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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: “Educação Ambiental: A reciclagem como um instrumento para a sensibilização ao meio ambiente escolar”.
Autor Cleonice Moreira Morales
Escola de Atuação Colégio Estadual “D. Pedro II”
Município da escola Foz do Iguaçu
Núcleo Regional de Educação Foz do Iguaçu
Orientador Profª. Diesse Aparecida Sereia
Instituição de Ensino Superior UNIOESTE - Cascavel
Disciplina/Área (entrada no PDE) Biologia
Produção Didático-pedagógica Unidade Temática de Oficinas de Reciclagem
Público Alvo
(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)
Alunos da 3ªs séries do Ensino Médio - noturno
Localização
(identificar nome e endereço da escola de implementação)
Colégio Estadual Dom Pedro II situado na Rua Belfort Duarte nº 1.660 no bairro do Morumbi na cidade de Foz do Iguaçu- Pr.
Apresentação:
(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)
O trabalho com a reciclagem dos resíduos domiciliares propicia o conhecimento cotidiano dos meios para reaproveitar ou reutilizar os resíduos gerados pelo homem no ambiente doméstico, incentivando tais práticas nas relações com o meio ambiente. O desenvolvimento de educação ambiental no sentido de promover a coleta seletiva contribui para incentivar práticas de reutilização e redução na geração de resíduos, o que se alcança a partir do incentivo ao consumo consciente. Por isso, há que se desenvolver projetos de conscientização a partir da realização de palestras, debates, apresentação de filmes e documentários, e oficinas de reciclagem de resíduos, contribuindo para formar cidadãos conscientes em relação ao destino correto dos resíduos domésticos.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Reciclagem, resíduos domésticos, educação ambiental.
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SUMÁRIO
1 FICHA CATALOGRÁFICA........................................................................................ 01
2 APRESENTAÇÃO................................................................................................. 03
2.1 TEMA ..................................................................................................................... 03
2.2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 03
2.3 PÚBLICO ALVO..................................................................................................... 04
2.4 OBJETIVOS........................................................................................................... 04
2.4.1 Objetivo Geral. ................................................................................................... 04
2.4.2 Objetivos Específicos.......................................................................................... 04
3 PROCEDIMENTOS .............................................................................................. 05
3.1 RECICLAGEM E EDUCAÇÃO AMBIENTAL.................................................. 05
3.1.1 Atividade 1: Entrevista com recicladora........................................................ 09
3.1.2 Atividade 2: Filme: As maravilhas do Mundo Moderno............................... 10
3.1.3 Atividade 3: Visita à Empresa Recicladora Polibol...................................... 10
3.1.4 Atividade 4: Oficina de reciclagem................................................................. 10
3.1.5 Atividade 5: Debate e seminário sobre a reciclagem................................... 11
3.1.6 Avaliação dos resultados da pesquisa........................................................... 11
4 CONTEÚDOS DE ESTUDO.................................................................................. 13
4.1 GERENCIAMENTOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS............................................ 13
4.1.1 Gestão de resíduos plásticos ......................................................................... 17
4.1.2. Papel da origem a coleta seletiva................................................................. 18
4.1.3 Benefícios da seleção dos resíduos orgânicos........................................... 19
5 ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES .............................................................. 20
6 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO ............................................................................ 21
7 REFERÊNCIAS......................................................................................................... 22
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2 APRESENTAÇÃO
Esta produção didática tem como temática de estudo a reciclagem e a coleta
seletiva de resíduos sólidos, visando desenvolver práticas de educação ambiental
com alunos de nível médio.
2.1 TEMA
A reciclagem dos resíduos sólidos se apresenta como um dos meios de
preservar a natureza que deve ser ensinado na escola. A reflexão crítica sobre o
destino correto que deve ser dado aos resíduos deve ser uma preocupação da
educação dos cidadãos visando propiciar às gerações futuras a garantia de
sobrevivência no planeta.
2.2 JUSTIFICATIVA
O destino dos resíduos sólidos é um dos problemas mais graves enfrentados
pela sociedade atual, este problema deve ser analisado sob diferentes aspectos que
abrangem o ponto de vista ambiental, social, político e econômico, tornando-se um
desafio a ser vencido nos meios educacionais.
Ribeiro (2008) comenta que o impacto negativo dos resíduos sobre a fauna, a
flora, o ar, a água e o solo só poderá ser contornado se a população desenvolver a
consciência da necessidade de reciclar e de dar o destino correto aos resíduos.
Para Segura (2001) o objetivo do desenvolvimento de projetos de educação
ambiental na escola contribui para estimular a participação da comunidade na
manutenção da escola e das ruas, geralmente com as metas de geração de renda
com a venda de material coletado. Desta forma, os objetivos são de curto prazo e o
estímulo para a realização de coleta seletiva acaba quando o objetivo foi alcançado.
Assim, é necessário lembrar que o trabalho voltado para a reciclagem traz
grandes contribuições para toda a comunidade escolar, principalmente na
destinação correta dos resíduos sólidos, estendendo-se à comunidade do entorno,
principalmente porque a sociedade atual organiza-se em grandes aglomerados de
pessoas que gera uma grande quantidade de resíduos diariamente sem que as
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pessoas detenham conhecimento sobre a melhor maneira de dispor destes resíduos
sem gerar danos ao meio ambiente.
2.3 PÚBLICO ALVO
O público alvo a que se destina o projeto a ser desenvolvido é formado por
alunos da 3ªs séries do Ensino Médio do Colégio Estadual D. Pedro II.
2.4 OBJETIVOS
2.4.1 Objetivo Geral
− Promover a coleta seletiva e a aprendizagem sobre a reutilização dos
resíduos, incentivando e sensibilizando a comunidade escolar e seu entorno
sobre as práticas em relação às questões ambientais.
