View
214
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
Centro de Educação a Distância – CEAD Curso de Capacitação Continuada Especialização em Esporte Escolar
GILDA MAGALHÃES DE SOUZA
MEMORIAL PROFISSIONAL: A FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E SUAS INTERFACES COM A PRÁTICA
PEDAGÓGICA
1
Juazeiro – BA
GILDA MAGALHÃES DE SOUZA
MEMORIAL PROFISSIONAL: A FORMAÇÃO EM
EDUCAÇÃO FÍSICA E SUAS INTERFACES COM A PRÁTICA PEDAGÓGICA
Memorial apresentado ao Curso
de Especialização em Esporte
Escolar do Centro de Educação à
Distância de Brasília em parceria
com o Programa de Capacitação
Continuada em Esporte Escolar
do Ministério do Esporte para
obtenção do título de
Especialista.
Orientador: Profº. João Danilo de
Oliveira.
Juazeiro – Ba
2007
2
AGRADECIMENTOS
Ao meu pai celestial, minha eterna fortaleza. Agradeço a todos aqueles que, direta ou indiretamente contribuíram
para a elaboração deste memorial e, de modo especial ao professor Tutor André
Cabral da Silva pelo incentivo constante, e ao Professor Orientador João Danilo
Batista de Oliveira.
3
Um povo que cresce habituado à má literatura é um povo que está em vias de perder o pulso de seu país e o de si mesmo.
Carlos Drummond de Andrade
5
SUMÁRIO RESUMO ....................................................................................................... 07 INTRODUÇÃO............................................................................................. 08 PERFIL. ....................................................................................................... 10 HISTÓRICO ESCOLAR................................................................................... 11 EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL.................................................................. 13
CONTRIBUIÇÕES E EXPERIÊNCIAS NO PRO. SEGUNDO TEMPO...... 14 CONTRIBUIÇÕES DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO....................................... 15 O DESAFIO: CONSTRUIR UM PROJETO DE INTERVENÇÃO......................21
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................... 25 BIBLIOGRAFIA....................................................................................................... 26
6
RESUMO Este Memorial tem como objetivo trazer informações sobre a minha
trajetória de vida, articulada com a Educação Física na escola e na sociedade e
seus valores inerentes. Assim, através de revisão bibliográfica foi feito um
estudo sobre os valores desenvolvidos pelo esporte, buscando também
verificar a sua utilização numa perspectiva crítica e transformadora no ensino
da Ed. Física escolar, através de programas esportivos como o SEGUNDO
TEMPO e em especial ao projeto de intervenção, de ação interdisciplinar,
oportunizando de forma ativa os alunos a novas aprendizagens construindo
história.
7
INTRODUÇÂO Ao escolhermos um ofício, podemos fazê-lo e sermos feitos por ele,
ao ponto de ser difícil, em alguns casos. E aí entra uma questão que tudo tem
a ver com o modo como passamos pela vida e que compreende muitas opções
pessoais e coletivas.
Dentre as pessoais está aquela de realizar com prazer um dado
oficio. Dentre as coletivas está a de ver o ofício como contido em uma
totalidade social e lê-lo politicamente.
Desta forma, este trabalho constitui em um memorial, tendo como
título: “o ofício de ser professor”, seu perfil, sua trajetória acadêmica e
profissional, suas experiências, angústias e perspectivas no universo da
educação física, e um breve relato de experiência sobre o projeto de
interdisciplinaridade (em anexo), desenvolvido no interior da escola, uma vez
que, no ambiente escolar, evidencia-se cada vez mais a atuação de
educadores, então professores de educação física que lutam incessantemente
para que esta disciplina seja reconhecida como área de conhecimento dentro
da escola, numa ação interdisciplinar e não somente atividade desvinculada de
qualquer contexto educacional ou projeto pedagógico.
Segundo Drumonnd, “ o problema não é inventar. É ser inventado
hora após hora e nunca ficar pronta a nossa edição convincente”. Essas
palavras revelam que o ser humano em sua singularidade, sua capacidade de
mudar, de construir história e mudar esta conjuntura atual, impôs significativas
mudanças nos segmentos envolvidos com a educação física.
Deste modo, compartilharei as experiências e contribuições no
Programa Segundo Tempo, sendo este uma iniciativa bastante significativa do
Governo Federal, contribuindo significativamente para a participação
8
democrática, pois a atividade física incluída num contexto de qualidade de vida
tenta se contrapor ao estilo de vida de sedentários que a sociedade adotou
como resultado da moderna tecnologia.
Destaca-se ainda, as contribuições do curso de Especialização,
que por sua vez, oportunizou a um estudo profundo. Pois o esporte como um
dos fenômenos sociais mais marcantes na atualidade, exige, cada vez mais,
recursos humanos bem preparados para produzir valores inerentes a sua
prática. Desde então, a atuação deste profissional em diferentes contextos
culturais e expressivos do movimento humano, deve buscar fundamentar
incessantemente esta atuação.
