Henrique de Campos Meirelles · 2010. 11. 22. · 1986: Plano Cruzado 1987: Moratória da dívida...

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1

Rumos da Economia Brasileira

Henrique de Campos Meirelles

SAE Brasil - Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade

Novembro de 2010

2

1982: Crise da dívida externa

1986: Plano Cruzado

1987: Moratória da dívida externa e Plano Bresser

1989: Plano Verão

1990: Planos Collor I e II, e abertura da economia

1994: Plano Real

1997/98: Saneamento das finanças de estados e

municípios

Fatos Econômicos

3

1999: Regime de câmbio flutuante e de metas para a inflação

2000: Lei de Responsabilidade Fiscal

2004: Política de acumulação de reservas internacionais

2003-10: Queda persistente da relação dívida/PIB (-20 p.p.)

Queda do risco-país (-1200 pts.)

Inflação dentro da meta estabelecida pelo CMN

Redução da taxa de juros real (- 6 a 7 p.p.)

Aumento do crédito em 20 p.p. do PIB

2008/09: Investment Grade pelas 3 maiores agências de

risco

Fatos Econômicos

4Fonte: Banco Central

Regime de Câmbio Flutuante e

Reservas Internacionais

0

50

100

150

200

250

300

Jan02

Jan03

Jan04

Jan05

Jan06

Jan07

Jan08

Jan09

Jan10

11/Nov

286,1

reservas internacionais permitem

flutuação segura do câmbio

205,1

US

$ b

ilh

ões

5Fontes: BM&FBovespa e Banco Central

Taxa Real de Juros

5,9

4

6

8

10

12

14

16

18

Jan

03

Jan

04

Jan

05

Jan

06

Jan

07

Jan

08

Jan

09

Jan

10

taxa de mercado 360 dias descontada

pelas expectativas de inflação

% a

o a

no

6Fontes: Banco Central e Focus (BCB)

Dívida Líquida do Setor Público

trajetória cadente da dívida pública

% d

o P

IB

Ago

08

60,6

54,9

50,6

48,247,0

45,1

42,7

38,4

42,8

40,639,6

37,936,7

35,2

30

35

40

45

50

55

60

02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14

projeção de

mercado

7Fontes: Banco Central e Standard & Poor‘s

Dívida Externa Líquida e RiscoU

S$ b

ilh

ões

- 75

- 50

- 25

0

25

50

75

100

125

150

175

1T

02

3T

02

1T

03

3T

03

1T

04

3T

04

1T

05

3T

05

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06

3T

06

1T

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3T

07

1T

08

3T

08

1T

09

3T

09

1T

10

3T

10

1Q03

165.2

4Q04

135.7

BBB-

BB+

BB

BB-

B+

BB-

-48,4

S&P: BBB-

Fitch: BBB- (↑)

Moody’s: Baa3 (↑)

8

redução da

taxa de juros

aliada à maior

credibilidade

efeito

ampliado

menor

prêmio de

risco

Círculo Virtuoso:

estabilidade

macroeconômica

metas para a

inflaçãoredução risco

inflacionário

divida externa

líquida cadente

câmbio flutuante

e reservas

internacionais

redução risco

externo

dívida pública

cadente

superávits

primáriosredução risco

fiscal

Responsabilidade Macroeconômica

9

fundamentos macroeconômicos de metas para a

inflação, responsabilidade fiscal e flexibilidade cambial,

combinados com:

Política prudencial e supervisão bancária sólida,

resultaram em:

capacidade de absorver choques internos e externos

estabilidade macroeconômica e financeira

crescimento sustentável

crescimento do investimento

crédito e desenvolvimento do mercado de capitais

Marco de Política Macroeconômica

10

100

290

480

670

860

1050

1240

1430

1620

1810

2000

90

100

110

120

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150

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1T

00

1T

01

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06

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3T

10

2T 10

213

FBCF (esq.)

risco Brasil t-2 (dir.)