2.4.2 Objetivos Específicos
− Reutilizar os resíduos gerados pelo consumo, transformando em artesanato;
− Formar conhecimentos sobre a importância da coleta seletiva tanto entre os
alunos quanto na comunidade;
− Sensibilizar para a prática do reaproveitamento e para a riqueza que pode ser
gerada na coleta seletiva dos resíduos para as famílias e cooperativas
especializadas nessa ação de preservação;
− Minimizar a produção de resíduos que são destinados erroneamente ao aterro
sanitário;
− Promover a interação entre a escola e as organizações que realizam coleta
seletiva;
− Desenvolver nos educandos uma formação voltada para a visão crítica,
reflexiva, criativa e capaz de transformar as ações promovendo a melhoria da
qualidade de vida;
− Realizar exercícios práticos de formação em relação à seleção de resíduos,
buscando conhecer os tipos de resíduos e o destino de cada um.
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3 PROCEDIMENTOS
A realização de atividades que contribuam para o desenvolvimento de
conhecimentos a respeito da coleta seletiva e a necessidade de reciclar, reutilizar e
reduzir a geração de resíduos sólidos tanto no âmbito doméstico quanto em locais
públicos.
3.1 RECICLAGEM E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O trabalho destinado a esclarecer a importância da reciclagem para a
sociedade e para o meio ambiente deve ser estruturado deve ser desenvolvido na
educação básica de forma a esclarecer e a formar novas condutas interferindo na
postura do educando diante da vida e nas relações deste com o ambiente natural
onde vive.
A educação ambiental compreende todo o processo educativo, que utiliza
metodologias diversas, alicerçadas em base científica, com o objetivo de formar
indivíduos capacitados a analisar, compreender e julgar problemas ambientais,
buscando solução que permita ao home conviver em harmonia com a natureza.
Neste contexto, a educação ambiental caracteriza-se como o processo de
aprendizagem e comunicação de problemas relacionados com a interação dos
homens com seu ambiente natural. Desta forma, essa educação se apresenta como
o instrumento de formação de uma consciência por meio do conhecimento e da
reflexão sobre a realidade ambiental (GUIMARÃES, 1995).
Segundo o Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA, 2005), no
Brasil, o meio ambiente se encontra em constante ameaça, pois o crescimento
desordenado de atividades produtivas contribui para a degradação da
biodiversidade, isso contribui para que se torne necessário educar as futuras
gerações para uma convivência equilibrada com o meio ambiente de forma a
garantir que sejam preservados os recursos que garantem a vida com qualidade.
Para que ocorra uma efetiva Educação Ambiental é necessário, além da criação de leis e planos estratégicos por parte do governo, uma mudança na concepção de mundo, de vida, por parte da sociedade. A Educação
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Ambiental foi implantada na década de 80, pela Lei nº 6.938 de 1981 através da Política Nacional de Meio Ambiente, porém está longe de ser uma atividade desenvolvida como propõe os documentos oficiais e a política nacional (FUCHS, 2008).
Atualmente, a educação ambiental vem sendo desenvolvida como tema
transversal da educação básica e realizada a partir de projetos que são organizados
nas propostas pedagógicas das escolas, por isso compreendem ações de
reciclagem, preservação da água e outras atividades facilmente assimiladas pelos
educandos, principalmente quando os projetos são destinados a alunos das séries
iniciais do ensino fundamental.
As grandes ações realizadas pelos governos de diferentes países em favor da
melhoria das condições de vida no planeta, não são muito discutidas nas escolas,
temas como efeito estufa, sequestro de carbono, reflorestamento, Créditos de
Carbono e águas subterrâneas dificilmente são inseridos neste contexto, porém não
são impossíveis de serem compreendidos quando desenvolvidos a partir de
atividades lúdicas e atividades educativas adequadas aos níveis de conhecimento
das crianças da educação fundamental.
A poluição ambiental necessita ser amplamente discutida nos ambientes
educacionais, pois está intimamente relacionada ao clima e necessita ser
compreendida formando um posicionamento crítico dos alunos em relação aos
procedimentos políticos que as nações adotam sobre as condições do clima no
mundo todo.
As pessoas necessitam estar conscientes de que a sua simples presença no
mundo contribui para o aquecimento global, pois os seres humanos quando
aglomerados geram emissão de CO2 e poluem a atmosfera promovendo o aumento
da temperatura global tendo como conseqüência o efeito estufa.
Para Fuchs (2008) a Política Nacional de Educação Ambiental apresenta
como um de seus princípios o pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas na
perspectiva da interdisciplinaridade, a lei determina que a educação ambiental seja
trabalhada em todas áreas do conhecimento desenvolvendo os processos por meio
dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade e
sustentabilidade da vida.
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Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL,1997) a
interdisciplinaridade refere-se a uma abordagem epistemológica dos objetos de
conhecimento, enquanto a transversalidade diz respeito principalmente à dimensão
da didática. Desta forma, a interdisciplinaridade questiona a segmentação e a visão
compartimentada das disciplinas, e a transversalidade trata da relação entre
aprender e compreender a realidade. Portanto estas diferenças e semelhanças
citadas apontam um trabalho estruturado no conjunto das disciplinas escolares,
situação que vem auxiliar o engajamento da comunidade escolar na construção e no
desenvolvimento das propostas pedagógicas.
A interdisciplinaridade caracteriza-se pela intensidade das trocas entre os
especialistas e pelo grau de integração real das disciplinas, ou seja, a
interdisciplinaridade constitui-se quando cada profissional faz uma leitura do
ambiente de acordo com o seu saber específico, contribuindo para desvendar o real
e apontando para outras leituras realizadas pelos seus pares (FUCHS, 2008).