Assim, o profissional de educação física vem ampliando e
ocupando espaço no contexto na nossa sociedade. As escolas, academias,
clubes, centros de lazer e recreação e as empresas, são instituições que vem
acolhendo o profissional focado em evoluir, buscando sempre corresponder às
necessidades atuais e efetivas da sociedade em que está inserido.
Entretanto, acredito sinceramente que a educação física se
caracteriza pela integração do ser humano ao meio físico e social, sendo capaz
de mudar esse meio e de ser mudado por ele.
Urge que os profissionais desta área sejam capazes de olhar,
rever, refletir, bem como, reestruturá-la no decorrer do desenvolvimento
histórico e social do qual fazem parte.
Por último, as considerações finais, encerrando as informações
com perspectivas de crescimento pessoal e profissional.
9
PERFIL Meu nome é Gilda Magalhães de Souza, solteira, 39 anos e não tenho
filhos. Tenho formação em Pedagogia pela FFPP – UPE (Faculdade de
Formação de Professores de Petrolina – PE) há quatro anos e tenho nível
técnico em Educação Física, pela Escola Estadual Otacílio Nunes de Souza, na
mesma cidade, dentre outros cursos na área, e leciono a dez anos na rede
municipal de Petrolina – PE, exercendo a profissão de Professora Técnica em
Ed. Física.
Sempre tive admiração pelo esporte, pois a minha infância e
adolescência foram bastante vivenciadas com todo tipo de atividade que me
proporcionasse prazer. Da amarelinha, bola de gude, pipa, futebol, matança, e
até o que não existia de fato, pois nós acabávamos inventando. Desde então, a
criatividade era um processo de desenvolvimento intelectual, motor e psico-
social. Mas na época nem nos deparávamos para tal fator.
Entretanto, percebo que foi de grande importância ter vivenciado essa
fase do ludismo, da criação, recriação e da descoberta, sendo que foi através
dessas experiências que comecei a me identificar com a educação física e nela
me profissionalizar.
Vejo a educação física como um dos caminhos de libertação do ser
humano, pois é nas práticas esportivas que o sujeito se descobre como agente
de transformação de seus conflitos emocionais e sociais.
Há de se considerar que a educação física e o esporte têm se
transformado muito, com novas concepções, tendências, metodologias e até
mesmo a regularização profissional. Haja vista, que nessa transformação há o
lado positivo e o negativo. Positivo por regularizar legalmente a situação do
10
profissional, na criação de conselhos, capacitando e especializando aqueles
que já atuavam na área antes da legalização, sem um registro devido, como
também, na dimensão de novos conceitos e perspectivas, uma vez que,
programas e projetos têm sido realizados e bem aceitos pela sociedade,
visando à inclusão social e uma melhor qualidade de vida, no sentido amplo da
palavra. Negativo, por proporcionar espetáculos esportivos, onde o
consumismo, a competitividade é uma constante valorizando somente as
habilidades motoras, gerando a exclusão dos menos aptos. E Não há um
interesse de conscientização desportiva, que vise à diminuição da violência
entre torcidas e hárbitros, que vem maculando a imagem do esporte que por
sua vez, tem passado por uma trajetória de mudanças desde período medieval
até os últimos vinte anos.
Inserida neste universo mágico, alegre, fascinante e de uma grande
diversidade de conhecimentos, venho aplicando aulas de educação física para
alunos de 5ª a 8ª, com 12 aulas semanais nas Escolas Profº Nicolau Boscardim
e na Vinte e UM de Setembro, ambas sem estruturas adequadas para
desenvolver excelentes aulas, ocupando então, os campos de futebol dos
bairros. E assim, caminha a humanidade neste faz de conta, neste descaso
para com aqueles (professor x aluno) que tem sede de construir uma história
esportiva, intervindo constantemente no processo de ensino e aprendizagem.
HISTÓRICO ESCOLAR
Entre os anos de 75 a 79, cursei o Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série
em Escolas Públicas “Nossa Srª. das Grotas e Escola Círculo Operário em
Juazeiro – BA, visto que, o processo de alfabetização foi em casa, me
favorecendo um suporte necessário para ingressar no ensino sistematizado.
Período caracterizado pela forte ditadura, onde a censura era severa às
atividades culturais e aos meios de comunicação de massa.
Até então, as atividades físicas não havia no ambiente escolar. Só em
casa, quando explorávamos de atividades lúdicas como: pular corda,
11
amarelinha, pega-pega, imitação de danças, dentre outras, me despertando o
interesse pelo esporte.
Já nos anos de 80 a 83, cursei de 5ª a 8ª séries na Escola Pública
Polivalente Américo Tanuri, na mesma cidade, onde o ensino tradicional ainda
permanecia reproduzindo indivíduos passivos, acríticos e subordinados.
