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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
RECICLAGEM DE PAPEL FERRAMENTA PARA O DOCENTE EM ARTE-
TERAPIA E ESTRATÉGIA DE PRESERVAÇÃO
AMBIENTAL
Por: Manuela Guimarães Coelho
Orientadora
Prof. Fabiane Muniz da Silva
Guarapari
2009
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
RECICLAGEM DE PAPEL FERRAMENTA PARA O DOCENTE EM ARTE-
TERAPIA E ESTRATÉGIA DE PRESERVAÇÃO
AMBIENTAL
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Arte-terapia em
Educação.
Por: . Manuela Guimarães Coelho
3
AGRADECIMENTOS
A todos os que direta ou indiretamente
contribuíram para a realização deste
trabalho.
4
DEDICATÓRIA
À minha família, sempre presente em
todas as grandes conquistas,
incentivando e dando o apoio necessário.
5
RESUMO
Esta pesquisa insere-se no eixo temático Educação e cidadania, em sua linha
de produção social do conhecimento e direciona-se a buscar novas estratégias
para se trabalhar Arte com educandos, orientando-os no sentido de preservar
o meio ambiente, proporcionando entretenimento, lazer, relaxamento e
possibilitando uma fonte de renda.
Neste contexto, apresenta, sob uma perspectiva histórica, a descrição de uma
oficina realizada com crianças carentes, a qual utiliza a reciclagem artesanal
de papel como uma ferramenta para o docente em arte-terapia. Trata-se
também de uma alternativa de reaproveitar o lixo das instituições de ensino,
constituído em grande parte por papel.
O presente trabalho, que utiliza concepções de Andrade, Selma Ciornai, Fábio
Mestriner e outros teóricos, também apresenta a questão do ensino de Arte à
luz dos Parâmetros Curriculares Nacionais e focaliza a Arteterapia como
importante aliada do professor de Arte.
6
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA
O delineamento de pesquisa a ser utilizado é a pesquisa-ação que tem como
função principal o interesse coletivo na solução do problema ou suprimento de
uma necessidade.
Pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica
que é concebida e realizada em estreita associação com uma
ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os
pesquisadores e os participantes representativos da situação ou
problema estão envolvidos de modo cooperativo (Thiollent, 1986,
p.14).
Também serão buscados subsídios para o presente trabalho na pesquisa
bibliográfica, midiática e apreciação das reações dos sujeitos envolvidos na
pesquisa.
Diversos procedimentos serão utilizados para todos os sujeitos de pesquisa.
Primeiramente, eles serão submetidos a uma oficina em que aprenderão todas
as etapas de reciclagem de papel. Após essa etapa, os indivíduos
confeccionarão cartões para serem expostos e vendidos nas dependências da
instituição. É interessante ressaltar que serão buscados os benefícios advindos
da arteterapia, através do bem-estar e do prazer de exercerem tal atividade.
Para contextualizar a pesquisa, inicialmente, serão apresentadas as
concepções de Andrade, Bracelpa e Felício sobre a reciclagem e a coleta
seletiva de lixo. Também serão apresentados dados fornecidos pelo IBGE e
EMBRAPA relacionados à quantidade de lixo produzido e coletado
seletivamente.
7
Também serão abordados os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino
de Arte e no que tange à Arte-terapia, serão mencionados autores como Félix
Guattari (1987), que diz que “os processos de produção material e social estão
intimamente ligados aos processos de produção de subjetividade”. Guattari a
mostra como um processo contínuo, fundamental no modo de vida de uma
sociedade, pois o modo como o indivíduo vive essa subjetividade em sua
experiência pessoal determina se haverá uma relação de alienação e opressão
ou uma relação de criação e expressão.
Nessa perspectiva, será abordada a criação como processo de singularização,
bem como a criatividade, como característica inerente a todo ser humano
independente do grupo social de pertencimento. Esta capacidade do ser
humano tem sido historicamente manipulada pela pressão social de ideologia
mecanicista e é trabalhada pelas artes.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .............................................................................
09
CAP. I - A COLETA SELETIVA E A RECICLAGEM DE PAPEL
12
CAP. II - ARTETERAPIA E RECICLAGEM DE PAPEL .............
17
CAP. III - A PESQUISA ................................................................
25
CONCLUSÃO ..............................................................................
30
BIBLIOGRAFIA ............................................................................
31
9
INTRODUÇÃO
É sempre relevante e produtivo refletir sobre a práxis do professor. Ao se
pensar na disciplina Arte em tempos de desmatamento, torna-se viável e
necessário apresentar a reciclagem de papel como ferramenta adequada para
desenvolver atividades arte-terapêuticas e ainda como uma estratégia de
preservação ambiental. O presente trabalho tem como objetivo principal fazer
uma abordagem da reciclagem de papel, como alternativa na preservação do
meio ambiente, como possível geradora de fonte de renda e como propiciadora
de arte-terapia.
