Importância da Carga viral no seguimento de doentes adultos com infecção por VIH Hospital...

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Importância da Carga viral no seguimento de doentes adultos

com infecção por VIH

Hospital Américo BoavidaLuanda- Angola

IntroduçãoCarga viral plasmática do VIH • Deve fazer parte da avaliação inicial do

doente (linha de base)

• indicador mais importante de resposta ao tratamento anti-retroviral (TAR)

• permite avaliar critérios de falência virológica em doentes sob TAR

Reynolds SJ BP, Quinn TC

Introdução

• Angola dispõe de equipamento para citometria de fluxo (CF), Carga viral (CV) e fármacos para tratamento anti-retroviral (TAR) grátis, facultados pelo Programa Nacional de SIDA, desde 2004.

• O presente estudo iniciou a monitorização regular de doentes através da CV em unidades do MINSA, em Luanda, Angola

Objectivo

• Descrever o contributo da carga viral no seguimento de doentes adultos com infecção pelo VIH em Luanda, Angola.  

Material e métodos• O estudo realizou-se no Serviço de

Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Américo Boavida (SDIP/HAB)

• HAB- hospital docente, de 650 camas, e previsto para 3º nível de atendimento.

• SDIP- Serviço clínico com 44 camas e atendimento em internamento e consulta externa de doentes adultos.

Material e métodosDoentesForam incluídos sequencialmente 302

doentes:• Idade igual ou superior a 18 anos• Infecção pelo VIH confirmada, com

diagnóstico laboratorial segundo as normas nacionais

• Sem antecedentes de tratamento anti-retroviral (TAR)

• Consentimento informado

Material e métodos

• Doentes classificados segundo os critérios CDC de 1993 (Revised Classification System for HIV Infection and Expanded Surveillance Case Definition for AIDS among adolescents and adults, CDC, 1993)

• Realizada CF e CV na linha de base • Monitorização com CF e CV de 3-3

meses.

Resultados

Género N = 302

Masculino 107 (35.4%)

Feminino 195 (64.6%)

Grupo etário

18 - 24 26 (8.6%)

25 - 39 186 (61.6%)

>=40 90 (29.8%)

Resultados

Resultados

Carga viral de base (cópias/ml)

n=202 %

<50 cópias 2 1

<400 9 4.5

400 – 1000 4 1.9

1001 – 5000 17 8.4

5 001- 10 000 9 4.5

> 10 000 161 79.7

Resultados

• Iniciaram TAR segundo critérios OMS 202 doentes (66.8%) com associação de 2 ITIN + 1 ITINN.

• Dos 202 doentes em TAR, 112 doentes (55.4%) foram monitorizados com CD4 e carga viral, com 1 a 6 determinações.

Resultados

Carga viral com TAR n = 112 %<400 cópias/ml entre as 12 e 48 semanas

79 70.5%

Critérios de falência virológica (OMS) 5 4.5%

Boa resposta CD4 (OMS) e carga viral > 1000 cópias/ml 19 17%

Inconclusivo 9 8%

Regimes TAR N= 302 %

d4T+3TC+NVR 130AZT+3TC+NVR 3d4T+3TC+EFV 51AZT+3TC+EFV 1Switch d4T para AZT (gravidez) 5Switch d4T para AZT (polineuropatia) 1Switch NVR para EFV (alergia NVR) 4Switch NVR para EFV (TB) 2Switch EFV para L/r (toxicidade EFV) 1Switch para TDF+3TC+L/r por critérios virológicos de falência 4

Sem TAR 84Sem referência a TAR 16

Resultados

• Faleceram no 1º ano de seguimento 46 doentes (15.2%)

• Dos 46 falecidos, 32 realizaram a carga viral de base

Resultados

Carga viral de base dos falecidos N= 32 %

<400 1 3.1

400 – 10 000 2 6.2

10 001 – 100 000 7 21.9

>100 000 22 68.8

Conclusões

• Predominam neste estudo os doentes que iniciaram TAR (66.8%).

• Os valores de CV de base são > 10 000 cópias/ml em 79.7% dos doentes (161/202)

Conclusões

• Nos falecidos predominam as CV acima de 100 000 cópias/ml (68.8%) o que reforça o valor prognóstico referido sobre este marcador.

Recomendações• Estudos mais amplos

• Maior acessibilidade dos doentes à determinação da CV

• Estudos de adesão terapêutica

Recomendações

• Testes de subtipagem e de resistência aos AR

• Estudos de significância estatística

poderão contribuir para o melhor conhecimento da infecção por VIH e escolha das opções de TAR para Angola.

EquipaSDIP/HAB - Luanda

• Helena V. Pereira• Fernanda Dias• Lelo Santos• Constantina Furtado• Alda Abel• Sílvia Pegado• Berta Zage• Cecília Almeida

Laboratórios

INSP• Emingarda Castelbranco• Jocelyn Vasconcelos• Erika Oliveira• Yolanda Cardoso• Joana Sami• Tony NimiINLS – Hospital-dia• Antonica Severino

Equipa

Laboratório de Biologia Molecular do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental

• Perpétua Gomes• Ricardo Camacho• Isabel Diogo• Patrícia Carvalho• Fátima Gonçalves• Joaquim Cabanas• Inês Costa

Agradecimentos

• Decano da FMUAN, Prof. Doutor Cristovão Simões• Vice-Decano FMUAN, Prof. Doutor Albano Vicente Ferreira• Prof. Doutor Virgílio do Rosário (CMDT/IHMT) • Prof. Doutor Luís Tavira (CMDT/IHMT) • Prof. Dr. Armando Jorge Lima (FMUAN)• Prof.Dr. Alexandre Teixeira (FMUAN)• Director do HAB, Prof. Doutor Carlos Mariano Manuel• Directora do INSP, Dra. Filomena Silva, • Directora do INLS, Dra. Ducelina Serrano• Aos Enfermeiros Benvinda, Hernâni e Sofrimento (SDIP) • Secretária Conceição Gonçalves (SDIP) • Estudantes do 6º ano da FMUAN• Aos doentes do SDIP