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A Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA) como experiência de produção e disseminação das informações em saúde. Jacques Levin João Baptista Risi Jr Maurício Gomes Pereira - PowerPoint PPT Presentation

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A Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA) como experiência de produção e disseminação das informações em saúde

Jacques LevinJoão Baptista Risi Jr

Maurício Gomes PereiraSeminário “As tecnologias de informação e comunicação no setor

saúde: potencialidades e desafios para a gestão do SUS”Rio de Janeiro, 14 de Julho de 2010

Os dados sobre saúde no Brasil refletem a realidade?

Para alguns, sim: há credibilidade

Há situações em que os números absolutos não refletem a realidade, mas são suficientes para vários propósitos (tendência, distribuição, grupos populacionais)

Outros, não: são fragmentados, desarticulados, dispersos em várias fontes

Situação atual

Temos muita informação padronizada.

Houve um salto de qualidade nos últimos tempos.

Há ainda um longo caminho a percorrer.

Antecedentes

Contexto complexo de relações institucionais.

Vários mecanismos de gestão e financiamento.

Três estruturas governamentais: federal, estadual, municipal.

Diversos setores envolvidos na produção de informações, cada qual com sua própria dinâmica.

Tradição na área de informações em saúde

Coleta de dados no interior de programas e serviços: materno-infantil, escolar, tuberculose.

Cobertura e qualidade variáveis.

Difícil acesso. “Os meus dados.”

Nenhuma padronização entre as bases.

Compilação de estatísticas dispersas: resultados decepcionantes. Inútil para conhecer, refletir, recomendar, agir.

Desafios

Muitas informações

Necessidade de conhecer a situação.

Necessidade de padronizar as informações.

Necessidade de melhorar qualidade, facilitar acesso, incentivar uso.

O uso melhora a qualidade.

Desafios

Década de 1990: um novo cenário.

Elementos facilitadores para a melhoria da informação. Maior acesso:

– Microcomputadores pessoais

– Internet

Origem da Ripsa

Ponto de partida, 1995, OPAS: “Iniciativa Regional de Dados Básicos em Saúde”.

Criação de um conjunto mínimo de dados e indicadores, coletados anualmente para os países das Américas, permitindo caracterizar a situação e tendências.

Ripsa, 1996.

Ripsa:Linhas Gerais

Objeto: análise da situação de saúde e suas tendências

Propósito: subsidiar políticas públicas de saúde (formulação, gestão e avaliação)

Conteúdo: sistematizar, qualificar e analisar dados e informações já disponíveis

Ripsa:Linhas Gerais

Método de trabalho: processo interinstitucional de construção coletiva

Produtos: resultados de consenso

Ripsa:Alguns princípios

A gestão do setor saúde é tão complexa que não pode prescindir de informação estratégica, tratada apropriadamente (nó crítico).

As informações necessárias à gestão do sistema de saúde transcendem a produção própria do setor (intersetorialidade).

Ripsa:Alguns princípios

O processo decisório em saúde requer contínua sistematização e análise de informações (núcleo organicamente constituído).

As instituições produtoras de informações-chave devem participar ativamente (mecanismos estáveis de parceria)

Ripsa

Conjunto de entidades.

Cada uma mobiliza seus próprios profissionais, bases e outros recursos.

Para desenvolver, via consenso, uma base de dados de indicadores.

Rede Interagencial de Informação para a Rede Interagencial de Informação para a Saúde Saúde

Eixos organizativos da informação para a gestão

Conjunto de indicadores básicos: definição, qualificação, revisão, atualização, disseminação.

Fontes e processos de informação: desenvolvimento e uso de sistemas e bases de dados; tecnologias de informação.

Rede Interagencial de Informação para a Rede Interagencial de Informação para a Saúde Saúde

Eixos organizativos da informação para a gestão

Conteúdos temáticos: sistematização de estudos, investigações e análises sobre problemas de saúde específicos, ações, programas e políticas.

Informes de situação de saúde e tendências: análise de temas para a agenda política de saúde, que requerem ação intersetorial.

Rede Interagencial de Informação para a Rede Interagencial de Informação para a Saúde Saúde

RIPSA: Estratégia de mediação

Promover interações institucionais para desenvolver a área de informação em saúde no Brasil.

Oferecer espaços de convergência para a construção coletiva de produtos de interesse comum, definidos consensualmente.

Contribuir propositivamente, sem interferir na dinâmica gerencial das instituições.

RIPSA: Componentes institucionais

Setor saúde – produção de informação e gestão do SUS

Outros setores – informação sobre determinantes da saúde

Universidades – ensino e pesquisa em saúde pública

Sociedades científicas – uso e disseminação de informação em saúde

RIPSA: Componentes institucionais

RipsaInstâncias operativas

Oficina de Trabalho Interagencial (OTI): condução técnica e estratégica da Rede.

Secretaria Técnica: instrumentação e viabilização das recomendações da OTI.

Comitês de Indicadores (CGI): revisão e atualização da base de indicadores.

Comitês Temáticos (CTI): análise de temas técnicos, demandada pelo colegiado da OTI.

RipsaProcessos de trabalho

Planejamento Operacional de Produtos (POP): atividades, responsabilidades, prazos.

Documentação dos produtos: relatório das reuniões, indexação na base Ripsa.

Coordenação dos comitês (CGI e CTI): condução pelos coordenadores.

Acompanhamento e apoio técnico-operativo: Secretaria Técnica e Opas.