Uma das tarefas do professor é selecionar conteúdos e adequar metodologias
de ensino que permitam atividades variadas e estimulem a criatividade e o
interesse dos alunos. É conveniente que se criem ou simulem situações em
que os alunos sejam solicitados a relacionar o conhecimento teórico e sua
aplicação a situações de prática comum.
Este estudo apresenta o contexto do lixo produzido na escola em nível de
papel, que é a maior quantidade de resíduo sólido orgânico existente em uma
instituição de ensino e que pode transformar-se em geração de renda e arte
no papel coletado e reciclado. Nesse aspecto questiona-se:
Como orientar o aluno de Arte no sentido de preservar o meio ambiente,
proporcionando entretenimento, lazer, relaxamento e possibilitando uma fonte
de renda ?
A questão ambiental está cada vez mais presente no cotidiano da população
das nossas cidades, principalmente no que se refere ao desafio da
preservação da qualidade de vida. A forma desorganizada e sem controle das
nossas cidades nos últimos 40 anos tem provocado um aumento dos
problemas ambientais.
10
A preocupação com o meio ambiente criou uma demanda por produtos e
processos coerentes com a preservação da natureza e o desenvolvimento
sustentável. A reciclagem de papel é uma forma de responder a essa
demanda. Utilizando tal prática, pode-se preservar os recursos naturais e
conseqüentemente, matéria prima, energia e água. Outros benefícios advindos
da reciclagem são a minimização da poluição e a diminuição da quantidade de
lixo que vai para os aterros.
O presente trabalho tem como objetivo principal fazer uma abordagem da
reciclagem de papel, como alternativa na preservação do meio ambiente, como
possível geradora de fonte de renda e como propiciadora de arte-terapia.
Outros objetivos foram buscados, dentre os quais:
ü Apresentar o contexto do lixo produzido na escola em nível de papel,
que é a maior quantidade de resíduo sólido orgânico existente em uma
instituição de ensino,.
ü Apresentar técnicas e etapas no processo de reciclagem de papel
ü Relatar as experiências vividas pelos alunos submetidos à arteterapia
pela prática de atividades envolvendo a reciclagem de papel
Tendo em vista os aspectos mencionados anteriormente, pretende-se, com
esta monografia utilizar-se da técnica de reciclagem de papel artesanal como
alicerce pedagógico para viabilizar ao educando uma experiência de cidadania
concreta, colocando-o em relação com o mundo do trabalho concebido como
uma possibilidade de interação com o mundo para transformá-lo.
Além disso, por meio dessa prática, tem-se uma excelente ferramenta para a
realização de Arteterapia e uma possibilidade de geração de uma fonte de
renda.
Este projeto tem como referencial a Arteterapia, a história do papel, a coleta
seletiva, o processo de reciclagem artesanal deste material, bem como a
11
utilização da reciclagem do mesmo para a confecção de diferentes trabalhos
artísticos.
A aprendizagem artística envolve um conjunto de diferentes tipos de
conhecimentos, que visam à criação de significações exercitando
fundamentalmente a constante possibilidade de transformação do ser humano.
Considerando a realidade apresentada, optou-se por realizar uma oficina
diferenciada que proporcionasse prazer e ao mesmo tempo possibilitasse uma
futura fonte de renda aos alunos do PETI, Projeto de Erradicação do Trabalho
Infantil
12
CAPÍTULO 1 – COLETA SELETIVA E RECICLAGEM DE
PAPEL
A reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por
finalidade aproveitar detritos e reutilizá-los no ciclo de
produção de que saíram. Reaproveitar e reutilizar o que de
alguma forma foi rejeitado. Sabe-se ainda, que cada 50
quilos de papel produzido corresponde a uma árvore
derrubada. (FELÍCIO, 2002)
Segundo FELÍCIO (2002), a coleta seletiva é uma das etapas mais onerosas
dos tratamentos do lixo que visam sua reutilização e a separação adequada
dos descartes, colocando em recipientes separados detritos orgânicos dos
inorgânicos. O autor ressalta que a reciclagem assume um papel fundamental
na preservação do meio ambiente, devolvendo a terra uma parte de seus
produtos e reduzindo o acúmulo de resíduo nas áreas urbanas. Adotar a
reciclagem significa assumir um novo comportamento diante do ambiente,
conservando o máximo possível, ensinando a população a não desperdiçar, a
ver o lixo como algo que pode ser útil e não como uma ameaça.
1.1 A HISTÓRIA DO PAPEL NO BRASIL Com a tecnologia atual, qualquer árvore pode ser utilizada para produzir a
celulose de forma rápida, econômica e sem provocar grandes danos ao meio
ambiente. Mas nem sempre foi assim. Antes da invenção do papel,foi
necessária a utilização de muita criatividade pelo homem para se expressar por
meio da escrita. Na Índia, por exemplo, folhas de palmeiras eram usadas com
esta finalidade. Os esquimós usavam ossos de baleia e dentes de foca. Na
China, os livros eram feitos com conchas e cascos de tartaruga.
