horizonte A é variável predominando a arenosa, sendo média ou argilosa no horizonte B. Este
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gradiente textural conduz à maior suscetibilidade ao processo erosivo, constituindo a sua principal limitação.
Maior relação textural entre os horizontes B e E ou A ocorre nos Argissolos Vermelho-Amarelos, quando comparados aos Argissolos Vermelhos, sendo os primeiros, portanto, mais suscetíveis à erosão. Quando a mudança textural é abrupta a erodibilidade é exacerbada (OLIVEIRA, 1999). São solos com grande diversidade de características e que ocorrem em diferentes relevos de modo que não se podem generalizar suas qualidades e limitações para o uso agrícola.
De modo geral são solos muito susceptíveis à erosão, que quando associados a terrenos mais ondulados e à presença de cascalhos, não são recomendáveis para a agricultura, prestando-se para pastagem e reflorestamento e, no caso de terrenos muito inclinados, para preservação da flora e da fauna. Em terrenos mais suaves podem ser usados para diversas culturas, devendo, no entanto, ser feita correção de acidez e adubação, bem como práticas de conservação de solos devido à sua susceptibilidade à erosão.
Na Área de Estudo, identificou-se o argissolo vermelho-amarelo, que ocorre em associação com o latossolo vermelho e cambissolo háplico. Neste solo, as cores do horizonte Bt são vermelho-amareladas, no horizonte A, porém, são sempre mais escurecidas. A profundidade dos solos é variável, mas, em geral, são pouco profundos e profundos (EMBRAPA, 2006).
Cambissolos
Os Cambissolos são solos constituídos por material mineral, com horizonte B incipiente subjacente a qualquer tipo de horizonte superficial. Comporta solos desde fortemente até imperfeitamente drenados, de rasos a profundos, de cor bruna ou bruno-amarelada até vermelho escura, com saturação por bases variada, bem como, de alta a baixa atividade de argilas. Podem ocorrer com e sem pedregosidade e em diversos relevos, desde plano até montanhoso.
Apresentam sequência de horizontes A-Bi-C, transições normalmente claras entre os horizontes e derivados de materiais relacionados a rochas de composição e natureza bastante variáveis. O comportamento físico do horizonte Bi é muito variado, principalmente em função da natureza do material originário. A drenagem, por exemplo, pode variar de acentuada, nos solos de textura média com grau de floculação elevado, a imperfeita nos solos gleicos, vérticos e/ou solódicos. Com relação ao tipo de horizonte A, no semi-árido, predomina o do tipo A fraco e A moderado e na zona úmida costeira, o do tipo A moderado e em poucos casos A proeminente.
Ocorrem associados a latossolos vermelhos e argissolos vermelho amarelos, de forma generalizada, em todo o município de Uberlândia.
Gelissolo Melânico
São solos característicos de áreas alagadas ou sujeitas a alagamento como margens de rios, ilhas ou grandes planícies. Apresentam cores acinzentadas, azuladas ou esverdeadas, dentro de 50 cm da superfície. Podem ser de alta ou baixa fertilidade natural e têm nas condições de má drenagem, a sua maior limitação de uso. Na Área de Estudo, o Gleissolo tem característica Melânica, que remete à coloração escura ou negra do solo devido à incorporação de matéria orgânica (EMBRAPA, 2006). É encontrado próximo às calhas do rio Uberabinha e afluentes, com especial destaque para o córrego São Pedro, em seu médio e alto curso.
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Organossolos
São solos constituídos por material orgânico, que apresentam horizonte O ou H, com teor de matéria orgânica maior ou igual a 0,2kg/kg de solo (20% em massa), com espessura mínima de 40cm, quer se estendendo em seção única a partir da superfície, quer tomado cumulativamente dentro de 80cm da superfície do solo, ou com no mínimo 30cm de espessura, quando sobrejacente a contato lítico.
Compreendem solos pouco evoluídos, constituídos por material proveniente de acumulações de restos vegetais em grau variado de decomposição, acumulados em ambientes mal a muito mal drenados, de coloração preta, cinzento muito-escura ou marrom e com elevados teores de carbono orgânico. Usualmente, são solos fortemente ácidos, apresentando alta capacidade de troca de cátions e baixa saturação por bases.
São solos muito problemáticos e ainda pouco conhecidos no que diz respeito a sua utilização como substrato para o cultivo de lavouras, além de serem, quase sempre, parte importante de delicados ecossistemas que se encontram naturalmente sob tênue equilíbrio.
Os háplicos apresentam horizonte sulfúrico e/ou materiais sulfídricos e estão saturados por água por período inferior a 30 dias consecutivos. São de constituição essencialmente orgânica, resultante de acumulações sucessivas de restos orgânicos em ambientes de grande umidade que geralmente se tratam de planícies de inundação de rios e córregos ou áreas deprimidas.
As cores são geralmente pretas e o lençol freático está à superfície pela maior parte do tempo. Ocorrem em condição de relevo plano, associados aos gleissolos.
1.5 Recursos Hídricos
Para a caracterização dos recursos hídricos superficiais na Área de Estudo, foram
consultados os dados consolidados da Agência Nacional de Águas – ANA - (BRASIL/ANA, 2005; 2007a; 2007b; 2007c; 2009), e dos Resumos Técnicos ou Cadernos Regionais da Região Hidrográfica do Paraná que subsidiaram a elaboração do Plano Nacional de Recursos Hídricos (MMA/SRH, 2005; 2006). Também foram utilizadas as informações disponibilizadas nos Relatórios Técnicos do Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM – (IGAM, 2009; 2008; 2007) e nos Relatórios Técnicos das Bacias Hidrográficas do rio Paranaíba (CBH/Paranaíba, 2009) e do rio Araguari (CBH/Araguari, 2008).
As informações concentram-se em dados indicativos do enquadramento das bacias nas unidades de planejamento e de suas características fisiográficas.
A Área de Estudo está situada na Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos PN2 Rio Araguari (IGAM, 2009) – 174 (ANA, 2005), inserida na Sub-região Hidrográfica (60) do Rio Paranaíba, que pertence à Região Hidrográfica (6) do Rio Paraná. Cabe ressaltar que, neste trabalho, adotou-se a metodologia de aproximações sucessivas, considerando-se, portanto, desde as características da divisão hidrográfica nacional até aquelas compatíveis com a escala da bacia hidrográfica do rio Uberabinha e seus afluentes.
Em linhas gerais, dois diplomas legais orientaram a divisão hidrográfica e o enquadramento dos corpos hídricos neste estudo: a Lei 9.433/97, de âmbito nacional, e a Lei 13.199/99 que pertence à esfera estadual. Vale enfatizar, no entanto, que ao longo dos anos diversas Resoluções e Deliberações Normativas foram sancionadas e aplicadas para fins de planejamento territorial, tanto pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos quanto pelos órgãos e instituições pertencentes as unidade federativas.
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A Divisão Hidrográfica Nacional foi instituída pela Resolução No. 32/2003 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Com referência a esta divisão físico-territorial, é apresentado na Figura 2.5.a, a seguir, o mapa com as 12 Regiões Hidrográficas de Planejamento, onde aparece em destaque a Região Hidrográfica do Paraná.
Figura 2.5.a Divisão Hidrográfica Nacional (sem escala)
Fonte: ANA, 2011.
De acordo com ANA (2009), a Região Hidrográfica do Rio Paraná é divida em 6 Sub-
unidades Hidrográficas 1 de Planejamento: Grande, Iguaçu, Paraná, Paranaíba, Paranapanema e Tietê. As Sub-unidades Hidrográficas da RH do Rio Paraná são apresentadas na Figura 2.5.b. Esta Área de Estudo está alocada na Sub-unidade 1 do rio Paranaíba, que aparece em destaque na figura.
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Figura 2.5.b Sub-unidades Hidrográficas de Planejamento. Região Hidrográfica do Rio Paraná (sem escala)
Fonte: ANA, 2005.
As seis unidades apresentadas são dividas em 53 Sub-unidades Hidrográficas 2. A divisão
referente à Sub-unidade 1 Paranaíba, onde situa-se a Área de Estudo, é discriminada na Tabela 2.5.a, onde destacam-se também dados de área e relação dos principais rios. Tabela 2.5.a Dados e principais rios da Sub-unidade Hidrográfica 2 do rio Paranaíba
Sub 1 Sub 2 Código Área (km2)
Principais rios e sua localização (UF)
Paranaíba
Araguari 174 21.635 MG: Araguari, Quebra Anzol
Bois 175 34.692 GO: dos Bois, Turvo, Verde
Corumbá 176 35.581 GO/MG: Paranaíba; GO:
Conrumbá, Piracanjuba; GO/DF: São Bartolomeu
Meia Ponte 177 19.041 GO/MG: Paranaíba; GO: Meia
Ponte
Paranaíba 1 178 37.412 GO/MG: Paranaíba, São Marcos;
MG: Dourados
Paranaíba 2 179 23.001 GO/MG: Paranaíba; MG: Tijuco, da
Prata; GO: Preto
Paranaíba 3 180 51.405
GO/MG/MS: Paranaíba; GO/MS: Aporé ou do Peixe; GO: Corrente,
Verde, Claro, Doce Bonfim, Jacuba, Formoso
Fonte: ANA, 2005.
A partir da observação da localização dos principais corpos d’água da Área de Estudo do
empreendimento, é possível verificar que estes fazem parte da Sub-unidade 2 do rio Araguari (174).
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Em atendimento às conformidades da Lei Nacional No. 9.433/97, e da Lei Estadual No. 13.199/99, que implantam, respectivamente, a Política e o Sistema de Gerenciamento Nacional e Estadual dos Recursos Hídricos; o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH) através da Deliberação Normativa 06/02, estabelece as Unidades de Planejamento e Gerenciamento dos Recursos Hídricos (UPGRH) em Minas Gerais, apresentada na Figura 2.5.c.
Figura 2.5.c Divisão hidrográfica de Minas Gerais (sem escala)
Fonte: Adaptado de IGAM (2009).
Em consonância com a divisão nacional, na divisão hidrográfica do Estado de Minas
Gerais, a bacia hidrográfica em estudo está alocada na UPGRH do rio Paranaíba, especificamente na Sub-unidade de Planejamento PN2 Rio Araguari (em destaque), conforme colocado anteriormente.
A seguir, descrevem-se sumariamente as bacias hidrográficas onde o empreendimento está inserido, bem como aquelas diretamente interceptadas pelo traçado proposto.
Bacia Hidrográfica do rio Araguari
O rio Araguari tem suas nascentes localizadas no município de São Roque de Minas, na região da Serra da Canastra. Afluente da margem esquerda do rio Paranaíba, sua bacia ocupa uma área de 20.186 km2, integrando parte ou a totalidade dos municípios de Araguari, Araxá,
Grande
Paranaíba
São Francisco
Pardo
Jequitinhonha
Doce
Paraíba do Sul
Do Leste
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Campos Altos, Ibiá, Indianópolis, Iraí de Minas, Nova Ponte, Patrocínio, Pedrinópolis, Perdizes, Pratinha, Rio Paranaíba, Sacramento, Santa Juliana, Serra do Salitre, Tapira, Tupaciguara, Uberaba e Uberlândia.
Entre seus principais formadores, destacam-se os rios Quebra Anzol pela margem direita, e o Uberabinha pela margem esquerda. Possui orientação predominante SE-NW e apresenta grande potencial hidrelétrico, marcado pela presença de quatro UHEs: Miranda, Nova Ponte, Capim Branco I e Capim Branco II.
Em relação à dinâmica fluvial e aos aspectos fisiográficos desta bacia, destaca-se que ao escavar as rochas de diferentes litologias o rio Araguari deixou feições por todo o vale. Uma das características mais importantes pode ser associada às suas formas meandrantes e numerosas ilhas, muitas delas suprimidas pelos barramentos supracitados.
Para fins de planejamento e gestão, a bacia do rio Araguari foi dividida em 18 sub-bacias, considerando-se, basicamente, as áreas de drenagem, conforme apresentado na Figura 2.5.d e Tabela 2.5.b a seguir.
Figura 2.5.d Localização das sub-bacias na bacia hidrográfica do rio Araguari
Fonte: Monte Plan, 2009
Tabela 2.5.b Divisão das sub-bacias na bacia hidrográfica do rio Araguari
Código Bacia Área (km2) Perímetro (km)
01 Foz do Araguari 685,69 133,36
02 Rio Uberabainha 2.188,86 291,41
03 AHEs Capim Branco 1.178,89 161,82
04 Médio Araguari 1.744,98 352,00
05 Ribeirão das Furnas 284,67 104,47
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06 Rio Claro 1.162,16 194,33
07 Baixo Quebra Anzol 2.103,91 363,95
08 Ribeirão Santa Juliana 484,56 115,34
09 Ribeirão Santo Antônio 842,95 142,27
10 Alto Araguari 3.028,15 381,02
11 Rio Galheiro 774,42 144,08
12 Rio Capivara 1.359,65 197,06
13 Ribeirão do Salitre 612,82 128,44
14 Ribeirão do Inferno 564,29 145,91
15 Alto Quebra Anzol 2.302,62 303,24
16 Ribeirão Grande 249,69 79,80
17 Rio São João 962,12 151,59
18 Rio Misericórdia 1.411,23 188,91
Fonte: Monte Plan, 2009
Com regime hídrico típico de rios tropicais, no Araguari e em seus afluentes, as cheias são observadas no fim do período chuvoso, enquanto que as menores vazões médias são observadas no fim do período seco, ou seja, entre os meses de agosto e setembro (ANA/HIDROWEB, 2014).
Os resultados do projeto “Revisão das séries de vazões naturais das principais bacias do Sistema Interligado Nacional”, apresentado em ANA (2005), calculou as vazões naturais entre os principais aproveitamentos hidrelétricos do país para o período compreendido entre os anos de 1931 e 2001. Na Tabela 2.5.c, são apresentados os dados de vazão da sub-unidade 2 Rio Araguari.
Tabela 2.5.c Vazão Qm, Q95 e q para a Sub-unidade Hidrográfica 2 Rio Araguari
Sub-unidade
Hidrográfica 2
Qm (m3/s) Q95 (m
3/s) Q (l/s.km
2)
Araguari – 174 432,5 180,3 19,99
Fonte: ANA, 2005
Verifica-se que a vazão média na bacia (Qm), considerando-se apenas a área de
drenagem na Sub-unidade, é de 432,5 m3/s, e a vazão específica por unidade de área é de 19,99 l/s.km2. Em relação à vazão crítica de referência (ou de estiagem), adotada como disponibilidade hídrica, observa-se que, na bacia, esta é de 180,3 m3/s.
Conforme dados da ANA (2014), a irrigação agrícola responde pelas maiores vazões de retirada, perfazendo mais de 40% do total. Em segundo plano, aparece o uso urbano com aproximadamente 30% seguido pelo uso industrial e dessedentação animal. O uso rural é o menos significativo na bacia, respondendo por apenas 2% do total.
Bacia Hidrográfica do rio Uberabinha
O rio Uberabinha é afluente da margem esquerda do rio Araguari. Possui comprimento longitudinal de aproximadamente 142,7 km, desde suas nascentes (cota 978,00 m) no
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município de Uberaba até a sua foz no remanso da UHE de Itumbiara (cota 550,00 m). Em seu alto curso, o rio Uberabinha recebe as contribuições dos córregos do Caroço, do Roncador, Fortaleza e Beija Flor, todos pela margem esquerda. De todo modo, o seu principal contribuinte é o ribeirão Bom Jardim já nas proximidades do sítio urbano de Uberlândia. Sua área de drenagem é de aproximadamente 2.188,56 km².
Na área urbana do município de Uberlândia, destacam-se as contribuições dos córregos Cajubá, Tabocas, São Pedro (totalmente canalizados) e córregos Liso, do Óleo, Vinhedo, do Salto, Guaribas, Bons Olhos, Cavalo e Lagoinha. Uma série de outros tributários aporta a este canal a jusante da área urbana de Uberlândia.
Em relação à compartimentação do canal em função da orientação predominante do talvegue, observa-se que, desde a nascente, o canal segue na orientação SE-NW até aproximadamente 60 km, quando inflete para E e percorre, nesta direção, 20 km aproximadamente, até a confluência com o ribeirão Bom Jardim. Deste ponto em diante, o canal assume novamente a orientação SE-NW até a sua foz junto ao remanso da UHE de Itumbiara.
Em relação aos aspectos geológicos, a bacia encontra-se assentada sob os sedimentos Mesozóicos do Grupo Bauru (Formação Marília e Adamantina) e rochas básicas da Formação Serra Geral (Grupo São Bento). Coberturas Holocências e Cenozóicas são observadas na maior parte da bacia, capeando as litologias supracitadas.
O relevo da bacia é caracterizado por amplos chapadões de topo plano separados por extensos interflúvios, particularmente no alto curso. No médio e baixo curso, observam-se áreas levemente à intensamente dissecadas, sendo que o grau de dissecação é função das condicionantes geológicas.
O regime hídrico é caracterizado pela sazonalidade típica do clima Tropical atuante na região do Triângulo Mineiro. A época das cheias ocorre entre dezembro e abril sendo que o restante do ano caracteriza o período de estiagem.
No que tange aos aspectos do uso e ocupação do solo, cumpre registrar que seu processo de ocupação acompanhou o conjunto de políticas públicas de incentivo à produção nos Cerrados, desde meados da década de 1970. Atualmente, os relevos de topo plano localizados no alto curso do canal são intensamente ocupados pela agricultura modernizada típica do Brasil central.
Por fim, cumpre destacar que o rio Uberabinha e seu principal afluente, o ribeirão Bom Jardim, são os principais mananciais de abastecimento público no município de Uberlândia.
Bacia Hidrográfica do córrego Buriti
De acordo com a compartimentação proposta no Plano da Bacia Hidrográfica do rio Araguari (Monte Plan, 2009), a bacia hidrográfica do córrego Buriti insere-se na Sub-bacia 03 AHEs Capim Branco, que drena uma área de aproximadamente 1.178 km².
Especificamente, a Área de Estudo encontra-se na micro-bacia do córrego São José e Perpétua, que, em conjunto com o córrego Buracão formam o córrego Buriti, que aporta à margem esquerda do rio Araguari na área de influência do reservatório da UHE Amador Aguiar II.
A área de drenagem do córrego Buriti é de cerca de 59,86 km². Possui comprimento longitudinal de aproximadamente 20,556 km, desde suas nascentes (cota 914,00 m) no bairro Aclimação (município de Uberlândia) até a sua foz no remanso da UHE Amador Aguiar II (cota
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575,00 m). Em seu alto curso, o córrego Buriti é denominado de córrego Perpétua e recebe as contribuições do córrego São José nas imediações da coordenada UTM 791235 E / 7914138 S.
Na área urbana do município de Uberlândia, o córrego Buriti drena parte dos seguintes bairros: Minas Gerais, Umuarama, Buritis, Alto Umuarama, Granja Marileusa, Bosque dos Buritis, Aclimação, além das áreas onde se localizam os condomínios Paradiso e Terra Nova.
Em função da orientação predominante do talvegue, observa-se que, desde a nascente, o canal segue na orientação S-NE até aproximadamente 14 km de suas nascentes, quando inflete para NW. Nesta direção, percorre aproximadamente 2,3 km, quando seu canal inflete para E até as imediações da coordenada UTM 793290 E / 7921831, quando assume novamente a direção S-NE até a sua foz.
Em relação aos aspectos geológicos, a bacia encontra-se assentada sob os sedimentos Mesozóicos do Grupo Bauru (Formação Marília) e rochas básicas da Formação Serra Geral (Grupo São Bento). Coberturas Holocências e Cenozóicas são observadas no alto curso da bacia, capeando as litologias supracitadas.
O relevo da bacia é caracterizado por amplos chapadões de topo plano nas nascentes, sendo que, no restante da área, observam-se relevos dissecados em função das condicionantes geológicas. Cumpre ressaltar que, no médio/baixo curso, a bacia já insere-se no compartimento Canyon do rio Araguari, onde é comum a presença de rochas cristalinas associadas aos gnaisses e granitos da Formação Jurubatuba e xistos do Grupo Araxá.
O regime hídrico é caracterizado pela sazonalidade típica do clima Tropical atuante na região do Triângulo Mineiro. A época das cheias ocorre entre dezembro e abril sendo que o restante do ano caracteriza o período de estiagem.
No que tange aos aspectos do uso e ocupação do solo, cumpre registrar a áreas de nascentes já encontram-se urbanizadas, sendo que, no restante da bacia, predominam os usos agropecuários e presença de matas semidecíduas nas áreas mais íngremes, localizadas junto às vertentes dissecadas nos lineamentos das drenagens.
Destaca-se ainda a presença da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Aclimação nas proximidades das coordenadas 793787 E / 7912136 S. Além disso, seus afluentes recebem contribuições difusas do escoamento superficial no alto curso provenientes das áreas urbanas, o que, eventualmente, compromete a qualidade de suas águas.
O córrego São José tem aproximadamente 2,167 km de extensão, sendo suas nascentes localizadas na cota 900 m e sua foz na cota 745 m. Seu gradiente médio é de 71 m/km, o que reflete o padrão morfológico do canal onde existem rupturas de declive associadas à transposição dos derrames basálticos da Formação Serra Geral. Sua área de drenagem perfaz um total de quase 6 km², incluindo as contribuições de seu único afluente que aporta à sua margem direita nas imediações da coordenada UTM 791674 E / 7913595 S.
Bacia Hidrográfica do córrego São Pedro, Jataí e Tabocas
O córrego São Pedro é um dos principais afluentes da margem direita do rio Uberabinha que intercepta a área urbana de Uberlândia. A imposição de sua estrutura e a orientação de seu canal servem aos sistemas de circulação NE-SW da cidade, uma vez que encontra-se totalmente canalizado ao longo da avenida Rondon Pacheco.
Seus principais formadores são o córrego Jataí e Lagoinha, sendo que ambos aportam à sua margem esquerda. A área de drenagem do córrego São Pedro é de aproximadamente 50,48 km².
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Suas características naturais foram francamente alteradas pelos processos de urbanização da cidade de Uberlândia, particularmente entre as décadas de 1970 e 1980, quando concluíram-se as obras de canalização e retificação de parte de seu leito.
A bacia do córrego São Pedro drena integralmente ou parte dos seguintes bairros do município de Uberlândia: Umuarama, Alto Umuarama, Ipanema, Mansões Aeroporto, Brasil, Tibery, Nossa Senhora Aparecida, Cazeca, Centro, Saraiva, Fundinho, Lídice Tabajara, Vigilato Pereira, Patrimônio, Jardim Inconfidência, Morada da Colina, Jardim Karaiba, Laranjeiras, Granada, São Jorge, Santa Luzia, Pampulha, Lagoinha, Carajás, Segismundo Pereira, Santa Mônica, e Alvorada.
Suas nascentes estão localizadas no Bairro Custódio Pereira, nas imediações da BR-050 na El. 900 m, sendo sua foz no rio Uberabinha na El. 780 m. O comprimento do canal principal é de cerca de 7 km, interceptando litologias associadas aos depósitos cenozóicos, sedimentos da Formação Marília e rochas basálticas da Formação Serra Geral. Originalmente, predominavam gleissolos muito úmidos que atualmente encontram-se drenados em função dos equipamentos urbanos instalados.
Conforme estudos morfométricos realizados por Andrade et.al. (2014), a bacia apresenta coeficiente de compacidade (Kc) de 1,12, aproximando-se da unidade o que reflete sua alta tendência a eventos de inundação. De modo semelhante, o fator de forma da bacia é superior à unidade, caracterizando uma condição natural de grande probabilidade a enchentes.
Somam-se aos fatos acima apresentados os altos índices de impermeabilização da bacia, o que diminui o tempo de concentração das águas precipitadas sobre sua área de drenagem, facilitando os fenômenos de elevação dos níveis de água no fundo do vale.
Cumpre ainda ressaltar que, no seu médio/baixo curso, encontram-se as áreas de maior declividade da mancha urbana de Uberlândia, sendo que nestas áreas a urbanização encontra-se plenamente consolidada. Fatos estes que incrementam a vulnerabilidade da bacia a enchentes, particularmente quando da ocorrência de chuvas intensas.
Conforme já mencionado, o córrego São Pedro recebe os aportes do córrego Jataí e Lagoinha. O córrego Jataí tem suas nascentes localizadas nas proximidades do entroncamento da BR-050 com a BR-452, nas imediações do Parque do Sabiá. Nesta unidade, o córrego Jataí encontra-se regularizado por barramentos que formam a lagoa do Parque, cuja área é de aproximadamente 2,6 km²
A jusante do Parque do Sabiá, o córrego Jataí encontra-se canalizado, onde atualmente encontra-se instalada a avenida Anselmo Alves dos Santos. Sua foz localiza-se nas imediações desta avenida com a avenida Rondon Pacheco. O comprimento médio do canal é da ordem de 4,5 km, sendo os principais bairros interceptados o Custódio Pereira, Santa Mônica e Tibery.
Já o córrego Lagoinha localiza-se na porção sudeste da área urbana e drena uma área aproximada de 21,18 km². Em decorrência do intenso processo de urbanização e impermeabilização ocorrido na bacia de contribuição, são grandes os impactos no fundo do vale e na APP – Área de Preservação Permanente do Lagoinha, causados sobretudo pelo fluxo de águas pluviais e pelo lançamento de resíduos às suas margens, com finalidade de aterramento, que se refletem em áreas de instabilidade e constantes desmoronamentos de taludes.
A nascente, originalmente situada na cota altimétrica 910 m, sofreu ao longo do tempo, um recuo a jusante de mais de 200 metros, estando situada atualmente na cota 900 m. Este rebaixamento, provavelmente foi causado pelos impactos de uma série de intervenções antrópicas, tais como o aterramento para construção da BR 050 que fica a menos de 500 metros, o desmatamento de cabeceira para formação de pastagens, pisoteio e compactação
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do solo pelo gado e implementos agrícolas, dentre outros, que afetou o nível do lençol freático.
Com aproximadamente 7 km de extensão, o Lagoinha tem seu trecho final canalizado e deságua no Córrego São Pedro, sob a Avenida Rondon Pacheco, na cota 790 m. Se principal afluente é o córrego Mogi, que aporta pela sua margem esquerda.
Os problemas socioambientais da microbacia do Lagoinha são considerados graves, sobretudo aqueles associados a ocupações irregulares, enxurradas e inundações provocadas por chuvas intensas, uma vez que sua área impermeável já supera 43%, com tendência iminente de crescimento, o que provoca a saturação da vazão máxima de suas galerias, estimada em 35 m³/s (SOARES et al, 2009).
Outros afluentes de menor porte são ainda interceptados pelo traçado proposto, com destaque para o córrego Cajubá (canalizado sob a avenida Getúlio Vargas) e o córrego das Tabocas, canalizado pela avenida Minervina Cândida de Oliveira, junto às BRs-365/452.
O córrego das Tabocas tem área de drenagem de aproximadamente 8,13 km², e aporta ao rio Uberabinha através de sua margem direita nas imediações do cruzamento das BRs supracitadas com a Marcos de Freitas Costa.
As altitudes na bacia variam entre 950 m na região das nascentes e 750 m na foz, sendo que aproximadamente 50% da área da bacia situa-se entre 850 e 900 m de altitude. De acordo com levantamentos sobre o uso e ocupação do solo realizados por Queiroz (2009), apenas 24% da área encontra-se permeável. Apesar das declividades médias da bacia caracterizarem relevos suave ondulados e planos, o alto grau de impermeabilização e as declividade superiores a 12% observadas no baixo curso do canal, implicam em eventos de enchentes com agravamento das estruturas de circulação, conforme já registrado historicamente.
Na Figura 2.5.e apresenta-se o mapa da rede hidrográfica da Área de Estudo.
CAPÍTULO II
Diagnóstico Ambiental
do Meio Biótico
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2.1 Vegetação
O município de Uberlândia insere-se no Bioma Cerrado, um dos três biomas presentes no Estado de Minas Gerais, representando mais da metade do território mineiro, reconhecido internacionalmente por sua grande riqueza biológica e alta pressão antrópica a que vem sendo submetido (MYERS et al. 2000).
Compreendido como um complexo vegetacional que possui relações ecológicas e fisionômicas com outras savanas da América tropical e de continentes como África e Austrália (Beard, 1953; Cole, 1958; Eiten 1972, 1994; Allem & Valls, 1987), o Cerrado ocorre em altitudes que variam de cerca de 300 m, a exemplo da Baixada Cuiabana (MT), a mais de 1600m, na Chapada dos Veadeiros (GO). Abrange, como área contínua, os estados de Goiás, Tocantins e o Distrito Federal, parte dos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rondônia e São Paulo, além de ocorrer em enclaves nos estados do Amapá, Amazonas, Pará e Roraima, e em pequenos fragmentos no Paraná.
A flora do Cerrado é característica e diferenciada dos biomas adjacentes, embora muitas fisionomias compartilhem espécies com outros biomas (Heringer et al, 1977; Rizzini, 1979; Prado & Gibbs, 1993; Oliveira Filho & Ratter, 1995). Além do clima, que segundo Eiten (1994) tem efeitos indiretos sobre a vegetação, pois age sobre o solo (intemperismos), a química e a física do solo, a disponibilidade hídrica e de nutrientes, a geomorfologia e a topografia condicionam a composição da flora. A sua distribuição é ainda condicionada pela latitude, freqüência de queimadas, profundidade do lençol freático, pastejo e inúmeros fatores antrópicos, como mineração, agricultura, pecuária, silvicultura e queimadas.
A sazonalidade climática, típica do interior da região sudeste do Brasil, também influencia na distribuição das formações florestais (florestas estacionais), formações savânicas (cerradão e cerrado sentido restrito) e campestres do Cerrado (RIBEIRO; WALTER, 2008).
2.1.2 Breve histórico do desmatamento na região de Uberlândia
O histórico de desmatamento, no município de Uberlândia, confunde-se com a história recente da ocupação dos cerrados no Triângulo Mineiro. A incorporação de novas tecnologias de produção no campo, aliada às possibilidades de circulação da produção - favorecida em parte pela posição estratégica da região – culminaram em um processo contínuo de supressão dos ambientes naturais, especialmente nas áreas de chapadas, dando origem às modernas lavouras de grãos e pastagens tecnificadas observadas na região atualmente. Deve-se, portanto, à modernização da agricultura o papel de força motriz do desmatamento na região que, entre 1979 e 2001, transformou, por completo, a paisagem natural do município.
É sobretudo, na década de 1970, que a região do Triângulo Mineiro passa por profundas transformações, com a refuncionalização dos centros urbanos atrelada intimamente com os processos de modernização das atividades agrícolas, que fariam da região a pioneira na ocupação dos Cerrados brasileiros, no que tange à agricultura moderna. Movimento que alavancou o crescimento de muitas cidades, ao mesmo tempo em que condenou a morosidades diversas outras. A modernização do campo provocou a expulsão de parcelas da população e as direcionou para as cidades que cresceram significativamente, aumentando a especialização, diversificação dos serviços, fluxos de transporte e comunicação, aumentando a diferenciação dos centros urbanos, e os papéis por eles representados.
A renovação da base material que sustenta a produção agrícola moderna se deu, em grande parte, pelas vias de atuação do Estado, que através de políticas creditícias e de projetos de ocupação, desenhou um novo uso do calendário agrícola nas áreas de Cerrado como um todo, e especialmente no Triângulo Mineiro, que outrora foi uma das fronteiras agrícolas. Deve se lembrar que esse novo desenho da produção no campo, e, por conseqüência, das cidades
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também, se deu em cima de um espaço herdado, com características próprias e singularidades de todas as formas, e, assim, a atuação do Estado como agente ativo da modernização, também não se deu de forma homogênea, sendo que determinadas regiões foram mais beneficiadas do que outras, como dito anteriormente (Michelotto, 2008).
É senso comum entre os analistas da modernização agrícola dos cerrados o papel dos créditos para o setor. O Sistema Nacional de Crédito Rural, criado em 1960, foi o responsável pelo custeio, comercialização e principalmente investimento na agropecuária, representando o subsídio, no sentido estrito da palavra, priorizando a mecanização e a generalização do uso de insumos. Somente os proprietários mais adaptados a essas reformas, comumente os grandes, foram beneficiados, mostrando, conforme Pessôa (1988), que existe uma estreita relação entre o crédito agrícola e o uso de insumos e equipamentos modernos. Integram-se, dessa forma, a agricultura e a indústria, em uma relação de subordinação da última em relação à primeira, ampliando as formas capitalistas de produção, processamento e comércio dos produtos, que evidentemente assumem formas espaciais condizentes com a grande propriedade e o inchaço urbano.
Conforme Guimarães (1991), outro ponto consensual diz respeito à contribuição do Estado em relação aos aspectos infra-estruturais, eixos centrais das transformações. No plano estadual, destacam-se programas de crédito dirigido e os de infra-estrutura. Iniciado em 1972, o Programa de Crédito Integrado (PCI) tinha como objetivo promover a agricultura de mercado com intensa utilização de capital, abrangendo inicialmente o Triângulo, para depois se estender para outras regiões fisiográficas do Estado. O Primeiro Plano Mineiro de Desenvolvimento Econômico, referente a 1972-76, objetivava criar infra-estrutura para os polos de desenvolvimento, além do crédito agrícola.
