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Ilíada Rainha de Souza - UFSC
Secretaria de Estado da SaúdeSecretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico
Sustentável
Integração do Hemocentro de Santa Catarina à rede de pesquisa em
segurança transfusional REDS-II
Coordenador: Prof. Dr. Emil Kupek Departamento de Saúde Pública, UFSC
Equipe: Andrea Petry e Mônica Meller Nunes, HEMOSC
Ilíada Rainha de Souza - UFSC
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Doadores de sangue: Missão do REDS II
• Investigar a presença de agentes infecciosos transmissíveis pela transfusão
• Prover infraestrutura para rápida resposta a questões de importância crítica em termos de segurança transfusional
• Auxiliar o desenvolvimento de políticas de testagem de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue em doadores e o aconselhamento de indivíduos positivos
• Desenvolver estratégias que auxiliem no suprimento de sangue
• Gerar dados que permitam identificar a necessidade de futuras pesquisas para responder questões não resolvidas
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Objetivos para o HEMOSCGeral: melhorar a segurança transfusional.
Específicos:Desenvolver a tecnologia de informação para extração de dados da rotina e disponibilizá-los para os bancos de sangue participantes do projeto; Estabelecer uma rotina laboratorial de armazenamento de amostras reativas nos testes de triagem para posterior realização dos testes confirmatórios;Verificar a incidência e o risco residual para doenças pesquisadas na rotina laboratorial da triagem sorológica no HEMOSC;Identificar o perfil sociodemográfico e motivacional dos doadores de sangue no HEMOSC;Identificar as variações geográficas do perfil epidemiológico dos doadores de sangue no HEMOSC.
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Tecnologia de informação para extração de dadosObjetivo: Desenvolver a tecnologia de informação para extração de dados da rotina e disponibilizá-los para pesquisa.
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Dados coletados rotineiramente• Identificação do doador: hemocentro, idade, gênero, raça/etnia, CEP, grupo
sanguíneo, fator RH, nível educacional;• Triagem clínica: peso, hemoglobina, hematócrito, doação interna ou externa,
ter recebido transfusão na vida, data da última transfusão, primodoador, grávida, número de gravidezes prévias, temperatura corporal, pressão sanguínea, batimento cardíaco, autopercepção do doador quanto o risco de se infectar com HIV, número de parceiros sexuais nos últimos 12 meses;
• Recusas temporária ou definitiva: motivo de inaptidão (recusa), se é permanente, duração da inaptidão, data a partir de qual é considerado inapto de doar sangue, data a partir de qual seria apto de novo;
• Doação de sangue: data de doação, historia das bolsas/amostras anteriores, data da última doação, tipo de doação, componentes a serem doados, reação a doação;
• Triagem sorológica para HBC, HBsAg, HCV, HIV-1 e HIV-2, HIV-2, HTLV-I e HTLV-II, sífilis, doença de Chagas.
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Tecnologia de informação para análise de dados
Objetivo: fortalecer infraestrutura de coleta e análise de dados de rotina
Equipamentos adquiridosLaptops Impressora laserSoftware para organização e análise de dadosLivros
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Armazenamento das amostras
Objetivo: Estabelecer uma rotina laboratorial de armazenamento de amostras reativas nos testes de triagem para posterior realização dos testes confirmatórios e das outras amostras para pesquisas futuras (p.ex. influenza, outros agentes infecciosos)
Equipamento adquirido Freezers (-40oC) Centrifugas Deionizador Terminais de auto-atendimento
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Perfil sociodemográfico dos doadores
56% doação espontánea 58% dos doadores do sexo masculino 59% primodoadores; Idade: 33% com 18-24, 33% com 25-35, 20% com 36-45 e 14% com 46-60 anos.
