FIGURAS DE LINGUAGEM. SOM CONSTRUÇÃO PENSAMENTO PALAVRAS

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FIGURAS DE LINGUAGEM

FIGURAS DE LINGUAGEMSOM

CONSTRUÇÃOPENSAMENTO

PALAVRAS

ALITERAÇÃOREPETIÇÃO ORDENADA DE

MESMOS SONS CONSONANTAIS

ONOMATOPEIASCRIAÇÃO DE UMA PALAVRA PARA

IMITAR UM SOM

PARONOMÁSIATambém conhecida como PARANOMÁSIA, figura que consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas com significados distintos;Figura muito usada no Simbolismo brasileiro

FIGURAS DE CONSTRUÇÃO

ELIPSE – OMISSÃO INTENCIONAL DE UM TERMO FACILMENTE IDENTIFICÁVEL NO

CONTEXTO“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados. (Machado de Assis)(omissão do verbo haver)

ZEUGMA– OMISSÃO DE UM TERMO QUE JÁ APARECEU

ANTES“Um galo sozinho não tece uma manhã: Ele precisará sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito dele (...)” (João Cabral de Melo Neto) – (Omissão de galo)

POLISSÍNDETOASSÍNDETO

INVERSÃO – CONSISTE NA MUDANÇA DA ORDEM NATURAL DOS TERMOS NA FRASE – HIPÉRBATO - ANÁSTROFE – SÍNQUISE-“De tudo ficou um pouco. Do meu medo. Do teu asco” (Carlos Drummond de Andrade)-- Ouviram do Ipiranga as margens plácidas/ De um povo heroico o brado retumbante”

SILEPSEConcordância com elementos implícitos -

subentendidos - a. de gênero: Vossa Majestade está

preocupado com esses acontecimentos.Vossa excelência é pouco conhecido nesta cidade. - b. de número – Os Sertões conta a Guerra dos Canudos.- c. de pessoa – “O que me parece inexplicável é que os brasileirospersistamos em comer essa coisinha verde e mole que se derrete naboca...” (Manuel Bandeira)

ANACOLUTO – deixar um termo solto na frase.

Normalmente, ocorre o seguinte:inicia-se uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.

Ex. A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa.

“O homem, chamar-lhe mito não passa de anacoluto.”(Carlos Drummond de Andrade)

PLEONASMO - redundância cuja finalidade é reforçar a

mensagem.

Ex. “A ti trocou-te a máquina mercante.” (Gregório de Matos)

E rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento.”(Vinicius de Moraes)

ANÁFORA - repetição de uma mesma palavra no início

de versos ou frases.

Ex. “Olha a voz que me restaOlha a veia que saltaOlha a gota que faltaPro desfecho da festa” (Chico Buarque)

FIGURAS DE PENSAMENTO

IRONIA   - utilização de um termo em sentido oposto

ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico e/ou humorístico.

Ex. Seu aproveitamento na escola não podia ter sido melhor: reprovado em apenas seis matérias.

ANTÍTESE – aproximação de termos contrários, de

palavras que se opõe pelosentido.

Ex . “Nesse momento todos os bares estão repletos de homens vazios”. (Vinicius de Moraes)

EUFEMISMO - substituição de uma expressão por outra

menos brusca; em síntese, consiste em “suavizar” alguma asserção desagradável.

Ex. Ele enriqueceu por meios ilícitos. (= ele roubou)Você não foi feliz nos exames. (= você foi reprovado)

HIPÉRBOLE – exagero de uma ideia com finalidade

enfática.

Ex. Não vejo você há séculos .(= há bastante tempo)

Estou morrendo de sede. (= estou com muita sede)

Chorou rios de lágrimas. (= chorou muito)

PROSOPOPEIA OU PERSONIFICAÇÃO - atribuir a seres inanimados predicados que

são próprios de seres animados.

Ex. “ A lua, tal qual a dona de um bordel,pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel.”

( João Bosco e Aldir Blanc)

GRADAÇÃO OU CLÍMAX – apresentação de ideias em progressão

ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax).

Ex. “Um coração chagado de desejosLatejando, batendo, restrugindo...”(Vicente de Carvalho) - ascendente

Quando contrariado, costuma xingar, fingirmágoa, render-se. – descendente

APÓSTROFE . – invocação de alguém (ou de alguma coisa

personificada) com função emotiva.