1995=

100, d

essaz.

po

nto

s b

ásic

os

Investimento x Risco-Brasil

Fontes: IBGE e JPMorgan

11Fonte: Banco Central

Evolução do Crédito

expansão consistente no período

R$ b

ilh

ões

25,7

10

15

20

25

30

35

40

45

50

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

Jan02

Jan03

Jan04

Jan05

Jan06

Jan07

Jan08

Jan09

Set10

% P

IB

46,7

Jan10

12Fonte: Banco Central

Alongamento dos Prazos

550

650

750

850

950

Jun

03

Jun

04

Jun

05

Jun

06

Jun

07

Jun

08

Jun

09

Jun

10

pessoa jurídica

pessoa física

dia

s

linhas bancárias de crédito

810

928

13Fonte: Banco Central

Acesso a Crédito Bancário

operações de crédito acima de R$ 5.000

mil

es d

e p

esso

as

25,5

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

Jan

05

Jul

05

Jan

06

Jul

06

Jan

07

Jul

07

Jan

08

Jul

08

Jan

09

Jul

09

Jan

10

Set

10

14Fonte: Banco Central

Concessão de Crédito: Veículos

concessão mensal de crédito a pessoas

físicas para aquisição de bens veículos

R$ b

ilh

ões

2,0

2,8

3,5

4,3

5,6

4,25,2

8,1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Jan

03

Jan

04

Jan

05

Jan

06

Jan

07

Jan

08

Jan

09

Jan

10

15Fonte: CVM *até outubro

Mercado de CapitaisR

$ b

ilh

ões

emissões primárias

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*

ações debêntures outros

16Fonte: Banco Central e Focus (BCB)

Investimento Estrangeiro DiretoU

S$ b

ilh

ões

02-06

15,8

10-14

38,9

07-10

35,2

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14

projeção

mercado

17Fonte: UNCTAD

Terceiro Destino Preferido de

Investimentos Diretos (2010-2012)

0 20 40 60 80 100

Espanha

Peru

África do Sul

Chile

Japão

Canadá

Malásia

Austrália

França

Polônia

Tailândia

Vietnã

Indonésia

Alemanha

Reino Unido

México

Rússia

Estados Unidos

Brasil

Índia

China

número de menções ao país

18Fonte: Banco Central

Passivo Externo%

dívida e capital

dívida (total de renda fixa /

passivo externo bruto)

capital de risco

(Investimentos

Diretos + Ações /

passivo externo

bruto)

10

20

30

40

50

60

70

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

19Fonte: Banco Central e Focus (BCB)

ExportaçõesU

S$ b

ilh

ões

0

50

100

150

200

250

80 85 90 95 00 05 10

2010-14

235,4

1980-89

25,5

1990-99

42,7

2000-09

111,1

20Fonte: Banco Central *até setembro

Diversificação das Exportações

22,9

9,8

25,6

33,3

9

12

15

18

21

24

27

30

33

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*

América

Latina

Estados

Unidos

Europa

Ásia

%

21Fontes: Banco Central e IBGE

Estabilidade de Preços e

Crescimento da Massa Salarial

95

105

115

125

135

145

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Jan03

Jan04

Jan05

Jan06

Jan07

Jan08

Jan09

Set10

Jan

03 =

100

IPCA

(esq.)

vari

ação

em

12 m

eses

massa

salarial

(dir.)

Jan10

geração de maior bem-estar social

22Fonte: MTE/CAGED

Criação de Emprego Formal

de janeiro a outubro

foram criados 14,9

milhões de empregos

desde 2003

milh

are

s

2406

81

1437

705

1883

0

500

1000

1500

2000

2500

95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

23Fonte: IBGE

Desemprego%

6,4

6

7

8

9

10

11

12

13

Jan03

Jan04

Jan05

Jan06

Jan07

Jan08

Jan09

Set10

dados dessazonalizados

24Fonte: Bloomberg

Desemprego Global

mercado de trabalho

relativamente dinâmico

25,320,1

18,313,7

12,211,8

11,510,910,710,610,6

10,19,79,6

8,78,58,48,3

8,07,97,87,77,5

7,06,4

África do SulEspanhaLituâniaIrlanda

ColômbiaGrécia

PolôniaHungria

ÍndiaPortugalTurquia

Área do EuroFrança

Estados UnidosBélgica

ItáliaVenezuela

ChileCanadá

ArgentinaSuécia

Reino UnidoAlemanhaFinlândia

Brasil

25Fonte: IBGE * inclui automóveis e materiais de construção

Vendas no Comércio

dados dessazonalizados

90

110

130

150

170

190

Jan

03

Jan

04

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09

Set

10

comércio

varejista

comércio

ampliado*

2003 =

100

Jan

10

26Fontes: Fenabrave e Anfavea

Produção e Venda de Veículos

produção e vendas (média 3 meses)

