Exclusão e Desigualdade do Acesso ao Saneamento Básico na...

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Exclusão e Desigualdade do Acessoao Saneamento Básico na Bahia

Luiz Roberto Santos Moraes, PhDProfessor Titular em Saneamento e Participante

Especial da Universidade Federal da Bahia

Salvador, 16/07/2015

Estrutura da apresentação

� Algumas premissas e conceitos.

� Universalidade, equidade e integralidade.

� O impacto na saúde da ausência ouprecariedade das ações e serviços públicosde saneamento básico.

� O saneamento básico no Brasil.

� O saneamento básico na Bahia edesigualdades.

� Considerações finais.

Algumas premissas e conceitos

Constituição Federal (1988)

Art. 6o. – São direitos sociais a educação,a saúde, a alimentação, o trabalho, amoradia, o lazer, a segurança, aprevidência social, a proteção àmaternidade e à infância, a assistênciaaos desamparados na forma destaConstituição (EC no 64/2010).

Resolução da Assembleia Geral da

ONU A/RES/64/292, de 28/07/2010

O direito humano à água e saneamento (disposição de excretas/esgotamento sanitário)

� Pela primeira vez, esta Resolução da ONU reconheceformalmente o direito à água de beber segura e limpa e aosaneamento (disposição de excretas/esgotamentosanitário) como um direito humano que é essencial para aconcretização de todos os direitos humanos. A Resoluçãoapela aos Estados e às organizações internacionais queprovidenciem os recursos financeiros, contribuam para odesenvolvimento de capacidades e transfiram tecnologias demodo a colaborar com os países, nomeadamente os países emvias de desenvolvimento, a assegurarem água potável segura,limpa, acessível e a custos razoáveis e saneamento para todos.

(www.un.org/ga/search/view_doc.asp?symbol=A/RES/64/292)

Como implementar esse direito humano em sociedades

desiguais como a nossa?

� As desigualdades sociais, que tem comoconsequência a exclusão, são resultantes domodo de produção capitalista, concepção deEstado e políticas públicas.

� “No âmbito do embate ideológico e político, a“exclusão social” expressa, certamente, odiagnóstico e a denúncia de um conjuntoamplo, diverso e complexo de realidades emcuja base está a perda parcial ou total dedireitos econômicos, socioculturais esubjetivos” (FRIGOTTO, 2010, p. 419).

Fonte: Colares, 2013.

Fonte: Vieira, 2005.

� “a exclusão social é uma categoria quevai sendo assumida nos embatespolíticos tanto para explicitar questõesde gênero e etnia, como, eespecialmente, para designarproblemas da perda de direitos que, nocontexto da mundialização do capital,assumem uma magnitude e umagravidade sem precedentes”(FRIGOTTO, 2010, p. 422).

� A noção de exclusão não atenta para ascausas estruturais e globais das relaçõescapitalistas e conduz, por isso, a atacar, deforma focalizada e precária, asconsequências. Não se trata, ressalva Castel(1999), de não reconhecer o mérito e anecessidade das políticas de inclusão, masde atentar para o fato de que a questãosocial vem sendo trazida, de formapermanente, para a “margem”, reduzindo-a auma questão técnica (FRIGOTTO, 2010).

� Excluídos (do campo dos direitos) sãotodos aqueles que não têm acesso aseus direitos fundamentais, pessoasque não podem se alimentar, não podeter uma moradia, não tem oportunidadede acesso à educação e não podemfazer jus a todas as garantias que lhessão conferidas pela ConstituiçãoFederal (DOROTEU, 2012).

Saneamento Básico

� conjunto de ações, entendidas fundamen-talmente como de saúde pública, compreendendoo abastecimento de água em quantidadesuficiente para assegurar a higiene adequada e oconforto, com qualidade compatível com ospadrões de potabilidade, coleta, tratamento edisposição adequada dos esgotos e dos resíduossólidos, drenagem urbana de águas pluviais econtrole ambiental de roedores, insetos,helmintos e outros vetores transmissores ereservatórios de doenças (MORAES, 1987).

Saneamento Básico

� Art. 227 – Todos têm direito aos serviçosde saneamento básico, entendidosfundamentalmente como de saúde pública,compreendendo abastecimento de água nomelhor índice de potabilidade e adequadafluoretação, coleta e disposição adequadade esgotos e do lixo, drenagem urbana deáguas pluviais, controle de vetorestransmissores de doenças e atividadesrelevantes para a promoção da qualidade devida (Constituição do Estado da Bahia, ECno 07/1999).

Lei no 11.445, de 05/01/2007(Lei Nacional de Saneamento Básico)

� Art. 3º. Para efeito desta Lei, considera-se:I – saneamento básico: conjunto deserviços, infraestruturas e instalaçõesoperacionais de:a) abastecimento de água potável;b) esgotamento sanitário;c) limpeza urbana e manejo de resíduossólidos;d) drenagem e manejo de águas pluviaisurbanas.

DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS

MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Saneamento Básico como Direito Social

Saneamento Básico

Medida de proteção ambiental

Medida de cidadania

Medida de promoção à saúde

Medida de infraestrutura

urbana

As ações de saneamento básico se constituem em meta social diante da essencialidade à vida e à proteção ambiental (BORJA, 2005).

Fonte: SOUZA; FREITAS, 2006.

Fonte: SOUZA; FREITAS, 2006.

Universalidade, equidade e integralidade

� A ideia de universalidade é tributária decerta noção de igualdade, quando sedefende o acesso de todos aos bens eserviços produzidos na sociedade(PAIM, 2011).

Universalidade

� A Lei no 11.445/2007 apresenta, em primeiro lugar, comoprincípio fundamental dos serviços públicos de saneamentobásico, a universalização do acesso.

� E o que significa acesso universal? Significa a possibilidade detodos os brasileiros poderem alcançar uma ação ou serviço deque necessite, sem qualquer barreira de acessibilidade, sejalegal, econômica, física ou cultural. Quer dizer, acesso igualpara todos, sem qualquer discriminação ou preconceito. Acessouniversal, e igualitário repetindo, é para todos - ricos e pobres,homens e mulheres, velhos e crianças, nordestinos e sulistas,negros e brancos, independentemente de etnia ou opçãosexual.

� Contudo, para os efeitos da citada Lei, considera-se auniversalização como a ampliação progressiva do acesso de

todos os domicílios ocupados ao saneamento básico (art. 3º,Inciso III).

� Sendo a universalidade atingida nas próximas décadas, oabastecimento de água deveria ser distribuído igualmente paratodos - famílias, indústria e o agronegócio?

� Mesmo sendo assegurado o acesso a todos, o financiamento eo pagamento deveriam ser iguais?

� E sendo garantida o abastecimento de água e esgotamentosanitário para todos os domicílios, o financiamento deveria serpúblico e os serviços gratuitos?

� Ou parte da população pagaria por esses bens e serviçoscoletivos, reservando a gratuidade apenas para os que nãopudessem fazê-lo?

� Como contemplar a integralidade dos componentes dosaneamento básico – abastecimento público de água,esgotamento sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais elimpeza urbana e manejo de resíduos sólidos? (PAIM, 2011)

Equidade

� A ideia de equidade, ultrapassa os limites daigualdade e encontra-se com a ideia de justiça social.

� Equidade significa que todo cidadão têm direito aoacesso à água limpa, à serviços públicos desaneamento básico de qualidade e à ambientesaudável.

� A equidade horizontal corresponde ao igualtratamento para iguais, enquanto que a equidadevertical parte da premissa de tratamento desigualpara desiguais. O fundamento converge que aigualdade, em alguns casos, pode não ser justa(PAIM; SILVA, 2010).

� O saneamento básico é uma meta coletiva diante desua essencialidade à vida humana e à proteçãoambiental, o que evidencia o seu caráter público e odever do Estado na sua promoção, constituindo-seem um direito social integrante de políticas públicas esociais (BORJA, 2004).

� Os valores cobrados pelos serviços públicos desaneamento básico devem ser criteriosamente edemocraticamente definidos, constituindo-se em maisum instrumento de justiça social e não fator deexclusão do acesso aos serviços.

� Embora a igualdade seja um valor consideradoimportante haveria situações em que ocorrem grandesdesigualdades, como no acesso aos serviços públicosde saneamento básico, saúde e correlatos.

� Nesses casos, atender igualmente os desiguais poderiaresultar na manutenção das desigualdades, impedindoatingir a igualdade.

� Com vistas, sobretudo, à distribuição de recursos, anoção de equidade se impõe. Admite, em tese, apossibilidade de atender desigualmente os que sãodesiguais (equidade vertical), priorizando aqueles quemais necessitam para poder alcançar a igualdade(PAIM, 2011).

� “Em nome de que padrão de justiçasocial as distintas racionalidades dedistribuição de recursos utilizadas pelaspolíticas setoriais ou pelos níveis degoverno são formuladas?” (COHN,2005, p. 287).

� Partindo da analogia do que Vieira da Silva eAlmeida Filho (2009) consideram comoequidade em saúde, equidade emsaneamento básico pode ser interpretadacomo o resultado de políticas que tratamindivíduos que não são iguais de formadiferente.

� Nesse sentido, “equidade” e “iniquidade”correspondem a conceitos relacionados com aprática da justiça e à intencionalidade daspolíticas sociais e dos sistemas sociais.

