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DESTAQUE
N os albores dos anos 30, formaram-se as
universidades nos estados do Brasil, no
consórcio de três ou mais Faculdades par-
ticulares ou públicas, fundadas em décadas ante-
riores. Irmão Afonso, francês de visão privilegiada,
projetou a Universidade Católica iniciada em 1931
e concretizada na reunião das Faculdades de
Economia, de Filosofia, de Serviço Social e de Di-
reito, pelo decreto federal de 9 de novembro de
1948. Parcos recursos, homens idealistas e em-
preendedores, construíram os pilares da alma
mater que, em 1950, recebeu o título de Pontifícia
e, depois de longo calcorrear da Praça Dom Se-
bastião até os campos do Partenon, foi crescendo
em prédios, em ofertas de cursos e de investiga-
ções e de oportunidades de conquistas técnicas,
filosóficas, científicas e humanísticas até ostentar
o título de melhor universidade privada da região
Sul do País.
Uma trajetóriade 58 anos
Ir. Elvo Clemente
DÉCADA DE 30: primeira sede da Faculdade
de Ciências Políticas e Econômicas,
inaugurada em 1931, na Praça Dom Sebastião
1968: primeiros prédios construídos:
Reitoria, Odontologia, Economia e Engenharia
1947: Laboratório de Botânica
da Faculdade de Filosofia,Ciências e Letras
DE 1943A 1967: naPraça DomSebastião,
atual ColégioRosário,
funcionoua sede da
PUCRS
Fotos: Arquivo PUCRS
IrmãoAfonso
Órgão de Divulgação Interna da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul • Assessoria de Comunicação Social • Ano II • Nº 15 • Novembro de 2006
POR DENTRO DA PUCRS
C om 40 anos de experiênciaem biblioteca da área da saú-de, Rosária Prenna Geremia,
59, sente-se orgulhosa do quanto osestudantes e profissionais valorizamo seu trabalho. “Nem precisamos di-vulgar os serviços porque eles de-mandam.” Às vezes um artigo é so-licitado antes mesmo da publicaçãoon-line. Há uma década Rosariaatua no Centro de Estudos da Facul-dade de Medicina (Famed), ligado àBiblioteca Central Irmão José Otãoda PUCRS, e situado no 3º andar doHospital São Lucas (HSL). Não só notrabalho tem contato com a área. Omarido é otorrinolaringologista. Osdois filhos seguiram a influência esão ligados à Universidade. Ex-alunode graduação e mestrado, Tomas le-ciona na Faculdade de Odontologia.O mais jovem, Henrique, forma-se
Na Universidade em famíliaem Medicina no dia 9 de dezembro.“A PUCRS me proporcionou cresci-mento profissional e estímulo de se-guir trabalhando”, conta Rosária,que também atuou na Biblioteca daMedicina da UFRGS.
A mãe Maria Prenna cursou In-glês para Terceira Idade na PUCRSaos 86 anos. Agora, com quase 90,está estudando italiano. Viúva muitocedo, transmitiu à filha a necessida-de de ir à luta e buscar uma boa for-mação. A bibliotecária fez especiali-zação na década de 70 em Bibliote-conomia Biomédica na Bireme –Centro Especializado da OrganizaçãoPan-Americana da Saúde, em SãoPaulo. Também credita seu desem-penho como profissional à facilidadecom idiomas. Domina inglês, espa-nhol, italiano e francês. “Incentivoos usuários da Biblioteca a aprende-
rem outras línguas, senão estarãoprivados do acesso a muitas infor-mações.”
Segundo Rosária, a PUCRS temo maior acervo atualizado da áreamédica no Estado. Destaca os 351títulos de periódicos estrangeiros eas bases de dados on-line e em CD-ROM. Entre as áreas consideradasde excelência estão a Bioética, Psi-quiatria, Geriatria e Gerontologia.Seu papel, além de coordenar o Cen-tro de Estudos, é principalmente vol-tado a apoiar o usuário. Pacientes efamiliares do HSL também consul-tam a Biblioteca, especialmenteatrás de jornais.