Com o objetivo de colonização agrícola, O Programa de Assentamento Dirigido do Alto Paranaíba (PADAP, de cunho federal; década de 1970), concentrou-se na região de São Gotardo, favorecendo o surgimento de várias empresas agrícolas e núcleos de colonização. Particularmente, o Programa Nipo-brasileiro para o Desenvolvimento do Cerrado (PRODECER), financiado pela Agência Japonesa de Cooperação e Desenvolvimento Internacional (JICA), “promoveu o assentamento de agricultores experientes do Sudeste e Sul do país na região do cerrado” (WWF, 1995), com relativa preferência aos japoneses e nisseis. Com formas de crédito supervisionado, empréstimos fundiários e de cobertura de despesas operacionais, incentivou a colonização e usos agrícolas do cerrado, especulando sob suas potencialidades futuras.
Essas políticas de ocupação e desenvolvimento agrícola estão no cerne do II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) que, em 1975, procurava, segundo PESSÔA (2007), “definir áreas prioritárias, vinculadas a corredores de abastecimento, e exportação ao destacar o esforço de modernizar e dotar de bases empresariais o setor agropecuário, principalmente no Centro-Sul”. Neste sentido, reflete como a modernização do território originada pela expansão agrícola moderna não foi homogênea, beneficiando determinadas regiões, produtos, fases do processo produtivo e, inclusive, produtores.
Tais políticas criaram as condições para a modernização do espaço agrícola, pelo incremento de tecnologias, infraestrutura e disponibilidade de capitais. Uma das etapas mais importantes dessa fase foi à implantação do Programa de Desenvolvimento dos Cerrados, o POLOCENTRO, criado em 1975, sendo o responsável pelos maiores impactos sobre a agricultura do cerrado. Basicamente o programa de fortes subsídios federais incorporou diretamente cerca de 2,4 milhões de hectares entre 1975 e 1980, acelerando o processo de transformação espacial das regiões atingidas, marcadamente pela implantação de grandes obras de infra-estruturas, investimentos em pesquisas agropecuárias e crédito; renovando parte das bases materiais do território e especializando outras.
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As cidades da região mudaram seus perfis em decorrência das demandas e dos novos fluxos gerados pela produção agrícola moderna. O desenvolvimento deste setor, em sintonia com a produção industrial, implantou sistemas técnicos para garantir o processamento dos produtos, ao mesmo tempo em que diversificou o setor terciário, alavancando o crescimento de muitas cidades. Os municípios que mais se beneficiaram, foram aqueles localizados nos entroncamentos ou rotas viárias, e os que dispunham de condições naturais extremamente favoráveis à reprodução do capital agrícola, como no caso de Uberlândia e Uberaba, além de outras cidades do Triângulo.
Acentuaram-se as disparidades entre as áreas dotadas de equipamentos e estratégias capitalistas, e as não dotadas; a concentração fundiária aumentou a luta pela posse da terra, e orientada pelo capital, chega a reinventar a natureza, causando desequilíbrios nos sistemas naturais (supressão de áreas de cerrado, drenagem dos covoais, ocupação das áreas de recarga de lençol freático, uso intenso de herbicidas e fungicidas, etc); as áreas mecanizadas e em vias de mecanização ampliaram o problema do desemprego e migração campo cidade; num desenho regional que se espacializou de forma concentrada e excludente, acompanhando a tendência histórica do desenvolvimento regional que é por natureza internamente desigual.
Neste sentido, temos um processo de atualização histórica das revoluções tecnológicas que afetam a produção do espaço no Triângulo Mineiro, caracterizada pela incorporação de tecnologias aos sistemas produtivos das áreas defasadas, condicionando as potencialidades locais a vínculos e interesses externos.
Um primeiro rebatimento que pode ser identificado, dadas as conseqüências da substituição dos padrões produtivos, encontra-se nas novas formas de utilização dos sistemas naturais, que fariam dos novos complexos agrícolas vetores da transformação das redes e dos núcleos urbanos. A produção voltada para o mercado externo que atende às demandas do capital sustenta-se pelas tentativas de aceleração do processo produtivo; daí que a natureza também pode ser internamente referida a esse processo (Michelotto, 2008).
Aumenta-se o controle sob os sistemas naturais que são remodelados para atender às novas velocidades da produção. A remodelação é desenvolvida pela incorporação de ciência e tecnologia nos fluxos naturais de energia e matéria, corrigindo-se os solos, construindo-se barragens, mecanismos de geração de energia, espécies geneticamente modificadas, entre outros. Além disso, essa remodelação incorpora-se na reconstrução dos sistemas de transportes e infraestruturas que amenizam os efeitos negativos da distância, consumindo a agricultura moderna, cada vez mais, espaços em menos tempo.
No Triângulo, a agricultura moderna rompe com os sistemas tradicionais de uso e ocupação do solo (Michelotto, 2008), bem como com suas formas espaciais associadas. Antes da chegada dos pacotes tecnológicos, eram os vales fluviais de solos mais férteis e as vertentes cobertas por matas os locais preferenciais para a prática agrícola, enquanto que a criação de gado era praticada de forma extensiva, aproveitando-se os pastos naturais das extensas chapadas sedimentares. Com a modernização agrícola, tem-se a inversão do uso do solo, de forma que as áreas de menor declividade, compreendidas pelos largos interflúvios, passam a ser destinadas para o uso agrícola mecanizado; assim, os vales tornam-se áreas menos valorizadas e destinadas à produção de subsistência ou com baixa mecanização, e para criação de gado.
Foram superadas as adversidades naturais negativas ao aproveitamento dos solos do cerrado, pelo incremento de tecnologia e ciência e também pelo aumento da capacidade do homem em manipular a natureza conforme as demandas geradas pela sociedade capitalista.
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As culturas também foram substituídas, as mais rentáveis pelas menos rentáveis, em que “as culturas tradicionais (feijão, mandioca, etc) são substituídas por culturas agroindustrializáveis (soja, milho, pinus, café, cana, etc)” (GARLIPP, 1999). Os efeitos da modernização nas lógicas da relação capital, terra e trabalho, podem ser grosseiramente resumidos pela incorporação por parte dos novos atores (produtores capitalizados) das características do agronegócio globalizado: mecanização da produção com diminuição nos postos de trabalho e expulsão de pequenos proprietários frente às dificuldades financeiras de acompanhar as mudanças de base técnica e, não menos importante, supressão da vegetação natural.
Em síntese, pode-se concluir que o histórico do desmatamento na região do Triângulo Mineiro, que inclui o município de Uberlândia, é o histórico da modernização da agricultura. Em relação aos componentes naturais, observa-se que as áreas de chapada, constituídas por relevos tabulares e latossolos (ver seção 1.1.3 e 1.1.4) foram as mais atingidas pelo desmatamento, pois são as mais favoráveis para a mecanização. Enquanto isso, as áreas dissecadas, apesar de constituídas por solos basálticos mais férteis, ainda apresentam pequenos fragmentos de cerrado nativo.
2.1.3 Caracterização fitofisionomias presentes no município de Uberlândia
Conforme já colocado, o município de Uberlândia está localizado predominantemente sobre as áreas de domínio do bioma dos Cerrados, ainda que existam fragmentos isolados de vegetação associados ao bioma Atlântico.
A vegetação predominante do bioma Cerrado é formada por um mosaico heterogêneo de fisionomias vegetais, com as formações campestres em uma extremidade e as formações florestais em outra extremidade, formando um gradiente de altura/densidade.
Embora existam diferenças quanto à classificação das vegetações lenhosas, podemos ordenar as fitofisionomias vegetais sem subclassificações em seis tipos principais: cerrado, cerradão, floresta estacional semidecidual, floresta estacional decidual, floresta ciliar e mata de galeria.
Na bacia do rio Araguari e região, concentram-se as fitofisionomias do tipo floresta estacional decidual e cerrado, sendo que grande parte das pesquisas e levantamentos florísticos está vinculada a estas duas formações.
A fisionomia tipo cerrado e suas subdivisões (campo sujo, campo limpo e cerradão) estão localizadas em áreas de relevo plano com ou sem afloramento rochoso, sobre solos distróficos e mesotróficos, em maioria distribuída sobre uma paisagem fragmentada por monoculturas e pastagens. Os fragmentos da região são caracterizados com espécies lenhosas compondo uma formação vegetal de estrutura que não ultrapassa 6 metros de altura. Apresentam espécies típicas e indicadoras da fitofisionomia como Qualea grandiflora (pau-terra), Brysonima crassa (murici), Caryocar brasiliense (pequi), Boudichia virgilioides (sucupira-preta), Magonea pubescens (saco de boi), Tabebuia ochracea (ipê amarelo), Anona cacans (araticum), Diospyros hispida (caqui-bravo). Em áreas de transição com a floresta estacional passam a incorporar em sua composição vegetal espécies de maior porte como Sclerolobium paniculatum (carvoeiro), Pterodon pubescens (sucupira-branca) e Virola sebifera (virola). Na transição, caracterizado como Cerradão (subclassificação do cerrado) apresentam espécies vegetais tanto de sistemas florestais como do cerrado sentido restrito, sendo que o fator limitante para a distribuição das espécies está nas características químicas do solo, principalmente a variação do teor de alumínio, considerado um nutriente indicativo e seletivo na fisionomia cerrado.
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A fisionomia secundária de cerradão é marcada por ilhas espaçadas de árvores em uma matriz de gramíneas exóticas. Em solo distrófico, permaneceram algumas árvores testemunhas como Qualea grandiflora (pau-terra), Caryocar brasiliense (pequi) e principalmente Pterodon pubescens (sucupira).
A fisionomia floresta estacional decidual é caracterizada por uma acentuada estacionalidade climática e pela caducifólia pronunciada, que atinge 50% ou mais dos indivíduos que constituem o estrato dominante. Na região, a floresta estacional decidual é encontrada sobre solos ricos derivados principalmente do basalto, localizados em área de encostas voltadas para cursos fluviais, formando fragmentos lineares que acompanham as encostas de vales acidentados e bem encaixados da região, a exemplo do vale do rio Araguari e afluentes. Devido à estratégia adaptativa das espécies (perda das folhas), a floresta estacional decidual torna-se evidente durante o período de seca, facilitando sua classificação. Além disso, por estar localizada em um ambiente de pouca disponibilidade hídrica provida pelo solo raso, a floresta apresenta reduzida diversidade florística e dominância de duas espécies (Anadenanthera colubrina e Myracroduon urundeuva) consideradas espécies-chave de ligação entre as florestas decíduas do Brasil.
O termo floresta/mata ciliar definido pela ACIESP (1997) tem sido substituído por floresta/mata ripária, reservando o termo floresta/mata ciliar usado na legislação atual para designações mais genéricas, de uso popular já consagrado, de qualquer formação florestal ocorrendo ao longo do curso d’água. O termo mata ciliar utilizado pela legislação atual apenas faz menção ao nome popularmente consagrado, não aos tipos de matas ciliares.
Entre os vários tipos de mata ciliar destaque para a mata ciliar de cerrado, formação florestal densa e alta que acompanha os rios de médio e grande porte, composta de árvores eretas com altura predominante entre 20 e 25 metros, onde as copas das árvores formam ou não galerias sobre a água.
Esta formação florestal apresenta características vegetacionais definidas por uma complexa interação de fatores dependentes das condições ambientais ciliares, tais como características geológicas, geomorfológicas, climáticas, hidrológicas e hidrográficas, atuando como modeladores da paisagem (RODRIGUES, 2000; RODRIGUES; NAVE, 2000).
Sob as florestas ciliares, ocorre uma significativa variação de solos, originados, essencialmente, em função do maior ou menor grau de hidromorfismo que acontece nesses terrenos. Além disso, a natureza do material originário é outro fator importante na distinção dos grupos de solo (JACOMINE, 2000).
As florestas ciliares exercem funções relevantes para a biodiversidade local, agem como estabilizadoras das ribanceiras dos rios, como tampão e filtro entre os terrenos mais altos e o ecossistema aquático, atuam diminuindo e filtrando o escoamento superficial. Dessa maneira, contribui-se para a manutenção da qualidade da água e integração com a superfície da água, proporcionando cobertura e alimentação para a fauna aquática, interceptação de radiação solar, proporcionando estabilidade térmica em pequenos cursos d’água (LIMA, 1989). Segundo Redford e Fonseca (1996), tais florestas provêm refúgio, água e alimento para a fauna de mamíferos das regiões do cerrado e caatinga.
3.1.4 Caracterização da vegetação nos corredores propostos
A caracterização da vegetação ao longo dos corredores propostos para a implantação do VLT foi realizada mediante estudos expeditos em campo e interpretação de imagens de sensores remotos.
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Primeiramente, cumpre salientar que, na área urbana de Uberlândia, a vegetação natural encontra-se altamente alterada, substituída por sistemas de engenharia inerentes à dinâmica urbana, tais como aqueles vinculados à circulação, habitação, comércio, indústria, entre outros.
Não menos importantes, todavia, são as áreas verdes contíguas presentes na diretriz de traçado, com destaque para aquelas observadas junto ao Parque do Sabiá, Parque Linear do rio Uberabinha e cabeceiras do córrego Perpétua/São José. No que se refere às praças públicas, foram identificados os seguintes espaços ao longo dos corredores e/ou em suas imediações:
Linha Lilás
Poliesportivo do Bairro Custórido Pereira
Praça Hermínia Zocolli
Praça da Participação
Praça Nossa Senhora Aparecida
Praça Oswaldo Vieira Gonçalves
Praça Sérgio de Freitas Pacheco
Praça Professor Jacy de Assis
Praça Oswaldo Cruz
Praça Tubal Vilela
Praça Luiz de Freitas Costa
Praça Lindolfo França
Praça Rui Barbosa
Praça Adolfo Fonseca
Praça Clarimundo Carneiro
Praça Cícero Macedo
Praça Coronel Carneiro
Linha Verde
Praça Hélvio Cardoso
Praça Américo Ferreira de Abreu
Praça Dr. Manuel Crozara
Praça Rubens Pereira Rezende
Praça Ana Moraes
Praça Bercário Gomes Corrêa
Praça Telmo Gomes Corrêa
Praça Virgilato Orizombo Pereira
Praça Lusencourt Guimarães Borges
Praça Jair Moreira Rodrigues
Praça Prof. Henckmar Borges
Praça José Motta
Praça Canto Maior dos Palmares
Praça José Esteves de Ávila
Praça Sebastião José Naves
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Praça Primo Crozara
Praça Cataguases
Praça Montese
Praça das Pioneiras
Na Tabela 3.1.4.a apresentam-se as espécies mapeadas em cada traçado proposto.
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Tabela 3.1.4.a Espécies vegetais identificadas ao longo dos traçados propostos (em centímetros)
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Lilás Arecaceae sp1 40
5,00 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Lilás Arecaceae sp1 30
4,00 9,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Lilás Arecaceae sp1 42
3,00 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Lilás Arecaceae sp1 40
3,50 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Lilás Arecaceae sp1 39
4,00 12,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,012 0,000 0,000 0,000 0,000 0,012
Lilás Arecaceae sp1 40
5,00 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Lilás Arecaceae sp1 25
5,00 7,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Lilás Arecaceae sp1 25
5,00 7,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Lilás Arecaceae sp1 25
5,00 7,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Lilás Arecaceae sp1 25
5,00 7,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Lilás Arecaceae sp1 25
5,00 7,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Lilás Arecaceae sp1 38
3,00 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Lilás Arecaceae sp1 41
3,00 13,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Lilás Arecaceae sp1 43
3,00 13,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,015 0,000 0,000 0,000 0,000 0,015
Lilás Arecaceae sp1 36
3,50 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Lilás Arecaceae sp1 38
3,50 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Lilás Arecaceae sp1 41
3,00 13,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Lilás Arecaceae sp1 44
3,00 14,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,015 0,000 0,000 0,000 0,000 0,015
Lilás Arecaceae sp1 43
3,00 13,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,015 0,000 0,000 0,000 0,000 0,015
Lilás Arecaceae sp1 40
3,50 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Lilás Arecaceae sp1 36
3,50 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Lilás Arecaceae sp1 38
3,50 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Lilás Arecaceae sp1 37
4,00 11,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Lilás Arecaceae sp1 41
3,00 13,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Lilás Arecaceae sp1 42
3,50 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Lilás Arecaceae sp1 46
7,00 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Lilás Arecaceae sp1 52
7,00 16,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
Lilás Arecaceae sp1 52
8,00 16,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
Lilás Arecaceae sp1 46
7,00 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Lilás Arecaceae sp1 46
7,00 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Lilás Arecaceae sp1 52
9,00 16,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
Lilás Arecaceae sp1 52
9,00 16,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
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Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 72
8,00 22,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,041 0,000 0,000 0,000 0,000 0,041
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 64
9,00 20,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,033 0,000 0,000 0,000 0,000 0,033
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 80
11,00 25,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,051 0,000 0,000 0,000 0,000 0,051
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 84
10,00 26,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,056 0,000 0,000 0,000 0,000 0,056
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 60
10,00 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 194
11,00 61,75 0,00 0,00 0,00 0,00 0,299 0,000 0,000 0,000 0,000 0,299
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 120
9,00 38,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,115 0,000 0,000 0,000 0,000 0,115
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 129
9,50 41,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,132 0,000 0,000 0,000 0,000 0,132
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 80
9,00 25,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,051 0,000 0,000 0,000 0,000 0,051
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 140
9,00 44,56 0,00 0,00 0,00 0,00 0,156 0,000 0,000 0,000 0,000 0,156
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 70
5,00 22,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,039 0,000 0,000 0,000 0,000 0,039
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 84
5,50 26,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,056 0,000 0,000 0,000 0,000 0,056
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 69
10,50 21,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,038 0,000 0,000 0,000 0,000 0,038
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 126
11,00 40,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,126 0,000 0,000 0,000 0,000 0,126
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 90
10,50 28,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,064 0,000 0,000 0,000 0,000 0,064
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 80
9,50 25,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,051 0,000 0,000 0,000 0,000 0,051
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 120
11,00 38,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,115 0,000 0,000 0,000 0,000 0,115
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 168
10,50 53,48 0,00 0,00 0,00 0,00 0,225 0,000 0,000 0,000 0,000 0,225
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 40
6,00 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 240
12,00 76,39 0,00 0,00 0,00 0,00 0,458 0,000 0,000 0,000 0,000 0,458
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 116
9,50 36,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,107 0,000 0,000 0,000 0,000 0,107
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 100
9,00 31,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,080 0,000 0,000 0,000 0,000 0,080
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 140
9,50 44,56 0,00 0,00 0,00 0,00 0,156 0,000 0,000 0,000 0,000 0,156
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 140
9,50 44,56 0,00 0,00 0,00 0,00 0,156 0,000 0,000 0,000 0,000 0,156
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 152
10,00 48,38 0,00 0,00 0,00 0,00 0,184 0,000 0,000 0,000 0,000 0,184
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 300
10,00 95,49 0,00 0,00 0,00 0,00 0,716 0,000 0,000 0,000 0,000 0,716
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 90
7,00 28,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,064 0,000 0,000 0,000 0,000 0,064
Lilás Caesalpinia pluviosa DC. 110
8,50 35,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,096 0,000 0,000 0,000 0,000 0,096
Lilás Callistemon viminalis G. Don ex Loud 25
4,00 7,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Lilás Callistemon viminalis G. Don ex Loud 30
4,00 9,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Lilás Callistemon viminalis G. Don ex Loud 25
7,00 7,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Lilás Callistemon viminalis G. Don ex Loud 24
6,00 7,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Lilás Callistemon viminalis G. Don ex Loud 30
6,00 9,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Lilás Callistemon viminalis G. Don ex Loud 18
5,00 5,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003
58
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Lilás Cedrela fissilis Vell. 150
12,00 47,75 0,00 0,00 0,00 0,00 0,179 0,000 0,000 0,000 0,000 0,179
Lilás Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 170
12,00 54,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,230 0,000 0,000 0,000 0,000 0,230
Lilás Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 89
12,00 28,33 0,00 0,00 0,00 0,00 0,063 0,000 0,000 0,000 0,000 0,063
Lilás Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 64
8,00 20,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,033 0,000 0,000 0,000 0,000 0,033
Lilás Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 72
7,00 22,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,041 0,000 0,000 0,000 0,000 0,041
Lilás Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 56
6,00 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Lilás Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 48
6,00 15,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Lilás Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 112
11,00 35,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,100 0,000 0,000 0,000 0,000 0,100
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 60 56
6,00 19,10 17,83 0,00 0,00 0,00 0,029 0,025 0,000 0,000 0,000 0,054
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 34 40 42
5,50 10,82 12,73 13,37 0,00 0,00 0,009 0,013 0,014 0,000 0,000 0,036
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 48
5,00 15,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 35 40
6,00 11,14 12,73 0,00 0,00 0,00 0,010 0,013 0,000 0,000 0,000 0,022
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 32 24
4,00 10,19 7,64 0,00 0,00 0,00 0,008 0,005 0,000 0,000 0,000 0,013
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 23
2,50 7,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,004 0,000 0,000 0,000 0,000 0,004
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 64
7,00 20,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,033 0,000 0,000 0,000 0,000 0,033
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 56 70
9,00 17,83 22,28 0,00 0,00 0,00 0,025 0,039 0,000 0,000 0,000 0,064
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 42 36
5,00 13,37 11,46 0,00 0,00 0,00 0,014 0,010 0,000 0,000 0,000 0,024
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 64 58
9,00 20,37 18,46 0,00 0,00 0,00 0,033 0,027 0,000 0,000 0,000 0,059
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 30
3,50 9,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 136
3,50 43,29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,147 0,000 0,000 0,000 0,000 0,147
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 54
7,00 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 42
5,50 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 66
7,50 21,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,035 0,000 0,000 0,000 0,000 0,035
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 32
5,00 10,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,008 0,000 0,000 0,000 0,000 0,008
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 40 58
9,50 12,73 18,46 0,00 0,00 0,00 0,013 0,027 0,000 0,000 0,000 0,040
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 60
8,00 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 40
9,00 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 40
4,00 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Lilás Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 50
6,50 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Lilás Manguifera indica L. 80
11,00 25,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,051 0,000 0,000 0,000 0,000 0,051
Lilás Manguifera indica L. 64
6,00 20,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,033 0,000 0,000 0,000 0,000 0,033
Lilás Manguifera indica L. 50
5,00 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Lilás Manguifera indica L. 46
5,00 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Lilás Michelia champaca L. 30
5,00 9,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
59
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Lilás Michelia champaca L. 54
4,50 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
Lilás Michelia champaca L. 30
4,00 9,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Lilás Morta 56
3,50 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Lilás Morta 74
7,00 23,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,044 0,000 0,000 0,000 0,000 0,044
Lilás Pachira aquatica Aubl. 76
8,00 24,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,046 0,000 0,000 0,000 0,000 0,046
Lilás Schinus molle L. 44
5,00 14,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,015 0,000 0,000 0,000 0,000 0,015
Lilás Schinus molle L. 26 24
3,50 8,28 7,64 0,00 0,00 0,00 0,005 0,005 0,000 0,000 0,000 0,010
Lilás Schinus molle L. 38
3,50 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Lilás Schinus molle L. 42
4,50 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Lilás Spathodea campanulata P.Beauv. 84
11,00 26,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,056 0,000 0,000 0,000 0,000 0,056
Lilás Syzygium cumini (L) Skeels 57
7,00 18,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,026 0,000 0,000 0,000 0,000 0,026
Lilás Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth 16
5,00 5,09 0,00 0,00 0,00 0,00 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002
Lilás Terminalia catappa L. 67
7,00 21,33 0,00 0,00 0,00 0,00 0,036 0,000 0,000 0,000 0,000 0,036
Lilás Terminalia catappa L. 70
7,00 22,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,039 0,000 0,000 0,000 0,000 0,039
Lilás Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. 18
2,00 5,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003
Verde Arecaceae sp1 110
10,00 35,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,096 0,000 0,000 0,000 0,000 0,096
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 20
3,50 6,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 28
5,00 8,91 0,00 0,00 0,00 0,00 0,006 0,000 0,000 0,000 0,000 0,006
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 33
5,00 10,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 18
3,50 5,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 27
5,00 8,59 0,00 0,00 0,00 0,00 0,006 0,000 0,000 0,000 0,000 0,006
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 33
5,00 10,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 49
5,00 15,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,019 0,000 0,000 0,000 0,000 0,019
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 49
3,00 15,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,019 0,000 0,000 0,000 0,000 0,019
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 46
3,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 45
6,00 14,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,016 0,000 0,000 0,000 0,000 0,016
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 60
5,50 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 36
10,50 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 76
8,00 24,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,046 0,000 0,000 0,000 0,000 0,046
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 104
11,00 33,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,086 0,000 0,000 0,000 0,000 0,086
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 56
6,00 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 50
4,00 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 39
4,50 12,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,012 0,000 0,000 0,000 0,000 0,012
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 43
4,00 13,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,015 0,000 0,000 0,000 0,000 0,015
60
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 54
5,50 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 39
3,50 12,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,012 0,000 0,000 0,000 0,000 0,012
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 42
5,50 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 30
4,00 9,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 40
5,00 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 50
6,50 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 57
6,00 18,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,026 0,000 0,000 0,000 0,000 0,026
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 30
5,50 9,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 37
3,50 11,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 30
3,00 9,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 52
4,50 16,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 57
5,00 18,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,026 0,000 0,000 0,000 0,000 0,026
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 56
5,00 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 17
3,00 5,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 19
2,50 6,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 23
3,50 7,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,004 0,000 0,000 0,000 0,000 0,004
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 29
4,00 9,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 42
4,50 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 40
4,50 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 46
3,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 64
6,50 20,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,033 0,000 0,000 0,000 0,000 0,033
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 37
3,50 11,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 54
4,00 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 50
6,00 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 58
4,00 18,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,027 0,000 0,000 0,000 0,000 0,027
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 56
4,50 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 19
2,00 6,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 21 30
3,50 6,68 9,55 0,00 0,00 0,00 0,004 0,007 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 59
6,50 18,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,028 0,000 0,000 0,000 0,000 0,028
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 43
6,00 13,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,015 0,000 0,000 0,000 0,000 0,015
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 46
6,00 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 49
5,50 15,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,019 0,000 0,000 0,000 0,000 0,019
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 40
6,00 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 37 19
5,00 11,78 6,05 0,00 0,00 0,00 0,011 0,003 0,000 0,000 0,000 0,014
61
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 30
4,00 9,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Verde Caesalpinia echinata Lam. 19
3,00 6,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 96
6,00 30,56 0,00 0,00 0,00 0,00 0,073 0,000 0,000 0,000 0,000 0,073
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 70
6,50 22,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,039 0,000 0,000 0,000 0,000 0,039
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 90
7,00 28,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,064 0,000 0,000 0,000 0,000 0,064
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 56
5,50 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 147
8,00 46,79 0,00 0,00 0,00 0,00 0,172 0,000 0,000 0,000 0,000 0,172
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 50 47 60
7,00 15,92 14,96 19,10 0,00 0,00 0,020 0,018 0,029 0,000 0,000 0,066
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 69 74 90
11,00 21,96 23,55 28,65 0,00 0,00 0,038 0,044 0,064 0,000 0,000 0,146
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 67 84
10,00 21,33 26,74 0,00 0,00 0,00 0,036 0,056 0,000 0,000 0,000 0,092
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 147
12,00 46,79 0,00 0,00 0,00 0,00 0,172 0,000 0,000 0,000 0,000 0,172
Verde Callistemon viminalis G. Don ex Loud 54
5,00 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Cassia fistula L. 58
5,50 18,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,027 0,000 0,000 0,000 0,000 0,027
Verde Cecropia glaziovii Snethl. 38
6,50 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Ceiba speciosa (A. St.-Hil.) Ravenna 188
9,00 59,84 0,00 0,00 0,00 0,00 0,281 0,000 0,000 0,000 0,000 0,281
Verde Citrus sp. 38
4,00 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Croton floribundus Spreng. 56 58 64
6,00 17,83 18,46 20,37 0,00 0,00 0,025 0,027 0,033 0,000 0,000 0,084
Verde Delonix regia Boj. 68
3,50 21,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,037 0,000 0,000 0,000 0,000 0,037
Verde Delonix regia Boj. 63
5,50 20,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,032 0,000 0,000 0,000 0,000 0,032
Verde Ficus benjamina L. 60 66
6,50 19,10 21,01 0,00 0,00 0,00 0,029 0,035 0,000 0,000 0,000 0,063
Verde Ficus benjamina L. 162
7,00 51,57 0,00 0,00 0,00 0,00 0,209 0,000 0,000 0,000 0,000 0,209
Verde Ficus benjamina L. 90 30
7,00 28,65 9,55 0,00 0,00 0,00 0,064 0,007 0,000 0,000 0,000 0,072
Verde Ficus sp. 32 36 40 39 49 5,50 10,19 11,46 12,73 12,41 15,60 0,008 0,010 0,013 0,012 0,019 0,062
Verde Ficus sp. 2 60
4,00 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Guarea guidonea L. 30
7,00 9,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Verde Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC) Mattos 25 27
3,00 7,96 8,59 0,00 0,00 0,00 0,005 0,006 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC) Mattos 20
4,00 6,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003
Verde Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC) Mattos 46
5,00 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC) Mattos 29
4,50 9,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 38
5,50 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 42
6,00 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 38
5,00 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 80
7,00 25,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,051 0,000 0,000 0,000 0,000 0,051
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 50
7,00 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
62
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 60
7,00 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 61
7,00 19,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,030 0,000 0,000 0,000 0,000 0,030
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 36
5,00 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 41
5,50 13,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 27 18
4,50 8,59 5,73 0,00 0,00 0,00 0,006 0,003 0,000 0,000 0,000 0,008
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 30
6,50 9,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 51
5,00 16,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,021 0,000 0,000 0,000 0,000 0,021
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 47
4,00 14,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 63
6,00 20,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,032 0,000 0,000 0,000 0,000 0,032
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 48
5,00 15,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 70
6,00 22,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,039 0,000 0,000 0,000 0,000 0,039
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 73
6,00 23,24 0,00 0,00 0,00 0,00 0,042 0,000 0,000 0,000 0,000 0,042
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 88
7,00 28,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,062 0,000 0,000 0,000 0,000 0,062
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 52
6,00 16,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 75
6,00 23,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,045 0,000 0,000 0,000 0,000 0,045
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 91
7,00 28,97 0,00 0,00 0,00 0,00 0,066 0,000 0,000 0,000 0,000 0,066
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 87
7,00 27,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,060 0,000 0,000 0,000 0,000 0,060
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 45
7,00 14,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,016 0,000 0,000 0,000 0,000 0,016
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 80
8,00 25,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,051 0,000 0,000 0,000 0,000 0,051
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 73
7,50 23,24 0,00 0,00 0,00 0,00 0,042 0,000 0,000 0,000 0,000 0,042
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 75
8,00 23,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,045 0,000 0,000 0,000 0,000 0,045
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 104
9,00 33,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,086 0,000 0,000 0,000 0,000 0,086
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 69
7,50 21,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,038 0,000 0,000 0,000 0,000 0,038
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 73
7,50 23,24 0,00 0,00 0,00 0,00 0,042 0,000 0,000 0,000 0,000 0,042
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 93
6,50 29,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,069 0,000 0,000 0,000 0,000 0,069
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 54
7,00 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 50
7,50 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 61
5,50 19,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,030 0,000 0,000 0,000 0,000 0,030
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 45
6,00 14,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,016 0,000 0,000 0,000 0,000 0,016
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 68
6,00 21,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,037 0,000 0,000 0,000 0,000 0,037
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 54
7,00 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 60
6,50 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 71
7,50 22,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,040 0,000 0,000 0,000 0,000 0,040
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 41
6,50 13,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
63
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 38
6,00 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 59
7,00 18,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,028 0,000 0,000 0,000 0,000 0,028
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 95
8,00 30,24 0,00 0,00 0,00 0,00 0,072 0,000 0,000 0,000 0,000 0,072
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 47
6,00 14,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 86
8,00 27,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,059 0,000 0,000 0,000 0,000 0,059
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 79
8,00 25,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,050 0,000 0,000 0,000 0,000 0,050
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 75
6,00 23,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,045 0,000 0,000 0,000 0,000 0,045
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 17
3,50 5,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 19
3,50 6,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 86
7,00 27,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,059 0,000 0,000 0,000 0,000 0,059
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 60
5,00 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 46
5,00 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 63
5,00 20,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,032 0,000 0,000 0,000 0,000 0,032
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 60
4,00 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 94
7,00 29,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,070 0,000 0,000 0,000 0,000 0,070
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 50
3,00 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 62
4,00 19,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,031 0,000 0,000 0,000 0,000 0,031
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 90
11,00 28,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,064 0,000 0,000 0,000 0,000 0,064
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 94
10,00 29,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,070 0,000 0,000 0,000 0,000 0,070
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 90
8,50 28,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,064 0,000 0,000 0,000 0,000 0,064
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 103
6,50 32,79 0,00 0,00 0,00 0,00 0,084 0,000 0,000 0,000 0,000 0,084
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 88
7,50 28,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,062 0,000 0,000 0,000 0,000 0,062
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 57
6,00 18,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,026 0,000 0,000 0,000 0,000 0,026
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 98
10,50 31,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,076 0,000 0,000 0,000 0,000 0,076
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 70
8,50 22,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,039 0,000 0,000 0,000 0,000 0,039
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 39
6,50 12,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,012 0,000 0,000 0,000 0,000 0,012
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 46
4,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 40
3,00 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 89
8,00 28,33 0,00 0,00 0,00 0,00 0,063 0,000 0,000 0,000 0,000 0,063
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 123
9,50 39,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,120 0,000 0,000 0,000 0,000 0,120
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 64
4,50 20,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,033 0,000 0,000 0,000 0,000 0,033
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 34
7,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 59
5,50 18,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,028 0,000 0,000 0,000 0,000 0,028
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 89
7,50 28,33 0,00 0,00 0,00 0,00 0,063 0,000 0,000 0,000 0,000 0,063
64
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 55
4,50 17,51 0,00 0,00 0,00 0,00 0,024 0,000 0,000 0,000 0,000 0,024
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 139
9,50 44,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,154 0,000 0,000 0,000 0,000 0,154
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 39
4,50 12,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,012 0,000 0,000 0,000 0,000 0,012
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 28
3,50 8,91 0,00 0,00 0,00 0,00 0,006 0,000 0,000 0,000 0,000 0,006
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 19
2,50 6,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 79
7,50 25,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,050 0,000 0,000 0,000 0,000 0,050
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 84
10,00 26,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,056 0,000 0,000 0,000 0,000 0,056
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 69
6,00 21,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,038 0,000 0,000 0,000 0,000 0,038
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 94
9,50 29,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,070 0,000 0,000 0,000 0,000 0,070
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 59
5,00 18,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,028 0,000 0,000 0,000 0,000 0,028
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 46
4,00 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 79
8,00 25,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,050 0,000 0,000 0,000 0,000 0,050
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 66
6,50 21,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,035 0,000 0,000 0,000 0,000 0,035
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 175
7,50 55,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,244 0,000 0,000 0,000 0,000 0,244
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 118
11,00 37,56 0,00 0,00 0,00 0,00 0,111 0,000 0,000 0,000 0,000 0,111
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 43
6,00 13,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,015 0,000 0,000 0,000 0,000 0,015
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 48
6,00 15,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 43
7,00 13,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,015 0,000 0,000 0,000 0,000 0,015
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 119
10,50 37,88 0,00 0,00 0,00 0,00 0,113 0,000 0,000 0,000 0,000 0,113
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 60
6,00 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 149
8,50 47,43 0,00 0,00 0,00 0,00 0,177 0,000 0,000 0,000 0,000 0,177
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 63
6,00 20,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,032 0,000 0,000 0,000 0,000 0,032
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 43
4,00 13,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,015 0,000 0,000 0,000 0,000 0,015
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 46
3,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 70
7,50 22,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,039 0,000 0,000 0,000 0,000 0,039
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 79
8,00 25,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,050 0,000 0,000 0,000 0,000 0,050
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 17
3,00 5,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 96
12,00 30,56 0,00 0,00 0,00 0,00 0,073 0,000 0,000 0,000 0,000 0,073
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 103
12,00 32,79 0,00 0,00 0,00 0,00 0,084 0,000 0,000 0,000 0,000 0,084
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 78
7,50 24,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,048 0,000 0,000 0,000 0,000 0,048
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 53
6,00 16,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 45
5,50 14,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,016 0,000 0,000 0,000 0,000 0,016
Verde Indeterminada sp. 46
3,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 52
4,50 16,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
65
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 51
5,00 16,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,021 0,000 0,000 0,000 0,000 0,021
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 68
5,00 21,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,037 0,000 0,000 0,000 0,000 0,037
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 74
6,00 23,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,044 0,000 0,000 0,000 0,000 0,044
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 45 50
7,00 14,32 15,92 0,00 0,00 0,00 0,016 0,020 0,000 0,000 0,000 0,036
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 65
6,00 20,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,034 0,000 0,000 0,000 0,000 0,034
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 66
6,00 21,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,035 0,000 0,000 0,000 0,000 0,035
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 47
5,00 14,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 37
5,00 11,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 50
5,00 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 83
6,00 26,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,055 0,000 0,000 0,000 0,000 0,055
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 16
5,00 5,09 0,00 0,00 0,00 0,00 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 45
5,00 14,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,016 0,000 0,000 0,000 0,000 0,016
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 40 21
5,00 12,73 6,68 0,00 0,00 0,00 0,013 0,004 0,000 0,000 0,000 0,016
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 25
3,00 7,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 83
6,00 26,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,055 0,000 0,000 0,000 0,000 0,055
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 31
3,00 9,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,008 0,000 0,000 0,000 0,000 0,008
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 25
2,50 7,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 29
3,00 9,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 35
4,00 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 40
6,00 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 49
6,00 15,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,019 0,000 0,000 0,000 0,000 0,019
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 86
8,00 27,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,059 0,000 0,000 0,000 0,000 0,059
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 23
4,00 7,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,004 0,000 0,000 0,000 0,000 0,004
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 60
5,50 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 54
5,00 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 60
7,50 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 46
4,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 60
6,00 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 68
7,50 21,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,037 0,000 0,000 0,000 0,000 0,037
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 29
4,00 9,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 59
6,50 18,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,028 0,000 0,000 0,000 0,000 0,028
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 84
8,50 26,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,056 0,000 0,000 0,000 0,000 0,056
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 63 38
6,00 20,05 12,10 0,00 0,00 0,00 0,032 0,011 0,000 0,000 0,000 0,043
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 46
6,00 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
66
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 56