Tudo começou a mudar quando os egípcios inventaram o papiro e o
13
pergaminho, por volta de 2200 a.C. É relevante acrescentar que a palavra
papel é originária do latim papyrus, que era o nome dado a um vegetal da
família Cepareas, uma planta aquática existente no delta do Nilo. O mais
interessante é que os egípcios consideravam essa planta sagrada, porque sua
flor lembrava os raios do Sol, divindade máxima para esse povo.
O papel era de difícil acesso nas civilizações antigas, em contrapartida, hoje
sabe-se que praticamente qualquer árvore pode servir como matéria-prima
para a sua produção. As mais utilizadas são o vidoeiro, a faia, o choupo preto,
o bordo e, principalmente, o eucalipto. Entretanto, dentre todas as espécies de
árvores utilizadas no mundo para a produção de celulose, o eucalipto brasileiro
é a que tem o menor ciclo de crescimento - somente sete anos.
A primeira fábrica brasileira de papel foi instalada entre 1809 e 1810 em
Andaraí Pequeno, Rio de Janeiro, por iniciativa dos industriais portugueses
Henrique Nunes Cardoso e Joaquim José da Silva. Outra fábrica apareceu no
Rio de Janeiro montada por André Gaillard, em 1837, e, logo em seguida, em
1841, teve início a de Zeferino Ferraz, instalada na freguesia do Engenho
Velho.
Depois de muita pesquisa em seu laboratório, o português Moreira de Sá
anunciou a descoberta do papel de pasta de madeira. O primeiro produto
impresso com esse método em sua fábrica foi um soneto de sua autoria,
dedicado a D. João VI e Dona Carlota Joaquina.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil não podia contar com as
importações da celulose que vinham todas do exterior. Esse fato acabou por
dar um novo impulso à fabricação nacional, que foi obrigada a procurar
alternativas para substituir a celulose.
O papel reciclado pode ser transformado em diversos produtos como papel
higiênico, guardanapos, toalhas de rosto, papéis de embrulho, sacolas,
14
embalagens para ovos e frutas, papelões, caixas de papelão, papel jornal e até
papel para impressão Offset (que pode ser usado em cadernos, livros,
materiais de escritório, envelopes, etc.). Este último tipo de papel é obtido com
uma seleção rigorosa da matéria prima original, basicamente vindo de aparas
de gráfica.
1.2 A RECICLAGEM DE PAPEL
Instituições de ensino trabalham basicamente com papel, já que, segundo
informações obtidas através do site de uma fábrica de papel, disponível em
<http//www.ksp.com.br>>, acessado em outubro de 2008, aproximadamente
80% do lixo das escolas consiste em papel. O material que descartam
normalmente é de boa qualidade, por apresentar pouca contaminação.
Hipermercados, Shoppings, médias e grandes lojas descartam boas
quantidades de caixas de papelão, as quais também estão aptas ao processo
de reciclagem, ao contrário de determinados materiais descartados, que
contaminados devido à separação incorreta, tornam-se impróprios ao processo
de reciclagem.
O primeiro passo para a reciclagem deste resíduo consiste na separação
correta do papel, de modo a evitar a contaminação por grampos, clips,
elásticos, tintas, entre outros.
Após a coleta, o papel deve ser triado, de forma a serem retiradas matérias
perigosas para o equipamento ou processo (metais, vidros) e matérias
impróprias (por exemplo, papéis sulfurizados, encerados ou parafinados). Após
essa etapa, o papel é triturado em dimensões pré-determinadas.
As operações finais do processo correspondem ao enfardamento e a venda do
papel usado as indústrias de reciclagem, que farão a sua transformação em
papel pronto para ser reutilizado.
15
O processo industrial de transformação de papel usado é semelhante ao de
fabricação papel virgem, sendo o primeiro menos intensivo. A reciclagem do
papel é conseguida através do aproveitamento das fibras de celulose
existentes nos papéis usados. O papel pode ser fabricado exclusivamente com
fibras secundárias (papel 100% reciclado) ou ter a incorporação de pasta para
papel. As fibras apenas podem ser recicladas cinco a sete vezes, pois a
obtenção de papel reciclado várias vezes implica adicionar alguma quantidade
de pasta de papel virgem para substituir fibras degradadas.
1.3 AS VANTAGENS DA RECICLAGEM DE PAPEL
Nas instituições de ensino, é grande a quantidade de papel que se joga fora.
Trabalhos, provas, documentos obsoletos, dentre outros, são descartados sem
os cuidados necessários, o que impede o reaproveitamento ou a reciclagem.
