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I Seminário de pesquisa do Proeja:
desafios da integração entre educação de
jovens e adultos e educação profissional
Goiânia, 07 e 08/03/2008Goiânia, 07 e 08/03/2008
Universidade Federal de GoiásUniversidade Federal de Goiás
Centro Federal de Educação Centro Federal de Educação
Tecnológica de GoiásTecnológica de Goiás
O PROEJA como política pública O PROEJA como política pública
educacionaleducacional
Dante Henrique Moura/CEFET-RNDante Henrique Moura/CEFET-RNdante@cefetrn.brdante@cefetrn.br
Goiânia, 07/03/2008Goiânia, 07/03/2008
Perguntas de partida
Educação para qual sociedade ?
EJA para quais sujeitos e para qual
sociedade?
EJA integrada com a EP a partir de qual
concepção de educação básica, de EP e de
trabalho?
Sumário
Breve análise dos projetos
societários em disputa
O PROEJA como política pública
educacional
Projetos societários em disputa
A sociedade atual e a educação no Brasil
Matrícula no ensino médio e na educação profissional técnica de nível médio por dependência administrativa
Fonte: elaboração nossa, a partir de INEP/Censo Escolar 2005.
Dependência administrativa
Ensino Médio
(Regular)
Ensino Médio (EJA)
Ensino Médio (TOTAL)
Educação Profissional técnica de
nível médioPresencial
Semipresencial
Brasil 9.031.302 1.223.859 493.733 10.748.894 707.263
Federal 68.651 429 - 69.080 83.762
Estadual 7.682.995 1.029.795 455.709 9.168.499 188.042
Municipal 182.067 43.470 17.061 242.598 23.545
Privada 1.097.589 150.165 20.963 1.268.817 411.914
Projetos societários em disputa
Alternativa ao modelo atual:
Outro projeto de sociedade é possível. Um
projeto cuja centralidade esteja nos seres
humanos e em suas relações com a
natureza. Na solidariedade ao invés da
competitividade. No pressuposto de que
todos devem ter direito ao exercício da
cidadania plena.
Projetos societários em disputa
O papel da educação nessa (re)construção
Potencializar uma concepção de formação
humana integral, na qual:
Trabalho, ciência, tecnologia e cultura
sejam categorias indissociáveis
(formação técnica e humanística)
PROEJA: alguns aspectos históricos
Sociedade de origem escravocrata
Valorização da EJA a partir dos anos
1940
Pressão social - Movimentos sociais
Diretrizes para a EJA (2000)
Documento: políticas públicas para a
EPT (2004)
PROEJA: alguns aspectos históricos
Decreto nº 5.154/2004
Portaria nº 2.080/2005 – MEC
Decreto nº 5.478/2005
Documento Base do PROEJA – Ensino
médio/cursos técnicos (2006)
Decreto nº 5.840/2006
PROEJA: alguns aspectos históricos
Formação de professores –
Especialização (2006/2007; 2ªs turmas
em 2007/2008)
Edital PROEJA/CAPES/SETEC –
Pesquisa e pós-graduação (2006, em
andamento)
Documento Base do PROEJA- Ensino
fundamental/FIC (2007)
Inclusão do tema PROEJA na agenda
da academia (ANPED, ANPAE)
PROEJA como política pública
Categorias importantes
Pressupostos, concepções e princípios
Cooperação entre as esferas de governo e movimentos sociais
Projeto Político-Pedagógico (andragógico)
Formação de professores
Financiamento
Infra-estrutura física
EJA como campo específico de
conhecimento
Requer especificidade em
metodologias, estratégias,
organização espaço-temporal,
professores etc.
PROEJA como política pública: pressupostos
Integração da EB na modalidade EJA
com a EP como um campo específico
de conhecimento Requer a construção
do campo de conhecimento que
intregra EB, EJA e EPT.
PROEJA como política pública: pressupostos
Considerar as singularidades dos sujeitos
da EJA
Homens e mulheres são seres em
constante processo de vir a ser, portanto,
aprendem permanentemente
O adulto é um sujeito de aprendizagem
O adulto é o ser humano no qual melhor
se verifica a condição de trabalhador
PROEJA como política pública: pressupostos
Considerar as singularidades dos sujeitos
da EJA
O adulto é o sujeito ao qual cabe a
produção social, a direção da sociedade
e a reprodução da espécie
A aprendizagem do adulto é diferente da
aprendizagem das crianças e dos
adolescentes
PROEJA como política pública: pressupostos
Considerar as singularidades dos sujeitos
da EJA
Cada adulto é uma pessoa diferente Em geral ao se referir a um adulto-
estudante destaca-se o que ele não
tem, o que lhe falta frente às suas
características positivas (maturidade,
experiência, estabilidade etc.)