Embora, mesmo com essa educação reprodutora, consegui desenvolver
habilidades múltiplas, em especial as artes e educação física que me
proporcionaram uma leitura universal, mesmo com severas punições e
repetições de exercícios de prontidão nas aulas enfadonhas e sem emoção,
que às vezes me cansava.
Contudo, conclui esse período sem muito fascínio pelo esporte, pois as
aulas eram de caráter excludente, valorizando apenas àqueles alunos de
grande habilidade e performance atléticas.
Assim, terminei o ensino médio com efeitos satisfatórios no que tange
aos princípios éticos e morais.
No período de 84 a 86, no curso profissionalizante de Patologia Clínica,
descobri o mundo do laboratório, com sua aparelhagem que vai do tubo de
ensaio ao microscópio, como também, o estudo sobre anatomia, fisiologia e por
fim, as patologias que tanto afligem a humanidade. Vale ressaltar que muitas
dessas doenças eram impregnadas em profs. prepotentes, sepultando a
cognição de muitos alunos, impedindo assim, a formação de sujeitos livres,
críticos e conscientes de seus compromissos para com a vida. Este curso me
estimulou para o estudo do desenvolvimento motor, cognitivo e emocional do
sujeito inserido neste processo educacional da educação física.
Adepta desse universo ingressei no Curso Técnico em Educação Física
nos anos de 93 a 95 no Centro Interescolar Otacílio Nunes de Souza, Petrolina
– PE.
A identificação com o curso foi instantânea, possibilitando-me a uma
diversidade de conhecimentos com novas concepções, experiências e relações
intra e inter-pessoais satisfatórias, contribuindo para o meu crescimento
profissional e principalmente pessoal.
Desde então, descobri dentro deste universo lúdico, a minha verdadeira
identidade, incorporando-me na área como professora, pois a pedagogia do
12
ludismo enquanto contextualizada, é bastante significativa no processo de
ensino-aprendizagem.
Por não haver licenciatura em educação física na região, ingressei-me
no Curso de Pedagogia no período de 99 a 2002, agregando valores inerentes
na minha profissão, pois durante o período acadêmico surgiram oportunidades
de reflexão sobre a prática desenvolvida com os alunos, me conscientizando
sobre a revisão de conceitos e posturas diante desta área.
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
Para Shinyashiki (2001), “uma pessoa deve escolher uma profissão não
pelo prestígio social que possa haver nessa atividade, mas por ser a sua
preferência mais profunda. A preferência da alma”.
Acredito nestas palavras do autor, pois enquanto praticante e
admiradora da cultura corporal inseri-me neste universo, por acreditar que a
educação física é um dos pilares de transformação sócio-educacional e
cultural, promovendo as múltiplas vivências esportivas e motoras, onde todos
envolvidos nesse processo aprendem a respeitar suas peculiaridades, seus
valores, suas crenças e principalmente o gosto pelo esporte, possibilitando-os
a uma melhor qualidade de vida.
Porém, antes de atuar em instituição escolar, apliquei aulas de ginástica,
hidroginástica, ritmos e alongamentos para senhoras e adolescentes em
academias e clubes nas cidades de Curaçá – BA, Juazeiro – BA e Petrolina –
PE, sempre me atualizando com participação em cursos, encontros, palestras,
oficinas, congressos, eventos periódicos como Eref, Enaf, Fitness-Brasil, dentre
outros, na perspectiva de dinamizar e qualificar minhas aulas.
Ingressando de forma efetiva na instituição pública, apliquei aulas para
alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio nas escolas da zona rural de
Petrolina – PE.
Desde então, vindo para a cidade, ministrei aulas em vários Programas
e Projetos: “SAÚDE NO PARQUE; IDOSO EM MOVIMENTO; ATIVIDADES FÍSICAS NO PARQUE; e DE CORPO E ALMA”, com objetivos de estimular a
13
comunidade à prática da atividade física, conscientizando-a sobre a sua
importância; reintegrar o idoso a sociedade resgatando seus valores, como
também, promover uma mudança de comportamento e postura diante da vida.
Por fim, tem sido uma experiência significativa, percebendo então, que
fiz a escolha certa optando por esta profissão, abrindo um leque de
conhecimentos, pois a educação física se torna ampla quando se contempla no
seu universo as lutas, danças, jogos populares, dentre outros, criando espaço
para a inclusão, integração, cultura e o exercício da cidadania.
CONTIBUIÇÕES E EXPERIÊNCIAS NO PROGRAMA SEGUNDO TEMPO
É de se considerar que as promoções esportivas são de grande valia,
sendo um processo sócio-educativo que oportuniza o educando a refletir sobre
a problemática social e a escolher seus próprios caminhos, em busca de
soluções para seus anseios.
