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Gás natural em Morada Nova de Minastraz novas perspectivas para a região – p. 4
2 Maio a agosto de 2011 – FUNEDI/UEMG Abaeté
Informativo bimestral da FUNEDI/UEMG Abaeté – Ano 7 – Nº 24 – Maio a agosto de 2011 – Presi-dente da FUNEDI/UEMG: professor Gilson Soares – Coordenadora geral do ISAF/ISAB: Nilcileia Cristina de Melo – Produção: Daniela Couto, Luciana Nominato e Nilcileia Cristina de Melo – Projeto gráfico/editorial, diagramação e jornalista responsável: Daniela Couto (MG 9.994 JP) – Revisão: Elvis Gomes – Foto da capa: Daniela Couto – Contatos: (37) 3541-2172, 3229-3592 ou vozacademica@funedi.edu.br – Tiragem: 500 exemplares – Impressão: Universal Gráfica e Editora (Divinópolis – MG)E
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acontece na unidade
O educador pode ser sujeito da história, partici-pando do desenvolvimento da humanidade, estudan-do, pesquisando para tor-nar melhor a qualidade do ensino, ou pode ser objeto da história, send o apenas espectador. O verdadeiro educador procura sempre agir, atuando e modifican-do, quando necessário, o modelo social existente.
Um ensino de melhor qualidade é aquele que ensina a ler não apenas as cartilhas, mas os sinais do mundo, a cultura de seu
Ser educadortempo; escrever não ape-nas nos cadernos, mas no contexto de que partici-pa, contar não apenas os números, mas sua histó-ria, espalhar e ensinar aos educandos as “palavras de seda”, palavras que podem mover o mundo.
O professor autor da história é aquele que sabe calar seus ruídos interio-res para ouvir a palavra do outro. Ele preocupa-se não apenas com o falar claro para que seus alunos tenham um bom aprendi-zado, mas também com o
escutar claro; afinal, é dos sonhos da criança que nas-ce a inteligência, e esta é a ferramenta que o corpo usa para transformar seus so-nhos em realidade.
Portanto, educadores, procurem despertar em seus alunos os sonhos, a ale-gria e o prazer de aprender, a arte de ouvir, de espalhar “palavras de seda” para que, juntos, possam construir a história e tornar o mundo mais leve e mais azul.
Neide Maria da CunhaCurso de Pedagogia
Mariana Nicoli
Administração
Volta às aulasPor questões técni-cas, o Voz Acadêmica desta edição abran-
ge os meses de maio, junho, julho e agosto. Dessa forma, além das reportagens produzidas, você também confere como fica a distribuição das salas na FUNEDI/UEMG Abaeté a partir de agosto. A todos, um segundo semestre bas-tante tranquilo e com muitas realizações!
Daniela CoutoEditora do Voz Acadêmica
No dia 10 de junho, houve a apresentação do ex-aluno do curso de Admi-nistração do ISAB, Daniel Ferreira Dayrell, secretário municipal de transportes, responsável por toda a lo-gística do transporte e da manutenção das máquinas pesadas da Prefeitura de Abaeté. Foram mostra-dos à turma do 7° período
de Administração todos os processos que vão da manutenção dos veículos ao monitoramento via sa-télite dos mesmos. Uma gestão bastante inovadora implantada através do co-nhecimento adquirido no curso.
Caio Átila A. de Sousa CarvalhoCurso de Administração
Distribuição de salas – 2º semestreSALA SETOR/CURSO
2º Administração
2º Ciências Contábeis
4º Ciências Contábeis
4º Administração
6º Administração
6º Ciências Contábeis
8º Ciências Contábeis
Pós-Graduação
4º Pedagogia
4º Administração
6º Serviço Social
8º Administração
Xerox
CA e Coordenação
Laboratório de Informática
9 C
8 C
7 C1
7 C2
6 C2
6 C1
5 C2
5 C11 B2 B
3 B1
3 B2
4 B
Maio a agosto de 2011 – FUNEDI/UEMG Abaeté 3
Alunos do curso de Pe-dagogia realizaram, no dia 6 de maio, uma visita à Escola para Surdos AAVIDA (As-sistência Audiovisual para Deficientes Auditivos), no município de Divinópolis.
De abrangência inter-disciplinar, o trabalho de campo teve como objetivo vivenciar práticas que en-riquecessem e complemen-tassem os estudos realizados no curso e, sobretudo, na disciplina de Língua Brasi-leira de Sinais (LIBRAS), ministra-da por mim.
A experiência possibilitou aos alunos conhecimento da vida práti-ca e do processo de escolarização do surdo, proporcionando melhor en-tendimento acerca da proposta pe-
Estudantes visitam a escola para surdos AAVIDA, em Divinópolis
No dia 19 de maio, a partir de um trabalho interdisciplinar do 7º
período de Pedagogia, foi realizada uma mesa-redonda, cuja abordagem principal foi o Programa Escola Ativa (PEA), do Governo Federal, que tem como objetivo melhorar a qualida-de do desempenho escolar de classes multisseriadas das escolas do campo.
Estiveram presentes os professo-res Ari Francisco de Abreu, Carmen Esselin de Sousa Lino e Hélen Rezende, as pedago-gas que atuam na área rural Flávia Freitas Batista (na cidade de Morada Nova de Minas), Janaína de Carva-lho Faria Oliveira e Rita de Cássia Pereira (em Abaeté), além das turmas do 3º e 7º períodos de Pedagogia. Um dos diferenciais do progra-ma refere-se à proposta de uma educação que respeita a cultura local desses indi-
Programa Escola Ativa é tema de mesa-redonda
dagógica, diretrizes e metodologias de trabalho na educação desse sujei-to. “Todo profissional de educação deveria fazer uma visita à AAVIDA para conhecer melhor a realidade do surdo, para atender melhor as ne-cessidades deste quando ingressar na escola comum”, observou Cín-
tia Poliana Alves da Silva, do 7º período.Durante a visita, os alunos tiveram a oportunidade de interagir com profissionais e alunos da instituição.
