FILO Kinetoplastida

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FILO Kinetoplastida. Protozoários 2 flagelos para locomoção; Mitocôndria única e alongada com concentrações discóides de DNAm (o cinetoplasto). Trypanossoma cruzi, Leishmania sp, Giardia lamblia, Trichomonas vaginalis. DOENÇA DE CHAGAS ou TRIPANOSSOMÍASE Trypanosoma cruzi - PowerPoint PPT Presentation

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FILO Kinetoplastida• Protozoários 2 flagelos para locomoção;• Mitocôndria única e alongada com concentrações discóides

de DNAm (o cinetoplasto).

Trypanossoma cruzi,

Leishmania sp,

Giardia lamblia,

Trichomonas vaginalis

DOENÇA DE CHAGAS ou TRIPANOSSOMÍASE

Trypanosoma cruzi

2 flagelos emergem da bolsa flagelar;

• DISTRIBUIÇÃO – A doença de Chagas segue como problema de

saúde pública por todos os países da América Latina, e sua distribuição cobre a América do Sul, incluindo Chile e Argentina, até o sul dos Estados Unidos por onde existam vetores adequados ao parasito (Fiocruz, 2007);

– Brasil – Norte, Nordeste, Sudeste e Sul

• CICLO BIOLÓGICO – hospedeiros vertebrados e hospedeiros invertebrados

• HOSPEDEIRO VERTEBRADO (Homem e mamíferos)

mudanças morfológicas protozoário podem estar condicionadas ao:– tipo de hospedeiro; – tecido parasitado; – posição ocupada no órgão.

Cinetoplasto

Cinetoplasto mitocôndria única rica DNA mitocondrial

FORMA AMASTIGOTA – intracelular, arredondada ou oval, flagelo curto e não se exterioriza

Formas amastigotas de Trypanosoma cruzi circulantes no sangue, geralmente com aspecto das letras "S" ou "C".

FORMA TRIPOMASTIGOTA – extracelular – sangue , alongada, cinetoplasto posterior ao núcleo, flagelo circunda membrana ondulante e livre anterior.

Trypanosoma cruzi - vermelha - núcleo; azul - membrana ondulante; verde -flagelo.

HOSPEDEIRO INVERTEBRADO - Triatoma infestans

forma epimastigota (tubo digestivo) e tripomastigota (ingestão e reto).

Forma Epimastigota – intestino, alongada, cinetoplasto junto ao núcleo, flagelo estende-se e emerge da extremidade anterior;

Base do flagelo

Trypanosoma cruzi - forma epimastigota

MECANISMOS DE TRANSMISSÃO

• Pelo vetor;

• transfusão de sangue;

• transmissão congênita: ninhos de amastigotas na placenta, tripomastigotas podem atingir circulação fetal;

• acidentes laboratórios;

• transmissão oral – amamentação, ingestão de alimentos contaminados com fezes ou urina de triatomíneos;

• Transplante.

• CICLO BIOLÓGICO DO T. cruzifase de multiplicação:

intracelular no hospedeiro vertebrado;

extracelular no inseto vetor (triatomíneos)

Divisão Binária – a cada 12hAmastigota

Tripomastigota

Tripomastigota - sangue

Tripomastigota - epimastigota

Divisão Binária – Intestino barbeiro

Tripomastigota –reto

Amastigota

Ciclo Celular

5 a 6 dias

9 gerações

• FASE AGUDA assintomática ou sintomática;

• Na fase aguda assintomática: sem sintomas

• Um estudo que pode ajudar no desenvolvimento de marcadores capazes de apontar a presença do parasito Tripanosoma cruzi em hospedeiros assintomáticos, de forma precoce e ainda na fase aguda da doença de Chagas Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz, 2011).

• O projeto identificou um novo mecanismo de evasão parasitária ao analisar a interação do protozoário com as células do sistema defensivo dos hospedeiros mamíferos e pode ajudar a criar métodos para detecção da presença do T. cruzi no organismo.

• A pesquisa analisou um possível mecanismo utilizado pelo protozoário para burlar o sistema imune dos mamíferos.

• “Os resultados de testes in vivo e in vitro apontam que, ao entrar em contato com os monócitos, células responsáveis pela defesa do nosso organismo, o T. cruzi os induziria a liberar microvesículas, formadas essencialmente por lipídeos e proteínas, que seriam utilizadas pelo parasito para superar as defesas do organismo e para facilitar sua entrada em células hospedeiras, onde pode realizar sua reprodução”.

• Considerando que a fase aguda da doença de Chagas é, em geral, assintomática e que pode levar décadas para que a forma crônica se manifeste, a identificação de marcadores que sinalizem a infecção de células pelo T. cruzi no organismo poderia levar ao diagnóstico precoce da doença.

• Fase aguda sintomática – características clínicas de uma infecção generalizada de gravidade variada; – febre, linfadenopatia (aumento dos linfonodos - gânglios

linfáticos) e hepato-esplenomegalia;

• Diagnóstico sugerido por manifestações locais como:– Presença dos sinais de porta de entrada - penetração

parasita na conjuntiva (olho) ocorre edema bipalpebral unilateral denominado sinal de Romaña, chagoma cutâneo (penetra qualquer parte da pele).

– Comprovado pelo encontro dos parasitos no sangue periférico (exame a fresco ou gota espessa).

sinal de Romaña

Chagoma cutâneo

• Parasita penetra na pele ocorre:

lesão, inflamação aguda na derme e hipoderme forma furúnculo;

seguida de regressão lenta com descamação denominado chagoma de inoculação

• Fase aguda passa despercebida (4 a 10 dias após picada) desaparecendo 1 ou 2 meses;

• Casos fatais exibem nas necrópsias - miocardite e\ou meningo-encefalite, por vezes com grave broncopneumonia bacteriana como complicação.