Segundo D’Ambrósio, “A educação tem de levar em conta as reais
possibilidades do educando, em sua ação formativa, a fim de melhor integrá-lo
na comunidade. Formar segundo a realidade de cada um, a fim de possibilitar a
cada educando desenvolver-se de acordo com suas efetivas condições e
possibilidades sociais biopsíquicas, em correspondência com as possibilidades
sociais. A educação tem de voltar-se para o educando vê-lo, senti-lo e
compreendê-lo para oferecer-lhe as oportunidades de formação que mais lhe
convenham e que melhor o realize. Assim, a educação não deve perseguir a
uniformidade, mas a diversificação, segundo as reais virtualidades de cada um,
discriminando aptidões e caracterizando vocações”.
Dentro deste contexto, o programa Segundo Tempo tem contribuído,
desenvolvendo atividades esportivas, onde a participação é democrática,
fazendo com que o esporte tenha sentido real, gerando perspectivas e relações
14
saudáveis visando o bem da coletividade, na promoção de uma escola cidadã,
integrando a comunidade com a escola tornando o ensino ativo e estimulante.
Embora se faça necessário que esse programa alie-se a um movimento
social maior ligado a saúde e trabalho, como um direito humano a ser
conquistado, já que o esporte é para todos, apesar de que não se viu
condições estruturais, nem operacionalização adequada, pelo pouco tempo de
existência, pois seu material era de péssima qualidade e escassez.
Quanto à experiência, foi bastante significativa, me fazendo rever os
conceitos sobre o universo esportivo com um novo olhar, uma nova postura,
rompendo as barreiras do imediatismo com uma práxis diferente, visando à
riqueza de uma vida em comum, de justiça e igualdade somando experiências
e valores, rumo a um agir crítico-reflexivo promovendo a formação do
educando, proporcionando-lhe a liberdade de expressar, criar, transformar e
melhorar sua própria identidade.
Faz-se necessário frisar que, apesar da fragmentação do programa, o
fator motivacional fez a diferença, visando à cooperação, a auto-realização, o
respeito, à amizade e a união, pretendendo-se deste modo, preparar indivíduos
para uma competição sadia, em que o bem estar de cada um e do grupo
predominem.
CONTRIBUIÇÕES DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO Em meio a um processo de crise de identidade profissional, com uma
educação capenga que vem se perpetuando ao longo dos anos e um ensino
marginalizado e fragmentado da educação física, esta por sua vez, lembrada
no cenário esportivo só durante a Copa do Mundo, Jogos estaduais e
municipais (quando realizados), Pan-Americano, dentre outros espetáculos
esportivos, o Programa Segundo Tempo, através do Ministério dos Esportes
nos contemplou com essa Especialização, oportunizando-nos a um estudo
profundo e reflexivo sobre a nossa prática pedagógica, numa visão ampla no
que tange o Esporte Escolar.
15
Para Freire (2002), “Saber que ensinar não é transferir conhecimentos,
mas criar possibilidades para sua própria produção ou sua construção”.
Nesse sentido a possibilidade de construção e apropriação do
conhecimento, tem contribuído consideravelmente na mudança de atitude e
postura de todos envolvidos nesse processo de ensino-aprendizagem.
Vale ressaltar que o material didático (módulos e CD-ROM) e as
atividades solicitadas foram de grande relevância na aquisição de novos
conhecimentos pedagógicos, pois os conteúdos apresentam uma
fundamentação de fácil assimilação, nos instigando a exploração de novas
metodologias através dos princípios de pesquisa-ação, a partir de uma análise
crítica da realidade, priorizando a solução de problemas, na criação de novas
estratégias, na justificativa, na argumentação, favorecendo a criatividade, o
trabalho coletivo, o estímulo à autonomia de desenvolvimento da própria
capacidade, constituindo numa pedagogização efetiva.
No que diz respeito aos conteúdos, esses me proporcionaram
mecanismos de intervenção, me fazendo refletir sobre as diferenças humanas,
propondo ressignificar o processo de ensino-aprendizagem, através de
propostas sobre o que, quando e como ensinar e avaliar a fim de possibilitar
um planejamento de atividades de ensino para aprendizagem de maneira
adequada e coerente com seus objetivos.
Nesta perspectiva, Libâneo (2002) esclarece que: “para ensinar não
basta ser uma super especialista, ou seja, ter um conhecimento muito
aprofundado sobre uma matéria especificamente. É preciso que sua ação seja
pedagógica”.
Particularmente, me sinto mais consciente do meu papel enquanto
mediadora nesse processo pedagógico, pois me cabe problematizar,
interpretar, relacionar e compreender com os alunos as amplas manifestações
esportivas e culturais, facilitando a aprendizagem dos mesmos no que diz
respeito à sua realidade analisando uma partida de jogo, um espetáculo de
dança, a violência nos estádios, nas escolas e no mundo, o consumo de
anabolizantes, dentre outras temáticas.