O Programa Nacional do Meio Ambiente (PRONEA, 2005) estabelece
objetivos para a realização da Educação Ambiental, principalmente no que diz
respeito aos princípios formação reflexiva e crítica de forma a contribuir para a
construção de uma concepção de mundo justa e democrática.
A transversalidade da educação ambiental brasileira é garantida por intenso
processo de sensibilização tanto na educação formal quanto na não-formal. Desta
forma, a formação de uma consciência ambiental que conduza à sustentabilidade,
parte de processos participativos que permeiam a educação com peculiaridades da
região e da cultura local.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs, 1997) estabelecem como
principal função do trabalho com o meio ambiente a contribuição para a formação de
cidadania consciente. A educação ambiental deve pressupor a formação de
indivíduos capazes de decidir e atuar na realidade socioambiental de maneira
comprometida com a vida, com o bem-estar de cada pessoa e da sociedade em
geral, tanto local quanto global.
Desta forma, torna-se necessária a proposição de informações e conceitos
que formem atitudes e valores, além de proporcionar novas aprendizagens e
procedimentos.
A formação de comportamentos ambientalmente corretos é realizada no
cotidiano escolar a partir de gestos de solidariedade, hábitos de higiene pessoal e
8
ambiental. Assim, a sociedade é responsável pelo processo como um todo, mas os
padrões de comportamento da família e as informações veiculadas pela mídia
exercem especial influência sobre as crianças (ESCÁMEZ, 2003).
A educação ambiental deve partir sempre de estratégias que ajudem a
distinguir os elementos naturais e os construídos, os meios rurais e os meios
urbanos, os meios físicos e os meios sociais, tendo em vista o fato de que a própria
abordagem ambiental não classifica essas realidades como categorias estanques,
mas apresenta as gradações que aparecem, por isso é importante promover a
simplificação desses conhecimentos (DIAS, 2000).
Os PCNs (1997) apresentam definições que são de grande importância para
o desenvolvimento da Educação Ambiental, pois estabelece as diferenças entre
termos que definem o ambientalismo no mundo todo: Proteção, Preservação,
Conservação, Recuperação, Degradação.
O quadro 1 abaixo apresenta essas definições destes termos comparando a
sua importância dentro do conceito de educação ambiental.
Quadro 1 – Síntese dos termos relacionados ao Meio Ambiente.
Termos de proteção Definição do termo Proteção É a defesa do que está ameaçado, significar proteger o que está em
perigo de destruição. No Brasil as formas de proteção é estabelecida por Áreas de Proteção Ambiental (APAs) que são áreas do território protegidas pela União para garantir o bem-estar das gerações futuras.
Preservação Preservação é a ação de proteger contra a destruição e qualquer dano ou degradação um ecossistema, uma área geográfica ou espécies animais e vegetais ameaçadas de extinção, adotando medidas preventivas e de vigilância.
Conservação Trata-se da utilização racional de recursos de forma a garantir a sua renovação e sustentação, usando apropriadamente dentro dos limites capazes para manter a qualidade e o equilíbrio aceitável, Assim, conservar implica em manejar, usar com cuidado, manter.
Recuperação Consiste em recuperar o equilíbrio perdido estabelecendo características do ambiente original. Quando ocorre degradação de uma área cabe ao destruidor ressarcir através do pagamento de multa financeira de modo a custear a reabilitação da área destruída, seja por reflorestamento, limpeza e outras medidas que contribuam para atenuar o dano causado ao ambiente.
Degradação Consiste de alteração e desequilíbrio provocados pela ação prejudicial aos seres vivos ou o impedimento de reprodução de processos vitais existentes antes da alteração. A degradação é o impacto ambiental causado pela ocupação do meio natural por obras, pessoas e outros meios de exploração da natureza.
Fonte: PCNs, (1997, p. 35 – 37) adaptado pela autora.
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O trabalho voltado para o desenvolvimento de Educação Ambiental contribui
para a construção de conhecimentos a partir de informações que conduzam para a
elaboração de uma consciência global das questões relacionadas ao meio para que
cada cidadão assuma um posicionamento pautado em valores referentes à proteção
e melhoria das relações humanas com o meio natural (ESCÁMEZ, 2003).
A escola deve colaborar na formação de cidadania inserindo em seu currículo
os princípios formadores que conduzem à educação ambiental, como não existe
uma disciplina específica de educação ambiental, torna-se necessário desenvolver
essa temática de forma transversal, ou seja, inserida de forma interdisciplinar nas
disciplinas do currículo básico. Desta forma, a educação ambiental compete a todos
os educadores de todas as áreas do conhecimento, devendo-se ter o cuidado para
que ela seja realmente trabalhada em todas as disciplinas, a fim de evitar que um
educador esteja esperando que o outro faça a inserção na disciplina e acabe por
nenhum deles desenvolver esse conhecimento.
Diante disso, as atividades relacionadas à educação ambiental devem
envolver meio de prevenir a poluição voltando a formação escolar para o
desenvolvimento de ações que esclareçam as melhores práticas em relação à
reciclagem, reutilização e redução de resíduos que possam colocar em risco a
segurança do meio ambiente.
3.1.1 Atividade 1: Entrevista com recicladora.
Assim, essa produção didática envolve a realização de entrevista com a
presidente da Associação dos Recicladores de Foz do Iguaçu Srª Viviane Mertig,
também Presidente da COAAFI (Cooperativa dos Agentes Ambientais de Foz do
Iguaçu-Pr e representante do Movimento Nacional de Materiais Recicláveis MNCR
abrangendo 29 cidade da região para esclarecer aos alunos a importância da
reciclagem como garantia de qualidade de vida às gerações futuras.
