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STILA 238c .1
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CURSO
PRATICO
DE
GEOLOGIA
GERAL
A. B. PARAGUASSU
N . GANDOLFI
P. M . B. LANDIM
CURSO
PRÁTICO
DE
GEOLOGIA
GERAL
ANTENOR B. PARAGUASSU
NILSON GANDOLFI
Prof~ssores Livre-Docentes do Departamento de
Geologia e Mecânica dos Solos da EESC - USP.
PAULO M. B. LANDIM
Professor Livre-Docente do Departamento de Geologia da FFCL de Rio Claro.
1 9 7 3
1nt4odu~ão
Apresentamos neste trabalho uma se-
quencia de !tens que deverio servir para que o
aluno entenda o significado de um mapa geológi
c~, que i ~final a base para qualquer trabalho
de Geologia. Para tanto inicialmente ê dedica
da atençio ao reconhecimento dos tipos mais co
muns de minerais e de rochas; em seguida são~
presentados os aparelhos comumente utilizados
pelo geólogo em seu trabalho de campo, mapas e
perfis topográficos, mapas e perfis geológicos
em que as camadas de rochas se apresentam sub
horizontais e inclinadas. Alim disso i mostra
do a utilização da·Projeçio Estereográfica em
Geologia e como se procede a elaboraçio de ca
derneta de campo.
Acreditamos q~e esses conhecimentos -
possam ser Úteis para alunos de cursos básicos
de Geologia, tanto ~m Escolas de En~enha~ia,de
Agronomia ou de Geologia como em Cursos de Bio
logia e Geografia. No in!cio de todos os capí
tulos e fornecido, A titulo de introduçio, ~1-. .
guns conceitos concernentes ao assunto, porem
a base teórica deve se~ complementada por um
curso de Geologia Físf~a ministrado conjunç~
mente. . - . Pela propr1a natureza deste trabalho,
apreciaríamos toda e qualquer sugestio Ütilque
possa ser apresentada.
Os Autores
DETCRHIHAÇ~O DE HIN(RAIS
JNTRODUÇAO
PRDPRJEDAO[S DOS MINCRAIS
Cli••ae•
Frat11ra
Dureza
Tenacidade
Í N D I C E
Propri~dade• que dependem da luz
CARACTER!STICA A SER OBSERVADA NA AMOSTRA
TABELA PARA D!T(RMINAÇ~O
ROCHAS -
JIITRODUÇliO
CLASSIFJCAÇliO
lloe/uu fg~r.a.• _
.lloehu St.d.U.t.~t<IAU
lo~h44 •e~a•Õ~6ica&
CARACTER!STICASA SEREM OBSERVADAS NAS AMOSTRAS
llocluu fg~r.a.• loe!l4& Sed.ime.n.ta.Jr..u
Rocha.• Hita.nÕ~5~ca.• St.qui~~a. r.•qu~~ca. da.• ob•~va.çót.•
ROCHAS !GJIEAS
JNTRODUÇliO
CARACTER!ST!CAS A SEREM OESERVADAS,IIAS AMOSTRAS
Cu.
Ü~utMa.
Tu..tM<t lluu~da.dt.
Co•po&~ção min~alÕ~~c4
CLASSiflCAÇliO
Q.114rt.t'o ã gêne.6l.
Qua.nto 4 p~r.•r.~ça. dt. qua~tzo na eompo•~ç4o ~ua.nto a.o t~po de_6t.Ld•pato
ROCHAS !GNEAS MAIS COMUMEIITE EMPREGADAS NA ENGENHARIA CIVIL
ROCHAS SEDIMrMTARES
JNTRODUÇ~O
CARACTERlSTlCAS A SEREM OBSERVADAS NAS AMOSTRAS
co ... _ E•t~ut~a.
TutMa. llu•.i.da.dt. Comp .. .i.çiio
C.U.u..to
2
2
7
3
3 3 4
5
6
7
10
10
11
11 12 12
12
13 14
15
16
20
-20
22·
22 22
-23
24
24
25
25-
25 26
27
30
30_
31
31 31 33 34
34 35
CUSSifiCAÇAO
Jluiai.ea• 0AL§rilli.ea4 @.•.Ü..iea.a
ROCHAS SEDIMEDTARES MAIS COMUMENTE EMPREGADAS NA EICENHARIA CIYIL
ROCHAS "ETAMORFICAS
IITRODUÇAO
CAIACTERTSTI~S A SEREM OBSERYADAS IAS AftOSTRAS
36
36 37
31
37
·~~ 43
45
45
47
CLASSIFICAÇAO 48
lOtHAS PIET~DRFICAS MAIS CDMUftERTE EMPREGADAS NA ENGElHARIA CIVIL 49
lftSTRUi'IEitTOS DE PIEDIDA UTILIZADOS EM GEOLOGIA DE CAIIPO 53
INTRODUÇllD 53
IOSSOLA 53
J&tA~uçio 53
EÃ44oLil BAar..tDil 57
O~eLi.-çia ft49Jt~ea ·59 Co11vc..uio de. Az.úru..tu .. <Ütgrz.Lo~ "" ue~tllt d~ qwu!u.ot.tu 6~
CLiaô~ de. bÚ44aL1t 63
O.iA.~çia e. •«grz.LIIa de. ·- pLuo 65
CLINOMETRO DE ABNEY 68
ALTTMETROS 69
IIAPA"S E PERFIS TOPOC:RliFI COS 73
MAPAS TDPOGRAFICOS 73
PERFIL TOPOGRAFICO 75
MAPAS E PERFIS GEOLOGJCOS 76
·PIAPAS GEOLOGICOS 76
PERFIS GEOLOGICDS 78
DETERPIINAÇXO DA DIREÇ~O E DO MERGULHO DE CAMADAS 80
f• •a.po. gcoLÕg.ieo 8D
A P""-VA de úi4 p111Ltu du elllll~td4, e. .. eo.tu .u~«e.J\.te.4 87
PROJEÇJO ESTEt!OGRllFJCA APLICADA X GEOLOGIA 93
lltTP.ÓDUÇ~O 93
LOCAÇllO DE PLArtOS E RETAS 95
PLAilo~ 95 . Li.IIJau .. ~ 97
AIIOTAÇDES Ell CADERIIETA DE CAHPO 1DO
TABELA DAS FUNÇOES Tt!CDNO~ETRICAS 104
DETERMINAÇ~O DE MINERAIS
1. INTRODUÇ~O
Mineral ê um elemento químico ou uma
combinação quÍmica, formado mediante um prece~
so inorgânico natural. f um corpo homogêneo em
virtude de ser constituÍdo internamente poruma
estrutura tridimensional ordenada, caracterís
tica do estado sÕlido, ou seja, estrutura cri~
talina~ Um mineral somente_adquire a forma ge~
métrica regular de um cristal quando as condi
çoes em que é formado permitem o desenvolvimen
to de faces planas e polidas.
De uma maneira geral, os minerais po
dem se formar por: resfriamento do magma (mat~
rial em estado de fusão encontrado no interior
da crosta), resfriamento de soluçÕes ou gases
magmãticos, evaporação de soluçÕes salinas,re~
çÕes entre substâncias e intemperismo (ataque
do ar e da âgua sobre minerais expostos na su
perfi~ie, podendo resultar na formação de no
vos minerais).
Para o reconhecimento exato de um mi
neral, dispomos de in~meros processos,por~meio
dos quais podemos determinar tanto sua estrut~
ra cristalina quanto sua composição química~e~
tre eles, citamos: Cristalografia por Difração
de Raios X e Microscopia Cristalogrifica, con-
1
jugados com análise quÍmica. Todavia sao pro-
cessos requintados, demorados e di~pendiosos.
Para o reconhecimento dos minerais
mais comuns que entran na composição das ro
chas, dispomos de nêtodos razoav~lmente satis
fatórios, que utilizam ~lgumas propriedades fÍ
sicas e quÍmicas mais caracterÍsticas.
Os minerais já estudados cristalogra
ficamente têm suas propriedades catalogadas em
tabelas facilmente manuseáveis. Assi~, observa~
do um conjunto de propriedades de um mineral,
podemos localizá-lo com rel~tiva segurança em
tais tabelas. Em _casos de necessitarmos de pr~
ci~ão no reconhecimento ou quando hi dÚvidas,
deve-se recorrer aos métodos mais precisos de
análise.
2. PROPRIEDADES DOS MINERAIS
-1. CUva.g em
Um mineral apresenta clivagem quando,
ao romper-se sob a ação de uma força, apresen
ta duas ou mais s~perfÍcies, sempre planas e
paralelas.
Tais superfÍcies sempre sao paralelas
a faces reais ou possíveis do mineral e perfei
tamente características para cada espécie mine
ral.
2
f uma propriedade condicionada pela
estrutura interna, resultando do fato das lig~
çoes ·serem :mais fracas em-certas direçÕes que
em outras.
Nem todas as especies minerais apr!:_
sentam clivagem, o que constitue um
criterio de reconhecimento.
valioso
2. FILa..:tu.JLa.
! a superfície irregular que alguns
minerais apresentam quando quebrados sob a ação
de uma força, diferente de plano de c)ivagem.
3. Vu11.eza.
f a resistê~cia oferecida por uma s~
perficie lisa do mineral ao ser riscadd. Por
razÕes ·prâticas, os minerais são classificados
através de uma escala relativa de dureza (Esc3!.
la de Mohs), conforme a facilidade ou nao de
serem riscados por oútros minerais. Dez míne-
rais, do menos. resistente ao mais resistente ,
são usados para compor tal iscala.
Escala de Mohs
1. ·Talco 6. Ortoclãsio
2. Gipso 1. Quartzo
3". Calcita 8. Topâzio
4. Fluorita 9. CorÍndon
5. Apatita 10. Diamante
4. Tena.c.-<.da.de ~ a resistência oferecida pelo mineral
3
ao ser rasgado, moÍdo, dobrado ou triturado; e pois, uma propriedade rela~ionada com a coesao.
Segundo tal propriedade, o mineral pode ser:
a. 6~iãve! - facilmente rompido ou reduzido
a po;
b. ma.!eâ.ve! passível de ser transformado
em folha por percussao;
c.- ~ê~ti! - passível de ser cortado por uma:
lâmina de aço;·
d. dú.~U! - ao qual e possível dar a forma
de fio;
e. p!á~Uco - passível ~e ser dobrado, mas
não recupera a forma original, terminada
a pressão que o deforma;
f. e!â..&:tiC.o - re_cupera a forma primitiva, ao
cessar a força que o deforma, desde que
não tenha atingido o iimite de ruptura.
5. P~op~eda.de.& que dependem da. !uz
a. B~!ho - e o aspecto da superfície do
mineral ~uando reflete a luz; segundo essa pr~
priedade o mineral pode ter brilho metálico ou
não metálico; não há, todavia, uma separaçao
absoluta entre os dois tipos de brilho.
b. Cô~ - e uma propriedade importante p~
ra identificação dos minerais. Os que tem bri
lho metâlico, geralmente apresentam côr cons
tante e definida. Todavia, os minerais s~ apre
sentam frequenternen~e coloridos devido a impu-
4
reza na constituiçao.
c. Tlta.ço constitui a cor do po fino do
mineral, e que e constante para cada espécie
mineral, nele nio influindo impurezas;pode ser
observado riscando-se uma porcelana (que tem du
reza ao redor de 7), com o mineral.
d. Re&Jta.ção - quando a luz atravessa um
mineral, passando de um meio menos denso para
outro mais denso, diminui de velocidade e muda
de direçio; dessa forma pode-se calcular seu
Índice de refração. Cada espêcie mineral apre
senta um i'ndice de refração. definido;e uma pr~
priedade utilizada somente na determinação de
minerais transparentes.
e. Ma.gnetil>mo - hâ minerais que natural
mente apresentam magnetismo, como magnetita e
p~rrotita; ambos contêm alto teor em Fe na sua
composiçao e podem ser atraÍdos por um ima.
B. Qu.:Lm.i.c.a.l>
Com relação as propriedades químicas,
faremos apenas um teste com ãcido cloríurico
diluÍdo. Deve-se pingar uma gota de ãcido so-
bre o mineral e, caso seja ob~ervada e ferves-
cência, pode-se concluir como sendo um carbona
to; as propriedades físicas observadas poderão
indicar que ~specie mineral e o carbonato.
5
3. CARACTERlSTICAS A SEREM OBSERVADAS NA AMOSTRA
Damos a seguir uma sequencia de obser
vaçÕes a serem feitas em uma amostra, para que
seja identificada macroscopicamente.
A. Reconhecer o tipo de brilho do mineral:
se e metálico ou nao metálico;
B. Reconhecer a cor do mineral;
C. Determi~ar a dureza - e uma propriedade
relativa, devendo o mineral ser enquadr~
do entre certos valores na escala de Mohs.
Como escala prática sugerimos:
unha = 2,5; canivete = 5,0; vidro = 5,5 e
quartzo = 7,0.
A dureza do mineral serã-baixa quando
estiver.entre 1-2; media, entre 3-5 e, alta, a
címa de 5.-
D. Reconhecer.a cor do traço observado numa
placa de porcelana opaca.
E. Identificar o hábito do mineral, isto . e,
a forma como ele normalmente se apresen
ta, como por exemplo: lamelar, prismãti
ca, globular, granular, etc.
F. ~bs~rvar outras propriedades como: magn~ tismo, plasticidade, maleabilidade, cli
vagem, fratura, reação com á~ido clorí-
6
drico diluÍdo, etc.
