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Reitor
José Pio Martins
Coordenadora do Curso de Enfermagem
Kátia Renata Antunes Kochla
Presidente da Comissão Executiva
Luciane Favero Basegio
Comissão Científica
Kalyane Lorena Machado
Laura Caroline de Barros de Lara
Marina Santos Slomp
Micheli Aparecida Nielsen
Michelle Mendes
Michelli Borges
Pâmela Rodrigues de Almeida
Viviane Nogueira Santos
Comissão de Infraestrutura
Caroline Machado de Toledo
Fernanda de Lima
Marina Kanning Oviedo
Mayume Sato
Rachel de Oliveira
Valéria Pereira
Waleska Alves Martins
Comissão Social
Bruna Yukari Nakagaki
Karin Cristine Hanke
Kerli Cordeiro Gomes
Joziane Maria Michalski
Juliana Ferreira da Costa
Juliane Grasielle Walter Nascimento
Letícia dos Santos Rodrigues Lemos
Marcelo Lourenço
Nathalia de Oliveira Queiroz
Patricia Alves de Barros
Rebeca Videira Vale
Comissão de Secretaria e Finanças
Angela do Rocio Fedalto
Bárbara Cristina da Silva
Felipe Mendes Barbosa
Jassiara de Abreu Ferreira
Guilherme de Oliveira Sebastião
Millena Gouvea Moser
Publia Rafaela de Matos Tavares
Sarah Zettel Lossano
Tayná Dias de Moura
Thais Ricardo Campos
Monitores
Beatriz Marques Mendes
Deborah Walter Train
Leticia de Paula Pereira
Milena Correia Santana
Munã Luersen Zahra
Pamela Nicole dos Santos
Rafaella da Silva Denzer
Victória Caroline dos Santos
Realização
Acadêmicos da terceira série do curso de graduação em Enfermagem da
Universidade Positivo.
SUMÁRIO
TRABALHOS DE APRESENTAÇÃO ORAL...............................................…....08
APLICABILIDADE DA TEORIA DA ADAPTAÇÃO DE SISTER CALLISTA ROYEM CUIDADOS PALIATIVOS..............................................................................08
PRIMEIROS SOCORROS NA PRIMEIRA INFÂNCIA: A ATUAÇÃO DOENFERMEIRO NO TREINAMENTO DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DEEDUCAÇÃO........................................................................................................13
DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DE UMA UBS LOCALIZADA NA CIDADE DECURITIBA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA......................................................18
O GENE MCR-1 E A MULTIRESISTÊNCIA BACTERIANA – UMAPERSPECTIVA GLOBAL...........................................................................……...23
ENFERMAGEM FORENSE: UMA NOVA PERSPECTIVA DE ATUAÇÃOPROFISSIONAL..................................................................................................27
O AUMENTO DO CONSUMO DE ÁLCOOL NA ADOLESCÊNCIA NOBRASIL................................................................................................................30
ELABORAÇÃO DE UM VÍDEO COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA PARAAULA NA DISCIPLINA DE ÉTICA, LEGISLAÇÃO E HISTÓRIA DAENFERMAGEM...................................................................................................35
O VÍDEO COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NA DISCIPLINA DE ÉTICA,LEGISLAÇÃO E HISTÓRIA DA ENFERMAGEM: UM RELATO DEEXPERIÊNCIA.....................................................................................................40
UTI NEONATAL: PAPEL DO ENFERMEIRO NA ORIENTAÇÃO AOS PAIS.…..44
CUIDADOS DOMICILIARES DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS DEPENDENTESDE TECNOLOGIA...............................................................................................49
TRABALHOS DE APRESENTAÇÃO PÔSTER..................................................55
ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM NA BUSCA ATIVA VACINAL EM UMA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL 1 EM CURITIBA/PR: RELATO DEEXPERIÊNCIA.....................................................................................................55
ATRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM NOS SERVIÇOS DEHEMODINÂMICA................................................................................................60
RELATO DE EXPERIÊNCIA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE ÀS GESTANTES..…...64
INFLUÊNCIA DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕESMAMÁRIAS E DESMAME PRECOCE: ORIENTAÇÕES NO ALEITAMENTOIMEDIATO............................................................................................................69
SÍNDROME DE FOURNIER: ESTADO DA ARTE...............................................74
LEUCEMIA LINFOCÍTICA AGUDA: UMA ABORDAGEM DO PROCESSO DECUIDAR EM ENFERMAGEM..............................................................................78
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO AÉREO.......................82
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA SAÚDE DO IDOSO COM ALZHEIMER......86
A PROBLEMÁTICA DOS SUICÍDIOS NA POPULAÇÃO IDOSA E A SUARELAÇÃO COM O CONCEITO DE ADAPTAÇÃO DE CALLISTA ROY – UMAREVISÃO INTEGRATIVA....................................................................................91
FATORES E RISCOS ASSOCIADO AO COMPORTAMENTO ALIMENTARENTRE CRIANÇAS E JOVENS……………………………………………………..97
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DA OBESIDADEINFANTIL……………………………………………………………………………..103
EUTANÁSIA SOCIAL: UM FENÔMENO DISRUPTIVO FRENTE AO PRINCÍPIODA DIGNIDADE HUMANA………………………………………………………….108
A PROMOÇÃO DO CUIDADO Á CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL….112
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NOS CUIDADOS ÀS MULHERES NOCLIMATÉRIO………………………………………………………………………….117
REPROCESSAMENTO DE PRODUTOS MÉDICO-HOSPITALARES
UTILIZADOS EM CIRURGIAS CARDIOTORÁCICAS…………………………..123
ADAPTAÇÃO DO INDIVÍDUO COLOSTOMIZADO NA PERSPECTIVA DECALLISTA ROY..................................................................................................128
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕESPOR PRESSÃO……………………………………………………………………...132
PRÁTICAS DE CUIDADO DE ENFERMAGEM PARA ALIVIO DA DOR EM UTI NEONATAL……………………………………………………………………………136
A ORTOTANÁSIA COMO BENEFÍCIO AOS PACIENTES EM PROCESSO DE TERMINALIDADE…………………………………………………………………...140
SÍFILIS NA GRAVIDEZ: PUBLICAÇÕES NACIONAIS FRENTE A ASSISTÊNCIA DA SÍFILIS NA GRAVIDEZ………………………………………………………….144
STREPTOCOCCUS AGALACTIAE NA GESTAÇÃO…………………………….149
NEW DELHI METALOBETALACTAMASE (NDM-1): UM NOVO ADVENTO DASINFECÇÕES NOSOCOMIAIS……………………………………………………...155
A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERANTE AGRAVIDEZ ECTÓPICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA…………………….159
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA TERMINALIDADE DE VIDA……………..164
MEDIDAS PARA A PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO………………………….169
NECESSIDADES DE SAÚDE DO IDOSO: ELEMENTOS PARA PRÁTICA DAENFERMAGEM………………………………………………………………………173
A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS CUIDADOSPALIATIVOS, SOB A ÓTICA DA TEORIA DE WANDA A HORTA: UMA REVISÃOINTEGRATIVA………………………………………………………………………..178
HOME CARE: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIADOMICILIAR………………………………………………………………………….183
TRABALHOS DE APRESENTAÇÃO ORAL
APLICABILIDADE DA TEORIA DA ADAPTAÇÃO DE SISTER CALLISTA
ROY EM CUIDADOS PALIATIVOS
Gabrielle Stefany Maciel1, Jessica Zub Izidoro², Maryanna Leopoldo de Lima³,
Tuane Cachuba de Abreu4, Denise Faucz Kletemberg5.
RESUMO: Cuidados Paliativos são definidos pela Organização Mundial da
Saúde (2002) como uma abordagem que visa aliviar o sofrimento e agregar
qualidade à vida dos pacientes e seus familiares diante de uma doença que
põem risco a continuidade da vida. Essa abordagem é realizada por uma
equipe multidisciplinar e pode complementar e ampliar os tratamentos
modificadores da doença ou pode tornar-se o foco total do cuidado. Os
Cuidados Paliativos (CP) pretendem aliviar os problemas existentes, prevenir a
ocorrência de novos problemas e promover oportunidades para experiências
significativas e valiosas, crescimento pessoal e espiritual e autorrealização.
São indicados para todos os pacientes (e familiares), indiferente da idade,
sexo, diagnóstico, ou momento da doença, quando esta apresenta ameaça a
continuidade da vida (SBGG, 2015). Para esse atendimento se faz necessário
a utilização de um referencial teórico, que ofereça estrutura e organização para
a enfermagem, proporcionando um meio sistemático de coletar dados,
promovendo a prática sistemática e racional, conferindo um propósito mais
claro, enunciando não apenas o foco dessa prática, mas ainda metas e
resultados específicos (McEWEN&WILLS, 2016). Sister Callista Roy, em sua
teoria de adaptação, busca promover a adaptação do homem em situações de
1Acadêmica do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Positivo.gabrielle.maciel123@hotmail.com;² Acadêmica do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Positivo.jeh-zub@hotmail.com; ³ Acadêmica do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Positivo.maryanna.ll@hotmail.com (41)99785-1520;4 Acadêmica do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Positivo.tuane_abreu@msn.com;5 Professora-orientadora do projeto, docente da Universidade Positivo. Email:denisekle@yahoo.com.br
saúde e doença. O Modelo de Adaptação de Roy (MAR) concentra-se na
interrelação de quatro sistemas adaptativos, mantendo três pressupostos:
filosóficos, científicos e culturais, onde todos os elementos do modelo são parte
do cuidado do paciente e do grupo. Com o uso dos quatro modos adaptativos
as respostas e a interação com o ambiente do paciente são realizadas e a
adaptação pode ser observada (McEWEN&WILLS,2016). É compreensível a
resistência que muitos tenham com o tema devido à fragilidade do momento
em que se encontra a pessoa abordada, entretanto se faz necessário elucidar
esses conceitos, suscitando à pergunta: é possível associar uma teoria como a
de Callista Roy aos Cuidados Paliativos, dada a situação efêmera?
JUSTIFICATIVA: Ao explorar os ensinamentos de Roy e inteirar-se da
abordagem dos Cuidados Paliativos, surgiu o interesse em associar os
conteúdos, tendo em vista a importância desse processo para o paciente e os
seus familiares, e a busca para romper o estereótipo de que essa terapêutica é
fornecida exclusivamente para pacientes oncológicos, idosos ou restritos à UTI,
além da não aplicabilidade das Teorias de Enfermagem. OBJETIVO:
Correlacionar a Teoria da Adaptação de Sister Callista Roy no cuidado ao
indivíduo em Cuidados Paliativos. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica
realizada nos meses de julho e agosto de 2018, através da pesquisa via
eletrônica, consultando-se sites de busca de dados Google Acadêmico e
SciELO, sendo utilizados os descritores: Teorias de Enfermagem, Cuidados
Paliativos e Qualidade de Vida. Os critérios de inclusão foram publicações no
período de 2012 a 2018, no idioma português, sendo excluídas publicações
que fugiam ao objetivo inicial do trabalho. RESULTADOS: A partir das leituras
realizadas, o resultado obtido aponta a possibilidade de associação entre a
teoria da adaptação e a terapêutica proposta, devido à possibilidade de haver
mudança de papel dentro da família, pautado nos macroconceitos de Roy. Para
Roy, os profissionais de Enfermagem são responsáveis pelos cuidados de
saúde com foco nos processos de vida humanos, promovendo a saúde de
forma individual e coletiva, expandindo a capacidade de adaptação e melhora
da transformação ambiental da pessoa através da ciência e da prática. O
paciente (família) é a pessoa exposta, enquanto o ambiente são as
circunstâncias, condições e influências que afetam o comportamento dessa
pessoa. Segundo ela: a pessoa saudável não está livre de situações inevitáveis
como a morte, doenças, infelicidade ou estresse, mas a capacidade de lidar
com estas situações deve ser a mais competente possível (Coelho&Mendes,
2011). O MAR considera o objetivo da enfermagem de promover a adaptação
do indivíduo em quatro modos (modo adaptativo: físico-fisiológico,
autoconceito, interdependência e desempenho de papel), contribuindo para a
saúde, qualidade de vida e morte digna. De forma breve, o primeiro refere-se
às necessidades básicas da integridade fisiológica, como nutrição e
oxigenação. O segundo envolve aspectos psicológicos e espirituais. O terceiro
sobre relacionamentos próximos de pessoas e suas finalidades, e por último o
papel que o indivíduo desenvolve perante a comunidade, no sentido da
preservação da integridade social (McEWEN&WILLS, 2016). Durante um
processo de doença surge o desafio do indivíduo de se adaptar a essa nova
condição, que geralmente leva a mudanças nos relacionamentos e nos papéis
familiares e sociais, interferindo em experiências pessoais e qualidade de vida
(SBGG, 2015). Segundo a OMS, 2002, “CP é uma abordagem que promove a
qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que
ameacem a continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento.
Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros
problemas de natureza física, psicossocial e espiritual”. Ele não se baseia em
protocolos, mas sim em princípios (ANCP, 2012). Diferente do estereótipo de
que CP são destinados apenas a pacientes oncológicos, segundo a ANCP,
condições mórbidas como: Insuficiência Cardíaca Congestiva, Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica, Câncer, Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA),
Demência e outras doenças degenerativas progressivas, são condições
clínicas que se enquadram em critérios para o encaminhamento paliativista
(ANCP, 2012). Os cuidados a esses enfermos são prestados por uma equipe
multidisciplinar: enfermeiros, médicos, nutricionistas, assistentes sociais,
psicólogos, entre outros, presentes durante todo o processo da doença, em
tratamentos modificadores ou exclusivamente paliativo. O paciente precisa ser
cuidado em um ambiente com condições de controle dos sintomas e
confortável, com acesso imediato a medicações e orientações específicas,
podendo ser um hospital, domicílio, ILP ou Unidade de Cuidados
Paliativos/Hospice, contando sempre com profissionais capacitados para tais
cuidados (SBGG, 2015). Um paciente com o diagnóstico de ELA, por exemplo,
com o desenvolvimento da doença terá alterações nos quatro modos
adaptativos de Roy, as necessidades básicas do modo fisiológico,
primordialmente a oxigenação e a nutrição. O autoconceito precisa ser avaliado
pelo enfermeiro, para que este possa detectar comportamentos e estímulos
que influenciam a autoconsistência, autoideal e imagem corporal desse
paciente, como ele enxerga a finitude da vida, considerando sua crença.
Precisa, junto ao paciente e, se possível a família, avaliar o papel que esse
desenvolve na vida, como será a vida dependendo dos cuidados de outras
pessoas, e o a interdependência, como são as relações afetivas, se são
satisfatórias e passam segurança entre paciente e cuidador.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: É notável a importância dessa abordagem devido
ao grande número de pacientes que podem receber esse tratamento, por
apresentarem alguma doença que ameace a vida, havendo possibilidade ou
não de tratamento modificador da doença. Ficou clara a necessidade de
comunicação entre a equipe multidisciplinar para que todos compreendam o
paciente de forma íntegra, considerando suas crenças e valores.
Fundamentado nisso, o MAR encaixa-se perfeitamente na abordagem da
equipe de enfermagem, pois é de competência desses profissionais a
identificação desses valores, orientando o paciente nas possíveis mudanças
que ocorrerão no processo de doença. CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES
PARA A SAÚDE: Este estudo traz informações e conhecimentos acerca dos
Cuidados Paliativos, trazendo à tona uma importante teórica de enfermagem,
com condições de aplicar seu Modelo de Adaptação aos cuidados prestados ao
paciente e familiares, visto que durante o processo de doença pode haver uma
inversão de papéis e dificilmente as famílias estão preparadas para esse
desfecho.
DESCRITORES: Teoria de Enfermagem, Cuidados Paliativos, Qualidade de
Vida.
REFERÊNCIAS
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – Vamos falar de Cuidados
Paliativos. 2015. Disponível em: https://sbgg.org.br/vamos-falar-de-cuidados-
paliativos/. Acesso em Julho de 2018.
Melanie McEwen e Evelyn M. Wills – Bases teóricas de enfermagem. 4th
edição. 2016. Ed. Artmed.
Sónia Margarida Santos Coelho e Isabel Margarida Dias Monteiro Mendes - Da
pesquisa à prática de enfermagem aplicando o modelo de adaptação de
Roy. Disponível em
http://revistaenfermagem.eean.edu.br/detalhe_artigo.asp?id=715. Acesso
em Agosto de 2018.
Academia Nacional de Cuidados Paliativos – Manual de cuidados paliativos
ANCP. 2012. Disponível em: http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-
content/uploads/2017/05/Manual-de-cuidados-paliativos-ANCP.pdf. Acesso
em Julho de 2018.
PRIMEIROS SOCORROS NA PRIMEIRA INFÂNCIA: A ATUAÇÃO DO
ENFERMEIRO NO TREINAMENTO DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DE
EDUCAÇÃO
Caroline Machado1, Marina Kanning Oviedo 1, Rachel de Oliveira1
Valéria Pereira1, Gercino Faht2
INTRODUÇÃO: Embora o período escolar seja um momento de bem-estar e
aprendizado para crianças, é conhecido que grande parte dos acidentes na
infância ocorram durante o período de permanência na instituição. A discussão
sobre segurança na escola tem despertado o interesse e a preocupação de
alguns pesquisadores há muito tempo. Em 1969 foram publicados os primeiros
estudos sobre o assunto, onde já se questionava a segurança no ambiente
escolar. (BESSA e VIEIRA, 2001) As crianças são vulneráveis a ferimentos e
acidentes, que podem variar de ferimentos leves a acidentes graves,
resultando em sangramento e fraturas, e assim o manejo de primeiros socorros
se torna tão importante quanto levar uma criança a um centro
médico. (KUMAR, 2013) No geral, a maioria das lesões entre crianças está
diretamente relacionada às atividades físicas ao ar livre, das quais 20%
ocorrem durante o horário escolar. (SPINKS, 2006) Normalmente, as escolas
não têm profissionais de saúde treinados, como médicos ou enfermeiros, em
suas instalações como funcionários permanentes. Os professores, como
funcionários em tempo integral, são os principais prestadores de cuidados e
podem ser os primeiros protetores das crianças na escola. Portanto, é
essencial que os professores sejam treinados em gerenciamento de primeiros
socorros. (KUMAR, 2013). O principal objetivo dos primeiros socorros é aliviar
a dor, facilitar o processo de cura e minimizar os danos. (KUMAR, 2013)
A primeira ação adotada para o manejo de lesões como primeiros socorros é
muito importante, pois decide o curso futuro das taxas de doenças e
complicações. (GOEL, 2008) De acordo com os Parâmetros Curriculares
1Acadêmicos da 3ª série de Enfermagem da Universidade Positivo. Autor correspondente E-mail: caroltoledo_93@hotmail.com; marinak.o@outlook.com; racheloliveira50@gmail.com; vapereira844@gmail.com2Professor do Curso de Graduação de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail: gercinofaht@bol.com.br
Nacionais, criados pelo Ministério da Educação, os acidentes devem ser
analisados sob duas perspectivas: práticas de prevenção como aprendizagem
e medidas de primeiros socorros. Dados da Urgência Pediátrica do Porto,
centralizada no Hospital de S. João demonstram números alarmantes: em 2017
foram atendidos 3549 casos com ativação do seguro escolar. As crianças, em
especial, são seres suscetíveis a acidentes por sua natural inquietação e
imprevisão. O ambiente da escola se torna local propício a acidentes devido à
grande aglomeração de crianças e adolescentes agitados, que interagem o
tempo todo (SENA, RICAS E VIANA, 2008) A lei 7.498/86 que dispõe sobre a
regulamentação do exercício da enfermagem, afirma em seu artigo 11º que o
profissional enfermeiro atue como educador em saúde, visando à melhoria da
qualidade de saúde da população. Com base nas informações apresentadas
surge como prerrogativa a seguinte questão norteadora: qual é o grau de
conhecimento das professoras do CMEI sobre primeiros socorros? Quais as
condutas tomadas nas diversas ocorrências e situações emergenciais que
eventualmente acometem as crianças durante o período de permanência na
instituição escolar? JUSTIFICATIVA: O interesse pela criação do projeto surgiu
após uma visita realizada pelas acadêmicas em um Centro de Educação
Infantil – CMEI, em março de 2018, durante o estágio prático de saúde da
criança e do adolescente da Universidade Positivo em Curitiba. Na ocasião,
surgiu o questionamento a respeito dos acidentes mais ocorridos neste
ambiente e quais eram as condutas realizadas pelas professoras frente aos
principais imprevistos. Diante disso, verificamos a importância em aplicar um
treinamento baseado em primeiros socorros básicos, a fim de empoderar as
professoras e demais responsáveis do CMEI a realizarem condutas práticas de
atendimento emergencial simples, diante de eventuais acidentes ocorridos
durante o período de permanência das crianças na instituição escolar.
OBJETIVO: Promover treinamento básico de primeiros socorros às
professoras do CMEI no intuito de que possam realizar condutas práticas de
atendimento emergencial simples frente a um acidente. METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo observacional sistemático. Os participantes inclusos na
pesquisa foram 13 professoras do CMEI. Após o consentimento informado, os
entrevistados receberam explicações sobre o objetivo do estudo. Os dados
foram coletados através de um diálogo informal entre as acadêmicas de
enfermagem da Universidade Positivo e as educadoras. Dentre as informações
obtidas, elencamos algumas das principais ocorrências citadas pelas
professoras, entre elas: febre alta, contusões por impactos, crises convulsivas,
inserção de corpos estranhos em orifícios corporais, cortes, escoriações e
mordidas. Subsequentemente, iniciou-se o estudo das situações relatadas no
CMEI, no qual incentivou a criação de um manual de primeiros socorros com a
descrição das condutas frente aos acidentes mencionados pelas professoras.
O processo de treinamento ocorreu na sala de permanência das educadoras
do CMEI, um local destinado ao desenvolvimento de atividades para os alunos.
O processo foi realizado em três dias devido a organização da instituição,
sendo 3 a 4 participantes por vez. Inicialmente, através de um questionário
estruturado contendo 9 questões, sendo elas verdadeiras ou falsas. Foi
solicitado que os participantes realizassem o preenchimento com objetivo de
analisar o conhecimento prévio sobre as condutas tomadas frente às situações
emergenciais já vivenciadas no CMEI. Ao final do preenchimento do
questionário os formulários eram recolhidos, anonimamente. Na segunda etapa
transcorreu a execução do treinamento de primeiros socorros propriamente
dito, onde cada tema era abordado de forma aleatória e cada professora era
convidada a sortear um caso fictício das ocorrências. Diante da resposta da
professora, a acadêmica responsável por ministrar aquele tema ratificava a
resposta correta e demonstrava na prática a conduta a ser tomada diante da
ocorrência, realizando as manobras específicas com auxílio de um boneco,
utilizado como instrumento de ensino. Na etapa final, logo após o término do
treinamento, foi solicitado novamente o preenchimento do questionário com as
9 questões a fim de realizar um comparativo das respostas com vistas à
verificação do aprendizado adquirido. Por se tratar de um trabalho acadêmico
realizado durante estágio curricular, não houve submissão ao Comitê de Ética e
Pesquisa, contudo manteve-se o anonimato de todos os participantes
envolvidos. RESULTADOS: O treinamento atingiu positivamente 100% dos
participantes. Na aplicação do primeiro questionário, dentre as 117 alternativas,
as professoras responderam 107 alternativas certas e 10 alternativas erradas.
No questionário posterior ao treinamento houve apenas 1 erro e 116 acertos.
Apresentamos a seguir as questões formuladas, porém de forma resumida e
simplificada: (1) Qual a sua conduta perante um corte no joelho? (2) Qual a sua
conduta frente a uma criança de 3 anos que introduziu um objeto na boca e a
passagem de ar está obstruída? (3) Qual a sua conduta nos casos de mordida
entre as crianças? (4) Qual a sua conduta para uma criança com febre alta? (5)
Qual a sua conduta em caso de engasgo ou asfixia provocada por alimentos?
(6) Qual a sua conduta em caso de hemorragia nasal? (7) Qual a sua conduta
frente a uma criança de 4 anos que introduziu um objeto no nariz? (8) Qual a
sua conduta no caso de uma criança cair e causar uma contusão no joelho? (9)
Qual a sua conduta nos casos de convulsão? Todos os temas abordados no
treinamento foram incluídos no manual de primeiros socorros, elaborado pelas
acadêmicas de enfermagem da Universidade Positivo e disponibilizado ao
CMEI para eventuais consultas. CONCLUSÃO: A aplicação do treinamento
básico de primeiros socorros em um centro de educação infantil em Curitiba,
realizado pelas acadêmicas de enfermagem da Universidade Positivo,
certamente contribuiu de forma a empoderar as professoras dessa instituição
escolar a agir de forma adequada, rápida e segura nas diversas ocorrências e
situações emergenciais com as crianças. Contudo, é de grande valia
mencionar que o manual de primeiros socorros que fora disponibilizado para o
CMEI também resultou em aprendizado tanto melhor para o grupo das
acadêmicas que o elaborou, bem como para o grupo de professoras que
poderão fazer uso deste material, consultando-o a qualquer momento. Este
projeto também vem de encontro com o cumprimento da lei 7.498/86 que
dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem que em seu atrigo
11 afirma que o enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem,
cabendo-lhe como integrante da equipe de saúde, a educação visando à
melhoria de saúde da população.
DESCRITORES: Primeiros socorros; Educação infantil, Educação em saúde.
REFERÊNCIAS:
BESSA, A. G.; VIEIRA, L. J. E.S. Acidentes em crianças no contexto escolar –
uma visão do educador. RECCS, Fortaleza, v. 14, p. 15-20, 2001.
BRASIL. LEI No 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986. Dispõe sobre a
regulamentação do exercício da enfermagem, e dá outras providências.
Kumar SD, Kulkarni P, N Srinivas, Prakash B, Hugara S, Ashok NC. Percepção
e práticas sobre primeiros socorros entre professores de escolas em
Mysore. Natl J Community Med. 2013; 4 (2): 349-352.
Spinks AB, McClure RJ, Bain C, Macpherson AK. Quantificação da associação
entre atividade física e lesão em crianças de idade escolar
primária. Pediatria. 2006; 118 (1): e43-e50. doi: 10.1542 / peds.2005-2275.
Goel S, Singh A. Impacto Comparativo de Dois Pacotes de Treinamento em
Conscientização e Práticas de Primeiros Socorros para Lesões e Doenças
Comuns entre Estudantes do Ensino Médio na Índia. IntElectron J Health
Educ. 2008; 11 : 69-80.
DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DE UMA UBS LOCALIZADA NA CIDADE DE
CURITIBA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Karina Gryzinski1, Madalena Rosenente¹, Tainá Fernanda Rodoi¹, Thatyane
Vanessa Turatto¹, Thays Saskoski¹, Eduardo Funchal2
INTRODUÇÃO: Sendo caracterizada por um conjunto de ações tanto de
âmbito individual quanto coletivo, a atenção primária de saúde vai desde a
prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação até a redução de danos,
promoção da qualidade de vida, e assistência nos cuidados paliativos (BRASIL,
2017). É desenvolvida pelas equipes por meio do exercício a práticas de
cuidado e gestão de forma democrática e participativa, visando sempre às
necessidades da população que faz parte do território em questão. Tem como
objetivo o desenvolvimento de uma atenção integral. Além disso, deve ser o
local preferencial dos usuários, e principal porta de entrada e centro de
comunicação da Rede de Atenção à Saúde (STARFIELD, 2002). Devido a
grande importância dos serviços prestados e seus respectivos impactos na vida
dos habitantes, é dever da unidade, e principal papel da enfermagem
administrar e realizar o correto modo de gestão, obtendo-se assim qualidade e
eficiência. Para ajudar no controle e facilitar a organização, o diagnóstico
situacional acaba sendo uma importante ferramenta. Este permite auxiliar no
conhecimento dos principais problemas e necessidades sociais da população,
como características e demandas específicas, educação, saneamento,
transporte, segurança, e habitação, e assim fazer com que a equipe possa
realizar o correto planejamento, e consequentemente as possíveis soluções de
problemas. É realizado através do processo de coleta, tratamento e análise dos
dados, e busca métodos qualitativos e quantitativos, técnicas de entrevista,
grupo focal e observação, estratégias de amostragem e análise do material
(SILVA; KOOPMANS; DAHER, 2016). QUESTÃO NORTEADORA: A
metodologia do diagnóstico situacional é facilmente aplicável? OBJETIVO:
Aplicar a metodologia do diagnóstico situacional na Unidade de Saúde utilizada
1Bacharelandas do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail autor correspondente: thatyane.turatto@outlook.com 2Mestre em Enfermagem. Profº da Universidade Positivo. E-mail: eduardofunchal@gmail.com
como campo de prática. JUSTIFICATIVA: Além da grande relevância em saber
elaborar um diagnóstico situacional corretamente, o qual é determinante e
servirá de auxílio na carreira profissional, considera-se importante o estudo que
demonstra, entre outras características, a importância do papel do enfermeiro
neste tipo de setor. METODOLOGIA: O presente trabalho caracteriza-se por
um modelo descritivo do tipo relato de experiência. A busca dos dados de
pesquisa se deu por várias fontes, tais como: conversa com os trabalhadores,
observação participativa e investigação de dados secundários no sistema
Esaúde. Estes foram registrados em diário de campo de cinco acadêmicas do
2º ano da graduação em Enfermagem de uma universidade privada, que
durante estágio desenvolveram aulas práticas, no período de março a abril de
2018, distribuídas ao longo de 11 encontros em uma Unidade Básica de Saúde
localizada na cidade de Curitiba. A unidade está situada em um bairro de 12,27
km², com população de 25.209 habitantes e densidade de 2.054 hab/km². Para
que as observações fossem descritas, foi necessário entender a estrutura da
UBS, o perfil da comunidade, o processo de trabalho, o funcionamento da
territorialização, e os dados secundários de saúde. O trabalho não passou por
apreciação do comitê de Ética tendo em vista sua apresentação em evento
interno. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da análise de informações
obtidas, algumas das principais particularidades desta unidade foram
levantadas. Entre elas a organização do fluxo de atendimento aos usuários,
relacionamento interpessoal, gestão, estrutura física, uso do aplicativo de
acesso ao serviço e sistema de informática. Em relação ao fluxo de usuários,
por estar situada próxima a um terminal de ônibus de fácil acesso para outras
regiões recebe um grande número de usuários, os quais não pertencem a sua
região de cobertura. Atende quantidade significativa de gestantes, a maioria
entre 20 a 25 anos, e crianças para a vacinação. Devido a seu público alvo ser
composto majoritariamente por idosos aposentados de classe média,
portadores ou não de doenças crônicas como diabetes e HAS, apresenta como
procedimentos mais frequentes a coleta de material para exames laboratoriais,
observação de sinais vitais, como aferição de PA, e consultas agendadas, além
de contar com um grupo significativo de apoio-educação para tabagistas. Em
uma unidade de atenção primária, na qual a comunicação é o agente
determinante para um serviço satisfatório, sabe-se que entre a equipe
multiprofissional é imprescindível conhecer o outro na sua individualidade, a fim
de estar disponível para um bom relacionamento com os demais membros
(MARTINS, ET AL., 2010). Segundo dados registrados em diário de campo, a
relação interpessoal entre funcionários encontra-se prejudicada. O não
cumprimento de horários e faltas frequentes são os principais fatores
desencadeantes para as desavenças. Há diversos relatos de que esse principal
problema se dá pela insuficiência de supervisão e autoridade. O manual de
estrutura física de uma UBS, elaborado pela Secretária de Atenção a Saúde
por meio do departamento de Atenção Básica, propõe que os espaços
sugeridos devem ser adequados à realidade local, ao quantitativo da população
adstrita e sua especificidade, e ao número de usuários esperados (BRASIL,
2008). Na UBS referida, encontram-se algumas divergências em relação ao
que é proposto pelo Ministério da Saúde. O projeto não está de acordo com as
novas diretrizes impostas, e utiliza de uma estrutura mais antiga, a qual não
possui suporte suficiente para atender a demanda da população. Essa acaba
sendo uma das maiores reclamações da equipe, a qual alega que apesar da
boa localização da Unidade, facilitador do acesso, seu espaço físico dificulta o
atendimento. Para que o sistema de saúde funcione com excelência, não cabe
apenas a um determinado grupo de pessoas coordenarem os feitos, e sim do
comprometimento de todos, no qual cada parte deve realizar de forma
adequada e coerente as obrigações a si estabelecidas (DANTAS, 2001). Em
relação à gestão, esta se apresenta como sendo menos efetiva do que
realmente deveria. Muitos dos funcionários sentem falta da participação mais
ativa da mesma, alegando que em diversos casos terceiros tenham que
assumir uma função secundária - organizar a equipe de saúde, quando na
teoria o responsável por esse papel deveria ser o dirigente da unidade de
saúde. Um dos principais pontos a ser coordenado de forma precisa e
meticulosa, é o controle de materiais e medicamentos utilizados na unidade.
Este em muitos momentos apresenta-se como sendo escasso, tanto por
motivos de falta de atenção da gestora, por não verificar se há falta e
providenciar a reposição, como pela ausência de planejamento dos órgãos
responsáveis pela distribuição destes, os quais na teoria deveriam suprir de
forma eficiente todos os pedidos feitos pelo serviço de saúde. Na UBS, o
sistema de informática unificado possibilita promover a qualidade da
assistência, e facilitar o acesso a dados pela administração do seu
gerenciamento. Favorece uma documentação para fundos legais e de
pesquisa. Permite que seja possível realizar o atendimento de forma
direcionada e adequada para cada indivíduo (BENITO; LICHESKI, 2009). No
município de Curitiba utiliza-se o aplicativo Saúde Já, o qual possibilita que o
usuário agende pré consultas com a equipe de enfermagem e odontologia.
Contudo, nesta unidade o sistema de informática e o aplicativo apresentam
alguns pontos negativos, levantados no diário de campo e relatados pela
equipe vigente. O sistema de informação, por ser de fácil acesso e possuir
grande quantidade de dados, acaba sobrecarregado e trava várias vezes ao
dia, principalmente nos horários de fluxo intenso. Também foi possível perceber
que alguns procedimentos de atualização do software, antivírus por exemplo,
impossibilitam o seu uso por determinado período de tempo. Os atendimentos
agendados através do aplicativo apresentam um grande número de
absenteísmo, diminuindo a capacidade de assistência naquele dia e gerando
descontentamento dos usuários que a buscam pessoalmente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Durante o período de estágio a utilização do
diagnóstico foi imprescindível para a compreensão do território e percepção de
problemas na unidade. Os dados secundários proporcionaram maior
compreensão a respeito das necessidades de saúde, enquanto a observação e
conversa com os trabalhadores evidenciaram as dificuldades de
relacionamento e críticas à gestão. O Diagnóstico Situacional mostrou-se uma
ferramenta aplicável e relevante, entretanto torna-se difícil no sentido de
requerer um assertivo desenho dos objetivos, quais dados pesquisar e que
fontes recorrer. IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: O (a) enfermeiro (a)
possui papel primordial em uma unidade básica de saúde. Sua função vai
desde a realização de procedimentos e atendimento à população, até a gestão
da unidade, chefia da equipe, e junção do conhecimento científico com a
comunicação intra e interdisciplinar. É por meio de sua administração que o
serviço primário irá ou não apresentar qualidade e eficiência.
DESCRITORES: Atenção Primária a Saúde; Gestão em saúde; Estudos de
avaliação como assunto.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de estrutura física das unidades
básicas de saúde: saúde da família. Brasília: Ministério da saúde, 2006. 72p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília:
Ministério da saúde, 2017. 108 p.
SILVA, C; KOOPMANS, F; DAHER, D. O Diagnóstico Situacional como
ferramenta para o planejamento de ações na Atenção Primária a Saúde.
Revista Pró-univerSUS. v.7, n.2, p.30-33, jan/jun.2016. Disponível em:
<http://editora.universidadedevassouras.edu.br/index.php/RPU/article/download
/345/526> Acesso em: 07/04/2018.
STARFIELD, B. Atenção primária: equilíbrio entre as necessidades de saúde,
serviços e tecnologia. Brasília: OPAS/MS, 2002. 726 p.
O GENE MCR-1 E A MULTIRESISTÊNCIA BACTERIANA – UMA
PERSPECTIVA GLOBAL
Davi Augusto Trauer Linhares Cirino dos Santos1, Jennifer Veiga Vilela 1,
Michel M. Dalmedico2
INTRODUÇÃO: A resistência antimicrobiana (antimicrobial resistance - AMR)
representa uma crescente ameaça mundial. Com quase nenhuma nova droga
antimicrobiana em desenvolvimento, impedir a propagação da AMR é a chave
para que os atuais tratamentos possam ser uma opção. (MATAMOROS et al,
2017) A Colistina (ou polimixina) representa um dos poucos fármacos
disponíveis para o tratamento de infecções causadas pela Enterobacteriaceae
resistente a carbapenema. Apesar de ter sido abandonada para o tratamento
de infecções bacterianas na década de 70, devido a sua toxicidade e baixa
eliminação renal, ela foi reintroduzida nos últimos anos como antibiótico de
último recurso no combate à multirresistência. (WANG et al, 2018) Dentre elas
a causada pela recente transmissão do Gene Resistente a Colistina (colistin
resistence gene – MCR-1), descrito inicialmente em um plasmídeo carregado
por uma Escherichia coli isolada na China em abril de 2011, representa uma
significante ameaça à saúde mundial. (WANG et al, 2018) JUSTIFICATIVA: A
multirresistência bacteriana a antibióticos apresenta um novo desafio a saúde
global, e como responsáveis pela educação em saúde, é papel da enfermagem
se manter atualizada sobre os mecanismos de funcionamento e os presentes
riscos trazidos pelo gene mcr-1 e as bactérias multirresistentes. OBJETIVO:
Compreender a origem do gene mcr-1 e suas implicações descritas na
literatura. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica realizada durante o mês de
agosto, por meio de pesquisa eletrônica, consultando-se o banco do Sistema
Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE). Foi utilizado
o cruzamento das palavras-chave MCR-1, HUMANS and EPIDEMIOLOGY. Os
critérios de inclusão foram publicações no período de 2017 a 2018, no idioma
1Acadêmico do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Positivo – Curitiba –Brasil. Contato: (41) -99602-7762, wolf.trauer@gmail.com, veigajenni@gmail.com, 2Mestre em Enfermagem. Docente do curso de Enfermagem da Universidade Positivo – Curitiba – Brasil. Contato: micheldalmedico@yahoo.com.br
inglês. A exclusão dos artigos seguiu os seguintes critérios: pesquisas
exclusivamente veterinárias, pesquisas locais, relevância para a realidade
brasileira. RESULTADOS: O gene já foi identificado em animais, humanos,
rações, produtos alimentícios e em amostras ambientais em mais de trinta
países desde 2015, como o rio Haihe na China, fontes de água pública em
praias brasileiras bem como em amostras fecais de indivíduos saudáveis.
Como medida profilática o uso da colistina na agricultura foi proibido tanto no
Brasil como na China, mas atuais evidencias demonstram que a mcr-1
consegue se disseminar nos ambientes hospitalares e entre a população
mesmo sem o uso da colistina, o que sugere que estas medidas não serão
suficientes. (WANG et al, 2018) Por muitos anos se pensou que a resistência a
colistina se desse apenas por mutação cromossômica, mas o recém
descoberto mcr-1 consegue codificar uma proteína da família da enzima
fosfoetanolamina transferase resultando na adição de uma fosfoetanolamina ao
lipídio A, que é o alvo da colistina, reduzindo a sua interação com o
Lipopolisacarídeo bacteriano. O gene tem sido observado em uma ampla
variedade de plasmídeos como IncI2, IncHI2 e IncX4, bem como em inúmeros
plasmídeos com outros genes multirresistentes como carbapenemases e β-
lactamase de espectro amplo (extended-spectrum β-lactamase). Em seu
estudo WANG et al (2018), analisaram um total de 457 amostras de mcr-1, de
31 países e os que tiveram o maior número de amostras positivas foram: China
(212) com 45% do total originado da província de Shandong, Vietnam (58) e
Alemanha (25). No que concerne as bactérias, 411 amostras eram de E. coli,
29 de Salmonella entérica, 8 de Klebsiella pneumoniae, 2 de Escherichia
fergusonii, 2 de Kluyvera ascorbata, 2 de Citrobacter braakii, e Cronobacter
sakazakii e Klebsiella aerogenes com um amostra cada. DISCUSSÃO: Devido
ao risco de disseminação do gene mcr-1 é importante que o enfermeiro esteja
atento aos critérios de vigilância para prevenção e controle do mesmo.