Ex. “Minha Senhora Dona, um menino nasceu: o mundo tornou a começar” |(Guimarães Rosa)

“Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus!” (Castro Alves

FIGURAS DE PALAVRAS

 METÁFORA - alteração de significado baseada em traços de

similaridade entre dois conceitos. Normalmente, uma palavra que designa uma coisa passa a designar outra, por haver entre elas traços desemelhança. A metáfora é, pois, uma comparação implícita, isto é, sem o conectivo comparativo.Ex.”Meu sorriso é uma fenda escavada no chão”(Chico Buarque)fenda escavada no chão + sorriso – há entre esses dois elementos alguma semelhança. A metáfora vem, pois, evidenciar tal semelhança. Se a frase fosse: “meu sorriso é como uma fenda escavada no chão”, não teríamos metáfora, e sim comparação.

QUESTÃO ENEM 2011O argumento presente na charge consiste em uma metáfora relativa à teoria evolucionista e ao desenvolvimento tecnológico. Considerando o contexto apresentado, verifica-se que o impacto tecnológico pode ocasionar:a) o surgimento de um homem dependente de um novo modelo tecnológico.b) a mudança do homem em razão dos novos inventos que destroem sua realidade.c) a problemática social de grande exclusão digital a partir da interferência da máquina.d) a invenção de equipamentos que dificultam o trabalho do homem, em sua esfera social.e) o retrocesso do desenvolvimento do homem em face da criação de ferramentas como lança, máquina e computador.

Resposta - a

COMPARAÇÃO

METONÍMIA – como a metáfora, consiste numa

transposição de significado,isto é, uma palavra que usualmente designa uma coisa passa a designar outra. Todavia, a transposição de significados não é mais feita baseada em traços de semelhança, e sim por uma relação lógica entre os termos (parte pelo todo, autor pela obra, efeito pela causa, continente pelo conteúdo, o instrumento pela pessoa que o utiliza, concreto pelo abstrato, etc.).Ex. Não tinha teto em que se abrigasse. (teto=casa- parte pelo todo)

METONÍMIA Procurou no Aurélio o significado daquela palavra.

(Aurélio = dicionário – autor pela obra). “Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a

boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto.” (Machado de Assis)

–(pão = alimento – o particular pelo geral) / suor do meu rosto= trabalho – o efeito pela causa)

Parte pelo todo: ele tem duzentas cabeças de gado. Continente pelo conteúdo: Ele tomou oito taças de

vinho. Marca pelo produto: omo (sabão em pó); maisena

(amido de milho); chicletes (goma de mascar); cotonete (haste de algodão)

SINÉDOQUE É UM TIPO PARTICULAR DE METONÍMIA, EM

QUE HÁ SUBSTITUIÇÃO DO TODO PELA PARTE.

Ao cair da tarde, o bronze soa triste. ( o sino ) A mão que toca o violão se for preciso vai à

guerra. (Marcos e Paulo Sérgio Vale) ( o próprio indivíduo )

Derrubaram todas as árvores. Não sobrou uma folha sequer. ( as árvores )

As velas do Mucuripe saíram para pescar. ( barcos )

CATACRESE – emprego de palavras fora do seu

significado real; entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que estão sendo empregadas em sentido figurado.Ex. O pé da mesa estava quebrado.Não deixe de colocar dois dentes de alho na comida.(na falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro por empréstimos ).· As metáforas desgastadas ou viciadas são consideradas catacrese.

CATACRESE - Acordei com o pé esquerdo. - Calcei meu pé de pato. - Chutei o pé da cama. - Botei o pé na estrada. - Dei um pé de vento. - Caiu um pé d'água . - Enfiei o pé na lama . - Perdi o pé de apoio . - Agarrei num pé de planta. - Despenquei com pé descalço. - Tomei pé da situação.

ANTOMÁSIA OU PERÍFRASE – substituição de um nome por uma expressão

que o identifique com facilidade. Ex. Os quatro rapazes de Liverpool (Beatles) O maior estádio do mundo (Maracanã) A cidade eterna (Roma) Castro Alves: Poeta dos Escravos Gregório de Matos: Boca do Inferno Leão: Rei da selva Pelé: Rei do futebol Vinícius de Moraes: Poetinha

SINESTESIA . – mesclar numa expressão sensações

percebidas por diferentes órgãos do sentido.