4. TABELA PARA DETERMINAÇ~O
Com os elementos acima obtidos, reco~
remos a tabela de determiniçio de minerais ane·
xa a fim de selecionar um ou mais minerais que
possuam propr~edades semelhantes. A presente
tabela foi extraÍda e modificada da Tabela de
Determinaçio de Minerais, do "Guia de Dete-rmi
naçio de Minerais, de Leinz e Campos (1971).
Devemos ter em men-te que este e um pr~
cesso de determinação simplificado, que utili
za apenas propriedades macroscÕpicas e fáceis
de serem observadas, nio requerendo praticame~
te equipamento algum. Para um trabalho mais ri
goroso, faz-se necessária a utilização de ou
tras propriedades, como: Õpiicas, de difração
_de Raios~X, peso especÍfico, composiçao quími
ca, etc., obteníveis somente· com o uso de equi_
pamentos de analise bastantz sofisticados.
7
TADELA SIIIPLHICA!lA VC PROPRJfVAPfS FTSUAS PARA PHERHINAC~O Pf MINERAIS
CLIVACEII E UTILIZAÇACI NAI~ HOHE l F6R~UI.h nAÇO co~ IIUI.HO DURE% A fMA1 UI! A H~RITOR COHUH
brftnco nÃv ~ot.~ll 1-1.~ C I, 1~c r ( u l t ft
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Cl o r i tft (•I li co lncolCit vard o vttrco 2-2 '~ Cl. pcrfulto 1'nhul•r ,plac:au
I Lo dr }'c o llf.f- "1 ~ril i c :u,
c:o Caull1~ At
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t.'cf!!lln.a )~lo20. incolor, vítreo no!. C1l'anular prla-K 2 0.~Al. 2 0 3 ?Sl0 ltlcolor branca duroso 5-6 miitic:o.
OrtocltÍtdo K2o. .branca verme lhe não motil! 6
CI, em duas Porc~lana,vidro,crl! 11t 2 o 3 .~slo 2 co direçÕes qu~
ac perpendi- tal. cularou
AnfibÕlioa incolor V"rde UICU vítreo a 6-6,~
Cl.per.[eita Õn Prl•mátlcoa ra a protii cctállco &ulo 1Ua 0 -
-- - - ~---- -- -----------~
Piroxênio•
o'!lvlna 2tlg0, 2PcO,Si0
2
sJ llinani ta At 2o3sio2
r.r.onlldna JRO, H2o
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Quartzo Si02
rurmalína (ail.! cnto complexo do lsoro e ttlunf nit.o) -
Gllolcnft J.'LS
Jlr.'lcnJ ta l't·OCr
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3
I' I d lo ,.,,
incolor
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incolor
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cinza •!.
verde e1c:u ra • prctã
verde avor melhada -
c:aatanh'a
venjudha, amarela, preta
vítreo a metálico
vlt~oo
vftroo
vftrco r! sinoso
branca o nho met~li trattsJucJdo vo(vftreoY
preta 1 azul 1
vcrdc,vcr- vftreo me lha
castanha . y r t roo
curo ci1tra chumbo mcLÓlico
preto preta matiilico
6-6.~
6-7
6-7
6,~-7.~
1·7,S
7,~
2,5-3
s -6
CJ, baa (87°)
Cl. perfeito
C!, por!oito
Tabular 1 pri•e~âtica,granuJ ar,
ribroaoi
Criatal• be11:1 lormados cd111 111uitas faces,
fr.conclooídal Cristais pr1~ mátiCOio
Fr.c:onchoidal
Cl. perfeito
Prlam.iít!cos a!. t. r i "'los,
}I r i 11r.r.1(i ti CO !I 1 uranularca.
CriHtaio cúLico!l octnêdrico& muito poa!!. do&,
Corâmlca,abratlvo,vl dro 1 eletrônica. -
Gema a
tlln~rlo de tit~nJo-1' i cntento,
verl"u, J lw .O ftll) r fOIU
l'r~tn a cln m~t&licn za rrrt!l ""
TL1hul1..r ,r.r.onular !:in~rfo de Cerro •.
llwtií 1 f c: o r.rl11tnir. orla~d f j f" O li 1 flJIIJIO[. I (
~01'1,
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"í~~rin de lerro 1 Ahra llYo p~rft con{~CÇ~~D tio l.'lll'l( 1 i I
ROCHAS
1. INTRODUÇJ!:O
Rocha i qualquer mas~a que constitue
parte essencial da crosta terrestre. De acor
do com o numero de es?êcies de miner~is que en
tram em sua c9mposição, as rochas podem ser:
Uniminerilicas formadas sooente p~r
uma espécie mineral, como por exemplo: marmore,
anfibolito, etc.;
Pluriminerilicas - que sao as mais co
muns, eontim duas ou mais espécies m~nerais,c~
mo acontece com o granito, o basalto, etc.
Muito ·embora, o numero de minerais e
xistentes seja consideravelmente grande,os que
comumente ocorrem como formadores de rJchas.
sio relativamente poucos. Assim, podemos citar
como mais comuns: qua~~zo, feld~patos, micas,
anfibÕlio, piro~ênios; olivinas. calcita 1 dol~ mita, magnetita, limonita, pirita, granada,giR
sita e os de argila.
Devemos levar em consideração que cer
tos fenÔmenos geolÓgicos influem nas propried~
des principais das rochas. Dessa forma, dobra
mentos, escor~egaoentos, fraturas, diaclases
foliaçÕes, etc., modificam uma rocha influin
do por exemplo no seu uso, como acontec~ quan
do empregada como material de construção.
10
Em alguns casos, ê quase impossível de
limitarmos distintamente certos tipos de rochas
que sofreram diversas transformaçÕes, as quais
permitem o surgimento de novos componentes, peE
da dos essenciais, mudanças de estruturas, etc.
É em vista desses problemas que se torna neces-
sirio o estudo detal~ado de um mac~ço
que queiramos explorar.
rochoso
Na prática a ser realizada, lembramos
que serão verificados apenas caracteres macros
cópicos observãveis em amostras de laboratório,
tais como: es~~cies minerais, textura, ciaenta-
çao, etc.
A tÍtulo de esclarecimento, informamos
que em trabalhos rotineiros de determinação pe
trogrãfica, as rochas são examinadas ao micros
cópio polarizador em secçÕes delgadas de apro
ximadamente 0~03mm de espessura, montadas com
Bilsamo do Can~dã, em liminai de vidro (limi
nas petrogrãficas).
2. CLASSIFICAÇ~O
De acordo com sua origem, as rochas p~
dem ser classificadas em tres grandes grupos:
Ígneas, sedimentares e metamÓrficas.
A. Rocha~ Zgnea~ - são aquelas formadas por
materiAl em estado de fusão (magma), que
se consolidou por resfriamento. Ex:- gra
nitos, diabãsios, sienitos, etc.
11
B. RochaA-Aedimen~aneb - sao as resultantes
da acumulação de materiais derivados d~
outras rochas prê~existentes.Ex:arenito~.
C. Rocha-6 me.~amÕn6ica.6 --são rochas que pri:_
mariamente se originaram das magmiticas
ou sedimentares, que tenham sido submeti
das a press~es e/ou temperaturas eleva:~
das. Ex:- gnaisses, mârmores e quartzi -
t.os.
3. CARACTER!STICAS A SEREM OBSERVADAS NAS AMOS -:YRAS
A fim de poder classificar uma rocha
num dos grupos anteriormente referidos, com re
cursos apenas macroscÓpicos, e necessário ob
·servar uma série de caracte~Ísticas na amostra.
Antes de considerar tais caracterÍstica;, deve
mos lembrar que:
- as observaç~es em relação ã cor se aplicam
mais adequadamente ãs rochas Ígneas;
quando os graos (que são as partes compo
nentes da rocha) forem finos, numa obser
vaçao macroscÓpica, torna-se difícil a dis
tinção entre espécies minerais;
quando os graos forem visíveis macroscÕpi:_
camente, devemos procurar identificâ-los.
dentro das limitaçÕes existentes. ·
12
A. Roc.ha-6 Tgneu
De acordo com a velocida~e de resfria~
mento do magma, podemos consideraf o seguin~e:
quando o resfriamento e lento, os Íons se com
binam formando minerais grandes que s~ desta-
cam na massa rochosa; quando e rãpido, -na o se
formam minerais granae_s, havendo até casos ex
tremos em que o magma se consolida no estado vi
treo (amorfo).
Dependendo da profundidade de consoli
da~ão do magma, na crosta terrestre~ as rochas
Ígneas resultantes podem ser:
1. In:tJtu.-6-i.va-6 ou. ptu..tôn.i.c.a.s - formadas a gra~
des profundidades. Ge~almente apresentam
uma granulação grossa e so aparecem a su
perfície por erosão das partes sobrej~ce~
tes. Um exemplo e o granito, em cuja con~
tituição mineralÓgica entram quartzo, fel
dspato e mica ou hornblenda. o· aspeeto g~
ral apresentado por esses minerais, nesta
rocha,.e o seguinte: o quartzo aparece c~
mo vidro moÍdo, de cor acinzentada; o fe!
dspato e de cor cinza, creme ou avermelha
da e a biotita ou a hornblenda tem colora -çao escura.
2. ExtJtu..6~va.s ou. vu..e.c.ân.i.c.a.s - formadas pela
consolidação do magma que atinge a super
fÍcie; apresentam granulação mui~o finaou
são vÍtreas. Basalto e o exemplo ma1s co-
13
mum, sendo vulgarmente denominado de "pe
dra ferro". Devido a consolid~çio se dar
na superfície, --seus minerais sao pequenos
e comumente nao podem ser vistos a olho
nu. O basalto ê composto normalmente por
feldspato, piroxinio e magnetita. Algumas
vezes pode apresentar um grande número de
vazios (vesículas), geralmente de formas
arredondadas.
B. Roc.ha..& Sed.i.men:ta.JLe.&
Por serem rochas formadas pela acumul~
çao de materiais resultantes da desagregaçio de
outras pre-existentes, geralmente revelam as se
guintes caracterÍsticas:
a. apresentam-se formadas por fragmentos
de tamanhos variãveis, dependendo do
transporte do material ter sido feito
por agua, gelo ou vento;
b. exibem ou nao estratificaçio (planos -
com coloraçio e/ou granulação diferen
tes);
c. ~ostram-se formadas por partículas ar
redondadas ou angulares, unidas ou nao
por cimento. Tal cimento pode ser cons
tituldo comum·ente por argila, sÍlica,
carbonato ou ôxidos de ferro.
d. as 'fOChas sedimentares podem conter
restos de plantas ou animais (rochas
de origem orgânica), podendo s-er algu-
14
mas vezes observados em exame macros~
cÕpico;
e. certas rochas formam-se por precÍpit~
çao quÍmica em ·ambiente aquoso (r~
chas sedimentares de origem quÍmica),
como a gipsita, o calcário estalactÍ
tico, etc.
Como são rochas formadas a partir de
outras que foram submetidas a press~es e/ou a
temperaturas elevadas, podem apresentar algu-
mas das seguintes feiç~es caracterÍsticas:
(
a. 6ol~a~ão resultante do desenvolvimen
to mais ou menos paralelo de minerais
placÕides, yrismãticos e alongados,p~
dendo ser contÍnua (como nos xistos)
ou descontínua (corno nos gnaisses e em
alguns quartzitos);
b. fragmentos maiores soldados por parti
culas finas do mesmo material, como
nas "brechas metamÓrficas, que sao ro
chas formadas durante os falhamentos
da crosta; não confundir com as "bre
chas" sedimentares, pois estas apre
sentam partÍculas maiores soldadas~r
um cimento qualquer, desenvol~ido num
processo sedimentar;
15
c. maior porcentagem de minerais granul~
res em relação aos lamelares, comopor
exemplo, nos mármores.
V. Sequênc..ict E~ quemQ.t;.ic.a dct~ Ob~ Vtvcr..çõ e~
1. PartÍculas
A. visíveis: a) tamanho uniforme
b) tamanho variável
B. não visíveis
,z. Cavidades: (em rochas Ígneas)
a) preenchidas
b) não preenchidas
3. Restos orgânicos (em rochas sedimenta
res)
- 4. Estratificação (em rochas sedimenta
res)
a) camadas de diferéntes granulaç;es
b) camadas de di:erentes coloraçÕes
S. Foliação (em rochas metamÓrficas)
6. Partículas cioentadas (em rochas sedi
mentares)
7. Tipo mais provável de rocha:
a) Ígnea
b) sedimentar
_c) metamÓrfica
8. Deverão ser feitos esquemds ilustrati
16
vos das amostras analisadas, onde se
rao ressaltados os aspectos mais ca
racterísticos utilizados na classifi-
caçao.
17
.... 00
AI uno• n ' datÕ• I I A- Observocões o aorem fellos nos omostrm de rochas:
OBSERVAÇÕES AMOSTRA Nl! AMOSTRA N2 AMOSTRA N2
Portlculos Tamanho uniforme Visiveia
ou Tamanho variável
Minerei$ Não visíveis
Presença de
Preenchidos
cavidades Ni'lo preenchidos
Restos orl,lânicos .
· Estro tificoçllo Comodas de diferentes oronuloç6es r-
Camadas de diferentes colorações
Folioção
Cimen1o Como por exemplo:silicoso, argiloso ,corbondtlco etc •.
Tipo maia (gnea
r-rovoval de Sedimontor
rocha Metamórfica
Ob&.: Os esquemas ilustrativos deverllo ser feitos no verso ANEX01.a
caixa n9•
AMOSTRA N9
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ID
ROCHAS !GNEAS
1. INTRODUÇM
Rocha Ígnea ou magmat1ca e aquela for
mada por solidificação de material em estado
de fusão (magma), proveniente de zonas profun
das e superaquecidas da crosta terrestre.