Na citação seguinte, retirada do site de uma fábrica de papel, disponível em
<http//www.ksp.com.br>, acessado em outubro de 2008, temos alguns
benefícios provenientes da reciclagem de papel. Eles estão diretamente
ligados ao desenvolvimento sustentável, à economia e à preservação de
recursos naturais do planeta:
- Madeira: Uma tonelada de aparas pode substituir de 2 a 4
m3 de madeira, conforme o tipo de papel a ser fabricado, o
que se traduz em uma nova vida útil para de 15 a 30
árvores;
- Água: Na fabricação de uma tonelada de papel reciclado
são necessários apenas 2.000 litros de água, ao passo
que, no processo tradicional, este volume pode chegar a
100.000 litros por tonelada;
Energia: Em média, economiza-se metade da energia,
podendo-se chegar a 80% de economia quando se
16
comparam papéis reciclados simples com papéis virgens
feitos com pasta de refinador;
- Redução da Poluição: Teoricamente, as fábricas
recicladoras podem funcionar sem impactos ambientais,
pois a fase crítica de produção de celulose já foi feita
anteriormente. Porém as indústrias brasileiras, sendo de
pequeno porte e competindo com grandes indústrias, às
vezes subsidiadas, não fazem muitos investimentos em
controle ambiental;
- Criação de Empregos: estima-se que, ao reciclar papéis,
sejam criados cinco vezes mais empregos do que na
produção do papel de celulose virgem e dez vezes mais
empregos do que na coleta e destinação final de lixo.
É relevante acrescentar que a reciclagem é um processo industrial. Os papéis
devem ser encaminhados para compradores, contudo a reciclagem caseira,
apesar de trabalhar com pequenas quantidades, pode ser vista como uma
atividade artística ou social e, além disso, dissemina a cultura da reciclagem.
17
CAPÍTULO 2 - ARTETERAPIA E RECICLAGEM DE
PAPEL
Os Parâmetros Curriculares Nacionais da disciplina Arte, vol 6, definem que:
A educação em Arte propicia o desenvolvimento do
pensamento artístico e da percepção estética, que
caracterizam o modo próprio de ordenar e dar sentido à
experiência humana: o aluno desenvolve sua
sensibilidade, percepção e imaginação tanto ao realizar
formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer
as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela
natureza e nas diferentes culturas”.
Mais do que fornecer informações, é fundamental que o ensino de Arte se volte
ao desenvolvimento de competências que permitam ao aluno lidar com
informações, compreendê-las, elaborá-las , questioná-las, quando for o caso,
enfim, compreender o mundo e nele agir com autonomia, fazendo uso dos
conhecimentos adquiridos da disciplina, preservando o meio ambiente e
buscando melhor qualidade de vida.
Tentar experimentar a arte como produção sensível e a aula como encontro
consiste em buscar uma experiência intensiva com atividades que possam
despertar o interesse do aluno na busca pela aquisição de conhecimento.
A arte-educação torna-se um encontro capaz de produzir subjetividade e a
criação um esforço de compreensão da realidade.
O encontro com a arte não pode ser ensinado e sim
experimentado. Nesta perspectiva, a aula de artes deve
ser encarada também como um encontro capaz de
produzir um saber que contemple em conteúdo e
18
expressão esse vivido. Num encontro há ressonância entre
os corpos, diálogo que pressupõe troca de afetos
produzindo sentidos. Perceber a educação por esse viés
não significa descompromisso com o que se propõe, mas
compromisso com um rigor ético-estético-político, que não
é um rigor metodológico, de regras e normas de conduta, e
sim um comprometimento com a autopercepção e
autoengendramento (Farina, p.11).
Essa auto-percepção se dá coletivamente, pois o ato perceptivo é também um
ato de auto-criação que se engendra na prática que é fundamentalmente
relacional.
No tipo de aula-encontro o qual será classificado como oficina, o participante
dá sentido ao seu gesto, compondo uma ação nutrida de pensamento. A ação
do educador funciona como uma problematização das normatizações e
regulações do vivido para poder repensá-las, como um modo de aprender a
jogar jogando.
Essa produção de sentido está além da produção de significados, sendo o
efeito de uma experiência intensiva. É pensar o processo de formação como
processo de transformação e autoconstrução.
Pensar a relação existente entre a criação e o inconsciente, é pensar um
inconsciente que se auto-produz, livre de uma estrutura prévia. O plano
criacionista, de imanência, referido por Deleuze, nada tem haver com a
memória ou o percurso histórico do artista. Ë um plano pré-pessoal e pré-
subjetivo. Trabalhar com essa concepção de criação na escola não significa
proibir as referências do passado, mas trabalhar com as oscilações entre
presente e passado, possibilitando a criação de universos de referência.