Freire (2004) assinala que: “o professor que pensa certo deixa
transparecer aos educandos que uma das bonitezas de nossa maneira de estar
no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade de intervindo
16
no mundo, conhecer o mundo. Mas históricos como nós, o nosso conhecimento
do mundo tem historicidade. Ao ser produzido, o conhecimento novo supera
outro que antes foi novo e se fez velho e se dispõe a ser ultrapassado por outro
amanhã”. Daí que seja tão fundamental possuir o conhecimento existente
quanto saber que estamos abertos e aptos à produção do conhecimento ainda
não existente.
Vale acrescentar também que nessa especialização, os trabalhos
orientados foram um dos fatores importantes para o desenvolvimento de toda
essa contextualização, assim, como uma grande dose de estímulo para uma
reforma, uma revolução para sair do estado letárgico e miserável, à mercê da
mesmice e do marasmo com aulas enfadonhas, em que faltava emoção e
sobrava competitividade, desentendimento, troca de xingamentos, levando as
aulas para uma verdade desordem.
Foi através dessa troca de articulação com o Tutor que me fez adquirir
uma nova visão e atuação na educação física. Desde então, não havia um
olhar direcionado aos profs. dessa área, sejam técnicos ou graduados,
inserindo-os a programas de capacitação e qualificação desta natureza
promovida pelo Governo Federal.
Segundo Medina (1992), “não é fácil formar homens quando o
sistema pede robôs. Não é fácil desenvolver atletas cidadãos, críticos,
conscientes, educados e criativos, quando o sistema pede apenas máquinas
obedientes, consumidoras e automaticamente descartáveis quando deixam de
produzir o rendimento esperado”.
Venho a concordar com o autor, pois tenho percebido o quanto é
difícil romper com este modelo tradicional, com normas impostas por uma
sociedade capitalista, que objetivam unicamente a perpetuação do sistema, em
que impera a competitividade, o rendimento, o suborno, a propina, o ganhar a
qualquer preço, promovendo a exclusão.
Entretanto, este estudo tem um valor imensurável, aumentando minha
capacidade de produção, reflexão, comunicação, dentre outras, mas sabendo
que a tarefa pode ser árdua e decadente, se por ventura, sentir que minhas
capacidades, meus conhecimentos possam ficar arquivados por não terem
espaço para explanação. Infelizmente, o professor no Brasil, em especial na
17
região Nordeste, é marginalizado, pois em várias escolas não possui estruturas
para desenvolver boas aulas, imagina competências.
Mas, como diz o poeta: “Caminhar é preciso”, esta especialização me
fez caminhar na superação da autocomiseração, do conformismo e a falta de
resgatar a verdadeira identidade dessa disciplina. Pois a educação precisa
formar profs. pensadores, empreendedores e executores que possam se
preocupar com o bem estar do aluno, uma vez que, antes de ser aluno, é
cidadão transformador da nossa própria prática pedagógica.
Entretanto, “em vez dos alunos aprenderem movimentos específicos e
estereotipados, por repetição exaustiva, eles são instigados, por meio de
problemas, a explorar e criar suas próprias respostas (condutas) motoras como
forma devolutiva às experiências engendradas, caracterizando não a
automação, mas sim a humanização dos gestos”. (DIMENSÕES
PEDAGÓGICAS DO ESPORTE, 2004).
Sabemos que nesse caminho, o planejamento é necessário para
organizar e disciplinar as ações, partindo sempre de realizações simples às
mais complexas e requintadas, pois no nosso cotidiano enfrentamos situações
que requerem planejamento, mas nem sempre estão sistematizadas.
Dentro deste contexto, Medeiros (2004) apresenta as competências
necessárias ao professor de educação física, desde a formação inicial à
formação continuada:
• Conhecimento da educação física no contexto da educação e da
sociedade.
• Conhecimento técnico – teórico – filosófico da pessoa humana.
• Capacidade reflexiva para analisar os diversos fenômenos que
compõem a prática cotidiana.
• Capacidade de produzir conhecimento.
• Capacidade de comunicar-se com seus interlocutores.
Dentro dessas reflexões, me despertei para uma ressignificação das
aulas, me apropriando dessa disciplina para idealização e desenvolvimento de
um Projeto de Intervenção – “A educação física promovendo novas
aprendizagens”, cujo objetivo de desenvolver a capacidade de expressão oral e
18
escrita, oportunizando os alunos à diversidade de conhecimentos, num
processo interdisciplinar aliado a temas transversais.
“Educar é educar para a vida, assim é preciso mais que pensar mais
que memorizar informações. Aprender a viver é aprender a cuidar,
conscientemente, de sua vida, ou seja, é tornar-se autônomo, cuidando de si,
dos outros e do mundo como da própria casa, do próprio abrigo.”. (BOFF,
1997).