- O magma que atinge a supP.rfície da
Terra,_nas erupç~es vulcinicas, i chamado la
va; nesse caso, devido·as condiç~es de pressão
e temperatura serem baixas, o espaço de tempo
necessário para a solidificação i curto, for
mam~se rochas com minerais pouco desenvolvidos
(rochas vulcinicas ou extrusivas). Caso inver
so ocorre com o magma que se consolida em pro
fundidade (rochas plutônicas ou intrusivas).Hã
tambim o caso de magmas que se solidificam pr~
ximo i superfÍcie, dando formação a roch~s
minerais de dimens~es intermediarias ~ntr~ ·dois tipos citados.
com
os
Os minerais que primeiro se formam du
rante a cristalização magmãtica são os silica-
tos ferromagnesianos e calcicos; em seguida,
formam-se os alcalinos e, _finalmente, o quar-
tzo.
Os minerais que caracterizam a natur~
za de uma rocha sao chamados essenciais; mine
rais acess6rios sao aqueles que entram aciden-
20
talmente na composição mineralÓgica. Em geral,
é raro que as rochas pluriminerãlicas contenham
mais de tres ou quatro espêcies de rniner~is es
senciais.
Os termos basalto e diabasio comum~n
te sao empregados indevidamente, razão porque
damos, a seguir, uma breve explicação sobre
seus significados.
Ba..&a.!.:to - rocha extrusiva · (vulcânica)
de granulação fina, constituÍda predominante
mente de feldspato (do ti~ plagioclasio) e Pi
roxênio, tendo Õxidos (maenetita,ilmenita,etc.)
como acessórios mais comuns. ~ freq~ante a pr~
sença de vesículas, que são cavidades deixadas
pelo escape de gases durante o resfriamento,~s
quais podem ser preenchidas posteriormente por
minerais secundários (quartzo, zeÕlitas, calei
ta, etc.). A granulação dos basaltos é freque~ temente tão fina que não pode ser observadaoorn
lupa, requerendo o emprego de microscópio para
o estudo de sua composição mineralÓgica.
V.ia.bâ..t..io - rocha intrusiva, formada
próxima i superficie, de co~posição mineralÕgi
ca semelhante aos basaltos tendo, porêm, gran~
lação mais grossa; normalmente formam corpos -
magmáticos dos tipos "sill" e dique.
A diferenciação entre basalto. e diahã
sio e difícil por simples observação macroscõ-
21
pica. devendo •er feita com auxilio nao apenas
do microscópio petrogrâfico como também das re
laçÕes de campo. Quando hâ dÚvida se uma rocha
e basalto ou diabãsio o termo genêrico usado
para designá-la é magmatito básico, que englo
ba os dois tipos. Por alteração, ambas as ro
chas dão origem a solos com coloração averme
lhada, muito comuns em grandes âreas do Estado
de são J?aulo.
2. CARACTERlSTICAS A SEREM OBSERVADAS NAS AMOS ,-RAS
A. Co~ - a cor da rocha depende das cores
dos minerais que a compÕem; segundo esse
critério, a rocha pode ser:
1. melanoc.~ã~~c.a ou e~c.UAa - quando con
tém mais de .60% de minerais escuros;
2. me~oc.~ã;t~c.a ou ~n.teJt.med~ãJt..i.a - quando
contém entre 30% a 60% de minerais es
curos;
3. le.uc.oc.JLâüc.a ou c.!aJr.a - menos de 30%
de minerais escuros.
8. E.h :tJtu.tuJLa.
f o aspecto macroscÕpico apresentado
pela rocha, relacionado com sua ginese e com
fenômenos di~·âmicos in ternos e externos da cros
ta terrestre.
1. ve.6Zc.ula~ - cavidades formadas duran-
22
te a solidificação;
2. amZgdaia~ - cavidades que foram pree~
chidas posteriormente a solidificação
das rochas.
3. d~acla~eJ ou jun~aJ fraturas gera.!_
mente decorrentes da contração por res
friameato durante a solidificação ou
por esfcrços que atuam na crosta ter
restre; a sua observação geralmente e possível de se fazer apenas no campo.
C. T ex.~u.Jt.a
É a organização interna da rocha, re
ferente ao arranjo, tamanho e forma das partí
culas que a constituem.
Nas amostras a serem analisadas nessa
prática, algumas das seguintes texturas pode
rao ser observadas:
1. quan~o ã c~~~al~n~dade
a. vl~e~ - quaudo a rocha nao apre-
senta minerais, mas apenas mate-
rial amorfo (vÍtreo);
b. c~~~al~na - quando a rocha é com
pletamente formada por minerais;
c. vZ~ea.-c~~J~al.{.na - quando aprese~
ta minerais e material vítreo.
2. quan~o ao ~amanho doJ m~ne~a~J
a. a6anZ~~ca - quando a rocha e forma
23
da por minerais não visíveis (mes
mo com auxílio de lupa).
b. 6an~4Zt~ca - quando a rocha e for
mada pvr minerais visíveis. Existem
os seguintes tipos de rochas fanerí
ticas:
6ane4lZica equig4anula4 - quando t~
dos os minerais são de tamanhos mais
ou menos iguais;
6an~4Z~ca ~nequ~g~anula~ quando
os minerais são de tamanhos varia
dos. O termo fanerítica-porfiríti
ca e empregado apenas alguns mine
rais tem tamanho maior que os ou
tros co~ponentes da rocha.
O. ~en~~dade - de uma maneira geral, as ro
chas melanocrãticas a-presentam d_ens:..dade
maior do que a~ leucocrãticas; quanto i textura as rochas afaníticas apresentam
densidade maior do que as faneríticas cor
respondentes.
E.- Compo~~çio m~n~4al5g~ca
a. deverã ser indicado o numero de espe
cies minerais aparentes nas amostras,
util1zando lupa, se necessário;
b. verificar a possibilidade de .reconhe
cimento de algumas espêcies minerais,
24
tais como: mica, feldspato e quartzo;
c. dos minerais visíveis, citar: côr,bri
lho, clivagem e possível fratura, se
gundo o que foi v~sto na prãtica de
minerais, quando tais observaçÕes fo
rem possíveis.
3. ClASSIFICAÇ~O
A. Quanzo ã genê~e
1. -i..n:tJr.'(-6-i..vo.. ou plu.:tân-i..ca - rocha forma
da em profundidade, portanto com pos
sibilidade de apresentar minerais bem
desenvolvidos, como acontece com os
granitos. Existe o caso particular de
rochas intrusivas que se formaram pr~
ximas ã superfície, on~e o resfriamen
to e rápido, gerando minerais de di-
_mensões menores' como e o caso dos dia
bãsios.
2. ex.:t4u.6~va ou vulcân-i..ca - rocha que se
formou por re~friamento ripido na su
perfície da Terra, nao apresentando
possibilidade de formação de minerais
bem desenvolvidos, como exemplo, cit~
mos os basaltQS. Nesse tipo de rocha,
podem ocorrer vesículas.
B. Quan.:to a p4e.6 enç.a de qua4.:tzo na compo~-i..·
ç.ao
1. aupe4-.6a.:tu4ado.. quando a rocha apre-
25
senta quart•o na composiçio •
. 2. ~ach~ in~a~u~ada - quando não apresen
ta quartzo na composição.
c. Q.u.a.n.ta a.o tipo de. netd~pa.ta
A determinação do tipo e das propor
çoes dos feldspatos que ocorrem em uma rocha é de grande importincia para a sua classificaçi~
Deste modo, as rochas Ígneas podem ser dividi
das em:
1. atca.ein~ - quan~o os feldspatos po
tã~sicos (ortoclâsio K20.A!2
o3
.6sio 2)
e sÕdicos (albita Na 20At2
o3
.6Si02
) e
também os intercrescimentos entre e
les • ocorrem em maior proporção qu_e os
alcali-câlcicos (misturas de albita
Na20.A!2o3
.6sio 2 e anortita CaO.A!2o 3•
2Si02). Os feldspatos alcali-c~lcicos
são chamados de plagioclâsios.
2. monzon~.tica~ - quando a quantidade de
feldspato alcalino ê aproximadamente
igual a de plagioclâsio.
3. a!c~-câ!c~c~ - quando a proporçao
de plagioclâsio e maior que a do fel
dspatos alcalinos.
A determinaçio do tipo de feldspato
normalmente ê feita com o auxílio de lâminas
petrogrâficas.
26
4. ROCHAS !GNEAS NAIS COMUMENTE EMPREGADAS NA ENGENHARIA CIVIL
G~anl~o~ - utilizados geralmente como
brita, lajes polidas, blocos, etc.Possuem gra~
de resistência a esforços compressivos, chegan
do a suportar 2.700 kg/cm2
. Em granitos de uma
mesma espicie., a resistência aumenta com a di
minuição do tamanho dos minerais.
B~a.l.~o-6 e. dlabâ.~lo~- utilizados priE_
cipalmente como brita; são empregados, secund~
riamente, em ornamentação. Os diabãsios de tex
tura grossa, quando polidos, apresentam um as
pecto original devido ã disposição dos cristais
de feldspato. Sua resistência a compressão e 2
da ordem de 1.900 kg/cm •
As rochas em geral, quando utilizadas
como material de construção, necessitam de um
exame privio detalhado, principalmente no que
diz respeito a fenômenos de alteração, que mui
tas.vezes são perceptÍveis somente ao microsc~
pio. Um determinado mineral, mesmo fracamente
alterado, pode mudar completamente os valores
de•resistência de uma rocha.
""" ~i
AI d I I I uno• I O OI coxa n • A - Observações a serem feitas nos amostras de rochas laneos:
OBSERVAÇÕES AMOSTRA ~AMOST~A N2. AMOSTRA N'i! AMOSTRA N2
Cor
Estrutura&
"-\)~ ..... Quanto à crlstolinidade 1-·
"~.:-+- Quanto (](] tamanho dos orõos
Cor : : I : I I I : I I I 1 I I I I I I
~ Brilho I ! I : I : ~ l I I ~ I I I _L_ ~ ! I I I : I l I I I I ~ Clivagem I I L I I I I I I
I I ~ I I I : : I ! I
~ Possíveis de ldon tlflcocõo I __ L I I I I
Src Quanto à gênese
~(! Quanto à presença de Quartzo rf} --bf Quanto ao Feldspato
Racho mais provável --Obs: Os esquemas ilustrativos deverão ser feitos no verso.
ANEXO 2.a
N 1.0
B- Esquema das felç~s caracteristloas apresentados pelas a mastros·
AMOSTRA N~•
.
AMOSTRA N'l r
•
ANEXO 2.b:
AMOSTRA N~r
AMOSTRA N!!r
ROCHAS SEDIMENTARES
1. INTRODUÇÃO
são denominados sedimen~os as deposi
çoes de materiais rasultantes da decomposição,
desagregação e retrabalhamentos de quaisquer r~
chas pré-existentes. Tais sedimentos podem ser
de dois tipos: clasticos,quando resultantes de
uma deposição mecânica, e qu!micos cu bioquími
cos quando provenientes de· precipitação de so
luçÕes. Todavia, quase todos os sedimentos a-
presentam esses dois tipos misturados
ferentes proporçÕes.
em di-
A rocha sedimentar e o estâgio final
de um conjunto de processos_, a saber: (1) In
temperismo da (s} rocha (s) ge~adora (s); (2)
Transpo~te do material intemperizado, que na
maioria das vezes ocorre em ambientes aquosos,
mas que ~ode ser tambim por vento ou gelo~ (3)
Deposição, que e a acumulação do material in
temperizado em locais favoriveis e (4) iitifi-
cação, que· corresponde a uma s;rie de process~ o
de compactação e cimentação, através dos quais
o sedimento original inconsolidado se transfor
ma num agregado mais coerente.
Hâ, todavia, rochas sedimentares for
madas por precipitação de material em solução,
por atividade de organismos e mesmo algumas sem
que ocorra transporte e deposição (geradas no
30
prÕprio local de intemperização).
2. CARACTER!STICAS A SEREM OBSERVADAS NAS AMOS TRAS
A. CoJL
A cor de uma rocha sedimentar depende
não somente· do tamanho das partÍculaS que a co~
pÕem como também da pigmentação dessas partíc~
las.
Com relação ao tamanho e de uma forma
geral, em rochas de mesma composição mineralÕ
gica, quanto maiores as partículas componentes,
mais clara é a rocha e, vice-versa.
Em rochas sedimentares clâsticas, a
cor se relaciona a oxidação de Íons de ferro
(caso existam) e a presença ou não de carbono
ou reslduos carbonosos. Assim, quando ~i baixa
oxidação dos Íons de Fe, a cor varia do azul
ao verde; quando ~ aita a oxidação, ~la ~ode
ser amarelo, laranja, castanho ou vermelho.
quando originada concomi-
tantemente ã formação da rocha.
a. E~ZILuZulL~ m~c~ç~ - caracteriza-se
pela homogeneidade aparente apre
sentada por certas rochas.
b. E~Z1L~Z~6~c~ç.ão pl~no-p~IL~lel~ - as
31
rochas sed~mentares, em geral, se apr~
sentam em camadas ou estratos s~perpo~
tos,horizontais; cada estrato represe~
ta condiçÕes de deposição mais ou me
nos constantes. (Fig. 1).
Fig. 1
c. E~~aZi6~cação c~uzada - po~em aprese~
tar estratos cruzados, devido ã deposi
çao dos sedimento~ em ambiente de âgua
corrente (deltas ou borda de bacias de
sedimentação), ou pelo vento, como no
caso das dunas. (Fig. 2).