A viagem foi muito enri-quecedora, pois, além desses conhecimentos, os estudan-tes puderam fazer um con-traponto com a realidade do surdo no município em que residem. Para a estudante do 7º período Edvânia Ma-ria Guimarães Andrade, “o
conhecimento da dinâmica escolar da AAVIDA permitiu uma reflexão so-bre a importância dessa escola para a vida do indivíduo surdo”.
Hélen RezendeProfessora do curso de Pedagogia
víduos, bem como sua diversidade e especificidade, a partir do contexto em que estão inseridos. Os alunos recebem incentivos diversos, de ma-neira a tornarem-se mais ativos e par-ticipativos. Para tanto, são utilizadas estratégias interessantes que possibi-litam a interação aluno/comunida-de/família e escola, as quais podem ser perfeitamente adaptáveis à área urbana. A adesão dos municípios ao
programa é voluntária, e as professo-ras escolhidas passam por um curso de capacitação e, posteriormente, ao retornarem aos seus municípios, têm a tarefa de repassar os conhecimentos adquiridos aos demais profissionais da instituição.
Segundo as pedagogas presentes que atuam na área rural, o PEA vem mudando a realidade do professor em sala de aula e melhorando a qualidade
do ensino. Portanto, ainda que de forma incipiente, percebe-se um avanço nas políticas públicas para a educação no campo, o que vem, progressivamente, alterando seu panorama, uma vez que, durante vá-rios anos, o setor rural foi relegado e desamparado, assim como sua escola.
Monique Soares de SousaCurso de Pedagogia
Raquel Vargas
Monique Soares
acontece na unidade
intertexto
4 Maio a agosto de 2011 – FUNEDI/UEMG Abaeté
Perspectivas e possibidades para o cenário regional
De Abaeté a Morada Nova de Minas, gasta-se, em média, uma hora e meia de viagem. A cidade é banhada pelas águas da represa de Três Marias e, atualmente, tem como ba-ses da economia o turismo, o agronegócio e a psicul-tura. Mas a descoberta de gás natural no município ampliou as perspectivas, tanto para a localidade quanto para a região. Ins-talação de novas empresas, ampliação do mercado de trabalho e aumento na geração de renda são al-gumas das possibilidades que se abrem. Conforme o professor de Economia da FUNEDI/UEMG Abaeté Renato dos Santos Gon-çalves, o efeito multiplica-dor dos investimentos será enorme. “A tendência é a de que Abaeté também se consolide como um novo polo regional, não só pe-las condições atuais, mas também por se enquadrar como agente que servirá de infraestrutura”.
O primeiro poço de gás natural de Morada Nova e,
também, de Minas Gerais, foi perfurado no ano pas-sado por um consórcio for-mado pela Companhia de Desenvolvimento Econô-mico de Minas (Codemig), Orteng Equipamentos e Sistemas, Delp Engenharia e Imetame Energia. E esse fato já trouxe modificações no dia a dia da cidade, con-forme observa Nivalmira Ferreira de Jesus, funcio-nária pública em Morada Nova. “As coisas valoriza-ram mais, como os imóveis, e a expectativa é boa”.
E a tendência é melho-rar. Em junho, foi divulga-do o resultado dos estudos sobre o gás natural de Mo-rada Nova. No reservatório estudado, com área aproxi-
mada de 400 km² de exten-são, o volume de gás está es-timado entre 176,5 e 194,6 bilhões de metros cúbicos, com capacidade de produ-ção para 25 anos.
A etapa, agora, é de estu-dos econômicos para, entre outros fins, definir a forma mais adequada de exploração do gás. A expectativa é come-çar a produção em dois anos. Já para o segundo semestre, está prevista a perfuração de mais dois poços, também para estudo, a ser feita por outros dois consórcios.
A cidadeDe acordo com o prefeito
de Morada Nova de Minas, Alexsander da Silva Rocha, a cidade tem feito vários inves-
Fonte: www.moradanova.mg.gov.br/morada.php
integra a Bacia hidrográ-fica do Rio São Francisco e faz limite com Três Marias, Felixlândia, Pompéu, Paineiras, Biquinhas, Tiros e São Gonçalo do Abaeté. A população é estimada em 8.297 habitantes. A padroeira da cidade é Nossa Senhora de Loreto, e o adjetivo pátrio é moradense.
MORADANOVADEMINAS
timentos em infraestrutura, saúde e educação. Há, tam-bém, o Plano de Desenvolvi-mento Estratégico que trata do potencial do município. “Não só Morada, mas toda a região tem que ter muito cuidado agora com plane-jamento, qualificação de mão de obra, para, quando os investimentos chegarem, a gente possa aproveitar as oportunidades que vão sur-gir”, comenta Alexsander.
Pela exploração do gás, o município recebe royalties, mas os benefícios podem ir além disso, pois a ativi-dade abre uma nova reali-dade econômica na região. “Pode trazer impactos mui-to significativos, ao mesmo tempo que traz uma carga de responsabilidade maior para todos os envolvidos, para que a gente possa aliar essa perspectiva positiva e esse desenvolvimento que vai ser gerado e transformar em oportunidades de cresci-mento, desenvolvimento e, principalmente, qualidade de vida”, conclui Alexander.
Daniela Couto
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