Isso quer dizer que devemos reavaliar a nossa prática pedagógica,
promover estratégias de atuação aplicando atividades de pesquisa,
oportunizando o aluno a construção de novos saberes, ampliando o acervo de
conhecimentos existentes, permitindo-o a compreenderem a educação física
como instrumento que o habilita não somente para competições esportivas,
mas para saber interpretar melhor as informações que dispõem para intervir no
mundo a sua volta.
Neste sentido, percebendo a deficiência nos processos de oralidade e
produção textual dos alunos da escola que atuo, surgiu a necessidade de
desenvolver as múltiplas habilidades, empregando metodologia de trabalhos,
pesquisados e apresentados pelos mesmos, dando enfoque às ações do
cotidiano, cujos temas escolhidos por eles foram: violência dentro e fora da
escola, meio ambiente, noções básicas de higiene, doenças cerebrais, doenças
articulares, o corpo humano e seu “uso”, a importância dos esportes drogas
jogos e brincadeiras, constituindo uma interdisciplinaridade.
No entanto, o conceito de interdisciplinaridade formulado por Heloísa
Luck (1990), ressalta exemplamente a sua importância na construção do
conhecimento diante da nova realidade: “interdisciplinaridade é o processo que
envolve a integração e engajamento de educadores, num trabalho conjunto, de
integração das disciplinas do currículo entre si e com a realidade, de modo a
superar a fragmentação do ensino, objetivando a formação integral dos alunos,
mediante uma visão global de mundo e serem capazes de enfrentar os
problemas complexos, amplos e globais da realidade atual”.
Por esta razão, este projeto teve como eixo central oportunizar alunos
de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental II a novas experiências na
aplicabilidade de “mine-aulas” para colegas no contra turno do Ensino
Fundamental I e II, durante o 2º semestre do ano de 2006, desenvolvendo
19
assim, a oralidade, a capacidade de produção textual, a auto-estima, a
criatividade, a criticidade e a intervenção ativa com temas transversais, no
processo interdisciplinar, tornando-se de fato o protagonista na construção de
seu conhecimento e da sua própria história, contribuindo para uma práxis
libertadora em que se aprende a ensinar com a arte de jogar e brincar.
A partir desse conceito, foi trabalhado em cada disciplina levando o
aluno a perceber as inter-relações de seu conteúdo com o das outras
disciplinas, instigando-o a uma compreensão crítica das relações existentes na
sociedade entre as pessoas, os sistemas e as conquistas decorrentes do
conhecimento humano.
Para isso a participação dos professores representantes das
disciplinas foi de fundamental importância na construção e realização desse
projeto.
Ivani Fazenda (1996) define bem essa necessidade quando diz que:
“o que caracteriza a atitude interdisciplinar é a ousadia da busca, da pesquisa:
é a transformação da insegurança num exercício do pensar”.
Entretanto, a experiência foi bastante significativa, pois ao
desenvolver este projeto no interior da escola, além da ampliação, a melhoria e
dinamização do conhecimento e da minha prática pedagógica, o empenho dos
alunos na tomada de decisões, trocando opiniões e sugestões mostrando sua
criticidade sobre os temas relevantes, me fez alcançar o objetivo de forma
positiva, resultando numa mudança de hábitos e valores e num novo
aprendizado.
“Mesmo sendo o professor quem faz as propostas e conduz o
processo de ensino-aprendizagem, ele elabora sua intervenção de modo que
os alunos tenham escolhas a fazer, decisões a tomar, problemas a resolver,
assim os alunos podem tornar-se cada vez mais independentes e
responsáveis”. (PCNS, 1997).
Neste sentido o processo gradativo de ressignificação do
conhecimento, o momento da aprendizagem é extremamente sublime,
prazeroso e, ao mesmo tempo, mágico. É quando o aluno consegue fazer uma
síntese do conhecimento em virtude de ter se apropriado dele, incorporando-o
de tal forma a poder explicá-lo e generalizá-lo, aplicando-o em diversas
situações e momentos da vida.
20
Por fim, foi através desta especialização que compreendi melhor o
processo educativo, em que as pessoas são formadas para serem construtoras
ativas da sociedade em que vivem. E nessa esfera, a educação física como
ciência interage interdisciplinarmente nos currículos, oportunizando o aluno a
refletir e buscar soluções para seus anseios através de atividades diversas que
lhes tirem da rotina e promovam o bem estar e a aquisição do saber.
O DESAFIO: CONSTRUIR UM PROJETO DE INTERVENÇÃO
O ensino da educação física tem passado por várias transformações no
decorrer da sua história, saindo de um processo alienador e se modificando
com a implantação de programas esportivos, como o SEGUNDO TEMPO,
desenvolvendo ações democráticas com aulas abertas para estudantes e
comunidade, incentivando-os à reflexão da sua realidade, criação e imersão ao
processo gerador de novas experiências, valorizando seus conhecimentos
prévios. A sociedade atual exige indivíduos capazes de assimilarem
informações rapidamente, que saibam propor e resolver problemas, que sejam
criativos e polivalentes e, por fim, capazes de se adaptarem às contínuas
mudanças.