Miocardite chagásica aguda fatal em criança. Intensa inflamação e presença de parasitos intracelulares - miocárdio.

• Ao mesmo tempo em que:– a infecção abrange mais tecidos e a

parasitemia aumenta; – aumenta resposta imune com a produção de

anticorpos.

• Resposta imunológica mais intensa leva:– A redução do número de parasitos

circulantes até que sejam completamente eliminados da circulação, caracterizando o fim da fase aguda da doença.

FIM DA FASE AGUDA:

• Protozoários que não foram eliminados pela resposta imunológica podem ainda permanecer viáveis no interior das células infectadas;

• A partir daí está caracterizada a Fase Crônica da Doença de Chagas, que pode evoluir para as manifestações características da Doença de Chagas (forma sintomática).

• FORMA CRÔNICA INDETERMINADA

• Cerca de 30% dos casos pode ocorrer:– transição para a forma cardíaca anos mais

tarde, mas a maioria não mostra tendência evolutiva.

• Patologia da forma indeterminada tem sido investigada em indivíduos humanos assintomáticos, com sorologia positiva para o T. cruzi, através de:– biópsias miocárdicas ou em necrópsias

após morte acidental ou suicídio.

• FASE CRÔNICA SINTOMÁTICA

• Sistema cardiocirculatório (FORMA CARDÍACA),

• Sistema digestório (FORMA DIGESTIVA),

• Ambos (FORMA CARDIODIGESTIVA ou MISTA) – observa-se reativação intensa do processo inflamatório;

• Forma cardíaca – Cardiopatia crônica

alterações eletrocardiográficas;

sintomas clínicos: palpitações e tonturas ;

aumento do coração;

• A lesão da ponta do ventrículo esquerdo do coração - trata-se de um adelgaçamento, sem fibrose, com atrofia das fibras miocárdicas.

• Efeitos das lesões aparece sob a forma de um retardo na chegada do estímulo elétrico à região da ponta do ventrículo esquerdo.

Figura : típica lesão apical “aneurismática” da forma crônica

Figura: Corte sagital de coração de paciente chagásico que faleceu com insuficiência cardíaca, mostrando dilatação das cavidades ventriculares, afilamento da ponta do ventrículo esquerdo e do ventrículo direito, com trombose (Higuchi, 2007).

Figura: Afilamento do miocárdio da região do ventrículo , com substituição por fibrose. Freqüente foco de arritmia cardíaca tipo taquicardia ventricular sustentada. (Higuchi, 2007).

FORMA DIGESTIVA

• Megaesôfago seguida o megacólon.

• Manifestações iniciam como:– incoordenação motora, devido ao

comprometimento do sistema nervoso autônomo (plexos mioentéricos).

Corte histológico da parede muscular do esôfago em um caso de megaesôfago chagásico, mostrando processo inflamatório na região do plexo mientérico e despovoamento neuronal. Observa-se um neurônio em degeneração (seta)

A- megaesôfago e megaestômago;

B: megaesôfago e megaduodeno;

C: megabulbo e megajejuno;

D: megacólon

Classificação radiológica do megaesôfago em quatro grupos, conforme a evolução da afecção

megaesofâgo • sintomas – dificuldade de deglutição, dor

retroesternal, regurgitação, pirose (azia), soluço, tosse;

megacólon – diagnóstico mais tardio • constipação (sintoma mais frequente);

• complicações mais graves – obstrução intestinal e perfuração levando a peritonite.

PROFILAXIA

• ligada as condições de vida e modificação do ambiente;

• promover educação ambiental e sanitária;• melhoria das habitações rurais;• combate ao barbeiro;• controle de doador de sangue;• controle de transmissão congênita – mãe

sorologia positiva bebê examinado imediatamente;

DIAGNÓSTICO• Fase aguda• Visualização do protozoário através de métodos

diretos de esfregaços e gotas espessas de sangue e cultura;

• PCR;

• biópsias de linfonodos;

• Fase Crônica• Métodos de imunodiagnóstico, imunofluorescência,

ELISA.

• TRATAMENTO:– específica - contra o parasita, visando eliminá-lo– sintomática - para atenuação dos sintomas, uso de

cardiotônicos e antiarrítmicos, para o coração, ou através de cirurgias corretivas do esôfago e do cólon.

• Nifurtimox e Benzonidazol - medicamentos oferecem pouca eficiência sobre as formas intracelulares (amastigotas) apresentando um melhor resultado sob as formas tripamastigotas (sangue);

• O tratamento aplicado e os resultados dependem também da fase em que o paciente encontra-se.

PACIENTES - FASE AGUDA• transmissão da infecção dependendo da idade, os

medicamentos reduzem a parasitemia e levam a diminuição da sintomatologia.

PACIENTES – FASE CRÔNICA• quando as lesões cardíacas e digestivas ainda

estão no início ou são ausentes, o emprego das drogas proporcionam redução ou retardamento do aparecimento das lesões;

• SITUAÇÕES DOS MEGAS (ESÔFAGO, CÓLON)• recomenda-se a correção cirúrgica.

• Apesar de ocorrer em pequeno número, a cura da infecção chagásica, necessita de um rigoroso critério.

• Atualmente só se consideram curados pacientes que após algum tempo de tratamento apresentam exames parasitológicos e sorológicos negativos.