A atividade deverá ter duração de 4 (quatro) horas, entre a organização das
perguntas com os alunos e a realização da entrevista, que deve ser transcrita pelos
alunos e publicada em mural na escola.
Após as pesquisas sobre a importância da reciclagem e a entrevista com a
convidada que é especialista neste assunto, serão desenvolvidas outras atividades
relacionadas à reciclagem.
10
3.1.2 Atividade 2: Filme: As maravilhas do Mundo Moderno do site:www.tvrip.com.br.
Atividades relacionadas à interpretação do filme, análise reflexiva, debate, discussão
e elaboração de uma resenha crítica sobre o filme e as conclusões da turma
3.1.3 Atividade 3: Visita à Empresa Recicladora Polibol em Santa Terezinha de
Itaipu
A visita à unidade de reciclagem Polibol em Santa Terezinha de Itaipu envolve
8 (oito) horas de trabalho entre a preparação da visita e a sua efetivação, pois se
trata de uma visita técnica que promoverá conhecimento sobre a reciclagem de
plástico aos alunos.
A preparação da visita envolve autorização para sair do ambiente escolar
obtida junto aos responsáveis dos alunos menores, estabelecimento de contato com
a empresa agendando a visita técnica e esclarecendo sobre os objetivos da visita,
organização de um cronograma de saída e chegada, obtenção de meio de
transporte para todos os alunos, elaboração de um roteiro que permita aos alunos
saber como o plástico é transformado na empresa.
Recomenda-se aos alunos anotar os aspectos interessantes observados na
fábrica, descrever os processos utilizando os mesmos termos técnicos utilizados na
empresa. Identificar a origem da matéria prima usada na fabricação de plástico.
Ao debater e discutir a importância da reciclagem de plástico em sala de aula,
propiciar para que os alunos apresentem painéis de fotos da visita e organizem um
mural sobre a importância da coleta seletiva para a reciclagem de plástico.
3.1.4 Atividade 4: Oficina de reciclagem
Reciclar é tornar coisas inúteis em objetos novos, dando-lhes utilidade e
novas maneiras de serem usados. Uma oficina de reciclagem pode variar de função
imprimindo novos usos e até estabelecendo uma condição de arte para objetos que
normalmente seriam descartados e colocados no lixo.
A oficina de flores de garrafas PET com embalagens de shampoo, amaciante
e água sanitária entre outros plásticos é um exemplo do que pode ser realizado com
esses materiais recicláveis e que pode se tornar em fonte de renda para muitas
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pessoas. Para esta oficina será convidado o artesão Benites Ventura que ira ajudar
na confecção dos mesmos.
3.1.5 Atividade 5: Debate e seminário sobre a reciclagem
O seminário e debate sobre a reciclagem realizado na escola com a
participação de alunos, professores e comunidade se apresenta como uma
oportunidade de pensar as ações que a instituição pode realizar em benefício da
natureza a partir da realização de educação ambiental.
O seminário pode ser organizado pelos alunos em conjunto com os
professores e ser organizado a partir de técnicas de estudo em grupo, onde textos,
filmes, palestras e apresentação de documentários podem servir como elementos
para serem debatidos pelo grupo, abordando a temática e desenvolvendo perguntas
e respostas que podem conduzir a montagem de painel explicativo na escola,
divulgando a partir de cartazes e banners o tempo que os resíduos demoram para
se decompor e reintegrar na natureza, além de demonstrar como os resíduos podem
ser reutilizados, reciclados e as diferentes maneiras de se reduzir o consumo.
3.1.6 Avaliação dos resultados da pesquisa
A avaliação dos resultados deste estudo na escola será realizada a partir da
observação da conduta dos estudantes em relação à reciclagem e à coleta seletiva.
A apresentação de painéis e a exposição dos materiais reciclados nas oficinas
contribuem para avaliar a participação dos alunos no projeto.
Um questionário será aplicado para todas as turmas de 3ª série do Ensino
Médio noturno visando identificar o nível de envolvimento dos alunos em ações de
educação ambiental no ambiente escolar e do comprometimento com a prevenção e
coleta seletiva no ambiente doméstico, conforme questionário no anexo 1.
4 CONTEÚDOS DE ESTUDO
12
O estudo envolve o desenvolvimento de ações relacionadas à coleta seletiva
no ambiente doméstico. O conteúdo a ser realizado está voltado para a identificação
dos resíduos, sua origem, o destino que se deve dar a cada resíduo, dependendo da
composição de cada produto.
4.1 GERENCIAMENTOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS
As regras para a coleta seletiva têm como base o que está estabelecido num
documento universal, a Agenda 211. Para que haja sucesso, a gestão dos resíduos
sólidos deve ter enfoque multidisciplinar e ação conjunta de todos os segmentos da
sociedade, trazendo benefícios ao meio ambiente, à sociedade e à economia.
O Gerenciamento de Resíduos Sólidos tem como objetivo a coleta seletiva
dos resíduos sólidos gerados nas atividades humanas. São ações voltadas à
redução, reaproveitamento e reciclagem de resíduos sólidos que tem potencial valor
e impactam o meio ambiente se não tiverem destinação correta.
Mucelin (2004) explica que as ações humanas na terra tiveram início a cerca
de um milhão de anos e vem modificando e transformando o ambiente. O homem
explora os recursos do planeta para garantir a sobrevivência de sua espécie, porém
as suas ações geram impacto sobre o meio ambiente. A produção de alimentos é o
exemplo mais significativo da ação humana, pois é a base de sustentação da vida.