3,50 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 33
7,50 10,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 36
7,50 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 48
7,00 15,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 40
4,50 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 34
3,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 68
7,00 21,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,037 0,000 0,000 0,000 0,000 0,037
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 29
3,00 9,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 58
7,00 18,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,027 0,000 0,000 0,000 0,000 0,027
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 57
5,00 18,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,026 0,000 0,000 0,000 0,000 0,026
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 63
7,00 20,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,032 0,000 0,000 0,000 0,000 0,032
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 58
5,00 18,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,027 0,000 0,000 0,000 0,000 0,027
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 44
6,00 14,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,015 0,000 0,000 0,000 0,000 0,015
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 39
4,00 12,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,012 0,000 0,000 0,000 0,000 0,012
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 80
7,00 25,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,051 0,000 0,000 0,000 0,000 0,051
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 35
5,00 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 78
7,00 24,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,048 0,000 0,000 0,000 0,000 0,048
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 54
6,00 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Jacaranda mimosaefoliaD.Don 42 35
6,00 13,37 11,14 0,00 0,00 0,00 0,014 0,010 0,000 0,000 0,000 0,024
Verde Jacaranda mimosaefoliaD.Don 46
5,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Jacaranda mimosaefoliaD.Don 36
6,00 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Jacaranda mimosaefoliaD.Don 30
6,00 9,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Verde Jacaranda mimosaefoliaD.Don 28
6,00 8,91 0,00 0,00 0,00 0,00 0,006 0,000 0,000 0,000 0,000 0,006
Verde Jacaranda mimosaefoliaD.Don 31
6,00 9,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,008 0,000 0,000 0,000 0,000 0,008
Verde Jacaranda mimosaefoliaD.Don 27
4,00 8,59 0,00 0,00 0,00 0,00 0,006 0,000 0,000 0,000 0,000 0,006
Verde Jacaranda mimosaefoliaD.Don 25
5,00 7,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Verde Jacaranda mimosaefoliaD.Don 28
5,00 8,91 0,00 0,00 0,00 0,00 0,006 0,000 0,000 0,000 0,000 0,006
Verde Jacaranda mimosaefoliaD.Don 24
5,00 7,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Verde Jacaranda mimosaefoliaD.Don 52
7,00 16,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
Verde Jacaranda mimosaefoliaD.Don 22 21
4,00 7,00 6,68 0,00 0,00 0,00 0,004 0,004 0,000 0,000 0,000 0,007
Verde Jacaranda mimosaefoliaD.Don 18
4,00 5,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003
Verde Leptolobium elegans Voguel. 40
5,00 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 46
5,00 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 38
3,50 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
67
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 22
2,00 7,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,004 0,000 0,000 0,000 0,000 0,004
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 60 54
9,50 19,10 17,19 0,00 0,00 0,00 0,029 0,023 0,000 0,000 0,000 0,052
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 47 32 35
6,00 14,96 10,19 11,14 0,00 0,00 0,018 0,008 0,010 0,000 0,000 0,035
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 36 28
5,00 11,46 8,91 0,00 0,00 0,00 0,010 0,006 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 79 70
4,50 25,15 22,28 0,00 0,00 0,00 0,050 0,039 0,000 0,000 0,000 0,089
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 49
5,00 15,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,019 0,000 0,000 0,000 0,000 0,019
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 40 45
5,50 12,73 14,32 0,00 0,00 0,00 0,013 0,016 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 60 56 48 52
6,50 19,10 17,83 15,28 16,55 0,00 0,029 0,025 0,018 0,022 0,000 0,093
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 30 26 26 28
4,50 9,55 8,28 8,28 8,91 0,00 0,007 0,005 0,005 0,006 0,000 0,024
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 40 51 63
7,00 12,73 16,23 20,05 0,00 0,00 0,013 0,021 0,032 0,000 0,000 0,065
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 31 34 20
6,00 9,87 10,82 6,37 0,00 0,00 0,008 0,009 0,003 0,000 0,000 0,020
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 45 40 37
7,00 14,32 12,73 11,78 0,00 0,00 0,016 0,013 0,011 0,000 0,000 0,040
Verde Manguifera indica L. 26
3,00 8,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Verde Manguifera indica L. 40 53 32
6,00 12,73 16,87 10,19 0,00 0,00 0,013 0,022 0,008 0,000 0,000 0,043
Verde Manguifera indica L. 64 56 49
6,50 20,37 17,83 15,60 0,00 0,00 0,033 0,025 0,019 0,000 0,000 0,077
Verde Manguifera indica L. 24
2,50 7,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Verde Manguifera indica L. 34
2,50 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Manguifera indica L. 42
13,50 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Verde Manguifera indica L. 48
9,00 15,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Manguifera indica L. 68
3,50 21,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,037 0,000 0,000 0,000 0,000 0,037
Verde Manguifera indica L. 38
6,50 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Manguifera indica L. 48
4,00 15,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Melia azedarach L. 50
5,00 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Melia azedarach L. 64
6,00 20,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,033 0,000 0,000 0,000 0,000 0,033
Verde Melia azedarach L. 88
8,50 28,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,062 0,000 0,000 0,000 0,000 0,062
Verde Michelia champaca L. 42
4,50 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Verde Michelia champaca L. 80
5,00 25,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,051 0,000 0,000 0,000 0,000 0,051
Verde Michelia champaca L. 77
6,00 24,51 0,00 0,00 0,00 0,00 0,047 0,000 0,000 0,000 0,000 0,047
Verde Morta 20
4,00 6,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003
Verde Morta 22
3,00 7,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,004 0,000 0,000 0,000 0,000 0,004
Verde Morta 45
7,00 14,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,016 0,000 0,000 0,000 0,000 0,016
Verde Morta 38
4,00 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde morta 39
4,00 12,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,012 0,000 0,000 0,000 0,000 0,012
Verde Morus nigra L. 30
4,50 9,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
68
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Morus nigra L. 38
4,50 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Morus nigra L. 49
3,50 15,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,019 0,000 0,000 0,000 0,000 0,019
Verde Myrtaceae sp. 46
5,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Myrtaceae sp. 68
6,50 21,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,037 0,000 0,000 0,000 0,000 0,037
Verde Myrtaceae sp. 80
7,50 25,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,051 0,000 0,000 0,000 0,000 0,051
Verde Pachira aquatica Aubl. 30
4,00 9,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Verde Persea americana Mill. 49
4,50 15,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,019 0,000 0,000 0,000 0,000 0,019
Verde Persea americana Mill. 50
7,00 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Plumeria rubra L. 20
3,00 6,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003
Verde Punica granatum L. 31
5,00 9,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,008 0,000 0,000 0,000 0,000 0,008
Verde Punica granatum L. 43
5,50 13,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,015 0,000 0,000 0,000 0,000 0,015
Verde Rubiaceae sp. 151
7,00 48,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,181 0,000 0,000 0,000 0,000 0,181
Verde Schinus molle L. 31
5,00 9,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,008 0,000 0,000 0,000 0,000 0,008
Verde Syzygium cumini (L) Skeels 90
6,00 28,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,064 0,000 0,000 0,000 0,000 0,064
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 63
5,50 20,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,032 0,000 0,000 0,000 0,000 0,032
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 46
5,00 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 58
6,50 18,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,027 0,000 0,000 0,000 0,000 0,027
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 50 38
5,50 15,92 12,10 0,00 0,00 0,00 0,020 0,011 0,000 0,000 0,000 0,031
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 68
7,50 21,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,037 0,000 0,000 0,000 0,000 0,037
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 32
5,00 10,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,008 0,000 0,000 0,000 0,000 0,008
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 57
6,50 18,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,026 0,000 0,000 0,000 0,000 0,026
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 33
4,00 10,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 50
5,00 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 33
4,00 10,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 62
4,00 19,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,031 0,000 0,000 0,000 0,000 0,031
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 48
4,00 15,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 32
4,00 10,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,008 0,000 0,000 0,000 0,000 0,008
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 29
4,00 9,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 40
5,00 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 50
7,00 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 43
5,00 13,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,015 0,000 0,000 0,000 0,000 0,015
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 51
6,50 16,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,021 0,000 0,000 0,000 0,000 0,021
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 48
5,50 15,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Tabebuia roseoalba (Ridl.) 39
5,50 12,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,012 0,000 0,000 0,000 0,000 0,012
69
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Tabebuia roseoalba (Ridl.) 37
5,00 11,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Tabebuia roseoalba (Ridl.) 42
5,00 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Verde Tabebuia roseoalba (Ridl.) 49
6,00 15,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,019 0,000 0,000 0,000 0,000 0,019
Verde Tabebuia roseoalba (Ridl.) 47
5,00 14,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Tabebuia roseoalba (Ridl.) 25
4,00 7,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Verde Tabebuia roseoalba (Ridl.) 50
3,00 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Tabebuia roseoalba (Ridl.) 47
4,00 14,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Tabebuia sp 96
11,00 30,56 0,00 0,00 0,00 0,00 0,073 0,000 0,000 0,000 0,000 0,073
Verde Tabebuia sp 76
8,50 24,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,046 0,000 0,000 0,000 0,000 0,046
Verde Tabebuia sp 48
4,00 15,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Tabebuia sp 63
6,50 20,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,032 0,000 0,000 0,000 0,000 0,032
Verde Tabebuia sp 42
3,50 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Verde Tabebuia sp 76
9,00 24,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,046 0,000 0,000 0,000 0,000 0,046
Verde Tabebuia sp 60
3,00 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Tabebuia sp 93
8,00 29,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,069 0,000 0,000 0,000 0,000 0,069
Verde Tabebuia sp 47
4,00 14,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Tabebuia sp 63
6,50 20,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,032 0,000 0,000 0,000 0,000 0,032
Verde Tabebuia sp 36
3,50 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Tabebuia sp 43
5,00 13,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,015 0,000 0,000 0,000 0,000 0,015
Verde Tabebuia sp 78
5,50 24,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,048 0,000 0,000 0,000 0,000 0,048
Verde Tabebuia sp 46
4,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Tabebuia sp 50
6,00 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Tabebuia sp 53
6,00 16,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
Verde Tabebuia sp 60
6,50 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Tabebuia sp 48
4,50 15,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Tabebuia sp 36 40
5,00 11,46 12,73 0,00 0,00 0,00 0,010 0,013 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Tabebuia sp 85
5,50 27,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,057 0,000 0,000 0,000 0,000 0,057
Verde Tabebuia sp 50
5,50 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Tabebuia sp 46
3,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Tabebuia sp 39
3,00 12,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,012 0,000 0,000 0,000 0,000 0,012
Verde Tabebuia sp 38
5,00 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Tabebuia sp 43
6,00 13,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,015 0,000 0,000 0,000 0,000 0,015
Verde Tabebuia sp 49
6,50 15,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,019 0,000 0,000 0,000 0,000 0,019
Verde Tabebuia sp 52
6,00 16,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
70
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth 38
2,50 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth 28
3,00 8,91 0,00 0,00 0,00 0,00 0,006 0,000 0,000 0,000 0,000 0,006
Verde Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth 17
3,00 5,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,002 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002
Verde Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth 25
4,00 7,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Verde Terminalia catappa L. 58
5,00 18,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,027 0,000 0,000 0,000 0,000 0,027
Verde Annona muricata L. 35 48
4,00 11,14 15,28 0,00 0,00 0,00 0,010 0,018 0,000 0,000 0,000 0,028
Verde Arecaceae sp1 58
7,50 18,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,027 0,000 0,000 0,000 0,000 0,027
Verde Arecaceae sp1 60
5,00 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Arecaceae sp1 55
5,00 17,51 0,00 0,00 0,00 0,00 0,024 0,000 0,000 0,000 0,000 0,024
Verde Arecaceae sp1 49
5,00 15,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,019 0,000 0,000 0,000 0,000 0,019
Verde Arecaceae sp1 38
5,00 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Arecaceae sp1 40
5,00 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Verde Arecaceae sp1 60
5,00 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Arecaceae sp1 53
5,00 16,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
Verde Arecaceae sp1 50
5,00 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Arecaceae sp1 45
2,50 14,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,016 0,000 0,000 0,000 0,000 0,016
Verde Arecaceae sp1 50
8,00 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Arecaceae sp1 45
9,00 14,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,016 0,000 0,000 0,000 0,000 0,016
Verde Arecaceae sp1 70
8,50 22,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,039 0,000 0,000 0,000 0,000 0,039
Verde Arecaceae sp1 80
8,00 25,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,051 0,000 0,000 0,000 0,000 0,051
Verde Arecaceae sp1 56
9,00 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Arecaceae sp1 55
9,00 17,51 0,00 0,00 0,00 0,00 0,024 0,000 0,000 0,000 0,000 0,024
Verde Arecaceae sp1 56
9,00 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Arecaceae sp1 70
9,00 22,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,039 0,000 0,000 0,000 0,000 0,039
Verde Arecaceae sp1 78
7,00 24,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,048 0,000 0,000 0,000 0,000 0,048
Verde Arecaceae sp1 66
7,50 21,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,035 0,000 0,000 0,000 0,000 0,035
Verde Arecaceae sp1 65
8,00 20,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,034 0,000 0,000 0,000 0,000 0,034
Verde Arecaceae sp1 63
8,00 20,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,032 0,000 0,000 0,000 0,000 0,032
Verde Arecaceae sp1 59
6,00 18,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,028 0,000 0,000 0,000 0,000 0,028
Verde Arecaceae sp1 63
8,50 20,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,032 0,000 0,000 0,000 0,000 0,032
Verde Arecaceae sp1 56
9,00 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Arecaceae sp1 36
5,00 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Arecaceae sp1 56
8,00 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Arecaceae sp1 81
9,00 25,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,052 0,000 0,000 0,000 0,000 0,052
71
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Arecaceae sp1 71
9,00 22,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,040 0,000 0,000 0,000 0,000 0,040
Verde Arecaceae sp1 75
9,00 23,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,045 0,000 0,000 0,000 0,000 0,045
Verde Arecaceae sp1 75
8,00 23,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,045 0,000 0,000 0,000 0,000 0,045
Verde Arecaceae sp1 78
8,50 24,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,048 0,000 0,000 0,000 0,000 0,048
Verde Arecaceae sp1 46
6,00 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Arecaceae sp1 49
5,50 15,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,019 0,000 0,000 0,000 0,000 0,019
Verde Arecaceae sp1 42
6,00 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Verde Arecaceae sp1 63
6,00 20,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,032 0,000 0,000 0,000 0,000 0,032
Verde Arecaceae sp1 65
7,00 20,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,034 0,000 0,000 0,000 0,000 0,034
Verde Arecaceae sp1 69
8,00 21,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,038 0,000 0,000 0,000 0,000 0,038
Verde Arecaceae sp1 65
8,00 20,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,034 0,000 0,000 0,000 0,000 0,034
Verde Arecaceae sp1 25
3,50 7,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Verde Arecaceae sp1 36
4,00 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Arecaceae sp1 64
6,00 20,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,033 0,000 0,000 0,000 0,000 0,033
Verde Arecaceae sp1 76
8,00 24,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,046 0,000 0,000 0,000 0,000 0,046
Verde Arecaceae sp1 56
9,00 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Arecaceae sp1 59
9,00 18,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,028 0,000 0,000 0,000 0,000 0,028
Verde Arecaceae sp1 53
8,00 16,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
Verde Arecaceae sp1 54
8,00 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Arecaceae sp1 59
8,50 18,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,028 0,000 0,000 0,000 0,000 0,028
Verde Arecaceae sp1 52
9,00 16,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
Verde Arecaceae sp1 52
8,00 16,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
Verde Arecaceae sp1 56
7,50 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Arecaceae sp1 36
4,00 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Arecaceae sp1 64
7,50 20,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,033 0,000 0,000 0,000 0,000 0,033
Verde Arecaceae sp1 68
8,00 21,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,037 0,000 0,000 0,000 0,000 0,037
Verde Arecaceae sp1 64
8,00 20,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,033 0,000 0,000 0,000 0,000 0,033
Verde Arecaceae sp1 56
8,50 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Arecaceae sp1 55
7,00 17,51 0,00 0,00 0,00 0,00 0,024 0,000 0,000 0,000 0,000 0,024
Verde Arecaceae sp1 52
7,00 16,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
Verde Arecaceae sp1 54
7,00 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Arecaceae sp1 59
7,00 18,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,028 0,000 0,000 0,000 0,000 0,028
Verde Arecaceae sp1 56
7,00 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Arecaceae sp1 58
7,50 18,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,027 0,000 0,000 0,000 0,000 0,027
72
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Arecaceae sp1 57
8,00 18,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,026 0,000 0,000 0,000 0,000 0,026
Verde Arecaceae sp1 53
8,00 16,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
Verde Arecaceae sp1 65
8,50 20,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,034 0,000 0,000 0,000 0,000 0,034
Verde Arecaceae sp1 69
7,50 21,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,038 0,000 0,000 0,000 0,000 0,038
Verde Arecaceae sp1 63
7,00 20,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,032 0,000 0,000 0,000 0,000 0,032
Verde Arecaceae sp1 56
7,00 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Arecaceae sp1 69
8,00 21,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,038 0,000 0,000 0,000 0,000 0,038
Verde Arecaceae sp1 63
8,00 20,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,032 0,000 0,000 0,000 0,000 0,032
Verde Arecaceae sp1 68
7,00 21,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,037 0,000 0,000 0,000 0,000 0,037
Verde Arecaceae sp1 67
8,00 21,33 0,00 0,00 0,00 0,00 0,036 0,000 0,000 0,000 0,000 0,036
Verde Arecaceae sp1 64
8,50 20,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,033 0,000 0,000 0,000 0,000 0,033
Verde Arecaceae sp1 68
8,50 21,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,037 0,000 0,000 0,000 0,000 0,037
Verde Arecaceae sp1 49
8,50 15,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,019 0,000 0,000 0,000 0,000 0,019
Verde Arecaceae sp1 46
8,00 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Arecaceae sp1 48
8,00 15,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Arecaceae sp1 45
7,00 14,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,016 0,000 0,000 0,000 0,000 0,016
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 76
5,50 24,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,046 0,000 0,000 0,000 0,000 0,046
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 64
6,00 20,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,033 0,000 0,000 0,000 0,000 0,033
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 66
5,50 21,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,035 0,000 0,000 0,000 0,000 0,035
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 48
5,00 15,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 89
6,50 28,33 0,00 0,00 0,00 0,00 0,063 0,000 0,000 0,000 0,000 0,063
Verde Bauhinia blakeana Dunn. 60
4,50 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 61 63
7,00 19,42 20,05 0,00 0,00 0,00 0,030 0,032 0,000 0,000 0,000 0,061
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 56 47
6,00 17,83 14,96 0,00 0,00 0,00 0,025 0,018 0,000 0,000 0,000 0,043
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 50
7,00 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 63
7,00 20,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,032 0,000 0,000 0,000 0,000 0,032
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 86
10,00 27,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,059 0,000 0,000 0,000 0,000 0,059
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 60
7,50 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 90
14,00 28,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,064 0,000 0,000 0,000 0,000 0,064
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 36
5,00 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 64
8,00 20,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,033 0,000 0,000 0,000 0,000 0,033
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 80
9,50 25,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,051 0,000 0,000 0,000 0,000 0,051
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 66
7,00 21,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,035 0,000 0,000 0,000 0,000 0,035
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 168
13,00 53,48 0,00 0,00 0,00 0,00 0,225 0,000 0,000 0,000 0,000 0,225
73
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 180
13,00 57,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,258 0,000 0,000 0,000 0,000 0,258
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 123
7,00 39,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,120 0,000 0,000 0,000 0,000 0,120
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 60
5,50 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 46
5,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Caesalpinia pluviosa DC. 136
4,00 43,29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,147 0,000 0,000 0,000 0,000 0,147
Verde Callistemon viminalis G. Don ex Loud 38
4,50 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Callistemon viminalis G. Don ex Loud 40
4,50 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Verde Callistemon viminalis G. Don ex Loud 50
6,00 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Callistemon viminalis G. Don ex Loud 42
5,00 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Verde Callistemon viminalis G. Don ex Loud 40 52
4,50 12,73 16,55 0,00 0,00 0,00 0,013 0,022 0,000 0,000 0,000 0,034
Verde Callistemon viminalis G. Don ex Loud 55
7,00 17,51 0,00 0,00 0,00 0,00 0,024 0,000 0,000 0,000 0,000 0,024
Verde Callistemon viminalis G. Don ex Loud 42
6,00 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Verde Callistemon viminalis G. Don ex Loud 42
4,50 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Verde Callistemon viminalis G. Don ex Loud 46
4,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Callistemon viminalis G. Don ex Loud 40
4,00 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Verde Carica papaya L. 38
6,00 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Cassia fistula L. 60 20
7,00 19,10 6,37 0,00 0,00 0,00 0,029 0,003 0,000 0,000 0,000 0,032
Verde Cassia fistula L. 36 40
3,00 11,46 12,73 0,00 0,00 0,00 0,010 0,013 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Cassia fistula L. 36 38
3,00 11,46 12,10 0,00 0,00 0,00 0,010 0,011 0,000 0,000 0,000 0,022
Verde Cassia fistula L. 46 42
4,50 14,64 13,37 0,00 0,00 0,00 0,017 0,014 0,000 0,000 0,000 0,031
Verde Cassia fistula L. 50 48 64
11,00 15,92 15,28 20,37 0,00 0,00 0,020 0,018 0,033 0,000 0,000 0,071
Verde Ficus benjamina L. 240
12,00 76,39 0,00 0,00 0,00 0,00 0,458 0,000 0,000 0,000 0,000 0,458
Verde Ficus benjamina L. 228
11,00 72,57 0,00 0,00 0,00 0,00 0,414 0,000 0,000 0,000 0,000 0,414
Verde Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC) Mattos 30 35
4,00 9,55 11,14 0,00 0,00 0,00 0,007 0,010 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 36 29
4,00 11,46 9,23 0,00 0,00 0,00 0,010 0,007 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 30
5,00 9,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 50
6,00 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 43
5,00 13,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,015 0,000 0,000 0,000 0,000 0,015
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 41
5,50 13,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 55
5,00 17,51 0,00 0,00 0,00 0,00 0,024 0,000 0,000 0,000 0,000 0,024
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 53
5,50 16,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 48
6,00 15,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 49
5,50 15,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,019 0,000 0,000 0,000 0,000 0,019
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 54
7,00 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
74
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 54
6,50 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 66
8,00 21,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,035 0,000 0,000 0,000 0,000 0,035
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 49
6,00 15,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,019 0,000 0,000 0,000 0,000 0,019
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 46
6,00 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 46
6,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 65
8,50 20,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,034 0,000 0,000 0,000 0,000 0,034
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 59
8,50 18,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,028 0,000 0,000 0,000 0,000 0,028
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 47
6,50 14,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 43
6,50 13,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,015 0,000 0,000 0,000 0,000 0,015
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 36 24 28
5,50 11,46 7,64 8,91 0,00 0,00 0,010 0,005 0,006 0,000 0,000 0,021
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 54 46
6,50 17,19 14,64 0,00 0,00 0,00 0,023 0,017 0,000 0,000 0,000 0,040
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 60
7,00 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 27 34 46
7,00 8,59 10,82 14,64 0,00 0,00 0,006 0,009 0,017 0,000 0,000 0,032
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 56 50
5,50 17,83 15,92 0,00 0,00 0,00 0,025 0,020 0,000 0,000 0,000 0,045
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 62
8,50 19,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,031 0,000 0,000 0,000 0,000 0,031
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 56
6,00 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 42
5,00 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 42 54
7,50 13,37 17,19 0,00 0,00 0,00 0,014 0,023 0,000 0,000 0,000 0,037
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 36
4,00 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 57
8,00 18,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,026 0,000 0,000 0,000 0,000 0,026
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 59
7,00 18,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,028 0,000 0,000 0,000 0,000 0,028
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 64
7,50 20,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,033 0,000 0,000 0,000 0,000 0,033
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 46 53
7,50 14,64 16,87 0,00 0,00 0,00 0,017 0,022 0,000 0,000 0,000 0,039
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 92
8,00 29,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,067 0,000 0,000 0,000 0,000 0,067
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 49
5,00 15,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,019 0,000 0,000 0,000 0,000 0,019
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 54
5,50 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 58
7,00 18,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,027 0,000 0,000 0,000 0,000 0,027
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 42
5,00 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 46
5,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 63
6,50 20,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,032 0,000 0,000 0,000 0,000 0,032
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 57
5,50 18,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,026 0,000 0,000 0,000 0,000 0,026
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 56
6,00 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 58
6,50 18,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,027 0,000 0,000 0,000 0,000 0,027
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 67
7,50 21,33 0,00 0,00 0,00 0,00 0,036 0,000 0,000 0,000 0,000 0,036
75
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 24
3,50 7,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 36 40
6,00 11,46 12,73 0,00 0,00 0,00 0,010 0,013 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 34 40
5,50 10,82 12,73 0,00 0,00 0,00 0,009 0,013 0,000 0,000 0,000 0,022
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 36
4,50 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 68
7,50 21,65 0,00 0,00 0,00 0,00 0,037 0,000 0,000 0,000 0,000 0,037
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 56
5,50 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 32 63
6,00 10,19 20,05 0,00 0,00 0,00 0,008 0,032 0,000 0,000 0,000 0,040
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 46
4,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 42
4,00 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 19
3,00 6,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 46
5,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 70
7,00 22,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,039 0,000 0,000 0,000 0,000 0,039
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 60 42
7,50 19,10 13,37 0,00 0,00 0,00 0,029 0,014 0,000 0,000 0,000 0,043
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 78
7,50 24,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,048 0,000 0,000 0,000 0,000 0,048
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 58
6,00 18,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,027 0,000 0,000 0,000 0,000 0,027
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 80
9,00 25,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,051 0,000 0,000 0,000 0,000 0,051
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 76
9,00 24,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,046 0,000 0,000 0,000 0,000 0,046
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 19
4,00 6,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 58
4,50 18,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,027 0,000 0,000 0,000 0,000 0,027
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 46
4,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 50
6,00 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 19
2,50 6,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,003 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 72
8,00 22,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,041 0,000 0,000 0,000 0,000 0,041
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 23
4,50 7,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,004 0,000 0,000 0,000 0,000 0,004
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 49
5,50 15,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,019 0,000 0,000 0,000 0,000 0,019
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 36
4,00 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 56
6,00 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 74
6,00 23,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,044 0,000 0,000 0,000 0,000 0,044
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 76
7,50 24,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,046 0,000 0,000 0,000 0,000 0,046
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 28
4,00 8,91 0,00 0,00 0,00 0,00 0,006 0,000 0,000 0,000 0,000 0,006
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 37
4,50 11,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 60
6,50 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 56
6,00 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 29
4,50 9,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
76
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 56
6,00 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 60
7,00 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 56
7,50 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 46
5,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 23
2,00 7,32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,004 0,000 0,000 0,000 0,000 0,004
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 70
7,50 22,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,039 0,000 0,000 0,000 0,000 0,039
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 53
6,00 16,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 64 50
6,50 20,37 15,92 0,00 0,00 0,00 0,033 0,020 0,000 0,000 0,000 0,052
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 64
8,00 20,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,033 0,000 0,000 0,000 0,000 0,033
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 38
4,50 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 42
3,50 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 42
6,00 13,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,014 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 58
6,50 18,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,027 0,000 0,000 0,000 0,000 0,027
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 36
4,00 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 53
7,00 16,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
Verde Indeterminada sp.2 33 50 45
6,00 10,50 15,92 14,32 0,00 0,00 0,009 0,020 0,016 0,000 0,000 0,045
Verde Jacaranda mimosaefolia D.Don 30
7,00 9,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 50
7,00 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 60 58
6,00 19,10 18,46 0,00 0,00 0,00 0,029 0,027 0,000 0,000 0,000 0,055
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 25 23
5,00 7,96 7,32 0,00 0,00 0,00 0,005 0,004 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 30 31
6,00 9,55 9,87 0,00 0,00 0,00 0,007 0,008 0,000 0,000 0,000 0,015
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 31 32
6,00 9,87 10,19 0,00 0,00 0,00 0,008 0,008 0,000 0,000 0,000 0,016
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 36 30 29
7,00 11,46 9,55 9,23 0,00 0,00 0,010 0,007 0,007 0,000 0,000 0,024
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 45 50
6,50 14,32 15,92 0,00 0,00 0,00 0,016 0,020 0,000 0,000 0,000 0,036
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 31
3,00 9,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,008 0,000 0,000 0,000 0,000 0,008
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 32
3,00 10,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,008 0,000 0,000 0,000 0,000 0,008
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 54
6,00 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 51
6,50 16,23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,021 0,000 0,000 0,000 0,000 0,021
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 30 30 36
4,50 9,55 9,55 11,46 0,00 0,00 0,007 0,007 0,010 0,000 0,000 0,025
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 36 21
2,50 11,46 6,68 0,00 0,00 0,00 0,010 0,004 0,000 0,000 0,000 0,014
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 56
5,00 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 39
6,00 12,41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,012 0,000 0,000 0,000 0,000 0,012
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 54
4,50 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 59
6,50 18,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,028 0,000 0,000 0,000 0,000 0,028
77
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 60
4,50 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 62
4,50 19,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,031 0,000 0,000 0,000 0,000 0,031
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 70
4,50 22,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,039 0,000 0,000 0,000 0,000 0,039
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 51 40
4,50 16,23 12,73 0,00 0,00 0,00 0,021 0,013 0,000 0,000 0,000 0,033
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 36
4,50 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 46 70
4,00 14,64 22,28 0,00 0,00 0,00 0,017 0,039 0,000 0,000 0,000 0,056
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 86
10,50 27,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,059 0,000 0,000 0,000 0,000 0,059
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 48
5,00 15,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 40
5,00 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 36 40 23
2,50 11,46 12,73 7,32 0,00 0,00 0,010 0,013 0,004 0,000 0,000 0,027
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 62
6,00 19,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,031 0,000 0,000 0,000 0,000 0,031
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 54
5,00 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 48
6,50 15,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 36
7,00 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 55
5,50 17,51 0,00 0,00 0,00 0,00 0,024 0,000 0,000 0,000 0,000 0,024
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 56
6,00 17,83 0,00 0,00 0,00 0,00 0,025 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 32
6,00 10,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,008 0,000 0,000 0,000 0,000 0,008
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 74
6,00 23,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,044 0,000 0,000 0,000 0,000 0,044
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 62
5,00 19,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,031 0,000 0,000 0,000 0,000 0,031
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 66
5,50 21,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,035 0,000 0,000 0,000 0,000 0,035
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 40
4,50 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 36
4,50 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 54
4,50 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 55
4,50 17,51 0,00 0,00 0,00 0,00 0,024 0,000 0,000 0,000 0,000 0,024
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 35
4,50 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 40
4,50 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 35
4,00 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 51 43
7,00 16,23 13,69 0,00 0,00 0,00 0,021 0,015 0,000 0,000 0,000 0,035
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 46 50
5,00 14,64 15,92 0,00 0,00 0,00 0,017 0,020 0,000 0,000 0,000 0,037
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 46
4,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 48 40
5,00 15,28 12,73 0,00 0,00 0,00 0,018 0,013 0,000 0,000 0,000 0,031
Verde Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 50 45
5,50 15,92 14,32 0,00 0,00 0,00 0,020 0,016 0,000 0,000 0,000 0,036
Verde Manguifera indica L. 118
12,00 37,56 0,00 0,00 0,00 0,00 0,111 0,000 0,000 0,000 0,000 0,111
Verde Manguifera indica L. 123
12,00 39,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,120 0,000 0,000 0,000 0,000 0,120
78
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Melia azedarach L. 92
4,00 29,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,067 0,000 0,000 0,000 0,000 0,067
Verde Michelia champaca L. 72
5,00 22,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,041 0,000 0,000 0,000 0,000 0,041
Verde morta 80
4,50 25,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,051 0,000 0,000 0,000 0,000 0,051
Verde Pachira aquatica Aubl. 128
8,00 40,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,130 0,000 0,000 0,000 0,000 0,130
Verde Pachira aquatica Aubl. 120
8,00 38,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,115 0,000 0,000 0,000 0,000 0,115
Verde Pachira aquatica Aubl. 63
7,00 20,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,032 0,000 0,000 0,000 0,000 0,032
Verde Pachira aquatica Aubl. 60 54 76
9,00 19,10 17,19 24,19 0,00 0,00 0,029 0,023 0,046 0,000 0,000 0,098
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 46
6,50 14,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,017 0,000 0,000 0,000 0,000 0,017
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 30
2,50 9,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 36
2,50 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
2,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
2,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 36
1,50 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 35
2,00 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
2,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 32
2,00 10,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,008 0,000 0,000 0,000 0,000 0,008
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 31
2,00 9,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,008 0,000 0,000 0,000 0,000 0,008
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 38
2,00 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
1,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 35
1,50 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
1,50 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
2,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 33
2,00 10,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 33
2,00 10,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 35
2,00 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 35
2,00 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 35
1,50 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 37
1,50 11,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 38
1,00 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 35
2,00 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 36
2,00 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 36
2,00 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
2,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
2,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
79
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 35
2,00 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 30
2,00 9,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,007 0,000 0,000 0,000 0,000 0,007
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 36
1,50 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
2,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
2,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 36
2,00 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 35
2,00 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
2,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 32
1,00 10,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,008 0,000 0,000 0,000 0,000 0,008
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 31
1,50 9,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,008 0,000 0,000 0,000 0,000 0,008
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 38
1,50 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
2,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 35
2,00 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
2,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
2,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 33
2,00 10,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 33
1,50 10,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 35
1,50 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 35
1,00 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 35
2,00 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 37
2,00 11,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 38
2,00 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 35
2,00 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 36
1,00 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 36
1,50 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
1,50 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
2,50 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 35
2,50 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 37
2,50 11,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 38
2,00 12,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,011 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 33
2,50 10,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 35
2,00 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 36
2,00 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
2,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
80
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 35
2,00 11,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
1,50 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
2,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
2,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
2,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 34
2,00 10,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,009 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009
Verde Phoenix roebelenii O'Brien 31
2,00 9,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,008 0,000 0,000 0,000 0,000 0,008
Verde Plumeria rubra L. 26
3,00 8,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Verde Plumeria rubra L. 60
4,50 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Plumeria rubra L. 32
4,00 10,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,008 0,000 0,000 0,000 0,000 0,008
Verde Salix babylonica L. 60
3,00 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Salix babylonica L. 47
3,50 14,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Salix babylonica L. 50
4,50 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Salix babylonica L. 60
5,50 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Salix babylonica L. 54
3,00 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Salix babylonica L. 58
3,50 18,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,027 0,000 0,000 0,000 0,000 0,027
Verde Salix babylonica L. 48
2,50 15,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 36
8,00 11,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,010 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 43 46
6,00 13,69 14,64 0,00 0,00 0,00 0,015 0,017 0,000 0,000 0,000 0,032
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 36 43
7,00 11,46 13,69 0,00 0,00 0,00 0,010 0,015 0,000 0,000 0,000 0,025
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 70
6,50 22,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,039 0,000 0,000 0,000 0,000 0,039
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 49
4,50 15,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,019 0,000 0,000 0,000 0,000 0,019
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 32
5,00 10,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,008 0,000 0,000 0,000 0,000 0,008
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 74
7,00 23,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,044 0,000 0,000 0,000 0,000 0,044
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 74
6,50 23,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,044 0,000 0,000 0,000 0,000 0,044
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 60
5,50 19,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,029 0,000 0,000 0,000 0,000 0,029
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 40
5,00 12,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,013 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 80
9,00 25,46 0,00 0,00 0,00 0,00 0,051 0,000 0,000 0,000 0,000 0,051
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 50
6,50 15,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,020 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 54
6,00 17,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,023 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 48
5,00 15,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,018 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018
Verde Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 52
7,00 16,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,022 0,000 0,000 0,000 0,000 0,022
Verde Tabebuia roseoalba (Ridl.) 62
8,00 19,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,031 0,000 0,000 0,000 0,000 0,031
Verde Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth 36 42 46 50
5,50 11,46 13,37 14,64 15,92 0,00 0,010 0,014 0,017 0,020 0,000 0,061
81
Linha Espécie CAP 1 CAP 2 CAP 3 CAP 4 CAP 5 Altura DAP 1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 AB 1 AB 2 AB 3 AB 4 AB 5 AB Total
Verde Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth 40 22 50 38
5,50 12,73 7,00 15,92 12,10 0,00 0,013 0,004 0,020 0,011 0,000 0,048
Verde Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth 26
4,00 8,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005
Verde Terminalia catappa L. 94
11,00 29,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,070 0,000 0,000 0,000 0,000 0,070
82
Na Tabela 3.1.4.b apresenta-se a síntese das informações levantadas em relação ao número de espécies e área basal.