2.1 CONCEITO DE ARTETERAPIA
19
A arte tem feito parte de nossas vidas há pelo menos 40 mil anos,
representada por pinturas pré-históricas registradas em paredes, grutas e
cavernas onde o homem demonstrava sua expressão artística fazendo arte
pela arte (MESTRINER, 2000).A produção de formas físicas, capacidade de
expressar uma idéia, empregando um material que possa ser trabalhado, ou
seja prática de atividade que depende de inteligência e habilidade é definida
por MATTOS, 1996.
Atualmente a arte é definida como uma obra em aberto que convida os
espectadores a produzirem sentidos múltiplos e provisórios. Lidar com a arte
contemporânea é lidar com um nível de entendimento onde o sentido não está
a priori. É um reflexo de nosso tempo. É inventada a cada dia ao explorar
novas formas de linguagens que utilizam as mais variadas narrativas. A
escolha de materiais estranhos como sangue, minhocas, meias e lixo em vez
de tintas, cavaletes ou pincéis, já não causa espanto aos apreciadores das
artes formais (SALGADO, 2002). Os objetos e a prática devem ser
reconhecidos socialmente, como tais devem ser introduzidos, apreciados,
comentados e mudados com o tempo seguindo os padrões de cada
sociedade.
Já a Arteterapia é o termo que designa a utilização de recursos artísticos em
contextos terapêuticos. Ciornei (2004) a considera uma definição ampla, pois
pressupõe que o processo do fazer artístico tem o potencial de cura quando o
cliente é acompanhado pelo arteterapeuta experiente, que com ele constrói
uma relação que facilita a ampliação da consciência e do auto-conhecimento,
possibilitando mudanças.
É um campo de interface com especificidade própria. A formação em
Arteterapia além das matérias de arte e psicologia necessárias, compreende
também um corpo teórico e metodológico próprios, que abrange
conhecimentos da história da Arteterapia, conhecimento dos processos
psicológicos gerados tanto no decorrer da atividade artística como na
observação de trabalhos de arte, conhecimento das relações entre processos
20
criativos, terapêuticos dos diferentes materiais e técnicas, conhecimento dos
fundamentos teóricos e metodológicos da abordagem, vivência pessoal e
prática supervisionada.
Nesta perspectiva, a Arteterapia é um caminho através do qual cada indivíduo
pode encontrar possibilidades de expressão para, através de técnicas e
materiais artísticos, processar, elaborar e redimensionar suas dificuldades na
vida. Dessa forma, é possível resgatar o potencial criativo do ser humano,
buscando o psique saudável e estimulando a autonomia e a transformação
interna, para reestruturação do ser.
Segundo Ciornei, 2004:
Partindo do princípio, de que muitas vezes não consegue-
se falar de conflitos pessoais, a Arteterapia possui recursos
artísticos para que sejam projetados e analisados, todos
esses processos, obtendo uma melhor compreensão de si
mesmo, e podendo ser trabalhado no intuito de uma
libertação emocional. É através da expressão artística que
o homem consegue colocar seu verdadeiro self da maneira
mais pura e direta que possa existir.
Uma obra de arte, consegue por si só, transmitir sentimentos como alegria,
desespero, angústia e felicidade, de maneira única e pessoal, relacionadas ao
estado espiritual que encontra-se o autor no momento da confecção.
A Arteterapia tem como objetivo, favorecer o processo terapêutico, de forma
que o indivíduo entre em contato com conteúdos internos e muitas vezes
inconscientes, que foram barrados por algum motivo expressando assim
sentimentos e atitudes, até então desconhecidos.
A utilização de recursos artísticos (pincéis, cores, papéis, argila, cola, figuras,
desenhos, recortes) tem como finalidade, a mais pura expressão do verdadeiro
21
self, não se preocupando com a estética, e sim com o conteúdo pessoal
implícito em cada criação e explícito como resultado final.
As técnicas de utilização dos materiais, acima citados, são para simples
manuseio dos mesmos, e não para profissionalização ou comercialização.
A busca da terapia da arte, é uma maneira simples e criativa para resolução de
conflitos internos, é a possibilidade da catarse emocional de forma direta e não
intencional.
As linguagens plásticas, poéticas e musicais, dentre outras, podem ser mais
adequadas à expressão e elaboração do que é apenas vislumbrado, ou seja,
esta complexidade implica na apreensão simultânea de vários aspectos da
realidade. Esta é a qualidade do que ocorre na intimidade psíquica; um mundo
de constantes percepções e sensações, pensamentos, fantasias, sonhos e
visões, sem a ordenação moral da comunicação verbal do cotidiano.
Uma obra de arte consegue, por si só, transmitir sentimentos como alegria,
desespero, angústia e felicidade, de maneira única e pessoal, relacionadas ao
estado espiritual em que se encontra o autor no momento da criação.