100

130

160

190

220

250

280

310

Jan03

Jan04

Jan05

Jan06

Jan07

Jan08

Jan09

Out10

vendas

produção

milh

are

s

Jan10

27Fonte: IBGE e Banco Central

Crescimento do PIB

taxa anual de crescimento real

-0,2

7,3

-1

0

1

2

3

4

5

6

7

99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

2,1%(1999-2002)

3,3%(2003-2005)

5,1%(2006-2008)

cre

scim

en

to r

eal %

28Fontes: FMI e Banco Central

Desempenho Antes e Depois da Crise

Brasil comparado a países emergentes

cre

scim

en

to r

eal %

2007 2008 2009 2010

5,7

3,6

-2,2 (*)

4,3 (*)

6,1

5,2

-0,2

7,3 (**)

Emergentes

ex. Brasil,

Índia e China

Brasil

29Fonte: Banco Central

Crescimento do PIB per capita

2002-09 = crescimento real de 17,5%

R$ m

il d

e 2

009

17,45

13,0

13,5

14,0

14,5

15,0

15,5

16,0

16,5

17,0

17,5

18,0

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

previsão

16,41

30Fonte: IBGE (PNAD)

Redução da Desigualdade de Renda

índice de Gini0,566

0,5600,558

0,553

0,545

0,5350,532

0,528

0,520

0,514

0,509

0,50

0,51

0,52

0,53

0,54

0,55

0,56

0,57

98 99 01 02 03 04 05 06 07 08 09

índ

ice 0

-1

31Fonte: FGV/CPS

Crescimento da Classe Média e

Redução da Pobreza

Entre 2003 e 2009

35,7 milhões de pessoas passaram a fazer parte da

classe média

20,5 milhões cruzaram a linha de pobreza para cima

Projeções de 2010 a 2014, mantida a tendência

mais 36,0 milhões entrarão na classe média

mais 14,5 milhões sairão da pobreza

32Fonte: Ministério da Fazenda *estimado

Mobilidade Social

4929 16

47

4440

6695

113

1320 31

0

50

100

150

200

2003 2009 2014*

A/B C D E

+44,1% +19,0%

crescimento da classe média

milh

ões d

e p

esso

as

33Fonte: IBGE (PNAD)

Lares com Computadores e

Acesso à Internet

%

15,216,5

18,7

22,3

26,8

31,5

35,1

11,4 12,313,8

17

20,3

24,1

27,7

0

5

10

15

20

25

30

35

40

03 04 05 06 07 08 09

computador

acesso à internet

34Fonte: BNDES

Perspectivas de Investimentos Industriais

2006-2009 2011-2014 %

Petróleo e gás 205 378 84,3

Mineração 59 62 5,2

Aço 27 41 51,3

Petroquímica 20 40 95,5

Automotivo 25 33 31,4

Elétrico/Eletronico 16 29 81,5

Papel e celulose 18 28 51,6

Total 371 611 64,6

R$ bilhões Cresc.

35Fonte: BNDES

Perspectivas de Investimentos em

Infraestrutura

2006-2009 2011 -2014 %

Electricidade 92 139 50,5

Telecomunicações 62 70 11,7

Saneamento 26 41 56,9

Ferrovias 20 60 202,1

Rodovias 30 51 71,4

Total 589 985 67,2

R$ bilhões Cresc.

Edificações 353 607 72,0

Portos 5 18 225,1

36

Desafios de Longo Prazo

Décadas de 80 e 90

Sucessivas crises e planos econômicos

Mudanças de regime monetário

Planejamento de longo prazo prejudicado

Última década

Estabilidade macroeconômica → planejamento de

longo prazo

Desafios de longo prazo

Aumento do nível de poupança / investimento

Elevação da produtividade da economia

37

Agenda para o Futuro

Nível de poupança doméstica

Qualidade de despesas públicas

Taxa de investimento e infraestrutura

Revisão e simplificação do sistema tributário

Ambiente legal mais favorável a negócios

Incentivos para investimentos de longo prazo

38

Henrique de Campos Meirelles

Novembro de 2010

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