Tabela 3.1.4.b Síntese do levantamento de indivíduos arbóreos ao longo dos traçados propostos
Espécie Abundância Área Basal (cm²)
Annona muricata L. 1 0,028
Arecaceae sp1 111 2,672
Bauhinia blakeana Dunn. 59 1,108
Caesalpinia echinata Lam. 1 0,003
Caesalpinia pluviosa DC. 54 5,788
Callistemon viminalis G. Don ex Loud 17 0,229
Carica papaya L. 1 0,011
Cassia fistula L. 6 0,205
Cecropia glaziovii Snethl. 1 0,011
Cedrela fissilis Vell. 1 0,179
Ceiba speciosa (A. St.-Hil.) Ravenna 1 0,281
Citrus sp. 1 0,011
Croton floribundus Spreng. 1 0,084
Delonix regia Boj. 2 0,068
Ficus benjamina L. 5 1,216
Ficus sp. 1 0,062
Ficus sp. 2 1 0,029
Guarea guidonea L. 1 0,007
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC) Mattos 5 0,054
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos 205 7,088
Indeterminada sp. 1 0,017
Indeterminada sp.2 1 0,045
Jacaranda mimosaefolia D.Don 54 1,267
Jacaranda mimosaefoliaD.Don 13 0,125
Leptolobium elegans Voguel. 1 0,013
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 84 2,374
Manguifera indica L. 16 0,590
Melia azedarach L. 4 0,181
Michelia champaca L. 7 0,191
Morta 8 0,166
Morus nigra L. 3 0,038
Myrtaceae sp. 3 0,105
Pachira aquatica Aubl. 6 0,427
Persea americana Mill. 2 0,039
Phoenix roebelenii O'Brien 68 0,655
Plumeria rubra L. 4 0,045
Punica granatum L. 2 0,022
Rubiaceae sp. 1 0,181
Salix babylonica L. 7 0,163
Schinus molle L. 5 0,059
Spathodea campanulata P.Beauv. 1 0,056
Syzygium cumini (L) Skeels 2 0,090
Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo 34 0,760
Tabebuia roseoalba (Ridl.) 9 0,147
Tabebuia sp 27 0,752
Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth 8 0,141
Terminalia catappa L. 4 0,172
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. 1 0,003
Total 851 27,961
No geral, observa-se que a maioria das espécies identificadas é relativa a indivíduos
exóticos, utilizados em arborização urbana. No total, foram identificados 851 indivíduos
83
arbóreos ao longo dos traçados propostos, sendo que parte deles poderá sofrer supressão em função da necessidade de implantação das estruturas inerentes ao empreendimento, tais como estações de transbordo, implantação de trilhos e sistemas de drenagem, e fiação elétrica.
2.2 Caracterização da Fauna Silvestre de Uberlândia
Apresenta-se a seguir uma sucinta caracterização da fauna silvestre (répteis, anfíbios, aves e mamíferos), presente na área urbana de Uberlândia, baseada em dados secundários, depoimentos pessoais, registros técnicos pessoais, além de observações de campo realizadas em trabalhos anteriores.
Preliminarmente cumpre destacar que a composição faunística da cidade está drasticamente reduzida em relação à biodiversidade original, em decorrência do processo de urbanização que afetou negativamente os diversos ecossistemas e fitofisionomias que originalmente cobriam o seu território.
Processo similar ao registrado no próprio bioma Cerrado, que abrangia mais de 23% de todo o território brasileiro, ocupando extensas áreas contínuas dos estados da Bahia, Ceará, Goiás, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rondônia, São Paulo e Tocantins. Ocorria também em áreas isoladas dos estados do Amapá, Amazonas, Pará, Roraima e Paraná, com inserções na Floresta Amazônica, Floresta Atlântica, Pantanal e Caatinga (EITEN, 1994).
Atualmente, estima-se que mais de 80% da área total do Cerrado já tenha sido alterada por ações humanas (MYERS, 2000), sendo a região sudeste a mais altamente fragmentada e ocupada por agricultura, pecuária e expansão urbana (CAVALCANTI; JOLY 2002). Dados do Ministério do Meio Ambiente apontam para uma taxa anual de desmatamento do Cerrado de 6.200 Km2, no período de 2009 a 2010, uma taxa bem menor do que registrado no período 2002-2008, quando segundo a mesma fonte, superou 21.000 Km2.
Para efeito ilustrativo, essa taxa de desmatamento anual corresponde a praticamente três vezes o tamanho do Parque Estadual do Pau Furado, único parque estadual do Triângulo Mineiro, localizado às margens do rio Araguari, entre os municípios de Uberlândia e Araguari, distante cerca de 20 km do centro da cidade de Uberlândia.
Ressalte-se, ainda, que o Triângulo Mineiro é umas das regiões de Minas Gerais com as menores taxas de cobertura vegetal original (FAGRO, 2007) e, consequentemente, com várias espécies da flora nativa e fauna silvestre relacionadas em listas nacionais e internacionais de espécies ameaçadas de extinção (IUCN, 2014).
Nesse contexto de evidente depreciação das características ambientais originais, a capacidade de suporte ecológico à vida silvestre, nos pequenos e fragmentados remanescentes de habitats, é reduzida e comprometida pelo uso e ocupação do solo urbano. Isto se reflete na prevalência de espécies mais adaptadas ao ambiente urbano, também chamadas de sinantrópicas.
As aves constituem o grupo mais frequente, significativo e com a maior diversidade relativa em função da presença de diversos remanescentes de ecossistemas associados aos cursos d’água, da existência de unidades de conservação, como o Parque do Sabiá, Parque Victorio Siquierolli, Parque Santa Luzia, Parque Linear do rio Uberabinha, da existência de algumas praças bem arborizadas e da própria arborização urbana, além de veredas e áreas verdes remanescentes.
A despeito do intenso grau de antropização na mancha urbana, é possível inferir que a criação de mais áreas naturais protegidas e o incremento da arborização urbana ao longo do
84
sistema viário podem colaborar para uma recomposição ambiental parcial da cidade, ampliando a capacidade de suporte ecológico, não somente para a avifauna, mas também para os outros animais.
2.2.1 Herpetofauna
Composta pelos anfíbios e répteis, a herpetofauna está presente em praticamente todas as comunidades terrestres. Mundialmente, são identificadas mais de 6.400 espécies de anfíbios (FROST, 2009) e mais de 8.800 espécies de répteis (UETZ et al, 2009). No Brasil, são cerca de 850 espécies de anfíbios (SBH, 2009) e 708 espécies de répteis (BÉRNILS, 2009).
A presença e diversidade de répteis, além de importante para a manutenção do equilíbrio ecológico dos ecossistemas, pode ser um indicador biológico da qualidade das condições do ambiente. Por serem animais arredios, de hábitos e aparência mimética, sua visualização no ambiente natural é difícil e rara. Além disso, a identificação taxonômica também apresenta algumas dificuldades, pois a distinção entre espécies, muitas vezes, é feita após demoradas campanhas de captura e por análise de detalhes morfológicos, aos quais só estão familiarizados os herpetólogos especializados.
De acordo com os dados bibliográficos, na região de Uberlândia, há registros da presença de pelo menos 54 espécies de anuros (rãs e pererecas), 47 espécies de cobras, 15 espécies de lagartos, 01 de quelônio (jabuti) e uma espécie de jacaré. Nos levantamentos realizados durante a elaboração do Plano de Manejo do Parque Estadual do Pau Furado, foram registradas 22 espécies de anuros e 17 espécies de répteis.
Na área urbana do município de Uberlândia são, no entanto, registradas principalmente as espécies mais comuns e adaptadas às alterações antrópicas. Dentre elas, destacam-se os lagartos Calango (Tropidurus torquatus), Lagarto-Bico-Doce (Ameiva ameiva) e Teiú (Tupinambis merianae). Dentre as serpentes com registro comprovado na área urbana, estão a Coral-Verdadeira (Micrurus sp), a Falsa-Coral (Erytrolamprus sp), a Dormideira (Sibynomorphus sp), a jibóia (Boa constrictor), a sucuri (Eunectes murinus), a Cascavel (Crotalus durissus), a Jararaca (Bothrops sp) e a Caninana (Spilotes pulatus).
2.2.2 Aves
A avifauna brasileira registra a presença de aproximadamente 1.700 espécies (MARÇAL JÚNIOR; FRANCHIN, 2003), uma das três mais ricas do mundo. No bioma Cerrado, são 837 espécies (KLINK; MACHADO; 2005) e em Minas Gerais, 753 (ANDRADE 1997), o que representa mais de 45% das espécies encontradas no país (SICK, 1997).
Importantes na análise da qualidade ambiental dos ecossistemas naturais ou antropizados, as aves estão entre os animais mais susceptíveis aos impactos ambientais provocados, também pelo uso de agrotóxicos e pela fragmentação de habitats (MACHADO, 2000, MARINI, 2001). Talvez por isso, este grupo de animais tem buscado refúgio em ambientes urbanos, para o que contribuem as áreas protegidas, praças, áreas de preservação permanentes às margens dos córregos e rios urbanos, quintais e vias públicas bem arborizadas.
Regionalmente, diversos trabalhos científicos com aves já foram publicados, em especial sobre parques urbanos, praças e áreas rurais de Uberlândia (FRANCHIN; MARÇAL JÚNIOR, 2002; 2004, VALADÃO et al, 2006a;b, TORGA et al, 2005) e poucos realizados em áreas naturais (MELO; MARINI, 1997; MARINI 1996). Na área urbana, já foram registradas mais de 140 espécies de aves, enquanto no diagnóstico do Plano de Manejo do Parque Estadual do Pau
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Furado foram registradas 162 espécies de 41 famílias. Segundo o site Wikiaves (www.wikiaves.com), 280 espécies de aves já foram fotografadas no município de Uberlândia.
Essa diversidade é favorecida, sobretudo, pela existência das unidades de conservação, parques lineares, córregos urbanos e também porque a área urbana é rota de vôo entre locais de alimentação e repouso localizados no “chapadão” e vales dos rios Araguari e Uberabinha.
Segue a lista das espécies de aves encontradas em Uberlândia (Tabela 3.2.2.a).
Tabela 3.2.2.a Lista de aves encontradas na cidade de Uberlândia/MG
Lista de Aves encontradas na cidade de Uberlândia, MG
Ordem Tinamiformes Família Tinamidae Crypturellus parvirostris (inhambu-chororó) Nothura maculosa (codorna-amarela) Ordem Anseriformes Família Anatidae Dendrocygna viduata (irerê) Ordem Pelecaniformes Família Phalacrocoracidae Phalacrocorax brasilianus (biguá) Família Anhingidae Anhinga anhinga (biguatinga) Ordem Ciconiiformes Família Ardeidae Butorides striata (socozinho) Bubulcus ibis (garça-vaqueira) Ardea alba (garça-branca-grande) Syrigma sibilatrix (maria-faceira) Egretta thula (garça-branca-pequena) Família Threskiornithidae Mesembrinibis cayennensis (coró-coró) Theristicus caudatus (curicaca) Ordem Cathartiformes Família Cathartidae Coragyps atratus (urubu-de-cabeça-preta) Ordem Falconiformes Família Accipitridae Ictinia plumbea (sovi) Rupornis magnirostris (gavião-carijó) Buteo albicaudatus (gavião-asa-de-telha) Família Falconidae Caracara plancus (caracará) Milvago chimachima (carrapateiro) Herpetotheres cachinnans (acauã) Falco sparverius (quiri-quiri) Falco femoralis (falcão-de-coleira) Ordem Gruiformes Família Rallidae Aramides cajanea (saracura-três-potes) Família Cariamidae Cariama cristata (seriema) Ordem Charadriiformes Família Charadriidae Vanellus chilensis (quero-quero)
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Lista de Aves encontradas na cidade de Uberlândia, MG
Ordem Columbiformes Família Columbidae Columbina talpacoti (rolinha-roxa) Columbina squammata (fogo-apagou) Patagioenas picazuro (pomba-asa-branca) Patagioenas cayennensis (pomba-galega) Zenaida auriculata (pomba-de-bando) Leptotila verreauxi (juriti-pupu) Ordem Psittaciformes Família Psittacidae Diopsittaca nobilis (maracanã-pequena) Aratinga leucophthalma (periquitão-maracanã) Aratinga auricapillus (jandaia-de-testa-vermelha) Aratinga aurea (periquito-rei) Forpus xanthopterygius (tuim) Brotogeris chiriri (periquito-de-encontro-amarelo) Amazona aestiva (papagaio-verdadeiro) Ordem Cuculiformes Família Cuculidae Piaya cayana (alma-de-gato) Crotophaga ani (anu-preto) Guira guira (anu-branco) Tapera naevia (saci) Ordem Strigiformes Família Tytonidae Tyto alba (suindara) Família Strigidae Athene cunicularia (coruja-buraqueira) Ordem Caprimulgiformes Família Caprimulgidae Chordeiles pusillus (bacurauzinho) Nyctidromus albicollis (curiango) Ordem Apodiformes Família Trochilidae Phaethornis pretrei (rabo-branco-acanelado) Aphantochroa cirrochloris (beija-flor-cinza) Chlorostilbon lucidus (besourinho-de-bico-vermelho) Amazilia fimbriata (beija-flor-de-garganta-verde) Heliomaster squamosus (bico-reto-de-banda-branca) Ordem Coraciiformes Família Alcedinidae Megaceryle torquata (martim-pescador-grande) Chloroceryle amazona (martim-pescador-verde) Família Momotidae Baryphthengus ruficapillus (juruva-verde) Ordem Galbuliformes Família Galbulidae Galbula ruficauda (ariramba-de-cauda-ruiva) Família Bucconidae Nystalus chacuru (joão-bobo) Ordem Piciformes Família Ramphastidae Ramphastos toco (tucanuçu) Família Picidae Melanerpes candidus (birro, pica-pau-branco) Colaptes melanochloros (pica-pau-verde-barrado)
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Lista de Aves encontradas na cidade de Uberlândia, MG
Colaptes campestris (pica-pau-do-campo) Ordem Passeriformes Família Thamnophilidae Thamnophilus doliatus (choca-barrada) Thamnophilus pelzelni (choca-do-planalto) Herpsilochmus atricapillus (chorozinho-de-chapéu-preto) Família Dendrocolaptidae Lepidocolaptes angustirostris (arapaçu-de-cerrado) Família Furnariidae Furnarius rufus (joão-de-barro) Synallaxis frontalis (petrim) Phacellodomus ruber (graveteiro) Hylocryptus rectirostris (fura-barreira) Família Tyrannidae Leptopogon amaurocephalus (cabeçudo) Hemitriccus margaritaceiventer (sebinho-de-olho-de-ouro) Todirostrum cinereum (sebinho-relógio) Phyllomyias fasciatus (piolhinho) Myiopagis caniceps (guaracava-cinzenta) Elaenia flavogaster (guaracava-de-barriga-amarela) Elaenia spectabilis (guaracava-grande) Elaenia parvirostris (chibum) Elaenia chiriquensis (guaracava-de-bico-curto) Camptostoma obsoletum (risadinha) Suiriri suiriri (siriri-cinza) Tolmomyias sulphurescens (bico-chato-de-orelha-preta) Myiophobus fasciatus (filipe) Lathrotriccus euleri (enferrujado) Cnemotriccus fuscatus (guaracavuçu) Knipolegus lophotes (maria-preta-de-penacho) Xolmis cinereus (primavera) Xolmis velatus (noivinha-branca) Gubernetes yetapa (tesoura-do-brejo) Fluvicola nengeta (lavadeira-mascarada) Colonia colonus (viuvinha) Machetornis rixosa (suiriri-cavaleiro) Myiozetetes cayanensis (bentevizinho-de-asa-ferrugínea) Myiozetetes similis (bentevizinho-de-penacho-vermelho) Pitangus sulphuratus (bem-te-vi) Myiodynastes maculatus (bem-te-vi-rajado) Megarynchus pitangua (neinei) Empidonomus varius (peitica) Griseotyrannus aurantioatrocristatus (peitica-de-chapéu-preto) Tyrannus albogularis (siriri-de-garganta-branca) Tyrannus melancholicus (siriri) Myiarchus swainsoni (irré) Myiarchus ferox (maria-cavaleira) Myiarchus tyrannulus (maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado) Família Pipridae Antilophia galeata (soldadinho) Família Vireonidae Cyclarhis gujanensis (pitiguari) Vireo olivaceus (juruviara) Família Corvidae Cyanocorax cristatellus (gralha-do-campo) Cyanocorax cyanopogon (gralha-cancã)
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Lista de Aves encontradas na cidade de Uberlândia, MG
Família Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca (andorinha-pequena-de-casa) Stelgidopteryx ruficollis (andorinha-serradora) Progne tapera (andorinha-do-campo) Progne chalybea (andorinha-azul-grande) Tachycineta albiventer (andorinha-do-rio) Família Troglodytidae Troglodytes musculus (corruíra) Pheugopedius genibarbis (garrinchão-pai-avô) Cantorchilus leucotis (garrinchão-de-barriga-vermelha) Família Polioptilidae Polioptila dumicola (balança-rabo-de-máscara) Família Turdidae Turdus rufiventris (sabiá-laranjeira) Turdus leucomelas (sabiá-barranco) Turdus amaurochalinus (sabiá-poca) Família Mimidae Mimus saturninus (sabiá-do-campo) Família Coerebidae Coereba flaveola (cambacica) Família Thraupidae Thraupis sayaca (sanhaçu-cinzento) Thraupis palmarum (sanhaçu-do-coqueiro) Tangara cayana (saíra-amarela) Tersina viridis (saí-andorinha) Conirostrum speciosum (figuinha-de-rabo-castanho) Família Emberizidae Zonotrichia capensis (tico-tico) Ammodramus humeralis (tico-tico-do-campo) Sicalis flaveola (canário-da-terra-verdadeiro) Volatinia jacarina (tiziu) Sporophila lineola (bigodinho) Sporophila nigricollis (baiano) Sporophila caerulescens (coleirinha) Coryphospingus cucullatus (tico-tico-rei) Família Cardinalidae Saltator similis (trinca-ferro-verdadeiro) Cyanoloxia brissonii (azulão) Família Parulidae Parula pitiayumi (mariquita) Basileuterus hypoleucus (pula-pula-de-barriga-branca) Basileuterus flaveolus (canário-do-mato) Família Icteridae Cacicus haemorrhous (guaxe) Icterus cayanensis (encontro) Gnorimopsar chopi (pássaro-preto) Molothrus bonariensis (vira-bosta) Família Fringillidae Euphonia chlorotica (fim-fim)
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2.2.3 Mamíferos
Em ambientes alterados pela ação humana, os registros de mamíferos silvestres são relativamente raros, uma vez que, em geral, esses animais têm hábitos noturnos e não são gregários.
Dentre os vários grupos animais, os mamíferos costumam ser considerados como indicadores do estado de conservação de determinados ecossistemas (Soulé & Wilcox, 1980), particularmente porque muitas espécies da mastofauna interagem dinamicamente com a vegetação, além de se mostrarem muito vulneráveis à degradação ambiental, à caça e à captura.
A manutenção da diversidade de árvores em áreas florestais depende, em parte, da ação de mamíferos frugívoros e herbívoros, para a dispersão e propagação de sementes (Dirzo; Miranda, 1990; Fragoso, 1994). Por outro lado, os mamíferos carnívoros, por meio da predação regulam as populações de herbívoros e frugívoros (Emmons, 1987; Terborgh et al., 1992, Guimarães, J. F., 2009). Nas Florestas Neotropicais, os pequenos roedores e marsupiais são considerados bons indicadores ecológicos, influenciando na dinâmica das florestas e nas alterações de paisagem, por meio da predação e dispersão de sementes, plântulas e fungos (Martinez-Gallardo, 1998; Pardini, Umetsu, 2006; Sánchez-Cordero, Tabarelli et al., 2004; Vieira et al., 2003).
Além dos mamíferos terrestres, os mamíferos voadores (morcegos) também prestam serviços ambientais importantes como o controle populacional de insetos, a polinização e a dispersão de sementes, o que os torna muito úteis para a recuperação de áreas degradadas, tanto em áreas rurais, quanto urbanas. Estimativas apontam que uma colônia de morcegos pode consumir cerca de seis mil toneladas de insetos ao ano, o que os habilita como grandes predadores dessa classe de animais. Ao comerem os insetos exercem o controle biológico de potenciais pragas que prejudicam as culturas agrícolas, podendo contribuir com a redução dos custos de produção (Reis et al., 2007; Romano et al., 1999; Novas, 2008).
A diversidade biológica do Brasil é considerada uma das maiores do planeta, contribuindo com aproximadamente 10% da biota mundial (Mittermeier et al., 1998; Myers et al., 2000; Lewinsohn e Prado, 2002). No que se refere aos mamíferos, são mais de 530 espécies descritas no país, com possibilidades reais de que novas espécies sejam descobertas (Reis, N.L. et al., 2006).
Somente no estado de Minas Gerais estão descritas 243 espécies de mamíferos terrestres e voadores, número elevado, que provavelmente se justifica pela presença de vários biomas no estado, o que amplia a complexidade estrutural do ambiente e a riqueza da fauna (Machado et al., 1998).
Segundo os dados secundários disponíveis para a região de Uberlândia, existem 26 espécies de mamíferos terrestres e 55 espécies de morcegos descritas, de um modo geral, contudo, apenas as mais comuns e bem adaptadas às condições adversas impostas pela antropização, podem ser encontradas regularmente no perímetro urbano.
Como já mencionado anteriormente, a existência de unidades de conservação e áreas naturais relativamente preservadas às margens dos córregos e do rio Uberabinha, o perímetro urbano de Uberlândia favorece a sobrevivência das espécies de mamíferos registradas. Destacam-se dentre elas, o sagüi-de-tufos-pretos (Callithrix penicillata), o macaco-prego (Cebus apella), a Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), o preá (Cavia aperea), os ratos-silvestres do gênero Calomys sp, o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), o gambá (Didelphis albiventris), o tatu-peba (Euphractus sexcinctus), a irara (Eira barbara), o quati (Nasua nasua), o mão-pelada (Procyon cancrivorus), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e o
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tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), sendo que os dois últimos figuram na lista de espécies ameaçadas de Minas Gerais, sob a classificação de em perigo.
A seguir apresenta-se na Tabela 3.2.3.a a lista de mamíferos terrestres registrados em Uberlândia.
Tabela 3.2.3.a Lista de mamíferos terrestre encontrados em Uberlândia/MG
Lista de Mamíferos terrestres encontrados em Uberlândia, MG
Ordem Carnívora Família Canidae Pseudalopex vetulus Cerdocyon thous Chrysocyon brachyurus Família Felidae Puma yagouaroundi Lepardus pardalis Puma concolor Família Mustelidae Eira bárbara Lontra longicaudis Família Procyonidae Nasua nasua Procyon cancrivorus Ordem Cingulata Família Dasypodidae Euphractus sexcicntus Dasypus sp. Cabassous unicinctus Ordem Pilosa Família Myrmecophagidae Myrmecophaga tridactyla Tamandua tetradactyla Ordem Artiodactyla Família Tayassuidae Pecari tajacu Família Cervidae Mazama americana Mazama gouazoubira Ordem Primates Família Cebidae Cebus apela Callithrix penicillata Ordem Rodentia Família Cuniculidae Cuniculus paca Família Dasyproctidae Dasyprocta azarae Família Erethizontidae Coendou prehensilis Família Hydrochaeridae Hydrochaeris hydrochaeris Ordem Didelphimorphia Família Didelphidae Didelphis albiventris Ordem Lagomorpha Família Leporidae
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Lista de Mamíferos terrestres encontrados em Uberlândia, MG
Sylvilagus brasilensis
2.2.4 Fauna de interesse epidemiológico
Um dos aspectos relevantes associados à fauna silvestre na análise da viabilidade ambiental de empreendimentos de infraestrutura se refere à fauna de interesse epidemiológico, devido às implicações sanitárias e impactos sobre a saúde coletiva, decorrentes das transformações na paisagem e nos ecossistemas. É que eventuais desmatamentos e perturbações ambientais provocados pelas obras podem desencadear surtos de doenças até então latentes ou sem registro. Além das doenças, também pode ocorrer o incremento de acidentes com animais peçonhentos.
O eventual deslocamento de animais silvestres de suas áreas de origem pode desencadear surtos de enfermidades em populações de animais domésticos e seres humanos residentes ou trabalhadores da região. Isto porque os mesmos poderiam atuar como reservatórios ou hospedeiros de determinados agentes patogênicos, apenas no ciclo silvestre, mas, com as perturbações provocadas, passam a assumir importância médica.
Outro fator importante refere-se à possibilidade de que equipamentos implantados criem novos habitats com condições ecológicas propícias à reprodução e proliferação de mosquitos, artrópodes e moluscos de importância médica, criando condições favoráveis para o desenvolvimento das fases reprodutivas, desde ovos, estágios larvares, pupas e fases adultas. Da mesma forma, as intervenções podem propiciar a proliferação de carrapatos, mosquitos, pernilongos e borrachudos que, além do incômodo causado pelas picadas, podem ser vetores de transmissão de agentes patogênicos causadores de enfermidades graves nos humanos, como malária, leishmanioses, febre maculosa, febre amarela, dengue, malária, filariose e febre chikungunya.