A utilização de recursos artísticos (pincéis, cores, papéis, argila, cola, figuras,
desenhos, recortes, etc.) tem como finalidade a mais pura expressão do
verdadeiro self, não se preocupando com a estética, e sim com o conteúdo
pessoal implícito em cada criação e explícito como resultado final. Contudo, as
técnicas de utilização dos materiais, acima citados, são para simples manuseio
dos mesmos, e não para profissionalização ou comercialização.
2.2 A RECICLAGEM COMO FERRAMENTA NA ARTETERAPIA
Reciclar papel é uma forma de reaproveitar partes das coisas que jogamos
fora. E, diante da pluralidade de opções vislumbradas pela livre criação da arte
na contemporaneidade, viu-se que matérias-primas fibrosas, tanto orgânicas
como inorgânicas podiam ser utilizadas para compor, de uma folha de papel
22
reciclado artesanal, uma peça de arte. Cerca de 40% do lixo urbano é papel
que acabariam desperdiçados nos lixões e aterros das cidades (ANDRADE,
1999).
Segundo ALVES (1996), a cultura moderna valoriza apenas o novo. O
reaproveitamento de materiais encontrados no lixo doméstico significa um
incentivo à criatividade para transformação de sucata em matéria-prima e
diminuição de impactos ambientais, evitando-se corte de árvores. Segundo
GRIPPI (2001), uma tonelada de aparas pode evitar o corte de dez a doze
árvores provenientes de plantações comerciais. O mesmo autor diz que a
fabricação de papéis com uso de aparas gasta de 10 a 50 vezes menos água
que no processo tradicional, que usa celulose virgem, além de reduzir o
consumo de energia pela metade.
O ecletismo da Arte Contemporânea trouxe a integração do objeto não
artístico, criando uma nova alternativa onde os objetos deixam de ser utilitários
se transformando em novas idéias e diversidades múltiplas atingindo o
multiculturalismo podendo ser trabalhados diversos temas de fácil
compreensão (CIORNAI, 2004).
Há inúmeras possibilidades de se proporcionar momentos de laser com arte-
terapia. Além disso, utilizando a reciclagem, torna-se viável minimizar os
impactos ambientais provenientes da indústria de papel e, de certa forma,
conscientizar as pessoas da necessidade de se preservar o planeta para as
gerações futuras.
2.3 TÉCNICAS PARA A RECICLAGEM DE PAPEL
A técnica industrial, extremamente elaborada e com processos simples, porém
impossíveis de serem realizados em uma escola, será descrita abaixo a efeito
de situar o processo e as etapas, as quais foram obtidas no site disponível em
<http//reciclagemearte.com.br>, acessado em agosto de 2008.
23
As fases do processo industrial de reciclagem de papel
são:
- Desagregação ou maceração: mistura do papel velho
com água, de modo a enfraquecer as ligações entre as
fibras;
- Depuração e lavagem: têm como objetivo eliminar os
contaminantes. O processo é semelhante a peneirar o
papel, com peneiras cada vez mais menores.
- Dispersão: são utilizadas temperaturas de 50ºC a 125ºC
para dissolver os contaminantes, que são depois
dispersos;
- Destintagem: consiste na remoção das partículas de tinta
aderentes à superfície das fibras;
- Branqueamento: para a maioria dos produtos reciclados,
a destintagem é suficiente para obter um grau de brancura
adequado, no entanto, para produtos de alta qualidade, o
grau de brancura das pastas é inferior ao desejado, pelo
que é feito ainda um branqueamento utilizando produtos
alvejantes.
Nesta etapa, a pasta esta pronta para o processo de refino,
onde aditivos podem ser adicionados à massa como
sulfato de alumínio, amido de mandioca, etc.
Após a obtenção da pasta, o processo de fabricação de
papel é semelhante ao da pasta de celulose virgem,
podendo variar de acordo com o produto que se pretende
obter:
Na pesquisa ação descrita no presente trabalho foi utilizada uma técnica mais
rudimentar, de maior simplicidade, a qual foi descrita por FERREIRA (1983),
24
complementada por ANDRADE (1999), que consiste na fabricação de papel
utilizando matéria-prima para produção de papel reciclado, tratado por via
úmida, com as seguintes etapas:
• depuração e desidratação grosseira (seleção e picagem);
• depuração final (fervura e eliminação de impurezas);
• desfibração dos elementos formando a pasta utilizando liquidificador
caseiro durante 3 a 4 minutos, utilizando 1 litro de água para 25 a 30 g
de papel velho previamente picado onde a pasta de papel,
• introdução de moldura (20 x 30 cm) de tela de naylon para formar a
folha de papel reciclado.
Inserindo a arte dos papéis reciclados, primeiramente os alunos realizaram
pinturas, recortes e colagens, exercitando a criatividade de modo espontâneo,
despertando a sensibilidade artística e interagindo o homem com o meio
ambiente.
