Gestão dos Resíduos e as Alterações Climáticas

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Sulisa Quaresma Seminário Internacional "Alterações Climáticas e suas repercussões sócio-ambientais", São Tomé, 23 de Agosto de 2012

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Gestão dos Resíduos e as Alterações Climáticas

MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS E RECURSOS NATURAIS

DIRECÇÃO GERAL DO AMBIENTE

Sulisa Quaresma suligno@hotmail.com

PARTILHA DE RESPONSABILIDADE

Outras

Instituições

Sector Privado

D.G.A

Câmaras Distritais RAP

Finança

Saúde

Saúde

ONG e Sociedade Civil

Comercio e

Indústria

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

Afasta o mundo cada vez mais do cumprimento dos Objectivos do milénio e trás sérias implicações ao nível do ambiente, mais também ao nível social e económico.

PILARES DA SUSTENTABILIDADE

CONVENÇÕES INTERNACIONAIS

Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes "POP", assinado e ratificado por São Tomé e Príncipe em Abril de 2002.

Convenção de Bamaco sobre a interditação de importação de lixos perigosos para África e ao controle da movimentação transfronteiras e a gestão desses lixos na África. (por ratificar)

Convenção de Roterdão baseada no principio de prevenção e regula o Comércio Internacional de produtos químicos perigosos. (por ratificar)

Convenção de Basileia sobre o movimento transfronteiriço de resíduos perigosos e da sua eliminação; (por ratificar)

QUADRO LEGAL

Decreto nº.36/1999, promulgada em Agosto de 1999, conhecida como Lei sobre Resíduos;

Lei nº.14/2003, publicada em 31.12.2003 (DRnº.16, 5º.Suplemento), relativa à gestão de embalagens e que criou as Taxas de Saneamento (TS) e de Impacto Ambiental (TIA);

Lei nº.10/92,de 9 de Setembro - Lei Quadro para as Autarquias Locais-, submetida à Lei de Revisão nº.10/2005 (DRnº.33, 15.11.2005), designadamente no que se refere às atribuições, competências, receitas, taxas e tarifas autárquicas;

Decreto nº.20/2008 – Orgânica do XIII Governo Constitucional -,art. 35º (Ministério dos Recursos Naturais, Energia e Ambiente).

PRINCIPIO POLUIDOR PAGADOR

Cabe a responsabilização do produtor pelo destino final a dar aos resíduos que produz.

Decreto nº 36/99 estabelece no seu art. 1º que “ O Detentor de resíduos sólidos, qualquer que seja a sua natureza e origem, deve promover a sua recolha, armazenagem, transporte e eliminação ou utilização de tal forma que não ponha em perigo às espécies nem prejuízo ao ambiente”.

DOCUMENTOS ELABORADOS

O Relatório sobre os Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs), em 2003;

O Perfil Nacional de Substâncias Químicas, em 2005;

Plano Nacional de Implementação da Convenção de Estocolmo Sobre

Poluentes Orgânicos Persistentes em São Tomé e Príncipe em 2009;

Plano Nacional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos (PNGIRSU)

em 2010.

O PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DOS RSU

Minimizar e prevenir a produção de resíduos;

Melhorar a gestão e tratamento dos resíduos;

Evitar a deposição descontrolada dos resíduos nas paisagens;

Redução de riscos para a vida humana; Reduzir a perigosidade dos resíduos e

perigos de contaminação do ambiente; Melhorar o cumprimento das leis.

A HIERARQUIA DAS OPÇÕES DE GESTÃO DE RESÍDUOS

Prevenção Redução

Reutilização Reciclagem

Outros tipos de Valorização (Valorização Energética)

Eliminação

Opções mais favoráveis

Opções menos favoráveis

Problemática dos Resíduos em STP

RESÍDUOS SÓLIDOS

Vulgarmente designados de Lixo, são todos os materiais e/ou substâncias que são desnecessários e indesejados, resultantes de um processo de produção e consumo de bens úteis.

SITUAÇÃO ATUAL DOS RESÍDUOS -STP

Não existe ainda uma prática adequada de tratamento de resíduos sólidos;

Nos centros urbanos são as autoridades distritais que se ocupam com a recolha dos lixos produzidos pelas populações. E nas zonas rurais, cada região ou local faz o tratamento;

Os resíduos sólidos recolhidos na cidade de São Tomé e arredores são depositados numa lixeira a céu aberto;

Os resíduos hospitalares produzidos no maior hospital do país, (Centro Hospitalar), são incinerados na lixeira.