A despeito de a região de Uberlândia não ser considerada endêmica para chagas, malária, febre amarela ou leishmaniose e da intensa antropização, os principais gêneros de dípteros vetores, triatomíneos silvestres e alguns moluscos hospedeiros, como Anophelesdarlyngi, Phlebotomus, Triatomasordidus, Biomphalariatenagophila e Biomphalariastraminea estão presentes no município. Mas, em termos epidemiológicos, deve-se destacar que, isoladamente, a simples existência de um vetor ou hospedeiro intermediário não cria as condições para o surgimento de surtos de doenças, pois, além da presença do mesmo, é essencial a presença do agente patogênico, de condições ambientais favoráveis à transmissão e acima de tudo de indivíduos suscetíveis.
Assim, cuidados profiláticos, diagnósticos e epidemiológicos devem ser rigorosamente adotados para se prevenir a incidência de agravos, detectarem indivíduos infectados e adotarem-se as medidas sanitárias e médicas adequadas.
É recomendável, portanto, que à época da implantação do empreendimento seja feito um rigoroso acompanhamento da mão de obra contratada, com inclusão de exames diagnósticos para malária, febre amarela, chagas, esquistossomose e leishmanioses nos procedimentos admissionais e demissionais. Tais cuidados são importantes tanto para o diagnóstico e isolamento de doentes quanto para a adoção de procedimentos sanitários e higiênicos que evitem a instalação das premissas epidemiológicas necessárias ao surgimento de surtos, como também para minimizar a sobrecarga sobre os serviços de saúde do município.
Para efeito ilustrativo da importância de tais cuidados, vale lembrar dois episódios ocorridos em anos recentes na região, o primeiro refere-se à ocorrência de surtos isolados de malária no município de Uberlândia, após a construção da UHE Miranda, pois doentes
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infectados em outras regiões do país possibilitaram a contaminação dos anofelinos e a transmissão autóctone. Felizmente, a vigilância epidemiológica e o bloqueio sanitário foram eficazes na erradicação dos focos, mas o precedente demonstra que o cuidado é pertinente.
O segundo episódio, também ocorrido no município de Uberlândia, mais precisamente no distrito de Tapuirama, refere-se a uma investigação epidemiológica da ocorrência de esquistossomose. Detectou-se em uma instalação industrial, operários contratados oriundos do município de Jacobina, interior da Bahia, com elevada incidência da doença. Para agravar a situação, notou-se que muitos tinham resistência cultural em utilizar os vasos sanitários instalados pelo empreendedor e continuavam a defecar no ambiente natural, fator de risco para o surgimento de focos da referida doença, em razão da existência de moluscos do gênero Biomphalaria, hospedeiro intermediário do agente Schystosoma mansoni.
Principais doenças
Dentre as principais doenças associadas a este contexto, estão as arboviroses hemorrágicas, enfermidades provocadas por vírus transmitidos por artrópodes, como os carrapatos e mosquitos, daí o seu nome em inglês (arthropod borne virus). Há também doenças bacterianas como a febre maculosa, veiculada pelo carrapato estrela (Amblyoma caienensis) ectoparasita frequentemente encontrado em capivaras, roedor silvestre facilmente encontrado às margens do rio Uberabinha, no Parque do Sabiá e no Parque Santa Luzia, no perímetro urbano de Uberlândia, o que justifica atenção especial no monitoramento populacional da espécie, como parte integrante da vigilância epidemiológica, visando a prevenir surtos dessa febre.
Uma das arboviroses mais importantes regionalmente é a dengue, uma zoonose cosmopolita transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, mas de importância, sobretudo, urbana, dado o grau de antropofilia e domiciliação deste inseto culicídeo de hábitos diurnos. Na manutenção do ciclo silvestre dessa doença, assume importância a espécie Aedes albopictus que preferencialmente habita áreas florestadas e ambientes rurais. Há registros de ocorrência dessa espécie para os Distritos de Martinésia e Cruzeiro dos Peixotos em Uberlândia, há questionamentos, todavia, sobre a veracidade de tais registros, carecendo, portanto, de validação pela comunidade científica.
Outra enfermidade importante no contexto é a Febre Amarela, uma arbovirose infecciosa grave que, no ciclo silvestre, pode ser transmitida por mosquitos dos gêneros Aedes, Haemagogus, Sabethes e outros. A doença de ciclo silvestre é mantida pela contaminação de insetos culicídeos e infecção de primatas não humanos. Quando os seres humanos se encontram em áreas silvestres ou frequentam as mesmas, seja a trabalho, seja para lazer, podem ser picados e estabelecer-se o ciclo periurbano ou rural da doença, que pode se urbanizar e assumir grande importância na saúde pública.
A região de Uberlândia é epizoótica para a Febre Amarela, ou seja, tem o ciclo silvestre estabelecido, principalmente entre primatas não humanos. Isto associado à presença do inseto vetor Aedes aegypti, aumenta a gravidade da introdução de casos importados de febre amarela, mesmo que isolados, pois podem facilitar o surgimento de um surto epidêmico de Febre Amarela Urbana, devido ao encontro entre vírus, vetor, população sensível e situação ambiental favorável. Tal circunstância endossa a recomendação de se ampliar a vigilância epidemiológica.
A presença de Aedes aegypti foi registrada pela primeira vez, em Uberlândia, no ano de 1986, e o primeiro caso autóctone de dengue em 1993. Desde então, a dengue tornou-se endêmica, com número crescente de casos anualmente e eventuais epidemias. Outra arbovirose importante recentemente introduzida na região e também transmitida pelo Aedes
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aegypti é a Febre Chikungunya, que tem despertado especial atenção pelas autoridades de saúde e equipes de vigilância epidemiológica do município.
Há registros esporádicos de leishmaniose tegumentar e de leishmaniose visceral em vários municípios da região do Triângulo Mineiro, inclusive, Uberaba e Uberlândia. Há que se destacar que a principal espécie de flebotomíneo incriminada na transmissão da leishmaniose visceral, a Lutzomyia longipalpis, ocorre na região da bacia do rio Araguari (LEMOS et al, 2003), o que amplia o risco de surgimento da doença autóctone e justifica a ampliação do devido monitoramento de insetos flebotomíneos, dos animais reservatórios, como gambá, raposa, preguiça, tamanduá, e roedores (SILVA JR. et al., 2005), e, principalmente, do diagnóstico precoce de casos em humanos e cães domésticos. Não se deve, porém, considerar alarmante a simples ocorrência do inseto, uma vez que o mesmo está presente, inclusive, em regiões metropolitanas, como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Fortaleza.
Os insetos simulídeos, conhecidos como borrachudos, podem ter importância médica, pela possibilidade de veiculação de parasitas do gênero Onchocerca volvulus e Mansonella ozzardi, que provocam um agravo importante chamado oncocercose, que pode provocar até a cegueira em casos extremos. No entanto, como não há registro dessa parasitose na região do Triângulo Mineiro, esses insetos, regionalmente apenas podem causar grande incômodo e reações alérgicas em pessoas mais sensíveis.
Os caramujos susceptíveis à infecção pelo Schistossoma mansoni das espécies Biomphalaria tenagophila,B. straminea e B. glabrata são registrados para o município de Uberlândia, mas a esquistossomose não é endêmica. Contudo, é preciso estar atento aos casos importados e à possibilidade de proliferação do caramujo hospedeiro, pois, caso as fezes de indivíduos infectados venham a contaminar coleções hídricas infestadas por caramujos susceptíveis, poderia se estabelecer o ciclo de transmissão da doença. Hipótese pouco provável, devido ao elevado nível de saneamento básico da cidade de Uberlândia.
Outra enfermidade importante a ser considerada é doença de Chagas, que no passado foi endêmica em todo o território mineiro, inclusive no Triângulo Mineiro, mas que, em decorrência do intenso trabalho de controle do barbeiro (Triatoma infestans), principalmente na década de 1990, teve a sua transmissão vetorial drasticamente reduzida a tal ponto, que a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em 2001, reconheceu Minas Gerais como o oitavo estado brasileiro a interromper a transmissão vetorial da doença, junto com Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Pernambuco e Paraíba (MS/FUNASA/ Eliminação da Doença de Chagas em Minas Gerais).
Atualmente, a transmissão da Doença de Chagas se dá principalmente por via vertical, ou seja, mães infectadas transmitem ao feto por via placentária ou aos bebês por meio da amamentação. Outras possibilidades de transmissão são por via hematológica, em transfusões sanguíneas, ou por via oral, quando acidentalmente barbeiros contaminados são triturados no preparo de alimentos, por exemplo, caldo de cana ou pasta de açaí.
É importante destacar que, a despeito da drástica redução de novos casos, a doença de Chagas continua sendo uma das principais causas de morte por doença infecciosa e parasitária nas cidades da região, devido à existência de milhares de portadores infectados pelo Trypanosoma cruzzi com miocardiopatia chagásica e outras complicações de saúde.
Vale registrar que T. Infestans não é a única espécie que atua como vetor dessa doença. Outras espécies de insetos triatomíneos, que comprovadamente ocorrem na região da bacia do rio Araguari, como Triatoma sórdida, Panstrongylus megistus,Rhodnius negletus e Triatoma imaculata também podem ser vetores do parasita no ciclo silvestre, o que justifica que sejam alvo de monitoramento entomológico e epidemiológico sistemático. Corrobora com esta recomendação, o fato de que pesquisas parasitológicas realizadas em 1999, no âmbito do
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Plano de Controle Ambiental da UHE Capim Branco I, detectaram que aproximadamente 5% dos insetos examinados estavam infestados por T. Cruzzi.
Outra doença que assume grande importância na região, no contexto de implantação de obras e empreendimentos que venham a causar impactos sobre a biota é a Hantavirose, uma virose emergente cuja transmissão está associada a roedores silvestres que atuam como reservatórios do agente patogênico, responsável pela Síndrome Cárdio Pulmonar por Hantavírus (SCPH), doença aguda e grave com elevada letalidade.
É evidente que as perturbações ecológicas causadas pela intervenção humana tem importância na disseminação da enfermidade, pouco se conhece, entretanto, sobre a sua epidemiologia. Sabe-se que roedores das espécies Bolomys lasiurus, Oligorizomys sp e Calomys tener, ocorrem na região e são geralmente reservatórios assintomáticos do hantavirus.
A SCPH foi identificada pela primeira vez, em 1993, nos Estados Unidos, e, desde então, passou a ser identificada em muitos outros lugares das Américas e várias espécies de vírus passaram a ser descobertos. No Brasil, os primeiros casos foram registrados também em 1993, no estado de São Paulo e posteriormente em outros estados (MS/FUNASA Viroses Emergentes – Hantaviroses). No Triângulo Mineiro, a microrregião de Uberlândia é considerada um dos maiores focos de hantaviroses do Brasil, juntamente com alguns municípios de São Paulo. Isto devido ao número de casos confirmados que, no período de 1998 a 2005 atingiram 23 pessoas, sendo 9 autóctones e 3 importados de outros municípios mineiros, 2 de Tupaciguara e um de Serra do Salitre (LIMONGI et al, 2007).
Um dos fatores que favorece a transmissão da doença decorre do fato de que grande parte das residências das propriedades rurais não são habitadas permanentemente, pois seus donos residem nas cidades. Assim, permanecem fechadas a maior parte do tempo, o que favorece a infestação por roedores silvestres e o acúmulo de poeira e excrementos, que podem ser inaladas ao se abrir e limpar a casa.
Outro grupo de animais que pode assumir importância epidemiológica na implantação de empreendimentos hidrelétricos são os morcegos, devido à perturbação de habitats provocada por desmatamentos, demolições de edificações ou enchimento de reservatórios. Tais alterações podem expulsar as colônias desses mamíferos alados que habitam cavernas, fendas, cavidades ou alojadas em edificações abandonadas, vãos de viadutos e pontes. O desalojamento dessas colônias provoca desequilíbrios e a dispersão de colônias de hematófagos, podendo desencadear surtos de raiva animal e humana, doença incurável e letal, que somente pode ser prevenida com vacinação.
A despeito desse risco, é relevante reconhecer as importantes funções ecológicas desempenhadas por esses mamíferos alados, especialmente na polinização e propagação de plantas, no controle de insetos e manutenção do equilíbrio dos ecossistemas.
Segundo Stutz et al (2004), no município de Uberlândia ocorrem 41 espécies, distribuídas em 26 gêneros e quatro famílias (Phyllostomidae, Molossidae, Vespertilionidae e Noctilionidae). Informações complementares obtidas junto ao Laboratório de Manejo de Animais Peçonhentos e Quirópteros (LMAPQ) da Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia, um dos principais núcleos de referência em pesquisas sobre morcegos do Brasil, mais 14 espécies foram registradas no município desde a publicação do referido trabalho, o que eleva para 55 o número de espécies presentes regionalmente.
As três espécies hematófagas registradas para o Brasil Desmodus rotundus,Diphylla ecaudata eDiaemus youngi, ocorrem no Triângulo Mineiro e o vírus rábico já foi isolado em todas elas, contudo, a única envolvida diretamente na transmissão da raiva é D. rotundus, razão pela qual a doença em bovinos, equinos e outros animais de rebanho é também chamada de raiva desmodina. Habitualmente, ele se alimenta do sangue de mamíferos
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domésticos, mas eventualmente pode atacar seres humanos, assumindo extrema importância médica na transmissão da raiva animal e humana. As outras duas espécies predam essencialmente aves, fato, inclusive, registrado no município de Uberaba por Uieda (1987), que encontrou Diaemus youngi em galinheiro.
A despeito de apenas D. rotundus ser diretamente responsável pela transmissão da doença, epidemiologicamente, outras espécies são importantes na manutenção do ciclo da enfermidade, pois as colônias de morcegos são compartilhadas por várias espécies e o vírus pode ser detectado laboratorialmente em espécies frugívoras e insetívoras dos gêneros Artibeus, Lasiurus, Nyctinomops, Eumops, Molossus, Diphylla e Tadarida. Em atualização recente da lista de espécies de morcegos positivas para raiva no Brasil, Sodré et al (2010) identificaram 41 espécies de 25 gêneros e 3 famílias (Phyllostomidae, Vespertilionidae e Molossidae). Não há registro de positividade para espécies da família Família Noctilionidae.
A região é satisfatoriamente atendida por assistência técnica veterinária e os rebanhos são sistematicamente vacinados, o que se confirma com a falta de notificação de casos de raiva no município, informação confirmada pelo escritório regional do IMA – Instituto Mineiro de Agropecuária.
No contexto ora apresentado, é possível inferir com relativa segurança que são muito pequenos os riscos de surtos, introdução ou recrudescimento de doenças como malária, leishmanioses, febre amarela, filarioses, chagas, esquistossomose, raiva ou hantaviroses em Uberlândia. Dadas, porém, as incertezas em relação ao comportamento epidemiológico diante das perturbações e impactos de grandes obras de infraestrutura, especialmente de enfermidades emergentes e pouco conhecidas como as hantaviroses, torna-se altamente recomendável que sejam aperfeiçoados os serviços de vigilância entomológica, epidemiológica e monitoramento de grupos faunísticos de interesse epidemiológico. Com destaque para os vertebrados envolvidos na manutenção do ciclo silvestre de determinadas enfermidades, e para os insetos, moluscos e artrópodes envolvidos na transmissão de doenças e agravos.
CAPÍTULO III
Diagnóstico Ambiental
do Meio Socioeconômico
97
3.1 Aspectos históricos e culturais
A ocupação efetiva da região ocorreu a partir do século XIX, com a instalação das sesmarias e fazendas. Anteriormente, era território indígena, a cuja população não se podem imputar formas de alteração da natureza pelos padrões atuais. Estava na rota dos bandeirantes paulistas, mineradores, aventureiros e tropeiros que se dirigiam para as minas de Goiás e Mato Grosso. Para facilitar esse movimento, foi aberta, em 1722, a estrada do Anhanguera para acesso a esses estados.
Conhecido como “sertão da farinha podre”, o território era pouco habitado até o final do século XVIII, contando com aldeamentos indígenas (especialmente de grupos étnicos Caiapó) e escassos núcleos de povoamento fundados pelos bandeirantes, para servir de ponto de apoio e descanso das caravanas, bem como, de defesa dos caminhos da mineração.
Desde os primórdios de sua ocupação, é um território de passagem, de posição geográfica estratégica para a circulação de pessoas e mercadorias, estimuladas pela robustez das transações mercantilistas estimuladas pelo Estado minerador. Características marcantes que se consolidaram ao longo do tempo e prevalecem até os dias atuais.
No século XVIII, surgiram, na região, três núcleos de povoamento originados pelo assentamento do homem branco: Desemboque (1750), Araxá (1792) e Patrocínio (1793). No século seguinte, com a ampliação dos fluxos pelo interior, foram sendo criados novos núcleos urbanos como Uberaba, Prata, Campo Florido, Ibiá, Araguari e Uberlândia.
Contribuiu com esse processo, o declínio das jazidas de ouro na região central de Minas Gerais, que ocasionou um deslocamento de populações em direção ao oeste, especialmente a região do Triângulo Mineiro, para onde se dirigem as correntes demográficas da capitania, os chamados ‘Geralistas’.
Essa migração ‘geralista’ foi a força propulsora que efetivou a ocupação regional. O povoamento passa a ter uma nova característica determinada pela afetividade que liga o ser humano ao espaço habitado. Graças à existência de condições naturais favoráveis, como pastagens naturais e águas salitrosas e abundantes, desenvolveu-se a criação de gado e a agricultura de subsistência. Os primeiros povoadores, através de suas necessidades e percepções, foram descobrindo diferentes maneiras de interagir no ambiente que os cercavam.
Ocuparam o solo, inicialmente, de acordo com as possibilidades mais evidentes e seguindo as tradições culturais dos grupos aos quais pertenciam.
Após a proclamação da independência do Brasil, começaram a chegar à região, oriundos do sul de Minas, as famílias que receberam sesmarias e deram início ao processo de estruturação fundiária e produção econômica organizada de mandioca, cereais e gado. As famílias Carrejo, Alves Carrejo e Pereira, chegaram de Campo Belo e Perdões e posteriormente, outras como Peixoto, Morais, Rodrigues e Carvalho, também provenientes do sul de Minas se estabeleceram na região.
Por volta de 1830, João Pereira da Rocha instalou-se na Sesmaria de São Francisco, que posteriormente foi adquirida por Felisberto Alves Carrejo, em conjunto com outras terras, formando uma grande gleba. As terras divididas entre os quatro irmãos deram origem às fazendas Olhos D’Água, Lage, Marimbondo e Tenda.
Na fazenda Tenda formou-se um povoado que recebeu o nome de Arraial de Nossa Senhora do Carmo de São Sebastião da Barra de São Pedro.
Em 1846, na “Fazenda do Salto”, localizada à direita do Rio Uberabinha, foi construída a primeira capela dedicada a Nossa Senhora do Carmo e São Sebastião, sendo responsáveis por sua edificação, Felisberto Alves Carrejo e Francisco Alves Pereira. Em 1858, segundo Jerônimo
98
Arantes, Dr. Constantino José da Silva Braga assinou sentença reconhecendo o novo nome de Patrimônio de Nossa Senhora do Carmo e São Sebastião da Barra de São Pedro do Uberabinha.
Posteriormente, chamada de São Pedro do Uberabinha, o lugar foi progressivamente se transformando num centro comercial expressivo e, por influência dos líderes políticos locais, foi alçada à categoria de Vila em 07 de junho de 1888.
A criação do município se deu em 31 de agosto de 1888. Em 1929, após a realização de um concurso e por determinação da Lei nº 1.128, de outubro do mesmo ano o município passou a se chamar Uberlândia.
Nesse período, final do século XIX, transformações econômicas, políticas e sociais importantes afetaram a produção em todo o território brasileiro. Tais mudanças se fazem sentir no Triângulo Mineiro, especialmente pela chegada da ferrovia, por meio da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, que, em 1889, atingiu a cidade de Uberaba, estendendo-se nos anos seguinte até Uberlândia e Araguari, integrando a região aos núcleos mais dinâmicos da economia brasileira.
A Cia. Mogiana tinha como ponto inicial a cidade de Campinas (SP) e final em Araguari, sendo que esta, como ponta dos trilhos, serviu de base para a ferrovia. A facilidade de acesso atraiu imigrantes e atividades econômicas que viriam a ser fortalecidas a partir de 1928, com a implantação da Estrada de Ferro Goiás que instalou sua sede em Araguari estabelecendo o entroncamento ligando o Triângulo Mineiro ao estado de Goiás.
Ainda na década de 1920, a Cia. Mineira de Auto Viação Municipal, sediada em Uberlândia, criou uma rede de rodovias pioneiras na região, interligando os municípios mineiros entre si e com vários municípios goianos. O Triângulo Mineiro passou, nesse momento, a controlar os fluxos de mercadorias entre são Paulo, Minas Gerais e Goiás.
É nesse período de abertura de estradas de rodagem que é construída, na década de 1920, uma ponte de concreto armado sobre o Rio Araguari ligando esse município a Uberlândia. Essa histórica ponte ficou popularmente conhecida como Ponte do Pau Furado nome que também serve de designação à estrada de ferro, a fazendas da região e hoje ao Parque Estadual. A ponte do Pau Furado foi demolida em 2005, em decorrência das obras da Usina Hidrelétrica Capim Branco I.
Favorecida pela posição geográfica estratégica, no caminho das rotas mercantes; pela disponibilidade de terras; recursos naturais e ausência de resistências socioculturais, a região foi inserida de modo inconteste na economia nacional.
A construção de Brasília e a conseqüente interiorização da urbanização brasileira vieram fortalecer a importância da região. O processo de diversificação da economia foi intensificado, aumentando o consumo e destacando o papel das empresas atacadistas, no comércio e na circulação de pessoas e mercadorias, período de início das atividades de grandes empresas do setor.
A partir da década de 1970, a região passou por profundas mudanças oriundas da modernização agrícola, que provocou êxodo rural e urbano-urbano, ocasionando o aumento significativo de algumas cidades da região, em especial Uberlândia.
A região do Triângulo Mineiro continuou a apresentar rápido e intenso desenvolvimento econômico em conseqüência da expansão industrial. Destacam-se na agroindústria (grãos, carne, frutas, vegetais e laticínios), assim como na biotecnologia e tecnologias de informação e comunicação. Esta expansão foi acompanhada de significativa ampliação e diversificação do setor terciário e de agentes financeiros.
Atualmente, a cidade de Uberlândia é categorizada como Capital Regional B, vinculada ao raio de ação da cidade de São Paulo (Grande Metrópole Nacional). Pertence à Região IV
99
(Triângulo e Alto Paranaíba), 170a microrregião (Uberlândia) do Estado de Minas Gerais. Possui área de 4.115 km2 (sendo 219 km² de área urbana e 3.896 km² rural) distribuída em cinco distritos: a Sede, Cruzeiro dos Peixotos, Martinésia, Miraporanga e Tapuirama. Faz divisa com os Municípios de Araguari (ao norte), Uberaba (a sudeste), Tupaciguara (a noroeste), Indianópolis (a leste), Prata (a sudoeste), Veríssimo (ao sul) e Monte Alegre de Minas (a oeste).
As coordenadas Geográficas do ponto central da Sede na Igreja Matriz Santa Terezinha, Praça Tubal Vilela, são: Latitude 18º 55’23” Sul e Longitude 48º 17’19” Oeste e UTM: N = 7.905.823,5 e E = 786.796,5 com Z = 855 m. (Fonte: IBGE/BIM, 2 ed., 2000).
Devido à sua estratégica posição geográfica em relação aos principais centros consumidores do país e contínuos investimentos, o Município é considerado um importante entroncamento intermodal de transportes rodoviário, ferroviário e aéreo (Figura 4.1.a).
Figura 4.1.a Infra-estrutura e logística de Uberlândia em relação aos principais portos e sistema intermodal de transportes
Fonte: Prefeitura de Uberlândia / Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo – BDI 2008
Consagrado como um dos principais centros de comércio atacadista da América do Sul,
ainda destaca-se pela pujante produção pecuária e agrícola, capacidade de armazenamento de grãos e indústrias associadas ao cluster produtivo do agronegócio.
Sua economia diversificada e bem estruturada consolida a cidade na rede urbana brasileira, como polo regional, graças a significativos investimentos em biotecnologia, telecomunicações, serviços médicos especializados, turismo de eventos e educação de nível superior, com destaque para a Universidade Federal de Uberlândia.
FERROVIAS
Rodovias
Hidrovias
Fe,0 Porto Seco
São Paulo
709 km
Aeroportos
Galeão
677 km Confins
454 km
Guarulhos
537 km
Viracopos
472 km
Vitória
1.080 km
Rio
960 km
Paranaguá
1.070 km
Santos
660 km
Portos
Marítimos
Portos
Hidroviários
Belo Horiz.
874 km
Brasília
477 km
Rio
1.218 km
Campinas
600 km
Santos
851 km
Vitória
1.579 km
Brasília
435 km
Rio de Jan.
979 km
Curitiba
942 km
Santos
662 km São Paulo
590 km Vitória
1.081 km
Rodovias Ferrovias
Belo Horiz.556
km
MERCOSUL
Iturama
247 km Chaveslândia
288 km
UBERLÂNDIA
Brasília
336 km
Goiânia
271 km Congonhas
552 km
100
Atualmente, grandes corporações nacionais e transnacionais estão estabelecidas no município, além de instituições de ensino e pesquisa, o que cria um ambiente favorável à continuidade de aportes e aprimoramento do desenvolvimento local sustentável.
3.2 Aspectos demográficos
Nas Tabelas 6.2.a, 4.2.b e 4.2.c estão sintetizados os aspectos mais relevantes relacionados ao crescimento populacional de Uberlândia, que teve um ritmo acelerado no período de 1996 a 2000, com um incremento superior a 14% no período, que representa uma taxa anualizada de 3,31%. Entre 2000 e 2010, verifica-se um arrefecimento das taxas de crescimento, todavia, com maior incremento relativo de população, com crescimento acumulado de 20,5% e taxa anual de 2,051%.
O atual quadro das características demográficas do município de Uberlândia é semelhante ao panorama encontrado na maior parte do país, caracterizando-se por um processo de aceleração e generalização do fenômeno urbano. Nos últimos quarenta anos, foram significativas as mudanças na dinâmica demográfica que podem ser verificadas através da análise da evolução das taxas de crescimento populacional, do grau de urbanização e dos índices de densidade populacional.
O fato mais marcante do processo de urbanização é dado pelos movimentos migratórios, ou seja, saída da população das pequenas cidades da região, saída da população do campo em razão da modernização agropecuária e pela chegada de imigrantes de outros estados.
Tabela 4.2.a Evolução da População do Município de Uberlândia – 1996 a 2010
Crescimento Populacional/Ano
Área 1996¹ 2000² 2001³ 2002³ 2003³ 2004³ 2005³ 2006³ 20104
Urbana 431.744 488.982 505.167 521.888 539.162 556.133 570.982 585.719 587.266
Rural 7.242 12.232 12.637 13.055 13.487 13.909 14.280 14.649 16.747
Total 438.986 501.214 517.804 534.943 552.649 570.042 585.262 600.368 604.013
Fonte: IBGE/Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano Nota: 1. Contagem populacional/IBGE/1996. 2. Censo Demográfico/IBGE/ 2000 3. Estimativa Populacional 4. Censo Demográfico/IBGE/2010
Tabela 4.2.b Evolução da Densidade Demográfica do Município de Uberlândia – 1996 a 2010
Densidade Demográfica
Área Superfície
(km²)
habitantes / km²
1996¹ 2000² 2001³ 2002³ 2003³ 2004³ 2005³ 2006³ 20104
Urbana 219,00 1.971,43 2.232,79 2.306,70 2.383,05 2.462,00 2.539,42 2.607,22 2.674,51 2.681,57
Rural 3.896,82 2,85 3,13 3,24 3,35 3,46 3,57 3,66 3,76 4,29
Total 4.115,82 106,66 121,77 125,80 129,97 134,27 138,50 142,20 145,87 142,71
Fonte: IBGE Nota: ¹Contagem Populacional/IBGE - 1996 ² Censo Demográfico/IBGE - 2000 ³ Estimativa Populacional 4 Censo Demográfico/IBGE/2010
101
Tabela 4.2.c Crescimento Populacional em Uberlândia (1996-2010)
Censo Taxas de Crescimento
20001
20102 Anual Período
501.214 604.013 2,051% 20,5%
Fonte: IBGE Nota: ¹Censo Demográfico/IBGE – 2000. ²Censo Demográfico/IBGE – 2010.
A pirâmide etária da população mostra que o município apresenta alteração na forma
piramidal típica das regiões em desenvolvimento econômico acentuado, ou seja, a base da pirâmide apresenta totais populacionais inferiores às faixas etárias subseqüentes o que denota um arrefecimento do crescimento vegetativo desses municípios. Por outro lado, melhores condições de atendimento à saúde e acesso de melhores condições de moradia, prolongam expectativa de vida e acentuam a participação das faixas etárias do topo da pirâmide, conforme na Figura 4.2.a.
Figura 4.2.a
Pirâmide etária do município de Uberlândia – MG
Fonte: Censo Demográfico/IBGE/2010.
102
3.3 Indicadores sociais e econômicos
Índice de Desenvolvimento Humano – Municipal (IDH-M)
O IDH-M é um indicador sintético, de utilização mundial, que permite a avaliação simultânea de algumas condições básicas de vida da população de uma dada localidade, abrangendo uma síntese dos índices de longevidade, educação e renda para caracterizar o seu grau de desenvolvimento humano dessas localidades.
Além do IDH-M para os municípios, obteve-se o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH do Estado de Minas Gerais para comparação da situação dos municípios frente ao Estado, conforme observado nas Tabelas 4.3.a e 4.3.b.
Tabela 4.3.a
Comparativo do Índice de Desenvolvimento Humano de Uberlândia (MG) com o Estado
de Minas Gerais e Brasil – 1970/2010
Índice - IDH
Município de Uberlândia Estado Brasil
1970 1980 1991 2000 2010 2010 2010
Total 0, 567 0, 746 0, 777 0, 830 0,789 0, 731 0, 727
Renda 0, 587 0, 954 0, 726 0, 768 0,776 0, 730 0, 739
Longevidade 0, 490 0, 600 0, 758 0, 802 0,885 0, 838 0, 710
Educação 0, 625 0, 683 0, 848 0, 920 0,716 0, 638 0, 637
Ranking no Brasil - - 76º 134º 71° 9º -
Ranking no
Estado 3º 1º 3º 7º 3° - -
Fonte: IPE, Ministério do Planejamento, 2010. Org.: Michelotto, 2014.
Tabela 4.3.b
Evolução dos indicadores componentes do IDH-M de Uberlândia (MG) – 1970/2010
Componentes do IDHM
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
1970 1980 1991 2000 2010
0, 567
0, 756
0, 778
0,830
0,789
Esperança de vida ao nasce (em anos) 54,38 61,01 70,45 73,11 78,09
Taxa de alfabetização de adultos (%) 91,5 94,55 95,87
Taxa Bruta de Frequência Escola (%) 71,31 86,97 89,98
Renda per capita (em R$ de 2000) 306,29 389,32 1001,45
Índice de longevidade (IDHM-L) 0, 490 0, 600 0, 758 0, 802 0,885
Índice de educação (IDHM-E) 0, 625 0, 683 0, 848 0, 920 0,716
Índice de renda (IDHM-R) 0, 587 0, 954 0, 728 0, 768 0,776
Classificação em Minas Gerais 3º 7º 3°
Classificação no Brasil 73º 131º 71°
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2013. Org.: Michelotto, 2014.
Em 2000, Uberlândia com IDH-M de 0,83, alcançou o índice relativo às localidades com
alto desenvolvimento humano (0,800 a 1,000) apresentando, inclusive, índice superior à média do Estado de Minas Gerais (0,766).
103
Índice Mineiro de Responsabilidade Social – IMRS O Índice Mineiro de Responsabilidade Social - IMRS é a primeira iniciativa estratégica do
DATAGERAIS para criar um indicador que expresse o nível de desenvolvimento de cada município mineiro. O cálculo do IMRS abrange as dimensões educação, saúde, segurança pública, emprego e renda, gestão, habitação, infraestrutura e meio ambiente, cultura, lazer e desporto. Na Tabela 4.3.c, encontram-se os índices relativos a Uberlândia.
Tabela 4.3.c Índice Mineiro de Responsabilidade Social, IMRS – Uberlândia: 2000, 2002 e 2004.
IMRS
ANO
UBERLÂNDIA
2000 2001 2002 2004 2010
Renda e Emprego 0,622 0,748 0,716 0,710 0,854
Saúde 0,672 0,743 0,844 0,784 0,695
Educação 0,651 0,693 0,694 0,639 0,564
Habitação e Meio Ambiente 0,657 0,772 0,719 0,759 0,730
Segurança Pública 0,679 0,553 0,526 0,502 0,426
Cultura 0,376 0,549 0,613 0,602 0,747
Desporto e Lazer 0,726 0,895 0,859 0,834 0,791
Gestão 0,904 0,954 0,610 0,950 0,638
Fonte: Índice Mineiro de Responsabilidade Social. Versão 1.0, 2010. Org.: Michelotto, 2014.
Para caracterizar os principais aspectos da economia do município no contexto regional,
estadual e nacional, foram selecionados alguns indicadores representativos da estrutura econômica encontrada.
Produto Interno Bruto – PIB
Nas Tabelas 4.3.d, 4.3.e e 4.3.f, apresenta-se o PIB de Uberlândia a preços correntes em relação a Minas Gerais, Sudeste e Brasil e, também o PIB a preços correntes segundo os setores de atividade econômica de Uberlândia.