Segundo comunicado de risco nº 01 da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) publicado em 06 de outubro de 2016, as Comissões de
Controle e Infecção Hospitalar (CCIH) que forem informadas pelos laboratórios
de microbiologia sobre a detecção de cepas de E. coli com CIM ≥ 4mg/L para
polimixina, devem notificar, por meio do formulário da ANVISA - Notificação de
Agregado de Casos e Surto em Serviços de Saúde – e entrar em contato com
a Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar (CECIH) para que
haja a autorização do encaminhamento do isolado bacteriano para o
Laboratório Central de Saúde Pública do Estado. Como principal medida para
prevenção e controle da disseminação, a higienização das mãos com
preparação alcoólica (70º INPM), deve ser adotada. Esta prática deve ser
incentivada de forma constante na rotina diária, deve ser conscientizada entre
os próprios profissionais de saúde. O ambiente é apontado como importante
reservatório de microrganismos nos serviços de saúde, segundo resolução da
SESA n° 096/2018, a limpeza concorrente deve ser feita diariamente e sempre
que necessária; a limpeza terminal deve ser feita na unidade do paciente após
alta hospitalar, transferências, óbitos ou nas internações de longa duração. Nas
unidades de terapia intensiva a limpeza deve ser intensificada. Na resolução da
SESA n° 096/2018, recomenda-se que seja feita a vigilância interna, coletando
a cultura de vigilância de admissão em todo paciente em hemodiálise crônica,
em internamento em ambiente de enfermaria ou Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) por 72 horas ou mais nos últimos 30 dias; transferido ou em
internamento em unidade de terapia intensiva por 72 horas ou mais nos últimos
3 meses e com cirurgia prévia nos últimos 30 dias e que tenha necessitado de
internamento por pelo menos 72 horas. Estes pacientes devem ser mantidos
em isolamento, sendo adotadas medidas de precauções de contato para
reduzir a transmissão cruzada de mcr-1 entre os pacientes. CONCLUSÃO:
Apesar de ter um maior foco na região da província de Shandong, sua origem
precisa ainda é desconhecida, tendo se disseminado por todos os cinco
continentes a mcr-1 representa um sério risco à saúde global, mas também
serve de alerta para o uso indiscriminado de antibióticos, seja na agropecuária,
seja pela equipe de saúde ou na automedicação por parte da população. Mais
do que nunca é de vital importância nós como profissionais e estudantes da
área da saúde, nos conscientizarmos sobre os perigos do abuso dos
antibióticos e da importância na prevenção das infecções hospitalares para que
possamos educar a população para os riscos de tais ações. CONTRIBUIÇÕES
PARA A SAÚDE: redução da ocorrência e prevenção de novos casos.
DESCRITORES: Colistina, Proteínas Bacterianas, Epidemiologia
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Comunicado de Risco nº 01 de 6 de outubro de 2016. Detecção do
gene responsável pela resistência à polimixina mediada por plasmídeos
(mcr-1) no Brasil. Brasília, DF, 2016
MATAMOROS, Sébastien et al. Global phylogenetic analysis of Escherichia coli
and plasmids carrying the mcr-1 gene indicates bacterial diversity but plasmid
restriction. Scientific Reports, Online, 7:15364, 2017.
PARANÁ. Resolução Secretaria de Estado da Saúde N° 096 de 28 de fevereiro
de 2018. Estabelece as ações de vigilância em saúde a serem
desenvolvidas no controle de Microrganismos Multirresistentes (MMR) e
Surtos decorrentes de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde
(IRAS) em Estabelecimentos de Assistência à Saúde (EAS) no Paraná.
Paraná, 2018.
SON, Soo Jung et al (no prelo). MCR-1: a promising target for structure-based
desing of inhibitors to tackle polymyxin resistance. Drug discovery TODAY,
2017.
WANG, Ruobing et al. The global distribution and spread of the mobilized
colistin resistance gene mcr-1. Nature Communications Journal, Online,
9:1179, 2018.
ENFERMAGEM FORENSE: UMA NOVA PERSPECTIVA DE ATUAÇÃOPROFISSIONAL
Anna Beatriz Ristow ¹, Gabriella Dominico Humberto¹, Geovana Nogueira 1,Leticia Maria Machado¹, Moises Ramos¹, Nycolle Fadel Navarro¹, Michel
Marcos Dalmedico2.
INTRODUÇÃO: as ciências forenses possuem um papel cada vez mais
importante na sociedade atual, na articulação entre o papel dos profissionais de
saúde na preservação de provas e vestígios forenses, e a aplicação da justiça.
Neste cenário, os enfermeiros são muitas vezes os primeiros a estabelecer
contato com as vítimas, logo, encontram-se numa posição impar no contexto
assistencial (FERREIRA 2018). A enfermagem forense originou-se nos Estados
Unidos, na década de 1990, e expandiu-se para outros países como Canadá,
Austrália, Inglaterra, Japão, Peru, Coréia, Índia, Suécia e Itália. No Brasil, essa
especialização (lato sensu ou strictu sensu) é reconhecida e normatizada pela
Resolução COFEN nº 556/2017. JUSTIFICATIVA: a enfermagem Forense
trata-se de um ramo das Ciências Forenses voltado não somente para os
cuidados com o sofrimento físico e emocional das vítimas de um crime, mas
também a identificação, coleta e preservação das evidências para o julgamento
e para o sistema jurídico criminal. OBJETIVOU-SE descrever o escopo de
atuação do enfermeiro forense em âmbito nacional. METODOLOGIA: trata-se
de revisão bibliográfica da literatura que consiste em método abrangente de
sintetização de evidência científica sobre um determinado tema. A presente
revisão buscou responder à seguinte questão de pesquisa: quais são as
perspectivas de trabalho e atribuições do Enfermeiro Forense? Foram incluídos
estudos disponíveis na íntegra, publicados no idioma português. A busca foi
realizada eletronicamente, no período de setembro do ano de 2018, para tanto
foram utilizados os seguintes descritores Enfermagem Forense; Mercado de
Trabalho; Especialização, combinados com o operador booleano “AND. Por
1Acadêmicos da 1ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo,Curitiba-Pr. E-mails: annabeatrizristom@hotmail.com; gadbyh@icloud.com;geovana.nogueiram17@gmail.com; lele.mm2010@hotmail.com;moisesp.ramos@outlook.com; nycolle_035@hotmail.com. Contato Telefônico: (41)9962701982Enfermeiro. Professor Adjunto do Curso de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail: micheldalmedico@yahoo.com.br.
tratar-se de uma revisão, este estudo dispensa o uso de termo de
consentimento livre e esclarecido. RESULTADOS: A enfermagem forense
consiste na aplicação da ciência da enfermagem aos aspectos forenses no
cuidado da saúde; atua em qualquer lugar em que existam pessoas em
situação de violência. O enfermeiro examina, coleta evidências e presta
cuidados a essas vítimas sempre com capacidade e autonomia (SILVA; SILVA,
2012). Este profissional possui uma formação especializada na identificação e
caracterização da lesão de origem criminosa, na coleta e preservação de
vestígios, na manutenção da cadeia de custódia, no tratamento do trauma, e na
intervenção em questões relacionadas com a morte (CAIXINHA, 2013). A
essência da prática da enfermagem forense se baseia na resposta aos
problemas de saúde decorrentes de traumas e/ou toda e qualquer forma de
violência. A atuação profissional do enfermeiro neste campo não se limita
somente à prática clínica, ela também trabalha nas suspeitas de lesões
sugestivas de traumatismos não acidentais, na documentação, preservação e
recolhimento de evidências, e em proporcionar apoio jurídico e consultoria às
autoridades legais (APEFORENSE, 2015). O profissional que atua em
enfermagem forense também devera orientar como será o cuidado de
enfermagem a indivíduos sob custódia judicial; reconhecer a violência como
problema de saúde pública; e saber quando deve trazer a aplicação da lei
como forma de tratar o paciente vítima de violência. As possíveis práticas
relacionadas com as técnicas da enfermagem forense incluem: maus-tratos,
abuso sexual, trauma e outras formas de violência; investigação da morte;
enfermagem psiquiátrica forense; preservação de vestígios; testemunho
pericial; consultoria; desastres de massa; população carcerária; missões
humanitárias (SILVA; SILVA, 2012; FERREIRA 2018). CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Apesar da relevância da temática, evidenciou-se escassez de
produção científicas nacionais, possivelmente, relacionada ao pouco tempo de
regulamentação da especialização em território nacional. Considerando-se o
papel essencial do enfermeiro forense numa esfera ampla de atuação;
acredita-se que a curto prazo, este será um campo promissor tanto no âmbito
cientifico, quanto no mercado de trabalho.
DESCRITORES: Enfermagem Forense; Mercado de Trabalho; Especialização.
REFERÊNCIAS:
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS ENFERMEIROS FORENSES -
APEFORENSE. Padrões de aptidão do enfermeiro forense. Lisboa, 2015.
Disponível em: http://apeforense.blogspot.com.br/2015/05/padroes-de-aptidao-
do-enfermeiro-forense.html. Acesso em 10/09/2018.
CAIXINHA, L. D. A. Competências emergentes na prática de Enfermagem:
Ofensa sexual de crianças. 2013. 22 f. Dissertação de Mestrado em Ciências
Forenses da Universidade do Porto, Porto, 2013.
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM – COFEN. Resolução COFEN nº
556/2017. Regulamenta a atividade do Enfermeiro Forense no Brasil.
Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-
05562017_54582.html. Acesso em 10/09/2018.
FERREIRA, C. M. E. Conhecimento dos enfermeiros sobre práticas
forenses no intra-hospitalar. Dissertação (Mestrado). Mestrado em
Enfermagem Médico-Cirúrgica. Repositório Científico do Instituto Politécnico de
Viseu. Escola Superior de Saúde de Viseu. Portugal. 2018.
SILVA, R. C.; SILVA, K. B. Enfermagem Forense: possibilidades para a
profissão. Enfermagem Revista, São Paulo, [s. v.], [s. n.], p. 35-37, ago. 2012.
O AUMENTO DO CONSUMO DE ÁLCOOL NA ADOLESCÊNCIA NO
BRASIL
Alisson da Silva Santos; Bianca Lopes Sanzovo; Carolina da Costa; Eduarda
Gabardo Kruger Cerdoso; Gustavo Soares de Santana.
INTRODUÇÃO: Hoje, no Brasil, causa uma grande preocupação o fato de os
jovens começarem a beber cada vez mais cedo. De acordo com a pesquisa
realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 21,4% dos
adolescentes já sofreram algum episódio de embriaguez na vida. O consumo
de álcool per capita no Brasil aumentou 43,5% em dez anos e agora supera a
média internacional. Em 2006, cada brasileiro a partir de 15 anos bebia o
equivalente a 6,2 litros de álcool puro por ano. A taxa chegou a 8,9. Com isso, o
País figura na 49º posição do ranking entre os 193 avaliados. Os dados foram
divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O alcoolismo, também
conhecido como etilismo, é um termo usado para descrever a dependência do
álcool. Pessoas que sofrem desse mal costumam ter compulsão por bebidas
alcoólicas, dificuldade em parar de beber e acabam por desenvolver tolerância
aos efeitos da substância. Trata-se de uma doença psiquiátrica, considerada
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “doença com componentes
físicos e mentais”. Isso porque a dependência, muitas vezes, é puramente
psíquica, mas há também componentes fisiológicos envolvidos. Os
adolescentes são constantemente conduzidos pelo impulso e pela curiosidade
de conhecer e experimentar novas experiências. E por mais que a venda do
álcool seja proibida por lei, para menores de 18 anos, a aceitação da sociedade
pelo consumo do álcool e o fácil acesso, influenciam o consumo precoce
dessas substâncias. A relação do álcool com a diversão, status social, euforia e
festas, levam os adolescentes ao consumo, que, ao sentirem a sensação de
relaxamento causada pelos efeitos do álcool, passam a repetir a experiência.
Entrando, assim, no ciclo de evolução da dependência alcoólica (ZALAF;
FONSECA, 2009). No entanto, o envolvimento entre jovens e álcool é muito
mais perigoso do que o consumo na idade adulta e os danos podem ser
maiores e permanentes. O álcool desacelera funções vitais por ser uma droga
depressora do sistema nervoso. O sistema nervoso central é formado por
neurônios, células que conduzem energia elétrica e passam “mensagens”
umas para as outras por meio de substâncias químicas, chamadas
neurotransmissoras. São essas mensagens parte elétricas e partes químicas,
que fazem com que o nosso cérebro mantenha o nosso corpo funcionando. Ao
adentrar o corpo, o etanol (álcool), chega rapidamente ao cérebro, então ele
estimula a liberação de neurotransmissores excitatórios como: serotonina,
dopamina e endorfinas, responsáveis pelas sensações de prazer e bem-estar,
logo após isso, acontece exatamente o efeito contrário: o álcool estimula o
principal neurotransmissor inibitório do cérebro, o ácido gama-aminobutírico,
mais conhecido como GABA, esse neurotransmissor se conecta aos neurônios,
fazendo com que eles sejam menos receptivos às novas mensagens vindas de
outros neurônios. Desse jeito, a comunicação entre um neurônio e outro
é dificultada o que implica no efeito “bêbado” que o ser humano sofre, sem
coordenação motora, e que muitas vezes não se recordam dos acontecimentos
enquanto estavam sob esse efeito (DUBOWOSKI, 1985). A adolescência, Art.
2º “Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de
idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de
idade”(ECA, 1990), diferente da Organização Mundial da Saúde (OMS), que
compreende a adolescência entre os 10 a 20 anos.(Eisenstein E,
2005) JUSTIFICATIVA: Considerando o grande impacto a cada indivíduo
dentro de sua realidade e perspectiva familiar, o trabalho se faz necessário
para a compressão das necessidades e dificuldade de cada um, e como
possíveis atos poderiam melhorar essa realidade. OBJETIVO: Analisar o que a
literatura científica online nacional aborda sobre as causas e os impactos do
uso de álcool na adolescência. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa
descritiva que utiliza como método a pesquisa bibliográfica, que segundo Gil
(2008) é desenvolvido com base nas análises de materiais já elaborados,
constituído principalmente de livros e artigos científicos e que permite realizar o
levantamento de informações e uma análise do que já foi publicado sobre o
tema e o problema de pesquisa escolhido, permitindo uma maior
compreensão e discussão do assunto estudado. A partir da definição do tema
da produção científica nacional sobre o uso de álcool na adolescência, a
questão norteadora elaborada foi: Quais os impactos na saúde dos
adolescentes que o uso de bebidas alcoólicas pode causar? Os critérios de
seleção inclusão e exclusão dos artigos utilizados foram: artigo completo,
publicado eletronicamente em idioma português; retratar no
resumo questões relacionadas ao uso de álcool, saúde e comportamento
de adolescentes, publicado entre os anos de 2006 à 2012. Para a seleção dos
artigos foram utilizadas as seguintes bases de dados: Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências de Saúde (LILACS), Base de Dados de
Enfermagem (BDENF), pois apresentam uma grande publicação de artigos
científicos na área da saúde. RESULTADOS: Na primeira busca foram
encontrados trinta (30) artigos, dos quais vinte e oito (28) foram excluídos da
tabela por fugirem do tema proposto da revisão e por texto indisponível/pago,
restando assim dois (2) artigos para serem analisados. Quanto
a fonte observou que um (1) foi encontrado na plataforma BDENF e um (1) na
plataforma LILACS. Em relação ao ano de publicação constatou-se que
no período elencado para análise, a produção teve bastante evidência no ano
de 2012 no qual todos foram deste ano. Quanto a área de atuação predominou
a enfermagem sendo todos desta área. No que se diz respeito
a metodologia usada da publicação, constatou-se duas (2)
abordagens qualitativas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Vimos nesse estudo que
o jovem é muito frágil e susceptível a começar cedo sua vida em meio ao
álcool, seja por meio de propagandas em mídias sociais e televisivas quanto
por indicações, intenções, pressões psicológicas e até mesmo influenciadores
que dividem o mesmo lar, podendo ser seu pai, sua mãe ou irmão já alcoólatra.
O consumo excessivo pode trazer inúmeras consequências tardias e até
mesmo a curto-prazo, em jovens prejudica mais ainda seu intelecto funções
vitais e possíveis atividades a serem realizadas, é de grande perca no quesito
saúde e de vida para aquele que consome bebida alcoólica tão jovem e com
tanta veracidade. Danos causados podem se tornar irreversíveis ao ponto de
vista médico, sendo necessárias medidas de grande porte e investimento para
resolver determinada situação. Portanto, se faz necessário uma abrangente
conscientização sobre os perigos, riscos e consequências que o mesmo pode
causar, é viável a realização de palestras demonstrativas, divulgação de seus
riscos e prejuízos e principalmente acolher aquele que precisa de ajuda para se
livrar do vício e permanecer com sua vida preservada sem acarretar dano a si
próprio. IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: Os profissionais da
enfermagem devem estar conscientizados da magnitude desse problema e
preparado para assistir à comunidade em nível de promoção, prevenção e
assistência aos usuários de álcool, com ênfase na reabilitação e reinserção
social dos mesmos. O papel do enfermeiro é essencial na orientação
de adolescentes que sofrem com este problema, percebe-se a necessidade de
maior embasamento teórico e maior conhecimento científico para que o
enfermeiro possa dominar e ter confiança na hora de abordar algum
adolescente que esteja sobre efeito de álcool, como tem ocorrido em muitos
prontos atendimentos e os profissionais da enfermagem não conseguem
abordar de maneira correta este assunto.
DESCRITORES: Alcoolismo; Alcoolismo na adolescência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Dubowski KM. Absorção, distribuição e eliminação de álcool: aspectos de
segurança. Mar 31 1992, EDITORA: New Brunswick. NJ
(https://trid.trb.org/view/364910). Acesso em 30 Ago. 2018
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA). Lei nº 8.069 de 13 de
julho de 1990 (BR). Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições
Técnicas; 2005. Acesso em 30 Ago. 2018.
Eisenstein E. Adolescência: definições, conceitos e critérios. Adolescência e
Saúde. 2005; (http://www.adolescenciaesaude.com). Acesso em 30 ago. 2018
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2008.
ZALAF, M, R, R; FONSECA, R, M, G, S. Uso problemático de álcool e outras
drogas em moradia estudantil: conhecer para enfrentar. Rev. Esc.
Enfermagem USP. 43: 1, 2007. Disponível em:
www.scielo.br/pdf/reeusp/v43n1/17.pdf. Acesso em: 09 set. 2018.
ELABORAÇÃO DE UM VÍDEO COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA PARA
AULA NA DISCIPLINA DE ÉTICA, LEGISLAÇÃO E HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM
Daniel Germano Barby; Desirée Tomitão; Milena Fausto Bazani; Sara Angela
Legnani Lamoglia 1; Kátia Renata Antunes Kochla2
INTRODUÇÃO: As técnicas de ensino representam formas de organizar
condições de instrução com a finalidade de provocar modificações
comportamentais nos alunos, podem ser utilizadas tanto em sala de aula ou em
outra situação de ensino (VEIGA, 2013). Estas podem ser abordadas de três
formas: a primeira de formato individual, com ênfase no indivíduo e respeitando
o ritmo próprio de cada aluno através do contato direto do estudante com o
conteúdo, como, por exemplo, a elaboração de uma redação; a segunda
maneira é a coletiva, com técnicas aplicadas para um grande grupo com uma
linguagem compreensível pela maioria, e palestras são um exemplo de
aplicação; a terceira e última é o procedimento em grupo, enfatizando a
interação dos alunos entre si, por meio de dinâmicas e socializações, como um
seminário (VEIGA, 2013). Como dito anteriormente, as técnicas são o caminho
a ser percorrido para a aplicação de um determinado conteúdo. Porém, para
que sejam realizadas de maneira eficiente, é necessário refletir sobre os
métodos de aplicação. Enquanto a primeira mostra como percorrer, os métodos
indicam qual será este caminho, quais serão as ações realizadas. Existem
diversos métodos passíveis de serem aplicados a um grupo. Para escolhe-lo é
importante considerar o perfil e as necessidades daqueles que estão nele
inseridos. Entre elas temos: Método de Exposição pelo Professor, largamente
utilizado e que consiste em exposição verbal, demonstrações, etc.; Método de
Trabalho Independente, um estudo dirigido, investigações e soluções de
1Acadêmicos da 1ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato:danielbarby3@gmail.com, desiree.tomitao@hotmail.com, miih.bazani@gmail.com esaranun@gmail.com.2 Mestre em Enfermagem - UEM, Doutora em Enfermagem - UFPR, Enfermeira doDepartamento de Urgência e Emergência da Prefeitura Municipal de Araucária e Coordenadorado Curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: katiaantunes.kochla@gmail.com
problemas; Método de Elaboração Conjunta, nele ocorrem conversas didáticas,
e o aprendizado se dá por meio de perguntas e respostas; Método de Trabalho
em Grupo, também aplicado com frequência, e com ele se busca um debate
entre os participantes, a construção de uma tempestade de ideias, seminários,
etc; Atividades Especiais englobam modalidades altamente interativas e
dinâmicas, como atividades práticas, gravações de vídeos e estudos do meio
(LIBANEO, 2013). Tendo em vista a diversidade de estratégias o vídeo foi
escolhido para ser utilizado em uma aula de Ética, História e legislação como
estratégia pedagógica. A partir disso a questão que orientou nosso estudo foi:
Como elaborar uma estratégia pedagógica criativa para uma aula da disciplina
de Ética, Legislação e História da Enfermagem? JUSTIFICATIVA: As
estratégias pedagógicas podem serem utilizadas de forma criativa na
elaboração ou estruturação de uma aula com atividade especial para a
disciplina de Ética, Legislação e História da Enfermagem. OBJETIVO: Relatar
a experiência na elaboração estruturação de uma estratégia pedagógica para a
aula da disciplina de Ética, Legislação e História da Enfermagem
METODOLOGIA: O tipo de estudo é relato de experiência. Para a execução do
projeto da estruturação de um vídeo foi utilizada a técnica do Chroma-Key. Este
mecanismo consiste em sobrepor uma imagem sobre a outra através da
anulação de uma cor sólida, ou seja, é possível substituir um fundo por outra
imagem, estática ou em movimento (vídeo). A técnica foi desenvolvida por
vários autores durante a história do cinema, entre eles Linwood G. Dunn e
Norman Dawn (PARADISOFILMES, 2017). Esta permite mais dinamicidade
nos vídeos, deixando-os visualmente mais atrativos. Atualmente ela é utilizada
em produções caseiras, telejornais, filmes e séries. O primeiro passo para a
produção do vídeo foi a aproximação com a temática da aula e leituras sobre o
assunto, na sequência a escolha do local de gravação. O ambiente escolhido
necessita apresentar as seguintes características, dentre elas: amplo espaço
para acomodação de todo o material; acústica favorável a gravação, sem
produção de ecos ou ruídos e, janelas com cobertura. Também se buscou uma
área onde houvesse parte da decoração como mesas, cadeiras e outros itens.
Após a escolha do local de gravação foram necessários alguns ajustes no
espaço. Todas as janelas foram fechadas com cortina para que a luz externa
não gerasse sombras no plano de fundo, prejudicando assim a técnica do
Chroma-Key. Isto posto, toda a iluminação foi feita com lâmpadas caseiras e
luminárias móveis, projetando o foco luminoso somente no aluno/ator. Para que
isso ocorresse os próprios alunos seguraram o material durante a filmagem.
Um ponto essencial foi a escolha do fundo de gravação. Como dito
anteriormente a técnica consiste na sobreposição de uma cor sólida; dessa
maneira é necessária a escolha de um tom como fundo de filmagem
(PARADISOFILMES, 2017). No nosso caso utilizamos a cor verde no tecido
TNT, aproximadamente 3x4 metros. Era imprescindível que nenhum aluno/ator
utilizasse a mesma cor do fundo, pois assim quando substituída a cor verde por
uma imagem, esta apareceria apenas no fundo de tela e não iria sobrepor a
roupa do aluno/ator. Parte da gravação foi feita com uma câmera
semiprofissional Nikon e algumas cenas foram feitas através de um celular
iPhone 7. Para sustentação deste material foi utilizado um tripé, garantindo
imobilidade dos aparelhos. Além disso havia um “operador de câmera”
controlando o momento de início e fim de gravação e posicionamento de tudo e
todos. Além dos materiais e técnicas apresentadas foi necessário elaborar o
conteúdo das gravações. Um roteiro de gravação foi elaborado previamente
com base no trabalho requerido para a disciplina de Ética, Legislação e História
da Enfermagem. A partir disso, o conteúdo foi dividido entre os membros da
equipe, e, a cada um deles, foi atribuído um ou mais papéis para a gravação.
Foi solicitada leitura, revisão e ensaio prévio do texto. Um laptop foi utilizado
como teleprompter improvisado para que outro aluno repassasse a redação ao
fundo visando maior dinamismo e controle do assunto que seria abordado. O
último passo, e mais trabalhoso, foi a edição do que havida sido gravado. O
software Adobe Première Pro foi utilizado e o tempo de composição foi de
aproximadamente vinte e duas horas. Foram necessários cortes de cenas
erradas, criação de legendas, inclusão de propagandas, sobreposição de
músicas e a elaboração da técnica Chroma-Key. As imagens utilizadas no
processo foram retiradas da galeria do Google e os vídeos do site Youtube,
postado para fins de uso público. O vídeo foi apresentado para os alunos da 1ª
série do curso de Enfermagem de uma Universidade Privada localizada no
município de Curitiba-PR. O trabalho não foi submetido ao Comitê de Ética e
Pesquisa por se tratar de um trabalho que não envolveu pesquisa em seres
humanos. RESULTADOS: O vídeo, com duração de 25 (vinte e cinco) minutos,
foi formatado para aparentar uma transmissão televisiva à época, por meio de
efeitos visuais e caracterização dos alunos/atores. Nele foram abordados os
principais fatos da história, da saúde e da cultura mundial e brasileira entre os
anos de 1960 e 1979. Partindo dessa ideia foi elaborado um canal de televisão
chamado UP TV, neste foi desenvolvida uma programação contendo: 1) Jornal
da Noite, com uma compilação de informações históricas, sociais e
econômicas; 2) Discoteca: coletânea musical e cultural; 3) Plantão UP: relato
em “tempo real” do resultado da Copa do Mundo de Futebol de 1970; 4)
Repórter UP: Informações, dados, entrevistas relacionadas a área da saúde e
de Enfermagem. Além disso, durante os intervalos da programação, foram
apresentadas campanhas publicitárias e vídeos informativos voltados para o
tema saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Constatou-se que a produção de um
vídeo como estratégica pedagógica é técnica eficiente, criativa que contribui
para aprendizagem, porém necessita de conhecimento técnico, tempo hábil,
softwares e, principalmente, de organização. Para que o trabalho fosse bem-
sucedido foi necessário um roteiro de gravação detalhado para que erros
fossem evitados em sua maioria. Além disso, o estudo prévio dos alunos/atores
foi essencial para que as gravações fossem realizadas da melhor forma. Por
último, em relação à edição, mais uma vez a organização foi significativa, já
que era um trabalho com diversos detalhes, demandando horas para edição de
diversas fotos, vídeos, efeitos, que foram desde a aplicação da técnica
Chroma-Key até a inserção de legendas. CONTRIBUIÇÕES/APLICAÇÕES
PARA SAÚDE: O estudo possibilitou um modo inovador de abordagem e
ensino, realizando a divulgação do conteúdo de forma mais dinâmica para os
telespectadores. Dessa maneira, a utilização de vídeos e softwares de fácil
alcance para os profissionais da área de saúde podem ser um diferencial em
diversas áreas de atuação como: aplicação em educação em saúde junto à
comunidade, no auxílio à ensino de diversas técnicas (aleitamento materno,
cuidado e higienização de feridas para pacientes acamados no domicílio,
mudança de decúbito, etc).
DESCRITORES: Enfermagem; História da Enfermagem; Educação em
Enfermagem; Recursos Audiovisuais; Gravação em vídeo.
REFERÊNCIAS
SCLIPE, A.; BARBY, D.; TOMITÃO, D.; SCHWIRK, E.; CASCAIS, J.; BAZANI,
M.; LAMOGLIA, S.; WERKA, S. Trabalho décadas - Anos 60 e 70 - TV UP.
2018. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=secZLi_aiaQ>
Acesso em: 18/09/2018.
A História dos Efeitos Especiais | Parte 1. 2017. Disponível em:
<http://www.paradisofilmes.com/historia-dos-efeitos-especiais-parte-1/> Acesso
em: 20/09/2018.
LIBÂNEO, J. C. Didática. 2. ed. São Paulo: Cortez,. 2013.
VEIGA, I. P. A. Novas Tramas Para as Técnicas de Ensino e Estudo:
conceitos e aplicações. 1. ed. Campinas, SP: Papirus,. 2013.
O VÍDEO COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NA DISCIPLINA DE ÉTICA,
LEGISLAÇÃO E HISTÓRIA DA ENFERMAGEM: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Amanda Sclipe¹; Evellyn Karla Schwirk Cabral 1; Joyce Cristina Cascais¹; SuzanCarla Werka¹; Kátia Renata Antunes Kochla2
PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem; gravação audiovisual; educação em
Enfermagem.
INTRODUÇÃO: metodologia é uma palavra derivada de método, do Latim
“methodus” cujo significado é caminho ou a via para a legalização de algo.
Método é o processo para se atingir um determinado fim ou para se chegar ao
conhecimento. A metodologia de ensino é a aplicação de diferentes métodos
no processo ensino-aprendizagem. As instituições buscam de maneira
recorrente formas para que o aprendizado seja eficaz, maneiras de passar a
informação de forma clara e objetiva, assim transmitindo o conhecimento
(PADILHA, et al., 2018). Por muitos anos acreditava-se que o ensino e
aprendizado era somente realizado em sala de aula entre quadro negro, livros
e professores. As diversas formas que poderiam ser utilizadas como música,
teatro, cinema eram desprezadas. O aluno não era o responsável por seu
aprendizado pois não participava de sua formação, era apenas um espectador
e armazenador de conteúdo. A tecnologia avançou com uma velocidade
surpreendente, com isso o espaço da sala de aula foi invadido por novas
tecnologias, uso de MP4, celulares entre outros que se tornaram parte da vida
de jovens e adultos. A produção audiovisual nas escolas, nos faz refletir sobre
o momento histórico no qual estamos vivendo em que a mídia eletrônica deve
ser encarada como um fator cultural, que exprime nossas complexidades,
contradições e formas de conhecimento. O tema proposto torna-se
1Acadêmicos da 1ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato amandasclipe97@hotmail.com; evellyn.schwirk@gmail.com; joy.cascais@hotmail.com; suuh_19@hotmail.com2Mestre em Enfermagem - UEM, Doutora em Enfermagem - UFPR, Enfermeira doDepartamento de Urgência e Emergência da Prefeitura Municipal de Araucária e Coordenadorado Curso de Enfermagem da Universidade Positivo, contato: katiaantunes.kochla@gmail.com
fundamental para levantar o questionamento e discussões acerca do uso da
educação midiática, no caso em estudo – produção áudio visual – como forma
de auxiliar o processo pedagógico com o intuito de ampliar o conhecimento. Na
década de 1930, Benjamin, W., alertava sobre a necessidade de se prestar
mais atenção aos novos modos de percepção da realidade na sociedade
moderna com a questão da reprodutibilidade técnica da imagem, comparou o
cinema e o teatro como duas experiências distintas de se vivenciar a realidade
e de se relacionar com a imagem – o teatro por meio do campo visual permite
ao espectador preservar o caráter ilusionístico da cena e no cinema o
ilusionismo está no resultado final da montagem (BENJAMIN,1994). Na década
de 70 e 80, com a aberta política, a tecnologia chega ao Brasil, os
equipamentos passam a ser mais utilizados pela população, fabricantes de
eletrodomésticos passam a buscar as câmeras de vídeo, vendo com preços
populares. A população Brasileira com interesse de recuperar o tempo perdido
com a ditadura militar, passar a fazer vídeos domésticos de festas de
aniversários, casamentos entre outros. (BENJAMIN,1994.). A evolução
tecnológica, as relações espaço-temporais, a produção de imagens, a cultura
de massa e a reprodutibilidade da arte são fatores necessários para que se
compreenda a produção da subjetividade contemporânea. Todavia, a partir da
solicitação na disciplina de Ética, História e Legislação em Enfermagem
optamos em estruturar um vídeo e aplicar em sala de aula. OBJETIVO: Relatar
a experiência das autoras na condução do uso do vídeo como estratégia
pedagógica na disciplina de Ética, História e Legislação em Enfermagem.
JUSTIFICATIVA: Trabalhos dessa natureza possibilitam instigar ideias nos
processos educativos de todas as áreas de saúde e, auxiliam na educação dos
usuários e pacientes cuidados pela equipe. METODOLOGIA: Este estudo é do
tipo relato de experiência vivenciado pelos discentes da 1ª série de
Enfermagem de uma Universidade privada localizada no município de Curitiba-
PR. A disciplina de Ética, História e Legislação Profissional apresenta como um
dos objetivos do 2º bimestre um Seminário sobre a Enfermagem nas diferentes
décadas que foi apresentado para a turma e como um dos quesitos de
avaliação tinha a criatividade. Desta forma no primeiro momento, entendemos
que foi fundamental elaborarmos algo embasado no conhecimento científico e
teórico que despertasse e, possibilitasse aos discentes uma aproximação para
a compreensão da construção da profissão ao longo dos anos. Estruturamos
um telejornal, os participantes foram os alunos do grupo, onde cada integrante
do que foi designado para contribuir sendo um repórter, um entrevistado ou
apresentador. Outras contribuições foram: a montagem do cenário, troca de
vestuário, maquiagem, iluminação etc. No segundo momento aplicamos a
estratégia em sala. O vídeo foi apresentado em torno de 35 (trinta e cinco)
minutos e contextualizou o histórico geral das décadas, destacando temas
como: saúde, educação, política, arte, cultura, música, propaganda. Todos os
presentes tiveram acesso ao vídeo através de um link disponibilizado. Este
trabalho não foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade
Positivo por se tratar de um trabalho realizado na disciplina de História da
enfermagem não realizado pesquisas com seres humanos. RESULTADO: A
construção do vídeo, baseado nas décadas de 60 e 70, permitiu um retorno ao
passado, aproximar os alunos da época e descobertas, sendo um momento de
conhecimento. A pesquisa foi densa, possibilitou emergirem dúvidas e uma
busca constante. Foi utilizada uma biblioteca para fazer as filmagens e de 6
pessoas com vontade de realizar um trabalho. A apresentação foi dinâmica, os
alunos prestaram atenção, a professora ficou emocionada com a organização e
apresentação. Cada estratégia utilizada para realizar o trabalho, focou em
deixar os assuntos coerentes para que nossos colegas pudessem
compreender os assuntos e assim como nós aprender cada vez mais. O
resultado foi interessante porque nos permitiu refletir que o preparo de uma
aula exige planejamento para que se obtenha um resultado positivo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observamos que o planejamento, criatividade e o
trabalho em grupo foram imprescindíveis para que obtivéssemos sucesso. O
vídeo pode ser considerado uma estratégia eficaz que permite trabalhar o
conteúdo de maneira criativa sendo uma estratégia que prende a atenção. Esta
estratégia pode ser utilizada com diversos grupos desde que adaptada a
comunicação e com objetivo comum e teve uma grande contribuição de ensino
para a matéria, passando informações e descobertas.
REFERÊNCIAS
PADILHA A, CABRAL P, MUNIZ C, AVIZ R, LENZI T.
<https://www.significados.com.br/metodologia.html> Acesso: 10/09/2018 às
14:10h.
BENJAMIN, W. A Obra de Arte na Era da Reprodutibilidade Técnica. São
Paulo: Brasiliense, 1994, p. 186.
MORAN, J. O que é educação a distância .2002.
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/dist.pdf Acesso:
18/09/2018 às 23:00h.
UTI NEONATAL: PAPEL DO ENFERMEIRO NA ORIENTAÇÃO AOS PAIS
Carla Fabiane Rodrigues dos Santos 1, Fernando Augusto Bonzato Kovalski1,
Franciely Jeane de Oliveira Ferreira1, Gabrielle Arcilio Meller1, Jocyara Grapper
Franco de Godoy1, Laíse Chemin Iankauskas1, Giovanna Batista Leite Veloso2
INTRODUÇÃO: O recém-nascido (RN) estava acostumado com a vida
intrauterina e já no seu nascimento passa por uma série de transformações
pois tudo ainda é muito novo, muitas vezes neste processo ocorrem algumas
mudanças ou podem ser observadas alterações fisiológicas que chegam a
retardar o desenvolvimento normal e a saúde da criança. Por isso a Unidade de
Terapia Neonatal (UTIN) se faz importante, lá é permitido que estes bebês
tenham chances de sobrevivência. (COELHO et.al, 2018). O Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), garante a permanência do acompanhante em
período integral, durante a hospitalização infantil. O enfermeiro precisa
acompanhar o processo de inserção da família no ambiente da UTIN,
instruindo a participação no cuidado do RN doente, mas sempre respeitando os
seus momentos de aflições, estresse, angústia; oferecendo uma linha de
cuidados segura, que envolva os familiares e não apenas os RN. (SOUZA et.at,
2017). O enfermeiro deve exercer suas funções como um educador
participativo que aplica suas habilidades no processo comunicativo com o
paciente, a equipe e a família, fazendo com que haja uma troca de saberes
promovendo um modelo assistencial, baseado na humanização. O trabalho
desta equipe vai além de apenas procedimentos, ela acolhe os familiares, doa
sentimentos, toca o RN. Segundo Andriola e Oliveira (2005), o trabalho do
enfermeiro dentro de uma UTIN é um desafio constante, pois requer vigilância,
habilidade, respeito e sensibilidade porque o paciente que vai ser atendido não
1Acadêmica da 2ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email:carla.Fr.santos@hotmail.com telefone: (41) 99603-9152; Acadêmica da 2ª série docurso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email: Fernando.bonzato@hotmail;Acadêmica da 1ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email:fran_jeane@hotmail.com; Acadêmica da 2ª série do curso de Enfermagem daUniversidade Positivo. Email: gabriellearcilio@outlook.com; Acadêmica da 2ª sériedo curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email: jocyaraf@gmail.com; Acadêmica da 2ª série do curso de Enfermagem daUniversidade Positivo. Email: laisechemin@hotmail.com. 2Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Professora Adjunta do Curso de Enfermagemda Universidade Positivo. Email: giovannaveloso@up.edu.br.
fala, é extremamente vulnerável e altamente dependente da equipe que lhe
presta assistência. (SANTOS, 2014). A enfermagem tem papel fundamental
pois ela tem que envolver os pais nas atividades da UTIN desde as orientações
na primeira visita, pois a família fica diante de uma experiência desgastante.
Esse profissional deve proporcionar incentivos com o propósito de diminuir a
ansiedade e o medo destes pais; sendo assim devem oferecer condições de
conforto, sempre tentar esclarecer as dúvidas frequentes pois muitas vezes
eles não tem conhecimento algum sobre os riscos que o RN pode enfrentar,
oferecer informações sobre a saúde do recém-nascido, passar todo o processo
do tratamento que está sendo feito e os equipamentos utilizados. (MERIGHI
et.al, 2011). Para tanto a questão que norteou este estudo foi, qual o papel do
enfermeiro na orientação aos pais em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal?
JUSTIFICATIVA: Estudos desta natureza destacam e permitem a reflexão
sobre o papel do enfermeiro nos diversos cenários de atuação, em especial em
UNTI, que perpassa desde os cuidados diretos ao RN até a orientação aos
pais, visto ser este um momento de grande dúvida e insegurança frente ao
futuro da criança ali hospitalizada. O enfermeiro deve ser um dos atores
envolvidos de forma integral no gerenciamento destas situações. OBJETIVO:
Identificar o perfil das publicações nacionais sobre o papel do enfermeiro na
orientação aos pais em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal.
METODOLOGIA: Este é um estudo de revisão de literatura que seguirá os
passos propostos por Mendes, Silveira e Galvão (2008). Serão selecionados
artigos na Biblioteca virtual em saúde. Este terá como critérios de inclusão:
artigos completos, em língua portuguesa, publicados on-line, entre os anos
2014 a 2018. Os descritores utilizados para a busca foram UTI neonatal and
enfermagem. Neste período foram encontrados 119 artigos na integra, destes
14 não estavam disponíveis on-line, 26 eram repetidos, 04 em outras línguas.
Ainda, 59 foram excluídos após a leitura do título, resumos ou texto completo,
pois não se adequavam ao tema. A amostra final deste estudo foi composta por
16 artigos. RESULTADOS: Dos estudos analisados, 09 foram do ano 2015, 02
foram do ano de 2016, 04 foram do ano de 2017 e 01 do ano de 2018. Grande
parte dos estudos citam a situação vivenciada pelos pais e que a equipe de
enfermagem deve estar preparada para atuar frente a esta situação. A família
vivencia de forma velada o risco iminente da morte sem necessariamente
poder expressar esse medo na UTIN. Buscam forças em situações piores que
a de seu filho, espiritual ou mesmo em recursos que não sabem explicar a
origem, sendo que essa vivência extrapola o cotidiano e o cuidado. É
necessário mudar a filosofia dos profissionais e das instituições, na perspectiva
do cuidado à família, com espaços de diálogo, para que essa família seja parte
integrante do cuidado (LIMA et.al, 2017). Portanto deve-se propiciar uma
assistência aos pais, participação da família nos cuidados com o RN, neste
sentido a enfermagem deve procurar conhecer os medos, dificuldades,
sentimentos e necessidades dos pais, servindo de apoio e orientação,
respeitando a tomada de decisões e no processo de cuidados. (SILVA, et.al,
2018). Para Santana et.al. (2017) a equipe de saúde deve planejar um cuidado
culturalmente flexível, valorizando a presença da família, apoiar e incentivar
desde o nascimento a promoção de cuidado familiar, visando também o
empoderamento paterno e facilitando o desenvolvimento desse cuidado no
cenário domiciliar após a alta. Soares et.al. (2015) apontam que o envolvimento
prévio dos pais e familiares no cuidado do bebê prematuro é de extrema
importância para a promoção do vínculo afetivo. CONCLUSÃO: Essa revisão
evidenciou que a orientação realizada pelo enfermeiro é de extrema
importância tanto para o RN quanto para os pais, que tem como principal
objetivo acalmar e passar a segurança de que seu filho está sendo cuidado por
uma equipe de profissionais qualificados. O Enfermeiro tem um papel
fundamental oferecendo suporte acolhedor na difícil trajetória de internação do
filho. CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: A literatura
evidencia que a incerteza e medos se fazem presentes na vivência dos pais
que possuem RN na UTIN. Desse modo, é necessário valorizar essa
problemática e adotar ações na tentativa de tornar mínimas essas incertezas.