Grande Florianópolis
19%
Planalto Norte20%
Extremo Oeste14%
Meio Oeste3%
Sul14%
Vale do Itajaí14%
Planalto Serrano6%
Desconhecida10%
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Recrutamento de doadores por região
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Razão de prevalência (RP) por sexo
Testes sorológicos
Prevalência por 100.000 por sexo
Masculino (IC95%) Feminino (IC95%) RP
Anti-HBC 3023,6 (2872,5; 3182,3) 975,4 (878,2; 1079,2) 3,1
Anti-HBsAg 325,3 (276,4; 380,9) 31,6 (91,5; 165,5) 10,3
Anti-HCV 60,9 (40,8; 87,5) 42,4 (24,2; 68,8) 1,4
Anti-HIV 75,6 (53,0; 104,7) 29,1 (14,5; 52,1) 2,6
VDRL 75,6 (53,0; 104,7) 68,9 (45,0; 100,9) 1,1
Anti-T.cruzi 8,4 (2,3; 21,5) 10,6 (2,9; 27,1) 0,8
HTLV 8,4 (2,3; 21,5) 15,9 (5,8; 34,6) 0,5
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Razão de prevalência (RP) por frequencia de doação
Testes sorológicos
Prevalência por 100.000
Primodoadores (IC95%) Repetição (IC95%) RP
Anti-HBC 4896,3 (4705,6; 5092,6) 150,1 (111,5; 196,8) 32,6
Anti-HBsAg 404,4 (349,1; 464,4) 19,7 (8,3; 42,3) 20,5
Anti-HCV 89,0 (64,4; 120,0) 5,9 (0,7; 21,2) 15,1
Anti-HIV 62,1 (41,9; 88,6) 49,9 (29,1; 79,9) 1,2
VDRL 95,2 (69,7; 127,0) 47,0 (26,8; 76,3) 2,0
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Razão de prevalência (RP) por faixa etária
Testes sorológicos
Prevalência por 100.000 por faixa-etária (anos)
18-25 26-35 RP* 36-45 RP* 46-60 RP*
Anti-HBC
1019 2764,3
2,7
4686,1
4,6
5330,8
5,2(901,9; 1142,2) (2570,2; 2965,5) (4367,5; 5020,8) (4925,8; 5759,2)
Anti-HBsAg
125,2 316,7
2,5
317,2
2,5
265,2
2,1(88,2; 176,1) (252,3; 390,1) (237,0; 415,9) (177,5; 375,3)
Anti-HCV
32,6 59,4
1,8
42,7
1,3
114
3,5(14,9; 61,8) (33,9; 96,5) (17,2; 88,0) (60,7; 194,8)
Anti-HIV
65,1 44,5
0,7
67,1
1
52,6
0,8(38,6; 102,9) (23,3; 77,8) (33,5; 120,1) (19,3; 114,5)
VDRL
43,4 70,5
1,6
103,7
2,4
122,7
2,8(22,4; 75,8) (42,5; 101,2) (60,4; 166,0) (67,1; 205,9)
Anti-T.cruzi
0 7,4
0
24,4
0
17,5
0- (0,9; 26,8) (6,6; 62,5) (2,1; 63,3)
HTLV
14,5 11,1
0,8
24,4
1,7
26,3
1,8(3,9; 37,1) (2,3; 32,5) (6,6; 62,5) (5,4; 76,8)* Usando a faixa etária de 18-25 anos como referência
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Prevalência de anti-HBC por 100.000
Extremo Oeste
Meio Oeste OEESTE
Planalto Serrano
Planalto Norte
Vale do Itajaí
Sul
Grande FlorianópolisAnti-HBC
2000
2000 --| 3500
3500 --| 5000
5000 --| 6500
6500 --| 8000
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Prevalência de anti-HBsAg por 100.000
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Prevalência de anti-HCV por 100.000
Extremo Oeste OEESTE
Meio Oeste OEESTE
Planalto Serrano
Planalto Norte
Vale do Itajaí
Sul
Grande Florianópolis
Anti-HCV
até 40,0
40,0 --| 55,0
55,0 --| 70,0
70,0 --| 85,0
85,0 --| 100,0
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Sustentável
Prevalência de anti-HIV por 100.000
Anti-HIV
até 20
20 --| 40
40 --| 60
60 --| 80
80 --| 130
Extremo Oeste OEESTE
Meio Oeste OEESTE
Planalto Serrano
Planalto Norte
Vale do Itajaí
Sul
Grande Florianópolis
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Prevalência de sífilis por 100.000
Grande Florianópolis
Sul
Vale do Itajaí
Extremo Oeste OEESTE
Meio Oeste OEESTE
Planalto Serrano
Planalto Norte
VDRL
até 70
70 --| 120
120 --| 170
170 --| 220
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Prevalência de anti-HTLV por 100.000
Grande Florianópolis
Sul
Vale do Itajaí
Extremo Oeste OEESTE
Meio Oeste OEESTE
Planalto Serrano
Planalto Norte
HTLV
nenhum
0 --| 10
10 --| 20
20 --| 30
30 --| 45
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Prevalência de anti-T.cruzi por 100.000
Grande Florianópolis
Sul
Vale do Itajaí
Extremo Oeste
Meio Oeste
Planalto Serrano
Planalto Norte
Anti-T.cruzi
nenhum
0--| 5
5 --| 10
10 --| 20
20 --| 30
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Impactos do Projeto – CientíficoTecnologia de transferência e integração de dados de alta complexidade sobre os doadores de sangue no nível nacional e internacionalEpidemiologia: estimativas mais precisas de prevalência e incidência das doenças transmissíveis pelo sangue por região, baseadas pela primeira vez em população residente em vez de número de doações/doadores por hemocentroSubsídio para Vigilância Epidemiológica (concentração de casos infectados numa determinada área geográfica)Subsídio para incrementar as doações com menor risco transfusional (voluntárias e de repetição)
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Impactos do Projeto – Econômico/Social
Melhora da segurança transfusional devido a mais precisa e rápida identificação dos componentes deste risco, com transferência desta tecnologia para nível regionalApoio ao Programa de Sangue e Hemoderivados do Brasil, desenvolvido pelo Ministério da Saúde para suprir o SUS com sangue e hemoderivados de alta qualidadeSubsidiar o cálculo de custo/benefício para vários tipos de intervenção na área de segurança transfusional, visando a redução da morbi-mortalidade relacionada a estes agravos e otimizando os recursos alocados para melhorar a saúde da população
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Aplicabilidade para o SUSO resultado fundamental para o gestor público é a viabilidade técnica para integração das informações sobre doadores de sangue no nível estadual, nacional e internacional. A primeira fase da implementação do projeto mostrou que a transferência da tecnologia de informação para tal integração foi bem sucedida. Após a conclusão do projeto, seria possível fornecer dados mais precisos sobre a prevalência e incidência das doenças transmissíveis via sangue no nível de gestão mais localizada, tais como regional de saúde do estado, subsidiando as medidas mais específicas de prevenção e tratamento.