Tabela 4.3.d Produto Interno Bruto (PIB) a preços correntes (em R$ 1.000,00) - Uberlândia, Minas Gerais, Sudeste e Brasil – 1999 a 2010
Anos Uberlândia Minas Gerais Sudeste Brasil
1999 4.460.554 93.748.370 567.221.454 973.845.470
2000 5.265.292 106.168.725 636.394.495 1.101.254.907
2001 5.580.741 113.529.800 684.730.535 1.198.736.188
2002 6.226.439 125.388.846 758.374.273 1.346.027.825
2003 7.485.592 144.544.822 858.723.000 1.556.182.000
2004 7.904.609 166.510.000 970.244.552 1.766.621.000
2005 9.196.238 192.639.255 - 1.937.598.000
2006 10.344.790 214.753.978 - 2.370.000.000
2007 12.499.059 241.293.053 - 2.661.000.000
2008 14.270.392 282.520.745 - 3.032.000.000
2009 16.165.950 287.054.747 1.792.049.000 3.143.000.000
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação Contas Nacionais, 2010. Org.: Michelotto, 2014.
104
Tabela 4.3.e Produto Interno Bruto (PIB) a preços correntes segundo setores de atividade econômica de Uberlândia (em R$ 1.000,00) – 1999 a 2010
Agropecuária Indústria Serviços Outros Total
1999 174.247 1.422.416 2.284.283 579.608 4.460.544
2000 159.450,39 1.988.603,83 2.528.696,32 588.541,46 5.265.292,00
2001 215.482 1.909.794 2.767.840 667.625 5.560.741
2002 228.371 2.283.798 3.100.875 613.395 6.226.439
2003 269.840 2.896.533 3.479.713 845.806 7.485.592
2004 365.223 2.891.595 3.800.764 847.027 7.904.609
2010 400.279 3.723.421 10.304.347 4.225.130 18.673.177
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação Contas Nacionais, 2010. Org.: Michelotto, 2014.
Tabela 4.3.f PIB per capta a preços correntes (em R$ 1000,00) - Uberlândia, Minas Gerais, Sudeste e Brasil – 1999 a 2010
Anos Uberlândia Minas Gerais Sudeste Brasil
1999 9.009 5.269 7.881,12 5.770,80
2000 10.327 5.888 8.713,46 6.429,56
2001 10.598 6.215 9.239,88 6.896,34
2002 11.537 6.775 10.086,43 7.630,93
2003 13.490 7.709 11.257 8.694,48
2004 13.867 8.766 12.540 9.743,05
2010 30.516 19.573 25.984 24.000
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação Contas Nacionais, 2010. Org.: Michelotto, 2014.
Verifica-se que, para o ano de 2010 o PIB de Uberlândia aproximava-se de 19 bilhões de
reais, com ênfase na prestação de serviços e atividades industriais. Em relação ao PIB per capita, verifica-se que em Uberlândia este índice é superior quando comparado com aqueles relativos à esfera estadual e federal.
4.4 Uso e ocupação do solo na área interceptada pelos traçados propostos
O mapeamento do uso e ocupação do solo ao longo dos traçados interceptados foi realizado a partir da interpretação de imagens de sensores remotos, cujos resultados foram aferidos em campo.
Os resultados estão apresentados na Figura 4.4.a.
105
CAPÍTULO IV
Identificação e Avalição
de Impactos Ambientais
106
A metodologia adotada no âmbito deste documento tem por objetivo identificar, descrever e quantificar (quando possível) o conjunto de impactos ambientais decorrentes das interferências e procedimentos operacionais do empreendimento em estudo.
O procedimento de análise pautou-se em um método paramétrico que teve por objetivo identificar um conjunto de varáveis independentemente, fato que forneceu subsídios para uma posterior análise sistêmica e integrada do conjunto de relações entre elas.
Importantes referências bibliográficas serviram de base para a estruturação metodológica da avaliação aqui apresentada, tais como os trabalhos de Sánchez (2006), Morgan (2002), Porter & Fittipaldi (1998), Canter (1996), Wood (1995), Morris & Therivel (1995), Turnbull (1992), World Bank (1991) e Leopold et al. (1971).
Cumpre ressaltar, no entanto, que na fase atual dos estudos não foram ainda desenvolvidos os projetos básicos de engenharia para a implantação do VLT, de sorte que os procedimentos de identificação e avaliação de impactos foram realizados com base na experiência da equipe envolvida e a partir da avaliação criteriosa de outros empreendimentos de mesmo porte e magnitude do aqui proposto.
No Capítulo V, apresenta-se o conjunto de medidas preventivas, mitigadoras e compensatórias propostas para os impactos aqui identificados, sendo que o detalhamento das mesmas deverá ser realizado, eventualmente, quando da fase de obtenção das Licenças de Instalação do empreendimento, conforme as diretrizes dos diplomas legais incidentes e de acordo com o rito processual de licenciamento ambiental.
Para o desenvolvimento das análises foram cumpridas as seguintes etapas metodológicas:
1. Identificação e caracterização das ações impactantes
Nesta etapa inicial, foram identificadas e caracterizadas as ações inerentes ao empreendimento, consideradas como fatores e/ou ações indutoras de impacto ambiental. Tendo em vista que o empreendimento encontra-se na fase inicial de seus estudos, as ações com o referido potencial foram consideradas para as fases de planejamento, construção e operação do VLT.
2. Identificação e caracterização dos componentes ambientais
Os componentes ambientais foram identificados durante o desenvolvimento da linha base (diagnóstico) relacionados aos aspectos do meio físico, biótico e socioeconômico. Esta variável relaciona-se ao universo passível de receber alterações decorrentes da implantação e operação do VLT.
3. Identificação e caracterização dos impactos ambientais
A identificação dos impactos ambientais foi realizada mediante a correlação entre as ações geradoras de impactos e o universo passível de ser alterado, ou seja, os componentes ambientais. Nesta análise, foram levados em consideração a Área de Estudo definida, os aspectos ambientais diagnosticados e seus distintos graus de vulnerabilidade. Considerando a inexistência dos projetos de engenharia, os impactos identificados foram aqueles que puderam ser razoavelmente previstos e que têm probabilidade significativa de ocorrência. Para fins de análise, interpretação e checklist dos impactos potenciais, foi confeccionada uma matriz de interação Ação X Componente (ver seção 7.0),
4. Avaliação dos impactos resultantes
O impacto resultante é entendido como o impacto residual após a aplicação do conjunto de Programas Ambientais e suas respectivas medidas de prevenção, mitigação e compensação.
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A aplicação desta técnica permite uma visão sistêmica dos grupos de impactos afins, facilitando a proposição e operacionalização dos Programas Ambientais.
Para a avaliação dos impactos resultantes, foram utilizados os seguintes critérios (atributos):
Expressão ou natureza do impacto: descreve o caráter negativo (N) ou positivo (P) de
cada impacto.
Incidência: Trata-se da causa ou fonte do impacto, direto (D) ou indireto (L).
Abrangência: caracteriza a abrangência territorial da ocorrência do impacto, local (L)
ou entorno (E).
Duração: é o “tempo de vida” estimado do impacto, curto prazo (C), médio prazo (M) e
longo prazo (LP).
Reversibilidade: reversível (R) e não reversível (NR).
Magnitude: refere-se à grandeza de um impacto em termos absolutos, baixa
magnitude (BM), média magnitude (MM) e alta magnitude (AM).
Significância: resultado da combinação dos valores a ele atribuídos, baixa (B), média
(M) e alta imporância (A).
De forma a garantir e checar que todo impacto ambiental identificado seja alvo de algum programa ou medida de prevenção, controle ou compensação, foi desenvolvida uma matriz que correlaciona todos os impactos potenciais e todas as medidas ambientais cabíveis (ver seção 6.4.3), a ser apresentada ao final deste Capítulo.
4.1 Identificação das Ações Impactantes
A seguir, são descritas todas as ações com potencial de causar impactos ambientais. De forma a sistematizar esta descrição, optou-se por dividir as ações impactantes em função das etapas de consolidação do empreendimento, contemplando as seguintes fases: pré-construtiva (planejamento), construtiva (implantação) e fase de operação.
Não estão incluídas nesta descrição as ações consideradas complementares e/ou opcionais, que serão tratadas como medidas preventivas, mitigadoras e de compensação, que deverão ser detalhadas durante o processo de licenciamento ambiental e que são inerentes aos procedimentos de controle, como, por exemplo a implantação de dispositivos de drenagem provisória para contenção de processos erosivos.
Na Tabela 5.1.a, estão listadas as ações com potencial de causar impactos ambientais, organizadas por fase de consolidação do empreendimento.
Tabela 5.1.a Ações com potencial de causar impactos ambientais
Fase do Empreendimento AÇÕES IMPACTANTES
Ap.1.Planejamento
Ap.1.01 Divulgação do empreendimento
Ap.1.02 Levantamentos geotécnicos e topográficos
Ap.1.03 Contratação de mão-de-obra
Ac.2.Construção
Ac.2.01 Delimitação das faixas de intervenção
Ac.2.02 Desvios e interrupções provisórias do trânsito local
Ac.2.03 Sinalização durante a fase de construção
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Fase do Empreendimento AÇÕES IMPACTANTES
Ac.2.04 Limpeza dos terrenos e remoção de vegetação
Ac.2.05 Substituição e/ou correção de solos moles
Ac.2.06 Movimentação de terras
Ac.2.07 Habilitação e utilização de áreas de apoio
Ac.2.08 Transporte de materiais
Ac.2.09 Interferências com redes de saneamento e outras estruturas
Ac.2.10 Desapropriação de áreas urbanas
Ac.2.11 Implantação do sistema de trilhos
Ac.2.12 Implantação das áreas de transbordo
Ac.2.13 Pavimentação
Ac.2.14 Montagem eletromecânica
Ac.2.15 Implantação de projetos paisagísticos e recuperação das áreas provisórias
Ac.2.16 Desmobilização de mão-de-obra
Ao.3.Operação
Ao.3.01 Operação do VLT
Ao.3.02 Planejamento e controle operacional
Ao.3.03 Conservação rotineira
Ao.3.04 Operação das retro-áreas
Ap.1 – Ações da Fase de Planejamento
Ap.1.01 – Divulgação do empreendimento
Esta ação refere-se a toda e qualquer forma de divulgação prévia do empreendimento, incluindo desde as manifestações oficiais do empreendedor ou de outros órgãos autorizados por ele, até a colocação de placas informativas sobre os procedimentos a serem realizados. Inclui-se nestas ações a utilização de qualquer tipo de mídia local e/ou regional, com o objetivo de manter a população informada à respeito das características de intervenções e padrão operativo do VLT.
Ap.1.02 – Levantamentos geotécnicos e topográficos
Incluem-se, nesta ação, as atividades necessárias aos levantamentos geotécnicos e topográficos necessários ao desenvolvimentos dos projetos executivos. Englobam a perfuração para estudos de sondagem dos solos, demarcação topográfica das áreas que, em certos casos, demandarão interferência com o tráfego local e eventuais remanejamentos de estruturas urbanas (pavimentos, redes de distribuição de água, esgoto, entre outras).
Ap.1.03 – Mobilização de mão de obra
Engloba as ações de recrutamento, seleção e contratação da mão de obra direta a ser empregada na implantação do empreendimento, incluindo os empregos diretos e indiretos. Deverá ser priorizado como centro de recrutamento o município de Uberlândia, o que não exclui a possibilidade de contratação de mão de obra especializada externa.
Também incluem-se, nesta ação, os contratos a serem estabelecidos com os fornecedores de insumos e serviços que o porte do empreendimento exige, particularmente no que se refere a materiais para a construção civil e contratos com empresas fornecedoras dos veículos elétricos.
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Ac.2 – Ações da Fase de Construção
Ac.2.01 Delimitação das faixas de intervenção
Esta ação refere-se à marcação e delimitação das faixas de intervenção para a implantação dos trilhos do VLT, onde serão realizadas as atividades construtivas necessárias. Incluem-se, ainda, a delimitação das áreas de apoio, retro-áreas e demais áreas necessárias ao desenvolvimento das obras, tais como as áreas administrativas e estações de transbordo, onde serão instalados tapumes, cerquites e/ou outros materiais convenientes com este tipo de intervenção (alambrados, muros, etc).
Ac.2.02 Desvios e interrupções provisórias do trânsito local
Constituem os procedimentos necessários à interrupção do trânsito de pedestre e principalmente veículos nos locais onde serão realizadas as obras. Engloba a implantação de desvios temporários de fluxo, inclusive, do transporte coletivo e pontos de embarque, quando necessários.
Ac.2.03 Sinalização durante a fase de construção
Compreende o conjunto de ações necessárias à organização do trânsito nas áreas de intervenção, de forma a orientar o fluxo nos locais onde será necessária a implantação de desvios. Inclui, ainda, todo e qualquer tipo de sinalização de obras, como aquelas destinadas aos procedimentos de segurança e educação ambiental. Além da implantação de placas informativas, esta ação compreende a utilização de tintas e demais solventes para a promoção da sinalização horizontal nas vias interceptadas.
Ac.2.04 Limpeza dos terrenos e remoção de vegetação
Esta ação abrange os procedimentos de demarcação topográfica e supressão da vegetação nas áreas diretamente afetadas pelas estruturas do VLT e áreas de apoio. Incluem-se, nestes polígonos, as áreas a serem ocupadas pelos trilhos, estações de transbordo, canteiro de obras, áreas administrativas, assim como outras áreas que demandarem este tipo de intervenção.
Além do corte, as ações incluirão a destoca, separação e transporte dos materiais até as áreas de deposito temporário e destino final.
Ac.2.05 Substituição e/ou correção de solos moles
Considera-se, nesta ação, as atividades de remoção do horizonte orgânico do solo e o seu transporte até os locais devidamente licenciados para a deposição deste material. É possível, no entanto, que este material seja estocado temporariamente para posterior uso na recuperação de áreas degradadas, não havendo necessidade da alocação de uma área específica para seu destino final. Destaque para as áreas interceptadas ao longo das avenidas Rondon Pacheco e Anselmo Alves dos Santos, onde naturalmente ocorrem solos moles. Além disso, não se descarta a ocorrência deste tipo de solo nas vertentes do bairro Fundinho que drenam ao córrego São Pedro, onde historicamente, foram realizadas atividades de rebaixamento de lençol e dreno de áreas úmidas.
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Ac.2.06 Movimentação de terras
Envolve todas as atividades de terraplenagem e escavações obrigatórias a serem realizadas a céu aberto, para a implantação das estruturas inerentes ao projeto, incluindo as estações de transbordo, habilitação das retro-áreas, nivelamento dos pavimentos, etc.
É bastante provável que as escavações serão realizadas sobre os mantos de alteração, incluindo os solos coluvionares e residuais. Dadas as características geotécnicas da área, não será necessário proceder escavação em rocha. Nos taludes laterais escavados no manto de alteração e/ou solos coluvionares, serão adotadas práticas usuais de contenção, como instalação dos sistemas de drenagem, além da contenção física das paredes.
Ac.2.07 Habilitação e utilização de áreas de apoio
Incluem-se, nesta atividade, a habilitação das áreas de apoio à implantação do empreendimento, incluindo os canteiros de obras e áreas destinadas às atividades administrativas.
Nestas áreas, serão realizadas todas as atividades de suporte às obras, incluindo-se o estoque de insumos perigosos ou não, refeitórios, pátios de armação e carpintaria que o porte do empreendimento exige. Provavelmente não será necessária a instalação de centrais industriais, sendo que o concreto e a pedra britada poderão ser adquiridos de terceiros devidamente licenciados para este fim.
Estas áreas deverão ser providas de dispositivos de distribuição de água em conformidade com a legislação pertinente. Igualmente, serão instalados banheiros químicos, de forma a suprir toda e qualquer necessidade sanitária do grupo de trabalhadores. A operação de tais instalações irá gerar efluentes domésticos que serão periodicamente transportados para os locais de disposição final por empresa devidamente licenciada para este tipo de atividade.
Ac.2.08 Transporte de materiais
Esta atividade consiste no transporte de materiais até as frentes de obra, conforme as necessidades relacionadas ao andamento das obras. O transporte será realizado prioritariamente por veículos pesados.
A distância percorrida irá variar em função da localização das jazidas e das centrais de concreto e britagem. O transporte de materiais escavados excedentes também irá variar em função tanto da distância com as áreas de destino quanto em função do balanço de materiais projetado para as obras. Nos dois casos, cabe destacar a geração de poeira, aumento das vibrações e o aumento do tráfego de veículos pesados nos acessos existentes.
Ac.2.09 Interferências com redes de saneamento e outras estruturas
Em função das demandas de obras, particularmente no que se refere às escavações obrigatórias e terraplenagem, não se descarta a possibilidade de interferência com redes de abastecimento público, tais como água e esgoto. Durante a montagem eletromecânica, poderá ocorrer interferência com a rede de distribuição de energia.
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Ac.2.10 Desapropriação de áreas urbanas
Esta ação refere-se a todos os procedimentos necessários para a desapropriação de áreas necessárias à implantação do empreendimento, particularmente aquelas demandadas para a construção das estruturas de transbordo e retro-áreas.
Ac.2.11 Implantação do sistema de trilhos
A implantação dos sistemas de trilhos necessários à movimentação dos veículos elétricos está vinculada às atividade de escavação e terraplenagem anteriormente descritas, preparação dos greides, implantação de pavimentos rígidos, assim como a movimentação, transporte e lançamento das vigas metálicas. Durante este tipo de atividade é provável que ocorram interrupções temporárias no tráfego em função do porte e tamanho das vigas, o que poderá gerar incômodos no fluxo de veículos.
Ac.2.12 Implantação das áreas de transbordo
Envolve todas as atividades civis necessárias à implantação das estruturas de transbordo, como a execução de fundações, formas e atividades de carpintaria, concretagem e montagem de elementos pré-moldados. Inclui-se, ainda, todas as atividades de instalação de rede elétrica, dispositivos de iluminação pública e aqueles destinados à propaganda comercial.
Ac.2.13 Pavimentação
Nas áreas onde serão necessárias as intervenções para a implantação dos trilhos, será necessário proceder aos ajustes nos pavimentos, incluindo a preparação do greide. Poderão ser utilizadas motoniveladoras, caminhões basculantes, espargidores de emulsão asfáltica, tratores com grade, distribuidores de agregados, além de rolos compressores com alto poder de causar vibrações nas áreas lindeiras.
Ac.2.14 Montagem eletromecânica
Esta ação remete a todas as atividades a serem realizadas para a instalação eletromecânica dos equipamentos e componentes do VLT, incluindo as estruturas de distribuição de energia elétrica. Deverão ser utilizados guindastes, soldadoras, máquinas perfuratrizes, chumbadoras e outros equipamentos auxiliares.
As ações envolverão a utilização de graxas e solventes diversos para a montagem e lubrificação das peças.
Ac.2.15 Implantação de projetos paisagísticos e recuperação das áreas provisórias
Envolve todas as atividades de limpeza e remoção total da infra-estrutura dos canteiros de obra e outras estruturas provisórias utilizadas durante as obras. Esta ação envolverá a utilização de caminhões basculantes, pás carregadeiras, demolidores, caminhões pipas e outros equipamentos necessários, e o transporte dos resíduos até a destinação final.
Além de atividades de conformação geométrica das áreas, como retaludamento, descompactação de solos, ainda envolve os procedimentos de reconstituição dos teores orgânicos dos solos e atividades de forração e plantio de vegetação natural.
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Incluem-se, ainda, a implantação dos projetos paisagísticos que deverão compor esteticamente as áreas por onde irão transitar os veículos elétricos, a partir da utilização de espécies forrageiras, grama em placa e espécies arbóreas, preferencialmente nativas e típicas da região dos cerrados.
Ac.2.16 Desmobilização de mão de obra
Consiste nas ações de desmobilização de mão de obra, que terão início ainda no último ano do período de construção.
Ao.3 Ações da Fase de Operação
Ao.3.01 Operação do VLT
Refere-se às ações de rotina de uso do VLT por parte da população para a circulação, de acordo com o padrão operacional estabelecido para o empreendimento.
Ao.3.02 Planejamento e controle operacional
Abrangem as atividades de gestão e operação do VLT que objetivam seu bom funcionamento em operações de rotina, assim como no caso de situações emergenciais.
Durante estas atividades, serão detalhadas a programação dos serviços de conservação e manutenção viária e outras afins, assim como atividades de fiscalização, serviços de assistência ao usuário, vigilância patrimonial e operações de sinalização e campanhas educativas e de informação.
Ao.3.03 Conservação rotineira
Esta ação é relativa a toda e qualquer atividade e/ou serviços que deverão ser executados de forma permanente durante a vida útil do empreendimento, de forma a garantir o seu bom funcionamento. Inclui as ações de limpeza dos trilhos, estações, retro-áreas, correções pontuais no traçado, manutenção das áreas com vegetação, substituição de componentes, reparos em pinturas e sinalização, reparos na iluminação, demais sistemas elétricos e outras atividades afins.
Ao.3.04 Operação das retro-áreas
São as ações destinadas à manutenção dos veículos elétricos que envolverão a utilização de graxas e solventes, equipamentos mecânicos, além do estoque de materiais de consumo direto.
Nas áreas destinadas à manutenção dos veículos deverão ainda ser desenvolvidas atividades de lavagem de limpeza e lavagem das composições, o que poderá implicar a geração de resíduos sólidos e águas residuais.
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5.2 Identificação dos Componentes Ambientais
Define-se, nesta avaliação, componente ambiental como sendo o universo passível de alterações positivas ou negativas decorrentes da implantação e operação do VLT. Constitui-se de um conjunto relativamente homogêneo de elementos que compõem os meios físico, biótico e antrópico e que, potencialmente, poderão ser impactados pelo empreendimento.
Embora a apresentação dos elementos constituintes dos componentes seja feita de forma paramétrica, a compreensão de suas interações com as ações do projeto implica uma análise integrada e sistêmica.
Os componentes ambientais considerados nesta avaliação são:
Meio Físico
Recursos hídricos superficiais
Relevo e solos (Terrenos)
Clima e qualidade do ar
Meio Biótico
Cobertura vegetal
Fauna
Meio Socioeconômico
Dinâmica demográfica e condições de vida
Atividades econômicas e finanças públicas
Uso e ocupação do solo
Infraestrutura e serviços públicos
Paisagem
A seguir, descrevem-se os componentes ambientais passíveis de serem alterados pelas ações descritas anteriormente. Cabe ressaltar que esta descrição tem por objetivo subsidiar a análise do grau de fragilidade dos componentes. A partir desta análise, serão identificados os impactos potenciais a serem apresentados na seção seguinte do presente capítulo.
Cp.1 – Componentes do meio físico
Cp.1.01 – Recursos hídricos superficiais
Este componente é constituído, no âmbito da Área de Estudo, pelas bacias hidrográficas do rio Uberabinha e seus afluentes da margem direita, a saber: córrego São Pedro e seus afluentes, córrego Cajubá e córrego das Tabocas. Além destes, inclui-se ainda os formadores do córrego Buriti (São José e Perpétua), afluente da margem esquerda do rio Araguari.
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Na região onde está proposto o traçado, o Uberabinha apresenta um tipo de canal com presença de ilhas e ilhotas que se associam trechos com pedrais e rápidos, desenvolvendo-se rupturas no contato com os derrames basálticos.
Seus afluentes encontram-se canalizados em todo o traçado proposto, à exceção do córrego Jataí, no interior do Parque do Sabiá. Na bacia do rio Araguari, os afluentes do córrego Buriti ainda correm sobre seus canais naturais, todavia já com influências de regime em função do lançamento de águas pluviais provenientes das áreas urbanas impermeabilizadas.
Em relação à qualidade das águas, todos os cursos d’água supracitados provavelmente apresentam padrões não conformes com a legislação (CONAMA 357/05), fato este comprovado através da cor e odor de suas águas. Além disso, destaca-se a presença de resíduos sólidos em abundância.
Cp.1.02 – Relevo e solos (terrenos)
As obras de implantação das estruturas do VLT se desenvolverão em diferentes tipos de terrenos, predominando aqueles associados a modelados planos e suave ondulados, como no caso das chapadas com latossolos e rampas com latossolos. Em função das condicionantes topográficas, a ocorrência de processos erosivos de grande magnitude nestes terrenos é pouco freqüente e de baixa intensidade.
Será também interceptada a unidade patamares com latossolos e cambissolos associados, nas imediações do bairro Fundinho e Lídice, onde as declividades poderão acentuar os processos erosivos, ainda que predominem solos argilosos derivados do basalto.
Ao longo das avenidas Anselmo Alves dos Santos e Rondon Pacheco, a Linha Verde irá interceptar a unidade das planícies fluviais onde, conforme já relatado durante o diagnóstico, existe a tendência de ocorrência de enchentes devido aos parâmetros morfométricos das bacias, assim como em função de suas alterações antrópicas. Nestes locais, a presença elevada do freático pode condicionar a possibilidade de contaminação das águas quando das atividades construtivas.
Cp.1.03 – Clima e qualidade do ar
No contexto da Área de Estudo, a dinâmica climática é caracterizada por apresentar duas estações bem definidas, marcadas pela concentração dos totais pluviométricos entre setembro e março e período de estiagem no restante do ano.
A alteração da qualidade do ar é função basicamente das emissões veiculares e queimadas. Essas ações se tornam mais críticas durante o período de estiagem, quando se verificam baixas taxas de umidade relativa do ar e pouca precipitação, o que dificulta a dispersão de poluentes. Em todo caso, são raros os episódios de alteração significativa da qualidade do ar ao longo dos traçados propostos.
Menção especial deve ser dada à avenida Floriano Peixoto, que já apresenta níveis de serviço viário próximos de sua capacidade, desde as imediações do cruzamento com a rua Cruzeiro dos Peixotos até a Praça Rui Barbosa, o que inclui seu cruzamento com a avenida João Naves de Ávila. Fato este ocorrente particularmente durante as horas de pico, quando as emissões veiculares atingem seus máximos e comprometem a qualidade do ar temporariamente.
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Cp.2 – Componentes do meio biótico
Cp.2.01 – Cobertura vegetal
Os traçados propostos para o VLT localizam-se em áreas urbanas consolidadas ou em estágio de consolidação, onde a vegetação natural já encontra-se significativamente alterada. Não está prevista a interceptação de áreas verdes contíguas, de sorte que a cobertura vegetal passível de ser impactada pelo empreendimento é aquela localizada nos locais projetados para a implantação das estruturas de transbordo e retro-áreas. Na seção 6.2.1.4 foram identificados mais de 800 indivíduos arbóreos, os quais poderão ser suprimidos de forma restrita durante as atividades de obra.
Cp.2.02 – Fauna
No escopo deste trabalho, o componente fauna foi delimitado como sendo o conjunto de animais silvestres que integram os grupos da herpetofauna (anfíbios e répteis), avifauna (aves) e mastofauna (mamíferos não voadores e voadores), existentes ou de provável ocorrência na área afetada e de influência do empreendimento.
No que se refere à herpetofauna, destacam-se os lagartos Calango (Tropidurus torquatus), Lagarto-Bico-Doce (Ameiva ameiva) e Teiú (Tupinambis merianae). Dentre as serpentes com registro comprovado na área urbana, estão a Coral-Verdadeira (Micrurus sp), a Falsa-Coral (Erytrolamprus sp), a Dormideira (Sibynomorphus sp), a jibóia (Boa constrictor), a sucuri (Eunectes murinus), a Cascavel (Crotalus durissus), a Jararaca (Bothrops sp) e a Caninana (Spilotes pulatus).
Na área urbana já foram registradas mais de 140 espécies de aves, enquanto no diagnóstico do Plano de Manejo do Parque Estadual do Pau Furado foram registradas 162 espécies de 41 famílias. Segundo o site Wikiaves (www.wikiaves.com), 280 espécies de aves já foram fotografadas no município de Uberlândia.
Em relação aos mamíferos, destacam-se algumas espécies já registradas na mancha urbana de Uberlândia, particularmente ao longo do rio Uberabinha e afluentes, como o sagüi-de-tufos-pretos (Callithrix penicillata), o macaco-prego (Cebus apella), a Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), o preá (Cavia aperea), os ratos-silvestres do gênero Calomys sp, o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), o gambá (Didelphis albiventris), o tatu-peba (Euphractus sexcinctus), a irara (Eira barbara), o quati (Nasua nasua), o mão-pelada (Procyon cancrivorus), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e o tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), sendo que os dois últimos figuram na lista de espécies ameaçadas de Minas Gerais, sob a classificação de em perigo.
Incluem-se ainda, neste componente, as espécies vetores de doenças, conforme descrito na Seção 3.2.4.
Cp.3 – Componentes do Meio Socioeconômico
Cp.3.01 – Dinâmica demográfica e condições de vida
Este componente engloba a população do município de Uberlândia, incluindo aquela que habita a zona rural e freqüenta o meio urbano.
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Destacam-se os aspectos e indicadores que caracterizam a população afetada, com especial atenção à dinâmica demográfica e condições de vida. Dentre os aspectos já descritos anteriormente, destacam-se as taxas de crescimento da população residente, de urbanização, distribuição por sexo e idade, índice de desenvolvimento humano e renda per capita.
Em relação à qualidade de vida da população diretamente afetada, podem ser incluídos no componente em pauta aspectos associados aos incômodos decorrentes do tráfego de obras, poluição gerada pelos veículos e ressuspensão de poeira, danificação dos acessos aos locais de moradia e trabalho, ou seja, perturbações que afetem a vida cotidiana dessas pessoas. Por outro lado, durante a operação do empreendimento, impactos positivos na qualidade ambiental serão efetivamente consolidados.
Cp.3.02 – Atividades econômicas e finanças públicas
Inclui o conjunto de atividades produtivas, abrangendo bens e serviços, desenvolvido no município de Uberlândia. Destaca-se que este componente relaciona-se à geração de empregos diretos e indiretos e consumo de materiais e serviços em decorrência das necessidades de obras, o que pode implicar em dinamização da economia local.
Em relação à operação, incorpora-se neste componente a geração e disponibilização de sistema de transporte de qualidade, em conformidade com padrões internacionais, o que poderá impulsionar novos investimentos e geração de empregos.
No que tange à arrecadação pública, este componente é representado pelos aspectos relacionados à arrecadação de impostos em função do consumo de materiais e serviços durante a etapa de construção.
Cp.3.03 – Uso e ocupação do solo
Este componente associa-se às características atuais de uso e ocupação do solo nas imediações do empreendimento. A implantação da estrutura do sistema de transporte e de suas áreas de apoio e irão incorporar novos elementos à organização do espaço local. Fato este que poderá impulsionar alterações nos padrões de uso e ocupação do solo, incluindo processos de valorização do solo urbano.
Cp.3.04 – Infra-estrutura e serviços públicos
Engloba-se, neste componente, a situação atual dos serviços de assistência à população do município de Uberlândia. Consideram-se os sistemas de saúde pública e privada, saneamento ambiental, educação e assistência social, ou seja, os serviços de atendimento às necessidades básicas da população.
Aqui, incorporam-se também os equipamentos infraestruturais disponíveis para a circulação de pessoas e mercadorias, capitais e informação, como sistema viário, comunicação e transmissão de dados.
No caso em estudo, dentre o conjunto de equipamentos que podem ser afetados pelo empreendimento, destacam-se os sistemas de saúde municipais que poderão ser acionados para atendimento de acidentes e eventuais casos de doenças transmissíveis durante a etapa de construção, os sistemas de abastecimento e, particularmente, o sistema de transporte coletivo
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Cp.3.05 – Paisagem
Este componente engloba os aspectos intrínsecos à composição fisiográfica e cultural da paisagem na Área de Estudo. Além do aspecto estético que a particulariza, este componente abrange os processos dinâmicos e interativos que resultam na composição e organização do espaço.
Neste sentido, consideram-se tanto os elementos de ordem física (relevo, solo, geologia, clima, etc) quanto aqueles de natureza humana como a organização social e produtiva observada na área. Neste sentido, também há que se considerar a paisagem como resultado de um processo histórico de formação e apropriação do espaço, ou seja, uma herança de tempos passados que atualmente são trabalhados pela lógica do modo de produção vigente.
Ressalta-se que, durante a fase de construção, verificar-se-ão mudanças na paisagem em decorrência da necessidade inerentes às escavações obrigatórias, implantação dos canteiros de obra e estruturas componentes do sistema, que irão transformar a paisagem local. Durante a etapa de operação, destaca-se que a permanência das estruturas do projeto alterará, em definitivo, a paisagem do local, tanto em relação a seus aspectos físicos quanto socioeconômicos.
A seguir descrevem-se os impactos identificados, potencialmente resultantes da implantação do empreendimento.
4.3 Identificação e Avaliação de Impactos Ambientais
Esta seção tem por objetivo apresentar os impactos potencialmente decorrentes das atividades de planejamento, construção e operação do empreendimento. A partir da listagem de todas as ações indissociáveis ao empreendimento e de suas relações com os componentes ambientais passíveis de serem impactos, chegou-se a identificação de 21 impactos potenciais. Na Matriz 5.3.a apresenta-se a correlação das ações impactantes com os componentes ambientais passíveis de serem impactados e na Matriz 5.3.b a relação entre os impactos ambientais e os programas ambientais propostos.
Na sequência, apresenta-se a lista dos impactos ambientais potenciais identificados e sua descrição detalhada.