Portanto, auxiliar no manejo dessas incertezas se torna imprescindível, por isso
o profissional necessita familiarizar-se com a temática e fundamentar suas
ações em uma teoria que o embase na tomada de decisão frente as diversas
situações de sua vida profissional.
DESCRITORES: Unidade de terapia intensiva neonatal; cuidados de
enfermagem; educação em saúde.
REFERÊNCIAS
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SANTOS A. A.; - Humanização em UTI Neonatal: análise da literatura sobre
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MERIGHI M. A. B.; JESUS M. C. P.; SANTIN R.; OLIVEIRA D. M.; - Cuidar do
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em 17 de Setembro de 2018 Disponível em:
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SILVA P. L. N.; BARBOSA S. L.; ROCHA R. G.; FERREIRA T. N. - Vivência e
necessidade de pais de neonatos prematuros internados em unidade de
terapia intensiva neonatal - Rev Enferm UFPI. 2018 Jan-Mar;7(1):15-9.
Acesso em: 16 de Setembro de 2018 Disponível em:
http://www.ojs.ufpi.br/index.php/reufpi/article/view/6667/pdf
CUIDADOS DOMICILIARES DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS
DEPENDENTES DE TECNOLOGIA
Anderson Tiago Silva dos Santos 1; Andriele Wiltzki Maciel Corrêa¹; Caroline
Cristina Galetto1; Emily Karoline Stachiu1; Luis Carlos de Oliveira Camargo1;
Marcia Ferreira dos Santos1; Luciane Favero Basegio2.
INTRODUÇÃO: Segundo Ministério da Saúde (2016) a atenção domiciliar é
uma nova modalidade de atenção à saúde, substitutiva ou complementar às
existentes, caracterizada por um conjunto de ações promovendo saúde,
prevenção, tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com
garantia contínua de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde. Dentre
as modalidades pertencentes à atenção domiciliar, tem-se o cuidado domiciliar,
que engloba situações de cuidado intermitente ocasionadas por dano agudo ou
agravo de longa duração, envolvendo ações educativas e realização de
procedimentos que visam reduzi-lo e preveni-lo (SANTOS; de LEON;
FUNGUETTO, 2011). Durante essa prática pode-se atender situações distintas
com paciente de todas as idades, entre eles, as crianças (OKIDO, 2012). O
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990) no Art.2°, considera criança,
a pessoa até doze anos de idade incompletos. Atualmente muitas crianças
dependem de recursos de tecnologia de saúde para sobrevida, sendo alguns
deles medicamentos, dispositivos biomédicos e técnicas de cuidados
profissionais, realizados pelos enfermeiros e equipe de Enfermagem da
atenção básica e programas de atenção domiciliar (BRASIL, 2012). O número
de atendimentos domiciliares destinado às crianças é cada vez maior
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016). Portanto, o estudante de Enfermagem deve
ter ciência da demanda existente e práticas de cuidado envolvendo crianças
dependentes de tecnologia fora do hospital. Consequentemente, a questão
desse estudo foi: Quais os cuidados domiciliares de Enfermagem para crianças
dependentes de tecnologia? Para responder essa questão, objetivou-se
descrever cuidados domiciliares de Enfermagem em crianças dependentes de
tecnologia. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura,
1Acadêmicos de Enfermagem da Universidade Positivo (UP).2Doutora em Enfermagem. Professora do curso de Enfermagem da UP. Orientadora.
possuindo análise literária publicada em livros, artigos impressos ou digitais, na
interpretação e análise crítica pessoal dos autores (ROTHER, 2007). Seguiu os
seguintes critérios de inclusão: textos publicados eletronicamente e
gratuitamente na Biblioteca Virtual Em Saúde (BVS), e na Scientific Electronic
Library Online (SciELO); datados de janeiro de 2008 a agosto de 2018;
disponíveis em português; advindos do cruzamento dos descritores: serviço de
assistência domiciliar; cuidados de enfermagem; crianças e tecnologia
biomédica. Como critérios de exclusão delimitou-se sem preenchimento dos
critérios de inclusão; textos repetidos nas bases de dados; aqueles cuja
temática divergir do estudo. Logo, selecionados 10 artigos, oito deles na BVS e
dois na base de dados SciELO. RESULTADOS: Entre 10 artigos selecionados
percebe-se maior prevalência de publicação nos anos de 2013 (duas
publicações) e 2015 (quatro publicações), sendo os anos de 2008, 2010, 2011
e 2012 contaram uma publicação cada. Acerca dos periódicos utilizados pelos
autores, com maior expressão foram: Revista Brasileira de Enfermagem e
Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, contendo duas publicações cada.
Outros envolvidos tiveram uma publicação cada (Centro Colaborador do SUS
Avaliação de Tecnologias e Excelência em Saúde-CCATES, Revista de
Enfermagem UERJ, Jornal de Pediatria, Revista Texto e Contexto-
Enfermagem, Revista Gaúcha de Enfermagem e Revista da Escola de
Enfermagem da USP). Sobre tecnologias mais utilizadas nos cuidados
domiciliares de Enfermagem a crianças, obtivemos 13 tipos, mas o número
total ultrapassa os 10, visto que mais de uma tecnologia foi citada em cada
estudo analisado. São eles: medicamentos (sete artigos o mencionaram);
suporte ventilatório não invasivo (quatro estudos); oxigenoterapia e ventilação
mecânica (dois estudos cada); traqueostomia; sonda vesical de alívio; paciente
com derivação ventrículo peritoneal; nutrição parenteral; diálise peritoneal;
hemodiálise domiciliar; e quimioterapia apresentando uma menção cada.
Referente aos cuidados domiciliares de Enfermagem a crianças mais
abordados nos artigos selecionados, vários foram descritos. Os destacados
tiveram três repetições nos 10 artigos selecionados, foram eles: cuidado de
Enfermagem durante a morte e luto; orientação de Enfermagem e capacitação
das mães no cuidado ao neonato; e cuidado de medicação para família e
equipe de enfermagem cuidados. Entretanto, outros cuidados de Enfermagem
a criança também foram evidentes e repetiram-se duas vezes nas publicações
elencadas: higiene oronasal e do coto umbilical; cuidados com lesão por
pressão e ostomias; aspiração nasotraqueal; coleta de exames pela equipe de
Enfermagem; cuidados gerais ao paciente em oxigenoterapia; e verificação de
sinais vitais. Finalizando, outros cuidados foram descritos isoladamente:
cuidado de enfermagem no atendimento a emergência domiciliares;
acompanhamento e encaminhamento para seguimento do calendário vacinal;
capacitação do cuidador a pacientes graves; reação adversa a quimioterápicos;
realização do exame físico durante consulta domiciliar. DISCUSSÃO: Segundo
estudo de Fonseca e Marcon (2011), sobre percepção de mães sobre o
cuidado domiciliar prestado ao bebê nascido abaixo do peso, considera-se que
para exercer a função de enfermeiro junto aos bebês e familiares, objetivando
atendimento integrado, faz necessário um cuidado abrangendo ao aspecto
biológico, emocional, sociocultural, econômico e político. Levando em
consideração o cuidado de Enfermagem a crianças dependentes de tecnologia,
tal abordagem mostra-se necessária, visto que aspectos afetivo-emocionais
estão aliados aos biológicos, pois a família, também necessita de cuidado,
além da criança cuja condição requer cuidados especializados. Para Couto e
Praça (2012) são necessárias políticas governamentais intencionadas à
criança, podendo estabelecer diretrizes de atuação através de programas
dedicados à Saúde de modo geral, como Humanização do parto, redução da
mortalidade materna e neonatal, internação domiciliar neonatal, diminuição da
mortalidade infantil em regiões específicas, entre outras, destacando incentivo
de vínculo e apoio ao aleitamento materno. Embora o cuidado domiciliar não
seja uma prática atual, foi com a instituição do Programa Melhor em Casa,
embasado na Portaria GM nº 963/2013 (BRASIL, 2013) onde ganhou
visibilidade. Baseado nesse programa, a família tem como opção dar
continuidade ao tratamento no domicílio, para isso, é importante a capacitação
dos cuidadores no período de hospitalização e aos familiares presentes,
propositando minimizar as dificuldades encontradas e continuar o tratamento
com cuidados adequados objetivando diminuição da re-hospitalização. As
principais causas que podem gerar necessidade do uso de tecnologia por
crianças no domicílio podem ser: malformações congênitas ou algumas
condições genéticas, doenças crônicas ou lesões traumáticas, complicações
advindas da prematuridade, dos acidentes e infecções (CABRAL et al., 2013).
Watanabe et al (2015) enfatiza a atenção domiciliar apresentando-se como
proposta de desospitalização, capaz de melhorar qualidade de vida, diminuição
de infecções hospitalares e redução nos custos gerais. Porém, há necessidade
principalmente quando refere-se a paciente em oxigenoterapia, com estomas
(traqueostomia, gastrostomia, colostomia), nutrição enteral, feridas e curativos,
sonda vesical de alívio; aspiração orotraqueal, entre outras. Determinadas
situações o profissional faz-se presente no domicílio, como cuidados a
pacientes em uso de ventilação mecânica, com nutrição parenteral, drogas
intravenosas, necessidade de coleta de exames de sangue, entre outros (KIRK,
2004; SILVA; SANTOS, 2015). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi possível
perceber as principais tecnologias utilizadas no domicílio referindo-se ao
suporte ventilatório, uso de medicamentos e nutrição parenteral, sondagens e
diálise ou hemodiálise. Relacionadas a essas tecnologias, os cuidados de
Enfermagem citados foram voltados à capacitação do cuidador com o paciente
utilizando essas tecnologias e cuidados gerais com criança e recém-nascidos.
IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: É importante a equipe de
Enfermagem ser instrumentalizada para atuar no domicílio, pois não é uma
extensão do ambiente hospitalar e requer aptidão constante e atenção a
detalhes, a contexto domiciliar, família, cuidador e suas relações.
DESCRITORES: Serviço de assistência domiciliar; Cuidados de enfermagem;
Crianças e Tecnologia biomédica.
REFERÊNCIAS:
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legislação correlata, atos internacionais, índice temático. 1990. Disponível em:
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http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/cad_vol1.pdf Acesso em:
14/09/2018.
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domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 2013 Disponível em:
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CABRAL, P. F. A. et al. Percepção da criança e do adolescente em estar
dependente de tecnologia: aspectos fundamentais para o cuidado de
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CAVICCHIOLI, A. C. et al. Criança dependente de tecnologia e a demanda de
cuidado medicamentoso. Revista Brasileira de Enfermagem, vol.69, n.4 2016.
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KIRK S, G. C. Developing services to support parents caring for a technology-
dependent child at home. Child: Care, Health Dev. v. 30, issue 3. Page 209-218,
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como norteadores no cuidado domiciliar. Ciência e Saúde Coletiva. 16 Suppl. 1,
p.855-63, 2011. Disponível em: https://www.scielosp.org/scielo.php?
pid=S1413-81232011000700017&script=sci_arttext Acesso em: 14/09/2018
SILVA, M. R. R. S.; SANTOS, J. B.; Eficácia e Segurança da VM domiciliar para
o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória. Centro Colaborador
do SUS para Avaliação de Tecnologias e Excelência em Saúde, 2015.
Disponível em: http://www.ccates.org.br/content/_pdf/PUB_1449684046.pdf
Acesso em: 14/09/2018.
WATANABE, C. S. et al. Oxigenoterapia domiciliar prolongada: perfil dos
usuários e custos. Revista de Enfermagem UERJ, 2015. Disponível em:
http://www.facenf.uerj.br/v23n1/v23n1a16.pdf Acesso em: 14/09/2018
TRABALHOS DE APRESENTAÇÃO PÔSTER
ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM NA BUSCA ATIVA VACINAL EM UMA
ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL 1 EM CURITIBA/PR: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Gercino Faht1, Juliana Ferreira da Costa2, Laura Caroline de Barros Lara3,
Michelle Mendes da Silva4, Pâmela Rodrigues de Almeida5, Patrícia Alves de
Barros6, Viviane Nogueira Santos7
INTRODUÇÃO: A vacinação infantil é o método profilático mais comum e
eficaz na prevenção e controle de doenças endêmicas[1]. Por este motivo, o
Brasil implantou campanhas de vacinações desde 1804, e a partir de então
aprimorou suas estratégias em saúde, o que acarretou na erradicação de
doenças como a febre amarela urbana, a poliomielite e varíola. Tendo em vista
o resultado positivo que as campanhas de vacinação haviam trazido, em 1973
o Ministério da Saúde (MS) implantou o Programa Nacional de Imunização
(PNI), com o propósito de vacinar todos os cidadãos brasileiros [2]. Entretanto,
fatores como falta de conscientização e informações falsas divulgadas em
mídias sociais, vem gerando uma baixa adesão no índice de vacinação entre a
população brasileira, o que está levando ao retorno de doenças endêmicas
como o sarampo, a varicela e a febre amarela. Então, conclui-se que a melhor
medida de proteção para doenças preveníveis por vacinação é manter
atualizado o esquema vacinal. Diante desta afirmação os Acadêmicos de
Enfermagem do 3°ano da Universidade Positivo, realizaram uma busca ativa
numa escola de ensino fundamental no bairro CIC em Curitiba, no intuito de
elencar as vacinas em atraso dos estudantes. Posteriormente a isso, pais e ou
1Professor do Curso de Enfermagem. Universidade Positivo. E-mail: gercinofaht@bol.com.br.2Acadêmica de Enfermagem. Universidade Positivo. E-mail: julianaferreira620@hotmail.com3Acadêmica de Enfermagem. Universidade Positivo. E-mail: laurita.laura1303@gmail.com. 4Acadêmica de Enfermagem. Universidade Positivo. E-mail: michelle199584@hotmail.com. 5Acadêmica de Enfermagem. Universidade Positivo. E-mail: pa_qtg@hotmail.com. 6Acadêmica de Enfermagem. Universidade Positivo. E-mail: patricialvesdebarros@gmail.com. 7Acadêmica de Enfermagem. Universidade Positivo. Autor Correspondente. Telefone: (41) 99570-4223 E-mail: vivinogueiraa17@gmail.com.
responsáveis foram convocados para vacinar as crianças na Unidade Básica
de Saúde (UBS) de abrangência local. JUSTIFICATIVA: Atendendo a uma das
demandas da UBS, foi constatado grande número de crianças com o esquema
vacinal desatualizado, faltando, em sua maioria, as vacinas contra varicela e
febre amarela. Segundo a Avaliação das Coberturas Vacinais do Calendário
Nacional de Vacinação (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2017), a cobertura vacinal
está abaixo da meta e em 2016 houve queda significativa de administração de
todas as vacinas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo
território brasileiro, não estando relacionado com a demanda oferecida à UBS.
Portanto, devido à importância de um esquema vacinal completo para a saúde
da comunidade, foi priorizada a busca ativa das crianças não vacinadas numa
das áreas do bairro CIC, visando à ampliação da cobertura vacinal na região.
OBJETIVO: O presente trabalho tem como objetivo atualização da carteira de
vacinação dos alunos do pré ao quinto ano de uma escola de Ensino
Fundamental 1 no bairro CIC em Curitiba no ano de 2018, através de dados
coletados na busca ativa realizada na UBS de abrangência local.
METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa com abordagem de caráter
quantitativa, desenvolvida em uma escola na região do CIC em Curitiba-PR
desenvolvida nos meses de junho e julho de 2018. O processo inicial foi visitar
a escola, solicitando à coordenação pedagógica a relação de todos os alunos
matriculados, com informações do nome completo, data de nascimento e nome
da mãe. De posse dessas informações, prosseguiu-se a investigação na UBS -
Estratégia de Saúde da Família (ESF) - através do sistema informatizado E
Saúde rastreando no cadastro local e geral o nome de cada aluno no ícone
Painel de Vacinação, identificando quais as doses faltosas eram encontradas
na Carteira Nacional de Vacinação de cada um. Após esta etapa foi
confeccionado 141 comunicados personalizados direcionados aos
pais/responsáveis informando as vacinas pendentes e solicitando comparecer
na unidade ESF para a atualização do esquema vacinal. Salientamos que este
trabalho não teve a apreciação do Comitê de Ética e Pesquisa, contudo por se
tratar de um trabalho acadêmico realizado durante estágio curricular, procurou-
se manter o anonimato de todos os participantes envolvidos. RESULTADOS:
Foram analisados 239 cadastros de esquema vacinal, dos alunos de turmas de
pré-escola até o quinto ano do ensino fundamental 1. Destes, 67% das
crianças não haviam se vacinado contra a febre amarela, além de 14% das
crianças não apresentaram a vacina contra a varicela, das crianças com idade
adequada para se vacinar contra o HPV, apenas 9% das crianças
apresentaram a vacina como faltosa em seu cadastro vacinal. Outras vacinas
foram encontradas como faltosas, porém, com um índice muito baixo para
gerar análise. CONSIDERAÇÕES FINAIS: No cenário brasileiro atual, as
informações de base cultural passadas horizontalmente entre indivíduos, e por
veículos tecnológicos ao invés do conhecimento científico, vem tomando frente
em muitas decisões da população, além da escassez de planos de educação
em saúde para a comunidade acerca desse assunto. Tais fatores resultam em
grande impacto na saúde de um indivíduo e consequentemente na sociedade
em geral. Na averiguação deste trabalho constatamos que as vacinas faltosas
mais prevalentes eram da Febre Amarela, Varicela e HPV. Este retrato nos
trouxe uma inquietação sobre esta pequena parcela de negligência em relação
ao esquema vacinal das crianças, o que nos instigou enquanto alunos de
enfermagem a ter um olhar mais crítico sobre essa realidade, sendo que com
estratégias simples, como a busca ativa e educação em saúde, a reversão
desse quadro se torna possível. Através desta experiência, percebemos
enorme agregação de conhecimento técnico-científico em relação à
importância da vacinação e estratégias para que ela se torne real na
comunidade, além disso, foi possível o contato com instituições fora do
contexto da universidade que fez com que aumentasse nossa variedade de
atuações na enfermagem, não nos limitando apenas no assistencialismo
hospitalar. IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: Segundo o Ministério da
Saúde (2014) além da equipe de enfermagem ser treinada e capacitada para
as atividades da sala de vacinação, como manuseio, conservação, preparo e
administração das vacinas, a equipe também deve participar da compreensão
da situação epidemiológica da área de abrangência na qual o serviço de
vacinação está inserido, para assim estabelecer prioridades, alocação de
recursos e a orientação programática, quando necessário, executando isso
através de monitorização das atividades de vacinação como, taxa de
abandono, cobertura vacinal, eventos adversos, inconsistência e/ou erros de
registros no sistema, entre outras atividade, revisando o arquivo com
informação individual de vacinados para estabelecer ações de busca ativa de
faltosos[3], sendo esta definida como uma estratégia que possibilita o
deslocamento da equipe de saúde para fora da instituição oportunizando se
deparar com a realidade social territorial em que as pessoas estão inseridas,
auxiliando na identificação, localização, constatação e atualização das
informações, estabelecendo vínculo e promovendo a socialização de
informações acerca do direito à saúde.[4].
A identificação e localização dos alunos faltosos certamente trazem inúmeros
benefícios dentre eles a atualização do registro no sistema, dados
epidemiológicos importantes, prevenção efetiva de doenças e o vínculo do
profissional com a região a qual ele presta serviço.
DESCRITORES: Enfermagem; Saúde na escola; Vacinação.
REFERÊNCIAS
[1] SOUSA, C. de J. et al. Compreensão dos pais acerca da importância da
vacinação infantil. Revista enfermagem contemporânea, Salvador, vol. 1, n°
1, pág. 44-58, dez. 2012. Disponível em:
<https://www5.bahiana.edu.br/index.php/enfermagem/article/view/39/39>.
Acesso em: 10 ago. 2018.
[2] FRANÇA, I. S. X. de et al. Cobertura vacinal e mortalidade infantil em
Campina Grande, PB, Brasil. Revista brasileira de enfermagem, Campina
Grande, vol. 62, n° 2, pág. 258-264, abr. 2009. Disponível em:
<http://www.redalyc.org/html/2670/267019600014/>. Acesso em: 10 ago. 2018.
[3] SAÚDE, Ministério da. Manual de Normas e Procedimentos para
Vacinação. 2014. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_procedimentos_vacinacao.
pdf>. Acesso em: 05 set. 2018.
[4] MARTINS, Rosane Aparecida de Sousa; NOLASCO, Brendda Cristhyan
Alves; SEVERINO, Renata Rodrigues. Estratégias de Efetivação do Acesso
à Saúde: a busca ativa de pacientes mediante demanda reprimida na
saúde no HC/UFTM. 2016. Disponível em: <http://www.cress-
mg.org.br/arquivos/simposio/ESTRAT%C3%89GIAS%20DE%20EFETIVA
%C3%87%C3%83O%20DO%20ACESSO%20%C3%80%20SA%C3%9ADE
%20A%20BUSCA%20ATIVA%20DE%20PACIENTES%20MEDIANTE
%20DEMANDA%20REPRIMIDA%20NA%20SA%C3%9ADE%20NO.pdf>.
Acesso em: 06 set. 2018.
ATRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM NOS SERVIÇOS DE HEMODINÂMICA
Felipe Eduardo Misael Dadam¹, Wilerdy Matheus da Silva¹, Denise Faucz
Kletemberg²
INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares são uma das principais causas de
morte no mundo, matando mais pessoas por esta enfermidade do que qualquer
outra. Segundo estimativas, cerca de 17,7 milhões de pessoas morreram por
causa de doenças cardiovasculares em 2015, representando 31% das causas de
morte em nível global, com grande parte destes números em países de baixa e
média renda. A maioria destas doenças podem ser preveníveis, utilizando
estratégias corretas para com a comunidade em geral, diagnosticando e tratando
precocemente estas doenças através de aconselhamentos ou manejo correto dos
medicamentos (OPAS/OMS, 2017). Desde que a Sociedade Brasileira de
Cardiologia (SBC) estabeleceu a meta de redução de mortes por causas
cardiovasculares, se fez necessária a criação de uma diretriz de prevenção
cardiovascular, sendo um dos primeiros passos, a “Carta do Rio”, homologada no
Rio de Janeiro durante um congresso. A hemodinâmica é um meio de se obter
dados funcionais e anatômicos, que permite diagnosticar em um curto intervalo de
tempo, possíveis alterações cardíacas, tornando-se grande aliado para a
cardiologia de modo geral. Ao diagnosticar uma obstrução arterial por meio de um
cateterismo, é possível realizar este procedimento da maneira mais rápida
possível e de forma adequada. A velocidade empregada entre o diagnóstico e o
início do tratamento, na maioria das vezes, se torna fundamental quando se trata
de salvar a vida de algum paciente, tornando então o cateterismo um valioso
instrumento quando se trata de diagnóstico preventivo. Diante da suspeita de uma
obstrução da artéria coronariana, são inseridos cateteres nos vasos sanguíneos
de pernas ou de então braços, onde serão guiados até o coração do enfermo,
onde então, logo em seguida, é injetado aplicações de contraste iodado pelo
(1) Acadêmicos do 2º ano do curso de graduação de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail:
felipedadam.m@gmail.com; wilerdymatheus@gmail.com; Tel. (41)99816-2515; (41)99860-2115.
(2) Doutora em Enfermagem, docente do curso de graduação em Enfermagem na Universidade Positivo. E-
mail: denisekle@yahoo.com.br.
cateter, permitindo então a visualização mais clara das artérias coronarianas,
câmaras e valvas cardíacas. Após a realização deste procedimento, são
geradas imagens que permitem visualizar e diagnosticar alterações cardíacas,
procedimento este que possui uma média de tempo de 10 minutos ao todo
(OPAS/OMS, 2017). Para se realizar um procedimento em uma unidade de
hemodinâmica, alguns critérios são seguidos de acordo com as
recomendações da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), baseados no
benefício em se realizar o procedimento, na utilidade, na segurança e qual a
real eficácia de um tratamento determinado, através das evidências
disponíveis. Alguns dos critérios utilizados para a elaboração desta
recomendação são: condições nas quais há evidências conclusivas; condições
para as quais há evidências conflitantes; peso sobre a opinião do
procedimento; segurança e utilidade menos bem estabelecidas e condições
para as quais há evidências ou consentimento de que o procedimento não é
eficaz suficientemente (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2017).
JUSTIFICATIVA: Com base nas informações apresentadas, surge como
prerrogativa a seguinte questão norteadora: Qual é a importância da
enfermagem na hemodinâmica, e qual o papel desenvolvido pelo enfermeiro
neste serviço? OBJETIVO: Descrever as atribuições do enfermeiro nos
serviços de hemodinâmica. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa
bibliográfica em artigos da literatura científica do Scientific Electronic Library
Online (SciELO), com os descritores Hemodinâmica e Enfermagem. Foram
utilizados os seguintes critérios de inclusão: artigos científicos publicados em
periódicos nacionais, indexados, publicados no período de 2013 a 2018. Tal
busca selecionou quinze (15) artigos, que após leitura refinada dos mesmos e
seguindo os critérios de inclusão resultou em dois (2) artigos. RESULTADOS:
A presença do enfermeiro nos serviços de hemodinâmica é de fundamental
importância nos dias atuais, pois é ele quem vai orientar ao paciente como o
procedimento será realizado, quais meios serão utilizados, entre outras
orientações, além da implementação da sistematização da assistência. Sejam
elas pré ou pós procedimento, tanto para o paciente quanto para o familiar
presente, estas informações são importantes para o correto manejo do
paciente até a sua alta hospitalar, facilitando todo o processo de enfermagem.
Vale ressaltar que a atuação do enfermeiro exige um conhecimento teórico-
prático complexo, sendo necessário conhecimentos básicos e que exijam
conhecimento técnico-científico necessário para a realização das atividades
atribuídas ao enfermeiro de hemodinâmica, como por exemplo, durante todo o
procedimento o enfermeiro deve sempre estar atento ao traçado
eletrocardiográfico, para que se possa tomar alguma atitude mais
intervencionista e/ou a aplicação de medicamentos para a estabilização do
quadro durante todo o processo (COSTA et al, 2014). As intervenções precoces
do enfermeiro nas possíveis complicações vasculares após os procedimentos
são de grande importância, pois podem reduzir tanto os efeitos colaterais deste
procedimento, quanto diminuir o tempo de internamento e custos hospitalares,
onde então percebemos o quão grande é a importância de se ter o profissional
enfermeiro nos serviços de grande complexidade (CESTARI et al, 2017). Ainda,
devemos salientar que no meio de todo este processo, o enfermeiro também
deve gerenciar a equipe de enfermagem, treinando e supervisionando o serviço
deste pessoal, além de controlar o processo de cuidados e armazenamento
correto dos instrumentos utilizados nos procedimentos hemodinâmicos (COSTA
et al, 2014). É importante observar que o enfermeiro atua tanto na parte
assistencial, quanto na parte administrativa nestes serviços, local este onde
seu trabalho vem cada vez mais sendo reconhecido no meio hospitalar
(CESTARI et al, 2017). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pode-se observar a
importância da inserção do enfermeiro nos serviços de hemodinâmica, visando
uma melhor organização do espaço de trabalho, além da elaboração das
rotinas a serem aplicadas, o desenvolvimento em si dos procedimentos
realizados em uma hemodinâmica, além da elaboração de planejamento da
assistência de enfermagem aos pacientes e familiares dos mesmos. É de suma
importância valorizar o papel do enfermeiro dentro deste serviço, e também de
outros serviços especializados que demandam do conhecimento realizado pelo
enfermeiro. CONTRIBUIÇÕES PARA A SAÚDE: Acreditamos que por meio
deste se possa valorizar mais o serviço desenvolvido pelos enfermeiros nos
serviços de hemodinâmica, algo que nos últimos anos vem crescendo e
criando de certa forma, novas vertentes e cuidados a serem desenvolvidos
neste meio de serviço em especial.
DESCRITORES: Enfermagem; Hemodinâmica; Enfermagem Cirúrgica.
REFERÊNCIAS
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Disponível em: <https://www.paho.org/bra/index.php?
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SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. I Diretriz Brasileira de
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Disponível em:
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SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Diretriz da sociedade
brasileira de cardiologia e da sociedade brasileira de hemodinâmica e
cardiologia intervencionista sobre intervenção coronária percutânea. Rio
de Janeiro, v. 109, n. 1, supl. 1, jul. 2017. Disponível em:
<http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2017/03_DIRETRIZ_SBHCI.pdf>
Acesso em: 29/08/2018.
COSTA, G. R.; et al. Atuação do enfermeiro no serviço de hemodinâmica: uma
revisão integrativa. Revista Interdisciplinar. Teresina, v. 7, n. 3, p. 157-164,
jul/ago. 2014. Disponível em:
<https://revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/index.php/revinter/article/view/
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CESTARI, V. R. F.; et al. Dispositivos de assistência ventricular e cuidados de
enfermagem. Texto & Contexto - Enfermagem. Florianópolis, v. 26, n. 3, ago.
2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v26n3/0104-0707-tce-26-03-
e0980016.pdf>. Acesso em: 29/08/2018.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE ÀS GESTANTES
Danielle de Fátima Magalhães1, Kwanna Fiuza de Toledo1, Manoela Marina
Morgado1, Thiago Miguel Vodonis1, Adriana do Rocio Vendrametto2.
INTRODUÇÃO: O pré-natal consiste na assistência de enfermagem e médica
prestada as mulheres durante os nove meses da gestação, à fim da promoção,
prevenção e proteção primária, evitando complicações à saúde da gestante e
recém-nascidos. Promover a educação em saúde, possibilita a identificação de
fatores de risco e oportuniza o manuseio clínico de intervenções, para diminuir o
risco de morbimortalidade materna-infantil. (GUIMARÃES et al, 2018). A não
adesão ao pré-natal ou assistência inadequada contribui para a ocorrência de
doenças ou agravos gestacionais evitáveis, desordens hipertensivas por exemplo,
hoje é a principal causa de morte materna, na América Latina e nos países
desenvolvidos, com 25,7 e 16,1% dos casos de morte entre os anos de 1997 e
2002. (MARTINELI et al, 2014). O Ministério da Saúde recomenda o início do pré-
natal no 1° trimestre, com no mínimo, 06 consultas durante a gestação e a
realização de procedimentos básicos e laboratoriais. Existem comprovações de
que, embora poucas consultas sejam realizadas, se ocorrerem de forma
qualificada é tão eficaz quanto efetivar várias consultas, pois uma assistência
adequada no pré-natal resulta em redução da morbimortalidade materna e infantil
(NUNES et al, 2016; GUIMARÃES et al, 2018). É necessário o desenvolvimento
de ações de educação em saúde para estabelecer um vínculo entre os
profissionais e gestantes, sendo assim oportuno a realização de encontros
voltados a orientações quanto ao momento e experiências deste período que
estão vivenciando, desta forma as gestantes sentem-se mais seguras, adquirem
confiança e podem esclarecer dúvidas, compartilhar angústias e experiências.
(NUNES et al, 2016). JUSTIFICATIVA: A realização de um pré-natal adequado e
de qualidade contribui para a redução da morbimortalidade materno-infantil, pois
¹ Acadêmicos da 3ª série do curso de Enfermagem, Universidade Positivo, Curitiba, Paraná, Brasil. E-mail:
dannymagalhaes.s2@gmail.com, kwanna_toledo@hotmail.com, manoelamarina@hotmail.com,
thiagomiguelvodonis@hotmail.com / (041) 99272-0988.
² Enfermeira, docente da Universidade Positivo. Email:avendrametto@hotmail.com.
evita possíveis complicações a saúde de ambos. Durante esse período, é
imprescindível a realização de oficinas às gestantes para oferta de informações
e orientações sobre o processo de gestar e cuidados necessários ao longo do
pré-natal e puerpério, como o cuidado ao recém-nascido e principalmente com
relação ao autocuidado da gestante. E o Enfermeiro é o profissional adequado
para realizar a educação em saúde. OBJETIVO: Relatar como sucedeu o
programa de oficinas ofertadas às gestantes de uma Unidade de Saúde.
METODOLOGIA: Trata – se de um relato de experiência, realizado em uma
Unidade Básica de Saúde da cidade de Curitiba - PR, executado pelos
acadêmicos de enfermagem do 3º ano da Universidade Positivo, sobre a
supervisão da professora responsável pela disciplina de Assistência de
Enfermagem na Saúde da Mulher. Este projeto foi executado em três meses
(maio – julho), onde foi realizado a leitura de artigos científicos atuais para
embasamento teórico a fim de verificar a realidade deste tema na atualidade. A
partir disso foram elencados os temas de maior relevância para o projeto. Os
acadêmicos foram à unidade de saúde no mês de junho para solicitar uma lista
com todas as gestantes cadastradas no programa do pré-natal. Foi efetuado
uma busca ativa por meio de ligações telefônicas para convidá-las a participar
das oficinas e, um cartaz com a divulgação das oficinas foi fixado na unidade.
Estas, aconteceram em três sextas-feiras, do mês de agosto no ano de 2018,
no turno vespertino, com duração de duas horas cada. O trabalho não foi
submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Positivo por se
tratar de um trabalho acadêmico que não será publicado na íntegra.
RESULTADOS: Por meio da concepção humanista e cognitivista as mulheres
foram incentivadas a participar no processo de aprendizagem, no qual foi
proporcionado trocas de experiências, esclarecimento de dúvidas, abordando
assuntos que fazem parte do momento que estão vivenciando. Por intermédio
da metodologia sociocultural, foi abordado a importância do pré-natal, que
ainda hoje, é um desafio na sociedade, pois muitas mulheres não
compreendem a suma importância de segui-lo corretamente. Durante a busca
ativa via ligação telefônica, 6 números estavam desatualizados ou não
existiam, 23 gestantes justificaram que não poderiam comparecer devido a
incompatibilidade de horário, pois estariam trabalhando, 11 ficaram muito
interessadas, porém não deram certeza do comparecimento, devido a outras
atividades e 5 gestantes confirmaram. Em média compareceram duas
gestantes por reunião. Na primeira oficina, após a apresentações de todos os
presentes, foi abordado o tema – Estou grávida e agora?, onde por meio de
recursos visuais (vídeo, imagens e ilustrações) foi abordado todo o período
gestacional, explicando todas as alterações fisiológicas que ocorrem no corpo
na mulher durante esse período, esclarecendo o motivo pelo qual elas ocorrem
e como amenizar os efeitos. Em uma roda de conversa as mulheres trocaram
experiências e esclareceram dúvidas. Foi também abordado a importância dos
exames, vacinas e o preenchimento adequado da caderneta da gestante,
assim como trazê-la para todas as consultas para que seja registrado o
desenvolvimento gestacional. Na segunda reunião foi tratado o tema –
Amamentação, onde a abordagem inicial foi conhecer a vivência das gestantes
sobre o assunto. Com base nas informações levantadas foi esclarecido alguns
mitos e verdades quanto ao tema. Por meio de uma palestra, utilizando
manequins e imagens, foi discutido sobre o preparo das mamas e mamilos
para o momento da lactação, os tipos e fases do leite materno, como realizar
uma ordenha e suas indicações, a pega correta do bebê e as complicações
que podem surgir quando ela não estiver adequada, os cuidados que devem
ser realizados quando houver problemas na amamentação e a importância de
procurar assistência de saúde quando algo estiver errado. Outro subtítulo
dessa oficina foi a importância da amamentação materna e exclusiva até o
sexto mês de vida para bebê, assim como os benefícios desde ato para ambos.
Na terceira oficina o tema foi parto e puerpério, mas não foi possível sua
realização, pois não houve quórum, ou seja, não compareceu nenhuma
gestante neste dia. DISCUSSÃO: O maior desafio foi relacionar todos os
assuntos relevantes em apenas três oficinas, de tal forma que estivessem
relacionadas e não se tornassem encontros extensos e cansativos. Outro
contratempo que nos preocupava era o fato de termos quórum suficiente para
as oficinas. Tivemos uma baixa adesão das gestantes, sendo apenas uma que
compareceu em todos os encontros, sendo esta premiada com o kit preparado
pelos acadêmicos. Dos fatores que possam ter contribuído para esta baixa
adesão elencamos a disponibilidade das gestantes e as condições climáticas
(frio e chuva), assim como a disposição, muitas estavam no final do terceiro
trimestre. Das gestantes que compareceram aos encontros todas se mostraram
bem interessadas, participativas e esclareceram bastante dúvidas, que elas
mesmo mencionaram, que tinham vergonha de comentar durante a consulta de
enfermagem e médica, ou que o tempo de consulta não permitiu tais
conversas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As oficinas ou grupos de discussões
são de extrema importância durante o pré-natal, pois é um momento singular e
adequado para o desenvolvimento de ações educativas, visando a promoção e
prevenção a saúde materno-infantil. Assim as mulheres obtêm um espaço para
compartilhar dúvidas, angústias, e trocar experiências, além disso, recebem
suporte para questões oportunas da gestação e puerpério, é nesse momento
que o profissional de enfermagem, que está à frente desse processo,
determina um vínculo eficaz. Desta forma a enfermagem consegue estabelecer
um elo de confiança permitindo que a gestante se sinta à vontade para
expressar suas mais singelas dúvidas, medos e apreensões neste momento de
vulnerabilidade e inseguranças. CONTRIBUIÇÕES/ IMPLICAÇÕES PARA
SAÚDE: A educação e ações em saúde é de suma importância, pois está
diretamente ligada à promoção e prevenção de agravos, estas proporcionam
qualidade de vida para os usuários dos serviços de saúde. A realização destas
ações estabelece um vínculo entre o profissional de enfermagem e o cliente,
esta relação de troca de experiências e confiabilidade possibilitará a
transformação na saúde biológica, assim como, ambientais e culturais, sendo
isso, uma motivação para refletir sobre a saúde e doença, conduzir
conhecimentos, comportamentos e atitudes, estimulando a participação na
decisão de suas condutas. Um vínculo fortalecido das gestantes com sua
unidade de referência ocasiona maior aderência aos tratamentos pois são
ações dentro da realidade da usuária. (PINHEIRO, 2011)
DESCRITORES: Pré-natal; Educação em saúde; Enfermagem.
REFERÊNCIA:
GUIMARÃES, W.S.G. et al. Acesso e qualidade de atenção pré-natal na
Estratégia Saúde da Família: Infraestrutura, cuidado e gestão. Cad. Saúde
Pública 2018.
NUNES, J.T. et al. Qualidade da assistência pré-natal no Brasil: Revisão de
artigos publicados de 2005 a 2015. Cad. Saúde Colet. 2016, Rio de Janeiro,
24 (2): 252-261.
MARTINELI, K.G. et al. Adequação do processo da assistência pré-natal
segundo os critérios do Programa de Humanização do Pré-natal e
Nascimento e Rede Cegonha. 2014.
PINHEIRO, A. K. B. Enfermagem e Práticas de educação em saúde. Rev.
Rene, Fortaleza, 2011, abr/jun; 12(2):225.
INFLUÊNCIA DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES
MAMÁRIAS E DESMAME PRECOCE: ORIENTAÇÕES NO ALEITAMENTO
IMEDIATO
Jade Caroline Felix da Silva¹; Kelly Rose de Melo Freire¹; Leonice de Matos
Tavares¹; Ricardo de Brito Buquera 1; Adriana do Rocio Vendrametto².