� “A unanimidade do discurso, em prol daequidade, não obstante o amplo espectro deforças políticas que o formulam, ao tempo emque se contempla a persistência dasdesigualdades no mundo, mostra que outraslógicas devem estar orientando a formulação(ou pelo menos a implementação) daspolíticas públicas” (VIEIRA DA SILVA;ALMEIDA FILHO, 2009, p.5223).

� O sistema integral, seja de saneamento básico, desaúde ou do meio ambiente, permite o entrosamentoentre as diversas partes que compõem o todo, alémde incorporar políticas, programas, práticas ecuidados ou atenção.

� O caráter sistêmico e integral do conjunto dasintervenções contribuiria para assegurar maiorefetividade, pois poderia atuar sobre asmanifestações fenomênicas, os nós críticos eacumulações que as geram, assim como sobre asregras básicas que compõem a sua estrutura.

� Assim, a integralidade pode ser entendida como umenunciado de certas características do sistema, suasinstituições e de suas práticas (MATTOS, 2001).

Integralidade

� Intersetorialidade = trabalhar juntospara alcançar resultados melhores ou,em linguagem técnica, combinação derecursos para obter eficiência, eficáciae efetividade (PAIM, 2011).

� Não pode ser realizada apenas entreações, mas sobretudo, entre políticassociais que compreendem renda,emprego, educação, moradia,saneamento básico e saúde (COHN,2003).

� A precedência da universalidade sobre a equidadepode reforçar a condição de cidadania plena efortalecer laços solidários na construção de umasociedade democrática. Do mesmo modo, se aintegralidade não é uma panaceia, nem um conceitoque engloba tudo, mas um “conceito em estadoprático”, a exigir trabalho teórico e confronto com arealidade, mediante investigações empíricas eintervenções tecnológicas, pode induzir o diálogo, apactuação e intersetorialidade no âmbito daspolíticas públicas, em particular as de saneamentobásico (PAIM, 2011).

� Universalidade supõe que todos os brasileiros tenhamacesso igualitário ao saneamento básico, semqualquer barreira de qualquer natureza, seja legal,econômica, física ou cultural.

� A equidade possibilita a concretização da justiça, coma prestação de serviços, destacando um grupo ou

categoria essencial alvo especial das intervenções.

� E a integralidade, ao orientar o Plano Nacional deSaneamento Básico – Plansab, no sentido de integraros componentes relativos ao abastecimento públicode água, esgotamento sanitário, drenagem e manejode águas pluviais e limpeza urbana e manejo deresíduos sólidos, tende a reforçar as açõesintersetoriais e a construção de uma nova governançana gestão de políticas públicas (PAIM, 2011).

Como construir a articulação

� Na formulação e implementação daspolíticas públicas.

� No processo de elaboração eimplementação dos planos.

� No exercício do controle social (nasinstâncias de controle social; nosconselhos; nas conferências setoriais eintersetoriais etc.).

O impacto na saúde da ausência ou precariedade das ações e serviços

públicos de saneamento básico

Famílias individuais

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1

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7

Sem banheiro Com banheiro

Inci

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Fonte: MORAES et al. Trans. Roy. Soc. Trop. Med. Hyg., n. 97, p.153-158, 2003

Comunidades inteiras

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Sem

infraestrutura

Drenagem Drenagem e

esgotos

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Vermes intestinais em Salvador

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90

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Sem

infraestrutura

Drenagem Drenagem &

esgotos

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Trichuris Ascaris amarelão

Fonte: MORAES et al. Trans. Roy. Soc. Trop. Med. Hyg., n. 98, p.197-204, 2004

Aspectos a serem considerados no impacto sobre a saúde de uma dada solução tecnológica

de saneamento básico

� diálogo com a população, durante a concepção dassoluções;

� proximidade entre gestores e população;� um processo continuado de avaliação do serviço;� integração entre a área de saneamento e outras

áreas afins, sobretudo a de saúde;� retro-alimentação pela vigilância epidemiológica;� facilitação de mecanismos para a participação

popular e o controle social;� prática de uma política tarifária inclusiva (HELLER;

NASCIMENTO, 2005), dentre outros.

A importância de Políticas Públicas Saudáveis

� As políticas públicas saudáveis se definem comoaquelas que têm uma grande repercussão nascondições de saúde das populações.

� Segundo a Carta de Adelaide de 1988 (2ª. CMPS),as políticas públicas saudáveis caracterizam-sepelo interesse e preocupação explícitos daspolíticas públicas de todas as áreas em relação àsaúde e a equidade e pelo compromisso com oimpacto de tais políticas sobre a saúde dapopulação.

O Saneamento Básico no Brasil

Situação – domicílios particulares permanentesatendidos, segundo Censo 2010, com:

� rede geral de abastecimento de água –82,85%;

� rede coletora de esgoto ou fossa séptica –67,01%;

� coleta de lixo – 87,04% (IBGE, 2011);

� e drenagem de águas pluviais – PNSB 2008(IBGE, 2010).