Meio Físico
1.0 Recursos Hídricos Superficiais
1.01 Alterações nas propriedades físico-químicas e na qualidade da água superficial 1.02 Assoreamento durante a fase construtiva
2.0 Relevo e solos
2.01 Indução de processos erosivos durante as obras
2.02 Alteração do risco de contaminação do solo durante as obras
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3.0 Clima e qualidade do ar
3.01 Alteração na qualidade do ar durante as obras
3.02 Alteração na qualidade do ar durante a operação
Meio Biótico
4.0 Cobertura vegetal
4.01 Redução da cobertura vegetal nativa
5.0 Fauna
5.01 Perturbação e afugentamento da fauna durante as obras
Meio Antrópico
6.0 Dinâmica demográfica e condições de vida
6.01 Geração de empregos diretos e indiretos durante a construção
6.02 Geração de empregos diretos e indiretos durante a operação
6.03 Geração de expectativas da população sobre o empreendimento
6.04 Incômodos devidos a alterações em acessos e travessias durante as obras
6.05 Incômodos devido à geração de ruídos e vibrações
7.0 Atividades econômicas e finanças públicas
7.01 Aumento das receitas fiscais durante a construção e a operação
7.02 Dinamização das economias locais durante a construção
7.03 Desaquecimento das economias locais ao final da fase de construção
8.0 Uso e ocupação do solo
8.01Substituição de usos nas áreas de intervenção
9.0 Infraestrutura e serviços públicos
9.01 Apropriação da capacidade e deterioração das vias locais por veículos a serviço das obras
9.02 Geração e risco de disposição inadequada de resíduos sólidos durante as obras
9.03 Ampliação da oferta de transporte no sistema urbano
10.0 Paisagem
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10.01 Alterações na paisagem durante a construção e a operação
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Matriz 5.3.a Matriz de interação entre Ações X Componentes Ambientais
121
Matriz 5.3.b Matriz de interação entre Impactos X Medidas Ambientais
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4.3.1 Impactos no Meio Físico
1. Recursos Hídricos Superficiais
1.01 Alterações nas propriedades físico-químicas e na qualidade da água superficial
As alterações nas propriedades físico-químicas e na qualidade da água superficial decorrem de um amplo conjunto de atividades a serem desenvolvidas durante a etapa de construção da VLT, incluindo aquelas relacionadas à instalação e operação dos canteiros de apoio e supressão de indivíduos arbóreos na área de intervenção direta.
As escavações obrigatórias também são atividades potencialmente indutoras do impacto em tela, tanto em função da movimentação de terra quanto da exposição de horizontes mais erodíveis dos solos. De toda forma, as escavações previstas ocorrerão em solos residuais e/ou coluvionares de rochas basálticas, com grande quantidade de argila, o que os tornam relativamente menos erodíveis quando comparados com solos arenosos ou francamente siltosos. No caso dos solos arenosos, as intervenções serão realizadas em relevos planos e suave ondulados, o que poderá diminuir a intensidade dos processos.
Apesar desta característica, certas áreas de intervenção, como no caso no bairro Fundinho, apresentam maiores declividades o que pode aumentar a indução do transporte de materiais.
É importante ressaltar, no entanto, que a dimensão deste impacto está relacionada diretamente com a sazonalidade climática da região que se caracteriza pela distribuição irregular das chuvas ao longo do ano. Durante a estação chuvosa (setembro a março), a ocorrência de precipitações é fator indutor de escoamento superficial, o que pode aumentar a quantidade de material escoado para os cursos d’água, alterando a qualidade de suas águas.
Por outro lado, neste período verificam-se maiores níveis de vazão nos canais que apresentam maior capacidade de carreamento de materiais sólidos e dissolvidos.
A readequação dos acessos existentes consiste também em atividades potencialmente indutoras de carreamento de materiais para os canais. Nestes casos, o aporte de sólidos e a conseqüente alteração na qualidade das águas será função da existência de dispositivos adequados de retenção de sedimentos e orientação adequada da drenagem nas plataformas transitáveis.
Cabe ainda considerar que entre os aspectos físicos, são fatores representativos deste impacto as alterações na turbidez, na cor e na concentração de sólidos. Já os aspectos químicos estão relacionados ao aporte de nutrientes presentes nos sedimentos. Comumente, estas alterações ocorrem de forma associada, uma vez que o transporte tanto de sedimentos quanto de nutrientes ocorre simultaneamente.
Em relação às alterações químicas, destaca-se que a mudança nas concentrações de matéria orgânica, plâncton, além de fósforo e nitrogênio pode induzir processos de eutrofização, principalmente nos afluentes de pequeno porte com baixa capacidade de dissolução. Alterações no pH e DBO também são potencialmente esperadas em função do aporte de matéria orgânica.
As alterações físicas poderão resultar em uma maior absorção de luz e redução da transparência na coluna d’água. Destaca-se que tanto as alterações químicas como as físicas, além de ocorrerem de forma associada, poderão implicar a modificação dos habitats aquáticos, com conseqüências para as comunidades que os habitam.
123
Nos canteiros de obra, haverá a manipulação e uso de produtos com potencial contaminante, como combustíveis, óleos e outros produtos químicos de uso restrito (solventes). Também há de se considerar que a possibilidade de contaminação das águas superficiais advém do risco de acidentes durante o transporte desses produtos entre as áreas de estoque e as frentes de obra.
A operação das instalações sanitárias, a serem localizadas no interior dos canteiros e nas frentes de obra, também apresenta potencial de contaminação em função do descarte inadequado dos efluentes. No caso empreendimento, serão utilizadas instalações móveis (banheiros químicos) que serão removidos periodicamente de acordo com as normas vigentes.
Durante as atividades de instalação das estruturas de concreto existe a possibilidade de vazamento de águas residuais com alto potencial de alteração das propriedades químicas e físicas das águas. O mesmo aplica-se para as pilhas de insumos que poderão ser carreadas durantes eventos de precipitação intensa.
Durante a operação, a possibilidade de contaminação das águas está associada à operação das retro-áreas onde haverá procedimentos de manutenção veicular com utilização de graxas e solventes, além das atividade de lavagem das composições com geração de água residual. Em todo caso, tais locais deverão estar providos de sistemas de tratamento e caixas separadoras, em conformidade com a legislação e normas técnicas.
Para a prevenção, controle e mitigação dos impactos acima referenciados estão previstas as medidas do Programa de Manejo Ambiental do Meio Físico, com especial destaque para as seguintes: controle de erosão e assoreamento, manejo de instalações auxiliares, controle de qualidade das águas, manejo de resíduos sólidos e controle de derrames.
Não menos importantes são as medidas integrantes do Plano de Supervisão e Monitoramento Ambiental das Obras e o Plano de Contingência das Obras e Operação do VLT.
Considerando a aplicação das medidas acima propostas, o impacto é avaliado como sendo de natureza negativa, indireto, com média probabilidade de ocorrência, todavia, temporário. Sua área de abrangênia poderá, em casos extremos, extrapolar a AID do empreendimento, sendo sua magnitude considerada média, assim como sua significância.
As demais características desse impacto estão resumidas em sua matriz de consolidação.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto:1.01 Alterações nas propriedades físico-químicas e da qualidade da água superficial
Componente: Cp.1.01 Recursos Hídricos Superficiais
Fase de Ocorrência: Implantação
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
AID Imediato/curto Temporário Média
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Negativo Indireto Média Reversível Não Sim Média
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1.02 Assoreamento durante a fase construtiva
O assoreamento dos canais poderá ocorrer, quando, em decorrência do aporte de sólidos, a capacidade de transporte de sedimentos do rio for ultrapassada. De forma semelhante ao impacto anterior, todas as atividades que envolvem a movimentação de terras, limpeza dos terrenos, escavações e outras ações que envolvem a exposição dos horizontes erodíveis do solo, poderão ser indutoras do assoreamento dos canais.
Dado o porte do empreendimento e o tipo de intervenções que exige a instalação dos componentes do VLT, é possível a ocorrência de processos erosivos laminares e em sulco, com conseqüente retirada, transporte e deposição de sedimentos nos corpos d’água diretamente afetados pelas obras.
Os processos de assoreamento poderão ser mais intensos no período de estiagem, quando a capacidade de transporte dos canais diminui em função da diminuição dos níveis de vazão. Neste mesmo período observam-se menores índices pluviométricos, o que atenua a possibilidade de indução de processos erosivos nas vertentes.
Durante as atividades de terraplenagem, a ocorrência de eventos de precipitação intensas pode induzir ao carreamento de materiais e a conseqüente deposição no leito dos canais.
Tratando-se do impacto em pauta, este tipo de atividade é considerado um importante fator de risco. Cumpre destacar que as áreas de intervenção direta das obras estão localizadas em vias urbanas pavimentadas, sendo os principais cursos d’água interceptados os córregos São Pedro e Jataí. Nestes casos, o acumulo de sólidos ao longo das galerias poderá comprometer as respectivas capacidades de suporte, aumentando a probabilidade de inundações ao longo da avenida Rondon Pacheco e Anselmo Alves dos Santos.
No caso das intervenções para a implantação da retroárea na região do Alto Umuarama, as cabeceiras dos córregos Perpétua e São José estarão susceptíveis a este impacto. Neste caso, cumpre destacar o caráter erosivo do alto curso desses canais, o que facilita o transporte de sedimentos.
O acúmulo de materiais nos canais poderá causar processos de alteração na morfologia dos canais, principalmente pelo aparecimento de pacotes e ilhas restritas de sedimentos capazes de obstruir o fluxo de água. Neste caso, novas áreas de retirada e acúmulo poderão aparecer em trechos a jusante.
As áreas fonte, porém, serão limitadas ao período de obras. Espera-se ainda que, caso ocorra, este tipo de impacto poderá ser revertido gradativamente pela dinâmica fluvial, implicando no restabelecimento das condições anteriores ao início das obras.
A prevenção de tais impactos está a cargo do Programa de Manejo Ambiental do Meio Físico, particularmente das medidas de controle de erosão e assoreamento e manejo de vias utilizadas. No âmbito do Programa de Manejo Ambiental do Meio Biótico, há destaque para a medida de controle de supressão de vegetação. Igualmente, o Plano de Supervisão e Monitoramento Ambiental das Obras permitirá a identificação de eventuais focos de assoreamento para que os procedimentos de recuperação sejam desenvolvidos.
Trata-se, portanto, de um impacto negativo, restrito ao período de obras, indireto, mas reversível, sendo considerado de média importância devido à presença de galerias de drenagem, de baixa magnitude. A matriz a seguir resume as demais características do impacto.
125
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 1.02 Assoreamento durante a fase construtiva
Componente: Cp.1.01 Recursos Hídricos Superficiais
Fase de Ocorrência: Implantação
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
AID Imediato/curto Temporário Baixa
Nat
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Sign
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Negativo Indireto Média Reversível Não Sim Média
2.0 Relevo e solos
2.01 Indução de processos erosivos durante as obras
Dado o porte do empreendimento, espera-se a ocorrência de processos indutores de erosão nas áreas diretamente afetadas pelas obras. Uma gama variada de ações com potencial impactante será desenvolvida, destacando-se as atividades de terraplenagem e movimentação de terra, limpeza dos terrenos, além das escavações obrigatórias.
Tais atividades se darão desde o início da instalação dos canteiros de obra até a recuperação das áreas a serem desenvolvidas na etapa final da construção.
A ocorrência de processos erosivos poderá resultar no desencadeamento de outros impactos, como alteração nas propriedades físico-química das águas superficiais (Impacto 1.01) e assoreamento durante a fase de obras (Impacto 1.02), conforme já descrito anteriormente.
A magnitude dos processos erosivos está associada às condições físicas dos terrenos interceptados pelas obras. A maioria das intervenções se dará sobre unidades de relevos planos e suaves ondulados, como as chapadas e rampas com latossolos, onde a intensidade e freqüência desses processos são baixas, todavia existentes.
Parte das intervenções se desenvolverá nas planícies fluviais que ocorrem ao longo da Linha Verde. Nestes terrenos, os materiais inconsolidados e de característica arenosa, poderão favorecer a erosão quando das intervenções. A concentração do escoamento nestas áreas também é fator indutor de processos.
Em síntese, é importante mencionar que a adoção de medidas preventivas e de contenção irá definir a intensidade de trais processos. Assim, convém destacar que estes serão mais intensos durante a estação chuvosa, quando se observa a concentração dos totais pluviométricos.
Para a prevenção e controle de tais impactos, estão previstas as seguintes medidas:
Programa de Manejo Ambiental do Meio Físico
Controle de erosão e assoreamento
126
Manejo de vias de acesso
Controle de qualidade das águas
Manejo de bota fora
Programa de Manejo Ambiental do Meio Biótico
Controle de supressão de vegetação
Recomposição florestal e recuperação de áreas afetadas
Plano de Supervisão e Monitoramento Ambiental das Obras
Considerando as medidas propostas, trata-se de um impacto de vetor negativo, com média probabilidade de ocorrência, de indução direta, todavia reversível e temporário. Dessa forma, este impacto foi considerado como sendo de média magnitude e média significância.
Na matriz de consolidação encontram-se as demais características atribuídas a este impacto.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 3.01 Indução de processos erosivos durante as obras
Componente: Cp.1.02 Relevo e Solos (terrenos)
Fase de Ocorrência: Implantação
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
ADA Imediato/curto Temporário Média
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Sign
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Negativo Direto Média Reversível Não Sim Média
2.02 Alteração do risco de contaminação do solo durante as obras
Durante a fase de obras, serão transportados e manipulados produtos tóxicos de elevado potencial de contaminação dos solos e das águas, como combustíveis, solventes, óleos e outros insumos exigidos pelo porte do empreendimento.
A alteração do risco de contaminação do solo pode ocorrer de duas formas. Primeiro, em função de eventuais acidentes durante o transporte desses produtos que ocasionem vazamentos. Segundo, nos locais de manuseio e estocagem, a inexistência de mecanismos de contenção (como bandejas e caixas separadoras), quando da ocorrência de acidentes, pode aumentar o risco de contaminação.
A contaminação do solo poderá ser mais intensa nos terrenos estruturados em materiais permeáveis, como aqueles observados nas áreas de topo, quando comparados com aqueles estruturados sob as rochas basálticas.
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Apesar da existência do risco e do potencial grau de alteração do mesmo, é de se esperar que, caso ocorram acidentes com materiais perigosos, os impactos serão restritos e de fácil mitigação. Serão adotados procedimentos preventivos nos canteiros de obra, como impermeabilização das áreas de estocagem e manipulação de produtos com potencial contaminante.
Os Programas Ambientais propostos para o controle do impacto em pauta são os mesmos relacionados ao impacto anterior (Impacto 2.01), com destaque para o Plano de Contigência do VLT.
De forma que este impacto foi considerado como sendo de baixa probabilidade de ocorrência, sendo sua prevenção factível mediante a aplicação das medidas acima propostas. Trata-se de um impacto de baixa magnitude e significância, cujas demais características estão apresentadas em sua matriz de consolidação, a seguir.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 2.02 Alteração do risco de contaminação do solo durante as obras
Componente: Cp.1.03 Relevo e Solos (terrenos)
Fase de Ocorrência: Implantação
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
ADA Imediato/curto Temporário Baixa
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Negativo Indireto Baixa Reversível Não Não Baixa
3.0 Clima e qualidade do ar
3.01 Alteração na qualidade do ar durante as obras
Os veículos a serviço das obras, as atividades de terraplenagem e escavações, assim como a operação dos canteiros são algumas das atividades que provocarão a suspensão de poeira e aumento de material particulado no ar, influenciando em sua qualidade.
O transporte de materiais entre as áreas fonte de matéria prima e os locais de depósito de material excedente costuma ser uma atividade com alto potencial de suspensão de poeira.
Em relação aos materiais pulverolentos, destaca-se que a não adoção das medidas adequadas de estoque e manuseio também constitui outra atividade com potencial de emissão de particulados no ar.
As emissões de gases por parte dos veículos e maquinários em geral também serão responsáveis por alterações potenciais na qualidade do ar nas áreas de interferência direta das obras. Durante a fase de instalação dos canteiros de apoio, assim como nas frentes de obra desprovidas de energia elétrica, a utilização de grupos de geradores a diesel também é considerada uma ação contaminante através da queima de combustível fóssil.
A magnitude da ocorrência deste impacto relaciona-se diretamente com a sazonalidade climática, sendo que no verão, quando da ocorrência de chuvas e movimentos verticais na atmosfera, a probabilidade de eventos críticos é menor. Já no período de estiagem, além da
128
pouca precipitação, verifica-se a baixa velocidade média dos ventos, o que dificulta a dispersão dos poluentes por advecção.
Então, este tipo de impacto será restrito ao período de obras, desaparecendo durante a operação do empreendimento. Sua mitigação está associada às ações de controle ambiental, particularmente aquelas relacionadas ao controle de emissões atmosféricas, assim como às medidas de comunicação social.
Trata-se de um impacto negativo, de incidência direta, com alta probabilidade de ocorrência, porém reversível.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 3.01 Alteração na qualidade do ar durante as obras
Componente: Cp.1.03 Clima e Qualidade do ar
Fase de Ocorrência: Implantação
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
AID Imediato/curto Temporário Médio
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Negativo Direto Alta Reversível Não Não Baixa
3.02 Alteração na qualidade do ar durante a operação
A alteração da qualidade do ar durante a operação se dará principalmente pela redução das quantidades de emissões de combustíveis fósseis, uma vez que o VLT é movido a energia elétrica.
A redução na quantidade de veículos de transporte coletivo (ônibus) ao longo dos traçados propostos poderá implicar situações de maior conforto ambiental, tanto pela ausência de emissões quanto pela redução dos níveis de ruído ambiental.
Outro fator importante de ser mencionado é a melhoria significativa dos níveis de serviço das vias utilizadas, com conseqüente incremento nas velocidades medidas de deslocamento, particularmente no que se refere ao transporte público nas áreas centrais.
Quando da execução dos projetos executivos de engenharia, será possível a quantificação em detalhe do total de emissões a serem reduzidas com a implantação do VLT.
Trata-se de um impacto positivo, de ocorrência direta, de alta significância e que irá se manifestar ao longo de toda a vida útil do empreendimento, justificando, inclusive, a sua implantação.
Na matriz de consolidação apresentam-se as demais características atribuídas ao Impacto 3.02.
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MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 3.01 Alteração na qualidade do ar durante a operação
Componente: Cp.1.03 Clima e Qualidade do ar
Fase de Ocorrência: Implantação
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
AID Imediato/curto Temporário Médio
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Sign
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Positivo Direto Certa Reversível Sim Não Alta
4.3.2 Impactos no Meio Biótico
4.0 Cobertura vegetal
4.01 Redução da cobertura vegetal
Conforme descrito anteriormente, os corredores propostos para a implantação do VLT não irão interceptar áreas com vegetação contígua, assentando-se sobre áreas de urbanização e vias de circulação já consolidadas.
Nesse contexto, são esperados impactos diretos ocasionados pela supressão de vegetação mediante o corte de indivíduos isolados que porventura estiverem localizados nos locais de implantação das retro-áreas e estações de transbordo e eventualmente nas áreas de apoio. Poderá ainda ser realizado a poda seletiva como forma de minimizar efeitos negativos sobre este componente.
A referida supressão da vegetação será irreversível e permanente. De toda forma, a maioria das espécies que venham a ser suprimidas são exóticas, conforme apresentado na seção de diagnóstico (ver seção 6.2.1). Os impactos indiretos estão relacionados à diminuição do índice de área verde nas áreas interceptadas.
Em todo caso, poderão ser realizados programas de plantio compensatório nas áreas urbanas e limítrofes aos traçados proporcionando a melhoria das condições de arborização.
Destaque para as medidas de controle de supressão de vegetação e recomposição das áreas afetadas e também aquelas associadas à implantação do projeto paisagístico.
Este é um impacto considerado negativo, direto, irreversível, de baixa magnitude e significância dadas as demandas do empreendimento. Sua abrangência espacial é restrita à área de intervenção direta. Por outro lado, é plenamente passível de mitigação e controle por parte das medidas propostas.
Os atributos deste impacto estão sintetizados em sua matriz de consolidação, apresentada a seguir.
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MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 4.01 Redução da cobertura vegetal nativa
Componente: Cp.2.01 Cobertura vegetal
Fase de Ocorrência: Implantação
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
ADA Imediato/curto Permanente Baixa
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Negativa Direto Certa Irreversível Sim Sim Baixa
5.0 Fauna
5.01 Perturbação e afugentamento da fauna durante as obras
Este impacto está relacionado ao aumento da circulação por parte dos veículos envolvidos nas atividades de obra e intervenções diretas a serem realizadas para a implantação das estruturas inerentes ao VLT, como as estações de transbordo e retro-áreas.
Dentre as ações com maior potencial impactante, destacam-se as atividades de corte e poda de vegetação, atividades de escavação e de terraplenagem, assim como aquelas que exigem a utilização de maquinário pesado que serão responsáveis pelo aumento gradativo do ruído e que implicarão em impactos diretos no que diz respeito à presença de indivíduos da fauna nas áreas de intervenção.
O aumento do número e concentração de pessoas a serviço das obras também poderá atrair animais domésticos, resultando, no aumento potencial da competição entre as espécies da fauna terrestre. Alguns animais domésticos poderão ainda tornar-se fator de risco à proliferação de doenças, como cães e gatos que são vetores.
Considerando que as obras de implantação se darão em áreas urbanas consolidadas, onde a presença de fauna nativa é bastante restrita, este impacto é considerado como sendo de baixa importância e baixa magnitude, conforme apresentado em sua matriz de consolidação.
Não se exime, todavia, a necessidade da implantação de medidas de sinalização, bem como aquelas associadas aos procedimentos de supressão de vegetação, particularmente no que diz respeito à presença de ninhos. As medidas de comunicação e educação ambiental irão complementar as atividades de mitigação do impacto em pauta.
Trata-se de um impacto negativo, de incidência direta com alta probabilidade de ocorrência. São impactos temporários que cessarão ao final das atividades de obra, sendo que não são esperados efeitos durante a fase de operação do VLT.
Apesar da alta probabilidade de ocorrência desses impactos, eles não foram qualificados como cumulativos nem sinérgicos, sendo a sua significância considerada baixa, conforme já mencionado.
131
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 5.01 Perturbação e afugentamento da fauna durante as obras
Componente: Cp.2.02 Fauna
Fase de Ocorrência: Implantação
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
ADA Imediato/curto Permanente Baixa
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Negativa Direto Alta Reverssível Não Não Baixa
4.3.3 Impactos no Meio Antrópico
6.0 Dinâmica demográfica e condições de vida
6.01 Geração de empregos diretos e indiretos durante a construção
O impacto em pauta está associado aos efeitos decorrentes da mobilização do contingente de mão de obra durante a fase de construção do VLT.
Na fase atual dos estudos, é impossível estimar a quantidade de mão de obra direta a ser empregada nas obras. Dadas as características e o porte do empreendimento em pauta, espera-se, no entanto, que para cada posto direto de trabalho gerado, associem-se dois postos indiretos.
Do total de trabalhadores empregados, estima-se que apenas 30% sejam qualificados, sendo o restante de trabalhadores pouco qualificados que serão destinados ao trabalho pesado da construção civil. Espera-se que os efeitos da geração de empregos diretos e indiretos sejam mais intensos na sede urbana de Uberlândia, não se descartando a vinda de parte da mão de obra de outras localidades próximas.
Trata-se de um impacto positivo e direto, todavia de caráter temporário. Sua magnitude é média assim como sua significância. Será de suma importância a aplicação das medidas de comunicação social e educação ambiental para a potencialização deste impacto. As demais características do impacto em tela estão resumidas na matriz de consolidação apresentada a seguir.
132
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 6.01 Geração de empregos diretos e indiretos durante a construção
Componente:Cp.3.01 – Dinâmica demográfica e condições de vida
Fase de Ocorrência: Planejamento/Construção
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
AII Imediato/curto Temporário Média
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Positivo Dir/ind Certa Reversível Sim Sim Média
6.02 Geração de empregos diretos e indiretos durante a operação
Dadas as características dos equipamentos a serem instalados e utilizados para operação do VLT, haverá a demanda de profissionais com certo grau de qualificação, incluindo engenheiros de transporte e segurança, especialista em sistemas de informação geográfica, entre outros profissionais qualificados.
Os cargos que exigirem maior qualificação poderão ser ocupados por profissionais de outras localidades, sendo a maioria dos postos de trabalho gerados provavelmente ocupados por mão de obra regional.
Outros profissionais serão demandados para cumprirem funções operacionais, de gerenciamento de tráfego, manutenção rotineira, limpeza, comunicação, fiscalização, atividades de gerenciamento financeiro, entre outras funções.
Destaca-se, no entanto, que, diferentemente da etapa de construção, os empregos a serem gerados durante a fase de operação serão permanentes.
É um impacto positivo, direto e permanente, cuja reversibilidade é função da vida útil do empreendimento. É um impacto de média magnitude e média significância, em função do porte do empreendimento.
As medidas de comunicação social poderão potencializar os efeitos positivos deste impacto.
133
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 6.02 geração de empregos diretos e indiretos durante a operação
Componente: Cp.3.01 Dinâmica demográfica e condições de vida
Fase de Ocorrência: Operação
Ações Impactantes
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
AII Imediato/curto Permanente Média
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Sign
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Positivo Direto/Indireto Certa Reverssível Sim Sim Média
6.03 Geração de expectativas da população sobre o empreendimento
Expectativas negativas e positivas poderão ser geradas em decorrência das notícias de implantação do empreendimento.
No caso de Uberlândia, que já possui um histórico particular com obras relacionadas a empreendimentos de transportes, é natural que surjam expectativas em relação ao projeto, todavia, proporcional ao seu porte.
Expectativas positivas poderão ser igualmente geradas, principalmente pela possibilidade da geração de empregos e dinamização das economias locais durante a fase de construção (sobretudo) e operação.
No contexto fiscal, a implantação do empreendimento poderá gerar expectativas por parte da comunidade política local e órgãos fiscalizadores interessados na captação de impostos a serem pagos durante as fases do empreendimento
É um impacto de natureza negativa e positiva, de incidência direta, com probabilidade de ocorrência certa, sendo seus efeitos controlados pelas medidas de comunicação social.
Trata-se de um impacto de média magnitude e média significância, conforme apresentado na matriz de consolidação, a seguir.
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MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 6.03 Geração de expectativas da população sobre o empreendimento
Componente: Cp.3.01 Dinâmica demográfica e condições de vida
Fase de Ocorrência: Implantação
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
AII Imediato/Curto Temporário Média
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Negativa e Positiva
Direta Certa Reversível Não Não Média
6.04 Incômodos devidos a alterações em acessos e travessias durante as obras
O porte do empreendimento proposto exige a circulação de veículos pesados que farão o transporte de materiais até as frentes de obra, e destas até os locais de depósito de materiais excedentes.
As matérias primas a serem utilizadas nas obras serão provenientes de fornecedores locais devidamente licenciados para este fim, não havendo, portanto, a necessidade da abertura de novas jazidas, particularmente de areia e brita.
Os caminhos existentes serão utilizados pelos veículos a serviço das obras, mormente para o transporte de funcionários, maquinários e outros insumos industriais necessários.
Para a execução das escavações obrigatórias e implantação dos trilhos será necessária a interrupção temporária do fluxo nas vias interceptadas, com implicações negativas para a dinâmica do trânsito na cidade como um todo, haja visto que os traçados propostos interceptam algumas das principais vias urbanas.
Neste aspecto, não se descarta a deterioração das vias diretamente afetadas, assim como a diminuição dos níveis de serviço de vias próximas que deverão ser utilizadas como alternativas de traçado.
Particularmente, deverão ser adotadas medidas de sinalização e comunicação para que os usuários dos sistemas de transporte e circulação permaneçam cientes e prevenidos dos transtornos a serem causados pelas obras.
Espera-se que, ao final das obras, as condições de acessibilidade sejam melhores que as atuais, sendo que a magnitude deste impacto dependerá das ações de controle a serem empreendidas pela construtora com base nos programas de prevenção e mitigação de impactos.
É um impacto negativo, temporário e passível de mitigação de acordo com as medidas propostas, sendo considerado como de alta magnitude e alta significância.
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MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 6.04 Incômodos devidos a alterações em acessos e travessias durante as obras
Componente: Cp.3.01 Dinâmica demográfica e condições de vida
Fase de Ocorrência: Implantação
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
AID Imediato/Curto Temporário Alta
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Negativa Direto Baixa Reversível Não Não Alta
6.05 Incômodos devido à geração de ruídos e vibrações
Durante a etapa de construção do VLT, a geração de ruídos e vibrações irá aumentar devido à movimentação de veículos pesados nas frentes de obra, com impactos indiretos sobre a qualidade de vida e conforto da população residente nas imediações das intervenções.
A grande maioria das atividades de obra é geradora de ruídos, destaque deve ser dado, todavia, àquelas associadas à utilização de máquinas de grande porte, especialmente as que serão demandadas para a movimentação de terras; movimentação e transporte de materiais até as frentes de obras e destes locais aos depósitos de material excedente; além de ruídos comuns e inerentes às atividades a serem realizadas nas áreas de apoio às obras.
Na fase atual dos estudos e considerando os resultados apresentados no Diagnóstico do Meio Físico, não estão previstas atividades com uso de explosivos para a implantação do VLT.
De acordo com a NBR 10151, que fixa as condições de exigíveis para avaliação da aceitabilidade do ruído em comunidades, os níveis de ruído a serem admitidos durantes as atividade de obra são os seguintes:
Diurno Noturno Área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas
50 45
Área mista, predominantemente residencial 55 50 Área mista, com vocação comercial e administrativa 60 55 Área mista, com vocação recreacional 65 55
Além da legislação incidente, cumpre considerar que o plano de trabalho a ser
desenvolvido para as obras terá por função apresentar os procedimentos de controle de ruído, inclusive, com as diretrizes de segurança para os trabalhadores envolvidos diretamente com as atividades geradoras de ruído (uso de equipamentos de segurança individual e coletivo). As medidas de comunicação social, além de disponibilizarem informações sobre os procedimentos operacionais das obras, irão oferecer um mecanismo de consulta e reclamações, o que poderá atenuar os efeitos desse impacto.
136
Apesar das previsões iniciais indicarem que os padrões de ruído serão atendidos na maior parte do tempo, a natureza das atividades de construção implica que níveis de ruído fora dos limites permitidos poderão ocorrer de forma pontual, restrito a certas localidades e períodos de tempo.
De forma semelhante, o uso de maquinário pesado poderá gerar vibrações, com potencial de impactos ao patrimônio edificado, onde não se descarta a ocorrência de trincas e outros tipos de danificações. Destaque para as atividades de construção dos pavimentos e sub-pavimentos que demanda uso de rolos compactadores com alto potencial de causar este tipo de impacto.
Cabe ainda destacar que, durante a operação do VLT, tais impactos terão efeito contrário, uma vez que o sistema de transporte com veículos pesados (ônibus) será substituído a partir da utilização de Veículo Leve, com baixo potencial de geração de ruído. No que tange às vibrações, as tecnologias e materiais disponíveis para a execução dos trilhos e cruzamentos em diferentes tipos de pavimentos, proporcionam-se efeitos particularmente positivos sobre a geração de vibrações.
Complementarmente, o plano de monitoramento ambiental das obras e operação será posto em prática a fim de garantir que os níveis de ruído sejam aqueles compatíveis com a legislação incidente, assim como garantir que as vibrações causadas não impliquem em danos ao patrimônio edificado. No caso da ocorrência dos mesmos, um plano de ação deverá ser desenvolvido de forma a indicar a relação real com as atividades de obra e as possibilidades de compensação.
Por fim, é preciso frisar que o traçado proposto, em especial a Linha Lilás, irá interceptar áreas de patrimônio histórico tombado, a exemplo da Praça Tubal Vilela e edificações localizadas no bairro Fundinho. Quando da definição dos projetos executivos, será possível prever em detalhe a dimensão das interferências e, assim, desenvolver medidas de prevenção, controle e compensação de qualquer impacto de caráter negativo que venha a ocorrer.
As características atribuídas a este impacto estão sintetizadas em sua matriz de consolidação, apresentada a seguir.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 6.05 Incômodos devidos geração de ruídos e vibrações
Componente: Cp.3.01 Dinâmica demográfica e condições de vida
Fase de Ocorrência: Implantação
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
ADA Imediato/Curto Temporário/Permanente Média
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Negativa e Positiva
Direto Certa Reversível Não Não Média
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7.0 Atividades econômicas e finanças públicas
7.01 Aumento das receitas fiscais durante a construção e a operação
Uma grande variedade de ações a ser realizada para a implantação do VLT implicará a geração de receitas por parte do município de Uberlândia. Além das receitas a serem arrecadadas diretamente pelos cofres do município, existem aquelas a serem repassadas de forma indireta pela esfera estadual e federal.
Em alguns casos haverá arrecadação de Imposto sobre Transferência de Bens Imóveis (ITBI), de competência impositiva do município da situação dos bens imóveis a eles relativos (art. 156, § 2º, II da Constituição Federal), uma vez que as terras onde serão implantadas as estruturas inerentes ao empreendimento são de posse do empreendedor.
No município ainda haverá o aumento do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS e ISSQN) em todas as etapas da fase construtiva. Esta alíquota varia entre 2 e 5% do valor total dos serviços declarados em contrato, ficando a cargo do município a sua definição.
Outras atividades implicarão a arrecadação de ICMS, conforme explicitado no Decreto Estadual N° 43.080, de 13 de dezembro de 2002.