INTRODUÇÃO: A prática do aleitamento materno está relacionada a melhora
dos fatores de ordem física, psicológica e social, sendo reconhecida suas
vantagens para a mãe, a criança, a família e sociedade. A amamentação não é
apenas para nutrir o bebê, é um processo que exige interação entre mãe e
filho, além da nutrição oferece resistência contra infecções, fortalece a
musculatura que envolve o processo de falar, promove benefícios, além de ser
um alimento completo em tudo que o lactente necessita (BENEDETT et al.,
2014). Em âmbito nacional, o Ministério da Saúde criou programas e políticas
que se articulam com as demais propostas de apoio, promoção e proteção ao
aleitamento materno. Hospital Amigo da Criança é um desses programas, que
objetiva apoiar o aleitamento materno nos hospitais a partir da adoção dos
“Dez Passos para o Incentivo do Aleitamento Materno”, propondo mudanças
nas rotinas e condutas (SKUPIEN et al., 2016). A interrupção precoce da
amamentação tem sido relacionada ao desconhecimento materno sobre as
vantagens do aleitamento materno, ao despreparo dos profissionais de saúde
em orientar as mulheres, bem como ao suporte inadequado diante das
complicações, além da maior atuação da mulher no mercado de trabalho e às
fragilidades das políticas públicas na promoção do aleitamento materno (SILVA
et al., 2014). É dever do enfermeiro e dos profissionais de saúde orientar as
mães sobre amamentação exclusiva e todos os seus benefícios. Cabe a esse
profissional identificar e compreender o aleitamento materno, estar preparado
para prestar assistência, ajudando a superar medos,
1 Acadêmicos da 3ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo, Curitiba-PR. E-mails: kelly.rmf@hotmail.com; leonicetavares71@gmail.com; jadefelix@outlook.com; buquera330@hotmail.com. Contato Telefônico: (41) 99523-9421. ² Enfermeira. Professora Adjunta do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail: avendrametto@hotmail.com.
dificuldades e inseguranças (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015). Para realizar
esses cuidados a consulta puerperal de enfermagem é necessária para orientar
a prática do aleitamento materno e assim reduzir as complicações mamárias e
o desmame (SKUPIEN et al., 2016). Além das orientações que devem ser
realizadas durante a gestação e após o parto a mãe deve ser auxiliada e
incentivada a amamentar já na primeira hora de vida, pois o aleitamento
materno é um fator importante de proteção para mortalidade neonatal (SÀ et
al., 2016). Qualquer informação que não seja orientada pode levar ao
desmame precoce, fissuras nas mamas ou mastite. Estudos indicam que a falta
de orientação e as complicações mamárias interferem no tempo da
amamentação (SILVA et al., 2014). Esse estudo se faz necessário para
salientar a importância da atuação do enfermeiro no período puerperal imediato
e seu fundamental papel junto às mães para auxiliar e incentivar o aleitamento
materno. JUSTIFICATIVA: Considerando o papel imprescindível do enfermeiro
na identificação das complicações mamárias referentes a amamentação e na
prevenção do desmame precoce, se faz necessário identificar a atuação do
enfermeiro no processo de aleitamento materno, no período puerperal
imediato. OBJETIVOU-SE: Descrever o papel do enfermeiro com a puérpera
durante todo o processo gestacional instruindo o cuidado na amamentação e
auxiliando na prevenção de complicações mamárias e no desmame precoce.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo bibliográfico com base em artigos
encontrados no site Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) nas bases de dados
MEDLINE e LILACS. Tendo como critérios de inclusão: artigos disponíveis,
completos, em português, entre os anos de 2014 a 2017. Os descritores
utilizados foram: aleitamento materno, puerpério imediato e enfermagem. O
trabalho não foi encaminhado ao Comitê de Ética, por se tratar de um trabalho
acadêmico que não terá sua publicação na íntegra. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: A partir da leitura e discussão dos artigos foi possível observar a
necessidade de ações para desenvolver técnicas de orientação de
amamentação durante o pré-natal, pós parto imediato e mediato. De acordo
com a Organização Mundial de Saúde visando diminuir traumas mamilares e
garantir a retirada eficiente do leite da mama pelo bebê, preconiza a promoção
da técnica de amamentação ideal (SILVA et al., 2014). As complicações
mamárias têm causas evidentes como o déficit de conhecimentos,
inexperiência, insegurança e interferências familiares quando a informação
sobre amamentação é transmitida de forma ineficaz, fracionada ou quando há
falha na comunicação entre mãe e profissionais de saúde. Isso pode acarretar
insegurança materna, levando essas mães a recorrerem ao leite artificial,
abandonando o aleitamento materno antes do tempo recomendado.
Lembrando que levar em consideração a assistência não só a gestante e sim a
sua família, a qual tem um papel primordial nessa nova fase de sua vida, onde
irá facilitar todo o processo em relação a amamentação, quando se é inserida
no processo de compreensão do ato de aleitamento (OLIVEIRA et al., 2015).
Relacionar que o leite é fraco ou insuficiente com a interrupção da
amamentação antes do tempo adequado é muito comum, o que mostra a
necessidade de os enfermeiros realizarem ações ainda no pré-natal para que
essa mãe não tenha dúvidas sobre a importância do aleitamento (OLIVEIRA et
al., 2015). O trabalho materno fora do lar não deixa de ser um fator importante
para o desmame materno precoce segundo Silva (2014). A ordenha de leite
para essa nova fase é bastante recomendada, porém pouco citada durante o
pré-natal. A necessidade de retorno ao trabalho e não saber como continuar
oferecendo o seu leite influencia na interrupção do aleitamento, por isso a
importância de conhecer essa mãe e saber se ela irá exercer atividade
ocupacional fora do lar e preparar essa mulher no planejamento da ordenha,
visando o aleitamento até os 6 meses de vida desse bebe (OLIVEIRA et al.,
2015). Intercorrências mamárias puerperal são elementos que favorecem a
interrupção do aleitamento materno exclusivo, elementos esses que mostram o
despreparo e falta de informação para conduzir a amamentação. É primordial
um estímulo às ações de educação em saúde durante o pré-natal com
orientações não somente sobre amamentação, mas também sobre as técnicas
corretas da mesma, para prevenirmos e minimizar os desconfortos ligados à
mamada, que podem resultar no desmame precoce (BENEDETT et al., 2014).
O período do pré-natal é de extrema importância pois é o momento onde o
enfermeiro irá criar um vínculo para que ela receba todas as informações
(SILVA et al., 2014). É fundamental a presença dos profissionais de saúde para
ajudar a mostrar às mães a necessidade da amamentação e tentar deixar esse
ato mais prazeroso, garantindo informação e disposição para tirar qualquer
dúvida. A falta de informação sobre intercorrências na amamentação, como
fissuras nas mama, mastite e falta de orientação sobre ordenha em casos de
volta ao trabalho, o tempo necessário para o bebê ficar bem alimentado, se
tudo isso não for explicado, orientado e incentivado pode levar ao desmame
precoce. A educação em saúde realizada na consulta de enfermagem é
essencial para melhorar os índices de amamentação e diminuir os fatores de
riscos, proporcionando conhecimento e qualidade de vida as famílias
(SKUPIEN et al., 2016). IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: O
enfermeiro sendo ele obstétrico ou não sua função principal, além do cuidado
com a paciente, é a visão integral da cliente o que por muitas vezes, envolve a
função de educador em saúde. E essa atividade previne problemas,
proporcionando o aumento da qualidade de vida da paciente. Colocando-se no
papel de educador na precaução de problemas mamários com a puérpera, o
enfermeiro deve salientar os benefícios da amamentação, bem como, soluções
para os problemas durante o processo de aleitar; sendo esse
acompanhamento feito desde o início do pré-natal, podendo ser ele na
residência da gestante ou na unidade básica de saúde (UBS) e mesmo quando
já parturiente. O enfermeiro deve estabelecer diagnósticos específicos para
cada parturiente de acordo com suas dificuldades e orientar especificamente
cada caso, de forma personalizada, acolhedora à lactante sinta-se encorajada
em seguir as orientações proposta pela enfermagem. (BENEDETT et al., 2014;
OLIVEIRA et al., 2015; SKUPIEN et al., 2016). CONSIDERAÇÕES FINAIS: O
estudo possibilitou verificar que a abordagem educativa do enfermeiro na
construção de conhecimentos sobre o processo de lactação às nutrizes nos
três níveis de atenção em saúde (primário, secundário e terciário), promove o
encorajamento das mães quanto ao ato de amamentar, identificando suas
dificuldades, inseguranças e intercorrências, a fim de inibir o desmame precoce
e as complicações mamárias. É imprescindível respeitar os desejos e decisões
maternas, no entanto, destaca-se a importância de a enfermagem praticar o
cuidado integral, permitindo melhor aproximação entre profissional e cliente, e
assim, garantir maior eficiência nas ações da enfermagem, e também sua
influência na promoção do aleitamento materno.
DESCRITORES: Aleitamento materno; Puerpério imediato; Enfermagem.
REFERÊNCIAS:
OLIVEIRA, C. S. et al. Amamentação e as intercorrências que contribuem
para o desmame precoce. Rev Gaúcha Enferm. 2015;36(esp): 16-23. [Citado
2018 jun 19]. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/1983-
1447.2015.esp.56766>. Acesso em: 19 Junho 2018.
SKUPIEN, S. V. et al. Consulta Puerperal de Enfermagem: Prevenção de
Complicações Mamárias. 2016. Disponível em:
http://docs.bvsalud.org/biblioref/2016/07/653/44691-179882-1-pb.pdf. Acesso
em: 05 Julho 2018.
SÍNDROME DE FOURNIER: ESTADO DA ARTE
Cassiana Born Schibelbein 1, Kelly Vaz Torres1, Mayara Nunes Rodrigues1, Silvia Maximiano1.
Michel M. Dalmedico.2
INTRODUÇÃO. A Síndrome de Fournier é uma 1 Fasceite Necrosante
infecciosa que acomete a região perineal e genital; se caracteriza por intensa
destruição tissular, endarterite obliterante, envolvendo o tecido subcutâneo e a
fáscia, seguida de isquemia e trombose dos vasos subcutâneos, que resultam
em necrose da pele e do tecido celular subcutâneo e adjacentes. Tipicamente
não causa necrose, mas pode invadir fáscia e músculos, possibilitanto a
entrada da flora normal da pele (MELLO et al., 2014). A Gangrena de Fournier
trata-se de uma doença infecciosa grave, com rápida progressão que ocorre
predominantemente no sexo masculino, com idade entre a terceira e a sexta
décadas. Quando não tratada precocemente pode evoluir para sepse e falência
múltipla orgânica. O diagnóstico precoce, juntamente com o tratamento
adequado e agressivo são fatores determinantes no prognóstico do paciente.
(SANTOS et al., 2018). JUSTIFICATIVA. O tema foi escolhido após vivenciar,
durante prática clínica, o tratamento de paciente com a Síndrome de Fournier.
Ao prestar assistência a uma paciente com a referida Síndrome e analisar o
seu histórico, chamou a atenção da quantidade de complicações que a fez
permanecer dois meses internada na UTI. OBJETIVO. Realizar uma revisão
bibliográfica acerca do diagnóstico e tratamento da síndrome de Fournier,
enfatizando a assistência de enfermagem neste processo. METODOLOGIA.
Com o intuito de aprender e compreender a fisiopatologia da Síndrome de
Fournier, foi realizada pesquisa bibliográfica de publicações na língua
portuguesa, nas seguintes fontes: Base de Dados de Enfermagem (BDENF),
Scientific Electronic Library Online (Scielo). Este estudo não foi submetido ao
Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Positivo, por não tratar
1Acadêmicas da 3ª série do Curso de Enfermagem da Universidade Positivo, Curitiba-Pr. E-mails:
cassib@bol.com.br; kellytdvt@outlook.com; mayara00.nunes@gmail.com; silviamaximiano@hotmail.com
Contato telefônico: (41) 99835-3308.
2Enfermeiro. Professor do Curso de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail:
micheldalmedico@yahoo.com.br
diretamente de cuidados com seres humanos, e por ser trabalho acadêmico
que não se destina a publicação. Após a leitura e análise do material
identificado, foi elaborado esse artigo, sob a forma descritiva, considerando que
é um tema pouco explorado pelos profissionais de Enfermagem, tendo poucos
artigos recentes sobre o assunto, pois a maioria das publicações é feita pela
classe médica. Entende-se que há necessidade de enfermeiros especializados
em feridas, porque os mesmos são responsáveis pela prescrição e realização
dos cuidados ao enfermo acamado, e, na presença da Síndrome de Fournier,
até mesmo de sua sobrevida. RESULTADOS. A Síndrome de Fournier e a
Fasciíte Necrosante se caracterizam pela mesma patologia; a diferença está na
localização da ferida infectada. Quando acomete os órgãos genitais e áreas
adjacentes, recebe o nome de Síndrome de Fournier em homenagem ao
médico que a descreveu, por volta de 1884 (DORNELAS et al., 2012). Os
fatores de risco mais evidentes incluem a presença de doença crônicas,
cardiopatias, valvulopatias, hipertensão arterial, insuficiência renal e o diabetes
mellitus. O abuso de álcool e as condições imunossupressoras, além de
tabagismo, doenças do colágeno, uso de esteroides, infecção pelo HIV,
obesidade, cirurgias, transplantes de órgãos sólidos, doenças malignas em
tratamento e traumas cutâneos penetrantes, são ocorrências predisponentes.
(CARDOSO, 2018). No que tange às características da lesão, em pouco tempo
a coloração da região cutânea acometida se torna azul-escuro ou acinzentado,
com formação de bolhas com fluido seroso, tornando-se em seguida
hemorrágica e de coloração roxa. Secundariamente ao processo infeccioso nos
sítios primários de inflamação, os tecidos superficiais e a pele são atingidos,
em decorrência da lesão vascular, trombose e isquemia, resultantes da ação
das citocinas pró-inflamatórias, proteinases e endoteliais. A destruição de
nervos subcutâneos ocorre em fases avançadas (DORNELAS et al., 2012). O
quadro clínico da Síndrome de Fournier apresenta, além de dor intensa e
hipersensibilidade na genitália, febre, astenia, mialgia e cefaleia com piora dos
sintomas em 2 a 7 dias. Nesse período a dor genital aumenta, é acompanhada
de edema progressivo com hiperemia e calor local; surge gangrena e
creptações subcutâneas, seguidas de drenagem purulenta de fragmentos. Os
efeitos sistêmicos deste processo variam com a sensibilidade local, de sem
toxicidade a choque séptico. Quanto maior a necrose, mais importantes os
efeitos sistêmicos (EBSERH. UFTM, 2011). O tratamento clássico da Gangrena
de Fournier consiste na imediata correção dos distúrbios hidroeletrolíticos,
ácido-base e hemodinâmicos; antibioticoterapia de largo espectro e
desbridamento cirúrgico de emergência. O objetivo do tratamento cirúrgico é
remover o tecido necrótico, interromper a progressão do processo infeccioso e
minimizar os efeitos tóxicos sistêmicos. A remoção do tecido necrótico nem
sempre pode ser feita em um só procedimento cirúrgico; alguns casos exigem
diversas operações até o controle completo da infecção. (CARDOSO, 2016).
Alguns pacientes podem necessitar de procedimentos cirúrgicos
complementares ao desbridamento. Também a colostomia e cistostomia podem
ser necessárias para proteção da região em tratamento. A colostomia é
indicada nas situações que facilitam a contaminação fecal como incontinência
anal, destruição esfinctérica pelo processo infeccioso ou perfuração retal.
Quando a urina for fator de contaminação indica-se o cateterismo vesical e
quando este não é possível, a cistostomia (MELLO, 2014). No caso de
comprometimento de parte ampla do tecido em região genital, poderá ser
necessária a utilização de sonda vesical, cistostomia e colostomia,
considerando que urina e fezes contêm bactérias naturais contaminantes para
a lesão. Se o debridamento for de área muito extensa pode ser necessário a
realização de enxertos (CARDOSO, 2016). CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Compreendeu-se o quão necessário é o olhar aprofundado e atento da equipe
de enfermagem, principalmente do enfermeiro, que pode prescrever os
cuidados ao cliente; pois sempre deve-se enxergar o ser humano como um
todo, em suas necessidades, desde as básicas até as mais complexas.
Entende-se que o estudo acerca da Síndrome de Fournier destaca-se como
importante contribuição para a melhoria da saúde e da qualidade de vida dos
pacientes, pois, como resultado do estudo feito, pode-se afirmar que, conforme
a literatura consultada, quanto mais cedo for realizado o seu diagnóstico, maior
é a possibilidade de tratamento e cura; sua incidência e o atendimento em
tempo adequado pode levar à cura e livrar o paciente até do óbito.
DESCRITORES: Enfermagem. Síndrome de Fournier. Conhecimento
REFERÊNCIAS
CARDOSO, D. C. B. Uso da oxigenoterapia hiperbárica como terapia
adjuvante no tratamento de Gangrena de Fournier: revisão sistemática.
Monografia. Medicina. UFBA, 2016. Disponível em:
<https://www.escavador.com/sobre/ 8442711/diandra-carvalhal-bonfim-
cardoso> Acesso em 02 set. 2018.
DORNELAS, M. T.; et al. Síndrome de Fournier: 10 anos de avaliação. 2012.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbcp/v27n4/22.pdf> Acesso: em: 11 jul.
2018.
EBSERH. COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Protocolo para tratamento de Síndrome de Fournier. 2011. Disponível em:
<http://www.ebserh.gov.br/documents/147715/148046/SINDROME_DE_FOUR
NIER .pdf/45dbd5fe-1501-4b94-80ae-adb5600 644b6> Acesso: em 11 jul. 2018.
2MELLO, L. S.; et al. Sindrome de Fournier. COORTE - Revista Cientifica do
Hospital Santa Rosa. v. 4, p. 63-66, 2014. Disponível em: <www.revistacoorte.
com.br/index.php/coorte/article/view/1> Acesso: em: 02 set. 2018.
SANTOS, D. R.; et al. Perfil dos pacientes com gangrena de Foirnier e sua
evolução clínica. Rev. Col. Bras. Cir. v. 45, n. 1, RJ, 2018. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v45n1/pt_0100-6991-rcbc-45-01-e1430.pdf>.
Acesso: em: 04 set. 2018.
LEUCEMIA LINFOCÍTICA AGUDA: UMA ABORDAGEM DO PROCESSO DECUIDAR EM ENFERMAGEM
Amabel de Mattos Goltz 1, Bianca Sawchuk Kimiecik1, Leticia de Paula
Pereira1, Milena Correia Santana1, Victória Caroline dos Santos1, Julio Cesar
Francisco²
INTRODUÇÃO: A leucemia linfocítica aguda (LLA) resulta de uma proliferação
descontrolada de células imaturas (linfoblastos) derivadas da célula-tronco
linfoide. A célula de origem é a precursora para o linfócito B em
aproximadamente 75% dos casos; a de linfócito T sucede em
aproximadamente 25% dos casos. A translocação BCR-ABL é encontrada em
20% das células blásticas. A LLA é mais comum em crianças jovens, sendo os
meninos afetados com maior frequência que as meninas; a incidência máxima
é aos 4 anos de idade. Depois de 15 anos de idade, a mesma é relativamente
incomum. JUSTIFICATIVA: A alta incidência desta leucemia em crianças foi o
que nos persuadiu a pesquisar sobre os cuidados de enfermagem na LLA, a
fim de fornecer para nossos colegas acadêmicos uma oportunidade de se
aprimorar de uma instrução melhor para o cuidado que investigue todos os
encadeamentos provenientes da patologia, tanto nos aspectos físicos quanto
nos psicológicos. A leucemia infantil é uma das doenças que mais acomete
crianças na faixa etária até 15 anos. É uma mudança de vida, de hábitos tanto
da criança quanto dos seus familiares, que muitas vezes vem acompanhada de
um sentimento de medo e esperança. Além de se depararem por crises
financeiras, psicológicas e emocionais que são consequências de uma
densidade de situações inesperadas que surgem a cada dia. Tudo isso é um
longo caminho a ser percorrido, mas com acompanhamento da equipe de
saúde e principalmente com o apoio da enfermagem, o processo de espera
pela cura tende a ser mais brando. Diante disto, o objetivo deste estudo foi
identificar os diagnósticos de enfermagem na criança com leucemia linfocítica
1 Acadêmicas da 1ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. amabelmattos@gmail.com, bianca.sawchukk@outlook.com, leticiadepaula1411@outlook.com, milenasantana26@outlook.com, vii.santos99@hotmail.com. 2 Professor Assistente do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Positivo. Especialistaem Hematologia Laboratorial, Doutor em Biotecnologia. Email: julio.francisco@up.edu.br
aguda, fundamentado no modelo de Brunner e Suddarth e com base no
Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. METODOLOGIA: Estudo de
natureza descritiva, estilo documental, realizado através dos conceitos de
Brunner e Suddarth. A análise dos dados foi alcançada após a exposição e
seguimento das informações com Artigos e o Tratato de Enfermagem Médico-
Cirúrgica. Foram suscitadas as questões adaptativas do paciente e da família,
e, sucessivamente, distinguiu-se os diagnósticos de enfermagem para o
tratamento da doença. RESULTADOS: Histórico: ainda que o quadro clínico
diversifique com o tipo de leucemia, tal como com o tratamento implementado,
a história de saúde pode evidenciar uma série de sintomas sutis descritos pelo
paciente antes que o problema seja detectável ao exame físico. Caso o
paciente esteja hospitalizado, as avaliações devem ser realizadas diariamente,
ou com maior frequência quando necessário. Quando as avaliações seriadas
são realizadas, os achados atuais são comparados com os achados anteriores
para avaliar a melhoria ou agravamento. A/O Enfermeira (o) também deve
monitorar com rigor os resultados dos exames laboratoriais. Fluxogramas e
spreadsheets são particularmente úteis no acompanhamento da contagem de
leucócitos, CAN, hematócrito, plaquetas, creatinina e níveis de eletrólitos,
assim como as provas de função hepática. Os resultados de cultura necessitam
ser relatados de imediato, de modo que a antibioticoterapia apropriada possa
começar ou ser modificada. Diagnóstico de Enfermagem: risco de infecção e
sangramento; risco de integridade da pele prejudicada relacionado com os
efeitos tóxicos da quimioterapia, alteração na nutrição e mobilidade
prejudicada; troca gasosa prejudicada; mucosas comprometidas devido às
alterações no revestimento epitelial do trato GI pela quimioterapia ou uso
prolongado de medicamentos antimicrobianos; nutrição alterada, menor que as
demandas corporais, relacionada com o estado hipermetabólico, anorexia,
mucosite, dor e náuseas; dor aguda e desconforto relacionados com a
mucosite, infiltração leucocitária dos tecidos sistêmicos, febre e infecção; fadiga
e intolerância à atividade relacionadas com a anemia ou infecção; mobilidade
física prejudicada devida à anemia e isolamento protetor; risco de excesso do
volume de líquidos relacionado com a disfunção renal, hipoproteinemia,
necessidade de múltiplos medicamentos IV e hemoderivados; risco de
lesão/sangramento secundário à trombocitopenia/coagulação alterada devido a
invasão maligna na medula óssea, supressão da medula óssea resultante da
quimioterapia (principalmente alquiladores, antibióticos antitumorais,
antimetabólicos e radioterapia, hiperesplenismo, coagulação intravascular
disseminada (CID) e coagulação alterada. Evolução e Resultados Esperados
do Paciente: o paciente demonstra ausência de sangramento conforme
evidenciado pela ausência de petéquias espontâneas, equimoses, epistaxe,
hemoptise, gengivas hemorrágicas, hemorragia conjuntival, sangramento
vaginal, hematúria, teste de guáiaco positivo, turvação visual, hipotensão
ortostática, e sangramento prolongado a partir dos sítios de punção; o paciente
demonstra ausência de sangramento conforme evidenciado pela presença de
sinais vitais dentro dos limites normais e estado neurológico intacto.
Família/Paciente: quando uma criança é diagnosticada com leucemia uma
grande mudança é ocasionada, tanto na vida do portador quanto na dos seus
familiares, um novo estilo de vida se reconstrói buscando a adaptação à nova
rotina, onde o cuidado diferenciado passa a fazer parte da tarefa diária da
família. O período de hospitalização é a fase em que as complicações devido
ao tratamento, tornaram- se motivo de preocupação. Portanto, é necessário
que haja um acompanhamento em todas as fases para auxiliar as famílias. A
participação dos pais e ou responsáveis no tratamento não termina com o final
da hospitalização, cabe a eles preparar a alimentação, manter a higiene da
criança e do ambiente, proporcionar conforto e segurança, aprender a
administrar medicações que fazem parte da terapêutica e acompanharem em
consultas ambulatoriais ou outras internações. E na participação do paciente,
devemos estimular o autocuidado da criança, mantendo a sua independência,
confiança e autoestima, para que a responsabilidade do cuidado não recaia
somente sobre o cuidador, pois a força de vontade e colaboração do paciente
faz com que a família tenha mais esperança em seguir essa longa caminhada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Posteriormente a realização deste estudo houve a
contingência de se obter uma nova visão em relação à Leucemia Linfocítica
Aguda, foi possível perceber que a LLA acomete principalmente crianças
jovens e que a idade crescente parece estar associada à sobrevida diminuída,
visto que a taxa de sobrevida por 5 anos livre de eventos é quase de 80%.
Com o auxílio de um artigo que relata a experiência dos pais e do paciente foi
possível perceber que o cuidar do paciente é estar junto, no planejamento de
ações, na orientação e no estabelecimento de vínculo com a criança,
adolescente e a família, portanto o suporte profissional está vinculado aos
cuidados básicos de enfermagem, ao envolvimento emocional e as ações
educativas, com intuito de auxilia-los no processo saúde-doença-cuidado. Por
fim, a equipe de saúde deve repensar a próxima forma de organizar o cuidado
prestado a estes pacientes, buscando caminhos que possam ajudar nas
dificuldades vivenciadas pelos familiares.
DESCRITORES: Enfermagem; Diagnóstico de Enfermagem; Cuidados.
REFERÊNCIAS:
SMELTZER, Suzanne et.al. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 11°
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
ANDRES, Jane; LIMA, Regina; ROCHA, Semiramis. Experiência de pais e
outros familiares no cuidado à criança e ao adolescente após o
Transplante de Medula Óssea. REBEn. Rev Bras Enferm, 2005, jul-ago; 58
(4); 416-21.
CAZÉ, Marcelino; BUENO, Denise; Santos, Maria Elisa. Estudo referencial de
um protocolo quimioterápico para leucemia linfocítica aguda infantil. Rev
HCPA, 2010, 30(1); 6-12.
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO AÉREO
Eluane Regina Michalovicz 1, Emanuelle Schlotag Stremel1, Kauani Gonçalves
Cândido1, Letícia Mendes do Valle1,Munã Luersen Zahra1, Mylena Cecília Dal
Bello1, Denise Faucz Kletemberg2.
INTRODUÇÃO: A enfermagem possuí amplo campo de atuação, abrangendo
não somente atendimento hospitalar e de atenção básica. Um exemplo que se
pode citar é a Enfermagem no resgate aéreo que vem crescendo no Brasil. Em
cinco anos, o serviço médico do Estado do Paraná realizou 4.478 atendimentos
em helicópteros e aviões nas bases de Curitiba, Londrina e Cascavel, em UTIs
móveis. (PARANÁ, 2018) Trata-se de uma especialidade relacionada ao
atendimento no ambiente aéreo, principalmente aqueles onde o acesso é
dificultado, realizado por uma equipe multiprofissional. Esse tipo de
atendimento é essencial em casos no qual a vida do paciente está em risco de
morte, como nos casos de politraumatizados. Neste ambiente, existem fatores
que dificultam a assistência como as trepidações, redes de celular que
interferem nos equipamentos, mecanismos eletrônicos da aeronave e dos
pontos de controle, condições climáticas, ruídos, turbulências, espaço reduzido,
aerodilatação e alterações de temperatura, pressão e umidade, causando
desconforto a equipe e ao paciente. O sistema de comunicação pessoal deve
estar perfeito e a tripulação deve possuir qualificações exigidas para operar a
aeronave, sendo elas experiência em Urgência e Emergência, Suporte Básico
de Vida, Trauma, Pediátrico, Obstétrico e outras especialidades. A enfermagem
aeroespacial é uma especialização em pós-graduação, com duração de 1 a 2
anos dependendo da instituição. Essa especialidade foi reconhecida pelo
COFEN através da Resolução Nº 551/2017 (2017). Em seu art. 1º traz
“Normatizar a atuação do Enfermeiro no atendimento Pré-Hospitalar Móvel e
Inter-Hospitalar em Aeronaves de asa fixa e rotativa, que é parte integrante
1Acadêmicos da 1ª Série do Curso de Enfermagem da Universidade Positivo. eluanem@hotmail.com(41)995752109; emanuelleschlotagstremel@gmail.com; kauani.candido@outlook.com;
lelemendes51@gmail.com; munaluersenzahra @gmail.com; mylena.dalbello@hotmail.com.2 Doutora em Enfermagem. Professora do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail:denisekle@yahoo.com.br.
desta Resolução e no Art. 2º “No âmbito da equipe de enfermagem é privativo
do Enfermeiro a atuação no Atendimento Pré-Hospitalar Móvel e Inter-
Hospitalar em Aeronaves de asa fixa e rotativa”. Segundo dados da pesquisa
sobre enfermagem aeroespacial de De Pin (2018), cerca de 42% dos
enfermeiros que atuam no transporte aéreo são da Região Sul do país, 68%
estão vinculados a instituições públicas e 54%vinculados aeronaves de asa
rotativa.Esse serviço é disponibilizado por algumas instituições privadas,
públicas, Polícia Militar e o Corpo de bombeiros. A aerorremoção teve seu
início em 1870, durante a Guerra Franco Prussiana, onde feridos eram
retirados em balões e levados a locais de atendimento médico. Já no Brasil, a
Força Aérea Brasileira (FAB), em 1950, deu abertura a essa prática através do
Serviço de Busca e Salvamento (SAR) com missões de misericórdia e remoção
de feridos em locais de escassez de médicos. Logo após isso, outros locais
como o Corpo de Bombeiros Militares do Rio de Janeiro e o Projeto de Resgate
do Estado de São Paulo aderiram a essa prática (PASSOS; TOLEDO; DURAN,
2011) JUSTIFICATIVA: Neste contexto, justifica-se esse trabalho para
entendimento desse novo campo de atuação da enfermagem, esclarecendo as
suas atribuições e funções em suas atividades. OBJETIVO: Apresentar as
atribuições do enfermeiro no atendimento aeroespacial descritas na literatura
brasileira. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica realizada durante o mês de
setembro de 2018, através da pesquisa via eletrônica, consultando-se o banco
de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) nas bases de dados Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base
de Dados de Enfermagem (BDENF) e Sistema Online de Busca e
Análise de Literatura Médica (MEDLINE). Foi utilizado o cruzamento dos
descritores resgate aéreo e enfermagem. Os critérios de inclusão foram
publicações no período de 2010 a 2018, no idioma português, sendo excluídos
trabalhos com atribuições de outros profissionais. RESULTADOS: No Brasil, a
prática da enfermagem é regulamentada pela Lei Nº 7.498/86, que normatiza o
Exercício da profissão, estabelecendo que é privativo do enfermeiro a
organização e direção da assistência de pacientes que exigem maior
complexidade técnica, como no caso da enfermagem no resgate aéreo, que
envolve pacientes em estado crítico.(BRASIL 1986) Os principais
conhecimentos e atribuições dos enfermeiros aeroespaciais, envolvem desde o
preparo da aeronave no pré e pós voo, formação acadêmica e cursos
complementares padronizados pela ANAC. A ANAC, Agência Nacional de
Aviação Civil é quem normatiza o transporte aéreo de passageiros, as
condições gerais e regras. São fatores importantes para o perfil do profissional
que deseja ingressar nessa área uma boa condição física, controle emocional e
psíquico e habilidade em improvisar e de rápida identificação do provável
choque e em procedimentos de imobilização. Essa preparação é necessária
para evitar acidentes, falhas na comunicação, insegurança e para manter a
integridade dos profissionais. As principais atividades exercidas durante o pré-
voo incluem testes, instalações e organização de equipamentos de suporte
básico de vida para UTI móvel, obtendo informações sobre o paciente, local e
preparo da equipe. Durante o voo, as principais funções são a assistência
integral ao indivíduo, buscando sua integridade física e psíquica, mantendo os
devidos cuidados durante o atendimento, avaliando e realizando a anotação de
enfermagem. No pós voo, há a elaboração de relatórios de gastos de materiais,
possíveis intercorrências e medicamentos, o encaminhamento do paciente a
equipe de destino, com as devidas anotações para continuidade da assistência
e a limpeza e reposição de materiais (DE PIN, 2018). A enfermagem é
essencial na equipe multidisciplinar por desempenhar o papel de cuidado,
atenção básica, coordenação, administração, acompanhamento evolutivo e
engajamento dos profissionais da saúde. Isso traz reconhecimento, ampliando
a visão sobre a enfermagem e enaltecendo a sua importância durante a
assistência ao paciente. (PASSOS; TOLEDO; DURAN, 2011) CONCLUSÃO:
Apesar de reconhecida no mercado de trabalho e inserida no ambiente
acadêmico, a enfermagem abrange novos campos de atuação, dando
amplitude e favorecendo os profissionais da área, contribuindo para ocupação
de qualidade. A especialidade aeroespacial, tema de nosso trabalho, é um
exemplo claro desse crescimento, trazendo mais agilidade e novas
possibilidades no atendimento, permitindo um maior conhecimento na área de
trauma. CONTRIBUIÇÕES/ IMPLICAÇÕES PARA A SAÚDE: O enfermeiro
tanto no resgate aéreo, tanto em seus diversos campos de atuação tem grande
importância na equipe de saúde por proporcionar o cuidado, assistência
integral, educar, suprir as necessidades básicas e gerenciamento.
DESCRITORES: Resgate Aéreo, Transporte de pacientes, Enfermagem.
REFERÊNCIAS: colocar em ordem alfabética dos autores
DE PIN, Shara Bianca. O Enfermeiro no ambiente aeroespacial: Perfil e
Atribuições. Universidade Federal de Santa Catarina. CENTRO DE CIÊNCIAS
DA SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM, Florianópolis
2018.
PASSOS, Isis Pienta Batista Dias; TOLEDO, Vanessa Pellegrino; DURAN,
Erika Christiane Marocco. Transporte aéreo de pacientes: análise do
conhecimento científico. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 64, n. 6, p. 1127-1131,
2011 .
BRASIL, Conselho Federal de Enfermagem. Resolução N° 551/2017.
Normatiza a Enfermagem a atuação do enfermeiro no ambiente aéreo.
Brasília, 2017.
Brasil. Lei 7.498, de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a Regulamentação
do Exercício da Enfermagem e dá outras providências. Brasília: Ministério
da Saúde; 1986.
Scuissiato, Dayane Reinhardt et al. Compreensão de enfermeiros de bordo
sobre seu papel na equipe multiprofissional de transporte aeromédico. Rev.
bras. enferm.,Brasília, vol.65, no.4, p.614-620, 2012.
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA SAÚDE DO IDOSO COM ALZHEIMER
Mateus Carlet 1
Fernando Augusto B. Kovalski2
Reginaldo da Maia de Almeida3
Maria Elisa Brum do Nascimento4
INTRODUÇÃO: O Alzheimer é uma das doenças crônicas degenerativas que
causa grande impacto físico, social e econômico para indivíduos e familiares e
cursa com abrangência expressiva no seu crescimento. A Organização Mundial
da Saúde sinaliza que o Alzheimer já responde por 70% dos casos de
demência e possui estimativa de acréscimo de 500% até 2050 (BRASIL, 2017).
O aumento da doença relaciona-se com o envelhecimento populacional, isso
aliado à falta de conhecimento sobre a doença incide em assistência
inadequada a estes idosos e apoio deficiente a cuidadores e familiares
(FARFAN et al., 2017). Essa doença cursa em fases e caracteriza-se por
diversos fatores como atrofia cerebral, declínio das funções cognitivas,
prejudicando principalmente a memória, a interação social e que incorre em
comportamento agressivo, e, consequentemente contribui para o agravamento
do quadro clinico. O sintoma mais evidente no início da doença é a perda de
memória recente, muitas vezes confundido com sintomas do envelhecimento
(CRUZ; HAMDAN, 2008). As fases seguintes contam com a presença da
incapacidade funcional e interferência na vida cotidiana, que ocorre de forma
gradativa, levando a impossibilitado de exercer as funções da vida diária,
inatividade e demência, iniciando uma fase de isolamento social passando a
depender de um cuidador (TALMELLI et al., 2010). Esses fatores criam um
ambiente difícil tanto para a família quanto para o profissional que se vem dia-
a-dia mais inseridos em cuidados cada vez mais complexos para com o
indivíduo nesta condição, e em muitos casos com o passar do tempo o
profissional tende a robotizar os cuidados distanciando-se cada vez mais do
1Acadêmica de Enfermagem da 2º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: carletmateus@gmail.com2Acadêmica de Enfermagem da 2º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: Fernando.bonzato@hotmail.com3Acadêmica de Enfermagem da 2º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: RegiDeAlmeida@outlook.com4Doutora em Enfermagem, Professora da Graduação e Pós Graduação e Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: melbrum.brum@gmail.com
paciente e da família. JUSTIFICATIVA: Desse modo, é válido salientar que o
enfermeiro tem um papel imprescindível nos cuidados sistematizados a pessoa
com doença de Alzheimer, devendo implementar ações e práticas educativas,
auxiliando, cuidando, amparando, informando e envolvendo-se com estes
cuidadores no contexto familiar afim de proporcionar-lhes confiança e
segurança para assumir esta responsabilidade (CAVALCANTE et al, 2017).
Estratégias como a utilização de terapias de lembrança focadas no histórico de
vida do paciente, junto com o tratamento medicamentoso comprovam efeitos
significativos nas respostas cognitivas e melhora na qualidade de vida do
cliente (CUNHA et. al., 2011). Bottino et. al.(2002) ressalta a aproximação
afetiva entre o paciente e a equipe de saúde, como potencial para amenizar os
aspectos da demência causada pelo Alzheimer e auxilia na visualização da
importância da utilização de técnicas individualizadas feitas especificamente
para cada paciente. Diante desse cenário o estudo teve como OBJETIVO:
Identificar na literatura cientifica estudos que abordam a atuação da
enfermagem no cuidado diante da pessoa com Alzheimer. MÉTODO: Revisão
de literatura realizada nas bases Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS) e Banco de Dados em Enfermagem (BDENF), em
setembro de 2018. Para seleção dos artigos, utilizaram-se as palavras chaves
“Alzheimer” “enfermagem”, refinada com o suo do operador boleano AND. Este
cruzamento foi realizado com a finalidade de verificar se existem estudos
científicos que comprovem a relação entre a atuação do profissional da
enfermagem e o Alzheimer. Os critérios de inclusão: foram artigos científicos,
em português, inglês ou espanhol, disponibilizados na integra, gratuitamente e
publicados de 2013 a 2018. Como critérios de exclusão as teses, dissertações,
textos sem disponibilidade de resumos para primeira apreciação. Artigos
repetidos foram considerados uma única vez. Do total de 22 artigos localizados
inicialmente, após aplicação dos critérios de inclusão/exclusão e leitura
minuciosa de títulos e resumos foram selecionados somente oito estudos que
corresponderam a temática. A análise subsidiou a caracterização dos estudos,
extração dos conceitos de interesse da pesquisa. Os trabalhos foram
agrupados por similaridade de conteúdo. RESULTADO: Os resultados indicam
entre os diagnósticos de enfermagem mais pronunciados na pessoa com
Alzheimer, a confusão crônica está associada à avaliação da memória
imediata, incidental e tardia e o risco de queda encontra-se relacionado ao
teste do relógio (CAMACHO et al., 2013). O retardo ou diminuição da demência
pode ser alcançado por meio de intervenções como atividades essenciais na
vida diária do idoso, alimentação, aumento da socialização, melhora do sono,
medicamentos, estimulação cognitiva, musicoterapia, controle da dor e arte
terapia (CORREIA et al.,2016). A conduta profissional na reeducação familiar
para o cuidado mostra a relevância de ações para estimular as potencialidades
da pessoa com Alzheimer como: o toque, a troca de emoções, a comunicação
interativa, o resgate de fotos antigas, o encontro de diferentes gerações e a
realização de atividades lúdicas e manuais, se mostraram produtoras de
respostas significativas para a recuperação cognitiva de idosos com a doença.
(POZES; DAHER; FONSECA, 2013). Entre estas estratégias para atenuar o
declínio cognitivo em face de progressão da doença de Alzheimer, a prática
sistematizada de atividade física contribuindo para preservação e melhora
temporária de várias funções como atenção, funções executivas, linguagem
(MARTELI, 2013). O cuidado aos idosos com doença de Alzheimer
desencadeia inúmeros sentimentos e atitudes no indivíduo que cuida, o
cuidado fica muitas vezes, sob a responsabilidade de um único familiar,
ocasionando sobrecarga física/emocional e o surgimento de doenças no
cuidador (ILHA et al., 2014; CAMACHO et al, 2013). Essa condição do cuidador
alerta para a importância do enfermeiro planejar o cuidado de forma ampliada
para que a família possa enfrentar e conviver em essa patologia. Observa-se
que se deve investir no conhecimento dos profissionais, em especial dos
estudantes de enfermagem para melhorar a atuação desses profissionais junto
a família (OLIVEIRA et al, 2013). A relação entre o familiar e o idoso com
Alzheimer deve envolver amor, fidelidade, esperança e presença. Interpretar
esta relação possibilita ao enfermeiro desenvolver a sensibilidade e a
criatividade para atuação profissional considerando a subjetividade e o mistério
das relações humanas (SELMA et al, 2014). CONSIDERAÇÕES FINAIS: O
objetivo de identificar a atuação da enfermagem frente o Alzheimer abrange os
enfoques do cuidado subsidiado por estratégias que instigam as
potencialidades da pessoa com a doença a fim de reduzir o declínio da função
cognitiva e a demência. Ressalta-se a relevância em manter a pessoa ativa e
manutenção da integração social. O papel do enfermeiro por meio do
planejamento do cuidado deve integrar o cuidado ao familiar cuidador a fim de
diminuir o estresse e melhorar o enfrentamento do Alzheimer. O estudo
contribui para a prática da enfermagem, na medida em que aproxima a relação
deste profissional coma a família e o idoso se converte numa oportunidade da
melhoria da condição de vida.
PALAVRAS CHAVES: Idoso. Doença de Alzhemer. Enfermagem.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Organização Pan Americana da Saúde. Organização Mundial da
Saúde. Demência: número de pessoas afetadas triplicará nos próximos 30
anos. Publicado 07 de dezembro de 2017.
BOTTINO, C.M. C et al. Reabilitação cognitiva em pacientes com doença de
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CAMACHO, A.C.L.F. Revisão integrativa sobre os cuidados de enfermagem à
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CUNHA, F.C.M. et al. Abordagem funcional e centrada no cliente na
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FARFAN, A.E.O. et al. Cuidados de enfermagem a pessoas com
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TALMELLI, L. F. S. et al. Nível de independência funcional e déficit cognitivo em
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939, 2010.
