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62-227.1345

Desconhecido

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Diagnóstico

Olhar disciplinar

Público ou privado?

Jogo de soma zero

Diagnósticorazão fragmentada e indolente

O “problema lixo” revela uma dificuldade estrutural da racionalidade ocidental em pensar os efeitos indiretos de suas ações e em dar valor ao maior número de experiências e saberes possíveis.A racionalidade ocidental gerou monoculturas que delimitaram amplas áreas de lixo, de experiências e saberes que não contam, e que por isso foram sistematicamente "jogados fora". Na monocultura o diferente é afastado, colocado em um espaço separado ou reduzido a externalidade negativa.

Diagnóstico

ética do bando de ladrõesAs éticas elaboradas pela modernidade se caracterizam por privilegiar a análise do circuito meio-fim das ações diretas fragmentárias, o que permite o cálculo utilitarista/conseqüencialista a partir do bem/interesse do sujeito ético (seja ele individual ou coletivo, como no caso das éticas comunitárias). Sua universalidade é um exercício lógico sem critérios de verificabilidade. Mesmo a perspectiva deontológica não foge a esta crítica, porque por confiar sua universalidade à formalidade procedimental torna mais ainda irrelevante a materialidade do problema, a questão de vida ou morte. Estas éticas não estão erradas ou superadas. Apenas seus critérios de univesalidade devem ser revistos.

Diagnóstico

Prognósticoo lixo começa a contarO lixo como problema científico, ético e político é uma grande novidade. Nas últimas décadas o lixo começa a contar. Seu acúmulo se tornou tão evidentemente insustentável ao ponto de tornar visível a possibilidade da morte global. Não a morte de um grupo, de uma região, de uma espécie ou de um continente, mas sim a morte do planeta, do nosso ecossistema planetário.Se tornou evidente também que esta possibilidade foi gerada pelos efeitos indiretos - as externalidades negativas, diriam os economistas - de ações diretas éticas.

bem comum globalA questão do lixo é o inédito ponto de partida para uma ética do bem comum global.A ética agora haverá de ser universal materialmente e não formalmente, uma ética do bem comum calculado em termos de sobrevivência global material. A vida no e do planeta é o universal material que exige de forma inédita que se passe do desejável para o efetivamente possível. Surge do lixo a possibilidade de pensarmos um universal material, a vida, como bem comum global e o reconhecimento do ser humano como sujeito vivo concreto em constante relação com outros sujeito vivos concretos, humanos e não humanos, para sobreviver.

Prognóstico

Prognóstico

lixo e inclusão

O peso do impacto, medido ou previsto, das externalidades negativas é a pressão do excluído que, de alguma forma, começa a ser incluído, pelo menos como problema.

Custo anual(em USD)

EstabilidadeFinanceira

ComércioMultilateral

Epidemias EstabilidadeClimática

Paz eSegurança

Inação 50 bi 260 bi 1.138 bi 780 bi 358 biIntervenção 0,4 bi 20 bi 93 bi 125 bi 71 bi

Prescrição

racionalidade cosmopolita

Substituição da racionalidade fragmentada por uma capaz de incluir todas as culturas, os saberes e as tradições (ou melhor: capaz de superar o dilema exclusão/inclusão); isto é, uma razão sem barreiras, que valorize todas as experiências que favoreçam a manutenção do bem comum global.Substituição das monoculturas por ecologias.

Prescriçãoética do bem comum global

Substituição das éticas coloniais e fragmentadas por éticas e políticas do bem comum global, que serão éticas e políticas da sobrevivência como universal material; precisamos contrair o futuro, pensá-lo como limitado e potencialmente inviável e não como inevitável/inelutável, a fatalidade invencível do progresso ou do mercado; precisamos concebê-lo como nossa responsabilidade.Em outras palavras, precisamos assumir a responsabilidade pela sobrevivência tanto do humano como do não-humano.

Prescrição

transdisciplinaridade e tradução

substituição das linguagens exclusivas e coloniais por uma linguagem inclusiva. Para a construção desta linguagem temos que exercer a habilidade da tradução como procedimento que respeita a alteridade dos diversos protagonistas e permite a substituição das monoculturas pelas ecologias.

bem comum global

1. Dignidade humana básica para todos (acesso universal à educação básica e aos cuidados com saúde)

2. Respeito pela soberania nacional

3. Saúde pública global, especialmente no controle das doenças transmissíveis

4. Segurança global (domínio público global livre de crimes e violência)

5. Paz global

bem comum global

6. Sistema integrado de comunicação e transporte

7. Infraestrutura institucional para promover a eficiência do mercado, os direitos humanos, administração/governança transparente e connfiável e harmonização dos standards técnicos