Apesar do contato com 6 mil tí-tulos de obras na área médica, Ro-sária nunca leu nenhum. Diz quemuitos funcionários ficam curiosossobre os temas, mas ela prefere lite-
ratura. Apaixonada por poesia, du-rante a entrevista fez questão de lerDime, do argentino Jorge Luis Bor-ges, e La gente que me gusta, douruguaio Mario Benedetti, adiciona-dos na sua pasta “Preferidos”, doWord. Admira Dom Quixote de LaMancha, de Miguel de Cervantes,mas não deixa de apontar para aprateleira do seu cantinho de traba-lho onde há Tempo e tolerância, deIván Izquierdo.
SABE-TUDO
Coordenador da Assessoria de Comunicação Social e Diretor-Editor: Luiz Antônio Nikão Duarte • Editora Executiva: Magda Achutti• Redaçãoe Edição: Ana Paula Acauan, Magda Achutti e Mariana Vicili • Estagiária: Letícia Bernardino • Revisão: José Renato Schmaedecke • Projeto grá-fico: Pense Design • Impressão: Epecê-Gráfica • Entre em contato pelo e-mail pucrsnoticias@pucrs.br ou pelo fone 3320-3500, ramal 4338.
TVE iniciou atividadesna PUCRS
O s alunos da Faculdadede Comunicação Social(Famecos), na década
de 70, puderam vivenciarbem de perto a rotina da TVEducativa do Estado do RioGrande do Sul (TVE-RS), quefuncionou, de 1974 a 1980,nas dependências da Facul-dade.
A professora Vera Ferrei-ra, que na época também eratécnica em educação da Se-cretaria de Educação e Cultu-ra do Estado, conta que a TVEera um sonho há muito tempoaguardado. Em 1969, foi con-cedido à emissora o canal 7,em VHF, pelo Conselho Nacio-nal de Telecomunicações. Porrazões administrativas, asobras do espaço físico ondeficariam os estúdios da TV fo-ram paralisadas. A Secretariade Educação e Cultura esco-lheu então, dentre as univer-sidades locais, a PUCRS parasediar a TVE.
A Famecos tinha todas ascondições necessárias para ofuncionamento da emissora,como estúdio com dimensõesideais, pé-direito e tratamentoacústico, além de salas decontrole com vista direta parao estúdio (foto ao lado) e ou-tras facilidades técnicas,compatíveis com o funciona-mento de uma televisão emcircuito aberto.
Em novembro de 1973 foifirmado o Plano de Ação Con-junta entre o Governo do Esta-do e a Universidade. O Planoprevia a utilização dos estúdiose equipamentos da TV, nos tur-nos da manhã e da noite, por professores e alunosque cursavam a partir do 7º semestre. À tarde, fun-cionava a TVE. As primeiras transmissões foramfeitas em março do ano seguinte, em circuito aberto.
A professora Vera conta que essa experiênciateve resultados positivos visíveis na formação dosalunos, que usufruíam de equipamentos de últimageração e aproveitavam o contato com os profis-sionais, enquanto os técnicos da TV também pu-deram aprender com as novas linguagens testa-das e experimentos dos estudantes. Soluções ar-
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tesanais buscadas para criar efeitos especiais quenão eram possíveis na época eram muito comunse utilizados por ambos, como as rodas de madei-ra, feitas pela carpintaria da PUCRS (à esquerda,na primeira foto), onde eram colocados os créditosdos programas, que “subiam” à medida que aroda era girada.
Em 1981, por necessidade de expansão doespaço físico, a TVE transferiu-se para o local daantiga TV Piratini, no Morro Santa Teresa, ondeestá até hoje.
Fotos: Arquivo PUCRS
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