A PROBLEMÁTICA DOS SUICÍDIOS NA POPULAÇÃO IDOSA E A SUA
RELAÇÃO COM O CONCEITO DE ADAPTAÇÃO DE CALLISTA ROY – UMA
REVISÃO INTEGRATIVA
Caroline Almeida¹, Jéssica Mayra Schonrock¹, Raphaela Xavier de Oliveira¹ e
Luiz Claudio Sobrinho do Nascimento²
INTRODUÇÃO: Entende-se por suicídio os caso de morte provenientes de um
ato realizado pela própria vítima com a ideia de produzir tal resultado. As
ideações suicidas, tentativas e ato fatal representam um dos grandes
problemas de saúde pública da atualidade, com crescente incidência entre a
população idosa, principalmente do sexo masculino (MINAYO e CAVALCANTE,
2015). Para esta população a relação entre tentativa e ato consumado é de um
suicídio em quatro tentativas, fato que desperta alerta na área da saúde devido
ao aumento da população idosa que, segundo projeções, no Brasil será a sexta
maior do mundo em 2020 (SOUSA, et al, 2014). Se tem conhecimento de que
as tendências suicidas tendem a aumentar com a idade para homens e
diminuir para mulheres. Existem diversas razões, identificadas em estudos, que
motivam as tentativas de suicídio. Entre elas se destaca a depressão
associada a outros transtornos mentais, doenças degenerativas incapacitantes,
falta de diálogo, isolamento e perda da autonomia (MINAYO e CAVALCANTE,
2015). Além disso a falta de capacidade para lidar com as limitações
fisiológicas inerentes ao envelhecimento, as mudanças nas relações familiares
e a forma como o idoso vê a si mesmo são fatores a serem trabalhados na
prevenção as tentativas de suicídio (SOUSA, et al, 2014). Calista Roy propõe a
teoria dos quatro modos adaptativos: necessidades fisiológicas, do
autoconceito, da função do papel e da interdependência. Estudos mostram que
existem dois modos adaptativos que estão diretamente relacionados as
motivações suicidas em idosos, o autoconceito e a função do papel (SOUSA,
1Acadêmicos da 3ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contatos:carooldanay@hotmail.com, je.schonrock@gmail.com, oraphaela@ymail.com.
² Docente do curso de enfermagem da Universidade Positivo. Especialista em Gestão de Serviços deSaúde pela Faculdade Evangélica do Paraná. Contato: lui.nascimento74@gmail.com.
et al, 2014). Profissionais da área de saúde tanto da atenção básica, quanto
dos serviços de emergência e da assistência à saúde mental devem ser
capacitados para atender este crescente problema, principalmente no âmbito
da prevenção de novos casos e das reincidências. JUSTIFICATIVA: Este
estudo se justifica na medida em que se faz necessário caracterizar as
publicações brasileiras sobre o tema, de modo a permitir um melhor
conhecimento sobre as causas e consequências que levam ao suicídio na
população idosa. PERGUNTA NORTEADORA: Como se configura a produção
de artigos na literatura brasileira sobre os suicídios na população idosa entre os
anos de 2013 a 2017? OBJETIVO: Identificar o perfil de produção cientifica
online nacional, acerca dos principais causas que levam o paciente idoso ao
suicídio e as relacionando aos modos de adaptação do autoconceito e função
do papel propostos pela teoria de Callista Roy. METODOLOGIA: Trata-se de
uma revisão integrativa, a qual possibilita que estudos primários sejam
reunidos e analisados de forma a se chegar a uma conclusão sobre a produção
científica de um determinado tema ou área. Para o desenvolvimento deste
estudo foram seguidas as seguintes etapas: definição do tema e questão
norteadora; estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão; definição das
informações a serem extraídas dos estudos; avaliação dos estudos;
interpretação dos principais resultados e a elaboração do documento que
contempla todas essas fases (GANONG, 1987). Para a seleção dos artigos foi
utilizada a base de dados da Scielo. Como critério de inclusão optou-se por:
artigos completos publicados eletronicamente no período de 2011 a 2017, estar
no idioma português e retratar em suma as questões relacionadas às tentativas
de suicídio entre idosos e sua relação com a incapacidade de adaptação. Os
artigos que não se enquadraram nestes critérios foram excluídos do estudo. A
busca foi realizada pelo acesso online, no mês de setembro de 2018 e, para
tanto, foi utilizada a associação entre os descritores suicídio e idosos. Para a
coleta de dados foi adotado uma planilha de análise, que permitiu ordenar os
textos selecionados, identificar os autores, formação dos autores, ano de
publicação, fonte de localização, revista de publicação, método, resultados e
discussão, considerações finais ou conclusões. RESULTADOS: Sobre a
relação dos descritores idoso e suicídio foram encontrados 23 textos
disponíveis integralmente, somente 18 no idioma português. Já com relação
aos anos estabelecidos para o estudo 14 estavam disponíveis, destes somente
8 artigos foram selecionais para a leitura dos resumos e após esta análise a
amostra final foi estabelecida em 5 artigos. Dos artigos analisados observou-se
unanimidade na percepção do aumento das tentativas de suicídio entre a
população idosa e sua relação com as alterações relacionadas ao processo de
envelhecimento como doenças incapacitantes e aposentadoria. DISCUSSÃO:
Minayo e Cavalcante, mostram em seu estudo que a temática do suicídio entre
a população idosa se ampliou a partir do ano de 2010 com o aumento dos
estudos e pesquisas sobre o assunto em diversos países e continentes,
apresentando diversidade nos assuntos que norteiam o suicídio. Neste período
autores concordam que é possível identificar os sinais de alerta para uma
tentativa. Considerando a integralidade de um indivíduo ele pode apresentar
mais de um fator de risco associado para a ideação suicida, porém o que leva
cada um a cometer o ato é a forma como ele enfrenta as situações vividas, a
intensidade do sofrimento e o grau de tolerância a ele. A decisão pelo suicídio
permeia a interpretação pessoal dos aspectos sociais e psicológicos que fazem
parte da história do idoso (SOUSA, et al, 2014). Minayo e Cavalcante, afirmam
em suas pesquisas que a depressão entre a população idosa é o principal fator
motivacional para as tentativas de suicídio. Associado ao quadro depressivo
podem estar o isolamento social, a presença de doenças incapacitantes, a
ansiedade, perda da autonomia, doenças mentais, o abuso de álcool e outras
drogas, desavenças familiares, mortes e perdas de pessoas próximas, perda
da função social, desordem financeira e intenso sofrimento físico (MINAYO E
CAVALCANTE, 2015). Rosa, acredita que a vulnerabilidade que envolve o
idoso é fruto de valores sociais sobre as limitações e dependências sejam
físicas ou financeiras. O histórico de tentativas anteriores, bem como ideações,
as verbalizações do desejo de suicídio, tristeza intensa, choro, falta de
interesse, atitude negativa, estabelecem para o indivíduo um alerta de risco
elevado para novas tentativas (SOUSA, et al, 2014). Tais contextos podem ser
explicados pela desordem dos modos adaptativos, em particular dois deles: a
função do papel e o autoconceito. A teorista Callista Roy propõe um conceito
de adaptação que vê o indivíduo como um sistema capaz de se ajustar às
condições e ao meio, mesmo isso dependendo de outros participantes. A
população idosa vivencia uma perda da vida social quando passa pelo
processo de aposentadoria ou impossibilidade de exercer suas atividades
laborais por doença física ou mental. Durante esta fase se evidência um
sentimento de angústia e o isolamento do indivíduo de suas relações
interpessoais e até mesmo familiares. A desapropriação de ambientes ou
objetos pessoais (internamentos, mudanças para a casa dos filhos ou para
cômodos menores da casa) e a ruptura abrupta da vida profissional, muitas
vezes é mal elaborada pelo idoso gerando tristeza e falta de diálogo evoluindo
para um quadro de depressão. Agregado a isso, o idoso sofre a perda de sua
identidade, não se autoreconhecendo e compreendendo seu papel (Sousa, et
al, 2014). Outros fatores que causam alteração nos modos adaptativos de
autoconceito e função do papel são as doenças crônicas, doenças psíquicas e
doenças degenerativas que causam perda de função. Nestes casos ambos os
modos adaptativos sofrem influência. Por um lado o indivíduo passa a perceber
seu corpo e sua mente de formas diferentes e pode não se reconhecer em tal
situação, por outro lado ele perde a capacidade de exercer suas funções e seu
papel na família e na sociedade precisam ser redefinidos (MINAYO e
CAVALCANTE, 2015). As alterações nos aspectos psicológicos e físicos,
inerentes ao envelhecimento, representam um desafio complexo à capacidade
adaptativa dos indivíduos, fundamentando as tentativas de suicídio entre eles.
IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM: Compreendendo que o suicídio se
trata de uma morte passível de prevenção, cabe a saúde pública, aos
profissionais de saúde, principalmente à enfermagem (pela maior proximidade
com o paciente) identificar sinais de alerta para o suicídio seja em ILPI, no
atendimento domiciliar, na atenção básica. Em determinado momento a
enfermagem terá contato com este paciente e através do atendimento
humanizado e da escuta qualificada tais sinais de alerta podem ser
discriminados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ao longo da pesquisa se percebe
que os estudos sobre o tema são incipientes. A temática é relevante para o
maior sistema público de saúde, o SUS. Os autores concordam que os idosos
que cometeram suicídio ou que tem ideações apresentam sinais de alerta que
podem ser percebidos por pessoas próximas a ele. Socialmente, é possível
prevenir tentativas através da redução do abandono e do isolamento social.
Pelo ângulo da saúde, a prevenção vem através do tratamento psiquiátrico e
do sofrimento físico, e das dependências. Por esta razão se faz necessária a
formação de profissionais qualificados para a atenção desta população,
capazes de compreender e diagnosticar fatores de risco e sinais de alerta e
fornecer tratamento e apoio a estas pessoas. Os estudos sobre as tentativas
de suicídio em idosos e suas relações com as alterações dos modos
adaptativos, em particular o autoconceito e a função do papel, instigam a
criação de modelos de assistência que garantam um envelhecimento saudável.
DESCRITORES: Idoso e suicídio
REFERÊNCIA
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FATORES E RISCOS ASSOCIADO AO COMPORTAMENTO ALIMENTAR
ENTRE CRIANÇAS E JOVENS
Maria Andrea Coitino Segui1, Maria Helena Nunes¹, Valdemeri M. S. do Nascimento¹, Vaniele de Oliveira Rodrigues¹, Maria Elisa Brum do
Nascimento2
INTRODUÇÃO: O estudo aborda o comportamento alimentar em crianças e
adolescentes decorrente de fatores como a influência social e cultural,
aspectos fisiológicos e condições ambientais. A alimentação saudável é
essencial para o crescimento, desenvolvimento e manutenção a saúde. Hábitos
alimentares inadequados acarretam problemas de saúde como obesidade e/ou
emagrecimento, considerados risco para esta população podendo gerar outros
distúrbios alimentares (GONÇALVES et al, 2013). A adolescência é uma fase
marcada por transformações relacionadas com a formação da autoimagem,
gera preocupação com o corpo, com o peso e com os alimentos (BOMFIM et
al., 2017). Estudos mostram que crianças associam pessoas magras e gordas
a qualidades negativas, enquanto indivíduos de tamanho médio são
associados a qualidades positivas sendo a obesidade vista como culpa própria,
resultado da voracidade, fraqueza e preguiça. (SIMÕES, MENESES, 2007).
Além disso, a insatisfação com a imagem corporal é um fenômeno atual que
atinge adolescentes de várias partes do mundo, o distúrbio da imagem corporal
e a busca por um corpo ideal podem desencadear o transtorno alimentar
(BOMFIM et al., 2017). JUSTIFICATIVA: Diante dos perigos e situações de
risco nutricional à saúde de crianças e adolescentes que envolvem a
necessidade de intervenções sobre elas, é requerido o aprofundamento da
temática para melhor compreensão do panorama nos diferentes cenários
nacionais e internacionais. É primordial que os profissionais de saúde, em
especial o enfermeiro, aprofundem seu entendimento sobre os fatores
associados ao comportamento nutricional nesta população, a fim de subsidiar
¹Acadêmicas de Enfermagem da 2ª série, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil, email: mariandreacoitino@gmail.com (41)995860270, mh.senun@gmail.com, merymeneguel@hotmail.com, vaniioliveira14@gmail.com ²Doutora em Enfermagem, Professora da Graduação e Pós-Graduação e Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: melbrum.brum@gmail.com
sua pratica cotidiana na comunidade, família e escola. Sendo sua atuação na
escola relevante no que concerne ao atendimento à saúde por meio de ações
de educação em saúde, visando à prevenção dos fatores de risco e informação
quanto ao reconhecimento dos aspectos clínicos e nutricionais associados ao
comportamento de risco nesta clientela. Assim, o estudo teve como OBJETIVO
sintetizar as evidências disponíveis na literatura científica sobre os fatores
associados ao comportamento alimentar entre crianças e jovens. MÉTODO:
Revisão integrativa com análise descritiva dos dados, considerando as
produções publicadas e veiculadas sobre o comportamento alimentar em
crianças e adolescentes. A amostra foi composta pela produção cientifica das
bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), LILACS e MEDLINE por
meio de artigos disponíveis considerando as palavras chaves a saber:
“comportamento alimentar”, “crianças e adolescentes”, incluídos os pares por
meio do boleano AND. Foram atendidos os critérios de inclusão todos os
artigos publicados que abordassem fatores de risco alimentar para crianças e
adolescentes (< ou = a 20 anos), nos idiomas português, inglês ou espanhol,
publicados na íntegra, de julho de 2013 a julho de 2018. Foram excluídas
publicações que tivessem o formato de artigo científico, como teses,
dissertações, resenhas, cartas e editoriais. Os dados coletados foram
agrupados em planilha segundo itens de interesse: ano de publicação, base de
dados, título e resultados. Foram pré-selecionados 122 artigos, submetidos aos
filtros e removidos 98 estudos (48 indisponíveis, 3 repetido, 47 devido à análise
de títulos e resumos). Pela leitura de títulos e resumos foram selecionados 16,
8 foram excluídos por não atenderem a temática. A avaliação dos estudos
incluídos e a interpretação dos resultados foram subsidiada pela leitura
exaustiva de todo o material, sendo estes apresentados de forma descritiva.
RESULTADOS: Indicam alguns aspectos intervenientes no comportamento
alimentar como: problemas orgânicos, comportamento sedentário, condição
materna, fatores socioeconômicos. O risco cardiovascular mostra-se unido a
sobrepeso, obesidade, sedentarismo associado à hipercolesterolêmica,
antropometria e perfil metabólico entre adolescentes (LEE; GURKA; DEBOER,
2016). O fator de risco envolvendo a prematuridade e duração da
amamentação menor que dois meses foi um fator preditivo de alterações
orgânicas (TORNQUIST et al, 2015). O padrão alimentar de risco esteve anexo
ao consumo total de calorias e carboidratos que contribui para o aumento dos
triglicerídeos, do contrário medidas que visam sua redução e aumento da
lipoproteína de alta densidade HDL são significativos na prevenção de doenças
(LEE; GURKA; DEBOER, 2016; DISOTUAR et al, 2015). Em adolescentes
meninas a proporção de sobrepeso e obesidade foi subsidiada pelo alto
consumo de massas, lácteos integrais, achocolatados entre outros
caracterizando um hábito alimentar inadequado (PINHO et al.,2013). Este
estudo destaca que padrões alimentares “junk food”, “saudável” e tradicional
qualidade alimentar” está relacionado a renda familiar, maior consumo de
refrigerantes nos meninos, e guloseimas nas meninas, fatores determinantes
para o risco a saúde (MARIZ et al., 2013). O consumo de vitaminas,
energéticos, e inadequado consumo de elementos como fósforo, ferro e sódio
também favorecem ao risco a saúde (VEIGA et al., 2013). O hábito do lanche
em frente as telas, o ambiente social e familiar consiste em aspectos de risco
para o surgimento dos transtornos alimentares (GONÇALVES et al, 2013). A
influência da mídia induz ao culto da magreza e transtornos alimentares,
podem levar ao crescimento inadequado e ganho de peso. A insatisfação com
a imagem corporal, o grau de comprometimento, o índice de massa corpórea
(IMC) e o percentual de gordura são construtos que se associam ao
comportamento alimentar inadequado entre adolescentes (FORTES et al, 2014;
MARIN et al, 2013). O interesse pela magreza, perfeccionismo, insegurança
social, introspecção, impulsividade, desconfiança interpessoal entre outros são
manifestações que interagem para o comportamento alimentar inadequado e
risco a saúde (MARIN et al, 2013; TEIXEIRA et al, 2016). Sintomas
depressivos, baixa autoestima e estado de humor incidem no comportamento
que geram transtornos alimentares (FORTES et al, 2016). Foi observado índice
elevado de alimentação inadequada entre adolescentes femininas analisadas
por meio da dieta e o autocontrole oral como medidas para redução do IMC e
índice abdominal, que buscam ajustar a insatisfação com a imagem corporal
(FORTES et al, 2014). A busca pela imagem perfeita leva estas adolescentes a
adoção de comportamento alimentar inadequado e de risco a saúde (FORTES;
CIPRIANI; FERREIRA, 2013). Entre as práticas educativas favoráveis ao
comportamento alimentar saudável destaca-se o papel do apoio familiar e da
educação em saúde na escola, como modelador para conduta alimentar
saudável (SILVA et al, 2015). Estando o hábito de comer em escolas ligado ao
desconhecimento dos funcionários e professores sobre o assunto atuando
negativamente (KNIGHTSMITH; TREASURE; SCHIMIDT, 2013).
CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo mostra os fatores associados ao
comportamento alimentar ligados ao agrupamento de problemas clínicos
decorrentes da conduta alimentar inadequada: obesidade, mudança do perfil
lipídico e consequente risco de doenças cardiovasculares. As práticas
alimentares em adolescentes e crianças apontam para a influência do ambiente
social, familiar, da mídia e a dificuldade de adesão da dieta saudável. Também
fatores psicossociais como perfeccionismo, insegurança social, impulsividade,
ascetismo e ao desígnio da magreza atrelados a insatisfação corporal o que
induz a adoção de dietas sem acompanhamento médico. Entre as implicações
para enfermagem destaca-se o papel do profissional na educação em saúde,
ações voltadas para rastreabilidade e auxilio no diagnóstico por meio da
sistematização do cuidado. A atuação voltada para a família e escola
desenvolvendo ações preventivas para os riscos à saúde com extensão para
alunos e funcionários.
Descritores: Comportamento alimentar. Prevenção. Adolescentes
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VEIGA G. et al. Inadequate nutrient intake in Brazilian adolescents. Rev Saúde
Pública, v.47 Rio de Janeiro 2013.
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL
Micaelly Fernanda Dias1
Kauane Fagundes Pereira2
João Pedro U. de Camargo3
Carla Roberta Tonello Santos4
Anne Isabelle Ruthes5
Maria Elisa Brum do Nascimento6
INTRODUÇÃO: A obesidade é uma doença metabólica, multifatorial
relacionada ao excesso de tecido adiposo, resultante da inadequada ingestão
alimentar e o gasto energético, com participação de fatores genéticos e
ambientais (SILVA, 2018). Quando surge na infância consiste em fator de risco
para inúmeras outras doenças e problemas de saúde e propicia complicações
de saúde, como diabetes, doenças cardiovasculares entre outros englobando
desde o estado físico e psíquico, requer acompanhamento clínico continuo na
vida adulta (REIS,2014). Essa condição na infância interfere em vários outros
domínios da vida criança, a pressão social e pessoal pode levar a deficiência
do rendimento escolar (ROSSONI; SILVA; CONDE, 2016). JUSTIFICATIVA: A
prevenção da obesidade infantil deve iniciar-se na gestação, a vida intrauterina
e os primeiros anos de vida são críticos para o balanço energético a longo
prazo (GOES et al, 2015). A família e a escola são importantes aliados para a
prevenção da obesidade infantil, neste caso é imprescindível que os pais e o
restante familiar estejam envolvidos com estilo e vida saudável (TEIXEIRA;
DEXTRO, 2010). A escola é o local onde crianças passam grande parte do seu
tempo brincado, alimentando-se, relacionam-se e praticam várias atividades
física. Conhecer as formas de promoção de saúde e prevenção desse agravo
se constitui como uma ferramenta essencial para o cuidado. A enfermagem
desenvolve estratégias voltadas para promoção de hábitos e alimentos
1Acadêmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: micaellynanda@hotmail.com2Acadêmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: kaupereira2005@gmail.com3Acadêmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: joaopedroursulino@hotmail.com4Acadêmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: carlaroberta49@hotmail.com5Acadêmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: anneisabelle17@hotmail.com6Doutora em Enfermagem, Professora da Graduação e Pós-Graduação e Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: melbrum.brum@gmail.com
saudáveis, prevendo identificando riscos e na detecção precoce da obesidade,
atuando junto a família, partir da relação dialógica com pais e filhos (ARAÚJO
et al, 2012). Diante desse cenário, o estudo teve como OBJETIVO identificar
na literatura brasileira estudos que abordam a prevenção da obesidade infantil,
com enfoque da atuação da enfermagem. MÉTODO: Revisão de literatura
realizada pelos acadêmicos da 1ª série, durante a disciplina de Fundamentos
Métodos e Técnicas de Ensino, nas bases de dados BDENF e LILACS, período
de junho de 2015 a julho de 2018. Incluídos somente artigos disponíveis na
integra. Foi utilizado para busca as palavras chave “prevenção” e “obesidade
infantil” com o boleano AND. A seleção foi precedida de leitura de títulos e
resumos. Para inclusão dos estudos procedeu-se a organização de um quadro
com os seguintes componentes: título, ano, objetivo e resultados. Foram
encontrados 22 artigos e após aplicação dos critérios e inclusão, leitura de
títulos e resumos, selecionaram-se nove estudos. A elegibilidade dos estudos
foi realizada mediante leitura exaustiva dos mesmos e composição
agrupamento por similaridade de temas. RESULTADOS: Verificou-se que a
atuação do enfermeiro na produção de hábitos alimentares saudáveis para
crianças em idade pré-escolar e escolar é favorecida com a implementação de
atividades educativas, com intervenções e parcerias por meio de programas
preventivos e de controle da obesidade infantil (NASCIMENTO et al, 2016).
Entre as estratégias interdisciplinares na abordagem do risco cardiovascular
para combate à obesidade infantil, a conscientização da adoção de hábitos
alimentares saudáveis, atividades físicas e a orientação para o público
infantil/juvenil no começo do desenvolvimento humano (SARAIVA;
SLONCZEWSKI; CLISNE, 2017). A necessidade das atividades de educação e
monitoramento nutricional mostra-se eficaz com atuação efetiva da escola junto
à secretaria de educação na vigilância epidemiológica e implementação de
intervenções eficazes em consonância com políticas públicas como medida de
garantia do direito humano à alimentação adequada. (GUERRA; SILVEIRA;
SALVADOR, 2016). A prevenção e controle do consumo de álcool, tabaco e
outras substâncias ilícitas também são imprescindíveis na formação da criança,
que atua como multiplicadora do conhecimento construído coletivamente e
transformadora das condições de saúde em qualquer meio que esteja
presente. A educação em saúde voltada aos aspectos nutricionais consiste em
uma forma de prevenir alterações cardiovasculares por meio da troca de
experiência entre escolares, melhora a interação, a participação e o
aprendizado sobre ações de prevenção e obter informações nutricionais
(BERNARDO et al., 2017). Em relação à prática de atividade física em
crianças, pediatras recomendam que as atividades físicas voltadas para
crianças sejam distintas das praticadas pelos adultos e é indicado a atividade
recreativa as competitivas (GORDIA et al, 2015). O maior incentivo a qualidade
e quantidade de atividade física e seguir alimentação saudável tem por
finalidade prevenir as crianças para não se tornar um adulto obeso, diminuindo
o risco de doenças e evitar problemas psicológicos gerados pela discriminação
relacionada com o excesso de peso, que podem gerar ansiedade, depressão e
até mesmo o isolamento social (CARVALHO; BELEN; ODA, 2017). Algumas
estratégias como a criação do aplicativo kids, poderá contribuir para a criança
desregrada a oportunidade de ter disciplina, resistência física e coordenação
(FILHO; LAMBOGLIA; CARVALHO, 2016). Esse consiste em um instrumento
interativo utilizado por meio do celular que possibilita uma série de exercícios
para que qualquer criança possa exercer sem se machucar, monitorar e
apontar distorções nas atividades. Além disso, a cirurgia bariátrica não é um
procedimento eficaz em todos os casos e não cura a obesidade e necessita
que a família e os adolescentes compreendam a natureza do tratamento
cirúrgico e o papel que terão que desempenhar com mudança do estilo de vida
(MOREIRA, 2017). CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo mostrou que a
atuação do enfermeiro voltada a prevenção da obesidade infantil, está centrada
na implementação da educação em saúde que incentive práticas alimentares
saudáveis em crianças. Considera-se que estratégias como o uso de
aplicativos e programa de exercícios mais recreativos são recomendações que
visam prevenir a obesidade infantil. Entre as implicações para a enfermagem o
estudo alerta para o cuidado da obesidade infantil e para a promoção de
programas educativos apoiado em medidas que provoquem hábitos saudáveis
e melhor qualidade de vida. Ressalta-se a importância da atuação do
enfermeiro em programas de promoção de saúde na escola em sua função
educativa, assistencial, administrativa e política.
DESCRITORES: Obesidade infantil. Prevenção. Educação em Enfermagem
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EUTANÁSIA SOCIAL: UM FENÔMENO DISRUPTIVO FRENTE AO PRINCÍPIO
DA DIGNIDADE HUMANA
Eduardo Talamini¹, Leticia Aparecida Moura¹, Leila Elizabethe Pereira¹, Renan Turubia¹.
Michel M. Dalmedico²
INTRODUÇÃO: A expressão “Mistanásia” foi utilizada, pela primeira vez em 1989,
pelo bioético brasileiro Marcio Fabri dos Anjos, o mesmo utilizou o termo diante da
imensa desigualdade social existente, abandono socioeconômico, violência e
negligência política da época, ao qual submetiam pessoas cuja suas vidas eram
desvalorizadas, causando mortes evitáveis. (MENEZES NETO, et.al. 2018). A
mistabáisa ou eutanásia social etimologicamente significa morte miserável fora e
antes do seu tempo. A eutanásia social é inadmitida pela legislação brasileira,
pois os estudiosos do tema em sua maioria, afirmam que todos possuem direito à
vida e este direito, não pode ser renunciado, pois sem a vida não haveria direitos.
(ZAGANELLI, et.al. 2016). Devido aos seus direitos garantidos
constitucionalmente, mas não exercidos pelo estado, faz com que grande parte da
população seja obrigada a mover ações judiciais contra o estado, a fim de
obterem por força de justiça o que lhes deveria ser concedido de fácil acesso e
gratuito. Longos processos judiciais e exaustivos, para famílias que tem pouco ou
nenhum recurso para o tratamento, e são submetidas a mais este custo e
desgaste psicológico uma vez que isto é o último fio de esperança de cuidado
para si ou mesmo familiares. (ZAGANELLI et. al., 2016). Nesse contexto, Leonard
Martin, afirma:
“Numa sociedade onde recursos financeiros consideráveis não
conseguem garantir qualidade no atendimento, a grande e
mais urgente questão ética que se levanta diante do doente
pobre na fase avançada de sua enfermidade não é a
eutanásia, nem a distanásia, destinos reservados para doentes
que conseguem quebrar as barreiras de exclusão e tornar-se
¹ Acadêmicos da 3ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo, Curitiba-Pr. E-mails: eduardo_talamini@hotmail.com; leh.moura2@gmail.com; leila_e@hotmail.com.br; Renan_turubia@hotmail.com²Enfermeiro. Professor adjunto do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail:
micheldalmedico@yahoo.com.br.
pacientes, mas, sim, a mistanásia, destino reservado para
os jogados nos quartos escuros e apertados das favelas ou
nos espaços mais arejados, embora não necessariamente
menos poluídos, embaixo das pontes das nossas grandes
cidades. [...] Mistanásia por omissão é sem dúvida, a forma
de mistanásia mais espalhada no chamado Terceiro Mundo
(MARTIN, 1998, p.175).”
JUSTIFICATIVA: Considerando a potencialidade mortal, agressiva e ambiente
favorável ao desrespeito aos direitos humanos básicos que a mistanásia pode
ocasionar, o trabalho se faz necessário para o esclarecimento dos profissionais
da enfermagem, com intuito de reconhecimento desta prática, bem como, seus
fatores predisponentes, viabilizando o bom preparo desses profissionais, a fim
de trazer o conhecimento necessário para a identificação desta prática, bem
como assistência adequada para evitar ou minimizar danos causados pela
mistanásia. OBJETIVO: Evidenciar na literatura científica nacional as
implicações da mistanásia no contexto atual. METODOLOGIA: Revisão
bibliográfica da literatura. O trabalho não foi submetido ao Comitê de Ética e
Pesquisa da Universidade Positivo, por se tratar de um trabalho acadêmico que
não será publicado na íntegra. RESULTADOS: Foram identificados (5) artigos
que puderam ser analisados. Destes, observou-se que quatro (4) foram
publicados por autores que vêm da formação de direito e um (1) publicado por
autor com formação de pedagogia. Em relação ao ano de publicação,
constatou-se que no período elencado para a análise, a produção foi bem
distribuída entre todos os anos, totalizando um (1) artigo publicado no ano de
2013, um (1) artigo publicado no ano de 2015, um (1) artigo publicado no ano
de 2016, um (1) artigo publicado no ano de 2017, um (1) artigo publicado no
ano de 2018. No que diz respeito a metodologia usada nas publicações, cinco
(5) artigos utilizaram revisões sistemáticas da literatura. DISCUSSÃO: Os
estudos analisados consideram que a mistanásia é um grave problema de
abandono socioeconômico, violência e negligência política, de grande impacto
social e com atingimento maior nas populações mais carentes, que culmina em
sofrimento e desvalorização de suas vidas. A mistanásia se faz presente,
principalmente, na precariedade ou ausência do sistema de saúde (mistanásia
passiva), erro médico, más práticas por motivos econômicos, científicos ou
sociopolíticos, por exemplo, quando um médico realiza a remoção de um órgão
vital do indivíduo ainda com esperança de vida. (MENEZES NETO, et.al. 2018).
O baixo desempenho do estado em prover a saúde pública de forma
satisfatória, descumprindo seu dever constitucional que impede que esse
direito social seja exercido, acarreta um aumento no número de óbitos que
atinge as camadas mais vulneráveis da sociedade. (PÊCEGO, et. al., 2013).
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por meio desta pesquisa, nota-se a raiz social
política do problema, onde o descaso, má gestão e corrupção trazem grande
reflexo diante do problema que encontramos atualmente. Percebe-se a
necessidade de maior comprometimento e medidas educativas das áreas de
gestão de saúde, assim como maior comprometimento de nossas políticas
econômicas a fim de promover maior igualdade social para diminuir os
indivíduos alvos da eutanásia social e dar a todos o direito de uma morte digna
e com o mínimo de sofrimento possível. É importante ressaltar que
profissionais da área da saúde tenham conhecimento sobre a mistanásia,
sobretudo, o profissional de enfermagem, que tem relação mais estreita para
com os clientes.
DESCRITORES: Mistanásia, Vulnerabilidade Social, Proteção Social em Saúde
REFERÊNCIAS:
MARTIN, LEONARD. Eutanásia e distanásia. Disponível em: <http://bio-
neuro-psicologia.usuarios.rdc.puc-rio.br/assets/02_bioetica_(distanasia).pdf>.
Acesso em: 18 ago. 2018.
MENEZES NETO, Elias Jacob De. Políticas Públicas e boas práticas. A prática
da mistanásia nas prisões femininas brasileiras ante à omissão do direito
à saúde e a negação da dignidade humana, [S.L], v. 8, n. 1, p. 1-27, abr.
2018.
PÊCEGO, Antônio José Franco De Souza; SILVEIRA, Sebastião Sérgio Da. I
CONGRESSO BRASILEIRO DE PROCESSO COLETIVO E CIDADANIA.
Mistanásia: uma questão de direitos coletivos e cidadania, Ribeirão Preto,
p. 39-42, set. 2012.
ZAGANELLI, M. V. et al. Eutanásia social: “morte miserável” e a
judicialização da saúde, Brasil, fev. 2016.
A PROMOÇÃO DO CUIDADO Á CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL
Carla Eduarda Agner de Araújo 1
Camila da Silva Lemos 2
Débora Hellen Ferreira de Brito 3
Rafael Lucas Ferreira de Brito4
Rebecca Gabrieli Modesto Souza 5
Victória Caroline Alves 6
Maria Elisa Brum do Nascimento7
INTRODUÇÃO: A paralisia cerebral conforma uma encefalopatia crônica infantil
caracterizada por distúrbios motores de caráter não progressivo, que se
manifestam em um cérebro em desenvolvimento, levando a desarranjos na
motricidade, tônus e postura, com associação ou não com problemas
cognitivos (MORAES; DEZOTI, 2017). Trata-se de uma lesão estática no
cérebro em desenvolvimento que pode ocorrer no período pré, peri ou pós
natal e entre os principais fatores etiológicos associa-se as alterações
circulatórias maternas, infecções, eclampsia, deslocamento prematuro de
placenta entre outros (CARVALHO et al, 2010). A incidência e prevalência da
paralisia cerebral é algo complexo e relaciona-se a ampla variação de
conceitos para estabelecer parâmetros uniformes de diagnósticos, e conta com
incidência que varia de 1,5 a 2,5 por 1.000 nascidos vivos nos países
desenvolvidos (FREITAS et al, 2005). O nascimento de uma criança com
paralisia cerebral em uma família modifica o contexto familiar frente as
dificuldades e enfretamentos fazendo com que eles busquem outras formas
para promoção do cuidado da criança nessa condição. O cuidado com uma
criança com paralisia cerebral consiste em uma tarefa árdua e desafiadora,
pois suas necessidades físicas emocionais exigem esforço, dedicação e tempo,
1Acadêmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: carladuda2007@hotmail.com2Acadêmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: cmllemos@Outlook.com3Acadêmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: debora.hfb@hotmail.com4Acadêmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: rafael-lukas@hotmail.com5Acadêmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: rebeccagabrieli07@gmail.com6Acadêmica de Enfermagem da 1º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: vcarolinealves@gmail.com7Doutora em Enfermagem, Professora da Graduação e Pós Graduação e Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: melbrum.brum@gmail.com
e também produzem desgastes econômicos, emocional e social
(WIJESINGHE; FONSEKA; HEWAG, 2013). JUSTIFICATIVA: A importância em
estudar a efetividade do cuidado prestado por profissionais de saúde, em
especial a enfermagem, para com as famílias de crianças com paralisia infantil
deve-se a necessidade de acompanhamento constante da criança, orientando,
educando e encaminhando para estruturas especializadas. A rede de apoio
atua como facilitadora na promoção do cuidado das crianças com paralisia
infantil. A necessidade de tratamento especializado e uso de tecnologia
complexa, faz com que as famílias vivenciem situação constrangedora,,
marcadas por sentimentos de medo, insegurança e tensão, ao se depararem
com a imagem do filho em um ambiente de internação(FERREIRA; AMARAL;
LOPES, 2016). O enfermeiro, no contexto da equipe de saúde, deve auxiliar a
família a encontrar recursos necessários e a forma mais adequada de utiliza-
los e auxiliar os pais e familiares a fomentar as relações sociais. As ações de
promoção do cuidado de enfermagem convergem no sentido de integrar a
criança com paralisia num ambiente mais normal possível, a fim de favorecer
aprendizagem e o desenvolvimento de competências sociais (MARQUES; SÁ,
2016). Assim, o estudo teve como OBJETIVO Identificar publicações que
abordam a promoção do cuidado à criança com paralisia cerebral. MÉTODO:
Estudo de revisão de literatura. A busca dos artigos foi realizada online nas
bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da
Saúde (LILACS) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF), no período de
janeiro de 2013 a janeiro de 2018. Foram utilizados para busca as palavras
chaves “promoção de cuidado”; “paralisia cerebral” unidas pelo boleano AND. A
seleção primária dos estudos na base LILACS de um total de 10 estudos
selecionou dois disponíveis na integra. Da base BDENF foram identificados
quatro e selecionados um. Demais materiais utilizados foram a partir da
pesquisa não sistemática em biblioteca local, considerando sua relevância e
pertinência dos estudos consultados. A análise e síntese do material foram
obtidas por leitura informativa do material e organização dos dados em tabela.
Após procedeu-se a leitura seletiva e critica dos resultados que foram
apresentados de forma descritiva. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As
publicões cientificas mostram a importância do papel dos profissionais de
saúde na promoção do cuidado para a criança com paralisia cerebral, a ênfase
na rede de apoio por parte da enfermagem e fisioterapia. A enfermagem deve
atuar preventivamente a atentar para a necessidade diária e continuada de
atividade e repouso da criança, a mobilidade e os exercícios são essenciais ao
cuidado, tanto para programar como para orientar e apoiar as famílias (LIMA et
al, 2017). A atividade física deve ser criteriosamente avaliada regularmente,
identificar as limitações se presente antes de iniciar o programa de exercícios.
A falta de controle voluntaria dos movimentos na paralisia cerebral decorre da
disfunção sensória motora, com distúrbio do tônus muscular e da postura que
se manifesta em incapacidades e limitações para desempenho de atividades e
tarefas (MACINI et al., 2002). Essas tarefas incluem atividades de autocuidado
como alimentarem-se sozinhas, tomar banho e atividades de mobilidade como
levantar da cana pela manhã. O tratamento para paralisia cerebral consiste em
promover a melhora funcional nas atividades diárias e na mobilidade, reduzindo
a falta de interação com o meio e necessidade de apoio de terceiros (SILVA;
DALTRÁRIO, 2008). Profissionais fisioterapeutas são aliados no cuidado da
criança com sequela da paralisia cerebral para dar acompanhamento à criança
e, orientar, no domicilio, os pais e familiares, e assim incluí-los no processo de
reabilitação (LUNA et al., 2018). A atenção ao cuidador é relevante, pois se
trata de um processo complexo, que visa melhorar as condições de saúde
física, emocional e social, haja vista as dificuldades em terem apoio para
divisão de tarefas e o tempo necessário dispensado no cuidado da criança
(NOHARA et al, 2017). O acumulo de responsabilidade se tarefas do cuidador,
além da dedicação permanente produzem dor e sobrecarga física e emocional.
A adoção da postura adequada na movimentação da criança é um dos
aspectos de promoção do cuidado que contribui para diminuir a sobrecarga do
cuidado para o cuidador familiar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados
obtidos neste estudo fornecem informações relevantes sobre o impacto das
limitações no desempenho das atividades funcionais de mobilidade da criança
com paralisia cerebral. A promoção do cuidado deve integrar um olhar amplo
dos profissionais de saúde em acompanhar a criança com paralisia, seus
familiares e cuidadores, fornecendo apoio, orientações, e encaminhamentos
necessários, integrando-os ao plano de reabilitação no cenário o mais próximo
do domicilio, onde as dificuldades da rotina diária estão presentes. Cabe aos
profissionais envolvidos estreitar relações com as famílias, melhorando vinculo
e desenvolvendo ações de cuidado com qualidade. Entre as implicações para a
prática da enfermagem a importância em reconhecer às fragilidades na rede de
suporte da criança com paralisia cerebral, e encorajar a família a buscar apoio
e articulação com serviços de saúde para que receba os recursos e apoio para
enfrentamento dessa situação.
DESCRITORES: Paralisia cerebral. Desempenho funcional. Promoção de
cuidado.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Judilita Teresa de Melo; RODRIGUES, Nyedja Menezes; SILVA,
Lícia Vasconcelos Carvalho da; de OLIVEIRA, Daniella Araújo. Qualidade de
vida das mães de crianças e adolescentes com paralisia cerebral. Fisioter
Mov., v.23,n.3, p:389-97, 2010.
FREITAS, Patrícia Martins et al. Relação entre o estresse materno e a inclusão
escolar de crianças com paralisia cerebral. Arq Bras Psicol., v.57, n.1, p:46-
57, 2005.
FERREIRA, José Hernevides Pontes; AMARAL, João Joaquim Freitas do;
LOPES Márcia Maria Coelho Oliveira. Equipe de enfermagem e promoção do
cuidado humanizado em unidade neonatal. Rev Rene., v.17;n.6; p. 741-9,
2016.
LIMA, Nayda Babel Alves de. Importância da mobilidade para tetraplégicos e
paraplégicos: implementação dos conhecimentos de enfermagem no cuidar
multidimensional. J. res.: fundam. care. v9,n.1, p: 289-29, 2017.
LUNA , Marcela Medeiros de Araujo et al. O acompanhamento fisioterapêutico
de crianças com sequelas de paralisia cerebral atendidas no NASF do
município de alagoa nova. Revista Cuidado é Fundamental , v.10, n.3, p. 70-73,
2018.
MARQUES, Joana Mendes; SÁ, Luis Octávio. A Alimentação da criança com
paralisia cerebral: dificuldades dos pais. Revista de Enfermagem Referência,
Série IV, n. 11, 2016.
MACINI, Marisa C et al. Comparação do desempenho de atividades funcionais
em crianças com desenvolvimento normal e crianças com paralisia cerebral.
Arq Neuropsiquiatr, v.60, n.2,p. 446-452.
MORAES, Carolliny Christiny; DEZOTI, Ana Paula. A busca da família para a
promoção do cuidado da criança com paralisia cerebral: uma revisão da
literatura. Anais do EVINCI – UniBrasil, Curitiba, v.3, n.1, p. 339-339, out. 2017.