25
CAPÍTULO 3 - A PESQUISA
No período da escravidão, a criança e o adolescente passavam a trabalhar a
partir dos sete anos de idade e já eram mercadoria de compra e venda. De
1888 até nossos dias, apesar de todas as transformações políticas e sociais por
que o Brasil passou e passa sempre houve e há utilização do braço infanto-
juvenil.
Mais do que isso o trabalho infantil foi visto e apresentado como solução e não
como problema com aceitação em todas as camadas sociais e níveis de poder
judiciário, legislativo e executivo.
Assim, houve um certo um paralelismo entre normas jurídicas sobre trabalho
infanto-juvenil e o descumprimento pela realidade social. Por isso, elaboraram-
se no passado ótimos estudos sociológicos, econômicos e políticos sobre
trabalho infanto-juvenil, mas suas constatações ou indignações não
ultrapassaram os ambientes acadêmicos.
Hoje se tem mais clareza que há poucas possibilidades de se exterminar
completamente o trabalho infantil; o preponderante fator econômico macro
(injusta distribuição da renda nacional) e o fator econômico micro (pobreza das
famílias) são fatores condicionantes de uma aceitação cultural pautada numa
pretensa fatalidade da pobreza, fragilidade do ensino em nível básico
(fundamental e médio).
Há grande mobilização para que as crianças tenham seus direitos
resguardados, frequentando a escola, brincando, e sendo assistida por seu
responsável, pois o trabalho não é atividade coerente com a infância.
Nesta perspectiva, foi criado o PETI , Projeto de Erradicação do trabalho infantil,
que objetiva dar assistência às crianças
26
3.1 O P.E.T.I
O Projeto de Erradicação do trabalho infantil de Guarapari funciona em um
prédio localizado à rua Espírito Santo, s/n , na Praia do Riacho, cidade de
Guarapari – estado do Espírito Santo.
Trata-se de uma instituição que atende a cerca de cinquenta crianças
carentes na faixa etária de 7 a 15 anos. Mantida pelo governo municipal e pelo
governo federal, a escola tem como propósito erradicar o trabalho infantil e
preservar as crianças do risco social, proveniente do uso indevido de drogas, do
mundo do crime, da prostituição e da morte prematura.
3.2 OFICINA DE RECICLAGEM DE PAPEL
Visando a criação de experiências significativas tanto para o professor de Arte
como para o aluno, foram realizados pelos educandos na faixa etária de 8 a 15
anos, diversos trabalhos em oficina.
Tais trabalhos foram produzidos a partir da reutilização de papéis inutilizados no
ambiente escolar. Ao reutilizar estes papéis nas artes plásticas e artesanais,
inúmeros tipos de materiais foram confeccionados, conforme a inventividade
dos alunos submetidos à atividade.
Nessa perspectiva, a Arteterapia foi inserida como meio de produção artística
na melhoria do ambiente escolar, através de pintura, recortes e colagens que
resultaram em cartões de felicitações, porta-retratos, caixas de presente,
quadros e objetos decorativos.
Os alunos foram orientados tendo em vista os conceitos de educação ambiental
e preservação da natureza, e puderam assimilar a necessidade de reutilizar
materiais que seriam descartados, bem como os conceitos e técnicas mais
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simples de reciclagem de papel.
Ao confeccionarem suas produções artísticas os alunos obtiveram os benefícios
da Arteterapia, conheceram suas limitações e enfrentaram desafios. E ao
mesmo tempo, produziram um número considerável de peças, as quais foram
expostas na feira cultural escolar, evento aberto à comunidade.
Neste evento, os participantes da oficina tiveram a oportunidade de interagir
trocando conhecimentos relacionados a como reutilizar, reduzir e reciclar o
quantitativo de lixo produzido em uma instituição de ensino, com consciência
ecológica, estimulando a qualidade de vida populacional.
Por meio dessa atividade, também foi possível gerar uma fonte de renda para
as crianças da supracitada instituição, que são carentes.
Tal atividade se prestou a demonstrar como evitar o corte de árvores ao
reutilizar o volume de papel reciclável em uma unidade educacional para
despertar a criatividade, propiciando o aperfeiçoamento do domínio motor dos
alunos e cultivando a sensibilidade artística e estética ao integrar o homem com
o meio ambiente.
3.3 OS ALUNOS DO PROJETO E A ARTETERAPIA
Tendo em vista os benefícios advindos da arteterapia, planejou-se uma
atividade com os alunos, buscando levar a eles o entretenimento e o prazer que
caminham juntos com a Arte e, nesta concepção, aplicar uma oficina de cartões
em papel reciclado.
Dos resíduos sólidos orgânicos pós-consumo, principalmente aparas de papel
descartados pela instituição de ensino P.E.T.I, foram produzidos papéis
reciclados de fibras de papéis usados, e posteriormente, utilizados para pinturas
e objetos artísticos como cartões de natal e embalagens de presente.