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Produção Científica
Journal of TransfusionVolume 2011, Article ID 985383, doi:10.4061/2011/985383
Comparison of Epidemiological Methods for Estimation of Hepatitis B Incidence and Residual Risk for Blood Donors in Southern Brazil.
Autores: Emil Kupek, Andrea Petry.
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Considerações FinaisPrimodoadores como foco de triagem e prevenção: 15 e 20 vezes maior risco para Hep.C e Hep.B aguda, respectivamente, que os doadores de repetição
Hep.B continua sendo o motivo mais freqüente de descarte de sangue doado:A incidência da forma aguda da doença (anti-HBsAg) é 10 vezes maior em homens que mulheresEntre os candidatos a doar sangue, quase 5% tem sido infectado com HepatiteB no estado (anti-HBC), principalmente no Extremo e Meio OesteAumento de prevalência nas faixas etárias acima de 25 anos (não-vacinados!)
Homens com maior risco das DST (HIV, Hepatite B)Infectados pela doença de Chagas em 4 do 7 macroregiões do estado
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VDRL inicial 327 reagentes 83069 não
reagentes
Retorno 1 92- 183+ 4 indeter-minados
48 sem retorno
NA
Retorno 2 NA 106+ e 77-
2+ e 2- 48 sem retorno
NA
Taxa de confirmação
0% 57,92% 50% 38,71%(estimado
)
NA
NA=não se aplica; reagente p/titulação>1:1, + p/titulação>1:4, - p/negativo
Taxa de confirmação dos resultados dos testes para sífilis
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SEXOTamanhodo grupo
Casos confi-
rmados
Soropre-valência
(%)IC (95%)
Feminino 34748 55 0,16 0,12-0,20
Masculino 47611 58 0,12 0,09-0,15
IDADE
16-25 27635 32 0,12 0,07-0,15
26-35 26930 38 0,14 0,09-0,18
36-45 16389 22 0,13 0,08-0,19
46-65 11405 21 0,18 0,11-0,26
Ignorado 1037 72 6,94 5,39-8,49
Sífilis em doadores de sangue no estado: perfil socio-demográfico
Maior prevalência em homens e com aumento da idade acima de 45 anos
Sem info. sobre idade com risco muito maior → marcador de risco
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ESCOLARIDADE N n (%) IC 95%1°grau incompleto 9809 148 0,30 0,25-0,35
1°grau completo 14018 19 0,08 0,05-0,12
2° grau 31678 18 0,16 0,08-0,23
3° grau 11481 16 0,16 0,08-0,24
Ignorado 16410 26 0,19 0,11-0,26
DOADOR DE REPETIÇÃO
Primodoador 49336 92 0,19 0,14-0,22
Repetição nos últimos 12 meses 22607 7 0,03 0,0-0,05
Repetição anterior a últimos 12 meses 11453 9 0,08 0,03-0,13
Sífilis em doadores de sangue no estado: nível educacional e fidelização dos doadores em 2010
Escolaridade baixa e ser primodoador de sangue aumentam o risco de infecção por sífilis
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MACRORREGIÃO N n % IC95%
Grande Fpolis 16593 26 0,16 0,09-0,22
Planalto Norte 16195 15 0,09 0,05-0,14
Extremo Oeste 11600 17 0,15 0,08-0,22
Meio Oeste 2406 7 0,29 0,07-0,51
Sul 11216 14 0,12 0,06-0,19
Vale do Itajaí 11668 16 0,14 0,07-0,20
Planalto Serrano 4698 11 0,23 0,09-0,37
Ignorado 9020 79 0,88 0,68-1,07
Sífilis em doadores de sangue no estado: soroprevalência por macroregiões em 2010
• Meio Oeste e Planalto Serrano com prevalê-ncias mais altas
• Sem info. sobre muni-cípio de residência com prevalência muito maior → marcador de risco
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Sífilis em doadores de sangue no estado: resumo
• Regressão de Poisson multivariada, ajustando por sexo, faixa etária, nivel de escolaridade, fidelização do doador e macroregião de residência, mostrou que idade acima de 35 anos, baixa escolaridade e ser primodoador foram os principais fatores de risco para sífilis.
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