NOHARA, Soraya Sayuri Braga et al. Atuação fisioterapêutica na sobrecarga
física e dor de cuidadores de crianças com paralisia cerebral. Rev Bras Promoç
Saúde, v.30, n.4, p. 1-7, 2017.
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NOS CUIDADOS ÀS MULHERES NO
CLIMATÉRIO
Giovana Maria Machado Mendes1, Ingrid Mayara Teixeira1, Lucian Ricardo da
Costa 1, Natália Pasquini de Souza1, Tainara Marques Paezinho1, Kátia Renata
Antunes Kochla2
INTRODUÇÃO: O climatério, segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), é a fase biológica que toda mulher passa, geralmente entre a faixa
etária de 48 a 50 anos, a qual compreende a transição do período reprodutivo e
o não reprodutivo, sendo a menopausa um dos marcos dessa fase, que
representa o último ciclo menstrual após 12 meses. Esta, ocorre devido à
queda da produção de hormônios como estrogênio e progesterona, que
culmina na ausência da menstruação. Apesar de existir muitas mulheres que
passam por esse processo sem relatar queixas ou sentirem necessidade de
fazer uso medicamentoso, isso não isenta a necessidade de se realizar um
acompanhamento médico, para um diagnóstico precoce, tratamento e
prevenção aos agravos do estágio. Já as mulheres que apresentam os
sintomas, segundo estudo, estão divididas em manifestações intensas,
moderadas e suaves (COSTA et al, 2015). Sendo esses sintomas tais como
ondas de calor, insônia, secura vaginal, artralgia (dor em articulação),
diminuição de libido e mudanças no estado de humor (HORMAZA-ÁNGEL et al,
2017). Com isso, problemas biopsicossociais vão se fazendo presente no
cotidiano dessas mulheres, sendo assim, necessário que as mesmas recebam
ajuda de profissionais de diversas áreas da saúde, como no caso, dos
enfermeiros, para que possam manejar os sintomas e receber apoio emocional
físico. JUSTIFICATIVA: A razão pela qual esse tema foi definido, decorreu da
nossa preocupação como acadêmicos de enfermagem relacionados ao bem-
estar físico, emocional e social das mulheres nesse período. A aproximação
1Acadêmicos da 2a série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo, Curitiba-PR. E-mails:mendeszgio@gmail.com; mayaraingrid98@outlook.com; lucian5ricardo@gmail.com Tel: (41) 99989-7133;nataliapasquini@hotmail.com; tainaramarques245@gmail.com; 2Mestre em Enfermagem pela UEM-PR, Doutora em Enfermagem pela UFPR, enfermeira da PrefeituraMunicipal de Araucária e Coordenadora do Curso de Enfermagem da Universidade Positivo, contato:katiaantunes.kochla@gmail.com
com o tema possibilita conhecer e estabelecer possíveis melhorias no cuidado
de enfermagem as mulheres nessa fase. OBJETIVO: Realizar revisão de
literatura sobre a produção científica sobre os problemas que afetam as
mulheres no climatério. METODOLOGIA: A realização dessa pesquisa, seguiu
tais etapas básicas: elaborar o tema do estudo; realizar a pesquisa
bibliográfica; organizar os dados coletados; apresentar e divulgar a revisão. Na
escolha do tema originou-se a partir da questão norteadora: Como acontece a
assistência de Enfermagem climatério? A pesquisa foi feita através do
levantamento bibliográfico realizado na plataforma de dados Biblioteca Virtual
em Saúde (BSV), abrangendo as seguintes bases de dados da área da saúde:
BDENF (Base de Dados de Enfermagem); LILACS (Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências de Saúde). Foi utilizada terminologias
consultadas nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCs/Bireme), que são:
Enfermagem, Climatério, Saúde da Mulher. A busca avançada foi filtrada
somente em publicações correspondendo ao período de 2009 a 2016, reunindo
dois descritores simultaneamente, idênticos à primeira busca. A seleção foi
realizada mediante leitura de todos os resumos. Os critérios de inclusão para
seleção da amostra foram: Artigos nacionais e internacionais (inglês e
espanhol), que abordassem a atuação da enfermagem nos cuidados com a
saúde da mulher no climatério. Com a pesquisa bibliográfica ocorrida em
setembro de 2018, obteve-se uma amostra de 167 artigos, excluídos artigos
que não falavam dos cuidados da enfermagem no climatério, obteve-se a
localização da amostra inicial de 38 artigos. Depois se fez uma leitura seletiva
com abrangência a todos os artigos na íntegra. A partir desta leitura foram
excluídas todas as pesquisas irrelevantes ao tema de estudo. Em seguida já
com a amostra final determinada em 11 realizou-se a leitura, em que se
identificaram os artigos que apresentavam o tema de forma objetiva e
sintetizando-os. Levaram-se em consideração os aspectos mais explorados
pelos autores selecionados. Após os dados foram organizados em temas: a)
falhas nas ações e abordagens na atenção básica; b) identificação das
demandas das mulheres no climatério; c) medicalização e ideia de doença do
processo; d) responsabilidade da atuação do enfermeiro; d) Cuidados de
enfermagem. Na apresentação dos resultados foram elucidadas, as
informações de cada estudo de modo descritivo. RESULTADOS: Na análise
dos artigos encontrados, verificou-se que o período climatérico ocupa um terço
da vida da mulher, sendo de grande importância a atenção específica e
adequada. Podemos ver que esse processo, é um assunto pouco abordado
pelos profissionais de saúde, pouco conhecido pelas mulheres que estão na
faixa etária do processo quando procuram as unidades básicas de saúde,
sendo a maior demanda, por ações curativas, pela leitura dos artigos, pode-se
concluir que o foco de maior importância deveria estar na prevenção de
sintomas e promoção de saúde da mulher e não está. Fica claro ainda, a falta
de orientação por parte dos profissionais de saúde, sendo que a fase do
climatério merece uma maior atenção, com mais atividades e atenção voltadas
à assistência da mulher no período (FERNANDES 2016). Em relação as
atividades e ações de saúde para mulheres dos 45 aos 60 anos, observou-se
uma grande falha da atenção básica, pois há ausência de diretrizes específicas
para esse grupo, pois segundo Garcia (2013), há o reconhecimento das
demandas específicas dessa faixa etária, mas não há ações dirigidas para
esse grupo, pois as prioridades são assistência em planejamento sexual,
reprodutivo e gestantes. Há ainda, pouco espaço para escuta de queixas e
demandas de mulheres nessa faixa etária, que se apresentam no climatério. A
medicalização do corpo feminino acontece também nesse período, onde se
tem usado hormônios. Isso se deve, além da questão do controle dos sintomas,
pois na maioria das vezes, o climatério é visto como doença, porém é um ciclo
natural da fisiologia da mulher que se fecha, trazendo transformações e
mudanças fisiológicas e psicológicas para a mulher. Assim, o enfermeiro, deve
saber associar as informações, práticas e saberes para que a mulher possa ter
um bom convívio com essa fase natural que é o climatério (OLIVEIRA, 2013).
Segundo Paulo Freire (2012), a enfermagem tem como maior centro de
cuidado trazer alegria, prazer e conforto. O diálogo é uma das principais formas
de trazer conhecimento, fazendo com que a paciente participe, ampliando com
essa mulher, outras formas de conhecimento do climatério, como o que o
sujeito consiga formular a sua pergunta e ele mesmo busque sua resposta. Já
o autocuidado é mencionado como importante nesse período, a aplicação do
referencial teórico da Orem no processo de enfermagem, pode também
melhorar o cuidado e atenção (MOLINA e SUAZO, 2009). A relação entre o
enfermeiro e o cliente tem princípios éticos, quando ensinamos precisamos
levar em consideração a cognição, o afetivo e o psicomotor, que são domínios
fundamentais no processo da aprendizagem (LOPES, 2013). É importante que
seja guardado em sigilo as informações do paciente, respeitando e ouvindo o
que ele tem a dizer, todo esse processo faz parte do acolhimento o qual é
muito importante para que o tratamento tenha o sucesso esperado, resgatando
a história, queixas principais e necessidades do paciente no climatério (VIDAL,
2012). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Através da pesquisa, notou-se uma
escassez de informações a respeito do assunto, e que na disciplina de Saúde
da Mulher, o tema não tem sua devida importância o suficiente para formar
profissionais que reconheçam a necessidade de uma assistência específica de
mulheres no climatério (BELTRAMINI, 2010). CONTRIBUIÇÕES PARA A
SAÚDE: O climatério é um período em que o organismo da mulher está em
processo de mudanças e precisa de atenção especial, tendo a enfermagem um
papel muito importante nesse processo, por esse motivo a realização dos
estudos e pesquisas relacionadas ao fim do ciclo reprodutivo são muito
importantes, trazendo muitas contribuições para as práticas assistenciais na
saúde da mulher.
DESCRITORES: Enfermagem, Climatério, Saúde da Mulher.
REFERÊNCIAS
Oliveira, A.M.M.; Evangelista, C.B.; Gouveia, E.M.L.; Costa, K.C.; Lopes,
M.E.L.; Costa, S.F.G.; Assistência à mulher no climatério: discurso de
enfermeiras. Rev enferm UFPE on line., Recife, mar., 2013.
Vidal, C.R.P.M.; Rodrigues, D.P.; Miranda, K.C.L.; Pinheiro, P.N.C.; Mulher
climatérica: uma proposta de cuidado clínico de enfermagem baseada em
ideias freireanas. Rev. bras. enferm. Vol.65 no.4 Brasília July/Aug. 2012.
Costa, A.M.; Nakano, A.M.S.; Cavalcanti, A.M.T.S.; Alves, E.R.P.; Dias, M.P.;
Bezerra, S.M.M.S. Climateric: intensity of symtoms and sexual
performance. Texto contexto – enferm. Vol.24 no.1 Florianópolis Jan./Mar.
2015.
Marín-Castro, A.E.; Cardona-Vélez, J.; Molina-Valencia J.; Lopera-Valle, J.S.;
Jaramillo-Jaramillo, L.I.; Martínez-Sánchez, L.M.; Rodríguez-Molina, L.M.;
Rodríguez-Gázquez, M.A.; Hormaza-Ángel, M.P.; Vargas-Grisales, N.; Rojas-
Jiménez, S. Características clínicas de mujeres menopáusicas de una
clínica privada de la ciudad de Medellín, Colombia. Ginecol. obstet. Méx.
Vol.85 no. 4 Ciudad de México abr. 2017
Molina, A.S.; Suazo, S.V.; Aplicação da Teoria de Orem em intervenções
durante a gestação e climatério. Rev. bras. enferm. Vol. 62 no. 4 Brasília
July/Aug. 2009.
REPROCESSAMENTO DE PRODUTOS MÉDICO-HOSPITALARES
UTILIZADOS EM CIRURGIAS CARDIOTORÁCICAS
Narjara dos Santos¹, Denise Faucz Kletemberg²
INTRODUÇÃO: Os produtos médico-hospitalares descartáveis ou de uso único
são definidos como aqueles que após o uso, perdem as características originais,
podendo ser utilizados apenas uma única vez. Já produtos de uso único passíveis
de reprocessamento e reuso são aqueles que mesmo após o uso em um
paciente, podem ser reutilizados após a sua limpeza, desinfecção, esterilização e
preparo que não perdem as suas características originais (ANVISA, 2004). O guia
do Food and Drug Administration dos Estados Unidos da América (FDA-USA)
(2000), descreve os materiais de uso não críticos, como aqueles que entram em
contato com partes da pele íntegras, necessitando assim apenas uma limpeza
com água, degermantes e fricção entre o uso em um paciente e outro. Os
semicríticos são materiais que entram em contato com mucosas colonizadas ou
até uma pele não íntegra. Essa categoria deve passar pela pré lavagem e
esterilização. Os denominados críticos que são aqueles que entram em contato
direto com tecidos humanos não colonizados, logo são considerados estéreis,
sendo de alto risco de transmissão de infecção quando contaminado com
microrganismos, desta forma é obrigatório a passagem por uma limpeza prévia,
desinfecção e esterilização. Nesta categoria também, deverão ser estabelecidas
na Central de Materiais Esterilizados (CME), rotinas claras de descontaminação,
devendo ser feita a limpeza, desinfecção ou esterilização e sempre ocorrendo a
monitorização da performance do material reutilizado e seus critérios para
descarte. Sendo usada como base o fluxograma de reesterilização e o reuso,
podem ser autorizados desde que haja uma certeza de sua funcionalidade e
integridade. (BULGARELLI; BASTOS; GRAZIANO, 2015). Em cirurgias cardíacas
a esternotomia longitudinal é a incisão usada pelos cirurgiões para a chegada no
¹ Acadêmica da 2° série de Enfermagem da Universidade Positivo. naarjaaraa@hotmail.com; Contato: (41) 9 9566-8742;² Doutora em Enfermagem. Professora do curso de graduação em Enfermagem da Universidade
Positivo. denisekle@yahoo.com.br
coração. Neste procedimento é usada uma serra com a lâmina de aço
inoxidável, que se caracteriza por ter uma configuração simples, não
apresentando espaços internos e seu material sendo de aço. (BULGARELLI;
BASTOS; GRAZIANO, 2015) Já os cateteres cardíacos angiográficos são feitos
de polímeros maleáveis, apresentam ramificações e ligações cruzadas
(LUCAS; BARBOSA; OLIVEIRA, 2010). Ambos os materiais em suas
embalagens encontra-se indicado pelos fabricantes que sejam de uso único.
JUSTIFICATIVA: A importância de conhecer os processos que vêm sendo
utilizados em reprocessamentos de materiais, para discussões quanto a
segurança do paciente, mediante a infecções e agravos. OBJETIVO:
Descrever práticas de reutilização de lâmina de esternotomia e cateteres
cardíacos angiográficos rotulados como de uso único passíveis de
reprocessamento em cirurgias cardiotorácicas publicadas em literatura
brasileira. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica realizada durante o mês de
agosto de 2018, por meio de pesquisa eletrônica, consultando-se o banco de
dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Scielo, com os descritores
Procedimentos Cirúrgicos Cardiovasculares; Reutilização de Equipamento.
Foram critérios de inclusão: publicações no período de 2010 a 2018, no idioma
português e inglês, sendo excluídas publicações que não contemplavam a
temática do estudo. RESULTADO: Os achados permitem inferir que deve-se
sempre seguir uma rotina, para que ocorra uma inspeção tanto visual quanto
física para todos os materiais de uso único passíveis de reprocessamento, pois
alguns deles como a lâmina de esternotomia após inspeções verificou-se que
se mantém íntegra (BULGARELLI; BASTOS; GRAZIANO, 2015), porém
materiais como os cateteres angiográficos após testes, foi comprovado que a
partir do quarto reprocessamento começam a surgir micro fissuras, podendo
assim gerar infecções e agravos ao paciente (LUCAS; BARBOSA; OLIVEIRA,
2010). Utilizando como base o fluxo da FDA e as suas classificações tanto a
lâmina de esternotomia quanto os cateteres de angioplastia cardíaca são
considerados materiais de artigo críticos, pois entram em contato direto com o
tecido humano estéril. A lâmina para esternotomia é um material sólido, sem a
presença de espaços internos desta forma é possível uma limpeza segura, por
meio de uma fricção em toda a sua superfície e dentes, podendo ocorrer a
esterilização sem nenhum agravo. Porém os cateteres angiográficos
apresentam uma difícil limpeza interna, inspeção e pouca durabilidade, por
serem feitos de polímeros e precisando assim de esforços para a limpeza e
preparo do material para esterilização (LUCAS; BARBOSA; OLIVEIRA, 2010).
Entretanto a Resolução n° 2.606 da ANVISA (2006) estabelece normas para a
validação e implementação dos protocolos de reprocessamento, para controle
do número máximo de reprocessamentos. Entretanto não está especificado os
métodos de validação e também não estabelece o número de
reprocessamentos seguros dos materiais. Após o uso do material, como
exemplo o cateter angiográfico, deve-se fazer testes para a avaliação dos
riscos potenciais que podem causar aos pacientes, esses testes podem ser de
hemo e biocompatibilidade, teste de tração, torção, flexibilidade, endotoxinas e
esterilização para ver se há infecções e um teste visual para ver se não há
presença de fissuras, manchas, rugosidades e deterioração (LUCAS;
BARBOSA; OLIVEIRA, 2010). Com a grande vantagem econômica presente
neste reprocessamento, também surgem benefícios em âmbito ambiental, para
a redução de poluição, com aterros de lixo, incinerações e descarte de
produtos em lugares indevidos. Em contrapartida, o reprocessamento de
materiais de uso único pode gerar riscos ou até problemas atingindo o paciente
diretamente, como infecções, contribuindo com o aumento dos riscos de
eventos adversos. Quando esses reprocessamentos ocorrem sem o
acompanhamento para a validação e comprovação de sua funcionalidade,
pode ocorrer algum agravo ou infecção ao paciente. CONCLUSÃO: As práticas
de reutilização de lâmina de esternotomia e cateteres cardíacos angiográficos
de uso único passíveis de reprocessamento, utilizados em cirurgias
cardiotorácica, mostrou-se com eficácia duvidosa segundo a literatura. Como
respaldo legal, o fabricante do material indica na embalagem como sendo
material de uso único e fica a critério da instituição de saúde decidir se ocorrerá
a reesterilização ou não. CONTRIBUIÇÕES PARA SAÚDE: Evidencia-se a
necessidade de melhor controle, vigilância e a necessidade de maior
implementação de normas claras e atualizadas referente os materiais médico-
hospitalares de uso único em cirurgias cardiotorácicas.
DESCRITORES: Procedimentos Cirúrgicos Cardiovasculares; Reutilização de
Equipamento; Segurança do Paciente.
REFERÊNCIA:
1. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Consulta Pública n°17,
11 de março de 2004, publicada no D.O.U. de 22 de dezembro de 2000.
Disponível em: <http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/CP/CP%5B6781-1-
0%5D.PDF>. Acessado em 15 de maio de 2018.
2. BULGARELLI, Vânia Sanches; BASTOS, Eponina Nunes de Mello;
GRAZIANO, Bastos. Análise do rótulo de uso único de lâminas para
esternotomia. Revista Sobecc, [s.l.], v. 20, n. 1, p.30-37, 1 mar. 2015. Zeppelini
Editorial e Comunicação. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.5327/z1414-
4425201500010009>. Acessado em 5 de setembro de 2018.
3. LUCAS, Thabata Coaglio; BARBOSA, Marcos Pinotti; OLIVEIRA, Adriana
Cristina de. Validação do reprocessamento de cateteres cardíacos
angiográficos: uma avaliação da funcionalidade e da integridade. Revista da
Escola de Enfermagem da Usp, [s.l.], v. 44, n. 4, p.947-955, dez. 2010.
FapUNIFESP (SciELO). Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/s0080-
62342010000400013>. Acessado em 3 de setembro de 2018.
4. FDA - Food and Drug Administration. Department of Health and Human
Services. Guindance for Industry and FDA Reviewers. Reprocessing and reuse
of single-use devices: review priorization scheme. 2000; Disponível em:
<http://www.fda.
gov/downloads/MedicalDevices/DeviceRegulationandGuidance/ Guidance
Documents /UCM073761.pdf>. Acessado em 6 de setembro de 2018.
5. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução RE no 2606,
11 de agosto de 2006. Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração, a
validação e a implantação de protocolos para o reprocessamento dos produtos
médicos e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 14 ago.
2006. Seção 1. p. 28. Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/seguranca
dopaciente/ index.php / legislacao/item/resolucao-re-n-2-606-de-11-de-agosto-
de-2006> Acessado em: 15 de maio de 2018.
ADAPTAÇÃO DO INDIVÍDUO COLOSTOMIZADO NA PERSPECTIVA DE
CALLISTA ROY
Beatriz Marques Mendes 1
Dra. Denise Faucz Kletemberg 2
INTRODUÇÃO: As condições clínicas que levam à realização de uma ostomia
intestinal estão relacionadas às patologias benignas ou malignas do órgão e
são muito comuns em oncologia. O câncer colorretal abrange tumores que
acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto, na maioria dos
casos, curável, o tratamento por procedimento cirúrgico são denominadas
colostomias e são realizadas em menos de 33% dos pacientes com câncer
colorretal. A colostomia é a criação cirúrgica de uma abertura (i.e., estoma) no
cólon. Pode ser criada como desvio fecal temporário ou permanente. Que
possibilita a evacuação do material colônico para fora do corpo.
(BRUNNER,pag 1105-1107). O Instituto Nacional do Câncer (INCA), relata que
a estimativa de novos casos chega a cerca de 36.360, sendo 17.380 homens e
18.980 mulheres no ano de 2018. O Sistema de Informação sobre Mortalidade
em 2013, relatou que o número de mortes por câncer colorretal, foi de 15.415;
sendo 7.387 homens e 8.024 mulheres. (INCA, 2018). É perceptível as
mudanças ocorridas no modo de vida do paciente, resultantes da realização de
uma ostomia intestinal. Devido as alterações corporais, o indivíduo tende a ter
dificuldades de enfrentar as mudanças que ocorrerão, durante todo o período
Perioperatório, pois, além de ocorrer transformações no campo fisiológico,
atingem também o campo emocional, psicológico, e social. Desse modo, os
profissionais de Enfermagem, como educadores, têm o papel fundamental no
enfrentamento e na adaptação desse indivíduo. A assistência de enfermagem
requer a implementação de teorias, para a formação de um conhecimento mais
reflexivo, e uma base cientifica que corrobora para o aprimoramento das
habilidades técnicas-práticas estabelecidas no plano de cuidado ao paciente
1Discente do 2º ano do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: beamendes7@icloud.com. Telefone (041) 99263-6164
2Docente no curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: denisekle@yahoo.com.br
colostomizado. Nesta perspectiva, encontramos diversas teorias de
enfermagem, destaca-se a Teoria de Callista Roy ao entender a pessoa como
um ser adaptativo e holístico. Ela considera a promoção da adaptação dos
indivíduos e grupos o objetivo da enfermagem, que atua nos quatro modos de
adaptação (modo adaptativo: físico-fisiológico, identidade de autoconceito,
interdependência ou desempenho de papel). (KAMIYAMA, Y, 1984). Desse
modo, surge a necessidade refletir sobre a Teoria de Callista Roy e o cuidado
de enfermagem à pessoa com colostomia, relacionando ao uso da bolsa
coletora. De forma a contribuir na adaptação desse indivíduo, dado que sua
condição exige uma resposta adaptativa às novas condições de saúde.
JUSTIFICATIVA: O indivíduo ao receber o diagnóstico para realização de uma
ostomia tem dificuldades de enfrentar as mudanças que ocorrerão nessa nova
fase da vida, com medos e receios, que vão desde a rejeição da família e
amigos, às barreiras para reintegração social. E o profissional de Enfermagem
participa efetivamente do enfrentamento e adaptação desse paciente.
OBJETIVO: Descrever a adaptação do indivíduo submetido à uma ostomia, na
perspectiva de Calista Roy. METODOLOGIA: Este trabalho foi realizado sob a
forma de revisão bibliográfica buscando reunir e avaliar informações obtidas de
trabalhos publicados em diversos tipos de veiculação de pesquisa científica
como, artigos e monografias que fizessem referência ao tema ‘Autoimagem de
pacientes com colostomia”. Com base nesse contexto, buscou-se identificar a
produção teórica nacional em bases de dados online que tratassem do tema
proposto. O levantamento bibliográfico foi realizado pela Internet, por meio da
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Para a escolha dos artigos foram utilizados
os seguintes descritores: Qualidade de vida, Colostomia/ Métodos, colostomia,
enfermagem, autoimagem. Os critérios de inclusão da amostra foram artigos
publicados nos últimos sete anos, online e em língua portuguesa. Por meio dos
descritores mencionados, foram encontrados 231 artigos em língua
portuguesa, e 105 artigos em texto completo e disponibilizados on-line.
RESULTADOS: Ao abordar as questões da adaptação do indivíduo
colostomizado, é possível identificar nos relatos, distúrbio das funções
psicológicas como, sentimentos de estigma, solidão, pensamentos suicidas,
depressão, perda da autoestima e alteração da autoimagem. O enfermeiro
contribui de forma significativa, na construção de novas formas e
possibilidades, em que não se sintam tão diferente e distante de seus antigos
padrões. A teoria do Autocuidado revelou-se como base para o cuidar que
propiciou a comunicação terapêutica entre a enfermeira e a paciente,
adequando-se a sua problemática (Sampaio F.A.A, Aquino P.S , Araújo T.L,
Galvão M.T.G). CONSIDERAÇÕES FINAIS: As complicações causadas pela
colostomia, podem ter consequências fisiológicas, abalos psicológicos e
emocionais. Por isso, ressalta-se o papel fundamental do enfermeiro durante o
período operatório, também no decorrer na hospitalização e do pós-operatório,
bem como no decurso da recuperação desse indivíduo, na tentativa de
proporcionar a adaptação e superação das mudanças ocorridas. ( Sampaio
F.A.A., Aquino P.S., Araújo T.L, Gimenez M.T, 2008). CONTRIBUIÇÕES PARA
SAÚDE: Por tudo isso, a relevância deste estudo repousa na importância da
visão de Callista Roy no atendimento ao paciente submetido á uma colostomia,
visto que nessa condição se faz necessário entender os hábitos de reflexão e
desenvolvimento do paciente, suas percepções e atitudes em relação aos
sentimentos e emoções, demonstrados nas mais diversas situações, após as
mudanças fisiológicas, e da autoimagem. A enfermagem juntamente com a
equipe multidisciplinar deve buscar o trabalho interdisciplinar, pois podem
propor um plano terapêutico para a adaptação do paciente, e através do
acompanhamento irão verificar os resultados e a melhora estimada de sua
própria visão.
DESCRITORES: Qualidade de vida; enfermagem; autoimagem; colostomia;
colostomia/métodos.
REFERÊNCIAS:
BRUNNER & SUDDARTH, Tratado de enfermagem médico/cirúrgica;
[tradução PAULO A.F.D, FIGUEIREDO J.E.F, VOEUX P.L] – Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2011.
Instituto Nacional Do Câncer, Estimativa Câncer Colón e Reto, 2018.
Disponível em:
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/colorretal
Acesso em: 15/08/2018.
KAMIYAMA, Y. Teorias de enfermagem - Conferência internacional. Rev. Esc.
Enf. USP, S5o Paulo, 75(3): 199-207, 1984. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v18n3/0080-6234-reeusp-18-3-199.pdf
Acesso em: 20/08/2018.
Cesaretti I.U.R; Santos V.L.C.G ; Vianna L.A.C. Qualidade de vida de pessoas
colostomizadas com e sem uso de métodos de controle intestinal. Rev.
Bras. enferm. vol.63 no.1 Brasília jan./fev. 2010. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&nrm=iso&lng=pt&tlng=pt&pid=S0034-
71672010000100003 Acesso em: 20/08/2018
Batista M.R.F.F; Rocha F.C.V; Silva D.M.G; Júnior F.J.G.S. Autoimagem de
clientes com colostomia em relação à bolsa coletora. Rev. bras.
Sampaio F.A.A, Aquino P.S , Araújo T.L, Galvão M.T.G. AssistÍncia de
enfermagem a paciente com colostomia: aplicação da teoria de Orem.
Acta Paul Enferm 2008;21(1):94-100. Disponível em :
http://www.scielo.br/pdf/ape/v21n1/pt_14.pdf/ Acesso em: 28/08/2018.
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE
LESÕES POR PRESSÃO
Deborah Walter Train1, Luís Felipe Souza Dias 2, Helen Cristina Goll de Paula3,
Ingrid Caroline Canestraro4, Letícia Torres de Souza5, Giovanna Batista Leite
Veloso6
INTRODUÇÃO: A lesão por pressão (LP) é uma complicação devido ao apoio
do peso do próprio corpo durante um longo período na mesma posição e pode
surgir a partir da combinação de fatores mecânicos, bioquímicos e fisiológicos
intrínsecos ou extrínsecos (FIGUEIRA, BACKES, KNIHS 2018). O tratamento
desta problemática é um dos grandes desafios das equipes de saúde, em
especial para o Enfermeiro, que gerencia o cuidado de toda a equipe de
enfermagem e está diretamente envolvido com as ações de prevenção e
tratamento. Malagutti (2015) destaca ainda que a LP resulta da pressão
prolongada aplicada sobre determinada área que leva a uma cadeia de eventos
celulares e vasculares que determinam à necrose tecidual. As LP podem atingir
não apenas a pele em uma ou mais camadas, mas também tecido muscular,
tendões, nervos e ossos e é classificada conforme o grau de dano observado
na pele, tecido subcutâneo, músculos, articulações e ossos (MOREIRA,
ALCÂNTARA, 2009). A LP prolonga a hospitalização, dificulta a recuperação do
paciente e pode aumentar o risco do desenvolvimento de outras complicações
em relação à saúde, por isso deve ser motivo de preocupação de toda a equipe
de enfermagem, que deve direcionar seus cuidados para a diminuição destes
riscos, orientando também a família quanto à prevenção no seu domicílio e
tratamento quando este recebe alta hospitalar. JUSTIFICATIVA: as lesões por
pressão, podem ser evitadas se todos os profissionais da enfermagem
seguirem adequadamente as medidas e protocolos de prevenção nos hospitais
1Acadêmicos da 1ª série de Graduação de Enfermagem da Universidade Positivo: dehtrain59@gmail.com (41) 8439-26592cristinahelen93@yahoo.com.br (41) 99506-78413ingridccanestraro@gmail.com (41) 9639-32204serafim.leticia@gmail.com (41) 9530-89225luisfelipe21313@hotmail.com (41) 9760-38846Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Professora Adjunta do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Positivo.
e as unidades de saúde. Dessa maneira evitar as LP, tornou-se extremamente
importante para o paciente ter uma melhor qualidade de e conseguir se
recuperar o mais rápido possível, neste contexto destaca-se a educação em
saúde como parte do processo de assistência ao paciente. O papel do
enfermeiro vai muito além de somente prestar acolhimento ao enfermo e sim
também as questões como; reabilitação, prevenção e recuperação da saúde e
bem estar do paciente. OBJETIVO: Identificar na literatura científica nacional o
papel do enfermeiro na prevenção e tratamento de lesões por pressão.
METODOLOGIA: Para o desenvolvimento da pesquisa optou-se por seguir as
etapas de uma Revisão Integrativa: Identificação do tema e seleção da
hipótese ou questão de pesquisa; Estabelecimento de critérios para inclusão e
exclusão de estudo; Definição das informações a serem extraídas dos estudos
selecionados; Avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa;
Interpretação dos resultados; Apresentação da revisão (MENDES, SILVEIRA e
GALVÃO, 2008). Para o estudo foram utilizados artigos voltados à temática
pesquisada, publicados no Brasil. Foram definidos como critérios de inclusão:
artigos na íntegra, publicados no Brasil, em língua portuguesa, disponíveis
online, nos anos de 2008 a 2018. Foram excluídos todos os que não
atenderam aos critérios de inclusão. A Biblioteca Virtual em Saúde foi utilizada
para a seleção dos artigos e a busca dos estudos ocorreu nos meses de
agosto e setembro de 2018, com a associação dos descritores: lesão por
pressão and enfermeiro. RESULTADOS: a lesão por pressão de 1º grau é
ocasionada quando ocorre a hiperemia da pele intacta juntamente sobre uma
área composta de ossos. 2º grau ocorre perda parcial da espessura da derme.
De coloração vermelha e também poderá apresentar o aspecto de bolha. 3º
grau ocorrerá perda de tecido, não terá exposição do osso, tendão ou
quaisquer músculos do corpo. 4º grau, acontecerá uma perda de forma total,
músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso. O enfermeiro deverá adotar as
seguintes medidas afim de prevenir qualquer lesão por pressão futuramente
(SOBEST, 2016). A alteração de mudança de decúbito, higiene corporal
adequada, uso de óleos é indicado para prevenção e tratamento de escaras,
que atualmente é chamado de lesão por pressão de 1º, 2º, 3º ou de 4º grau
(SOBEST, 2016). Segundo Rodrigues, Sousa e Silva (2008) apontam alguns
fatores de risco para o desenvolvimento das LP, como a idade a avançada do
paciente, pois o idoso tem o sistema imunológico mais comprometido e o
processo de cicatrização é mais lento se ocorrer alguma qualquer lesão em
pele ou anexos. No entanto Miyazaki, Caliri e Santos 2010 destacam que os
profissionais de enfermagem precisam sempre atualizar seus conhecimentos
no cuidado com as LP, pois a avaliação da lesão por pressão é fundamental
para o tratamento de forma adequada para com o paciente, e esta deve ser
realizada de forma adequada, baseada em conhecimentos científicos sobre o
tema. O olhar linear e cuidadoso do profissional de enfermagem é estritamente
essencial para determinar o tratamento correto e promover o melhor cuidado a
cada caso. CONCLUSÃO: Observa-se que a literatura científica apresenta
diversos aspectos do papel do enfermeiro frente a prevenção e tratamento das
LP. Destaca-se a importância de seguir os protocolos corretamente para
prevenir possíveis lesões e avaliar qual o tratamento mais indicado que será
realizado conforme o caso do paciente e o grau da lesão. E ainda que o
enfermeiro é o profissional que irá gerenciar e supervisionar todo o cuidado
prestado ao paciente, por isso deve buscar sempre ampliar seus
conhecimentos, com vista na prestação de um cuidado de qualidade, que
permita uma melhor qualidade de vida ao ser cuidado.
CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM: estudos que
enfatizam o papel do enfermeiro levam a reflexão sobre a atualidade da
profissão, assim como sobre novas técnicas e medidas necessárias para o
aprimoramento da assistência de enfermagem. Ressalta-se a problemática da
ação do enfermeiro frente as LP, pois o profissional deve estar atento deste a
recepção do paciente no ambiente hospitalar até sua alta, atuando por meio da
educação em saúde e assistência diferenciada.
DESCRITORES: lesão por pressão, enfermagem, promoção da
saúde.
REFERÊNCIAS
MALAGUTTI, W. Feridas: conceitos e atualidades. 2a Ed. São Paulo, Martinari,
2015.
MENDES, K. D. D, SILVEIRA, R. C. C. P, GALVÃO, C. M. Revisão integrativa:
método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na
enfermagem. Texto & Contexto de enfermagem, v. 17, n. 4, p. 758-64, 2008.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
07072008000400018 > Acesso em: 13/08/2018
MOREIRA T.M.M., DE ALCÂNTARA M.C.M. Enfermagem em estomaterapia:
cuidados clínicos ao portador de úlcera venosa. Rev Bras Enferm, Brasília
2009, nov-dez; V. 62, N. 6, P. 889-93. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/reben/v62n6/a14v62n6 > Acesso em: 10/08/ 2018.
SOBEST. Associação Brasileira de Estomoterapia. Classificação das lesões por
pressão – consenso NPUAP 2016 – Adpatada culturalmente para o Brasil.
Disponível em: <http://www.sobest.org.br/textod/35 > Acesso em: 10/08/ 2018
FIGUEIRA, T. N.; BACKES, M.T.S.; KNIHS, N.S. Elaboração de um guia de
cuidados de enfermagem para tratamento de pacientes com lesões por
pressão
Cuidado é Fundamental, v. 10, Número Especial Fórum Nacional de Mestrados
Profissionais em Enfermagem. 2018. Disponível em:
<http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/7683/665.
> Acesso em: 21/08/2018.
RODRIGUES, M.M; SOUZA, M.S; SILVA, J.L. Sistematização da Assistência de
Enfermagem na Prevenção da Lesão Tecidual por Pressão. Cogitare Enferm. V.
13, n. 4, out/dez, 2008. Disponível em:
<http://www.redalyc.org/html/4836/483648981013/.> Acesso em: 22/08/2018.
MIYAZAKI, M.Y.; CALIRI, M.H.L.; SANTOS, C.B.dos. Conhecimento dos
Profissionais de Enfermagem Sobre Prevenção da Ulcera por Pressão. Rev.
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<http://www.scielo.br/pdf/rlae/v18n6/pt_22.> Acesso em: 22/08/2018.
PRÁTICAS DE CUIDADO DE ENFERMAGEM PARA ALIVIO DA DOR EM UTI
NEONATAL
Ana Julia Niejelski 1; Andrezza Miranda1; Erica Rodrigues1; Thalina Silva1;
Naraiane Costa1; Stefany Caroline Belo1; Denise Faucz Kletemberg2
INTRODUÇÃO: A dor é uma experiência sensitiva e emocional desagradável
associada ou relacionada a lesão real ou potencial dos tecidos. Cada indivíduo
aprende a utilizar esse termo através das suas experiências, no entanto no que
diz respeito ao recém-nascido (RN), a avaliação da dor é considerada um
desafio, devido à ausência de comunicação verbal e aos diferentes níveis
cognitivos desses clientes, tornando-os incapazes de relatar a dor que sentem,
até mesmo por não terem experiências prévias de eventos dolorosos
(BOTTEGA et al., 2014). Nas unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN), os
neonatos são submetidos a estímulos dolorosos resultantes de inúmeros
procedimentos invasivos, tanto diagnósticos quanto interventivos (Marcondes C
et al.2017). Esses procedimentos têm possibilitado a sobrevida de neonatos
criticamente doentes, no entanto, procedimentos como coleta de sangue por
punção arterial, venosa ou de calcâneo, inserção de cateter central, cânula
traqueal e dreno torácico e retirado cutânea de fita adesiva, causam dor
(Carbajal R et al.2008).Nesse cenário, evidencia-se a importância do choro na
identificação da dor. A expressão de dor no recém-nascido, após um estímulo
doloroso, é caracterizada pela emissão do choro em conjunto de modificações
faciais e corporais, além de reações fisiológicas de intensidade e
características variáveis (Medeiros R.2018). JUSTIFICATIVA: Sendo assim
acredita-se ser de suma importância que a equipe de enfermagem que presta
cuidados aos RN, busque medidas que diminuam o sofrimento e a dor dos
mesmos. Portanto, deve-se enfatizar a humanização ao assistir estes, sendo
1Acadêmicos do Curso de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail: Ana125.julia@gmail.com (41) 99581-6799Andrezzamiranda95@gmail.comEricasilva2010@hotmail.comThalinasilva25@gmail.comNaraiane2212@gmail.comStefany510@hotmail.com2Doutora em Enfermagem. Professora do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail: denisekle@yahoo.com.br.
capaz de reconhecer as mudanças comportamentais e fisiológicas, para
administrar o tratamento adequado à dor (Farias LM et al. 2011). OBJETIVO:
Identificar as intervenções que visem minimizar a dor de neonatos em unidades
de terapia intensiva. MÉTODOS: Revisão bibliográfica realizada durante o mês
de setembro de 2018, através da pesquisa via eletrônica, consultando-se a
base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nos banco de dados:
Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base
de Dados de Enfermagem (BDENF) e Sistema Online de Busca e Análise de
Literatura (MEDLINE). Foi utilizado o cruzamento dos descritores: dor and
neonatologia. Os critérios de inclusão foram publicações no período de 2013 a
2018, no idioma português e inglês. A exclusão dos artigos seguiu os seguintes
critérios: percepção de dor em neonatos pela equipe de saúde e familiar;
estudos sobre critérios de avaliação de dor. RESULTADOS: Devido à
inabilidade dos neonatos ao expressar dor, o que indica comportamentos
fisiológicos seriam sinais de alerta quanto ao estímulo doloroso. Essas
alterações incluem mudança facial, movimentos bruscos ou leves feitos pelo
corpo e choro, cortisol salivar, frequência cardíaca alterada como arritmias,
hipertensão arterial, variação na saturação de oxigênio, entre outros. A equipe
de enfermagem, como uma das responsáveis, deveria não só estar atenta aos
sinais expressos pelos recém-nascidos, como também utilizar-se de métodos
para diminuir as agressões sofridas por estes. Alguns métodos não
farmacológicos utilizados pela equipe de enfermagem para o alívio da dor
seriam: evitar luz excessiva, protegendo a incubadora; evitar ruídos e barulhos
desnecessários; nos casos em que isso é possível amamentar o bebe
enquanto é coletado sangue para algum exame diminuindo o choro e evitando
o aumento da frequência cardíaca; segurar o bebê no colo; cantar, conversar
com ele e olhar nos olhos, ainda que seja em ambientes e momentos que não
permitam a presença dos pais, também são atitudes que ajudam muito. Dentre
as medidas não farmacológicas, estudos mostraram que todos os métodos
utilizados têm a mesma eficácia e não trazem risco de vida. O emprego da
sucção não nutritiva e solução glicosada (1 ml de solução a 25%) são alguns
dos mais utilizados. O primeiro pode ser feito com uma luva ou com o seio da
própria mãe, e o segundo impede que mais sinais de dor sejam liberados pelas
células nervosas do neonato. Já nos métodos farmacológicos, destacam-se os
anti-inflamatórios não-esteroidais opioides, sedativos e analgésicos locais. No
entanto, esse uso requer monitorização e vigilância quanto à administração¹.
Colocar os autores das frases. (Farias LM et al. 2011, Marcondes C et al.2017)
CONCLUSÃO: O trabalho em Neonatologia é um processo exaustivo e
permanente, com o objetivo de identificar falhas, fazer a revisão de todos os
processos, além de atualizações constantes, conduzindo a prática a fim de
garantir o bem-estar físico e emocional proporcionado pelo alívio da dor. A área
exige dos profissionais competência técnica e científica e crença na assistência
prestada sem perder de vista os direitos dos pacientes (Oliveira RM at al.
2011). A atuação da área de enfermagem deve ser com muito amor e cuidado
para só assim conseguirem perceber as expressões de dor dos neonatos.
CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA A SAÚDE: A enfermagem deve
promover a gestão do cuidado para identificação dos riscos e implementação
de estratégias adequadas para minimizar a dor em recém-nascidos internados.
Para tanto, faz-se capacitar a equipe a fim de conscientizar sobre a importância
do manejo da dor na assistência, garantindo um atendimento de qualidade e
humanizado (Oliveira RM at al. 2011). A enfermagem é fundamental na
observação, avaliação e ação para aliviar a dor.
DESCRITORES: Dor; Neonatologia; Enfermagem
REFERENCIAS:
BOTTEGA, Fernanda H. et al. Avaliação da dor em crianças e neonatos em
terapia intensiva. Rev. pesqui. cuid. fundam., Rio de Janeiro, v. 6, n. 3, p. 909-
917, jul./set. 2014. Disponível
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Marcondes C, Costa AMD da, Chagas EK et al.Conhecimento da equipe de
enfermagem sobre a dor do recém-nascido prematuro Revista enfermagem
UFPE on line., Recife, 11(9):3354-9, set., 2017Medeiros R,Dor neonatal: o
papel do enfermeiro diante dos protocolos de dor em UTI Disponivel
em :https://www.iespe.com.br/blog/dor-neonatal-o-papel-do-enfermeiro/,maio.
2018, acessado em 18/09/2018.
Oliveira RM, Silva AVS, Silva LMS, Silva APAD, Chaves EMC, Bezerra SC
Medida para alívio da dor em Neonatos. Revista Escola Anna Nery
(impr.)2011 abr -jun; 15 (2):277-283.
A ORTOTANÁSIA COMO BENEFÍCIO AOS PACIENTES EM PROCESSO DE
TERMINALIDADE
Eduardo Fernandes 1, Felipe Dos Santos1, Francisco de Paula1, Josué da Silva1
Renato Eleutério Siqueira1, Luiz Claudio Sobrinho do Nascimento2.
INTRODUÇÃO:A Ortotanásia, também chamada de "eutanásia passiva", consiste
em aliviar o sofrimento de um doente terminal através da suspensão de
tratamentos que prolongam a vida, mas não curam nem melhoram a enfermidade.
Etimologicamente, a palavra "ortotanásia" significa "morte correta", onde orto =
certo e thanatos = morte. (SIQUEIRA,2005) Ortotanásia pode ser definida como o
não prolongamento artificial do processo natural de morte, onde o médico, sem
provocar diretamente a morte do indivíduo, suspende os tratamentos
extraordinários que apenas trariam mais desconforto e sofrimento ao doente, sem
melhorias práticas. O paciente que poderá ser considerado apto para o processo
de ortotanásia será aplicado com noção de respeito e dignidade humana, é
aquele que no seu processo paliativo está atingindo a terceira fase, ou seja,
reconhecendo que todas as propostas terapêuticas e curativas não dão resultado,
e a morte já é aceita como fato, respeitando a vontade do paciente e da família,
cumprindo o princípio ético mais importante da medicina – a não maleficência. Os
estudos e discussões que vêm sendo feitos permitem afirmar que a ortotanásia,
diferentemente da eutanásia, é sensível ao processo de humanização da morte e
alívio das dores e não incorre em prolongamentos abusivos com a aplicação de
meios desproporcionados que imporiam sofrimentos adicionais (PESSINI, op. cit.
2008). JUSTIFICATIVA: A ortotanásia é uma temática pouco discutida pelos
profissionais da área e possui grande relevância para a promoção da saúde, a fim
de integrar e respeitar a dignidade da vida e da morte. Portanto, este estudo
¹ Acadêmico da 3ª série noturna do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. eduardo_moraesneto@yahoo.com.br - (41) 98729-7656.1 Acadêmico da 3ª sérienoturna do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. felipecuritiba90@gmail.com1 Acadêmico da3ª série noturna do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. fsalgario@gmail.com1Acadêmico da3ª série noturna do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. josuedasilvaca@hotmail.com1Acadêmico da3ª série noturnado curso de Enfermagem da Universidade Positivo. renato.siqueira018@gmail.com2 Mestrando em educação nas ciências da saúde, especialista em gestão de serviços de saúde e professor do
Curso de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail: lui.nascimento74@gmail.com.
permite integrar melhorar os profissionais da saúde com relação àortotanásia e
sua aplicação, ressaltando o papel do enfermeiro em pacientes acometidos à
temática(Marta, Hanna, & Silva, 2010). QUESTÃO NORTEADORA: Qual a
caracterização da produção científica a respeito da ortotanásia e qual o papel
do enfermeiro em pacientes acometidos a cuidados paliativos? OBJETIVO
GERAL: Relatar as condições que se aplica a ortotanásia diferenciando da
terminologia Eutanásia, e relatando os benefícios. METODOLOGIA: A
elaboração desse estudo sobre ortotanásia foi uma ação acadêmica elaborada
em setembro de 2018, foi realizada uma pesquisa nas principais bases de
dados disponíveis online e também na literatura impressa. O critério de
inclusão dos artigos foi à relevância para a discussão da ortotanásia, tendo
presentes os seguintes tópicos: caracterização diferenciada do conceito,
reflexões éticas, a prática clínica do final da vida. O presente trabalho não foi
submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Positivo, por se
tratar de um trabalho acadêmico que não será publicado na íntegra.
DISCUSSÃO: Apesar da complexidade do tema e das polêmicas levantadas, a
ortotanásia precisa ser discutida no plano jurídico com o auxílio das ciências
médicas e de seus profissionais. Deve ser considerada a opinião do médico e,
principalmente, a vontade do paciente em estado terminal ou sua família.
Quando houver o desejo de interromper o tratamento, a autonomia individual
deve ser respeitada, uma vez que, em regra, ninguém sabe o que é melhor a si
mesmo do que a própria pessoa. A norma penal deve ser interpretada de
acordo com a lesão ao bem jurídico tutelado, sem ignorar a presença dos
elementos subjetivos do tipo. Na ortotanásia não há dor de lesão ou perigo à
vida, bem ao contrário, pretende-se preservar a dignidade de quem está em
estado precário de saúde, sem expectativa de cura e tomado pelo sofrimento.
Diz o art. 1.º da Resolução 1.805/2006 que “é permitido ao médico limitar ou
suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente em
fase terminal, de enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade da
pessoa ou de seu representante legal”. Após a suspensão da Resolução pela
Justiça Federal, em 2009, houve a edição do novo Código de Ética Médica
(Resolução CFM 1.931/2009), vigente desde abril de 2010, cujo texto, de forma
mais velada, também tratou da ortotanásia. Segundo seu art. 41, parágrafo
único, “nos casos de doença incurável e terminal, deve o médico oferecer todos
os cuidados paliativos disponíveis sem empreender ações diagnósticas ou
terapêuticas inúteis ou obstinadas, levando sempre em consideração a vontade
expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu representante legal”.
O novo Código de Ética Médica determina que, nos casos em que for
interrompido o tratamento, deve o responsável médico utilizar os cuidados
paliativos para evitar o sofrimento do paciente. Quem pratica a ortotanásia tem
como objetivo dentro dos limites de permissão, preservar a dignidade humana
de quem está sofrendo inutilmente e deseja abreviar a própria vida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: O objetivo do trabalho apresentado foi mostrar
que o evento morte é algo complexo, cheio de dilemas éticos e profissionais;
carregado de emoções que precisam ser trabalhadas e discutidas a partir de
princípios éticos, no que se diz á respeito ao paciente terminal. A decisão de
não prolongar a vida é demasiado complexa, mas o limite para investir está
nitidamente ligado à concepção de morte digna aliada à plena consciência das
limitações de intervenção. Concluímos que essa conduta tem âmbito de fazer
com que o paciente tenha o percurso natural da morte sem que tenha
sofrimento nos seus momentos finais de vida. IMPLICAÇÕES PARA
ENFERMAGEM: Enfermeiros presenciam diariamente a morte inesperada de
pacientes, expressam sentimento de tristeza, pena, surpresa, sofrimento. E o
motivo de ficarem surpresos com a situação do inesperado se refere ao fato de
que, embora todo paciente que necessite de cuidados intensivos se encontre
em estado crítico, ainda assim a morte não é bem aceita quando ocorre muito
repentinamente. Quando são mencionados os assuntos relativos às decisões
da limitação de tratamentos de suporte em pacientes com doenças terminais,
as incertezas para os profissionais são inúmeras e sempre acompanhadas de
dúvidas e angústias pessoais. Assim, os enfermeiros enunciam que não é
possível delimitar uma sincronia de conduta perante todos os profissionais,
diante das situações impostas. Nesse contexto, as ações podem se tornar
isoladas e as decisões médicas, em diversos momentos, por não seguirem
uma conduta unânime, contribuem para as indecisões dos enfermeiros diante
das situações que envolvem o fim da vida. Ainda, é percebido certo
desconforto, por parte dos enfermeiros, em virtude da não participação nos
processos decisórios.
DESCRITORES:Cuidados Paliativos e Profissionais de Enfermagem.
REFERÊNCIAS
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CFM nº 1.805/2006. Revista Jus Navigandi, Teresina, v. 12, n. 1468, 9 jul. 2007.
Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/10119>. Acesso em: 10 set. 2018.
Pessini, Léo. A filosofia dos cuidados paliativos, uma resposta diante da
obstinação terapêutica. O Mundo da Saúde 2004; v. 27, n. 1, p. 15-32. Jan-mar.
2003. Disponível em: http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?
IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&e
xprSearch=366409&indexSearch=ID Acesso em: 10 set. 2018
Siqueira JE. Reflexões éticas sobre o cuidar na terminalidade da vida. Rev
Bioética, v. 13, n. 2, p. 37-50, 2005. Disponível em:
http://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/view/106/
111 Acesso em: 10 set. 2018
SÍFILIS NA GRAVIDEZ: PUBLICAÇÕES NACIONAIS FRENTE A
ASSISTÊNCIA DA SÍFILIS NA GRAVIDEZ
Amanda Kohler de Melo1, Gabrielle Arcilio Meller2, Maria Eugênia de Oliveira
Sartório3, Rafaella Rodrigues Ferreira 4, Rafaela Andrade dos Santos5, Giovanna
Batista Leite Veloso6.
INTRODUÇÃO: A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível(IST),
causada por uma subespécie da bactéria Treponema pallidium que tem grande
impacto na saúde, principalmente quando acomete gestantes, pois quando não
tratada é transmitida ao feto por via placentária, ocasionando a sífilis congênita
e levando a grandes possibilidades de má formação congênita.(BECK, SOUZA,
2014).O número de casos de sífilis congênita no Brasil cresce a cada ano e a
prevalência da sífilis na gestação está em torno de 1,6%. As regiões no Brasil
com mais incidência da doença entre 1998 e 2014 são o Sudeste com 45,8%
dos casos e o Nordeste com 31,4%(SINAN,2013). Apesar do emprego das
Políticas de Saúde para diminuir a sua ocorrência a doença tem acometido
gestantes e recém-nascido, portanto é de grande importância o diagnóstico
desta durante o pré-natal, pois assim pode empregar tratamento
precocemente. Para confirmação de sífilis existem exames rápidos que podem
ser realizados como VenerealDiseaseResearchLaboratory (VDRL), em que é
necessário apenas uma amostra de sangue (COSTA, Carolina,2017). O
diagnóstico pode ser efetuado através de métodos não treponêmico e estes
testes devem ser ofertados a todas as gestantes na primeira consulta do pré-
natal e no início do 3º trimestre gestacional.(MINISTÉRIO DA
SÚDE,2013).Neste contexto surgiu a questão que norteou este estudo, qual o
1Acadêmica da 2ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email: amandakohler192200@outlook.com telefone: (41) 99859-03602Acadêmica da 2ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email: gabriellearcilio@outlook.com telefone: (41) 99531-20993Acadêmica da 2ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email: mariaeugeniasartorio@hotmail.com telefone: (41) 99773-24994Acadêmica da 2ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email: rafaellaferreira891@gmail.com telefone: (41) 99632-30735Acadêmica da 2ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email: Rafaandrade1621@gmail.com telefone: (41) 99830-92866Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Professora Adjunta do Curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email: giovannaveloso@up.edu.br.
perfil das publicações nacionais acerca da assistência ocorrência da sífilis na
gestação?JUSTIFICATIVA: Estudos desta natureza destacam e permitem a
reflexão sobre o agravo da sífilis na gestação, e ainda demonstra a forma de
prevenção e tratamento à gestante e seu parceiro. O enfermeiro deve ser o
agente principal na educação em saúde junto a população com vistas à
prevenção e promoção da saúde. OBJETIVO: Identificar o perfil das
publicações nacionais acerca da assistência frente a ocorrência da sífilis
gestacional. METODOLOGIA: No período de julho a setembro de 2018 foi
realizada uma busca bibliográfica a partir de artigos científicos pesquisados na
Biblioteca virtual em saúde (BVS) utilizando os descritores Sífilis and gestação.
Teve como critérios de inclusão: artigos completos, em português, publicados
on line, entre os anos 2014 a 2018. Neste período foram encontrados 2.390
artigos, sendo 867 de textos completos, 233 em língua portuguesa e
selecionados 60 artigos na integra publicados no período de 05 anos, 39 foram
excluídos após leitura do título e em seguida 13 após a leitura do resumo ou
por estarem em duplicidade. A amostra final foi composta de cinco artigos, pois
03 ainda foram retirados após a leitura minuciosa do texto completo.
RESULTADOS: Dos estudos analisados, um foi do ano 2015, dois do ano de
2016, dois do ano de 2017 e dois do ano de 2018. Da leitura dos artigos que
compuseram esse estudo, surgiram ações de assistência e prevenção de sífilis,
realizadas pelos profissionais da saúde às gestantes. Observou-se que a
educação em saúde leva a resultados positivos para a prevenção da sífilis
congênita, demonstrando a importância da atuação também junto aos parceiros
das gestantes, evitando contato futuro com a doença mesmo após o
tratamento. A atuação do enfermeiro deve permitir a extensão na cobertura e
melhora da qualidade na atenção pré-natal, a atenção qualificada e
humanizada por meio da incorporação de condutas acolhedoras, sem realizar
intervenções desnecessárias, fácil acesso a serviços de saúde de qualidade
com ações constituem todos os níveis de atenção à gestante e RN (SHIMIZU,
LIMA, 2017). Para Molero e Natália (2014) as ações de diagnóstico e
prevenção precisam ser reforçadas especialmente no pré-natal e parto, ações
de prevenção deveriam ser realizadas no cotidiano e não após a gravidez. A
enfermagem é de grande importância para enfatizar a atenção do pré-natal. A
consulta serve para a identificação dos fatores de riscos gestacionais com o
intuído de diminuir as complicações na saúde das gestantes, em especial as
que possuem sífilis (SHIMIZU, LIMA, 2017). Para Domingues et.al (2017) o
enfermeiro enfatiza as ações de prevenções e diagnóstico mais precoce
possível no pré-natal, informam as gestantes do seu direito de realizar os
testes da sífilis quantas vezes for necessário durante a gestação e orienta que
o tratamento da gestante com Penicilina Benzatina seja concluído 30 dias
antes o parto, e o tratamento do parceiro seja preconizado (TRIDAPALLI, et.al,
2012). Segundo o Ministério da Saúde (2015) é considerado como atribuição
da Atenção Básica o tratamento das gestantes e de seus parceiros sexuais,
assim como a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o tratamento
das gestantes não alérgicas com penicilina. A Penicilina G, via parenteral, é
considerada a única terapia eficaz para o tratamento de sífilis, redução dos
eventos adversos e prevenção para a transmissão vertical para o bebê
evitando a sífilis congênita. Gestantes alérgicas à Penicilina devem ser
encaminhadas a especialistas e dessensibilizadas em ambiente hospitalar e
posteriormente tratadas com Penicilina. Se o tratamento com a Penicilina for
impossível, as gestantes devem ser tratadas com Eritromicina (estearato) 500
mg, via oral, mas não será considerada tratada e por isso deve ser investigada
e o tratamento da criança deve ser imediato após o parto. (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2015). CONCLUSÃO: Evidencia-se que apesar do tratamento ter
baixo custo e grande eficácia, o índice da infecção ainda é grande e
preocupante. Nota-se que a existência da doença se dá devido as falhas no
seu tratamento o que vem a provocar uma persistência das IST’S na
população, e muitas vezes o grande obstáculo está no tratamento contínuo
tanto da gestante quanto do seu parceiro. Entende-se que a falta de
informação sobre a gravidade da infecção aumenta o número de casos de
sífilis congênita, por isso é de extrema importância o conhecimento da infecção
e da da relação interpesssoal dos profissionais com os pacientes, realizando o
acolhimento e direcionamento dos serviços de saúde corretamente, tornando-
se possível o desenvolvimento de novos programas assistenciais que venham
a emergir maiores resultados e uma redução do número de casos.
CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: A literatura
evidencia que para o profissional de enfermagem existem situações
significativas no seu cuidar junto a gestante e RN, pois ele orienta todo o
cuidado durante o pré-natal e no puerpério. Está em contato com a mulher em
muitos momentos o que favorece a criação de vínculo e oportuniza em uma
necessidade de tratamento um maior engajamento por parte do paciente.
Estudos desta natureza permitem a reflexão sobre o real papel do enfermeiro
como agente de transformação para a melhoria da qualidade de vida da
população.
DESCRITORES: Sífilis Congênita; educação em saúde; cuidados de
enfermagem.
REFERÊNCIAS:
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da sífilis congênita. Acesso em: 01 de julho de 2018. Disponível em:
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LIMA, V. C.; MORORÓ, R.M; MARTINS, M. A.; RIBEIRO, S. M.; LINHARES, M.
S. C. Perfil Epidemiológico dos casos de sífiis congênita em um município
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Disponível em:
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BONI. S.M. Incidência de sífilis congênita e sua prevalência em gestantes
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COSTA, Carolina; et al.2017.Sífilis congênita: repercussões e desafios.
Acesso em: 2 de julho de 2018. Disponível
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MACHADO I.; SILVA V. A. N.; PEREIRA R. M. S.; GUIDORENI C. G.; GOMES
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GESTAÇÃO: DESAFIO PARA ENFERMEIRAS? - Saúde e Pesquisa, Maringá
(PR) (2018) - Acesso em 10 de Setembro de 2018 Disponível em:
http://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/09/912400/6299-30301-1-pb.pdf
SUTO, C. S. S; SILVA, D. L; ALMEIDA, E. S; COSTA, L. E. L; EVANGELISTA,
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f
MINISTERIO DA SAUDE. Penicilina Benzatina para prevenção da Sífilis
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setembro de 2018. Disponível em:
http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2015/Relatorio_Penicilina_SifilisCongeni
ta_final.pdf
STREPTOCOCCUS AGALACTIAE NA GESTAÇÃO
Ana Karolina Lazzari1, Carolina de Fatima Riba Castro¹, Gabriela Machado
Correa¹, Mariana Fatima Zattera¹, Monica Teixeira Morais¹, Sthefany dos
Santos Rodrigues1, Giovanna Batista Leite Veloso2
INTRODUÇÃO: O Streptococcus é um gênero de bactérias gram-positivas e
são classificadas de acordo com a capacidade de causar a lise de eritrócitos.
Aquelas que causam hemólise completa (beta-hemolíticos), hemólise parcial
(alfa-hemolíticos) ou nenhuma hemólise (gama-hemolíticos) fazem parte do
grupo B, que inclui a espécie Streptococcus agalactiae (Nunes; Oliveira, 2015).
Os estreptococos beta hemolíticos do grupo B (EGB) são anaeróbicos
facultativos, não produtores de catalase, homo fermentadores, produtores de
hemolisinas e pertencentes à família estreptococcace (Nogueira et al., 2013). O
Streptococcus agalactiae teve grande importância na medicina veterinária, no
entanto, em 1938 ao ser relacionado a três casos de sepse puerperal passou a
ser reconhecido em doenças humanas, principalmente no período perinatal. De
acordo com Paiva et al. (2017), sabe-se que hoje é considerada uma grave
infecção causadora de meningite, sepse neonatal, aborto séptico, endometrite,
pielonefrite, sepse puerperal e ruptura prematura de membranas, além de
outras infecções perinatais. O trato gastrintestinal é o principal reservatório
desta bactéria, podendo colonizar também o trato geniturinário. Nas mulheres,
esse microrganismo coloniza a vagina e o reto, no entanto a colonização por
EGB em gestantes é assintomática, causando infecções urinárias em 3% a 4%
das mulheres durante a gestação. No Brasil a taxa encontrada em gestantes
pode variar de 5% a 25% e esta varia de acordo com as diferenças
socioculturais, geográficas e com as metodologias bacteriológicas empregadas.
A transmissão da bactéria para o recém-nascido pode ocorrer de vários modos,
1Acadêmicas 2º ano do curso de enfermagem, Universidade Positivo, Curitiba-PR. Email:marizattera@gmail.com. Telefone: (41)99502-0248²Professora Adjunta do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Mestre em enfermagem pela Universidade Estadual de Maringá. Especialista em Saúde da Família pela Universidade Estadual de Maringá e em Infecção Hospitalar pela Universidade Estadual de Londrina. Contato: giovannaveloso@up.edu.br.
sendo mais comum a transmissão vertical no trabalho de parto devido a ruptura
de membranas ou contato com secreções maternas (PAIVA et al., 2017). É
visto que o risco de neonatos apresentarem infecção precoce é de dez a
quinze vezes maior em recém-nascidos prematuros. Isso ocorre porque o
neonato apresenta uma quantidade menor de concentração de imunoglobulina
IgG e imaturidade anatômica e bioquímica, favorecendo, assim, a multiplicação
mais rápida do Streptococcus Agalactiae, causando maior evolução da doença
(OLIVEIRA; TELES; VIANA, 2013). Um dos protocolos que o Center for
Disease Control (CDC) validou em 2010 traz uma diretriz de prevenção
perinatal por GBS e reforça as recomendações de triagem universal no terceiro
trimestre de gestação, principalmente entre a 35º e a 38º semanas. Portanto
uma das principais medidas tomadas para ocorrer a prevenção da infecção da
GBS é identificar e tratar as gestantes, para evitar as ocorrências de problemas
puerperais, principalmente, a infecção neonatal precoce (KISS et al.; 2013).
Após análise desta teoria e conversas com nossos professores do curso,
emergiu a inquietação em estudar o streptococcus agalactiae na gestação. A
partir deste contexto a questão que norteou o nosso estudo foi: Qual o perfil
das publicações nacionais sobre o Streptococcus Agalactie durante a
gestação? JUSTIFICATIVA: Considerando os índices de prevalência de
colonização materna e a susceptibilidade dos recém-nascidos em
desenvolverem infecção, o trabalho é relevante para a compreensão da
patologia e para acautelar os profissionais da saúde, principalmente a
enfermagem, acerca da identificação precoce, prevenção e tratamento.
OBJETIVO: Identificar o perfil das publicações nacionais sobre a presença da
Streptococcus agalactie durante a gestação. METODOLOGIA: Trata-se de
uma revisão integrativa de literatura, objetivando reunir e sintetizar estudos
publicados sobre streptococcus agalactiae na gestação. Para o
desenvolvimento da pesquisa optou-se por seguir as etapas de uma Revisão
Integrativa: Identificação do tema e seleção da hipótese ou questão de
pesquisa; Estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudo;
Definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados;
Avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; Interpretação dos
resultados; Apresentação da revisão (MENDES, SILVEIRA e GALVÃO, 2008).
Para o estudo foram utilizados artigos voltados à temática pesquisada,
publicados no Brasil. Foram definidos como critérios de inclusão: artigos na
íntegra, publicados no Brasil, em língua portuguesa, disponíveis on line, nos
anos de 2014 a 2018. Foram excluídos todos os que não atenderam aos
critérios de inclusão. A Biblioteca Virtual em Saúde foi utilizada para a seleção
dos artigos e a busca dos estudos ocorreu nos meses de agosto e setembro de
2018, com a associação dos descritores: Streptococcus agalactie and
gestação. No período foram encontrados 2481 artigos, destes 810 estavam
disponíveis em texto completo, 25 em língua portuguesa e somente 04
publicados entre os anos de 2014 a 2018, 01 dos artigos foi excluído por não
atender a temática do estudo, sendo a amostra final composta por 03 estudos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dentre os estudos analisados, observou-se
que dois foram publicados em 2015, um em 2016 e um em 2017. Todos os
estudos apontam a importância da identificação precoce do Streptococcus
Agalactiae durante a gestação para o início rápido de tratamento e prevenção
de complicações neonatais. O estudo de Nunes e Schrader (2015) descreveu
que esta bactéria possui um potencial invasivo, principalmente no período
perinatal, que envolve recém-nascidos, gestante e pós-parto, e ainda que o
reconhecimento no trato anogenital das mulheres gestantes é de grande
importância tanto na saúde da mulher, quanto do feto. Outro fator identificado
nos estudos foi a alta prevalência da bactéria nas gestantes e os impactos que
ela leva ao recém-nascido, a pesquisa de Nunes e Schrader (2015) encontrou
um percentual de 40% das gestantes colonizadas por Streptococcus
agalactiae. Já Nunes, Cesconeto e Siqueira (2015) citam que a prevalência de
colonização materna nas diversas regiões do Brasil varia entre 14,6 e 21,6 e
em gestantes colonizadas, a transmissão vertical ocorre em 50% dos casos.
Enquanto Paiva et al. (2017) aponta que essa colonização ocorre de 10 a 35%
nas mulheres grávidas e, desse porcentual, 60% das mulheres colonizadas são
portadoras intermitentes. Nunes, Cesconeto e Siqueira (2015) descrevem ainda
que as complicações mais evidentes são sepse sem foco (27%), pneumonia
(54%) ou meningite (15%). Porém, além da infecção no RN, o EGB pode
causar infecção na gestante ocasionando complicações como: corioamnionite,
endometrite, infecção do trato urinário e sítio cirúrgico. CONCLUSÃO: O
presente estudo possibilitou avaliar o potencial que a bactéria Streptococcus
agalactiae possui para causar infecções humanas, tendo alta prevalência no
período perinatal, sendo considerada uma grande causadora de doenças que
habitua na região genital da mulher e que pode ser transmitida para o feto.
Também foi possível reconhecer que, baseado em estudos, o tratamento
precoce e a prevenção das possíveis complicações são de extrema
importância, o que impacta diretamente na redução da morbimortalidade
neonatal. Destaca-se o papel do enfermeiro na investigação de grupos
gestacionais, assim como na educação em saúde, apoiado em estudos sobre a
bactéria e a disseminação sobre informações como medidas de prevenção
durante o período pré-natal. CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA A
ENFERMAGEM: O estudo contribui para que o profissional de enfermagem
trabalhe não somente no tratamento como, também, na monitoramento da
presença bactéria Streptococcus agalactiae, e na prevenção da sepse
neonatal, pois atua por meio da educação em saúde, busca de gestantes para
realização de exames de controle e ainda na prestação do tratamento
adequado quando este for indicado. Ressalta-se que a discussão sobre a
temática pode levar os profissionais a reflexão sobre sua atuação e ainda
permite avanços na condução dos cuidados prestados pelo enfermeiro.
DESCRITORES: saúde da mulher, gestantes, Streptococcus agalactiae.
REFERÊNCIAS
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OLIVEIRA, Márcio Vasconcelos; TELES, Mauro Fernandes; VIANA, Taís
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>http://www.webfipa.net/facfipa/ner/sumarios/cuidarte/2017v2/198.pdf<.
Acesso em: 30 ago. 2018.
NEW DELHI METALOBETALACTAMASE (NDM-1):
UM NOVO ADVENTO DAS INFECÇÕES NOSOCOMIAIS
Joyce Oliveira¹, Mylena Cruz¹; Suelen Santos.1
Michel M. Dalmedico.2
INTRODUÇÃO. A New Delhi (nome dado em virtude de sua localidade
geográfica) Metalobetalactamase (NDM1) constitui-se em uma enzima
bacteriana responsável por causar resistência a antibióticos (carbapenens)
utilizados para o tratamento de bactérias multirresistentes. Conforme descreve
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2011). A NDM1 foi isolada
em pacientes com infecções comunitárias ou hospitalares que viviam na Índia e
no Paquistão. A Metalobetalactmase é composta por enzimas antimicrobianas
com alta capacidade de inativar os carbapenens. (ANVISA, 2013). Os
carbapenens integram os grupos de antimicrobianos de amplo espectro,
indicados para tratamento de infecções sistêmicas. A resistência a
carbapenêmicos em enterobactérias é um problema de saúde pública mundial,
pela elevada mortalidade e reduzido número de opções terapêuticas. São
responsáveis por cerca de 80% dos casos de infecções nosocomiais, com
taxas de mortalidade em 30 dias de 40% a 50%, devido a produção de
carbapenemases. A ANVISA, com vistas a diminuir a incidência de infecções
hospitalares por enterobactérias elaborou um protocolo de medidas a serem
seguidas por todos os profissionais de saúde, com o objetivo de evitar e reduzir
ao máximo a proliferação e a disseminação da NDM1 (ANVISA, 2013).
JUSTIFICATIVA. Com base nas estatísticas de propagação, infecção e
agravos ocasionados pela NDM1, busca-se realizar um estudo bibliográfico
acerca das técnicas e medidas de prevenção e controle de sua incidência,
pelas equipes de saúde. O estudo justifica-se, pois, é indispensável seu
conhecimento, para que se possa atender ao compromisso de evitar a
dissipação, incidência e prevalência de infecções hospitalares por NDM1, que
1 Acadêmicas da 3ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo, Curitiba-Pr. E-mails: joyce-aparecida59@hotmail.com.br; mylenacrlima@gmai.com; suelen.santos@fcopel.org.br. Contato Telefônico: 41.9.8840.5662.2 Enfermeiro. Professor do Curso de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail: micheldalmedico@yahoo.com.br
incide nas suas áreas de risco. OBJETIVO. Identificar e descrever os cuidados
a serem ministrados de acordo, em especial, com as Notas Técnicas n°
01/2010 e 01/2013 da ANVISA, para conhecer e aplicar as medidas de
prevenção e controle de infecções por enterobactérias multirresistentes NDM1,
que ocorrem em ambiente hospitalar. METODOLOGIA. Estudo do tipo revisão
bibliográfica, realizado em março de 2018. com base nas vivências de campo
no Hospital Cruz Vermelha. O trabalho não foi submetido ao Comitê de Ética e
Pesquisa da Universidade Positivo, por se tratar de trabalho acadêmico que
não será publicado em sua íntegra. RESULTADOS. Segundo Mendes,
Castanheira e Pignatari (2006), apesar de ter sido detectada pela primeira vez
em enterobactérias, esta enzima também já foi encontrada em componentes
não fermentadores de glicose, como Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter
baumannii. Estes são as enzimas que representam risco maior para pacientes
hospitalizados em estado crítico e nas Unidades de Tratamento Intensivo, por
sua grande capacidade de provocar surtos (MENDES; CASTANHEIRA;
PIGNATARI, 2006). O controle de sua disseminação só pode ser alcançado
com amplo esforço multidisciplinar, que inclui, entre outras medidas, a detecção
precoce de pacientes colonizados, a implementação de cuidados e uso de
medidas de precaução de contato, além de realização do tratamento
adequado. Uma vez detectada a presença de um microrganismo
multirresistente, a comunicação deverá ser realizada imediatamente aos
responsáveis pela tomada de decisão no serviço de saúde da instituição; que
em geral é exercido pelo profissional assistente e à Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar (CCIH). Ao tomar ciência, este deverá adotar as medidas
de prevenção e controle, comunicar às Coordenações de Controle de Infecção
Hospitalar do Estado (CECIH), além do Município (CMCIH), Distrito Federal e
também à Anvisa (ANVISA, 2013). Para a prevenção e controle da
disseminação e propagação do agente infeccioso encontrado, é recomendado:
enfatizar a importância e indispensável da higienização das mãos para todos
os profissionais de saúde, os visitantes, familiares e acompanhantes;
disponibilizar todos os insumos necessários para a correta higienização das
mãos (ANVISA, 2010). Também é indispensável disponibilizar continuamente
equipamento de proteção individual, com luvas e aventais e máscaras, para
que o manejo do paciente e das suas secreções seja adequado e seguro. Além
da correta paramentação para trabalhar no entorno do paciente colonizado ou
infectado, deve-se disponibilizar equipamentos e utensílios para o uso
individual do paciente, tais como estetoscópio, esfignomanômetro, termômetro,
talheres e copos, entre outros). (ANVISA, 2010). Também é imprescindível
atentar para as precauções de contato, precauções-padrão, reforçando a
informação no transporte intra-institucional e interinstitucional, caso haja o
translado. Deve-se identificar a área de isolamento ou coorte exclusiva para
pacientes colonizados/infectados pelo mesmo microrganismo multirresistente,
estabelecer a sua condição de isolamento, inclusive no prontuário e nas portas
de acesso; avaliar a necessidade de implementar medidas de coorte em
relação a profissionais de saúde e pacientes; avaliar a necessidade de
implantar coleta de culturas de vigilância, segundo o perfil epidemiológico da
instituição. São medidas de extrema importância a adoção de descolonização
para pacientes portadores de enterobactérias produtoras de carbapenemases e
enfatizar as medidas de prevenção de infecções hospitalares no manuseio de
dispositivos invasivos (MENDES; CASTANHEIRA; PIGNATARI, 2006). As
medidas sanitárias que conduzam à interrupção da assistência em serviços de
saúde devem ser avaliadas criteriosamente, juntamente com as autoridades
locais e os diversos níveis de gestão do sistema de saúde, para manter o
sistema de vigilância epidemiológica das Infecções Relacionadas à Assistência
à Saúde (IRAS) sob controle, de tal forma que permita o monitoramento de
patógenos multirresistentes, em parceria com o laboratório de microbiologia.
Fortalecer a política institucional de uso racional de antimicrobianos (ANVISA,
2013). CONSIDERAÇÕES FINAIS. O desenvolvimento do tema com base em
revisões bibliográficas distintas, e nas medidas técnicas e resoluções
recomendadas pelo Ministério da Saúde, nos permitiu enquanto acadêmicos,
articular muitos dos conhecimentos adquiridos durante o curso com a prática
no ambiente hospitalar e a identificar as medidas a serem seguidas para
prevenir e controlar a proliferação e a disseminação dessa cultura microbiótica
NDM1 por parte da equipe de saúde. Sendo notória a proliferação bacteriana
em ambiente hospitalar por falta de higienização adequada básica, o estudo é
de extrema importância pois contribui com a aquisição de melhor
conhecimento.
DESCRITORES: Infecções Nosocomiais; Controle de Infecções; Proteínas
Associadas à Resistência a Múltiplos Medicamentos.
REFERÊNCIAS
ANVISA. Nota Técnica n. 01/2013. Medidas de prevenção e controle de
infecções por enterobactérias multiresistentes. 17 abr. 2013. Disponível em:
<http://www.saude.mt.gov.br/upload/controle-infeccoes/pasta3/nota-tecnica-01-
2013-medidas-e-prevencao.pdf> Acesso em: 30 ago 2018.
ANVISA. Alerta n.° 01/2011. Detecção de metalobetalacta-mases do tipo NDM
em dois isolados de Klebsiella pneumoniae na Guatemala. Disponível em:
<http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/AlertaKPCNDM281111.pdf> Acesso
em 01 set. 2018.
ANVISA. Plano de contingência dos mecanismos de resistência nas
infecções relacionadas à assistência à saúde causadas por
enterobactérias. RS. 2013. Disponível em: <https://cevs.rs.gov.br/upload/
arquivos/201612/15131 232-placon-11-06-13-versao-final.pdf> Acesso em 05
set. 2018.
ANVISA. Resolução - RDC Nº 42, de 25 de outubro de 2010. Disponível em:
<http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/res0042_25_10_2010.p
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MENDES, R. E.; CASTANHEIRA, M.; PIGNATARI, A. C. Metalo-ß-lactamases
Metallo-ß-lactamases. J. Bras. Patol. Med. Lab. v. 42, n. 2, p. 103-113, abr.
2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S
1676-24442006000200007> Acesso em 02 set. 2018.
A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERANTE A
GRAVIDEZ ECTÓPICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA.
Agny Gomes1;
Caroline de Souza Franqueto2;
Emanuelly Barreto Ferreira 3 ;
Gabrielly Temoteo de Oliveira4;
Milena Cunha Amorim5;
Renata Rayssa Mendes de Aguero6;
Adriana do Rocio Vendrametto Marçal7.
INTRODUÇÃO: A gravidez é o período de crescimento e desenvolvimento de
um ou mais embriões no interior do útero. Tem início com a fecundação onde
há a junção do óvulo com o espermatozoide, normalmente nas trompas de
falópio, e cai na cavidade uterina se implantando. Após a implantação o
embrião e a placenta começam a se desenvolver. A palavra gravidez ectópica é
derivada do grego “ektopos” que significa “fora do lugar” e significa que a
implantação do blastocisto foi fora do revestimento do endométrio uterino, ou
seja, óvulo fecundado se dá em locais inapropriados. Em 98,3% dos casos, há
envolvimento de uma das tubas uterinas. A implantação do blastocisto pode
ocorrer em qualquer região da tuba: ampola (79,6%), istmo (12,3%), fímbria
(6,2%) e corno (1,9%) (CORRÊA, ARGUIAR e CORRÊA JÚNIOR, 2004). De
acordo com o local de implantação assim se classifica a gravidez ectópica
(GE): Tubária (se for nas trompas de falópio), heterotópica (na porção final das
trompas). O feto produz enzimas que o permitem implantar em variados tipos
de tecidos, assim o embrião é implantado em outro lugar que não seja o útero,
podendo causar danos ao tecido ao tentar adquirir suprimentos suficientes de
1Discente do 2º ano do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: agny03@hotmail.com2Discente do 2º ano do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: carolfranqueto@gmail.com3Discente do 2º ano do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: emanuelly_barreto@yahoo.com.br. Telefone: 9984162774Discente do 2º ano do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: gabi_t.o@hotmail.com5Discente do 2º ano do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: milenaamorim4651@gmail.com6Discente do 2º ano do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: reray1999@gmail.com7Docente no curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Contato: avendramentto@hotmail.com
sangue (FONTES, 2008). A maioria das vezes a gravidez ectópica pode não
ser percebida de início pois pode apresentar os mesmos sintomas de uma
gestação habitual, mas alguns sinais e sintomas como, dor pélvica e
sangramentos vaginais podem ser um alerta para a gestante. Uma vez
descoberta precocemente com a ultrassonografia, esta complicação
gestacional terá que dispor de métodos para acompanhamento e tratamento da
gravidez ectópica. Esse tratamento varia desde a utilização de medicamentos
para interromper a gestação como o metotrexate e caso não seja obtido os
resultados esperados, passa a ser indicado o procedimento cirúrgico de
histerectomia, tentando priorizar a vida da mãe. A paciente também pode sofrer
um aborto espontâneo sem saber que teve uma gravidez ectópica, pois as
trompas não podem desenvolver o embrião, e o mesmo não consegue ter
nutrientes suficientes então acaba morrendo e o próprio organismo o expulsa
(FERNANDES, 2004). Ainda segundo Fernandes (2004), dentre as causas e
fatores de risco para a gravidez ectópica durante a vida reprodutiva estão: o
uso de DIU e de citrato de clomifeno, cirurgia tubária anterior, doença
inflamatória pélvica, infertilidade, aborto induzido, aderências pélvicas, cirurgias
abdominais, malformações uterinas, miomas e contraceptivos de
progestágenos. Se essa complicação não for diagnosticada precocemente,
antes de oito semanas de gravidez, a vida da mãe corre sérios riscos. Pois na
evolução dessa gestação, a placenta pode se implantar nos tecidos e órgãos
vizinhos, além de romper vasos calibrosos e causar hemorragias intensas,
tendo que ser realizada histerectomia de urgência e podendo levar ao óbito
materno. Sendo assim, a falta de informação das gestantes e inicialização
tardia do pré-natal podem retardar o diagnóstico e a devida assistência,
podendo ocasionar sequelas ou morte da mãe e do filho. (FERNANDES e
LIMA, 2018). Devido a isso, o profissional de enfermagem tem um papel
importante, pois devem ter conhecimento sobre o assunto para ensinar as
gestantes que chegam ao serviço de saúde com o problema, explicando o que
é a gravidez ectópica e porque a patologia ocorre, retirar dúvidas que possam
existir, orientando sobre os cuidados que devem ser realizados, oferecendo
atendimento humanizado e apoio emocional adequado, abordando tanto os
aspectos físicos, como os psicológicos da mulher estabelecendo confiança e
respeito. Portanto, o enfermeiro deve ser capaz de orientar as gestantes acerca
da problemática, perceber os sentimentos destas mulheres e intervir na
tentativa de ajudá-las a alcançar um maior nível de adaptação, recuperar o
equilíbrio e permitir seu crescimento emocional. JUSTIFICATIVA: O enfermeiro
atua na atenção primária de saúde, prestando assistência ao pré-natal, sendo
capaz de identificar sinais e sintomas de complicações na gestação, então
encaminhado essas gestantes à consulta médica e instituições referenciadas.
E quando confirmada a gravidez ectópica, solidifica-se importância da
assistência de Enfermagem Humanizada com essas mulheres, prestando
cuidado ao bem-estar físico, mental e psicossocial, bem como informar e
relatar sobre essa complicação. OBJETIVOS: Explanar a importância da
assistência de enfermagem no processo da gravidez ectópica.
