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FITOPATOLOGIA EPARASITOLOGIA VEGETAL
PROFESSOR ROBERTO PACOBAHYBA RODRIGUES
Sintomatologia a parte da Fitopatologia que estuda os sintomas e sinais,
visando a diagnose de doenas de plantas.
Sintoma: ManchaHelmintosporiose do sorgo(Exserohilum turcicum)
Sinal: Esclercios e Crescimento micelial Murcha-de-esclercio do feijoeiro(Sclerotium rolfsii)
Classificao dos Sintomas
Os sintomas de doenas de plantas podem ser
classificados conforme a localizao em relao ao
patgeno, as alteraes produzidas no hospedeiro e a
estrutura e/ou processos afetados.
Conforme a localizao dos sintomas em relao ao patgeno, os sintomas podem ser separados em:- Sintomas primrios- Sintomas secundrios ou reflexos
Classificao dos Sintomas
Sintoma primrio: Mancha.
Cercosporiosedo caupi
(Cercospora cannescens)
Sintoma primrio: Mancha.
Alternarioseda couve-chinesa
(Alternaria brassicicola)
Sintoma primrio: Verrugose.
Verrugose do maracuj(Cladosporium
herbarum)
Classificao dos Sintomas
Sintoma secundrio:Murcha.
Mal-do-Panam (Fusarium oxysporum f.sp. cubense)
Sintoma secundrio: Murcha.
Murcha-de-esclercio do feijoeiro.
(Sclerotium rolfsii)
Classificao dos SintomasConforme as alteraes produzidas no hospedeiro, os sintomas podem ser separados em:
- Sintomas habituais
- Sintomas lesionais
Sintoma habitual: Superbrotamento.
M formao floral da mangueira(Fusarium subglutinans)
Sintoma lesional: Podrido.Antracnose da pra(Colletotrichum gloeosporioides)
Classificao dos SintomasUm dos critrios mais utilizados na classificao de sintomas
se baseia nas alteraes da estrutura e/ou de processos do hospedeiro, podendo ser separados em sintomas histolgicos, sintomas fisiolgicos e sintomas morfolgicos.
SINTOMAS HISTOLGICOS Granulose: produo de partculas granulares ou cristalinas. Plasmlise: perda de turgescncia das clulas. Vacuolose: formao anormal dos vacolos.
Classificao dos Sintomas
GranuloseMelanose dos citros
(Phomopsis citri)
PlasmlisePodrido mole
da batata(Pectobacterium )
PlasmlisePodrido mole
da alface(Pectobacterium )
SINTOMAS HISTOLGICOS
Classificao dos Sintomas
Utilizao direta de nutrientes do hospedeiroEx.: Em centeio, a produo de gros inversamente
proporcional produo de esclercios de Claviceps
purpurea, agente do esporo.
Aumento na respirao do hospedeiroEx.: Plantas de trigo atacadas por Ustilago tritici, agente do
carvo, apresentam um aumento de 20% na taxa de
respirao em relao a plantas sadias.
SINTOMAS FISIOLGICOS
Alterao na transpirao do hospedeiroEx.: Bananeira e tomateiro, quando infectadas por Fusarium
oxysporum, agente de murchas vasculares, exibem nos primeiros
dias do ataque um aumento na taxa de transpirao e, mais tarde,
quando a murcha est avanada, ocorre uma baixa taxa de
respirao e inibio do sistema de transpirao.
Interferncia nos processos de snteseEx.: Em tomateiro atacado por Ralstonia solanacearum, ocorre a
descolorao vascular (resultado do acmulo de melanina) e a
produo de razes adventcias (excessiva produo de auxinas
sob o estmulo da bactria).
Classificao dos SintomasSINTOMAS FISIOLGICOS
Classificao dos SintomasSINTOMAS MORFOLGICOS
Dependendo do tipo de modificao exibida pelo rgo
afetado, os sintomas morfolgicos podem ser qualificados
como necrticos ou plsticos.
Sintomas Necrticos
Necroses so caracterizadas pela degenerao do
protoplasma. Sendo classificados como plesionecrticos
ou holonecrticos.
Classificao dos Sintomas
Sintomas PlesionecrticosSintomas necrticos presentes antes da morte do
protoplasma.
Amarelecimento: causado pela destruio da clorofila.
Encharcamento: a condio translcida do tecido.
Murcha: estado flcido das folhas ou brotos.
Classificao dos SintomasSintomas Plesionecrticos
AmarelecimentoQueima das folhas
do inhame(Curvularia eragrostidis)
EncharcamentoMldio da videira
(Plasmopara viticola) Murcha
Murcha bacteriana do tomateiro
(Ralstonia solanacearum)
Sintomas HolonecrticosSintomas necrticos expressos aps a morte do protoplasma.