IDS – Brasil 2015

(IBGE, 2015)

IDS – Brasil 2015

(IBGE, 2015)

IDS – Brasil 2015

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IDS – Brasil 2015

(IBGE, 2015)

IDS – Brasil 2015

(IBGE, 2015)

O Saneamento Básico na Bahia

Situação – domicílios particulares permanentesatendidos, segundo Censo 2010, com:

� rede geral de abastecimento de água –80,34%;

� rede coletora de esgoto ou fossa séptica –51,76%;

� coleta de lixo – 76,21% (IBGE, 2011);

� e drenagem de águas pluviais - ???

Pobreza na Bahia em 2010 (SEI, 2014)

Pobreza na Bahia em 2010 (SEI, 2014)

Pobreza na Bahia em 2010 (SEI, 2014)

Proporção de moradores em DPP com rede deabastecimento de água (%), segundo faixa de rendamensal domiciliar (em SM). Bahia - 2013.

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2013.

Proporção de moradores de DPP urbanos com rede deabastecimento de água (%), segundo faixa de rendamensal domiciliar (em SM). Bahia - 2013.

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2013.

Proporção de moradores em DPP rurais com rede deabastecimento de água (%), segundo faixa de rendamensal domiciliar (em SM). Bahia - 2013.

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2013.

Proporção de moradores de DPP com esgotamentosanitário adequado adequado (%), segundo faixa derenda mensal domiciliar (em SM). Bahia - 2013.

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2013.

Nota: Rede coletora de esgoto e fossa séptica

Proporção de moradores em DPP urbanos comesgotamento sanitário adequado (%), segundo faixa derenda mensal domiciliar (em SM). Bahia - 2013.

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2013.

Nota: Rede coletora de esgoto e fossa séptica

Proporção de moradores em DPP rurais comesgotamento sanitário adequado (%), segundo faixa derenda mensal domiciliar (em SM). Bahia - 2013.

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2013.

Nota: Rede coletora de esgoto e fossa séptica

Proporção de moradores em DPP com esgotamentosanitário (%), segundo faixas da taxa de analfabetismode maiores de 15 anos de idade (%). Bahia - 2010.

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

Nota: Rede coletora de esgoto e fossa séptica

Proporção de moradores em DPP com esgotamentosanitário adequado (%), segundo PIB per capita

(R$/hab.). Bahia - 2010.

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

Nota: Rede coletora de esgoto e fossa séptica

Proporção de moradores em DPP com esgotamentosanitário adequado (%), segundo porte populacional domunicípio (hab.). Bahia - 2010.

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

Nota: Rede coletora de esgoto e fossa séptica

Proporção de moradores em DPP com acesso a coletade resíduos sólidos domiciliares (%), segundo faixa derenda mensal domiciliar (em SM). Bahia - 2013.

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2013.

Proporção de moradores de DPP urbanos com acessoa coleta de resíduos sólidos domiciliares (%), segundofaixa de renda mensal domiciliar (em SM). Bahia -2013.

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2013.

Proporção de moradores em DPP rurais com acesso acoleta de resíduos sólidos domiciliares (%), segundofaixa de renda mensal domiciliar (em SM). Bahia -2013.

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2013.

Considerações finais

� Concordando com o historiador Eric Hobsbawm aquestão central do século XXI, deverá ser não aprodução de mercadorias, mas a distribuição dariqueza por uma esfera pública, que para elecontinua sendo o Estado, ainda que não sob a formaatual.

� Combater o ideário e os valores neoliberais eprosseguir lutando para a construção de sociedadesfundadas nos valores e princípios da igualdade,solidariedade e a generosidade humana, colocandoa ciência e a técnica e os processos educativos aserviço da dilatação da vida para todos os sereshumanos;

� Redefinir o papel do Estado (de preposto para ocapital � Estado radicalmente democrático); e

� Criar capacidade política para ter controle do fundopúblico e sua aplicação para garantir os múltiplosdireitos e necessidades humanas, incluindo as açõese serviços públicos de saneamento básico,possibilidade condicionada à organização, cada vezmais ampla, da classe trabalhadora em seusdiferentes organismos coletivos e nos movimentossociais são desafios para todos aqueles queacreditam que um outro mundo é possível!

“A universalização do saneamento básico apresenta grandes desafios de mudança cultural, que cabem a cada

um de nós, como trabalhadores, técnicos, políticos, legisladores e

operadores da lei, dirigentes e gestores, mas, sobretudo, como

cidadãos, enfrentá-los”.

Fazer saneamento básico de outra forma é possível!

Muito obrigado!

moraes@ufba.br

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