No entanto, com a exploração do meio ambiente através do cultivo intenso, o
homem passou a desenvolver tecnologias para melhorar a sua qualidade de vida,
procurando técnicas para produzir mais suplementos para as populações, o que
contribui para modificar o território, a revolução agrícola deu espaço para o
surgimento da revolução industrial, ampliando os impactos ambientais devido ao uso
de motores com seus poluentes, produtos químicos capazes de dizimar espécies,
situações de trabalho insalubres e mais geração de resíduos, pois todo produto
consumido tem agregada a sua embalagem.
1 Agenda 21 Global, um programa de ação baseado num documento de 40 capítulos, que constitui a
mais abrangente tentativa já realizada de promover, em escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, denominado “desenvolvimento sustentável”.(Fonte:www.bage.rs.gov.br).
13
Desta forma, tornou-se necessário estabelecer políticas que determinassem
um novo compromisso que conduzisse ao “desenvolvimento sustentável” 2. Essa
premissa contribuiu para o surgimento de novas políticas em defesa do crescimento
econômico com base na igualdade social e conservação ambiental.
Com a necessidade de conservar o ambiente o lixo passou a ser gerido de
forma mais consciente, fazendo com que sejam tomadas medidas para diminuir os
impactos associados a aglomerados de restos, que num primeiro momento eram
inúteis ao homem e que num segundo momento, reforçado pela falta de matéria
prima disponível, são vistos como alternativas de geração de divisas. Cuidar do lixo
tornou-se missão político-econômica para os governos.
O estabelecimento de políticas ambientais exigiu a adoção de diretrizes de
forma a orientar o gerenciamento de resíduos com coerência, desenvolvendo
tecnologias e usando técnicas eficientes de controle, reciclagem, reaproveitamento
dos resíduos gerados.
Assumpção (2006) comenta que os resíduos possuem características
peculiares que exigem a adoção de medidas e procedimentos específicos que só
podem ser efetivados a partir de ações sociais e ambientais inteligentes. Desta
forma a gestão ambiental, desenvolve plano de gerenciamento de resíduos sólidos
como ação capaz de ser aplicada nos mais diversos segmentos da sociedade, seja,
domiciliar, comercial, industrial ou institucional, moldando e contribuindo para a
gestão dos resíduos gerados de forma inteligente e eficiente.
Para Torres (2007) o consumismo vem se apresentando como uma das
principais causas da geração de resíduos, pois a sociedade contemporânea
desenvolveu hábitos que conduzem ao consumo exagerado de produtos
industrializados que gera grande quantidade de embalagens e restos que se
acumulam no ambiente. Porém, ao contrário do que se possa imaginar a geração de
resíduos não é um problema causado apenas pelos ricos, a poluição é
conseqüência também do problema social.
Gonçalves (2005) comenta que o sistema de produção capitalista caracteriza
a sociedade de consumo, onde a desigualdade social, o consumo sem limites e o
2 O desenvolvimento sustentável pode ser definido como aquele capaz de satisfazer as necessidades
da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades. (Fonte:www.bage.rs.gov.br).
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desperdício contribuem para o crescimento da produção de resíduos e para a
utilização dos recursos naturais em larga escala. No mundo da economia
globalizada desenvolve-se uma articulação entre economia e ecologia, que identifica
principalmente o avanço da poluição e dos resíduos que envenenam a atmosfera e
que busca justificar essa poluição organizando a cadeia produtiva em conformidade
com a cadeia ecológica, mas sem sucesso imediato. O ser humano se apropria das
riquezas naturais com a finalidade de gerar recursos econômicos e isso produz uma
crise ambiental gerando grande quantidade de resíduos tanto na produção quanto
no consumo. Segundo Torres (2007) essa apropriação representa a ameaça de um
colapso ambiental além de esgotar os recursos, por isso, atualmente, a sociedade
organiza-se a fim de evitar catástrofes adotando novos paradigmas de consumo e
planejando o desenvolvimento de maneira sustentável.
Já não se pensa apenas numa relação ecológica com o meio ambiente, mas,
principalmente, no desenvolvimento sustentável, o que permite que o crescimento
aconteça de forma equilibrada sem comprometer a vida das gerações futuras. A
natureza não é um elemento passivo que aceita a interferência humana sem
responder, ela reage apresentando movimentos cíclicos que são representados por
catástrofes naturais como chuvas ácidas, enchentes, deslizamentos, e outros
fenômenos naturais. A sociedade civil tem apresentado até o momento somente
medidas paliativas em relação aos acontecimentos naturais, quando na verdade
deve se organizar para que se desenvolva a prevenção através do planejamento das
ocupações e do gerenciamento de resíduos evitando que os fenômenos naturais se
transformem em tragédias sociais (MUCELIN, 2004).
No Brasil, uma lei busca possibilitar a regulação dos resíduos. A Política
Nacional de Resíduos Sólidos desenvolve-se em consonância com as Políticas
Nacionais de Meio Ambiente, de Recursos Hídricos, de Saneamento e de Saúde,
cujos objetivos, princípios, fundamentos, diretrizes, instrumentos, planos e
programas são previstos na lei. As políticas ambientais devem envolver o poder
público e a sociedade civil trazendo como resposta a tomada de decisão tanto na
prevenção quanto a tomada de medidas de saneamento ambiental (TORRES,
2007).
O meio ambiente está doente e a sua cura depende da tomada de medidas
que viabilizem a reconstrução social, prevendo as necessidades compartilhadas de
15
sobrevivência, de saúde psicofísica e socioambiental, e que devem ser o ponto de
partida para uma interação entre ecologia, ética e política.