Classificao dos Sintomas
Cancro: caracterizado por leses necrticas deprimidas.
Crestamento: necrose repentina de rgos areos.
Tombamento: caracteriza-se pelo tombamento de plntulas.
Escaldadura: caracterizado pelo descoramento da epiderme.
Estria: leso alongada, paralela nervura das folhas.
Gomose: exsudao de goma a partir de leses.
Sintomas Holonecrticos
Classificao dos Sintomas
CancroRhizoctoniose do caupi
(Rhizoctonia solani)Crestamento
Requeima do tomateiro(Phytophthora infestans)
TombamentoRhizoctoniose do
caupi(Rhizoctonia
solani)
Sintomas Holonecrticos
Classificao dos Sintomas
EscaldaduraEscaldadura da cana-de-acar(Xanthomonas
albilineans)
EstriaEstria vermelha da
cana-de-acar(Pseudomonas
rubrilineans)
GomosePodrido gomosa
do meloeiro(Didymella bryoniae)
Sintomas Holonecrticos
Classificao dos Sintomas
Mancha: morte de tecidos foliares.
Morte dos ponteiros: morte progressiva de ponteiros e ramos jovens.
Mumificao: secamento rpido de frutos apodrecidos.
Perfurao: queda de tecidos necrosados em folhas.
Podrido: aparece quando o tecido necrosado encontra-se em fase adiantada de desintegrao.
Pstula: pequena mancha necrtica, com elevao da epiderme.
Sintomas Holonecrticos
Classificao dos Sintomas
Morte dos ponteirosMorte descendente
da mangueira(Lasiodiplodia theobromae)
MumificaoPodrido parda do
pessegueiro(Monilinia fructicola)
ManchaMancha angular
do feijoeiro(Phaeoisariopsis
griseola)
Sintomas Holonecrticos
Classificao dos Sintomas
PerfuraoCercosporioseda beterraba
(Cercospora beticola)
PodridoPodrido azul
da laranja(Penicillium italicum)
PstulaFerrugem da
goiabeira(Puccinia psidii)
Classificao dos SintomasSintomas PlsticosAnomalias no crescimento, multiplicao ou diferenciao de
clulas. Classificados em: hipoplsticos ou hiperplsticos.
Sintomas Hipoplsticos - subdesenvolvimento. Albinismo: falta congnita da produo de clorofila. Clorose: esmaecimento do verde em rgos clorofilados. Estiolamento: falta de produo de clorofila. Enfezamento: reduo no tamanho da planta. Mosaico: reas clorticas, intercaladas com reas sadias. Roseta: encurtamento dos entrens, brotos ou ramos.
Classificao dos SintomasSintomas Hipoplsticos
AlbinismoVirose da catlia (Albinismo Vrus)
CloroseClorose variegada
dos citros(Xylella fastidiosa)
EstiolamentoEstiolamento
do caupi(Deficincia de
luz)
Classificao dos SintomasSintomas Hipoplsticos
EnfezamentoNanismo domilho(Spiroplasma kunkelli)
RosetaRoseta da roseira(Roseta Virus)
MosaicoMosaico do mamoeiro(Papaya ringspot mosaic virus)
Classificao dos SintomasSintomas Hiperplsticos - superdesenvolvimento. Bolhosidade: aparecimento no limbo de salincias. Bronzeamento: mudana de cor da epiderme. Encarquilhamento: deformao de rgos da planta. Epinastia: curvatura da folha ou do ramo para baixo. Fasciao: estado achatado, ramificado e unido de rgos. Galha: desenvolvimento anormal de tecidos de plantas. Superbrotamento: ramificao excessiva do caule, ramos ou brotaes florais.
Verrugose: crescimento excessivo de tecidos epidrmicos e corticais.
Sintomas Hiperplsticos
Classificao dos Sintomas
BolhosidadeMosaico severeo do caupi(Cowpea severe mosaic
virus)
BronzeamentoEnrolamento da folha
da videira(Closterovirus) Encarquilhamento
Crespeira do pessegueiro
(Taphrina deformans)
Sintomas Hiperplsticos
Classificao dos Sintomas
EpinastiaEpinastia da mostarda(Beet curly top virus)
FasciaoFasciao basal
do gernio(Rhodococcus
fascians) GalhaMeloidoginose da cenoura
(Meloidogyne)
Sintomas Hiperplsticos
Classificao dos Sintomas
SuperbrotamentoVassoura-de-bruxa do cacau
(Crinipellis perniciosa)
VerrugoseVerrugose da laranja
(Elsinoe)
SINAISSo estruturas ou produtos do patgeno, em geral associados
leso. Em geral, os sinais ocorrem num estdio mais
avanado do processo infeccioso da planta.