Fig. 2
d. M~c~ de. onda~ - num ambiente de sedi
mentaçao, as oscilaçÕes na massa de ãgua provocam tipos espéciais de estru
turas nas rochas resultantes, como mos
tra a Fig. 3.
Fig. 3
32
2. Secundâ~a - ê aquela que se origina
apÕs a formação da rocha; citamos, c~
mo maii importantes: falhas, diacla-
ses~ dobras. e concreçÕes, todas elas
raramente possíveis de serem observa
_ das em amostras pequenas.
C. Tex~u4d
No caso das rochas sedimentares, estâ
intimamente ligada ã natureza do sedimento, po ~ -
dendo ser:
1. Ctâ~~~ca ou S4agmenzã~~a - é a textu
ra apresentada pelas rochas sediment~
res de origem mecânica, formadas por
acumulação de fragmentos de rochas ou
minerais. Essa textura é-bem visível,
portanto fàcilmentê identificável em
brechas sedimentares,
em tilitos. É também.
conglomerados e
identificável em
arenitos e siltitos, ainda com relati
va facilidade. Nos argilitos, que ta~
bêm têm origem mecânica e portanto são
elásticos, essa textura e dificilmen
te identificável, mesmo ao microsc~
pio, devido ao pequeníssimo tamanho -
das particulas (menores que 0,004mm).
2. Não ctã~~ca - são os aspectos apre
sentados pelas rochas sedimentares de
origens química e orgânica. Assim, as
33
organ~genas apresentam, frequentemen-
te, fragmentos de organismos, macro
ou microsc~picos. Todavia, as de ori
gem quÍmica mostram grãos minerais
justapostos ou imbricados, formados
por precipitação de soluçÕes.
V. Ven~idade
Em sedimentos inconsolidados, a densi
dade varia de 1,8 a 2,3. Nos arenitos, de 2,0
a 2,5; nos sais, em torno de 4,2 e nos calcã
reos de 2,5 a 2,7.
E. Compo~i~~o
1. Deverã ser indicado o número de mine
rais aparentes nas amostras, caso e
xist~m e com a utilização de lupa, se
necessário. Verificar a possibilidade
~e reconhecimento de algumas espicies
minerais~
2. Indicar as formas dos graos observa-
dos, como por exemp~o: grãos arredon-
dados~ angulosos, quebrados,
dos, achatados.
alonga-
Observar a granulometria de maneira
preliminar para poder distinguir: con
glomerados, brecha sedimentar, aren~
to, siltito e argilito.
3. Caso seja possível,ident~ficar as paE
34
ticulas de minerais ou de ~ochas que
entram na composição da rocha sedimen
tar analisada.
4~ Observar se aparece matiria orginica
como: fragmentos de conchas,restos de
plantas, etc.
F. C~men~o
O material que une as particulai sedi
mentares, da~do coesão ã rocha,constitui o seu
cimento. As substincias m~is frequentemente eri
centradas como cimento, sao:
argilas
calcário
alumino-silicatos hidratados
(carbonatos)-calcita (Caco 3);
dolomita CaMg (co3
) 2
hidr~xidos Fe(OH) 2 .nH 2 D; 5xidos de ferro
Fe2o
3.nH
2o
sílica --(Si0 2 )
anidrita -(caso 4 )
Para verificar se o cimento ê calcâ
rió, basta pingar algumas gotas de ãcido so
bre a rocha, e notar se hâ desprendimento de
Para reconhecer a presença de argila
(ou mesmo verificar se a rocha ê um argilito),
basta umidecer a amostra com um pouco de agua
e notar s~ exala cheiro tipico de "pote molha
do". Tal teste, somente aplicaremos ãs rochas
sedimentares por ser bast~nte grosseiro e for
necer resultados positivos para qualquer outro
tipo de rocha quando alterada.
3. CLASSIFICAÇ~O
Quanto ã origem as rochas sedimenta
res podem ser classificadas em: mecânicas, or
gânicas e quÍmicas.
A. Mec.ân..i.c.a~
1. Rudâc.ea~ - como exemplo citamos os congl~
merados) nos quais predominam partículas
maiores que 2mm (Fig. 4).
Fig. 4
2. A4eno~a~ - como os arenitos, onde predomi
nam partículas entre 2mm e 0,062mm(Fig.5).
Fig. 5
3. SL!~o~a~ -como os siltitos, onde predomi
nam partículas entre 0,062 - 0,004mm.
36-
4. AJr.g.i.l.o~a.~- como os argilitos e os f~
lhelhos, formados por partlculas meno
res que 0,004 mm.
8. Oll.gâ.n.i.c.a.~
1. Ca.l.c.âll..i.a.~ - coquinas, corais e traver
tinos.
2. S.i.l..i.c.o~~ - diatomitas e alguns sílex.
3. Ca.ILbono~a.~ - turfas, carvÕes e falhe
lhos oleosos.
4. Fo~6a.~a.da.~ - fosforita e guano.
C. Q.u.lm.i.c.a.~
1. Ca.l.c.â.Jr..i.a.~ - calcita, dolomita e esta
lactites.
2. FeiLILugino~~~ - alguns minérios de fer
ro em camadas.
3. S.i.l..i.c.o~a.~ - alguns sllex e geiserita.
4. Sa.l..i.n~ - nas formas de: cloretos (h~
liia e silvita); de ·sulfatos (gipso,
barita e anidrita); de nitratos ("ca
.liche" NaN03
) e boratos (b~rax).
4. ROCHAS SEDIMENTARES MAIS COMUMENTE EMPREGADAS NA ENGENHARIA CIVIL
As rochas sedimentares têm importân
cia econÔmica insofismâvel, pois nelas é encon
trada parcela considerável da riquez~ mine
ral.existente, a saber: carvão, petróleo, gâs
37
natural, combustíveis nucleares, muitos minê-
rios metalicos e, mais particularmente, ma tê-
rias primas essenciais ã industria·de constru
çao, como pedras de revestimento, areia, casca
lho, argila, etc. Devemos ressaltar também que
as _maiores reservas de agua subterrânea,possí~
veis de serem aproveitadas, são encontradas em
rochas sedimentares.
Podemos considerar, para fins de apli
caçao, duas classes de rochas sedimentares: a
rocha em si, como material coerente, e o sedi -
mento formador destas rochas. No primeiro caso
usaríamos o termo Sedimentito (para conglomer~
do; are~ito, siltito e argilito) e Scdimentop~
ra o material incoerente (como cascalho,areia,
silte e argila).
a. Coe~en~e~ ou Sedlmen~~~o~
A~en~~o - rocha formada por grãos de
quartzo cimentados por um material qualquer(sf
lica~ ca~bonato, 6xidos de f~rro, etc). Os ar~
nitos que possuem cimento silicoso apresentam
grande resistência ã abrasão e ao ataque quími
co, sendo normalmente utilizado. em pisos ( na
forma de lajes ou blocos) e em revestimento de
fachadas. Somente na regiao de são Carlos, e
xistem cerca de 30 pedreiras de Arenito Botuc~
tu silicificado em exploração, cujo material -
extraÍdo e empregado na maior parte, em. calça
mento (lajes, "petit pave", ou em blocos).
38
A~9~l~z~~ e 4~!~~~~ ~ sao empregados
também no calçamento, como ê o caso do "Varvi
to de Iti" (rocha estratificada, com alternin
cia de sílte e argila), sendo fácil a obtenção
de lajes segundo os plan.os de estratificação.
Calcã~~o~ 4ed~men~a~e4 - dos vários
tipos que existem, o Travertino·ê de-grande pr~
cura para revestimento de fachadas.Trata-se de
um calcário compacto, contendo inum~ras c:avid~
des, razão pela qual reune ao lado de uma ~ra~
de solidez, grande leveza e aptidão para segu
rar argamassa devido sua textura cel"lar~
G~p4~ia - sulfato de cálcio hidratado
(Caso42H 20), rocha de origem quÍmica formadape
la precipitação de sulfato de cálcio. ~ usado
na forma de g~sso (Caso 4 . 1/2 H2o, sulfato h~
roi-hidratado) em construção,principalmente em
serviços de estuque. Tem grande emprego na fa
bricação de cimento Portland.
b. Incoe~en~e~ ou Sed~mento4
Torna-se quase desnecessário discor
rer sobre a aplicação destes sedimentos na En
genharia C~vil, tal o volume e frequincia com -que sao utilizados; basta citar o consumo nos
-Estados Unidos em 1967,que foi de. aproximada
mente. 905.000.000 toneladas.
Ca.6ca.lho - encontrado e extraÍdo pri~
cipalmente dos leitos dos rios ou de depÕsitos
39
deixados por eles,devido. a mudança de po~içib
que frequentemente ocorrem em seus cursos.-
~e~~ - as mais empregadas sio aque-
las que fazem ~arte de dep;sitos e;licos ou as
retira_das de leitos de rios. As areias de praia
contêm certo teor em sal, ~ator que limita o
seu emprego em cons truçao_.
· A4g~!~~ - quanto ã sua genese, podem
ser consideradas de dois tipos: primárias, fo~
madas "in situ" pela decompo.sição química,pri~
cipalmente de· feldspato; secundãrias, aq·.uelas
que depois de formadas são transport~das geral
mente pela ãgua. para um local qual~ue~ vindo
a formar um dep;sito sedimentar. As argilas s~
cundãrias são frequentemente coloridas por Õxi
dos de ferro e apresentam maior plasticidade
que as outras.
40
Aluno• n9r ________ dota• I I' caixa n2r ____ _ A - Observações o serem feitos nos amostras de rochas sedimentares r
OBSERVAÇÕES AMOSTRA NC2 AMOSTRA Nll AMOSTRA Nll AMOSTRA N!! o
Cor
Estruturas
Textura
Fragmentas Formas o e I ou '4 ~ Minerais Minerais possfveis de ldenlificoção Ul o a..
Matéria orgõnica :I: o o
Cimento
Classificoçao f--
Oba. r O• esquemas llue!ratlvoa deverc5o ser feitos no ver1o
ANEXO 3.él
ANEXO 3.b
8- Esquema dos felçlles corocterfstlcos apresentadas pelas amostras:
AMOSTRA Nilo AMOSTRA N'2•
. AMO~TRA N2' I AMOSTRA N'2•
ROCHAS METAHORFICAS
. 1. INTROOUÇ~O
As rochas metam;rficas sao formadas
pela transformação de rochas prê-existen~espor
açao do calor, da temperatura e de fluÍdos.
Metamorfismo ê um processo de trans
f~:maçio que afeta tanto a comp~siçio minera
lÓgica, a estrutura, como a textura das rochas ' Ígneas, sedimentares e mesmo metamÓrficas. As
condiçÕes fÍsicas e quÍmicas em que tais trans ~
formaçÕes acontecem são diferentes tanto daqu~
las em que a rocha original se formou,como das
exist~ntes na sup~rfÍcie terrestre. As trans
formaçÕes em altas temperaturas, que provocam
fusÕes totais ou parciais das rochas, nao sao
admitidas como processo de metamorfismo.
Assim, podemos considerar as rochas
metamÕr(icas como o produto de transfqrmaçÕes
de rochas prê-existentes, em condiçÕes fÍsico
quÍmicas intermediárias em relação ãs que dão
origem ãs rochas Ígneas e sedimentares. Como
con;equência, há muitas rochas metamÕrficasque
apresentam características ou de sedimentares
ou de Ígneas, sendo mais difícil o seu reconhe
cimento e sua classificação numa análise exclti
sivamente macroscópica.
Basicamente~ ~ois sao os processos
principais de metamorfismo possív~is de serem
distinguidos: deslocamento mecânico e recrista
lização quÍmica. Quase todas as rochas metamÕr
ficas evidenciam a influência conjunta desses
dois processos, sendo que as diferenças entre
tais rochas residem na maior intensidade de a
tuaçao de um ou outro processo.
. Depende.ndo das condi~Ões (físicas e/
ou quÍmicas) predominantes, admitimos a exis
tência de quatro tipos de processos de metamo~
fismo: cataclãstico, termal, dinamotermal e pl~
tônico.
o mezamo~6i~mo caZactáJzico provoca -
fraturamento nas rochas devido a ação predomi
nante de pressÕes dirigidas (deslocamento mecâ
nico). Evidentemente, ha uma variação razoãvel
na dimensão dos fragmentos resultantes, de a
cordo com a intensidade de metamorfismo atuan-
te.
No me~amo~6l~mo ~e~mat~ em que hã pr~
dominância de temperaturas elevadas, ocorre a
transformação de rochas encaixantes na parte
pr~xima ao contacto com a rocha Ígnea intrusi
và' (magma), que propicia alteraçÕes na compo
siç-ão da rocha encaixant:e. Neste tipo de meta
morfismo, são mais acentuados os fenômenos de
recristalização.
No mezamo~ál~mo dlnamotefrmat, em que
predominam pressao dirigida e temperatura ele-
44
vada (dois fatores condicionantes de grandesm~
dificaçÕes nas rochas), formam~se novas estru
turas e novos minerais. ·acorre principalmente,
nas regiÕes de dobramento e formação de monta
nhas.
No me~amo46~~mo plutôn~eo, em que pr~
são hidrostãtica e alta temperatura sao predo
minantes, as rochas tornam-se plãsticas e- hã
numerosas mudanças mineralógicas. Os minerais
formados nessas condiçÕes de pressão e temper~
tura apresentam alto peso especifico e formas
equidimensionais; como exemplo, temos alguns
minerais do grupo das granadas, com peso espe
cifico ao redor de 4,0 e formas cristalinas do
sistema cÚbico.