Para Gonçalves (2005) a gestão dos resíduos sólidos deve ser pensada a
partir do desenvolvimento de ações de sustentabilidade sob pontos de vista de uma
Ecologia Urbana dinâmica que sustenta a vida do ecossistema urbano. As cidades
brasileiras contemporâneas vivem em constante ameaça de colapso, pois o
crescimento não é planejado, ocorrendo também o consumo dos recursos naturais
na produção de alimentos, uso inadequado da água, degradação pela geração de
resíduos, mudança da natureza para geração de energia, extração de matérias-
primas, impermeabilização do solo, emissão de gases, etc., porém não são tomadas
medidas de prevenção ou que visem à correção dos efeitos maléficos dessa
ocupação urbana.
Segundo Mandarino (2000) nos últimos quarenta anos a produção de
resíduos sólidos aumentou consideravelmente, isso se deve à produção
indiscriminada de embalagens não recicláveis, ao desenvolvimento de hábitos
alimentares artificiais, ao lixo doméstico, industrial e comercial e, por fim, da
organização do sistema de saúde que não prevê campanhas educativas de
prevenção e saneamento. As propostas educativas e de saneamento em relação à
produção de resíduos permanecem atreladas à lógica de mercado, sendo
automaticamente orientadas pela ética que acompanha essas relações, e, assim,
deixando de promover qualquer mudança significativa de valores e práticas que
possam reverter o consumo e a poluição ambiental.
Neste sentido, a educação deve voltar-se para o desenvolvimento de ações
que conscientizem a população sobre a necessidade de consumir com consciência.
Torna-se necessário formar nas gerações futuras uma ideologia voltada para a
reciclagem, porém isso exige uma atitude crítica quanto aos valores e a hierarquia
de necessidades que foi definida no Fórum Global 92: 1º reduzir; 2º reutilizar; 3º
reciclar, pois essa ideologia privilegia a racionalidade de mercado e descuida-se da
dimensão educativo-comunicativa que é o instrumento básico para priorizar a
redução e reutilização na hierarquia dos valores da gestão (EIGENHEER, 1998).
As unidades domésticas, que geram lixo pelo consumo, e as empresas, que
geram lixo no processo de produção e colocação no mercado, não são atingidas por
propostas concretas de mudança dos hábitos de consumo e produção, pois,
geralmente, os projetos são voltados para o planejamento e a inserção dos
16
catadores, caracterizando um sistema de gestão pautado pelo viés da terceirização,
ou seja, os agentes ambientais estão sempre sob o controle da indústria da
reciclagem e com pouca margem de negociação quanto aos preços de mercado
(TORRES, 2007).
As políticas públicas para o setor, não apresentam a intenção explícita de
gerar novas formas organizativas capazes de dar autonomia, consciência crítica e
poder de modificar a qualidade de vida dos indivíduos e grupos de agentes
ambientais, que realizam serviços de catação, separação e comercialização do lixo
urbano (EIGENHEER, 1998).
Mandarino (2000) explica que o lixo passou a ser gerido de forma mais
consciente, fazendo com que os governantes tomem medidas para diminuir os
impactos associados a aglomerados de restos, que num primeiro momento eram
inúteis ao homem e que num segundo momento, reforçado pela falta de matéria
prima disponível, são vistos como alternativas de geração de divisas. Cuidar do lixo
torna-se missão político-econômica para os governos e compromisso fundamental
de cada ser humano com o meio ambiente e com as gerações futuras.
Os estudos sobre os resíduos e seu destino culminaram com a classificação
dos mesmos de acordo com a matéria-prima de origem do resíduo, pois sabe-se que
esse é um fator preponderante no tempo de degradação desses dejetos.
4.1.1 Gestão de resíduos plásticos
O plástico tem origem no petróleo, formado por uma complexa mistura de
compostos que possuem diferentes temperaturas de ebulição que permite separar a
partir de um processo de destilação e craqueamento que dá origem ao eteno. Após
o processo de produção o plástico é gerado em forma de grãos que são enviados às
indústrias transformadoras que transformam a resina a partir de processos de
compressão, injeção, extrusão e laminação.
Como os plásticos são inertes e não tóxicos, são muito utilizados para
embalar alimentos, bebidas e medicamentos, também são ótimos isolantes térmico-
acústicos e maus condutores de eletricidade, além de resistentes ao calor e
flexíveis.
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Segundo a Secretaria do Meio Ambiente do Paraná (SEMA, 2006) o maior
benefício do plástico é a sua capacidade de reciclagem, a deposição correta das
embalagens amplia o alcance da coleta seletiva.
Segundo a Resolução n. 275/01 do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA) o Plástico deve ser separado para coleta seletiva da seguinte forma:
1. As embalagens plásticas devem ser lavadas e separadas após o uso;
2. Evitar misturar as embalagens plásticas com materiais recicláveis;
3. Juntar os materiais plásticos numa mesma sacola;
4. Não depositar em lixeiras, depositar na lixeira de cor vermelha, ou então
junto aos materiais recicláveis quando o coletor específico passar para
realizar a coleta.
O plástico pode ser reciclado de três maneiras: a reciclagem química que
permite que sejam misturados plásticos diferentes, com aceitação de determinados
graus de produtos contaminantes como tinta e papéis; a reciclagem mecânica que
possibilita que sejam obtidos produtos compostos por um único tipo de plástico, ou
produtos a partir de misturas de diferentes plásticos em determinadas proporções; e,
a reciclagem energética que se utiliza de resíduos plásticos como combustível para
gerar energia.
O grande problema ambiental causado pelo uso indiscriminado de
embalagens plásticas reside no fato do plástico não ser biodegradável levando muito
tempo para ser decomposto e incorporado ao meio ambiente, portanto isso faz do
plástico um sério poluidor.