Exemplos:- Frutificaes de fungos, como esclercios de Sclerotium rolfsii
em feijoeiro e miclio branco de Oidium em caupi.
- Exsudaes viscosas compostas de clulas bacterianas
liberados de rgos atacados, como ocorre com talos de
tomateiro infectados por Ralstonia solanacearum.
- Mau cheiro emanado do colmo de cana-de-acar atacado
por Pseudomonas rubrilineans.
Teste de Patogenicidade e Postulados de Koch
Desenvolvido por Robert Koch (1881) para patgenos
humanos e adaptados posteriormente para Fitopatologia,
constituindo o teste de patogenicidade.
POSTULADOS DE KOCH:1. Associao constante patgeno-hospedeiro.2. Isolamento do patgeno.3. Inoculao do patgeno e reproduo dos sintomas.4. Reisolamento do patgeno.
Diagnose de Enfermidades
Folhas e plantas pequenas:- Devem ser acondicionadas, preferencialmente, em sacos de papel.- Deve-se coletar de 12 a 20 folhas contendo sintomas. - As folhas no devem ser amassadas ou dobradas. - No caso de plantas pequenas, deve-se coletar toda planta, inclusive as razes. - A amostra deve conter desde sintomas iniciais da doena at os mais avanados.
Coleta, Acondicionamento e Remessa de Amostras Vegetais.
Para a diagnose da doena necessrio que as amostras cheguem ao laboratrio em boas condies, de preferncia,
frescas, recm-colhidas.
Diagnose de Enfermidades
Ramos, galhos e troncos:- Se forem de tamanho reduzido, podem ser acondicionados como as folhas e plantas pequenas. - Plantas maiores podem ser serradas ou cortadas e colocadas em caixas de papelo ou sacos. Frutos: - Frutos devem ser enviados frescos em sacos de papel. - O transporte at o laboratrio deve ser o mais rpido possvel. - Frutos carnosos maduros necessitam de refrigerao e acondicionamento em embalagem reforada. Razes:- Devem conter uma quantidade de solo suficiente para manter a umidade natural do campo. - Devem ser envolvidas em jornal umedecido e acondicionadas em sacos plsticos. - As razes devem chegar o mais rpido ao laboratrio.
Coleta, Acondicionamento e Remessa de Amostras Vegetais.
Diagnose de Enfermidades
Solo:
- Devem chegar ao laboratrio em dois dias, no mximo.
- Deve-se coletar de 500 a 1.000 g de solo, prximas as
razes, e profundidade de at 30 cm.
- O solo deve estar mido (umidade natural) e ser
acondicionado em sacos plsticos.
- No havendo possibilidade das amostras de solo chegarem
ao laboratrio neste prazo, pode-se guard-las em uma
geladeira por um perodo de, no mximo, uma semana.
Coleta, Acondicionamento e Remessa de Amostras Vegetais.
Testes Utilizados na DiagnoseBIOLGICOS
Iscas Biolgicas Exemplos: Batata, Ma, Pimento. Usado principalmente para Bactrias e Fungos.
Enxertia Usado principalmente para patgenos sistmicos ou de
transmisso mecnica. Plantas Indicadoras
Usado principalmente para Vrus e Viride. Presena de Vetores
Exemplos: caro, Fungo, Inseto.
Testes Utilizados na DiagnoseFSICO-QUMICOS
1) Microscopia tica:- Lmina e Lamnula - Montado em gua (Bactria, Espiroplasma, Fungo, Nematide, Protozorio) ou Corante (Fungo).- Seces Histolgicas associadas a Corantes Especficos -Bactria, Espiroplasma, Fitoplasma, Fungo, Nematide, Protozorio e Vrus.
2) Microscopia Eletrnica:- Seces Histolgicas associadas a Corantes Especficos.
Testes Utilizados na DiagnoseSOROLGICOS
- ELISA (Enzyme Linked Immunosorbent Assay).- Western Blot - Anticorpos especficos contra Protena. (Bactria, Espiroplasma, Fitoplasma, Fungo, Nematide,
Protozorio e Vrus). Sendo, atualmente, mais utilizado em
Vrus e para alguns gneros de Bactria.
- Southern Blot- PCR (Polymerase Chain Reaction)
- Dot Blot
MOLECULARES
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