CICLO DE VIDA DOS RESÍDUOS- EM STP

TIPOS DE RESÍDUOS -STP

Dom

éstic

o

Indu

stria

l e C

omer

cial

Hosp

italar

Agríc

ola

Mons

tros

REEs

SITUAÇÃO ACTUAL DOS RESÍDUOS EM S.T.P

Figura 1 -Evolução da produção de resíduos de 2010- 2025 ( Fonte PGIRSU)

PRODUÇÃO DOS RESÍDUOS

Mé-Zochi 25%

Cantagalo 10%

Lembá 8%

Água Grande

38%

Principe 4%

Caué 4%

Lobata 11%

Gráfico nº 2» Produção dos resíduos por distritos e RAP . Adaptado PGIRSU ( 2011)

COMPOSIÇÃO FÍSICA DOS RSU EM SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

1,97% 2,02% 3,2%

5,09%

5,89%

50,21%

0,05%

31,26% Mistura de materiais

Metal

Plástico

Vidro

Cartão/Papel

Matéria organica

Resíduos especiais

Outros

Figura 3 » Composição física dos resíduos em STP – Adaptado do PAGIRSU

FOCOS DE LIXEIRAS

Focos de lixeiras

HIDROGRAFIA

Poluição hídrica através dos resíduos:

Doenças de origem hídrica,

Contaminação dos lençóis freáticos,

Lixeira de Lobata

PERIGOS

Lixeira de Penha

PRINCIPAIS GASES COM EFEITO ESTUFA- GEE

GEE

NOX

HFCS

CO2 CH4

N2O

SF6

Oxido Nitroso

Metano

Dióxido de carbono

Hidrofluorcarbonetos

Hexafluoreto de Enxofre

Oxido de Azoto

QUESTÕES AMBIENTAIS

AQUECIMENTO GLOBAL

SECA

SUBIDA DO NÍVEL DO MAR

CHUVA ACIDA

GASES PROVINIENTES DO SECTOR DOS RESÍDUOS

Gás metano, (CH4) proveniente dos resíduos sólidos urbanos, das águas usadas, lamas domésticas comerciais, das águas orgânicas;

Óxido nitroso (N2O) proveniente dos excrementos humanos.

0,01

0,17

0,02

Excremento humano (N2O)

RSU (CH4)

Águas Resíduais (CH4)

QUANTIDADES EM Gg

Figura 4 » Emissão dos GEE no sector de resíduos- Fonte Inventário dos GEE (2009)

COMPARAÇÃO ENTRE AS EMISSÕES DE 1998 e 2005

0

0,05

0,1

0,15

0,2

1998 2005

0,01 0,01

0,12

0,19 G

ases

(Gg)

Ano

N2O CH4 Figura 5 » - Comparação das emissões nos anos 1998 e 2005.Fonte Inventário dos GEE (2009)

ACCÇÕES REALIZADAS

Aumento da quantidade de contentores permitindo maior

abrangência na recolha dos resíduos; Aprovação do PNGIRSU em 2011 e a sua divulgação; Maior envolvimento da população, ONG e sociedade civil

organizada na resolução dos problemas; Melhoria da recolha através de projectos, (ex. ONG Alisei,

Marapa, ADAPPA, UCCLA entre outros); Aprovação e actualização da Taxa de Impacto Ambiental em

2012; Aprovação pela Assembleia Nacional da proposta de adesão às

Convenções de Basileia e de Roterdão.

Pensar e agir nos Desafios,

Queremos Mudar!

DESAFIOS FUTUROS-3R

Reduzir • Diminuir a quantidade de resíduos produzidos

Reutilizar • Dar novas utilidades aos materiais usados

Reciclar • Transformar o velho em novo

Reciclagem Poupança em matéria prima Ex. materiais reciclados Papel Poupam-se 15-20 árvores, por cada

tonelada de papel reciclado Papel/cartão, livros, cadernos, etc

Vidro 1,2 toneladas de areia por cada tonelada de vidro velho

Novas embalagens de vidro.

Plástico 130kg de petróleo Mobiliários materiais de escritórios.

Metal (alumínio)

5 toneladas de minério (bauxitas) Peças para automóveis, novas embalagens.

Metal (aço) 1,5 toneladas de minerais ferroso Novas peças de metal, materiais de construção.

DEAFIOS FUTUROS

DESAFIOS FUTUROS

Redução do GEE

Erradicar todas a lixeiras

A Valorização orgânica e Energética

Infra-estruturas (Aterro Sanitário)

Investimento na separação e reciclagem

Valor acrescentado aos resíduos

DEAFIOS FUTUROS

Aterro sanitário

INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS

Exemplos: Destruição dos resíduos por combustão (presença de oxigénio):

Reduz os resíduos a cinzas até 90% do volume inicial; Temperaturas superiores a 850º C - 1.400ºC.

CONCLUSÃO

O envolvimento de todas as partes é factor fundamental para garantir a boa gestão dos resíduos;

Aplicar a educação ambiental para a mudança de comportamento na aplicação da politica dos 3R;

Sensibilizar cada vez mais a população e os actores envolvidos na problemático do sector aplicando a educação ambiental;

Adopção de procedimentos de operação que garantam o melhor controlo de emissões (MTD/MPA).

CONCLUSÃO

A redução dos GEE, mitigará as alterações climáticas; Aplicação do principio de prevenção poderá constituir-se um factor de

redução na produção de resíduos; Valorização orgânica deverá ser mais incentivada; Utilização de resíduos para produção de energia eléctrica (

valorização energética); A problemática das alterações climáticas deverá ser mais articulada

com diferentes sector; Existe muita coisa ainda por fazer no sector dos resíduos.

Obrigada pela Atenção!

“Proteja o Ambiente “

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