4.1.2. Papel da origem a coleta seletiva
O papel tem sua origem na madeira, a madeira passa por um processo
químico ou mecânico para se obter a pasta celulósica, posteriormente recebe
alvejantes e essa pasta celulósica torna-se branqueada e junto com aditivos
químicos se transforma em papel.
Existem diferentes tipos de papel que variam de acordo com sua composição
e gramatura, os principais são: papel cartão, papelão, cartões multicamadas,
gramatura.
Nem todo papel pode ser reciclado, aqueles que são contaminados com
produtos tóxicos, graxas ou gorduras e outros agentes poluentes, não podem ser
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reaproveitados. Assim, são recicláveis: jornais e revistas, folhas de caderno,
formulários de impressão, caixas, aparas de papel gráfico, fotocópias, envelopes,
provas, rascunhos, cartazes velhos, papel de fax.
De acordo com a Resolução 275/01 do CONAMA a coleta seletiva é um
sistema que visa à coleta do material potencialmente reciclável previamente
separado na fonte geradora. Para separar o papel para a coleta seletiva deve-se:
1. As embalagens devem ser separadas após o uso;
2. Evitar misturar os materiais de papel recicláveis com os não recicláveis
3. Juntar os papéis numa mesma sacola
4. Ao depositar em lixeiras, colocar nas lixeiras de cor azul ou então junto com
materiais recicláveis para que o coletor realize a coleta de forma adequada.
A reciclagem de papel é tão importante quanto sua fabricação. A matéria-
prima já está escassa, mesmo com políticas de reflorestamento e com a
conscientização da sociedade em geral sobre a necessidade de reciclar.
Embora o papel não seja um resíduo de longa duração na decomposição,
pois se reintegra em até seis meses, a sua fabricação envolve elementos naturais
que necessitam ser preservados, o que também causa impacto ambiental.
4.1.3 Benefícios da seleção dos resíduos orgânicos
Os resíduos orgânicos compõem cerca de 50% do lixo domiciliar no Brasil e
são compostos por restos de frutas, verduras, legumes, flores, plantas e restos
alimentares, que pelo processo de compostagem podem ser reutilizados como
fertilizantes, aumentando a taxa de nutrientes do solo e a qualidade da produção
agrícola.
Segundo a Secretaria do Meio Ambiente do Paraná (SEMA, 2006) a
importância dos resíduos orgânicos consiste na separação na fonte poupando
gastos de transporte, aumentando a vida útil dos sistemas de tratamento sanitários e
facilitando o reaproveitamento dos resíduos orgânicos. A educação ambiental e a
sensibilização cidadã permitem incorporar à população nestes processos.
A Resolução 275/01 do CONAMA orienta a coleta seletiva dos resíduos
orgânicos com as seguintes determinações:
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1. Separar em sacolas os resíduos orgânicos que foram gerados. As
embalagens devem ser lavadas e separadas após o uso;
2. Cuidar para não misturar com outros materiais não recicláveis;
3. Ao depositar o material para coleta usar lixeiras da cor marrom.
4. Outra opção é realizar a compostagem no próprio ambiente doméstico
seguindo as orientações específicas para evitar contaminações e gerar
benefícios.
Os benefícios da reciclagem de compostos orgânicos são a melhoria da
estrutura do solo retendo mais micronutrientes que alimentam as plantas, evita a
erosão pela chuva, pois retêm macronutrientes, aumenta a estabilidade do Ph do
solo, reduz gastos com transporte de lixo orgânico, melhora a saúde da população e
pode ser obtida com medidas simples, ou seja, com o reaproveitamento integral dos
alimentos e desenvolvimento de bons hábitos de vida e nutrição.
Além dos resíduos orgânicos de alimentos, outros resíduos também podem
ser reciclados tornando-se energia como os resíduos de madeira e de coco que se
transformam após processamento em carvão vegetal utilizado em caldeiras e
fogões.
5 ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES
O trabalho realizado entre educadores que trocam experiências enriquece o
trabalho educacional e permite que a escola propicie atividades de crescimento e
formação de conhecimento recíproco entre os professores envolvidos no processo
de educação ambiental.
Para que os educadores desenvolvam projetos educacionais voltados para a
destinação adequada de resíduos sólidos é necessário o desenvolvimento de
projetos que possam partir de sequências didáticas elaboradas em conjunto e
projetadas a fim de envolver o maior número possível de educandos e de
educadores.
Os objetivos educacionais voltam-se para a realização de uma proposta
pedagógica educacional que envolva, inicialmente, a crença de que é importante
discutir a questão do lixo com os alunos e que a responsabilidade pelos resíduos
sólidos gerados é de toda a sociedade, assim a responsabilidade conduz à
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superação dos problemas gerados pela produção responsável de ações que
minimizem a geração de resíduos.
A discussão entre os educadores de um projeto interdisciplinar voltado para
questão da geração de resíduos sólidos contribui par que todos se apropriem de
conteúdos básicos que são requisitos importante na relação entre o
desenvolvimento de projeto de adoção dos 3 Rs (reduzir, reutilizar e reciclar) e a
coleta seletiva.
É necessário discutir os objetivos educacionais que apontam para a formação
de conhecimentos, atitudes e habilidades que contribuam na formação de valores
entre os educandos e educadores voltados para a realização de coleta seletiva.
Discutir entre educadores de que maneira cada disciplina pode colaborara na
formação de valores que levem os alunos a incorporar as práticas de coleta seletiva
no seu cotidiano.
Decidir entre os educadores como o projeto de coleta seletiva poderá ser
realizado enquanto conteúdo curricular, indicando as séries que serão envolvidas, o
tempo de duração do projeto, se envolverá a comunidade ou será restrito ao
ambiente escolar.
