Euzeli Silva Brandão

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O que é ser um especialista em enfermagem dermatologia.

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O que é ser um especialista em enfermagem dermatológica

Euzeli da Silva Brandão

Agravos dermatológicos

Representam um dos grandes problemas de saúde pública no Brasil, sendo uma das principais

razões para a procura de consultas ambulatoriais, em serviços públicos e privados.

SBD, 2006

Novas demandas

Mudanças no perfil da população brasileira Crescente busca por melhor qualidade de vida

Reorganização da atenção em diversas de

especialidades

Necessidade de profissionais especializados

Dermatologia

Progrediu de forma extraordinária nas últimas décadas.

Aprimoramento de recursos diagnósticos e terapêuticos, tornando-

se uma especialidade diversificada, com atuação nas áreas clínica,

cirúrgica e cosmiátrica.

Rotta, 2008

Enfermagem em dermatologia

Enfermagem em dermatologia Longa trajetória histórica no Brasil

Enquanto prática de cuidados com a pele e em programas de atenção básica em Dermatologia

(hanseníase, leishmaniose).

Acúmulo de saberes, especialmente pelos enfermeiros de saúde pública (primeiros a atuar

neste campo do conhecimento, principalmente na “dermatologia sanitária”)

Pinto, Mandelbaum, Gamba, 2008

Enfermagem em dermatologia

Início: anos 70/80 - transição e busca de novos modelos assistenciais

Construção de práticas e saberes resgatando os pressupostos de universalidade e

integralidade, num contexto de multiprofissionalidade e interdisciplinaridade.

Pinto, Mandelbaum, Gamba, 2008

Enfermagem em dermatologia 1994: Criação do Grupo de Interesse de

Enfermagem em Dermatologia com o apoio da ABEN.

1998: Criação da SOBENDE (congressos, seminários e reuniões cientificas, curso de pós-graduação e provas para titulação de especialistas).

Até março de 2009:

60 enfermeiros titulados (prova da SOBENDE)

26 enfermeiros pós-graduados pela UNIFESP

De forma peculiar e em ritmo diferente da medicina, a enfermagem tem sido desafiada a atender as novas demandas da população

Crescente interesse dos enfermeiros por esta especialidade

Aumento da oferta de cursos de pós-

graduação em enfermagem dermatológica

Cursos de pós especialização

enfermagem em dermatologia

Até 2005: apenas 01 instituição de ensino

(UNIFESP)

Em 2007: 15 instituições em variadas regiões do país, com propostas pedagógicas e conteúdos heterogêneos.

Preocupações

Formação e aprimoramento

(poucos cursos de pós-graduação qualificados e reconhecidos pela SOBENDE)

Atuação na prática assistencial, no ensino e na pesquisa

(poucos enfermeiros especialistas em dermatologia)

Monetta, 2006

A formação do Enfermeiro pós graduado em dermatologia

Atender às reais necessidades da população

Respeitar as características culturais, regionais e epidemiológicas (demandas

regionais)

Especialista: algumas definições

Especialista

“Pessoa que se consagra com particular interesse e cuidado a certo estudo”

ou

“Pessoa que tem habilidade ou prática especial em determinada coisa”

Ferreira, 1999

Especialista

Pessoa que possui conhecimento profundo, baseado na experiência e na apropriação

de profundos conhecimentos teóricos específicos.

Benner, 1984

Quem são os enfermeiros especialistas?

Questão que intriga pesquisadores de diversos países

Importância da questão

Não existe consenso na literatura de que somente os enfermeiros com pós-graduação

podem ser considerados especialistas

Critérios não adequados: influenciar na qualidade da assistência, limitar estudos e

interferir na fidedignidade dos resultados

Podemos definir todos os enfermeiros pós-graduados como especialistas, sem

conhecermos a experiência, a prática e o aprimoramento de um?

Galdeano, Rossi, 2006

Avaliação de especialistas

Problema desafiador

Dificuldade de estabelecer padrões e

critérios

Propósitos devem ser claramente definidos, evitando diferentes métodos de avaliação.

Fox Young, 1995

O grande consenso:O valor da experiência prática

“Know-how”: habilidade emconectar o conhecimento a

habilidade apropriada

Questões importantes:

Tempo de especialização?

Área de atuação?

Tempo que atua na área de especialização?

Participa de reuniões, eventos científicos na área?

Possui experiência com pesquisas?

A formação do especialista é processo contínuo, que não se limita a realização de um curso de

pós-graduação.

O enfermeiro, ao concluir a especialização, é considerado pós-graduado em enfermagem em

dermatologia.

Concessão do Titulo de Especialista em enfermagem em dermatologia: Atribuição

exclusiva da SOBENDE, conforme resolução do COFEN de 2006 e Estatuto da ABESE.

Academia Brasileira de Especialistas em Enfermagem (ABESE)

Missão:

a) Estimular a formação de especialistas

b) Definir as diretrizes da formação dos especialistas em enfermagem (grade curricular mínima)

É essencial definir quais as competências deve possuir o enfermeiro especialista em

dermatologia para que os programas formadores estejam capacitados a

esta preparação.

Competência

CompetênciaAptidão para enfrentar situações análogas,

mobilizando múltiplos recursos cognitivos: saberes, capacidades, informações,

valores, atitudes, percepções, avaliação e raciocínio.

Perrenoud, 2002

Enfermeiro especialista em dermatologia

Profissional habilitado para:

- Desenvolver atividades para promoção, prevenção e recuperação da saúde da pele com visão do ser na sua totalidade

- Desenvolver atividades de ensino, pesquisa, gerenciamento de recursos, assessoria e consultoriatécnica.