Outras fontes de receitas derivarão de produtos e serviços terceirizados contratados pela construtora. Na esfera da União, destacam-se o IPI, IPVA, CIDE e IRRF e outros encargos sociais provenientes da contratação de mão de obra (PIS, COFINS, CLLS). Dos impostos que incidem sobre renda e outros proventos (IRRF, IRPJ) e produtos industrializados, 23% são repassados ao Fundo de Participação dos Municípios (Artigo 159 da Constituição Federal).
Caso haja registros de veículos no território do município, esse tem direito a 50% do IPVA. Em relação à CIDE, 29% do total arrecadado serão repassados ao estado de Minas Gerais, sendo o restante do município.
O incremento das receitas será mais intenso durante a fase de construção. Espera-se que o aumento das receitas provoque investimentos em infra-estrutura e necessidades mais emergenciais deste município. De forma indireta, também será beneficiada a instância estadual.
Para otimizar este impacto positivo, estão previstas medidas de comunicação social, de forma que este impacto foi qualificado como sendo de natureza positiva, incidência indireta, cuja probabilidade de ocorrência é certa. É um impacto de alta magnitude e alta significância, sendo suas demais características apresentadas na matriz de consolidação, a seguir.
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MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 7.01 Aumento das receitas fiscais durante a construção e a operação
Componente: Cp.3.02 Atividades economias e finanças públicas
Fase de Ocorrência: Implantação e Operação
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
AII Imediato/Curto Médio/Longo Alta
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Positiva Indireto Certa Reversível Sim Sim Alta
7.02 Dinamização das economias locais durante a construçãoA dinamização das
economias locais durante a fase de construção está associada ao aumento da massa salarial e
moeda corrente na economia municipal.
O incremento da massa salarial no município irá aumentar o poder de compra dos
consumidores, movimentando a economia local em termos quantitativos. Espera-se, assim,
incremento das atividades de prestação de serviços e materiais de construção, o que
movimentará o comércio local.
Materiais e serviços com maior especificidade técnica tenderão a ser adquiridos fora do
município. É um impacto positivo, de incidência indireta, todavia temporário, sendo restrito ao
período de obras do VLT. Considerando o montate de trabalhadores a serem empregados e o
porte do empreendimento, trata-se de um impacto de média magnitude e média significância.
Caberá às medidas de comunicação social otimizarem as características positivas desse
impacto.
Na matriz de consolidação apresentada a seguir, estão sintetizadas as demais
características do Impacto 7.02.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 7.02 Dinamização das economias locais durante a construção
Componente: Cp.3.02 Atividades economias e finanças públicas
Fase de Ocorrência: Planejamento e Implantação
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
AII Imediato/Curto Temporário Média
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Positiva Direta Certa Reversível Sim Sim Média
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7.03 Desaquecimento das economias locais ao final da fase de construção
Com o final das obras e o início da operação do empreendimento, tanto as receitas fiscais quanto a massa salarial sofrerão diminuições, provocando efeitos contrários àqueles citados no Impacto 7.02.
Espera-se que, com a diminuição do número de trabalhadores, ocorra a diminuição da demanda por bens e serviços, o que provocará a reorganização das economias locais.
Em função das medidas a serem adotadas pelo empreendedor na fase pré-construtiva, é possível que grande parte dos novos investimentos seja planejada prevendo-se sua descontinuidade, diminuindo os efeitos negativos deste impacto.
Dessa maneira, a intensidade desses impactos será tanto maior quanto for a intensidade do Impacto 7.02, ou seja, quanto maior for o crescimento da economia na fase de construção, maiores serão os impactos de desaceleração com o fim das obras.
Não se descarta, no entanto, que em função do porte da cidade de Uberlândia, e suas características eminentes voltadas à prestação de serviços, que a operação do VLT implique processos de reformulação das atividades urbanas, com impactos positivos na economia.
De forma semelhante, a prevenção de efeitos negativos ficará a cargo das medidas de comunicação social que objetivam otimizar as características positivas desse impacto.
O Impacto 7.03 foi tratado, no âmbito desta avaliação, como sendo de baixa magnitude e baixa significância. As demais características são apresentadas na matriz de consolidação a seguir.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 7.03 Desaquecimento das economias locais ao final da fase de construção
Componente: Cp.3.02 Atividades economias e finanças públicas
Fase de Ocorrência: Final da Implantação/Operação
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
AII Imediato/Curto Temporário Baixa
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Negativo Indireto Alta Reversível Sim Sim Baixa
8.0 Uso e ocupação do solo
8.01Substituição de usos nas áreas de intervenção
Este impacto está relacionado às áreas a serem ocupadas pelos componentes da VLT. A implantação das estruturas permanentes e de suas áreas de apoio durante a fase de construção constitui em ações indutoras de substituição de uso e ocupação do solo. Eventuais necessidades de intervenção nos caminhos de acesso e redes de infraestrutura provocarão impactos igualmente previsíveis.
140
No que se refere à operação do empreendimento, a valorização/desvalorização do solo urbano causará efeitos de alteração de uso e ocupação, que somente poderão ser comprovados através do monitoramento durante esta fase.
Em função das demandas diminutas de supressão da vegetação, não são esperadas alterações de cobertura vegetal significativa, sendo considerada ainda a possibilidade de plantio compensatório para as espécies suprimidas.
Trata-se, de fato, de um impacto cuja natureza é positiva e negativa, de incidência indireta, com probabilidade certa de ocorrência, sendo suas demais características apresentadas na matriz de consolidação a seguir.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 8.01 Substituição de usos nas áreas de intervenção
Componente: Cp.3.03 Uso e ocupação do solo
Fase de Ocorrência: Implantação/Operação
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
AID Longo Permanente Média
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Negativa e Positiva
Direto Certa Irreversível Sim Sim Média
9.0 Infraestrutura e serviços públicos
9.01 Apropriação da capacidade e deterioração das vias locais por veículos a serviço das obras
O tipo de obra que o empreendimento exige implicará o uso constante de veículos pesados e equipamentos de grande porte, com potencial de danificar os caminhos de acessos comuns, inclusive com interrupções temporárias no trânsito, conforme já mencionado.
O tráfego intenso e o peso dos veículos a serviço das obras são fatores potenciais de deterioração das vias de acesso. Além do uso, as intervenções para a readequação dos acessos poderá causar processos erosivos que, mesmo que em pequenas dimensões, poderão comprometer a qualidade dos leitos carroçáveis, além de gerar impactos sobre os sistemas de drenagem e canais fluviais.
Cumpre registrar, porém, que os principais caminhos a serem utilizados pelos veículos a serviço das obras localizam-se nas áreas centrais da cidade. As vias nas imediações provavelmente serão comprometidas, com seus níveis de serviço viário deteriorados, como as avenidas paralelas à Floriano Peixoto, assim como as pistas de rolamento das avenidas Anselmo Alves dos Santos e Rondon Pacheco.
Medidas de sinalização e comunicação social, assim como aquelas inerentes à engenharia de segurança das obras serão de fundamental importância para contornar os efeitos negativos deste impacto.
141
Trata-se de um impacto de temporário, com abrangência geográfica na AII do empreendimento, sendo, portanto, considerado como de média magnitude. A probabilidade de ocorrência de deterioração do pavimento e capacidade da via pode ser considerada como média. Este impacto de incidência indireta é plenamente reversível quando considerada a aplicação das medidas citadas. Considera-se baixa a sua significância.
Espera-se que o final das obras e início de operação do sistema, as condições de tráfego, assim como das vias, apresentem melhoras dos níveis de serviço.
Na matriz de consolidação apresentada a seguir, estão as demais características desse impacto.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 9.01 Apropriação da capacidade e deterioração das vias locais por veículos a serviço das obras
Componente: Cp.3.04 Infraestrutura e serviços públicos
Fase de Ocorrência: Implantação
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
AII Curto/Médio Temporário Média
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Negativo Indireto Média Reversível Não Não Baixa
9.02 Geração e risco de disposição inadequada de resíduos sólidos durante as obras
Durante a etapa de obras do VLT, as atividades construtivas e a operação dos canteiros de obra irão produzir resíduos sólidos dos mais variados tipos, incluindo restos de entulho, vergalhões, resíduos domésticos, resíduos de materiais hospitalares, restos de EPIs, além de embalagens residuais contaminadas com óleos, graxas e combustíveis, entre outros.
A construtora será a responsável pela implantação de sistemas adequados de coleta e disposição desses resíduos, promovendo, sempre que possível, a separação dos recicláveis. Não se descarta, no entanto, a possibilidade da ocorrência de disposição inadequada de resíduos nos locais de intervenção e junto aos cursos d’água e/ou sistemas de drenagem que poderão ser eventualmente contaminados, sobretudo por solventes, graxas e óleos combustíveis. Todas essas ocorrências apresentam potencial de degradar a qualidade dos recursos naturais na escala local.
Teoricamente, os resíduos devem ser coletados já separados e transportados para um aterro licenciado.
142
A correta aplicação das medidas de manejo de resíduos sólidos não exime o caráter negativo da geração e risco de disposição inadequada de resíduos nas frentes de obra. Indica, no entanto, que a sua reversibilidade é plenamente possível. Trata-se de um impacto temporário e restrito à ADA, o que configura a sua baixa magnitude. A incidência deste impacto é tida como indireta e sua probabilidade de ocorrência é média. O Impacto 9.02 foi considerado como sendo de baixa significância dado a eficácia reconhecida das ações de controle de resíduos.
Complementarmente, será de fundamental importância a aplicação das medidas de comunicação social e educação ambiental.
Na matriz de consolidação apresentam-se as demais características desse impacto.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 9.02 Geração e risco de disposição inadequada de resíduos sólidos durante as obras
Componente: Cp.3.04 Infraestrutura e serviços públicos
Fase de Ocorrência: Implantação
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
ADA Imediato/Curto Temporário Baixa
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Negativo Indireto Média Reversível Não Não Baixa
9.03 Ampliação da oferta de transporte no sistema urbano
Este será um dos principais impactos positivos do empreendimento, sendo a sua justificativa fundamental.
Em conjunto com outros sistemas de transporte já implantados e/ou em implantação na cidade de Uberlândia, como o BRT, por exemplo, este impacto tende a aumentar a disponibilidade da oferta no sistema.
A operação do empreendimento deverá contribuir com a ampliação da capacidade de suporte do sistema atual, garantindo, inclusive, o atendimento às demandas futuras conforme apresentado ao longo deste documento.
Deverá incrementar a eficiência do sistema e a confiança de investidores no município como um todo. A ampliação da oferta de transporte poderá garantir o crescimento das atividades econômicas além de auxiliar nas metas do projeto de universalização dos acessos à cidade e à mobilidade urbana. Vale ainda lembrar que durante a fase de obras, serão geradas receitas municipais importantes para o município de Uberlândia.
As medidas de comunicação social deverão informar a população sobre os benefícios do empreendimento, potencializando os seus objetivos. Durante a fase de operação, será necessária a adoção criteriosa de um plano de contingência, o que garantirá o pleno funcionamento do empreendimento como um todo.
143
Este é um impacto positivo, de alta magnitude, de manifestação direta e de abrangência difusa, uma vez que beneficiará o município. É considerado como de alta significância.
A matriz apresentada a seguir consolida as qualificações do Impacto 9.03.
MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 9.03 Ampliação da oferta de transporte no sistema urbano
Componente: Cp.3.04 Infraestrutura e serviços públicos
Fase de Ocorrência: Operação
Localização
Temporalidade Magnitude Manifestação Duração
AII Imediato/Curto Permanente Alta
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Positivo
Direto
Certa
Reversível
Sim Si
m Alta
10.0 Paisagem
10.01 Alterações na paisagem durante a construção e a operação
As alterações na paisagem na ADA do VLT serão iniciadas durante a fase de instalação dos canteiros de obra e áreas de apoio, e se prolongarão durante toda a fase de construção.
Dentre as ações com maior potencial impactante, destaca-se a limpeza das áreas, a demarcação das áreas de intervenção dos traçados, a construção das estações de transbordo e implantação das retro-áreas.
Do conjunto de alterações na paisagem, cabe diferenciar aquelas que terão caráter provisório daquelas que permanecerão definitivamente no local. As atividades de obra serão temporárias, incluindo o aumento da circulação nas vias de acesso do entorno, em função das necessidades de interrupção do tráfego local.
As alterações permanentes serão aquelas associadas às novas estruturas que irão compor o espaço urbano e que são inerentes ao funcionamento do sistema, de sorte que passarão a compor o conjunto de formas urbanas e o padrão de organização social do espaço.
O controle deste tipo de impacto é difuso, todavia cabe considerar as medidas de comunicação social que deverão auxiliar a população e os demais atores sociais a compreenderem o processo.
De modo que este impacto apresenta alta magnitude e alta significância. Além de sua incidência direta, trata-se de um impacto irreversível, de probabilidade de ocorrência certa e que pode apresentar efeitos cumulativos e sinérgicos.
A seguir, apresenta-se a matriz de consolidação do impacto resultante sobre a paisagem.
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MATRIZ DE CONSOLIDAÇÃO
Impacto: 10.01 Alterações na paisagem durante a construção e a operação
Componente: C.p3.05 Paisagem
Fase de Ocorrência: Implantação e Operação
Localização Temporalidade
Magnitude Manifestação Duração
AID Imediato/Curto Permanente Alta
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Negativo e Positivo
Direto Certa Reversível Sim Sim Alta
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CAPÍTULO V
Definição das áreas de
influência do empreendimento
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Com base nas informações sobre as dinâmicas dos componentes ambientais e a partir dos resultados das análises de impacto ambiental, foram definidas as áreas de influência do empreendimento.
Trata-se de um aspecto básico na condução dos Estudos de Impacto Ambiental. Na prática, tal procedimento constitui-se na definição das unidades espaciais de análise adotadas nos estudos, norteando não apenas a elaboração do diagnóstico ambiental, mas principalmente a avaliação dos impactos ambientais potencialmente decorrentes do planejamento, da implantação e da operação do empreendimento.
Cabe destacar que a delimitação proposta neste estudo não levou em conta somente o caráter espacial dos componentes socioambientais identificados e descritos, ou seja, somente a sua dimensão geográfica. Por outro lado, procurou-se utilizar critérios outros, inerentes ao conceito de escala, que envolvem o seu caráter operacional e, por conseguinte, apresentam níveis de resolução dos problemas compatíveis com a magnitude e ordem de relações entre as variáveis envolvidas (tanto as de ordem física quanto as de natureza social, econômica e política). Nesse sentido, o conceito de escalas de trabalho aqui adotado, permite reconhecer não só a natureza estática das áreas de influência, mas também como se desenvolvem as interações entre elas que, de fato, são responsáveis pela estruturação orgânica do espaço geográfico estudado – o município de Uberlândia
Atendendo a essa diretriz geral, e em conformidade com os aspectos legais vigentes, foram identificados dois níveis de influência do empreendimento, nos quais as características particulares dos meios físico, biótico e socioeconômico foram tratadas e diferenciadas.
AID – Área de Influência Direta
AII – Área de Influência Indireta
Conforme já mencionado, em relação ao componente metodológico, as pesquisas que subsidiaram a elaboração do diagnóstico foram delimitadas pelo conceito de Área de Estudo e Área Diretamente Afetada (ADA), apresentadas no início deste capítulo.
A seguir, apresenta-se a descrição sumária das áreas de influência definidas para as obras de implantação e operação do VLT.
AII
A Área de Influência Indireta é definida em função da susceptibilidade potencial aos impactos indiretos derivados das ações de planejamento, instalação e operação do empreendimento.
As características físicas e bióticas, assim como os impactos potenciais sobre esses componentes, têm, tipicamente, padrões de distribuições espaciais diferentes quando comparadas às características socioeconômicas. Dessa forma, diferentes limites da Área de Influência Indireta foram adotados.
Conforme sugerido no Artigo 5º da Resolução CONAMA Nº 1/86, foi estabelecido como AII dos meios físico e biótico, a área de drenagem da margem direita do rio Uberabinha, compreendida entre a foz do córrego São Pedro (inclusive) e a foz do córrego da Tabocas (inclusive). Soma-se a esta área a bacia do córrego Buriti, afluente da margem esquerda do rio Araguari, particularmente as micro bacias de seus afluentes do alto curso, ou seja, os córregos São José e Perpétua.
Para os impactos relacionados ao meio socioeconômico, definiu-se como AII o município de Uberlândia.
147
AID
A Área de Influência Direta (AID) constitui o espaço sujeito aos impactos diretos decorrentes da implantação e operação do empreendimento, que potencialmente poderão vir a alterar a qualidade e o estado de conservação do ambiente.
Para este estudo foi definido que a Área de Influência Direta do VLT engloba as estruturas da ADA, acrescida de um buffer de 500 m. Esta área contempla os locais que poderão sofrer os impactos diretos da implantação e operação do sistema.
Na Figura 6.a, apresenta-se a delimitação das Áreas de Influência do Empreendimento.
148
CAPÍTULO VI
Proposta para a elaboração
do Plano Básico Ambiental
149
Apresenta-se, a seguir, uma proposta sumária para a execução de um Plano Básico Ambiental que servirá para prevenção, controle, mitigação e compensação dos impactos negativos inerentes ao empreendimento, assim como para propor medidas de potencialização dos efeitos positivos decorrentes das suas diferentes fases de implantação.
Este Plano provavelmente sofrerá alterações futuras quando da disponibilização dos projetos executivos de implantação do sistema e deverá ser detalhado em acordo com o rito processual normal de licenciamento ambiental, ou seja, quando da obtenção da respectiva Licença de Operação. Em todo caso, constitui esforços de linha base que poderão orientar e/ou subsidiar as ações futuras no sentido de garantir o balanço ambiental positivo da implantação do VLT no município de Uberlândia/MG.
O desenho proposto para o Plano Básico Ambiental foi traçado considerando a identificação dos impactos potenciais, apresentados na seção anterior. A estruturação do Plano buscou garantir ao mesmo tempo concisão e abrangência suficientes para contemplar todos os impactos significativos, diretos e indiretos do empreendimento.
O conjunto de medidas abarca todo o escopo do empreendimento, em suas várias etapas de implementação, incluindo desde o planejamento, as fases construtivas e a operação da VLT.
Cabe registrar que o cumprimento do Plano Básico Ambiental será de responsabilidade do empreendedor e de seus contratados, configurando, portanto, compromissos vinculados ao licenciamento ambiental e funcionamento regular do empreendimento.
Para cumprir os objetivos acima mencionados, o Plano Básico Ambiental foi estruturado da seguinte forma, como demonstrado Tabela 6.a.
Tabela 6.a Proposta de Estrutura do Plano Básico Ambiental
Plano Básico Ambiental
Componente Medidas
P1 – Programa de Manejo Ambiental do Meio Físico
M1.01 Controle de erosão e assoreamento
M1.02 Manejo de instalações auxiliares
M1.03 Manejo de vias de acesso
M1.04 Controle de emissões atmosféricas
M1.05 Controle de qualidade das águas
M1.06 Manejo de resíduos sólidos
M1.07 Manejo de bota fora
M1.08Sinalização
M1.09 Controle de derrames
P2 – Programa de Manejo Ambiental do Meio Biótico
M2.01 Controle de supressão de vegetação
M2.02 Recomposição florestal e recuperação de áreas afetadas
M2.03 Compensação ambiental
M2.04 Monitoramento, captura e deslocamento de fauna
P3 – Programa de Manejo Ambiental do Meio Socioeconômico
M3.01 Comunicação social
M3.02 Educação ambiental
M3.03 Capacitação e monitoramente em saúde e segurança do Trabalho
P4 – Plano de Supervisão e Monitoramento Ambiental das Obras
P5 – Plano de Contingência do VLT
A seguir, são descritas sucintamente as propostas no âmbito deste Plano Básico
Ambiental.
150
6.1 Programas de Manejo Ambiental
Conforme colocado, a formulação do Plano de Manejo Ambiental proposto para o VLT Uberlândia foi definida em função dos resultados obtidos durante o processo de identificação e avaliação de impactos e considerando as medidas pertinentes para prevenir, mitigar e compensar os efeitos sobre os componentes do meio físico, biótico e socioeconômico.
Para tanto, este Plano deverá ser entendido como uma ferramenta dinâmica, variável no tempo, o qual deverá ser atualizado conforme as demandas de implantação e operação do projeto. Isto implica que o empreendedor deverá ter um compromisso com o melhoramento contínuo dos aspectos ambientais na área afetada direta e indiretamente, pelo projeto em pauta.
O Plano de Manejo Ambiental está estruturado em Programas Ambientais conforme os componentes passíveis de receberem impactos do empreendimento, a saber:
- Programa de Manejo Ambiental do Meio Físico
- Programa de Manejo Ambiental do Meio Biótico
- Programa de Manejo Ambiental do Meio Socioeconômico
Objetivos
O Plano foi desenvolvido baseado nos seguintes objetivos:
- Prevenir, mitigar, compensar os impactos ambientais decorrentes da implantação e operação do projeto
- Assegurar o cumprimento das exigências legais vigentes
Alcance
A abrangência espacial do Plano de Manejo Ambiental se limita às áreas de influência direta e indireta do Projeto. Em relação ao fator temporal, a maioria das ações propostas é referente à fase de implantação, uma vez que grande parte dos impactos será temporária. Em todo caso, medidas de monitoramento também deverão ser previstas para os primeiros anos de operação, de forma a acompanhar aqueles efeitos negativos que poderão ser permanentes e/ou de longo prazo.
P1 - Programa de Manejo Ambiental do Meio Físico
O Programa de Manejo Ambiental do Meio Físico tem por objetivo prevenir, mitigar e compensar os possíveis impactos ambientais no meio físico, que eventualmente possam ocorrer em função das atividades construtivas e de operação do VLT.
No âmbito desse Programa, são apresentadas medidas factíveis a serem implementadas em conjunto para cumprir com os objetivos supramencionados. Sua execução poderá ser feita por empresas terceirizadas, desde que aprovadas pelo empreendedor e em conformidade com a legislação vigente.
O Programa de Manejo Ambiental do Meio Físico contempla as seguintes medidas, cujos objetivos estão resumidos na Tabela 6.1.a, a seguir.
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Quadro 6.1.a Medidas e objetivos gerais do P1 - Programa de Manejo Ambiental do Meio Físico
Medidas Objetivos Gerais
M1.01 Controle de erosão e assoreamento
Evitar/minimizar a ocorrência de processos de erosão, desestabilização de solos que poderiam comprometer a estrutura dos componentes do projeto e a qualidade ambiental do entorno, assim como prevenir, monitorar e remediar processos de aporte de sedimentos em canais hídricos e áreas do entorno.
M1.02 Manejo de instalações auxiliares
Estabelecer medidas para prevenir e mitigar os impactos decorrentes da operação das instalações auxiliares, como canteiro de obras e instalações sanitárias.
M1.03 Manejo de vias de acesso Prevenir e mitigar os impactos potenciais decorrentes da abertura de novos acessos e adequação de acessos existentes.
M1.04 Controle de emissões atmosféricas
Estabelecer medidas de proteção da qualidade do ar decorrentes da suspensão de particulados e emissões de máquinas e equipamentos a serviço das obras.
M1.05 Controle de qualidade das águas Estabelecer medidas de prevenção e mitigação de impactos sobre a qualidade das águas superficiais e subterrâneas
M1.06 Manejo de resíduos sólidos
Minimizar qualquer impacto adverso sobre a saúde humana e ambiente originados pela geração, manipulação e disposição de resíduos sólidos gerados pelas atividades do projeto.
M1.07 Manejo de bota fora Prevenir e mitigar quaisquer efeitos que poderão ocorrer durante a disposição de material excedente.
M1.08 Sinalização
Oferecer estrutura de sinalização interna e nos caminhos de acesso às obras de forma a informar os trabalhadores da obra e terceiros sobre as atividades desenvolvidas.
M1.09 Controle de derrames Minimizar a probabilidade de derrames acidentais e suas conseqüências.
P2 - Programa de Manejo Ambiental do Meio Biótico
Esta seção apresenta as medidas que permitirão prevenir, mitigar e compensar os possíveis efeitos sobre a flora e fauna que possam vir a ocorrer em decorrência da implantação e operação do VLT.
Para se garantir os objetivos deste Programa, foram propostas atividades específicas de manejo ambiental do meio biótico, com objetivos específicos direcionados aos componentes supracitados. Esta característica, todavia, não exclui a necessidade do desenvolvimento conjunto de tais medidas com aquelas propostas no âmbito dos demais Programas deste Plano Básico Ambiental.
Este Programa deverá ser implantado pelo empreendedor e/ou por empresas terceirizadas legalmente licenciadas para esta atividade.
O Plano de Manejo Ambiental do Meio Biótico contempla as seguintes medidas, cujos objetivos estão resumidos na Tabela 7.1.b, a seguir.
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Tabela 6.1.b Medidas e objetivos gerais do P2 - Programa de Manejo Ambiental do Meio Biótico
Medidas Objetivos Gerais
M2.01 Controle de supressão de vegetação Prevenir e mitigar a supressão desnecessária da vegetação e garantir a adoção de medidas que minimizem os impactos sobre a flora
M2.02 Recomposição florestal e recuperação de áreas afetadas
Estabelecer medidas que visem a recomposição da vegetação nas áreas de intervenção direta, evitar processos erosivos e proporcionar ambientes para a fauna. Tem ainda por objetivo garantir a recuperação ambiental das áreas que possam vir a ser degradadas
M2.03 Compensação ambiental Compensar os impactos negativos permanentes e irreversíveis decorrentes da supressão da vegetação
M2.04 Monitoramento, captura e deslocamento de fauna
Prevenir, controlar e mitigar os impactos sobre a fauna decorrentes das atividades de implantação do empreendimento
P3 - Programa de Manejo Ambiental do Meio Socioeconômico
De maneira semelhante aos demais programas de manejo apresentados anteriormente, o Programa e Manejo Ambiental do Meio Socieconômico tem por objetivo prevenir e mitigar os impactos adversos decorrentes da implantação e operação do VLT.
Dentre seus objetivos específicos, o presente Programa visa a informar a população em geral e os grupos de interesse sobre as características do empreendimento e proporcionar um mecanismo de consulta e reclamação por parte dos interessados.
Visa, ainda, a cumprir com as determinações legais que o porte do empreendimento exige. Por outro lado, algumas medidas propostas no âmbito deste Programa têm o caráter de reforçar os impactos positivos do projeto, tais como a geração de empregos diretos e indiretos e o aumento da oferta de disponibilidade no transporte público.
A área de abrangência deste Programa extrapola as áreas de intervenção direta do empreendimento, contemplando os componentes do meio socioeconômico que serão indiretamente atingidos pela implantação e operação do sistema, ou seja, a população do entorno, o município de Uberlândia e as demais entidades civis interessadas.
Ficará a cargo do empreendedor a execução do Programa de Manejo Ambiental do Meio Socioeconômico, sendo possível a contratação de empresa terceirizada especializada em suas atividades.
Na Tabela 6.1.c estão elencadas as principais medidas propostas no âmbito deste Programa, com seus respectivos objetivos gerais
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Tabela 6.1.c Medidas e objetivos gerais do P3 - Programa de Manejo Ambiental do Meio Socioeconômico
Medidas Objetivos Gerais
M3.01 Comunicação social
Estabelecer os procedimentos de comunicação social e informar a população e grupos de interesse sobre as características do projeto do VLT. Estabelecer um mecanismo de reclamação e sugestões.
M3.02 Educação ambiental
Capacitar a população do entorno, grupos de interesse e trabalhadores envolvidos com as atividades de obra a respeito das questões ambientais
M3.03 Monitoramento e capacitação em saúde e segurança do trabalho
Garantir a implementação de ações que previnam a ocorrência de acidentes de trabalho e demais tipos de ocorrências vinculadas à transmissão de doenças infecto-contagiosas. Garantir as condições de saúde dos trabalhadores envolvidos com as atividades de obra, assim como dos ambientes de trabalho.
P4 - Plano de Supervisão e Monitoramento Ambiental das Obras
O Plano de Supervisão e Monitoramento Ambiental das Obras será a principal ferramenta de gestão ambiental das obras. Dentre os seus principais objetivos destacam-se:
Monitorar o andamento das obras e verificar a implantação das medidas de prevenção, controle e mitigação de impactos previstas neste PBA.
Identificar e notificar a ocorrência de impactos ambientais e situações de riscos ambientais iminentes decorrentes das atividades de obra.
Produzir provas documentais dos fatos, com especial atenção à implantação das medidas de prevenção, controle e mitigação de impactos.
Analisar as alterações reais decorrentes das atividades de obras a partir do registro prévio dos locais de intervenção.
Indicar a responsabilidade pela ocorrência de impactos e propor as medidas compatíveis para sua resolução.
A execução da supervisão e monitoramento ambiental das obras poderá ficar a cargo, de preferência, de empresa terceirizada a ser contratada para a avaliação e registro das atividades indicadas no presente PBA.
P5 - Plano de Contingência do VLT
O Plano de Contingência do VLT é um documento interno que será utilizado como guia no caso de emergência ou eventos fortuitos tais como desastres naturais e acidentes ambientais. O Plano está desenhado para se por em prática ações imediatas quando verificadas situações emergenciais que necessitem a sua aplicação.
Em termos gerais, este Plano tem a intenção de apresentar as medidas de prevenção e ação de resposta imediata ante a situações de contingência, para controlar de maneira oportuna e eficaz eventos que possam ocorrer durante a implantação e operação da VLT.
Visa prevenir e mitigar os danos causados por desastres e/ou acidentes ambientais, cumprindo com os procedimentos técnicos de controle de segurança.
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Dentre seus objetivos específicos, destacam-se:
Identificar áreas mais vulneráveis a acidentes/desastres, estabelecendo medidas e ações correspondentes.
Estabelecer ações de controle e resgate durante e após a ocorrência de eventos. Garantir a integridade física dos trabalhadores envolvidos com as atividades de
obra e terceiros. Minimizar eventuais impactos sobre o meio ambiente.
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CAPÍTULO VII
Considerações finais provisórias
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Com o objetivo de permitir uma consistente análise de viabilidade ambiental do empreendimento VLT Uberlândia, este documento compila as informações e resultados obtidos com a realização do diagnósico ambiental da Área de Esudo definida para a condução das investigações sócio-ambientais.
Na identificação e avaliação dos impactos potenciais do empreendimento, foram analisados os componentes ambientais e ações impactantes inerentes a cada fase do projeto, conforme apresentado na seção 6.4. No total, foram identificados 21 impactos,sendo 6 incidentes sobre o meio físico, 2 sobre o meio biótico e 13 sobre o meiosocioeconômico.
Em função do porte e magnitude dos impactos identificados, a equipe técnica definiu as áreas de influência do empreendimento, o que poderá subsidiar uma futura avaliação ambiental integradados potenciais efeitos cumulativos e sinérgicos sobre os componentes ambientais descritos.
Da avaliação consolidada dos impactos resultou a proposição do arcabouço de programas e medidas propostos para minimizar os impactos potencialmente negativos do projeto e potencializar os impactos positivos e benefícios socioambientaisesperados com a implantação e operação do VLT Uberlândia.
Conforme colocado anteriormente, o conjunto de programas e medidas proposto no âmbito deste documento deverá ser detalhado futuramente conforme o rito processual de licenciamento ambiental e demais solicitações pertinentes a serem exigidas pelo órgão ambiental competente.
Considerando as diferentes escalas de influência apresentadas, verifica-se que em relação aos aspectos dos meios físico e biótico, a maioria dos impactos concentra-se na Área Diretamente Afetada e Área de Influência Direta, mesmo porque trata-se de intervenções propostas em áreas urbanizadas, onde os efeitos de alteração das dinâmicas naturais já foram majoritariamente conduzidos pela imposição dos sistemas de engenharia próprios da cidade.
Em relação aos impactos no meio socioeconômico, os de maior significância identificados para a fase de obra estão associados à geração de empregos e incômodos gerados pela necessidade de alterações e desvios no tráfego, além de possíveis interferências em redes de serviços. De qualquer modo, estes impactos serão de caráter temporário e passíveis de mitigação. Já os associados à fase de operação terão uma abrangência espacial de maior escala e serão difusos, implicando efeitos de mobilidade e circulação na cidade como um todo.
Destacam-se os efeitos do aumento da oferta e melhoria nas condições do transporte público, assim como os resultados do processos de requalificação urbana a serem, provavelmente, desencadeados pela operação do sistema. Neste aspecto, cumpre ainda destacar o balanço positivo das emissões de combustíveis fósseis o que poderá proporcionar uma condição de melhor conforto ambiental, diretamente relacionada aos aspectos de sustentabilidade na cidade de Uberlândia.
Em todo caso, as análises aqui apresentadas não eximem o desenvolvimento de estudos futuros de maior detalhe, quando da disponibilização dos projetos executivos de engenharia, quando será possível proceder às análises quantitativas do balanço ambiental geral decorrentes das fases de implantação e operação do empreendimento.
Considerando-se o conjunto de aspectos apresentados, pode-se concluir que o VLT Uberlândia é um empreendimento viável do ponto de vista ambiental, desde que atendidas as recomendações apresentadas. O conjunto de Programas Ambientais propostos deverá contribuir para a efetiva mitigação e controle dosimpactos ambientais esperados, e deverá ser desenvolvido em sinergia com os demais aspectos de engenharia de projeto.
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INSTITUTO DE GEOGRAFIA Universidade Federal de Uberlândia
Câmpus Santa Mônica, Bloco H Avenida João Naves de Ávila, 2121 Uberlândia, MG
ticas e sugestões ao projeto podem ser enviados até 05/02/2015 por meio do sítio:
www.vltuberlandia.com
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