As variedades de rochas metamÓrficas
mais frequentes se enquadram nos tipos de meta
morfismo dinamotermal e plut;nico~
2. CARACTER!STICAS A SEREM OBSERVADAS NAS AHOS TRAS
Alem da possibilidade de apresentarem
fraturas (normalmente observãveis em afloramen
tos), essas rochas podem mostrar as seguintes
estruturas:
1. x~~~o~a (xistosidade) - e caracteriza
da por uma foliação resultante do de-
45
c
senv~lvimento mais ou menos paralelo
e contínuo de minerais micâceos, alon
gados .ou prismâticoS.(Fig. 6).
Fig. 6
2. Gn~~ica - ê a denominação ~
dada a
foliaçãoCou xistosidad~ descontlnua
de uma rocha metamÓrfica de granula
çao maior, que contêm quartzo,feldsp~
to e minerais micâceos orientados
(gnaisse). Nela hâ como que faixas de
minerais planares orientados separa~
dos por minerais não orientados(Fig.n
Tig. 7
Estrutura semelhante, denõminada ban
deada, pode ocorrer em rochas metamÕE
ficas compostas exclusivamente po~
quartzo e pequena porcentagem de mine
rais micâceos (quartzitos).
46
3. G~anutada - poucos minerais lamelares
ou alongados, e muito maior porcenta
gem de minerais granulares (Fig. 8).
Fi&• 8
4. Ca~act~4~ca - caracterizada por fra~
mentes angulosos de rócha original,ci
mentados por massa fina do mesmo mate
rial (Fig. 9). Quando o processo meta
mÕrfico é muito intenso, hâ uma redu
çao a fragmentos muito finos, dando~
rigem ao "milonito",rocha dura, com
granulação microscópica.
Fig. 9
B. Tex~u~a
1. G~anobt~4~~ca - quando os graos se a
presentam mais ou menos equidimensio
nais. sendo comum em rochas granula
das.
47
2. Lepidob!ã~~ica - e caracterizada por
minerais placÕides. em arranjos mais
ou menos paralelos.
3. PoJtS.i.Jtob!éi.t..Uca - quando há. cristais
maiores que se sobressaem numa matriz
mais fina.
Observação: Estas texturas nao se aplicam as
rochas resultantes do metamorfismo cataclás
ti co.
1. Deverá ser indicado o numero de mine
rais poss!veis de serem observadosnas
amostras.
2. Observar a forma dos minerais.
3. Verificar a possibilidade de reconhe
cimento de alguns espécies minerais
mais comuns.
3. CLASSIFICAÇ~O
1. Cataclasitos
2. Milonitos
B. Roc.ha..t. de me~amoJt-6-i..t.mo ~e11.ma.!
1. Bornfels
2. Mármores
3. Quartzitos
48
e. Roc.ha.~ de m e:ta.moJt 6-ú, mo d-i..na.mo:teJtma..t
l. ArdÕsia
2 • Fi li tos
3. .Xis tos
4. Gnaisses
v. Ro c. h a.~ de me:ta.moJt6-i..~mo p.tu:tôn-i.c.o
1. Granulitos
2. Charnockitos
3. Éclogitos o
Chamamos a atenção para o fato de que
podem ser encontrados termos de transição en
tre rochas metamÕrficas tfpicas e rochas ~neas
ou sedimentares,conforme a intensidade dos pr~
cessos metamÕrficos que estas tenham sofrido.
Por·outro lado, encontram-se também termos de
transição entre um grupo e outro- de rochas me-
tamÕrficas como, por exemplo: entre micaxistos
e filitos; entre filitos e ardÓsias.
4. ROCHAS METAMORFICAS NAIS COMUMENTE EMPREGA.DAS NA ENGENHARIA
~ uma das rochas mais comumente utili
zadas em construção com largo emprego em pavi
mentação, na forma de paraleleprpedos ou mesmo
sub-base de rodovias;ê usada também como base
em leitos de ferrovias.
~ frequentemente utiliiada como pedra
b~itada, quando o teor em mica i baixo. Aceita
polimento, permitindo obtenção de material de
fino acabamento, usado em revestimentos, gera~
mente na forma de lajes.
8. Qu.a.}[.~z.i.:to.&
Muito utilizados em lajes, _aparelha
das manualmente ou serradas, tanto em fachadas
como em·pisos, polidos ou não. O uso para tais
fins tem sido muito grande, não s6 pel~ beleza
que apresentam como também pela extraordinãria
resistência aos desgastes fÍsico e quÍmico.
Largo uso tem-se feito ultimamente de
um quartzito micâceo proveniente de Minas Ge
rais~ chamado Itacolomito; permite a obtenção
de placas muito finas (centimêtricas) e muito
regulares; comercialmente, i conhecida como
"Pedra Mineira".
f de conhecimento geral a utilização
dos mais variados tipos de marmores, tanto em
revestimentos interiores e exteriores, quanto
em pisos e ornamento. Deve-se considerar que
os mirmores coloridos e sulcados de veias, ge
ralmente- não dão pavimentos duriveis e econo
micos, princicpalmente quando expostos ao tempo;
apresentam melhores resultados quando aplica
dos em revestimento de paredes. Para uso em Pi ~- sos~ deve-se escolher um tipo de marmore que
tenha granúlação fina e compacta._
50
Aluno: n2•~------dotQ• I I A- Obscrvocões o serem feitos nos omostros de rochas metomórf i c os·
colxo n!1• ___ _
.. OBSERVAÇOES AMOSTRA N2 AMOSTRA N9 AMOSTRA N2 AMOSTRA N'i'
Estruturas
Texturot
.li! FormCI e .. = ::1: ldentificodoa
f-·
Clossificoçõo
Rocha mola prov6vel
Obs: Os esquemas ilustrativo• de vertia ser feitO& no ver1o
ANEXO 4.a
.. ~ o E
o .. o a; C
L
.. o .., o c ., .. :!! "' o
~ o E
8 :l LLI I
m I I -()o
z ~
a: t; o :::;: ~
-OI
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1-
(f)
o ::::;: ~
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a: t; o ~
. (
-·.
.
-.,. z ~ •
a: 1
-
~
~
52
INSTRUMENTOS DE MEDIDA UTILIZADOS EM GEOLOGIA DE CAMPO
1. INTRODUÇÃO
-Em trabalhos de geologia de campo sao
necessãrios vãrios instrumentos de medida, co
mo: bússola, clinômetro, aítímetro,trena, pra~
cheta, teodolito e nÍvel. Como alguns deles
são instrumentos comuns em levanta~entos topo
grãficos, vamos nos preocupar apenas com bÚsso
la, clinômetro e altÍmetro.
2. BOSSOLA
A. lntJtodu.ç.ão
A bÚssola com clinômetro conjugado
constitue-se no instrument~ mais importante p~
ra geologia de campo. Existem vãrios tipos de
bÚssolas sendo o tipo Brunton mais usado pelo
geÕlogo.
A bÚssola ê um aparelho que permite
determinar a direção do meridiano magnético
que passa por um determinado local e,tarnbêm, o
ângulo entre uma direção horizontal qualquer e
a direção do merid~ano magnético. Esse ângulo
chama-se azimute da direção considerada e por
convenção ê contado a partir do norte.
Em essencia, consiste a bússola de uma
agulha imantada, suspensa em seu ponto medi o
53
por um eixo ponteagudo (pivot) vertical, que
lhe di liberdade de movimento segundo o plano
horizontal. Em virtude desta liberdade de mo
vimento a agulh-a imantada orienta-s-e na -dire
ção N-S solicitada pelo campo magnético terres
tre, cujas linhas 'de força tem, como s-e sa
be, a direção norte-sul ou direção dos meridia
nos magnéticos.
A agulha magnetica e protegida por um
estojo construÍdo de material antimagnético no
fundo do qual se encontra gravada a escala gr~
duada (circular)dividida em graus sexagésimais.
A escala circular apresenta dois he
misférios: o sul e o norte. O hemisfério sul ê
dividido em dois _quadrantes: o sudest~- e o s~
duoeste; o hemisfério norte também e dividido
em dois quadrantes: o nordeste e o noroeste.
Os quatro pontos cardeais estao repr~
sentados por letras N. S, L e ó inseridas no
estojo. Como as bÚssolas que utilizaremos sao
de procedência estrangeira, as iniciais corres
pondentes a Leste e a Oeste são respectivamen
te E e ll.
A linha que passa pelos pontos N e S
do estojo chama-se "linha de fé".Esta linha de
ve ficar sempre paralela ã direção cujo ângulo
horizontal em relação ao norte desejamos medir.
Quando a "linha de fê" esti na direção do mer!
diano magnético, a agulha coincidiri com a "li
54
nha de fé" da bÚssola.
Para um perfeito funcionam·ento,as bÚ~
solas devem satisfazer as seguintes ~ondiç~es
mÍnimas: menor atrito possível entre o eixo e
agulha; os elementos susten·tator_es da agulha d.=
vem ser antimagneticos; a agulha, na hora dame
dida, deve estar n~ posiçio horizonial; a agu
lha deve ser atraÍda facilmente por um elemen
to magnético colocado próximo a ela; quando a
agulha for deslocada de sua posiçio de equilÍ
brio deveri oscilar bastante ati atingir nova
mente sua posição inicial.
Hi dois tipos de numeraçao de escalas
de bÚssolas de geÓlogo: a numeraçao Internacio
nal e a numeração em quadrante. A primeira vai
de 0° a 360°, partindo do norte no sentido an
ti-horário. A segunda, numeração em quadrante,
tem duas origens;uma coincidente com o. norte
da escala, outra com o sul; a numeraçao vai de
0° a 90° para E e para W.
A bÚssolaJcomo ji dissemos,mede o in
gulo horizontal (azimute) entre uma linha-hori
zontal qualquer e o m~ridiano magnético do lo
cal. A linha considerada te'm uma direçio e dois
rumos. Suponhamos que a direçio da linha seja
N40óW, entao os rumos serão: 40°NW e 40°SE :lei
tura na numeraçio Brunton). Na bÚssola de nuwe
ração Brunton tomam-se sempre as leitu1as da
direçio em relação ao norte, -nao importando
55
qu~l a ponta d~ agulha que esti marcando tal
direçio. Assim,a direçio anteriormente aludida
sera-simplesmente N40°W, quer o observador es
teja dirigido para o norte,quer para o sul. I~
to se aplica somente na medida da direçio,pois
quando se trata de rumo devemos indicar
dos dois sentidos tomaremos sobre uma
qual
mes-
ma direçio. Esta mesma direçio, lida na escala
internacional seria 320° (azimute); os rumos
seriam 320° e 140° e deveríamos escolher um ou
outro~de acordo com o sentido do deslocamento.
O observador, ao fazer a leitura dos
rumos ou de ~ireçio, deveri sempre trazer para
si o -hemisfério sul do estojo.
Como observamos-no exemplo anterior,
ao anotarmos uma medida de rumo ou direçio no
caso da numeraçio em quadrante, e necessirio ~
crescentar ao angulo medido o nome do quadran
te em que foi lido, pois o intervalo de 0° a
90° (quadrante) aparece qua~ro vezes na escala.
Exemplos de medidas de direçÕes e ru
mos e suas respectivas anotaçÕes.
1. !J.[Jt.e.ç.õ e.~
Escala Internacional
320° corresponde a
240° corresponde· a
160° corresponde a
70° corresponde a
5.6
Esc.em quadrante
N40°W ou S40E
S60W ou N60E
S20E ou N20W
N70E ou S70°W
OBS:- as direçÕes grifadas seriam as
pois se referem ao Norte.
2. Rumo~
usadas,
As leituras tem que ser feitas na po~
ta norte da agulha.
Escala Internacional
N310 corresponde a
S230 corresponde a
N60 corresponde a
Esc.em quadrante
50N~
sosw 60NE
OBS:- na nu~eração internacional, para maior fa
cilidade, coloca-se a letra N ou S se o angulo
estiver respectivamente no hemisfério Norte ou
Sul.
B. B~~ol« B~unzon
Como se ve na Fig. lO,trata-se de uma
b;sso~a comum com uma tampa provida intername~
te de um espelho dividido longitudinalmente p~
la "linha de fe. Do ~ado oposto ao espelh~ e
xiste uma haste dobrável com uma fenda central
(pÍnula).Encontram-se acoplados a esta bÚssola
um clinômetro e um nível de bolha.Ela possue
também um dispositivo especial de trava,que ~~
sibilita prender a agulha automaticamente qua~
do se fecha a tampa do estojo.O limbo é gradu~
do em graus sexagêsimais e dividido ~m quatro
quadrantes.
Ela apresenta uma particularidade que
e a troca do E pelo W. A letra E deveria se si
tuar ã direita da linha SN e encontra-se a es-
57 ·.
kl
58
querda; ~ mesmo acontece com W que deveria se
situar i esquerda e no entanto esti colocado i direLta da linha SN.
Esia tro~ tem a finalidade de facili
Car as leituras, pois como veremos a seguir,as
medidas sio lidas diret~mente. Para medir uma
determinada direçio giramos o estojo atê que a
~inha de fê" coincida com a direçio desejada.
Ao giramos, por exemplo, o estojo para a direi
ta (leste E) ,como a· agulha esti parada (sua
ponta N dirigida para o polo Norte) descreverá
um "movimento aparente" em·sentido contrário
(para esquerda).Entio~se o E e o W estivessem
na posiçio direta,quando olhássemos o valor do
ingulo no limbo leriamos no quadrante W e pre
cisaríamos efetuar a troca mental para E por~
q~e,como dissemos,nÕs giramos o estojo para a
direi ta.
C. Ve.c .. U.na.ç.ã.o M a.g ne:t.i.ca.
Como vimos, os ângulos· (direçÕes e ru
mos) medidos com as bÚssolas tem como reta ori
gem o meridiano magnético. Mas a direçio deste
meridiano ê variivel no decorrer dos tempos.