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A reciclagem de papel na escola foi realizada através de oficinas “Arteterapia e
reciclagem”, produzindo papel artesanalmente com efeitos decorativos usando
de casca de cebola, flores secas, fios têxteis e purpurina. Foram
confeccionados móbiles reutilizando CDs-Rom encapados com papel reciclado,
assim como porta-retratos decorados artisticamente com tinta alto-relevo.
Também foram confeccionados nas folhas de papel reciclado marcadores de
livros, caixas com formatos geométricos e cartões diversos. Pinturas, recortes e
colagens tinham como tema principal a natureza e a preservação ambiental.
Notou-se um forte interesse e motivação para participar das oficinas, os quais
só aumentaram à medida que novos ensinamentos e técnicas eram ensinados.
As crianças, apesar de carentes e,em alguns casos problemáticas, devido à
desestrutura familiar, pareciam esquecer de tudo e se entregavam ao momento
lúdico que lhes era proporcionado.
O ponto alto da oficina foi a explicação da técnica de reciclagem de papel. Uma
criança classificou o procedimento como sendo mágico. Todas quiseram
participar e a documentação fotográfica referente às atividades supracitadas
estão apresentadas no presente trabalho,mais precisamente no anexo 2.
É importante ressaltar que a abordagem do tema trabalho infanto-juvenil
artístico não pretende negar a importância do incentivo da educação artística
da criança e do adolescente. E tal prática torna possível o desenvolvimento
cognitivo dos alunos pelo exercício da atividade artística.
Portanto devem ser acatados todos os textos constitucionais que foram
apontados trazendo lições sobre o direito da criança e do adolescente à
educação artística, ao desenvolvimento de suas habilidades artísticas. Contudo
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devem ser preservados o direito à proteção integral garantido pela
Constituição.
Também é relevante que se enfatize haver um leque grande de oportunidades
para o desenvolvimento e exibição artística da criança e do adolescente em
escolas e instituições voltadas para formação artística, em clubes recreativos,
em atividades de programas sociais.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O profissional da educação, mais especificamente o que trabalha com Artes,
tem inúmeras possibilidades de atuar melhorando a vida dos educandos e,
quando se vale da Arteterapia essas possibilidades são ainda maximizadas.
As crianças carentes assistidas pelo P.E.T.I. não têm recursos suficientes para
viver com dignidade e convivem cercadas de problemas que vão além dos
sócio-econômicos. Algumas delas sofrem com o uso de álcool e entorpecentes
pelos pais, outras sofrem abusos, violência e descaso. É pequeno o percentual
de crianças que vivem tranquilamente gozando dos direitos assegurados pela
constituição.
A oficina de reciclagem artesanal de papel proporcionou atividades lúdicas,
que além de trabalharem a parte motora e cognitiva dos envolvidos,
viabilizaram a construção de uma relação que facilita a ampliação da
consciência e do auto-conhecimento, possibilitando mudanças de
comportamento nos alunos, dentre as quais podemos citar a melhora da auto-
estima e a superação pessoal pelo contato com a arte e pelo relacionamento
interpessoal.
Além de possibilitar prazer e entretenimento aos educandos, a experiência
com reciclagem artesanal de papel torna-se ainda mais rica por constituir uma
oportunidade de gerar renda, pela venda das peças fabricadas, mais
especificamente cartões, embalagens de presente e objetos de arte. Há ainda
o objetivo mais nobre que é a conscientização dos alunos da importância de se
reaproveitar o lixo, atitude demonstra responsabilidade diante das gerações
futuras e que permite a preservação do meio ambiente.
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BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, A. M. X Curso de Reciclagem Artesanal de Papel in Semana da Árvore/ Jardim Botânico, UFRRJ, Out. 1999. - Seropédica – RJ ___________ . Uso Racional dos Recursos Florestais in IV Semana Acadêmica de Química da UFRRJ – A Química e a Sociedade. Jun. 2002 – Seropédica – RJ. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR. 6023. Referência Bibliográficas. Rio de Janeiro. Agosto/2000. BRACELPA – Relatório Estatístico de 1998. Associação Brasileira dos Fabricantes de Celulose e Papel. São Paulo, 1999. BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCN) Ensino Médio. Brasília, 1999. CIORNAI, Selma. Percursos em Arteterapia. ClickBooks, São Paulo, 2004. IPT – Instituto de Pesquisa Tecnológico. Lixo Municipal: Manual de Gerenciamento Integrado. 2a Edição, 2000 – SP. FELÍCIO, J. Importância da Reciclagem in Reciclagem do Lixo Doméstico. Monografia de Especialização em Educação Ambiental e Ecologia. FEUC, Rio de Janeiro, Ago. 2002, p. 19-20.
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