METODOLOGIA: Este trabalho foi realizado sob a forma de revisão
bibliográfica buscando reunir e avaliar informações obtidas de trabalhos
publicados em diversos tipos de veiculação de pesquisa científica como, artigos
e monografias que fizessem referência ao tema “Gravidez Ectópica” e
“Assistência de Enfermagem na gravidez ectópica”. Selecionou-se assim, a
bibliografia que apresenta concepções, características e tendências sobre o
tema e também aquela que explicita a abordagem teórica e metodológica
utilizada. Para isso, foram inicialmente identificados os trabalhos sobre o tema
disponíveis de forma online; na base de dados gratuitos; no idioma português,
na literatura científica publicados entre os anos de 2004 a 2018, após a fase de
identificação os trabalhos foram revisados, por meio de leitura seletiva, a qual
representou etapa determinante para escolha do material. Na análise inicial
foram identificados 12 artigos nas bases de dados propostas sendo que destes
2 eram repetidos, portanto foram identificados 6 artigos diferentes, sendo que
destes, 1 foi excluído, por não atender aos critérios de inclusão, conforme o
exposto. A amostragem final foi de 6 trabalhos científicos, que foram
selecionados para leitura na integra. RESULTADOS: Ao abordar as questões
psicossociais, o enfermeiro deve ser capaz de ajudar orientando essa mulher
em alguns aspectos como: encaminhar a grupos e programas de apoio, se o
problema for financeiro, garantir assistência e acesso à medicamentos, garantir
também que os programas de instituições comunitárias sejam completados de
modo oportuno, e encaminhar para a assistente social em caso de
necessidades complexas. Também na assistência de enfermagem durante o
período operatório da histerectomia baseiam- se em: avaliação, anamnese,
verificar exames solicitados, sinais vitais, alergias, jejum, remoção de
pertences, puncionar acesso venoso, fornecer informações à paciente, controle
de ações para previnir infecções, contagem e preparo de materiais durante a
cirurgia, manutenção da temperatura corporal, cuidados com mudança de
decúbito no pós, e verificação do sangramento e dor, além de aspectos
psicossociais, dentre outras (GOMES e ROMANEK, 2013). CONCLUSÃO: As
complicações causadas pela gravidez ectópica podem ter como consequências
abalos psicológicos e emocionais, além de ser risco de morte paras as
gestantes. Por isso, ressalta-se o papel fundamental do enfermeiro durante o
processo de descoberta do problema, também no decorrer na hospitalização,
bem como no decurso da recuperação dessa mulher, na tentativa de que
ocorra de forma mais rápida e com menos sequelas, auxiliando a superar
possíveis traumas físicos e psíquicos com maior facilidade, promovendo melhor
qualidade de vida. CONTRIBUIÇÕES PARA A SAÚDE: Por tudo isso, a
relevância deste estudo repousa na importância da detecção e diagnóstico
precoce da gravidez ectópica, condição que necessita de acolhimento precoce
dessa mulher no pré-natal, proporcionando cuidado adequado e tratamento
específico, com acompanhamento minucioso do caso, assim como assistência
adequada e segura, prevenindo complicações e morte materna.
DESCRITORES: Gravidez ectópica, apoio e assistência de enfermagem.
REFERÊNCIAS
FERNANDES, K. V. M. L. e LIMA, C. B.. Gravidez Ectópica: Reflexões
Acerca Da Assistência De Enfermagem. Disponível em:
http://temasemsaude.com/wp-content/uploads/2018/04/18107.pdf. Acesso
em: 25/08/2018
GOMES, I. M. e ROMANEK, F. A. R. M.. Enfermagem Perioperatória:
Cuidados À Mulher Submetida À Histerectomia. Revista Recien. vol.3, nº8,
p.18-24. São Paulo 2013. Disponível em:
http://www.recien.com.br/index.php/Recien/article/view/53/151. Acesso em:
22/08/2018
CORRÊA MD, Melo VH, AGUIAR RALP, CORRÊA JÚNIOR MD. Noções
Práticas De Obstetrícia. 13ª ed. Belo Horizonte: Coopmed, 2004. Disponível
em: rmmg.org/exportar-pdf/1309/v18n3s4a15.pdf. Acesso em: 25/08/2018
FONTES, H. A. F.. Gravidez ectópica e tubária. 2008. Disponível em:
http://www.copacabanarunners.net/gravidez-ectopica.html Acesso em:
26/08/2018.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA TERMINALIDADE DE VIDA
Higor da Silva 1, Maria Fernanda dos santos2, Mirelle Gomes Pereira3, Nátalli
Cachoroski da Silveira4, Rayana Martins5 Michel Marcos Dalmedico6
Introdução: Ao longo da evolução humana, a visão da morte se modificou e
tomou uma proporção diferenciada na vida das pessoas. Para os nossos
ancestrais esta era percebida como uma fase natural da vida. O processo de
morrer era assistido pelos familiares, possibilitando o conforto e a presença dos
entes queridos no final. Cicely Saunders relata que a origem do Cuidado
Paliativo moderno inclui o primeiro estudo sistemático de 1.100 pacientes com
câncer avançado cuidados no St. Joseph’s Hospice entre 1958 e 1965, logo,
em 1982 o Comitê de Câncer da Organização Mundial de Saúde - criou um
grupo de trabalho para definir políticas para o alívio da dor e cuidados do para
pacientes com câncer, e que fossem recomendados em todos os países.
(MATSUMO ,2012). A OMS divulgou sua primeira definição de Cuidados
Paliativos em 1990: “Cuidado ativo e total para pacientes cuja doença não é
responsiva a tratamento de cura” (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE,
2012). Quando se fala desses cuidados no Brasil, muitas barreiras e desafios
ainda precisam ser quebradas, devido a elementos externos como: extensão
territorial, falta de estrutura em espaços físicos, como hospitais para atender a
grande parte da população, além da formação pedagógica para os profissionais
de saúde que apenas na última década se voltou a desenvolver na grade
curricular questões direcionadas ao paciente sem possibilidade de cura
(ARAUJO, 2013). JUSTIFICATIVA: Os cuidados da enfermagem vão além do
cuidado técnico, dessa maneira, deve-se inteirar das vivências não só do
paciente, mas também do cuidador, e compreender os problemas enfrentados
por ele, de modo que possa elaborar intervenções nessa circunstância,
valorizando todas as iminências, tanto físicas como emocionais, sociais,
¹ Acadêmicos da 2ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo, Curitiba-Pr. E-mails: higor1594@hotmail.com; mariafernanda24@yahoo.com; mirellegomespereira@gmail.com; natally.silveira@hotmail.com; anaeraymm@hotmail.com. . Contato Telefônico:(41)99631-79602 Enfermeiro. Curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Email:micheldalmedico@yahoo.com.br.
culturais, espirituais e éticas. OBJETIVO: O objetivo deste artigo é descrever a
abordagem prática ao perfil do paciente em suas últimas horas ou dias de vida,
pois o mesmo necessita de um conjunto de cuidados específicos e adequado
às suas necessidades. Estes cuidados de conforto descrevem um conjunto de
intervenções que permitem o alívio imediato dos sintomas em um doente em
processo de morte. METODOLOGIA: A partir da definição do tema sedação
paliativa na Terminalidade de vida foi escolhido como procedimento
metodológico a revisão integrativa de literatura possibilitando uma ampliada
busca de pesquisas afim de chegar a uma conclusão abrangente matemática
abordada, as seguintes etapas foram adotadas para a realização do estudo:
Foi realizada uma pesquisa por meio de revisão bibliográfica, sobre pacientes
em sua terminalidade, o determinado estudo foi realizado através de dados
coletados em artigos científicos com a intenção de demonstrar o que são
cuidados paliativos, suas finalidades e a assistência prestada pelos
profissionais de saúde. RESULTADOS: Os cuidados do enfermeiro com o
paciente em fase terminal sofreram mudanças pelo longo dos anos, atualmente
o objetivo principal é promover a importância de vida dos pacientes,
principalmente aos que enfrentam uma fase avançada da doença e em que
não há previsão de reverter o quadro, priorizando sempre o melhor interesse
do paciente e repudiando futilidades, em sua concepção, organização e
funcionamento (MANZAN; GIUSTINA; 2018). A fase terminal da doença é tida
como a mais difícil e angustiante. Na última semana de vida, os principais
problemas dos pacientes, geralmente, são administrar à dor, a insuficiência
respiratória, a confusão, seguidos por ansiedade e por depressão. Desta forma,
o enfermeiro tem um papel muito importante nos aspectos práticos, sociais,
físicos e emocionais do paciente, bem como nas decisões a serem tomadas no
fim da vida (REZENDE VL,2018). A assistência ao paciente terminal exige do
enfermeiro e de sua equipe multidisciplinar conhecimentos técnicos para lhe
proporcionar conforto físico, mas também necessita de estudos para suprir as
necessidades psicoemocionais do paciente e de seus familiares; sem esses
conhecimentos não há o envolvimento emocional. (DIAMENTE, 2013).
Podemos exemplificar um dos cuidados paliativos mais realizados pela
enfermagem com pacientes terminais: aumentar a dosagem/quantidade de
medicações analgésicas, administrarem medicações para aliviar o sofrimento
(mesmo tendo conhecimento que elas podem antecipar a morte do paciente),
aconselhamento ou apoio, toque terapêutico e técnicas de relaxamento. Estes
cuidados são identificados como legais diante os principais códigos de ética de
enfermagem (SOUZA; MARQUES,2005). As famílias dos pacientes
necessitam também de cuidados e não devem ser vistas como um auxílio
“técnico” ao trabalho de Enfermagem, mas como indivíduos a serem cuidados
pela Enfermagem (NASCIMENTO; ERP,2008). O conceito de qualidade de vida
é algo extremamente importante para paciente e família, sendo o cuidado
paliativo identificado como uma abordagem que melhora esta qualidade e se
assemelha ao ideal, por meio de medidas e condutas que respeitem e
entendam o indivíduo como ser social, que porte valores, crenças e
necessidades individuais. A enfermagem pode atuar oferecendo suporte ao
doente e o grupo familiar, permitindo também minimizar os medos e
ansiedades e colaborando com a adequada participação de ambos no
processo. (SILVA EP, SUDIGURSKY D, 2012). CONSIDERAÇÕES FINAIS: É
de suma importância para a família que ela reconheça e saiba como cuidar e
suprir as necessidades de um paciente em fase terminal da vida, pois o mesmo
precisa de mais atenção e objetividade em seus cuidados. A pessoa deve estar
nem fisicamente como emocionalmente para poder dar suporte ao paciente,
ajudando a minimizar o medo e a ansiedade.
DESCRITORES: Cuidados paliativos, Terminalidade, Processo de
enfermagem.
REFERENCIAS:
Matsumoto, D. Y. Manual de Cuidados Paliativos ANCP.2012. 25f.-Disponivel
em <http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Manual-de-
cuidados-paliativos- ANCP .pdf > Acesso em 2018.
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unidades de terapia intensiva e implicações na assistência.2009-Disponivel
em-<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-
11692009000500003&script=sci_arttext&tlng=pt> Acesso em 2
CALDEIRA, E.P. 2013.CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES TERMINAIS-
Disponivel em- http://www.ucv.edu.br/fotos/files/CUIDADOS%20PALIATIVOS
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Giwliarda Fernandes Manzan- 2018-A evolução dos cuidados do enfermeiro
com o paciente em fase terminal em duas décadas no Brasil. Disponível
em - <http://revista.faciplac.edu.br/index.php/REFACI/article/view/576/211-
>Acesso em 2018.
Vasconcelos EV, Santana ME, Silva SED.2012.Desafios da enfermagem nos
cuidados paliativos: revisão integrativa. Disponível
em<http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/viewFile/296/158>
Acesso em 2018.
MEDIDAS PARA A PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO
Jéssica Vanessa Fernandes Jesus1Katlin Ukachinski1 Mariana Volpi Pospissil1
Gislene Ricci1 Jeanne Moretti1 Giulia Claudia de Souza Lima1 Denise Faucz
Kletemberg2
INTRODUÇÃO: A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece que a
saúde pública se depara com um sério problema em relação ao diabetes.
Estudos mostram que a previsão para o ano de 2025 é de mais de 350 milhões
de portadores de Diabete Mellitus (DM), e destes, pelo menos 25% terão algum
comprometimento em seus pés em decorrência da falta de prevenção,
orientação do cuidado e falta de controle glicêmico. Estima-se que ocorram
cerca de duas amputações por minuto em decorrência do pé diabético, sendo
que 85% são precedidas por úlceras, que são as causas mais comuns das
hospitalizações. No Brasil se estima uma população de 712 milhões com DM,
484.500 com úlceras, 169.600 admissões hospitalares e 80.900 amputações,
das quais 21.700 teriam como desfecho a morte. (GOLBERT A; ROCHA M. A.
et al. 2017) A diabetes é um distúrbio metabólico causado por defeito na
produção de insulina. O Grupo de Trabalho Internacional sobre Pé Diabético, o
Internacional Working Group on the Diabetic Foot (2015) conceitua pé diabético
como infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos moles associada a
alterações neurológicas e vários graus de Doença Arterial Periférica (DAP) nos
membros inferiores. Existem algumas causas que podem agravar na DM como:
Poli Neuropatia Diabética (PND), as deformidades, traumas, Doença Arterial
Periférica (DAP). Outras condições colocam os pacientes em alto risco como:
Doença Renal do Diabético (DRB), Retinopatia Diabética (RD), condições
sócias econômicas baixas, morar sozinho e inacessibilidade ao sistema de
saúde. (PEDROSA C. H.; 2018) JUSTIFICATIVA: Diante do tema apresentado
1Acadêmicos do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Positivo – Curitiba –Brasil. Contato: jeh_vf@hotmail.com; ketyukachinski@hotmail.com; mariana_mari_3@hotmail.com; gricci@unimedpr.coop.br; jmoretti@unimedpr.coop.br; giuliaclaudiasl@gmail.com;2Doutora em Enfermagem. Professora do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Positivo. Líder do Núcleo de Estudos Cuidado e Ensino em Saúde (NECES) denisekle@yahoo.com.br / 041-99104-2312
a avaliação primária é um dos fatores importantes para prevenir a lesão, com o
objetivo de orientar e proteger o indivíduo de desenvolver a patologia, tendo ela
importante impacto por evitar ou diminuir novos casos. OBJETIVO: Identificar
as medidas para a prevenção do pé diabético, descritas na literatura brasileira.
METODOLOGIA: Revisão bibliográfica realizada no mês de agosto de 2018,
através da pesquisa via eletrônica, consultando-se sites de busca de dados
Google Acadêmico, sendo utilizados os descritores: Pé Diabético e Prevenção
de Doenças. Os critérios de inclusão foram publicações no período de 2013 a
2018, no idioma português, publicadas em periódicos indexados, sendo
excluídas publicações que descreviam ações para o tratamento e
conhecimento dos profissionais sobre o pé diabético. RESULTADOS: Os
achados da pesquisa demonstram que o treinamento da equipe multidisciplinar,
familiares, cuidadores e portadores de DM é fundamental para evitar as
hospitalizações, infecções, amputações. A prevenção efetiva significa atenção
à Saúde de modo integral e eficaz, dentre as ações elencadas se pode
destacar: 1) promover a educação para os indivíduos com DM, seus
cuidadores, equipes de hospitais e centros especializados (níveis terciários e
secundários), bem como atenção básica (nível primário). A nível primário
podemos trabalhar com oficinas, orientações em folders, palestras, fazer
avaliação durante a consulta de Enfermagem (SAE) e fazer os testes
específicos para verificar a sensibilidade. Nos níveis secundários e terciários
também iremos trabalhar com os cuidados das lesões sendo necessário a
orientação familiar e do paciente. Não esquecendo sempre que em todos os
níveis temos que capacitar as equipes multidisciplinares para que tenhamos
um acompanhamento eficaz fornecendo uma boa qualidade de vida ao
paciente; 2) identificar os ricos de ulceração com exames anuais, manter a taxa
glicêmica sobre controle, pois os pacientes só percebem que estão em estágio
avançado quando já estão com uma úlcera ou infecção; 3) intervir para redução
do risco das Úlceras do Pé Diabético (UPDs), como cuidados podiátricos,
cuidados necessários com os pés, como: não lixar os calos, manter os pés
secos e limpos, fazer a hidratação com ureia, corte adequado das unhas,
utilizar meias sem costuras ou do avesso e uso de calçados adequados. Os
calçados ideais para o cuidado são os macios, fechados, confortáveis, com
solados rígidos que ofereçam firmeza. As mulheres devem dar preferência a
saltos quadrados que tenham, no máximo, 3 cm de altura, evitando assim
sapatos apertados, duros, de plástico, couro sintético, saltos muito altos com
pontas finas e sandálias que deixem os pés desprotegidos; 4) tratamento
efetivo e imediato quando houver complicações; 5) auditoria de todos os
aspectos de serviços, assegurando que os cuidados locais sejam efetuados
segundo padrões das instituições; 6) estruturar os serviços com o objetivo de
atender a necessidade dos pacientes crônicos, ao invés de buscar apenas as
intervenções de problemas agudos (GOLBERT A; ROCHA M. A. et al. 2017); 7)
realizar sempre o autoexame, onde o mesmo deve ser feito em local bem
iluminado e caso não houver condições pedir ajuda de alguém, sempre verificar
a existência de frieiras, cortes, calos, rachaduras, feridas, alterações na cor da
pele e da unha e ausência de pelos e diminuição de sensibilidade
CONCLUSÃO: O desenvolvimento do presente estudo, possibilitou a análise,
de como a prevenção pode ser eficaz no diagnóstico do pé diabético. Além
disso, vimos a importância de se ter uma equipe multiprofissional bem treinada,
e preparada para fazer esse tipo de atendimento e orientações à pacientes
com DM, evitando assim inúmeras complicações e internações
desnecessárias. A prevenção é a base para diminuir internamentos,
amputações e gastos hospitalares. Precisamos investir em prevenção ao invés
de trabalharmos só com os tratamentos, agir na atenção primária monitorando
e rastreando os DM, as suas complicações, e fazer um trabalho realmente
efetivo com os multiprofissionais, familiares, cuidadores e com o próprio
diabético, sobre a prevenção do pé diabético. CONTRIBUIÇÕES/
IMPLICAÇÕES PARA A SAÚDE: A conscientização dos profissionais e
pacientes da necessidade da prevenção do pé diabético promoverá melhoria
na qualidade de vida dos indivíduos portadores do diabetes e diminuição dos
gastos públicos, podendo ser revertido esse valor para a educação continuada
e prevenção.
Descritores: Pé Diabético, Prevenção de Doenças, Diabetes Mellitus.
REFERÊNCIAS:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes e Posicionamentos, SãoPaulo, 2017. Disponível em: <https://www.diabetes.org.br/profissionais/publicacoes/diretrizes-e-posicionamentos-1> Acesso em: 20/08/2018.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA. Pé Diabético, Disponível em: <https://www.endocrino.org.br/pe-diabetico/> Acesso em: 23/08/2018.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderno de Atenção Básica n. º16, Brasília - DF, 2006.Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diabetes_mellitus.PDF> Acesso em: 20/08/2018.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual do Pé Diabético – Estratégias para o Cuidado daPessoa com Doenças Crônicas, Brasília-DF, 2016 Disponível em: <http://www.sgas.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/sites/105/2016/06/manual_do_pe_diabetico.pdf> Acesso em:20/08/2018.
SECRETÁRIA DE SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ. Linha Guia de DiabetesMellitus, Paraná, 2018 Disponível em: <http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/linhaguiadiabetes2018.pdf>Acesso em: 23/08/2018.
SANTOS, Cristina Ramos Vieira SANTOS, Isabel, VIEIRA DE SOUZA, Wayner,
et al, Prevalência de pé diabético e fatores associados nas unidades de
saúde da família da cidade do Recife, n. º 10, Pernambuco, Brasil, em 2005,
Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/csp/v24n12/15.pdf > Acesso em:
30/08/2018.
NECESSIDADES DE SAÚDE DO IDOSO: ELEMENTOS PARA PRÁTICA DA
ENFERMAGEM
Carla Fabiane Rodrigues dos Santos1
Laise Chemin Iank2
Jocyara Geapper Franco de Godoy3
Wanessa Santos de Oliveira4
Marineide Fogaça de Souza5
Maria Elisa Brum do Nascimento6.
INTRODUÇÃO: A enfermagem tem como foco o cuidado nos diferentes ciclos
da vida, com graus de complexidade variável, promovendo a reabilitação física,
a prevenção e promoção de saúde da pessoa assistida (MARIANO;
CARREIRA, 2016.). A experiência em prestar cuidados de enfermagem ao
idoso doente é desafiadora, exige enfrentamento, pois a pessoa nessa
condição apresenta situações críticas como a existência de várias doenças
crônicas e os cuidados exige mais tempo (os idosos possuem algum grau de
dependência funcional) (SOUZA; RIBEIRO, 2013). A Politica nacional da
pessoa Idosa (PNI) tem como propósito central recuperar, manter e prover a
autonomia e a independência dos idosos, por meio do desenvolvimento de
ações individuais e coletivas em consonância com os princípios do Sistema
único de saúde SUS) (BRASIL, 2006). A assistência da enfermagem consiste
numa ação práxica, ocorre de acordo com a demanda da clientela, numa
dimensão não apenas biológica, pois a pessoa percebe suas necessidades
demandando um tipo de ação de saúde que provoca satisfação em suas
1Acadêmica de Enfermagem da 2º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: carla.Fr.santos@hotmail.com 2Acadêmica de Enfermagem da 2º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: laisechemin@hotmail.com 3Acadêmica de Enfermagem da 2º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: jocyaraf@gmail.com4Acadêmica de Enfermagem da 2º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: wanessa_oliveira@outlook.com5Acadêmica de Enfermagem da 2º série, Curso de Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil Email: marineidefsouza@gmail.com6Doutora em Enfermagem, Professora da Graduação e Pós-Graduação e Enfermagem, Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. Email: melbrum.brum@gmail.com
expectativas (LIMA; TOCANTINS, 2009). A ação de enfermagem conforma um
processo interativo, que carrega significados para quem realiza (enfermagem)
e para aqueles que recebem (cliente). Assim dentre as ações não
técnicaestabelecidas pelo profissional, está o entendimento da necessidade do
vivido e sentido pela pessoa sob cuidados (OLIVEIRA, 2002). A concepção da
necessidade de saúde da pessoa assistida no contexto da enfermagem apoia-
se na compreensão do mundo biológico, psicológico e social geridos por um
tipo de relação em cada estímulo, o ser humano reage com uma resposta que
busca adaptação a nova condição (LIMA; TOCANTINS, 2009).
JUSTIFICATIVA: Acresce que, o envelhecimento populacional elevado
aumenta as demandas sociais, econômicas e produz uma mudança no perfil de
adoecimento, traz repercussões para atenção a saúde e politicas públicas que
passam a enfatizar a promoção à saúde, manutenção da autonomia e gerando
impacto nas formas deatendimento ao idoso (MARTINS et al, 2007). O cuidado
ao idoso dependente demanda a execução de atividades que envolvem esforço
físico, concentração e planejamento, e muitas vezes com o tempo esses
profissionais vivenciam o desgaste físico e emocional, pois convivem com o
sofrimento dos idosos e seus familiares, com a finitude da vida e situações que
geram impotência (KESSLER; KRUG, 2012). Esse estudo torna-se relevante,
uma vez que pode disponibilizar elementos aos profissionais de saúde, em
especial aos enfermeiros, pensar o cuidado e estratégias fundamentadas na
realidade dos idosos sob seus cuidados e suas necessidades. E ainda poderá
contribuir com a nova visão de atenção a saúde partir da assistência de
enfermagem, o processo de sistematização das práticas com a população
idosa. OBJETIVO: Identificar nas publicações cientifica os estudos que
abordam as necessidade de saúde da população idosa e suas implicações
para enfermagem. MÉTODO: Realizou-se uma revisão bibliográfica sobre o
cuidado a pessoa idosa e as necessidades de saúde, considerando artigos
científicos, teses dissertações, livros e capítulos de livros dos últimos cinco
anos, na base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana do Caribe em
Ciências da Saúde) e BDENF (Base de Dados de Enfermagem). Após a
leitura previa dos resumos dos trabalhos levantados, foram selecionados os
pertinentes ao objetivo desta investigação. RESULTADOS: Os estudos
indicam que atuação do enfermeiro como aliado dos cuidadores familiares
de idosos com Alzheimer, mostra-se essencial para engajar a família de
forma ativa no cuidado, e deverá buscar minimizar dificuldades e situações
de estresse causados pela doença de Alzheimer a partir da capacitação do
cuidador (MATOS; DECESARO, 2012). O acolhimento, acessibilidade à
informação e ao conhecimento, respeito, vínculo, identidade e
responsabilidade são apontados como traços principais na compreensão
das interações entre profissionais de saúde, pacientes e familiares e na
construção do cuidado (HAMMERSCHMIDT, LENARD, 2010). Esses são
elementos essenciais ao atendimento dos idoso e na construção do cuidado
empoderador, que propicia ao idoso ser protagonista do processo, estimulando
o cuidado de si, por terapêutica entre idoso, profissional e família. Os usuários
mostram satisfação com ao atendimento da enfermeira em virtude da escuta,
acolhimento e resolutividade de suas necessidades de saúde e a insatisfação
decorre da postura profissional (SANTOS et al, 2016). O resgate da ética numa
perspectiva de envelhecimento digno perpassa por diversas discussões na
sociedade que envelhece e, especificamente, entre os profissionais de saúde
que atuam nas instituições hospitalares. A atitude de cuidado requer respeito
ao direito do paciente na tomada de decisão sobre a sua doença e o seu corpo,
exercitando o respeito à dignidade humana como prática no cotidiano
hospitalar (CARRETTA; BETINELLI; ERDMANN, .2011). Partilhar as decisões
no cuidado ao idoso assinala o caminho do princípio ético da autonomia,
especificamente nessa população que tem sua capacidade tão discutida.
Assim, os profissionais devem estar capacitados para ofertar cuidado de
acordo com a demanda dos idosos e com o tipo de serviço proposto, seja na
consulta de enfermagem, na assistência, serviço domiciliar entre outros
(FERREIRA; BANSI; PASCHOAL, 2009). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esse
estudo evidenciou que a orientação e assistência realizada pelo enfermeiro é
de extrema importância nos cuidados ao idoso, fundamental como elemento
facilitador, oferecendo suporte acolhedor na difícil trajetória desta fase da vida
as doenças, dificuldades no autocuidado, problemas e enfrentamento, da
senilidade. CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: O
estudo possibilitou refletir sobre o papel da Enfermagem no cuidado do idoso e
identificar a necessidade de valorizar ações que podem ser feitas para
melhorar o atendimento. Os profissionais de enfermagem através do cuidado
de enfermagem podem contribuir significativamente para a construção da
autonomia e participação das pessoas idosas na tomada de decisão sobre
suas necessidades de atenção ou cuidado à sua saúde.
DESCRITORES: Saúde do idoso. Cuidados de enfermagem. Necessidades de
saúde.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no. 2.528: Aprova a Política Nacional daPessoa Idosa. Diário Oficial República Federativa do Brasil. Out. v. 237(20)4,2006.
CARRETA, M.B.; BETINELLI, L.A.; ERDMANN, A.L. Reflexões sobre o cuidado
de enfermagem e a autonomia do ser humano na condição de idoso
hospitalizado. RevBrasEnferm, v.64, n.5, p.958-62, 2011.
FERREIRA, F.P.C.; BANSI, L.O.; PASCHOAL, S.M.P.Serviços de atenção ao
idoso e estratégias de cuidado domiciliares e institucionais. Rev. Bras. Geriatr.
Gerontol., v.17, n.4, p. 911-926, 2014.
HAMMERSCHMIDT, K.S.A.; LENARDT, M.H. Tecnologia educacional
inovadora para o empoderamento junto a idosos com diabetes mellitus. Texto
Contexto Enferm, v.19, n.2, p.358-65, 2010.
KESSLER, A.I.; KRUG, S.B.F. Do prazer ao sofrimento no trabalho da
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LIMA.C.A.; TOCANTINS, F.R. Necessidades de saúde do idoso: perspectivas
para a enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 62, n. 3, p.367-373,
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MARIANO, P.P. Prazer e sofrimento no cuidado ao idoso em instituição de
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Nery, v. 20, n.4, 2016.
MARTINS, J.J. et al. Educação em saúde como suporte para a qualidade de
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MATOS, P.C.B.; DECESARO, M. das N. Características de idosos acometidos
pela doença de Alzheimer e seus familiares cuidadores principais.
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OLIVEIRA DC. A categoria necessidades nas teorias de enfermagem:
recuperando um conceito. RevEnferm UERJ RevBrasEnferm, Brasília 2009
maio-jun; v.62, n.3, p.367-73. 373 in: Necessidades de saúde do idoso:
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SANTOS, F.P.A. et al. Práticas de cuidado da enfermeira na Estratégia Saúde
da Família. RevBrasEnferm, v.69, n.6, p.1124-31, 2016.
SOUZA, L.; RIBEIRO, A. P. Prestar cuidados de enfermagem a pessoas idosas:
experiências e impactos de Saúde. Saúde Soc,v.22, n.3, p.866-877, 2013.
A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS CUIDADOS
PALIATIVOS, SOB A ÓTICA DA TEORIA DE WANDA A HORTA: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA
Allany Sampaio¹ Karla Danielly1; Luiz Sobrinho do Nascimento².
INTRODUÇÃO: o cuidado paliativo atualmente tem como princípio restabelecer
a integridade perdida e a concretização de “sofrimento”, sendo no âmbito
psicossocial, espiritual, emocional e física (esses conjuntos de rudimentos é
chamada de dor total), o cuidado paliativo procede quando não há mais
efetividade nos tratamentos, assim visando a melhorar a qualidade de vida do
paciente e familiar. Os cuidados ocorrem quando o paciente em alguns casos
se tornam dependente total e pode durar por período curto ou longo prazo,
essa ação ocorre quando pressupõem uma equipe de multiprofissionais, já que
os cuidados visam os aspectos do paciente. Os profissionais de saúde que
possuem mais contato com pacientes em fase terminal são os enfermeiros, que
utilizam conceito OMS de cuidados para definir as formas adequadas do
cuidado, porém sempre se baseando nos conhecimentos da fisiopatologia da
doença para estabelecer junto o conforto e as necessidades. A teoria Wanda a
Horta diz que se deve entender o ser humano como um todo, desde do seu
estado enfermo até psicológico, pois esses fatores interferem no seu
desenvolvimento, sendo assim é possível correlacionar a teria com os cuidados
paliativos, conhecida como “ A boa morte”, voltando às necessidades humanas
básicas, patológica e afetiva. JUSTIFICATIVA: Este estudo se justifica na
medida em que se faz necessário caracterizar as publicações brasileiras sobre
o tema, de modo a permitir um melhor conhecimento sobre a importância da
assistência de enfermagem nos cuidados paliativos. PERGUNTA
NORTEADORA: Como se configura a produção de artigos na literatura
1 Acadêmicas da 3° série do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Positivo. karla.danielly60@gmail.comUniversidade Positivo. allannysampaio@outlook.com2 Professor do curso de graduação de Enfermagem da Universidade Positivo.
brasileira sobre a assistência de enfermagem nos cuidados paliativos entre os
anos de 2000 a 2017? OBJETIVO: Identificar o perfil de produção cientifica
online nacional, acerca da importância da assistência de enfermagem nos
cuidados paliativos e a relacionando com a Teoria de Wanda Horta.
METODOLOGIA: O presente estudo tem como metodologia a revisão
integrativa, a qual tem o propósito de reunir e fundir os resultados de pesquisas
sobre o tema escolhido de uma forma sistematizada e organizada, sendo então
um instrumento para que tenhamos mais conhecimento sobre o tema. Além de
apontar lacunas no conhecimento específico que permitirão novos ensaios
sobre a temática estudada. (MENDES, SILVEIRA e GALVÃO, 2008). Foi
utilizada para a busca de dados a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sendo
estabelecidos como critérios de inclusão artigos completos, publicados entre
2013 e 2017, disponíveis online, no idioma português. Os artigos que não se
enquadraram nestes critérios foram excluídos do estudo. Para a busca foi
utilizada a associação entre os descritores processo de enfermagem e
assistência de enfermagem aos cuidados paliativos. Foram encontrados sete
(7) artigos, destes 5 estavam disponíveis em texto completo, somente cinco (5)
no idioma português. Já com relação aos anos estabelecidos para o estudo
cinco (5) estavam disponíveis, destes somente três (3) artigos foram
selecionais para a leitura dos resumos e após esta análise a amostra final foi
estabelecida em dois (2) artigos. Ressalto que este trabalho não foi submetido
ao Comitê de Ética por se tratar de um trabalho acadêmico que não será
publicado na íntegra. RESULTADOS E DISCUSSÕES: as atividades
educativas dos profissionais de enfermagem vêm sendo abordada em vários
momentos pelas figuras representativas da área. Os dois artigos que fora
analisado demonstrou-se avanços da ciência e seus atributos contribuído para
as especializações que, em certos momentos foge dos preceitos fundamental
da assistência ao ser humano e as necessidades (que sempre é reforçado pela
Wanda), porém a “diversidade de abordagens e falta de estudo rigoroso, torna
difícil recomendar a melhor abordagem baseada em evidências para educar
Enfermeiros em cuidados paliativos” (Pesut et al., 2014) com os seus
pacientes, essa base aponta que o profissionais se sentem desconfortáveis
para ir além do cuidados patológico e saber analisar o paciente como um todo,
por não haver muitas bases científica aos cuidados paliativos aplicada no
conhecimentos nas teorias já conhecida como: lei do equilíbrio - homeostase
ou homeodinâmicatodo – “[...] o universo se mantém por processos de
equilíbrio dinâmico entre os seus seres” (HORTA, 1979, p 28); A lei da
adaptação – “[...] todos os seres do universo interagem com o seu meio externo
buscando sempre formas de ajustamento para se manterem em equilíbrio”
(HORTA, 1979, p. 28); A lei do holismo – “[...] universo como um todo, o ser
humano é um todo, a célula é um todo não é mera soma das partes
constituintes” (HORTA, 1979, p. 28), visando que as teorias são relacionadas
ao paciente, Wanda utiliza a classificação proposta por João Mohona, pois ele
aborda as necessidades psicobiológicas (oxigenação, hidratação, nutrição,
eliminação, sono e repouso), necessidades psicossociais segurança (amor,
liberdade, comunicação, criatividade, aprendizagem) auto realização,
autoestima, participação, autoimagem, atenção e por fim as necessidades
psicoespirituais, que são: religiosa, ética ou de filosofia de vida. Já no outro
artigo selecionado para AZEVEDO (2002, p.23) a “comunicação é uma parte do
cuidar adquirido pelos profissionais em forma de competência interpessoal”, e
não sendo necessário o desenvolvimento de ferramentas para avaliar a eficácia
das iniciativas de educação voltadas para o ensino de cuidados paliativos (Frey
et al., 2013). Portanto percebeu-se que quando à uma ótica de conhecimento à
humanização com base científica ao que está sendo aplicado ao paciente, se
torna um cuidado mais humanizado e deixando o profissional mais seguro das
suas ações e limitações, porém com apoio, pois o cuidar de quem cuida é
essencial, para que processo de morrer com os profissionais de saúde seja
efetiva de forma emocional, assim não criando uma barreira com os pacientes
e dando o melhor tratamento para uma morte sem sofrimento. É importante
assegurar que haja espaços e apoio psicológico para expor os medos,
angústias e frustrações dos profissionais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: desvela-
se neste estudo que, os profissionais de enfermagem, que dão assistência ao
paciente terminal e seus familiares, buscam limitações por ser uma tarefa
difícil, por isso muitas das vezes acaba-se evitando à empatia, deixando de
aplicar a teoria Wanda e as práticas citadas na OMS, pois a morte acabasse se
tornado corriqueira no dia a dia da equipe, evitando os princípios determinado
por Wanda. Portanto, falta estudo rigorosos no cuidado paliativo humanizado.
IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM: os artigos encontrados dão ênfase no
cuidado da patológico do paciente, não havendo muitas citações em relação
aos cuidados interpessoais que é extrema importância no cuidado paliativo, por
isso seria adequado as instituições hospitalares e os profissionais oferecer
apoio psicológico à equipe de enfermagem que trabalha com pacientes em
iminência de morte, pois somente aprendendo a lidar com seus próprios medos
e limitações relacionadas ao processo, o profissional poderá ter mais
comunicação e contato com paciente, de acordo com as expectativas do
mesmo e sua família, englobando não apenas seus males físicos, mas também
os aspectos interpessoais que permitem o cuidado humanizado e as
necessidades básicas.
DESCRITORES: processo de enfermagem, assistência de enfermagem e
cuidados paliativos.
REFERÊNCIAS
MENDES, Karina Dal Sasso; SILVEIRA, Renata Cristina de Campos Pereira;
GALVÃO, Cristina Maria. Revisão integrativa: método de pesquisa para a
incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto
Enferm, Florianópolis, v. 17 p. 4, p. 758-64, out.-dez., 2008. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/tce/v17n4/18.pdf>. Acesso em:31/08/2018.
HOME CARE: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR
Alicia Mariana Ribeiro de Souza¹, Amanda Verginia Silveira Farias¹, EmanueleAraujo¹, Greicy Hellen Oliveira dos Anjos¹, Vitória Carolina Lopes de Oliveira¹
Michel Marcos Dalmédico²
INTRODUÇÃO: A Assistência Domiciliar (AD) também conhecida por Home
Care é um conjunto de atividades prestadas em domicílio às pessoas
clinicamente estáveis que exigem estremo cuidado, mas que possam ser
mantidas em casa (Ministério da Saúde, 2012). Diante da crescente população
idosa no País o atendimento à saúde em domicílio surge como proposta de
cuidados para a promoção da Atenção à Saúde(WACHS; LOURIELE.2016)
referente a isso a (AD) veio a ser mais procurada já que é destinada a
pacientes idosos mais vulneráveis e também para pacientes com doenças
crônicas ou degenerativas, problemas respiratórios, danos neurológicos ou
com debilidade motora, além de oferecer suporte nutricional com o menor risco
possível. (MELLO,2016). OBJETIVOU-SE descrever as atribuições do
enfermeiro no âmbito da Assistência Domiciliar. METODOLOGIA Trata-se de
revisão integrativa de literatura. Para a construção desse estudo foram levadas
em consideração as seguintes etapas: definição do tema; elaboração da
questão norteadora; estabelecimentos de critérios de inclusão e exclusão de
dados; analise e interpretação dos resultados e elaboração de revisão,
questionando quais seriam as atribuições do enfermeiro nesta área. Adotaram-
se como critérios de inclusão: Estudos disponíveis na íntegra, redigidos em
língua portuguesa, publicados entre os anos de 2014 a 2018, que retrataram a
temática estudada, disponíveis na biblioteca Scientific Electonic Library Online
(ScIELO), considerando a combinação dos seguintes descritores: Assistência
Domiciliar; Cuidados de Enfermagem; Pacientes Domiciliares. Enquanto
critérios de exclusão foram descartados: artigos incompletos que não atendiam
o objetivo da pesquisa ou com os idiomas não correspondentes da escolha, e
que não atendiam aos demais critérios de inclusão. RESULTADOS: Nas
atividades assistenciais, pode-se identificar que os enfermeiros realizam uma
avaliação do paciente/usuário e da família, no local onde ele se encontra,
residência ou no hospital em que se encontra internado e avalia se o paciente
poderá ser incluído no programa de assistência domiciliar. Para a assistência
domiciliar, com acompanhamento 24 horas por dia, são necessários, no
mínimo, dois técnicos de enfermagem por turno, sendo que o responsável
dessa equipe é o enfermeiro-referência do paciente o qual avalia o paciente
como um todo e realiza procedimentos técnicos (Andrade AM, 2013). As
principais leis decretadas pelo Conselho Federal de Enfermagem, sobre as
atribuições em Assistência Domiciliar são: Avaliar as condições do ambiente do
paciente, de seu domicílio, durante todo o atendimento; Planejar o número de
visitas que atenderão as necessidades do paciente; Deixar claro para todos os
familiares e paciente sobre as condutas do atendimento; Manter o paciente e
familiar informados sobre o diagnóstico, respostas e evoluções; Planejar,
organizar, coordenar, supervisionar e avaliar a prestação da assistência; Atuar
de forma contínua na capacitação da equipe; Executar cuidados de
enfermagem; Coletar dados (Histórico de Enfermagem); Fazer diagnósticos,
planejamentos, implementações e avaliações de enfermagem; Sua rotina
engloba visitas pré-agendadas ou quando existe alguma urgência para prestar
cuidados ao paciente.(MELLO, 2016). DISCUSSÃO: Os autores analisados
consideram que a Atenção Domiciliar, é um atendimento feito por profissionais
da área da saúde à domicilio, para que o paciente possa dar continuidade em
um tratamento hospitalar, sem necessidade da permanência em um hospital,
nesta área se trabalha principal com idosos mais vulneráveis e ou pacientes
com doenças crônicas, degenerativas, problemas respiratórios, danos
neurológicos ou com debilidade motora. A presença da Equipe de Enfermagem
é indispensável nas empresas de prestação de cuidados domiciliares tanto nas
empresas públicas como nas privadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Analisando as publicações encontradas evidenciou-se a relevância da inserção
do profissional enfermeiro no contexto do atendimento domiciliar, com ênfase
na prevenção e promoção à saúde.
DESCRITORES: Assistência Domiciliar; Enfermagem; Conhecimento
REFERÊNCIAS:
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Singularidades do trabalho na atenção domiciliar: imprimindo uma nova
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