Gotas de Crystal Não diga nada Observe meus lábios a atinar Desejos que se perdem Entre um não...

Preview:

Citation preview

Gotas de Crystal

Não diga nada

Observe meus lábios a atinar

Desejos que se perdem

Entre um não poder

E um indestrutível querer

Não diga nada

Apenas veja meus olhos

Que estancam a dor do não ter

Corroendo entranhas

Que chorando silenciam

Não diga nada

Imagine o reverso

Sinta a dor que minha alma

Em furor transcende

Desejando com veemência

Ser teu universo

Não diga nada

Pense detidamente

Que não é insensível o teu saber

Inconsciente de um sofrer

Nem relegado é  meu viver

Não diga nada

Mesmo que se faça inaudito

Ouça meus murmúrios

Palavras mudas transformadas

Em vertentes clamando por ti

Entre gritantes malditos

Não diga nada

Tente apenas sentir o calor

Que em delírio se faz passional

Regente, insistente

Preexistente em meu corpo

Inexplicavelmente...  anormal

Não diga nada

Atente-se sem preterir

Não adianta fugir

Perceba que me faço presente

Como nanquim na supremacia

De uma folha branca

Seja noite ou sendo dia

Não diga nada

Subleve atinente

Um passado tão presente

Selado pela história

Se relatando ainda chora

E quem em brasa queima ardente

Não diga nada

Não se engane

Por que a ti mesmo furtar

Seduzindo o passageiro

Extinguindo o verdadeiro alicerce

Sem firmar

Não diga nada

Pois incabível se faz

Evasiva alegação

Não se rompe aliança

Quando na fronte se estampa

O desejo

A atração

Não diga nada

Nem  necessário se faz

O sexo degenerado

Como tatuagem marcado

Submerge como febre

Sou remédio a curar

Não diga nada

Não aparte

Meu perfume esta no ar

Busque o auge

Dou-te o ápice

O profano e tão insano

Basta vir me procurar

Não diga nada

Sou seu feminil 

Provocante alimento

Na chegada excitante

Que denominando

Sentimento,  emoção

Vai desterrando o viso

Que insistente

Vocifera um coração

Recommended