Muito tem se falado sobre a contribuição da interdisciplinaridade na
ciência e na educação. No campo de ensino, constitui condição para a melhoria
da qualidade mediante a superação contínua da fragmentação, uma vez que
orienta a formação global do homem. Essa formação integral ocorre na medida
em que os educadores estabelecem o diálogo entre suas disciplinas,
eliminando barreiras postas entre os conhecimentos produzidos e promovem a
integração entre o conhecimento e a realidade concreta, as expressões da
vida, que sempre dizem respeito a todas as áreas do conhecimento.
As atividades propostas pela educação física escolar além de aprimorar
e melhorar os movimentos desenvolve o bem estar geral e preparam também
para uma melhor convivência social, política, biológica e econômica, assim, de
uma forma prazerosa, vinculando a experiência prática aos aspectos corporais
estará contribuindo para o processo de aprendizagem e inclusão social.
21
Hoje em dia, os currículos procuram colocar a educação física a serviço
da cidadania, o que pressupõe a inserção de sujeitos como cidadãos no mundo
do trabalho, da cultura e das relações sociais.
Percebendo a educação física como veículo de estímulos às novas
aprendizagens e tendo como foco principal a deficiência percebida nos
processos de oralidade, leitura e escrita dos alunos deste estabelecimento de
ensino, surgiu então a necessidade de reavaliar a práxis pedagógica,
promovendo estratégias de atuação, aplicando atividades de pesquisa em
diversos temas, oportunizando-os a construção de novos saberes, ampliando o
acervo de conhecimentos já existentes, permitindo assim, ao aluno
compreender a educação física como um instrumento que o habilita não
somente para competições esportivas, mas para saber interpretar melhor as
informações que dispõem para intervir no mundo a sua volta. Além do mais a
aplicação das atividades constituem uma ocasião especial para desenvolver a
capacidade de expressar-se em linguagem escrita e oral, o que é fundamental
tanto para sua vida escolar como para a profissional.
Este projeto teve como eixo central oportunizar os alunos de 5ª a 8ª
séries do Ensino Fundamental II a novas experiências na aplicabilidade de
“mine-aulas” para os colegas no contra-turno, durante o 2º semestre de 2006,
tornando-se de fato o protagonista na construção de seu conhecimento e da
sua própria história.
No entanto, o papel da educação física sob esta ótica, adquire a função
de instrumento facilitador quando na prática, demonstra o sentido, o significado
concreto, a intenção e aplicabilidade dos conteúdos adquiridos em sala de aula
na teoria, transcendendo para a vida em sociedade.
Desta forma, essa proposta de intervenção tem como objetivo:
Apropriar-se da educação física para desenvolver nos alunos a oralidade, a
capacidade da produção textual, a auto-estima, a criatividade, a criticidade e a
intervenção ativa com uma práxis libertadora em que se aprende a ensinar com
a arte de jogar e brincar numa ação interdisciplinar.
Essas ações da linguagem são destacadas como importantes de serem
tratadas nas aulas de Educação Física nas práticas de professores que
22
seguem uma perspectiva critico emancipatória que se orienta na tríade
interação, trabalho e linguagem.
Propõe-se assim um caminho que nos ofereça condições de fazer um:
• Diagnóstico e levantamento das principais deficiências no processo
de leitura e escrita dos alunos.
• Debate com os alunos a cerca do que poderia ser feito dentro da
educação física para superar tais deficiências.
• Articulação da proposta eleita – “mine-aulas”, pelos alunos através
de pesquisa de temas transversais e levantamento de recursos.
• Divisão de grupos com distribuição de temas transversais da
seguinte forma: Com as Ciências: No estudo sobre o corpo
humano, tendo como foco, o “cérebro” e sua oxigenação durante as
atividades e suas doenças existentes, como também, o “uso” do
corpo atualmente, no que diz respeito às drogas e a sexualidade;
Com a Geografia: No estudo sobre o Meio ambiente, na influência
do tempo para a prática de exercícios, em todo o país e no mundo;
Com a História: No estudo da origem dos jogos, das lutas, das
danças; Com o Português: No desenvolvimento da leitura,
compreensão e explanação dos conteúdos; Com a Arte: No estudo
dos movimentos corporais, através da ressignificação de atividades
rítmicas e expressivas; Com a Ética: No estudo sobre a violência
dentro e fora da escola, nos estádios, para consigo e com o outro.
• Reunião com as equipes para preparação das aulas e confecção de
material.
• Reunião com os professores inseridos neste processo.
• Ensaios das posturas, expressões orais e corporais.
• Aplicação das “mine-aulas” pelos grupos definidos, mediante cada
tema.
• A culminância através de apresentações de dança, teatro,
composição musical e dinâmicas de grupo.
23
• Acompanhamento constante de todas as etapas previstas para este
projeto.