Sobende, 2009

PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO

DE PROG. SAÚDE COL. PARA COMBATE DAS

DÇAS TRANSMISSÍVEIS (LEISHMANIOSE,

HANSENÍASE, DSTS)

PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO

DE PROG. SAÚDE COL. PARA COMBATE DAS

DÇAS TRANSMISSÍVEIS (LEISHMANIOSE,

HANSENÍASE, DSTS)

PROM. DA SAÚDE, MANUTENÇÃO DA

INTEG. DA PELE, PREVENÇÃO DE UP

PROM. DA SAÚDE, MANUTENÇÃO DA

INTEG. DA PELE, PREVENÇÃO DE UP

ESTÉTICAESTÉTICA

TRAT. DE FERIDAS:

ÚLCERAS

VASCULOGÊNICAS,

PRESSÃO..

TRAT. DE FERIDAS:

ÚLCERAS

VASCULOGÊNICAS,

PRESSÃO..

RECUPERAÇÃOSAÚDE DA PELE.

CUIDADOAS PESSOAS

COM AFECÇÕES CUTÂNEAS

RECUPERAÇÃOSAÚDE DA PELE.

CUIDADOAS PESSOAS

COM AFECÇÕES CUTÂNEAS

PARTICIPAÇÃO EM PROJETOS

(DERMACAMP,GRUPOS DE APOIO)

PARTICIPAÇÃO EM PROJETOS

(DERMACAMP,GRUPOS DE APOIO)

ENFERMEIRO EM DERMATOLOGIA

CUIDADO TÉCNICO, DIALÓGICO E SOLIDÁRIO

ENFERMEIRO EM DERMATOLOGIA

CUIDADO TÉCNICO, DIALÓGICO E SOLIDÁRIO

SOBENDE

Elaboração de critérios e normas fundamentais para nortear o planejamento dos cursos de

especialização e o sistema de concessão e revalidação de título de

especialista em enfermagem em dermatologia.

Objetivo

Contribuir para o desenvolvimento permanente de profissionais comprometidos com o cuidado

integral das pessoas, visando construir um olhar especializado sobre o processo saúde-

doença-cuidado da pele ao longo do ciclo vital.

Gamba et all, 2008

Estratégias

Estabelecimento de convênios, parcerias e atuação junto aos órgãos

da saúde, educação, sindicatos e entidades de classe.

Para se tornar um especialista...

Critérios da Sobende: - Ser formado há pelo menos 3 anos - Ter pelo menos 2 anos de experiência na área- Ser associado há pelo menos 2 anos - Apresentar memorial (análise)- Realizar prova 

A partir de 2015, para inscrição, será exigido curso de especialização ou pelo menos 3 anos de experiência comprovada na área. 

Importância da titulação

Selo de QualidadeMérito profissional

Cursos de especialização em enfermagem em dermatologia

Antes da inscrição, certifique-se quanto a aprovação do curso pelos órgãos de educação, e se atende aos critérios

estabelecidos pela SOBENDE.

Enfermeiro Especialista em Dermatologia

Formação

Educação Permanente

PRODUÇÃO DE CONHECIMENTOS

PRÓPRIOS

Enfermeiro Especialista em Dermatologia

Necessidade de construção de referenciais teóricos voltados

especificamente para o cuidar do cliente com afecção cutânea,

adequados à realidade brasileira.

Neste contexto, destaca-se que a presença do enfermeiro junto ao cliente é fundamental.

Somente através do contato direto será possível construir um corpo de

conhecimentos próprios, elaborado e recomendado pelos próprios executores do cuidar, e voltado para as reais necessidades

do cliente.

Referências Sociedade Brasileira de dermatologia. Censo dermatológico da SBD. Rio de Janeiro, SBD,

2006. Rotta O. Dermatologia: clínica, cirúrgica e cosmiátrica. São Paulo: Manole, 2008. Pinto MDF, Mandelbaum MHS, Gamba MA. Agravos dermatológicos: um problema de

saúde pública. Cadernos de enfermagem em dermatologia. 1, 2008. 13-25. Mandelbaum MHS. Enfermagem: funções administrativas e assistenciais em medicina

estética. In: Maio M: Tratado de medicina estética . São Paulo: Roca, 2004. p.182-50. Monetta L. Autonomia do enfermeiro em dermatologia. Nursing, 2006. Oliveira EB, Brandão ES, Ferreira ARA. Peculiaridades no contexto do cuidado do cliente

dermatológico: disseminando novas práticas e novos saberes. In: Brandão ES, Santos I. Enfermagem em dermatologia: cuidados técnico, dialógico e solidário. Rio de Janeiro: cultura médica, 2006. p.201-22.

Benner P. From novice to expert: Excellence and power in clinical nursing practice. Menlo Park, Addison-Wesley, 1984. p.13-34.

Fox Young. Problemas na avaliação de enfermeiros especialistas: propósitos, normas e métodos. Nurse Educ Today 1995, 15(2):96-100.

Galdeano LE, Rossi LA. Validação de conteúdo diagnóstico: critérios para seleção de expertos. Ciência, Cuidado e Saúde Maringá. 2006, 5(1): 60-66.

Ministério da Educação (BR). Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Brasília (DF) 1996 dez 23;34(248) Seção 1:27.833-41.

Perrenoud P. A formação dos professores no século XXI. In: Perrenoud P. Thurler MC. As competências para ensinar no século XXI. Porto Alegre: Artmed; 2002. p11-34.

Henderson V. The nature of nursing. New York (EUA): Mc Millian, 1981.

Obrigada!

euzeli@terra.com.br

Sobenderio@yahoo.com.br

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