Isto implica, com o passar d~s anos, uma perda
do valor das medidas efetuadas com a bÚssola.
Entio, torna-se necessirio relacionaE
mos as medidas magnéticas a uma direçio fixa ~
mutivel que ê o meridiano geogrâfico.Pa!a cada
ponto da superficie terrestre,podemos terumpla-
59
no vertical que passa por este ponto e pelos
polos, plano este absolutamente imutável.
Chama-se declinação magnética o ângu
lo formado pe.lo meridiano magnético e o meri
diano geográfico. Conhecendo-se a declinação -
~agnetica em um local, todas as medidas aí efe
tuadas com a bÚssola deverão ser referidas ao
meridiano geográfico para se tornarem invariá
veis através dos tempos.
A declinação magnética pode ser deter
minada "in loco" (por métodos usados na Topo-
grafia e Geodesia) ou obtida a partir de c ar-
ta isog;nica , que fornece a declinação mag
nética do local onde se está-trabalhando. Em
trabalhos rotineiros de geologia de campo, a
presença desta carta torna-s~ indispensável.
Ela e fornecida pelo ObservatÓrio- NacioHal.
Na bÚssola Bruntons existe um parafu
so lateral através do qual se consegue deslo
car o O do limbo para a direita ou para a es
querda, possibilitando a compensação da decli
nação magnética local. Então,se uma bÚssola es
tiver com a declinação compensada, fornecerias
medidas de direçÕes em relação ao norte verda
deiro. Na impossibilidade de se conhecer a de
clinação local, deverá ser anotada a data em
que foram efetuadas as medidas _tornando assim
possÍvel posterior correção através de cálcu
los.
60
V. Conve~~do de Az~muze~ em Ãnguio4 na E4ca
ia de Quad~ante~
- o o A graduaçao de O a 360 pode ser num
sentido ou no outro. Quando é no sentido anti
horário, e o E e o W encontram-se tror.ados, os
azimutes lidos terão sentido horãrio. f o que
acontece nas bÚssolar de GeÕlogo com escala i~
ternacional (c~m~ por exemplo nas marcas NSN e
Breithaupt).
Através da Fig. 11, apresentamos um~
xemplo explicativo. Quando medimos uma direção,
giramos o estojo até que a linha de fé coinci
da com a direção desejada;nesta operação,se g!
rarmos por exemplo o estojo para a direita(le~
te),a agulha "aparentemente" girarã para a es
querda;sendo a numeraçao dos ângulos no senti
do anti-horârio,conforme giramos o estojo para
a direita,a ponta da agulha perco~re ~ escala
no sentido crescente.
N
Linho de fé coincidente com o
merediano maonético
Fig. 11
61
I I
Vislnio um pon10 A ~alquer
Para converter este ângulo, medido na
escala dividida em quadrante; basta adicionar
mos. as letras NE,pois ele se encontra no qua
drante nordeste (N30°E). Um a~imute de, por e
xemplo 130°, na escala em quadrante passa a ser
S50°E (Fig. 12).
Tun;fonnoção de azimute em QUCJdrante
Fig. 12-
A finde facilitar as transformaç~es,
dá-se sinal (+) aos ângulos medidos no sentido
horário -e (-) aos medidos no sentido anti-hor~
rio. Na figura anterior, os· quadrantes NE e SW
sao positivos e NW e SE são negativos.
Assim,as transformaç~es tornam-se mais _
simples; veremos exemplos nos quatro quadran-' tes.
Para azimutes maiores que 0° e menor~ o que 90 , apenas acrescentamos as iniciais NE,
Ex: N30°E.
62
- o Para azimutes maiores que 90 e meno-
res que 270°, somamos algebricamente (-180°).
Exemplos:
Azimute
130°
210°
180° ~ -50°)
180° - 30°)
Quadrante
S50°E
S30°W
Para azimutes maiores que 270°,somamos
(-360°) e_teremos sempre valores negativos,pois
se situam no quadrante NW. Exempl~s:
Azimute Quadrante
N30°W
OBSERVAÇÃO:- sempre anotamos um ângulo a par
tir de N ou S, nunca a partir de E ou W, o que
ê Õbvio, pois as origens estao em N e S.
E. CLinõm~o de B~~ola
A bÚssola de GeÕlogo além de medir di
reçoes e rumos possibilita, por intermédio de
seu clinômetro,a medida de inclinação de pla
nos (mergulhos).
O clinômetro de bÚssola ê um aparelho
adaptado no interior do estojo da bissola, de~
tinado a medir ângulos verticais, tomando como
origem um plano horizontal. Existem vários ti
pos de clinômetros; veremos,entretanto, apenas
dois, o de nível de bolha e o de (pêndulo),que
comumente se encontran como acessõrios da bus-
6.3
sola de GeÓlogo.
O clinÔmetro de nível de bolha consis
te de uma haste terminada em "T", onde se alo
ja um nível tub~lar. Esta haste, terminada em
ponteiro, gira em torno de um eixo solidârio -
ao estojo da bÚssola, de maneira que o pontei
ro percorre uma escala semi-circular dividida
em graus. Esta escala, por sua vez, e dividi
da em dois quadrantes, que vão de 0° a 90° pa
ra a direita e de 0° a 90° pa~a a esquerda, e~ tando a marca 0° no ponto médio da escala(Fig.
13).
Fig. 13
o -O valor _O corresponde a horizontal e o - - . • portanto 90 correspondera a vert1cal. O ponte~
ro é acionado com o dedo do operador, até que
a bolha fique centrada.
No clinômetro de pêndulo, o ponteiro
e acionado pelo seu prÕprio peso, marcando na
escala o ângulo que desejamos medir (Fig. 14).
f menos preciso que o anterior mas em compens~
çao as medidas são efe~uadas mais rãpidamente.
l'ig. 14
F. M e.dida. de V.i.1Leção e. M e1Lg utho de.. um P la. no
Um plano no espaço pode ser definido
pela sua direção e pelo seu mergulho:
Vi1Leção de um plano ê o valor do âng~
lo horizontal formado entre o norte verdadeiro
e o traço deste plano com um plano horizontal
qualquer.
Me1Lgulho de um plano ê o valor do an
gulo formado pela sua reta de maior declive
com um plano horizontal qualquer.
a.. medida. de. ~.i.Jteção
Para medirmos a direção de um plano,
65
procedemos como o indicado na Fig. 15. Com a
bÚssola na horizontal, aplicamos uma lateral -
da caixa, que seja paralela ã ~'linha de fé", na
superfície do plano; em seguida, lemos o ângu-
lo marcado pela ponta da agulha que estiver no
hemisfério Norte. ,,/ !{riP
Cf;o_ ~<e r()
Fig. 15
Esta leitura, por convençao, e feita
no hemisfério Norte; portanto,quando se mede a
direção, tanto faz ler o ângulo marcado pelas
pontas Norte ou Sul da agulha, desde que se to
me a sua origem em relação ao Norte da "linha
de te". b. medida de ~ncl~naç~o (me~gulho)
O mergulho, como dissemos,é medido na
perpendicular ã direção do plano. Para efetuar
essa medida, colocamos a bÚssola sôbre -o plano,
perpendicularmente ã sua direção (Fig. 16) e,
66
com o dedo, giramos o clinômetro ate que fique
centrada a sua bolha. Em seguida, lemos o an-
gulo de inclinação que estâ marcando o pontei-
ro sobre
tro).
Fig. 16
(escala do clinôme-
Os ângulos OpQ e MrR são iquois
por terem lados respectivamente
perpendiculares
~.
M
Além desta medida, cumpre observarmos
para ond~ o mergulho inclina-se. Isto fazemos
colocando a bÚssola na horizontal com o norte
do estojo voltado para o lado que se dâ o mer
gulho, e em seguida anotamos q~al o quadrante
marcado.pela ponta norte da agulha. Ex: mergu-o .
lho de 15 para o quadrante nordeste; a anota-
çao se faz: 15° NE.
Quando efetuamos medidas de direçÕes
e mergulhos de vârios planos, geralmente dis-
pomos os dados. em colunas, como no exemplo a se
guir:
67
Direção Mergulho
N25°E 5°NW
EW 15°N
N45°W 10°SW
NS 25°E
OBSERVAÇÕES:
a. Direção no quadrante NE, o mergulho
sõ pode!â ser NW ou SE e nunca para NE ou SW.
b. Direção EW,o mergulho sõ poderâ ser
para N ou S e nunca para E ou W.
c. Direção no quadrante NW, o mergulho
poderâ ser ou para NE ou SW e nunca para NW
ou SE.
d. Direção NS,o mergulho sõ poderâ ser
para E ou para W.
3. Ctinôme~4o de Abney
Neste aparelho estão conjugados
vel e clinômetro simultâneamente(Fig. 17).Po~
sue um visor de secção quadrada,terminado por
dois campos visuais, sendo que no primeiro ve
mos, por inteim;dio de um espelbo~ a bolha de
nÍvel e no outro,o objeto cujo ângulo da visa
da desejamos medir. No momento em que o obje
to estã sendo visado, giramos o nível até a
centralização da bolha. Feito isso,retiramos
o aparelho dos olhos e lemos diretamente o va
ior do ângulo vertical (inclinação) num lim
bo circular provido de nônio.
68
Limbo
Clinômetro ( Abney)
Fig. 17 .
Esse clin~metro tem grande aplicaçio
em geologia de campo,sendo usado principalmen
te para medidas ·de inclinaçÕes de terraços de
erosão ou de deposiçio, espessuras de camadas
e tambêm.como nrvel na execuçio de perfrs.
4. A.l-t1..me-ttr.ot. c
sio instrumentos destinados a medidas
de cotas, baseados na variaçio da pressio at
mosférica.
A pressao atmosférica pode ser medida
atravês de barômetros de cuba (mercúrio) e a-•.
6.9
ner~ides. Estes ;ltimos- sao os mais utilizados
em geologia por serem leves e portáteis.
Os aner~ides sio constitu!d~s basica
mente de uma caixa metálica, hermeticamente f~
chada, onde ê feito vâcuo. Uma das faces ê bem
flexível e sofre movimentos de acordo com as
variaçÕes da pressio atmosférica. Esses movi
mentos sio amplificados por um sistema mecâni
co e transmitidos a um ponteiro que percorre
um mostrador graduado.
O tipo de aner~i.de mui to usado em
geologia é o "Pauling", que fornece medidas de
cotas (Fig. 18). ·Neste altÍmetro, os movimen
tos da caixa metálica sio transmitidos a um
pon-t-eiro d-e pequeno curso, que se move para di
~eita ou esquerda dependendo do aumento ou da
diminuiçio da pressio.
As cotas, entretant6, sao lidas em
um mostrador que ê percorrido por um outro po!!__
· teiro, solidário a uma maçaneta. Esta exerce
uma pressio regulâvel sobre a caixa metâlica,
permitindo equilibrar manualmente a pressao em
um determinado ponto. Na operaçio de restabele
cimento de equil!brio,a maçaneta gira o pontei
ro solidário a ela num sentido ou no outro, i!!_
dicando sobre o mostrador o numero de metros
correspondente a variaçao da pressao atmosfêri
ca.
70
Cl)
o
-.
Q
~ -Q
• ~ I
~
Q
l :a
~
"i;'
~~
1:! ...... ~
-~~ Q
.-S;! ....
_g ~E
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Cio~
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~
•.......;
1-
__. <t:
~ .. E
Q
~ ~
c -CI
i .:
<> l
~
:c:
71
SÔbre a maçaneta existe um disposi
tivo que permite ajustar o ponteiro livremen
te no valor de uma determinada cota sem,cónt~
do;modificar a pressao que estã sendo exerci
da sôbre a caixa metálica.
As leituras tem que ser tomadas na
horizontal e para isso existe,fixado no altÍ
metro,um nível de bolha esférico.
•
c
c
72
MAPAS E PERFIS TOPOGR~FICOS
são aqueles que exprimem a forma, di
mensoes e a distribuição das feiçõ.es morfolôgi
cas da superfrcie terrestre. Um mapa topogrãfi
co ê portanto um desenho reduzido dos caractê-
res acima mencionados, onde ainda se incluem
as principais modificaçÕes introduzidas
homem (cidades, estradas, barragens, etc.).
As medidas efetuadas no terreno, pa
ra serem colocadas no mapa, sofrem uma redução
aritmética, que ê denominada "escala do mapa".
A escala pode ser representada numé
rica ou grãficamente. No primetro caso, a re
presentação ê feita por uma fração,_como por~
xemplo: 1/50.000; isto indica que uma distân
cia entre'dois pontos quaisquer, medidos no ma
pa, ê 1/50.000 da distância real entre os dois
pontps do terreno que lhes são correspondentes.
Nas escalas gráficas, a relação das distâncias
estão reduzidas proporcionalmente, em um segm~
to de reta que serve como padrão.
Todos os mapas devem ser orientados
em relação ao Norte Geográfico, que se consti
tui num ponto .de referincia imu~ãvel.
Num mapa topogrãfico,a representação
do relivo. ou seja, das feiçÕes morf~lÔgicas~
73
•
. sup~rf!cie, ~ feita normalmente por meio de cur
vas de nível, que são obtidas pelo empreg~ de
planos horizontais equidistantes entre si e que
c~tam a superfície do terreno (Fig. 19.a). Os
traços horiz~ntais c~m o terreno são projetados
num plano horizontal de referincia, resultando
um mapa altimétrico (Fig. 19.b). Portanto, Cur
va de NÍvel e a linha de intersécção . entre um
plano horizontal e a superfície do terreno, ou
em outras palavras, ~ o lugar
pontos de mesma cota.
geom~trico dos
tomo a distância vertical entre cur
vas de nível sucessivas e constante, quando e
las se aproximam, temos a representação de uma
inclinaÇão mais acentuada, pois hâ um mesmo des
nível pari uma distância horizontal menor. Na
Fig. 19.c encontram-se algumas configuraçÕes p~
culiares de curvas de nível.
c
~--~----~~----~-----------H!