CTI – Comitês Temáticos Interdisciplinares

Padronização de atributos comuns dos sistemas Mortalidade infantil, perinatal e materna Análise de dados espaciais em saúde Sala de situação de saúde Saúde e Ambiente Saúde, seguridade social e trabalho Saúde do idoso Monitoramento do plano nacional de saúde

CTI – Comitês Temáticos Interdisciplinares

Acidentes e violência Informação de base populacional RIPSA no Estado Análise de situação e tendências Saúde sexual e reprodutiva Padrões para regular o acesso à assistência Alimentação e nutrição Plataforma de indicadores Registro Eletrônico em Saúde Qualidade da Informação

Atuação dos CTI

Criação: proposta submetida pela Secretaria Técnica à deliberação da OTI.

Coordenação: instituição proponente e reconhecidamente identificada com a temática.

Caráter: temporário.

Composição e funcionamento: Esquema Básico; convocação de reuniões

Atuação dos CTI

Compromissos do CTI: relatório das reuniões; informe mensal de progresso para a Secretaria Técnica; participação na OTI; atualização BVS.

Produto final: relatório com recomendações à OTI.

IDB

IDB = Indicadores e Dados Básicos para a Saúde no Brasil.

Conjunto de indicadores selecionados e construídos a partir de sistemas de informação e estudos de abrangência nacional.

Cada indicador tem uma “ficha de qualificação” = unidade conceitual.

IDB: Conjunto de indicadores Número reduzido de indicadores e seleção

criteriosa

Produzir evidência sobre a situação de saúde e suas tendências.

Documentar desigualdades em saúde.

Orientar a gestão e a avaliação da situação de saúde.

Processo de construção

Elaboração da matriz de indicadores

Elaboração da ficha de qualificação

Escolha das fontes e coleta dos dados; crítica e compatibilização

Disseminação

Contínua revisão

Classificação dos indicadores

Elaboração da matriz de indicadores Denominação

Conceituação

Métodos de cálculo

Categorização

Fontes

Conteúdo das fichas de qualificação

1. Conceituação2. Interpretação3. Usos4. Limitações5. Fontes6. Método de cálculo7. Categorias sugeridas para análise8. Dados estatísticos e comentários

Elaboração da Ficha de Qualificação

Livro Verde

Livro Verde

“Indicadores básicos para a saúde no Brasil: conceitos e aplicações”

Estrutura.– Matriz de indicadores– Fichas de qualificação– Fontes de informação adotadas

Em papel

On line: www.ripsa.org.br – BVS Ripsa

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IDB – Fontes

Sistema Nacionais de Informação de Saúde:– SIM (Mortalidade)– SINASC (Nascidos Vivos)– SINAN (Agravos de Notificação)– SIH/SUS (Internações Hospitalares)– SIA/SUS (Produção Ambulatorial)– SI/PNI (Imunizações)– CNES (Cadastro de Estabelecimentos de Saúde)– SIB (Beneficiários de Planos de Saúde)– SIOPS (Orçamentos Públicos)– RCBP (Registro de Câncer de Base Populacional)– etc.

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IDB – Fontes

Outros Sistemas Nacionais:

– IBGE: Contas Nacionais, Censos Demográficos, Contagem da População, Registro Civil

– Previdência (SUB, CNIS)

– Educação: Censo do Ensino Superior

– IPEA: Estimativas de gastos públicos

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IDB – Fontes

Inquéritos e Pesquisas– PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

– AMS – Pesquisa de Assistência Médico Sanitária

– PNDS – Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde

– POF – Pesquisa de Orçamentos Familiares

– Vigitel – Vigilância de Fatores de Risco

– SB-Brasil – Saúde Bucal

Disseminação – Folheto impresso

Síntese dos indicadores

Dados relativos ao último ano informado

Tiragem: 40 mil exemplares

Base do IDB na Internet

Sediada no Datasus (MS).

Acesso às séries históricas; dados desde 1990.

www.datasus.gov.br/idb

Disseminação – Internet

Dados atualizados até o ano mais recente

Dados de anos anteriores revisados– Aprimoramento de estimativas e de bases de dados

– Inclusão tardia de dados.

– Modificações nas fontes dos dados.

– Revisão dos critérios de definição e do método de cálculo.

Processo de revisão

Aperfeiçoamento da ficha de qualificação dos indicadores

Inclusão de novos indicadores

Novas fontes: adequação de indicadores ou criação de novos

Supressão de indicadores (impossibilidade de atualização, inconsistências)

Folhetos do IDB

Violência Saúde do idoso Saúde da Mulher

MortalidadeInfantil

Folhetos do IDB

Saneamento básico Doenças crônicas Saúde do homem

Nascimentos Doenças emergentese reemergentes

Violência do trânsito

Folhetos do IDB

RIPSA, 15 anos (1996-2011) – Fatores de sustentabilidade

Formalização: Instrumentos legais (Portaria, Termo de Cooperação OPAS-MS)

Parcerias institucionais estáveis e qualificadas: áreas técnicas intra e extra-setoriais, academia.

Ambiente de cooperação legitimado: processos de trabalho definidos e abertos a contribuições.

Produtos qualificados e reconhecidos.

RIPSA, 15 anos (1996-2011) – Fatores de sustentabilidade

Respeito à autonomia institucional e a decisões colegiadas: plano aprovado e revisado em conjunto.

Processos documentados e disponíveis.

Apoio da Opas: estabilidade, neutralidade, legitimidade para interlocução com novos dirigentes.

Mozart de Abreu e Lima

nossa admiração

nossa agradecimento

nossa saudade

Antes de terminar, uma homenagem,...

Obrigado

Jacques Levin,Ministério da Saúde/Datasus/Gedinf

jlevin@datasus.gov.br