PROEJA como política pública: pressupostos
O conjunto desses pressupostos
credencia o PROEJA como uma
importante possibilidade de política
qualificadora da EJA e da EP, ao
mesmo tempo que representa um
grande desafio
PROEJA como política pública: pressupostos
Formação humana integral
Trabalho, ciência, tecnologia e cultura
como categorias central
Concepção ampla de tecnologia como
construção social, produção, aplicação e
apropriação de práticas, saberes e
conhecimentos
PROEJA como política pública: concepções
PROEJA como política pública: princípios fundamentais
Inclusão da população, independentemente
de idade, nas ofertas educacionais públicas
Inserção orgânica da EJA integrada à EP
nos sistemas educacionais públicos
Ampliação do direito à educação básica,
pela universalização do ensino fundamental
e médio
PROEJA como política pública: princípios fundamentais
Heterogeneidades como fundantes da
formação humana
Homens e mulheres como seres histórico-
sociais, portanto, capazes de transformar a
realidade
PROEJA como política pública: princípios fundamentais
Trabalho como princípio educativo
Construção da autonomia intelectual
A realidade concreta como uma totalidade,
síntese das múltiplas relações
Interdisciplinaridade e contextualização
PROEJA como política pública: princípios fundamentais
Fundamentos pedagógicos (andragógicos):
A integração curricular visando à
qualificação social e profissional articulada
à elevação da escolaridade;
A escola formadora de sujeitos articulada a
um projeto coletivo de emancipação
humana;
A valorização dos diferentes saberes no
processo educativo;
PROEJA como política pública: princípios fundamentais
Fundamentos pedagógicos (andragógicos):
A compreensão e a consideração dos
tempos e espaços de formação dos
sujeitos da aprendizagem;
A autonomia e colaboração entre os
sujeitos e o sistema nacional de ensino.
PROEJA como política pública: cooperação entre as esferas públicas/movimentos sociais
Aspectos relevantes
Abrangência nacional;
São os sistemas estaduais/municipais que têm a função/capacidade de ampliar a oferta;
Poucos estados/municípios têm condições para implantar (ou ampliar) o PROEJA atualmente.
PROEJA como política pública: cooperação entre as esferas públicas/movimentos sociais
Aspectos relevantes
Articulação/cooperação intra MEC e
MEC - Estados e municípios;
Articulação com outras políticas
setoriais (MTE, MCT etc.);
Financiamento;
Formação de professores (política);
PROEJA como política pública: cooperação entre as esferas públicas/movimentos sociais
Aspectos relevantes
Cooperação universidades públicas - Rede
Federal/EPT - Sistemas estaduais/municipais:
Construção do campo de conhecimento e
formação de profissionais (EB, EJA, EPT)
Projeto político-educacional
Estudos e pesquisas sobre viabilidade de
cursos (social, cultural, econômica etc.)
PROEJA como política pública: PPE
Pressupostos
Construção coletiva;
Diálogo com o PPE vigente;
Espaço de formação continuada dos
docentes, equipe dirigente e técnico-
administrativos;
Envolvimento dos sujeitos estudantes.
PROEJA como política pública: algumas condições mínimas necessárias
Garantia de financiamento público para
apoiar as ações a serem desenvolvidas
(criação e operacionalização do FUNDEP);
Política de formação dos professores: quadro
docente especializado;
Plano de capacitação permanente de
docentes, técnico-administrativos e
dirigentes;
PROEJA como política pública: algumas condições necessárias
Infra-estrutura adequada de salas de aula,
laboratórios, biblioteca, espaço para
atividades artístico-culturais;
Cursos coerentes com a realidade local
(social, cultural, econômica etc.) – diálogo
social -;
Plano de implementação, acompanhamento e
avaliação do PPE.
Não sou esperançoso por pura teimosia mas por
imperativo existencial e histórico. Não quero
dizer, porém, que, porque, esperançoso, atribuo à
minha esperança o poder de transformar a
realidade e, assim convencido, parto para o
embate sem levar em consideração os dados
concretos, materiais, afirmando que minha
esperança basta. Minha esperança é necessária
mas não é suficiente. Ela só, não ganha a luta,
mas sem ela a luta fraqueja e titubeia. Precisamos
de esperança crítica, como o peixe necessita da
água despoluída. (grifo meu)
Paulo Freire. Pedagogia da Esperança.
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