As estratégias dos educadores para desenvolver as abordagens sobre o
assunto pode ficar a cargo de cada um desde que assumida a responsabilidade e o
compromisso de cumprir a agenda estabelecida previamente pelo grupo de ação.
6 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO
A avaliação da Produção Didática será efetivada a partir da organização de
um debate em forma de seminário onde será registrado o resultado do trabalho
realizado, podendo ser apresentado também cartazes, banners, folders, fotografias e
exposição dos resultados das oficinas, além dos resultados observados enquanto
mudança de conduta social dos alunos em relação aos resíduos e coleta seletiva.
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7 REFERÊNCIAS
AGENDA 21. Diálogos Paraná: Capacitação de multiplicadores. Curitiba: SEED, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Coordenação de Educação Ambiental. A implantação da Educação Ambiental no Brasil. Brasília, 1998. 166 p ________. Ministério da Educação e do Desporto. PRONEA; Programa Nacional de Educação Ambiental. Brasília-DF: PRONEA, 2005. ________, Lei nº. 9.795 de 27 de abril de 1999 que dispõe sobre a política nacional de Educação Ambiental. Brasília-DF: DOU, 1999.
________, Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília-DF: MEC, 1997. CONAMA. Resolução nº. 275/2001. Brasília-DF: DOU, 2001 DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: princípios e praticas. 6º.Ed. São Paulo: Ed. Gaia, 2000.549p. EIGENHEER, Emílio M. (org.) - Coleta Seletiva de Lixo. Rio de Janeiro: In-Folio/UFF, 1998.
ESCÁMEZ, Juan. O protagonismo na educação. Porto Alegre: Artmed, 2003.
FUCHS, Regina Barboza Hardok. Educação ambiental como desenvolvimento de atividades interdisciplinares na 5ª série do ensino fundamental. (Monografia de Especialização em Educação Ambiental da Universidade Federal de Santa Maria). Santa Maria – RS: UFSM, 2008. GUIMARÃES, Mauro. A dimensão ambiental na educação. Campinas-SP: Papirus, 1995. GONÇALVES, Carlos W. P. Os (des) caminhos do meio ambiente. São Paulo: Contexto, 2005. LOUREIRO, Carlos F. B.;LAYRARQUES, Philippe P. e CASTRO, Ronaldo S. de. Educação Ambiental: repensando o espaço da cidadania. 3 ed.São Paulo: Cortez, 2005. MANDARINO, Adriana - Gestão de resíduos sólidos. Legislação e práticas no Distrito Federal. Dissertação de Mestrado. CDS. UnB. Brasília. 2000 MUCELIN, Carlos Alberto. Resíduos sólidos urbanos: pesquisa participante em uma comunidade agroindustrial. Medianeira, Pr: Valério, 2004.
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PARANÁ. Secretaria de Estado do meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMA - Desperdício Zero. Curitiba, 2005. _______. Secretaria de Estado do meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMA - Desperdício Zero. Curitiba, 2006. RIBEIRO, T. F. Coleta seletiva de lixo domiciliar: estudo de casos. Rev. Caminhos da Geografia, Uberlândia, v. 2, p.50-69, dez. 2008. SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS. (SEMA). Kit Resíduos. Curitiba:Governo do Estado do Paraná, 2006. SEGURA, D. S. B. Educação Ambiental na escola pública: da curiosidade ingênua à consciência crítica. São Paulo:Annablume-Fapesp, 2001. TORRES, Patrícia Lupion, org. Uma leitura para os Temas Transversais: Ensino Fundamental. Curitiba: SENAR- Pr , 2003. _________________ Alguns fios para entretecer o agir e o pensar. Curitiba: SENAR- Pr , 2007. Filme: Lixo em maravilhas modernas. Fonte:www.tvrip.com.br. Acesso em 05 de julho de 2011.
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ANEXO 1
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA
Parte I: Identificação
1- sexo: ( ) masculino ( ) feminino 2- Aluno da 3ªs séries do Ensino Médio Noturno do Colégio D. Pedro II 3. Marque o tempo aproximado em que estuda nesta escola; ( ) menos de 01 ano ( ) de 01 a 03 anos ( ) entre 03 a 05 anos ( ) mais de 05 anos. 4. Você já participou de algum treinamento sobre coleta seletiva de resíduos e de qualidade do meio ambiente? ( ) sim ( ) não 5. A escola já desenvolveu algum programa de preservação do meio ambiente? ( ) sim ( ) não 6. Você conhece o programa dos Três Rs (Reciclar, Reutilizar e Reduzir) ? ( ) sim ( ) não 7. Você acha que a escola polui o meio ambiente? ( ) sim ( ) não 8. O Colégio D.Pedro II realiza coleta seletiva? ( ) sim ( ) não 9. Na escola há alguma orientação para selecionar o lixo? ( ) sim ( ) não 10. Para você qual ação é mais importante em relação ao lixo? ( ) Reduzir ( ) Reciclar ( ) Reutilizar 11. A escola realiza encontros ou reuniões de treinamento envolvendo a percepção ambiental? ( ) sim ( ) não 12. Você considera importante a realização de coleta seletiva no ambiente doméstico? ( ) sim ( ) não 13. Quantas vezes por semana os coletores de recicláveis passam na sua rua? ( ) 1 vez ( ) duas vezes ( ) diariamente
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14. Os resíduos sólidos de sua residência são selecionados para a coleta seletiva? ( ) sim ( ) não 15. Você considera importante a escola promover oficinas de reciclagem para a comunidade? ( ) sim ( ) não
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