8. Administração negociada do conhecimento

9. Administração negociada dos recursos naturais globais

10. Espaços internacionais para negociações multilaterais (entre estados e também entre estados e outros atores sociais)

Razão indolente

Lógicas da produção da não-existência

a) monocultura do saber ignoranteb) monocultura do tempo linear residual/atrasadoc) monocultura da naturalização das diferenças inferiord) monocultura do universal/global como escala dominante particular/locale) monocultura da produtividade capitalista improdutivo/preguiçoso

Razão cosmopolita

Lógicas da inclusão

a) ecologia dos saberes científico/tradicionalb) ecologia das temporalidades moderno/atrasadoc) ecologia dos reconhecimentos centro/periferia d) ecologia das trans-escalas global/locale) ecologia de produtividade imposição do modelo capitalista ocidental

BibliografiaBERLINGUER, G. Bioética cotidiana. Brasília: UnB, 2004

HINKELAMMERT, F. Una nueva ética del bien común para evitar la debacle. Disponível em

KAUL, I. (et alii) Providing Global Public Goods: Managing Globalization. New York: Oxford University Press, 2003

KAUL, I. (et alii) M.A. Global Public Goods: International Cooperation in the 21st Century. New York: Oxford University Press, 1999

POCHMANN, M. (org.) Atlas da exclusão social (vol. 4): a exclusão no mundo. São Paulo: Cortez, 2004

SANTOS, B. de S. Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências. In: SANTOS, B. de S. (org) Conhecimento prudente para uma vida decente. São Paulo: Cortez, 2004

Um pouco de história ...

Proto-bioética (1960-1972)

linguagem dos valores humanos destaque para a teologia e a filosofia reação à desumanização da medicina

Um pouco de história ...

Bioética médica (1972-1985)

novos dilemas das pesquisas biológicas análise rigorosa da prática médica discussão do fundamento teórico da bioética: principialismo, deontologia, utilitarismo etc.

Em síntese ...

Bioética de Interpretação:busca princípios para interpretar os problemas éticos em medicina e pesquisa

Problema central:defesa do indivíduo diante da pesquisa e da intervenção médica

Em síntese ...

Bioética de situações emergentes:

novas técnicas de reprodução

clonagem reprodutiva e terapêutica

Projeto Genoma Humano

engenharia genética

transplantes de órgãos e tecidos humanos

Um pouco de história ...

Bioética global (1985 ... )

ampliação dos problemas e das áreas envolvidas: antropologia, economia, religião etc. contribuição das ciências sociais bioética como movimento por justiça, eqüidade e inclusão

Diferenças Centro/Periferia:

Expectativa de vidaSerra Leoa, ou Burkina Fasso (África) 40 anosJapão, Estados Unidos e Europa 80 anos

Investimento anual per capita em saúdeUganda < 10 USDAmérica Latina 300 USDEuropa Ocidental 2.000 USDEstados Unidos da América 3.000 USD

Em síntese ...

Bioética de IntervençãoEx.: quebra das patentes dos remédios contra HIV

Bioética das situações persistentesexclusão social discriminação das mulheres racismo injusta alocação e distribuição de recursos

Em síntese ...

Um pouco de história ...

Bioética profunda (1998 ...)

ligada à ‘ecologia profunda’ ética do bem comum global visão sistêmica global

Pensem em bioética como uma nova ciência ética que combina humildade, responsabilidade e uma competência interdisciplinar, intercultural, e

que potencializa o senso de humanidade.

A bioética deve ser vista como o conhecimento de como usar o conhecimento para a sobrevivência humana e para o aperfeiçoamento da condição humana.

VII Congresso Mundial de BioéticaSidney, de 9 a 12 de novembro de 2004

Deep Listening:bridging divides

in local and global ethics.

Bioética, Meio Ambiente e Vida Humana

30 de Agosto a 03 de Setembro 2005Local: Foz do Iguaçu

Nossa compreensão inicial da bioéticaBioética não é apenas a solução

de dilemas morais levantados pelas novas possibilidades da

tecnologia.

A bioética é um espaço de encontro entre diferentes

competências disciplinares que se constitui ao redor de uma

inquietação:o que fazer com a vida?

É o carbono absorvido através de ações que viabilizem e melhorem as condições de vida das comunidades envolvidas nos projetos de redução de emissões, visando assegurar o bem-estar e a cidadania, sem degradar a base de recursos.

AS FERRAMENTAS

www.ecologica.com.br

www.socialcarbon.com

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