Ex. Dirigiu-se aos superiores de maneira insegura, falando com uma voz pastosa. (voz pastosa=sensação auditiva /pastosa= sensação visual e táctil).

Um áspero sabor áspero= sensação táctil / sabor= sensaçãogustativa).

VÍCIOS DE LINGUAGEM

VÍCIOS DE LINGUAGEM

Ao contrário das figuras de linguagem, que representam realce e beleza às mensagens emitidas, os vícios de linguagem são palavras ou construções que vão de encontro às normas gramaticais. Os vícios de linguagem costumam ocorrer por descuido, ou ainda por desconhecimento das regras por parte do emissor.

PLEONASMO VICIOSO OU REDUNDÂNCIA

Diferentemente do pleonasmo tradicional, tem-se pleonasmo vicioso quando há repetição desnecessária de uma informação na frase.

Exemplos: Entrei para dentro de casa quando começou a

anoitecer.Hoje fizeram-me uma surpresa inesperada.Encontraremos outra alternativa para esse problema.

Observação: o pleonasmo é considerado vício de linguagem quando usado desnecessariamente, no entanto, quando usado para reforçar a mensagem, constitui uma figura de linguagem.

BARBARISMO

É o desvio da norma que ocorre nos seguintes níveis:

1) Pronúncia a) Silabada: erro na pronúncia do acento

tônico. Por Exemplo: Solicitei à cliente sua rúbrica.

(rubrica) b) Cacoépia: erro na pronúncia dos

fonemas. Por Exemplo: Estou com poblemas a

resolver. (problemas)

BARBARISMO c) Cacografia: erro na grafia ou na flexão de

uma palavra. Exemplos: Eu advinhei quem ganharia o concurso.

(adivinhei)O segurança deteu aquele homem. (deteve)

2) Morfologia Exemplos: Se eu ir aí, vou me atrasar. (for)

Sou a aluna mais maior da turma. (maior)

BARBARISMO 3) Semântica Por Exemplo: José comprimentou seu

vizinho ao sair de casa. (cumprimentou) 4) Estrangeirismos Considera-se barbarismo o emprego

desnecessário de palavras estrangeiras, ou seja, quando já existe palavra ou expressão correspondente na língua.

Exemplos: O show é hoje! (espetáculo)

Vamos tomar um drink? (drinque)

SOLECISMO

É o desvio de sintaxe, podendo ocorrer nos seguintes níveis:

1) Concordância Por Exemplo: Haviam muitos alunos

naquela sala. (Havia) 2) Regência Por Exemplo: Eu assisti o filme em casa.

(ao)

SOLECISMO 3) Colocação Por Exemplo: Dancei tanto na festa que não

aguentei-me em pé. (não me agüentei em pé). Ambiguidade ou Anfibologia Ocorre quando, por falta de clareza, há

duplicidade de sentido da frase. Exemplos: Ana disse à amiga que seu namorado havia

chegado. (O namorado é de Ana ou da amiga?)O pai falou com o filho caído no chão. (Quem estava caído no chão? Pai ou filho?)

CACOFONIA Ocorre quando a junção de duas ou mais

palavras na frase provoca som desagradável ou palavra inconveniente.

Exemplos: Uma mão lava outra. (mamão)

Vi ela na esquina. (viela)Dei um beijo na boca dela. (cadela)

ECO

Ocorre quando há palavras na frase com terminações iguais ou semelhantes, provocando dissonância.

Por Exemplo:  A divulgação da promoção não causou

comoção na população. O aluno repetente nunca mente

alegremente. A decisão da eleição causou comoção na

multidão.

HIATO Ocorre quando há uma sequência de vogais,

provocando dissonância. Exemplos: Eu a amo.

Ou eu ou a outra ganhará o concurso.

AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA Consiste na construção de uma frase com

mais de um sentido.- Exemplos- O guarde deteve o suspeito em sua casa.

(na casa de quem: do guarda ou do suspeito.- O menino viu o incêndio do prédio. (o menino

estava do prédio e viu o incêndio, ou viu um prédio que estava pegando fogo.)

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