~------~~------~----------H~
~------.r~~----~~~--------H,
~--~A~~;-~------~~~~~B~----Ho
A' B'
Figura 19.a.b
74
(a)
(b)
Figura 19.c
Perfil topográfico, segundo uma dire-
_çao, e a intersecção de um plano, geralmente ve~
tical, com a superffcie do terreno. Para se obter
um perfil é necessário o conhecimento de dois e
lementos: as diferenças de nfvel (aue sao coloca
das na v~rtical) e as distincias (que sao coloca
das na horizontal). Num mapa plano-altimétrico -
temos esses dois elementos.
As curvas de n{vel sao traçadas por pr~
cesso de interpolação entre pontos do terreno c~
jas cotas são conhecidas. Nesse trabalho, deve
mos considerar, evidentemente, o traçado da dre
nagem pois que, se assim não procedermos, pode
mos chegar a resultados absurdos.
75
MAPAS E PERF!S GtOLOGJCOS
São aqueles onde se encontram assina-
lados, por intermedio de legendas, nao so os
diferentes corpos rochosos existentes nu~a de
terminada região como tambem suas es tru.tur~s
geolÓgicas. g elaboraco a partir de um mapa
topogr,âfico, ·onde são colocados os limites (li_
nhas de contato) das diferentes litologias e
suas estruturas,utilizando-se para isso sÍmbo
los grâficos (Fig. 20) ou cores diversas.
A determinação dos contatos e feita
no campo, valendo-se evidentemente de conheci
mentos geol;gicos; as suas locaç~es são efetua
das pelos metodos usuais de topografia.
Como exemplo, num mapa geolÕgico de
uma região de r~chas sedi~entares dispostas ho
rizontalmente, os contatos entre elas apiesen
tam·as mesmas configuraç~es das curvas de ní
vel. Todavia, -no cados das camadas se disporem
inclinadamente, suas linhas de contato cortam (
as curvas de nível de tal forma que podemos, ~
traves de cálculos, determinar suas posiçÕes
(Mapa 1).
Consideraremos, para melhor comp reen,-
sao dos elementos que a seguir definiremos~ o
caso de uma sequencia de camadas inclinadas li
76
. SIMBOLOS LITOLÓGICOS COMUNS
Conqlomerodo Arenito ou creia Arenito coleífero Arenito arQiloso
Clásticos Finos
Si I tifo F"olhelho arenoso F"olhelho Argilita
QuÍmicos e Evaporíticos
Cdcário Dolomito Aridrita e Gesso Sal
Calcário o-viloso Concreções calcáio arenoso · Cdcáio.módu:s de sílex
r GraRto Bosato DiabÓsio Ígneos .
MetamÓrficas
Quartzito Gnais.se Xisto Ardósio
Fig. 20
17
mitadas por superfÍcies paralelas,com seus con
tornos cortando as curvas de nível.
Como uma camada de rocha sedimentar
dev~ ser determinada no espaço da mesma forma
como fazemos com um plano (vide BÚssola, Ítem
F), usamos para isso valores de mergulho e di-
reçao. Assim, definimos:
a. d~~e~ão: como o valor do ângulo horizon
tal,formado entre o norte verdadeiro e o traço
de um plano da camada com um plano horizontal
qualquer;
b. m~gulho: como o valor do âng~lo forma
do pela ~eta de maior declive de um plano da
camada com um plano horizontal qualquer.
o lo~
Em mapas geolÕgicos, usamos o sÍmbo
para indicar o sentido em que a camada
mergulha.
c -Todas as observaçoes de campo tomadas
para confecção de um mapa geolÕgico, de um pe~
fil. ou ainda para a coleta de amostras, devem
ser criteriosamente registradas, como ê sugeri
do no capÍtulo "AnotaçÕes em Caderneta de Cam-
pon.
2. P06!6 GeolÕg.i.co~ •
Uma secção vertical ao longo de uma
direçao qualquer de um mapa geolÕgico consti
tue um perfil geolÕgico.
78
lriAPA 1
Mapa geológico de- uma região com camadas de rochas sedimentares inefinodas e paralelas.
Bhl Arenito cmgJomerática
~ Folhelho
[] Arenito
12] Conglomerada
79
:=----_..,:=- NV
A seguir, apresentamos os processos de
execuçao de dois perfLs, um AB perpendicular a
direção da camada e, outro CD que faz um angu
lo y qualquer com essa direção ('Hapa 1).
Como normalmente as escalas horizon
tal (do mapa) e vertical (do perfil) são dife
rentes, hã uma distorção do ângulo de mergulho
das.camadas ao ser lançado no perfil; devemos,
.assim, considerar a relação entre as duas esca
las 1 chamada de sobrelevaç.ão.
Sobrelev. (s) .. no exemplo, s = 115000-4 1/20000
No perfil CD, o ângulo de mergulho -e
~aparente" (e), pois e menor que o ângulo
"real" de mergulho medido no perfil AB, que CO_!l
têm a ~eta de maior declive. Portanto, É ne-
cessãrio calcular o ângulo de mergulho aparen
te para obtenção do perfil CD.
3. De~e4mina~ão da di~e~ão e do m~gulho de ca mada~
A. Em mapa geo!Õgico (
a. Di~e~ão
Tomamos uma linha de contato de cama
das que corte uma curva de nrvel qualquer em
dois pontos diferentes e fazemos passar por e
les uma reta. A direção dessa ret~, em rel~ção
8P
ao norte verdadeiro (NV), corresponde a dire
ção das camadas (reta D, Mapa 1).
b. Me.JLgu.tlto
b1
• No perfil AB. (perpendicular ã-di~
reção das camadas)
Nesse caso, o ângulo de mergulho cor
responde ao ângulo da reta de maior declive.
Tomamos uma linha de contato qualquer
entre camadas e que corta duas curvas de nlvel
diferentes em dois pontos ·cada uma (no caso do
Mapa· 1 ,600m e 700m, respectivamen~e). Unimos
os pontos de mesma cota por retas, que necessa
riamente serão paralelas (intersecçÕes de dois
planos horizontais com o plano da camada).
Medimos no mapa, portanto em escala,a
distância d entre as duas retas e tomamos a di
ferença de nlvel h entre elas; finalmente, ca!
culamos o ângul-o a de mergulho real da camada,
nó triângulo-abaixo:
(100m) - d.
- h.
· (600m)
tg a • h
d
h • 100m, d = 180m
tg a_ • 0,555 a~ 29°2'
O ângul~ a ser lançado no per~il deve
levar em consideração a sobrelevação ~; sera
portanto, um ângulo de mergulho sobrelevado
(a), que ê calculado da seguinte maneira: s
81
,
los.
sobrelevação
mergulho real
mergulho sobrelevado
Os triângulos ABC e ABD são retângu-
No triângulo ABC: tg a h
d
tg sh a . ---s d
No triângulo ABD:
Relacionando, temos:
tg as
tg a tg as "' s • tg
No nosso exemplo, s = 4 e tg a ~ 0,555, porta~
to:
tg a = 2,220 s
No perfil topogrifico AB, marcamos os
pontos de contato das camadas e nestes pontos
·lançamos o ângulo as' tendo como origens as r~
tas horizontais que passam por eles (Fig. 21).
Em seguida,traçamos as retas inclinadas corres
pondentes aos planos das camadas, como se obser
va no perfil AB, uma vez que admitimos inicial
mente que se tratava de uma sequência de cama
das inclinadas limitadas por superfÍcies para-
lelas. Esse processo constitue uma
grâfico-analítica do traçad0 :0 perfil em mapa
82
geólÕgico de camadas inclinadas.
Todavia,a mesma resolução pode ser f~
ta apenas graficamente,da seguinte maneira:cDn
sideremos, por exemplo,o ponto P no perfil AB;
paFsemos por ele uma reta horizontal e a par
tir dele marquemos a distância d = PM, medida
no mapa. Pelo ponto M tracemos uma perpendicu
lar a reta PM e marquemos o ponto E (HE = dis
tância entre duas curvas de nÍvel consecutivas,
ji na escala vertical do perfil, no exempl~ i
gual a 2,0cm). Em seguida,· tracemos uma reta
que passe por P e E, prolongando-a até a base
do perfil. No caso, MPE = a seri o ângulo de s
mergulho real sobrelevado.
b2
• Perfil CD (não perpend~cular a di
reção das camadas)
Nesse perfil, evidentemente, o ângulo
de merguÍho aparente (9) seri menor que a (ân
gulo de mergulho real) Fi~. 22. Calcula-se 9
da seguinte maneira: 9 a f (a, y) onde y é o
ângulo no pl~no horizontal H, formado pelos
traços AB e AC, dos planos verticais ABE e ACD
(no mapa 1, y • 25°).
tg9 -CD
AC
Dedução da expressao 9 a·f (a, y).
O triâ?gulo ACD e retângulo, logo:
mas da geometria temos: CD • BE,
BE • tg9 ~ -xc- (1)
83
IIJ Arenito conglomerôtico
~ Folhelho
CJ Arenito
FI L:...J CO<'lQICC'\~ ('IÓ\:·
N
• O".
Fig ~ 21
O triingulo ABE i retingulo,- lego:
BE tg a = ----, donde BE a tg a AB (2) AB
O triingulo ABC tambem·e retingulo,l~
go:
Cos y AB .. ---- AB .. Cosy AC. (3) AC _,
Substituindo-se (3) em (2), temos:
BE = tg a cos y AC (4)
Substituindo-se (4) em (1), temos:
tg e • tg a cos v
84
c o
Plano Q :::::;:>qualquer
Plano H ::;>horizontal
Plano v:::;>l.H tal que
traço CB (H) // traço r (H) D
Figura 22
Para lançar o ângulo de mergulho apa-
rente (9) no per=il CD (Fig. 23), temos que
considerar a sobrelevação (s) e assim, calcul~
mos. e , que serã o ângulo de mergulho aparente s sobrelevado num perfil qualquer CD. Assim, ~
tg~ 8 .. s.tg9.
tg9 a s. tg a • cos y s
No exemplo, s = 4, tg a = 0,555 e
cos y - 0,906.
4 • 0,555 • 0,906
O mergulho aparente segundo o perfil
CD pode ser obtido graficamente, como no caso
descrito para AB. Considéremos o ponto R no
perfil e passemos por ele uma reta horieontal;
a partir de R marquemos a distância d 1 • RS,m~
dida no mapa sobre a reta CD entre as duas pa
ralelas que passam pelos pontos de intersecção
de duas curvas de nível sucessivas, cortadas
por u~a Únic~ linha de contato entre camadas.
1:.-: ~ .1 Arenito C<J~glomerótico
t=~ Folhelho
L":·J Arenito
L:) Conc;~lomerodo
Fig. 23
86
" o
o
NE
" .
700
600 o.
:o
500 o
Pelo ponto S, tracemos uma perpendicular a re
ta RS e marquemos o ponto T (ST = distância e~
tre duas curvas de nível jã na escala vertical
do perfil, no exemplo igual a 2,0 em). Em se-
guida, tracemos a reta RT, prol~ngando-a até a
base do perfil, sendo que o ângulo SRT = e ,se s -
ra o ângulo de mergulho aparente sobrelevado.
B. A pa~~~~ de ~~e4 pon~o4 da ~amada, em co ~~ d~ne~en~e&
A direção e o mergulho de ~ma superfl
cie de contato também podem ser determinada in
diretamente, quando conheéemos a posição e as
cotas de tres pontos distintos que não estejam
dispostos em lin~a reta.
Para isso, vamos admitir que um conta
to de um arenito sobre um ~asalto aflore em
tres pontos A, B e C e com cotas a, p e c, res
pectivamente. Suponhamos também que a > b > c.
Na Fig. 24 os pontos A' e C' são as projeçÕes • c
dos pontos A e C no plano horizontal R que pa~
sa por B (cota b).
V~eçâo
Ligando o ponto A c~m C,obtemos o se&
mento de reta AC que fura o plano R no ponto B'
(portanto com a mesma cota de B), originando o
segmento BB' que pertence tanto ao plano ABC
(plano de contato) como também ao plan~ hori
zontal R de cota (b). O ângulo$ que este seg-
87
o
A 1\.
1'~--------------------------------~ I ' 11
\,!(b} --/. B \ tC'
' I ' I
. ' I ' I.
' I \,: c
Figura 24
mento de reta faz com o norte, i a direçio do
plano ABC.
A fim de determinar a posição de B'
procedemos da seguinte maneira:
Por A (Fig. 25), traçamos uma perpen
dicular aos planos Q, R e S (paralelos entre
-si) e- obtemos os segmentos AA' e A1A". Os tri
ângulos AA'B' e AA"C são semelhantes,portanto c
temos que:
A'B' a AA'
Sabemos que A11 C = ATCT (segmentos de
retas determinados pelas intersecçÕes de duas
retas paralelas com planos paralelos), segu~
que:
ATifT • AA'
88
o
._
I I I I I I I I. I
Jt'l ...................
.............. ',
c
Fig • 25
89
(coro ç)
onde AA' (a- b), AA"_ =(a- c)
entao: a b
a c
OBSERVAÇÃO: Quando medimos distâncias entre
pontos na superfÍcie da Terra, elas são toma
das em relação a um plano horizontal de refe
rência. Então, pontos situados em cotas diferen
tes terao as distâncias entre si medidas .na ho
rizontal. Portanto, o que medimos sobre o pla
no R é A1 C' e a distância vertical entre os p~
nos Q e R e AÃ'.