Para a atividade foram usados recursos materiais tais como: DVD, TV,
Aparelho de som, CDs, Máquina fotográfica, Material escolar ( TNT, cola,
cartolina, fita adesiva, tesoura, pincéis).
O processo avaliativo ocorreu numa constante observação das
produções construídas pelos alunos; através da pesquisa científica referente a
temas transversais, da assiduidade, compromisso, participação ativa e
dinâmica nas atividades didáticas e culturais.
Foi considerada também uma pontuação pelo desempenho construído
em todo processo (início, meio e fim), culminando com apresentações artísticas
e culturais.
A avaliação teve ainda a finalidade de alavancar talentos, incentivar
atitudes comportamentais, desenvolver novas habilidades sobre temas
transversais, bem como aperfeiçoar competências levando à apropriação do
conhecimento de forma a elevar a auto-estima, o senso crítico-reflexivo, a
criatividade e ao exercício pleno da cidadania.
Este projeto partiu de uma inquietação pessoal aos processos de leitura
e escrita dos alunos, seguido de indisciplina, desestímulo, discussões e
rebeldia nas aulas, percebido através da sua oralidade e produção textual –
“poesia do dia da mulher; a importância da educação física”, dentre outros
temas. Sua idealização e desenvolvimento oportunizaram além da ampliação
do conhecimento, a melhoria e dinamização da minha prática pedagógica
enquanto professora de educação física, resultando num novo aprendizado
eficaz e prazeroso.
O objetivo foi alcançado, positivamente, pois os alunos se empenharam
da melhor forma possível na troca de experiências diversas; construíram
conhecimento embasado em uma consciência crítica sobre os temas
transversais relevantes à vida no cotidiano e para gerações futuras, havendo
mudanças de hábitos e valores quanto aos temas discutidos.
24
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É importante salientar que o ensino do Esporte Escolar tem passado por
várias transformações no decorrer de sua história, saindo de um processo
alienador e se modificando com a implantação de programas esportivos como
o Segundo Tempo, desenvolvendo ações democráticas de caráter sócio-
educativo e contemplando professores da área a Capacitações Continuadas
com Especialização em Esporte Escolar.
Vale acrescentar que esta especialização abriu um leque de
possibilidades para novas concepções e novas ações no exercício da
profissão.
Haja vista, que nesse processo, educamos e somos educados,
internalizamos conhecimentos, experiências e valores, rumo a um agir crítico-
reflexivo, autônomo, criativo e eficaz, aperfeiçoando uma práxis que vise à
riqueza de uma vida em comum, de justiça e igualdade, sendo assim um dos
modos de fazer pedagogia.
Após esta jornada, pretendo dar continuidade a trilha do conhecimento
num Curso de Mestrado, dando seguimento a minha vida estudantil e
profissional com uma postura investigativa na certeza de que não há limites
para aprender.
Por conseguinte, as informações contidas neste memorial, apresentam
uma trajetória acadêmico-profissional ao longo desses anos.
Portanto, não se trata de acumular títulos, mas sim, acumular
conhecimentos para as exigências da vida moderna, com capacidade de
interação e intervenção, fazendo acontecer e valer a educação física na sua
totalidade.
25
BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, Carlos Drummond de.
BOFF, Leonardo. A Águia e a Galinha, 40ª. Ed. Vozes. Rj - 2003
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Da Teoria à Prática. 4ª edição – 1998.
FAZENDA, Ivani. Práticas interdisciplinares na escola. São Paulo: Ed.
Cortez. 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática
educativa. 29ª edição. São Paulo. Editora: Pais e Terra - 2004.
GHIRALDELLI JUNIOR, P. Educação Física Progressista: a pedagogia
crítico-social dos conteúdos da educação física brasileira. 6. ed. São Paulo:
Loyola, 1997.
BRASIL, MINISTÉRIO DO ESPORTE. Dimensões Pedagógicas do Esporte.
Brasília: Universidade de Brasília/ CEAD, 2004.
BRASIL, MINISTÉRIO DO ESPORTE, Jogo, Corpo e Escola, Brasília:
Universidade de Brasília/ CEAD, 2004.
BRASIL, MINISTÉRIO DO ESPORTE, Jogos e Manifestações, Brasília:
Universidade de Brasília/CEAD, 2005.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos, Para Quê? 3ª. Ed.São
Paulo, Cortez, 2000.
LUCK, Heloísa. Pedagogia Interdisciplinar: fundamentos teóricos -
metodológicos. Petrópolis – Rj. Vozes. 1990
NERECI, Imídeo. Educação e metodologia. São Paulo: Pioneira, 1970.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – Educação Física, vol. 07 –
1997.
REVISTA GESTÃO EM REDE – Nº. 71 – Agosto 2006.
SHINYAHIKI, Roberto. Você: A alma do negócio. 12ª edição – Ed. Gente
2001.
26
Recommended