Na Fig. 25, traçamos o segmento de r~
ta CD perpendicul~rmente a BB 1 (direção do pl~
no). Ainda por C traçamos a reta CC' perpendi
cular ao plano R. O segmento CC' ê a diferença
de nÍ~él entre _os planos R e S, portanto CC' • • (b -c). Chamando-se d o segmento CTD e a o
-~
ângulo formado por CTD e Co, podemos obter a
tangente do ângulo de mergulho (a), pela rela
ção entre a diferença de nível e a distânciaho
rizontal C 1D.
tg a • cc• C'D
b c
d
onde a • ângulo de mergulho do plano ABC (Fig.
25).
9.0
Exemplo:
Suponhamos que o contato jã referido
do arenito e o basalto aflore em tres pontos A,
B e C de cotas 950, 920 e 890m respectivamente,
como mostra a Fig. 26. A distincia AC = 15,0km.
E= /:2So.ooo
Fig. 26
Ligando o ponto de maior cota (A) com
o de menor (C), teremos sobre a reta AC o pon
to B' de cota intermediãria. A posição de B'
sera determinada pela f6rmula:
A1B'"' A1C'
91
Lembrando que as distâncias entre os pontos sao
tomadas na horizontal, temos que A1 C' é a pro
jeção AC,
Então, substituindo-se os valores na
fÕrmula temos:
AB 1 AC ( a - b ) a - c
AB' • 15.000 ( 950 - 920 ) 950 - 890
AB' • 15.000 (~) 60
AB' "" 7.500m
-Marcamos. em escala, a posiçao de B'
. ta AC (AB' - 3cm). Unimos B' com B e
m·os a direção da camada (,), que e o
ma do pela BB' ( -reta com o norte -
sobre are
determina
ângulo fo_!
N58°E).
o mergulho (a) e determinado usando
-se a fÕrmuia:
tg a • b - c
d
d • 1,2 em (medido no mapa), portanto
d • 3.000 m
tg 920 - 890 30 a ~~~--~~~a a 01
01 3000 3000
a.•.35 1 SE
92
PR6JEÇ~O ESTEREOGR~FICA APLICADA Ã GEOLOGIA
1. INTRODUÇM
A posição no espaço de planos ou de
retas e perfeitamente definida atravês das me
didas de direção e mergulho, as quais poderão
ser projetadas segundo diversos processos. Em
Geol~gia, o método usual ê o da projeção este-
reogrâfica que representa uma projeçao esferi
ca num cÍ:rculo mâximo, utilizando-se ·apenas o
hemisfério inferior (Fig.27).
c
Proi•crao estenca :c!e um plano com cllreei!o N 25" w • mergultlo 30" sw
Figura 27
~ PtK;ueno ~rculo
Dentre os diagramas estereográficos re
sultantes, o de Schmidt-Lambert (diagra~a de i
gual ârea) e o mais utilizado em Geologia.
93.
Ta1 diagrama i utilizado no levanta
mento de um grande número de planos. de descon
tinuidades geÕlogicas (falhas, diaclases, xis
tosidades, superf!cies de sedimentaçio, etc.),
ou de retas, significando cristas de marcas on
duladas, orientação de seixos, de fÕsseis,etc.
A finalidade da tomada de um gra.nde número de
medidas e a determinação estatística das orie~
taçÕes preferenciais seja, por exemplo, num ma
ciço rochoso, ou num conjunto de sei~os imbri
cados.
Para utili~ar o diagrama de Schmidt
Lambert, devemos preliminarmente proceder da
seguinte forma:
a •. tomamos o diagrama (Fig. 28) e nele fixa
mos. pe-lo lado de trãs· e passando pelo
centro. um eixo vertical ponteagudo (ta-
chinha. percevejo, alfinete, etc.), de
tal forma que a ponta fique saliente;
b. colocamos um papel vegetal sobre o dia
grama e nele traçamos o c~rculo mãximo,
marcando os pontos norte. sul, leste e
oeste; dessa maneira, o papel poderã ser
girado em torno do eixo vertical e esta
ra sempre orientado.
94
Figura 28
2. LOCAÇ~O DE PLANOS E RETAS
A. P!a.noll
A fim de mostrar o procedimento de lo
caçao de um plano, consideremos uma estratifi-• - o . o caçao com d1reçao·N30 W e mergulho de 55 NE.
a. no papel transparente, preparado confor
me o descrito, assinalamos no círculo mã
ximo o ponto correspondente a orientação
dada, ou seja, N30°l'1. (Fig. 29).
b. em seguida, giramos o papel atê que esta
marca venha a coincidir com o diâmetro
NS do diagrama, o qual sera usado como
95
linha guia para que a direção do plano
seja traçada. Como o sentido do mergu
lho ê para NE, contamos 55° sobre o diâ
metro EW, em direção ao centro a partir
de E; em seguida, traçamos o meridiano
correspo.nden te. Normalmente,os diagra-
mas de Schmidt-Lambert apresentam meri-o dianos em intervalos de 2 ; val~res in-
termediários, como no exemplo dado, de
vem ser interpolados.
c. alêm dessa representaçao, o plano pode
tambêm ser locado através ·de seu "pÓlo".
No exemplo dado, o "pÓlo" (P) vai se si
tuar ao longo do diâmetro EW e a uma dis
tância correspondente a 90°, contados a
partir da projeção do plane no diagrama.
O plano e o seu pÓlo do exemplo dado, en
contram-se na Fig. 29.
Fig. 29
96
d. repetimos a operaçao para todos os pla
nos que desejamos locar, tomando o cuida
do de fazer coincidir inicialmente o nor
te do papel com o do diagrama.
--:-.~.-· Quando sio poucos os planos, eles po-
dem ser·--assinalados como foi visto no Ítem "b".
Todavi~~ quando hi muitos, para uma melhor ela
reza na repres~taçio, devem ser utilizados o; seus respectivos p~los. Obtim-se, assim,o "dia
grama de p~los", a partir do qual pode~se tra
çar o "diagrama de contornos", onde as diver
sas faixas representam as mesmas percentagens
de concentraçio de p~los dentro de uma dada â
re.~ unitária do estereograma, Fig. 30.
Um plano horizontal e sempre represe~
-tado pelo círculo mâximo e o seu p;lo situa-se
no centro do diagra~a. Inversamente, um pland
vertic.al ê sempr.e representado por uma reta
que passa pelo centro e o seu p~lo situa-se no
circulo mâximo, de um lado ~u outro da reta •
. · B. Li.nha.-6 R e.:ta.-6
Para a determinaçio da projeçao de
uma reta com direçio N4~W que mergulha 30°SE,
procedemos da ~eguinte maneira:
a. no papel transparente devidamente orien
tado, assinalamos, no círculo mâximo, a o
orientaçio N40W e traçamos um diimetro
97
Figura 30
pontilhado (Fig. 31). c
b. giramos o papel até que a reta coincida
com uma das extremidades do diagrama (E,
por exemplo) e contamos os 30° de mergu-·
lho da reta. O ponto assim determinado é unido ao centro do·diagrarna, obtendo-se
o segmento representativo da reta dada.A
98
Fig. 31
~aneira mais conveniente de representar
a reta e através de um vetor.
A locação de uma reta vertical resu
me·se no ponto correspondente ao centro do dia
grama, enquanto que no caso de uma horizontal
ê um diâmetro.
99
ANOTAÇOES EM CADERNETA DE CAMPO
Uma caderneta de campo deve ser prep~
rada para ser lida e compreendida por outro
geÕlogo que não esteve no local da pesquisa.No
campo anotamos as observaçÕes; as interpreta-
çoes e as especulaçÕes, com base nas
çoes anotRdas, são convenientemente
observa
efetuadas
em uma etapa posterior. Anotações sis~emiticas
e legíveis devem ser uma norma constante; a ri
queza de pormenores ê função do tempo disponí
vel.
As anotaçoes nao precisam ser essenci
almente descritivas, mas o suficiente para tr~
zer ã mente os aspectos objetivos que seriam o
mitidos ao se redigir o relatôrio de pesquisa.
Devem ser anotados primeiramente aspectÓf bem
caracterizados e pertinentes às finalidades da
pesquisa; em seguida, serao anotados outros as
pectos que possam vir a ser utilizados.
AnotaçÕes feitas no campo podem,even
tualmente, necess~tar de complementação poste
rior. Para tal, devemos habituar a deixar li-
nhas ou folhas da caderneta em branco. Outra
norma e escrever em linhas alternadas e reser
var o verso da~ folhas para esquemas.
O sistema de anotaçoes •aria de indi
vÍduo para indivi~uo. Cada um desenvolve o seu
100
prÕprio, mas o critêrio geral
lhante.
deve ser seme-
Os d~dos qua devem constar nas cader
netas sao os seguintes:
1. Data
2. TÍtulo geral da excursao ou pesquisa
3. EstaçÕes (afloramentos) numeradas e perfei
tamente localizadas em esquemas, mapas e fo
tografias, também numeradas
4. Amostras numeradas
5. ObservaçÕes no afloramento (se houver)
a. nome do local do afloràmento
b. litologia
c. situação estrutural (esquema no verso,
se for o casÕ)
d. atitude das camadas (com o sÍmbolo)
e. outras estruturas, como. xistosidade, li-
neação, estruturas fluidais, etc:
símbolos)
f. 9iac1ases
(com
g. outras observaçÕes (ação do intemperismo,
·estruturas sedimentares, etc.)
6. IlustraçÕes
Quando se executa pesquisas onde o vo
lume de anotaçÕes ê muito grande devemos elabo
rar Índices separados para as amostras e foto
grafias o que pode ser feito nas pâginas fi
nais da caderneta de campo. Ex:
101
TNVI CES VA A/.! OSTRAS
Amostra Data Nome da rocha pãg.cadern.
AA-3 25/6/72 Arenito Botucatu 4
AA-22 26/6/72 Basalto 6
Podemos colocar um pequeno quadrado
antes do número das amostras que se pre~tam a
confec~io de :;minas petrogrãficas.
fNVICE VA FOTOGRAFIAS
NÚmero Data Assunto pãg.cadern.
12 25/6/72 descrição da foto 2
O Índice deve ser atualizado, se pos
sível. diariamente, o que facilitará mu~to na
redação do relatório.
· As anotaç~es devem ser feitas i lãpis
e de preferência com grafite dura, a fim de
que a escrita permaneça legÍvel por longo tem
po. eliminando-se assim os inconvenientes da
es~rita a tinta. f importante e-screver de forma
legÍvel, razão pela qual muitos geÕlogos esere
vem em letra de forma.
As e~truturas geolÓgicas podem ser i
lustradas por meio de esquemas, o que facilit~
ra múito nao sÕ as anotaçoes como também a lei
10~
~ura da prÓpria caderneta. Um esquema poderá
mostrar muito mais do que varias paginas de d-~
c r i ç ã o ·( 11 F i e 1 d G e o 1 o g, y 11 , L a h e e , F . H . , 1 9 5 2 , c a p •
19, para m~todos de ilustração geolÓgica).
Todas as amostras coletadas devem ser
rotuladas, sendo conveniente o uso de fita ade
siva e lãpis coiorido. Para o transporte das
amostras utilizamos sacos plásticos ou de lona
e jornais. Devemos tomar todas as precauÇões
para com as anotaçÕes, pois de nada valem amos
tras sem indicação de proc~dincia.
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FUNÇõES TRIGONO!U:TRI~AS NATURAIS
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100 0,175 0,985 0,176 55• 0.8111 0,574 1.428
11• 0,192 0,982 0,194 .5Go 0,829 0,559 1,483 12- 0,209 0.978 0.213 57° . 0,839 0.~5 1,~0 1.'3• 0,227 0,974 0,231 58• 0.848 0.530 1,600 li• 0..244 0,970 0,249 59o 0,857 0,515 1.66-l ISO 0,262 0,966 0,268 6QL 0,866 0,500 1,732
16" 0,279 0.961 0.287 61• 0.875 0,485 l,IIQ.l 17• 0.297 0,956 0.306 62o 0,883 0,470 1,881 1&> 0.314 0,951 0.325 63• 0.891 0.454 1,963 19'> 0,332 0,946 0.344 64• 0,899 0.438 2,050 2l)e 0,349 0,940 0,364 65• 0,906 0,423 2.145
21• 0.367 (1,934 0,384 660 0,914 0.407 2,246 22" D.3&l 0,927 0,404 67• 0.921 0,391 2,356 23• 0,401 0,921 0.425 6So 0,927 0,375 2,475 2-1• 0,419 0,914 0,445 69o 0,934 0.358 2,605 :!5o 0,436 0,906 0,466 700 0,940 0,342 2,747
26" 0.454 0.899 0,488 71• 0.946 0,326 2,904 r.• 0.471 0.891 0,510 72<> 0,951 0,309 3,078 2So 0,489 0,883 0,53:! 73• 0.956 0.292 3,271 29o 0,506 0,875 o.~ 74° 9,961 0,276 3,487 3()o . 0,524 0,866 0,577 7SO 0,966 0,:!59 3,732
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41• 0.716 0.755 0,869 86• 0,998 0,070 14,30 4:!0 0,733 0,743 O,SOG 87• 0,999 0,052 19,08 43° 0,751 0.731 0.933 SS• 0,999 0,035 28,64 44• 0,768 0.719 0,9tiõ 8!Jo 1.000 0,018 57,29 4SO 0,785 0.7''"}~ 1,000 !J()O. 1.000 0,000 ..
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