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PREFEITURA MUNICIPAL DE PIÚMA/ES
SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO
C.N.P.J. nº 27.165.695/0001-18
COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO E PREGÃO
JULGAMENTO DE IMPUGNAÇÃO AO EDITAL
PROCESSO NO 13.302/2017
PREGÃO PRESENCIAL N 0 037/2017
IMPUGNANTE: MAFF EQUIPAMENTO E PRODUÇÕES LTDA -ME
Trata-se de impugnação interposta por licitante em
face do Edital de Licitação — Pregão Presencial no 037/2017,
cujo objeto é a Contratação de Empresa Especializada para
prestação de serviços de locação de Estrutura e
aparelhamentos para eventos, para atender a demanda do
Reveillon, Janeiro e Fevereiro - Secretaria de Cultura e
Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer.
I - DA ADMISSIBILIDADE
O recurso foi interposto tempestivamente pela MAFF EQUIPAMENTO
E PRODUÇÕES LTDA -ME, devidamente qualificada nos autos, em face
do Edital de Licitação Pregão Presencial n 0 037/2017.
a) Tempestividade: o presente recurso foi protocolado pela
via formal, visto ser presencial, e no prazo legal consoante
Edital supramencionado.
b) Legitimidade: a cooperativa impugnante mostra-se
legitima para impugnação do edital, haja vista a garantia
de lei de que qualquer cidadão é parte autentica para
impugnar edital de licitação, obedecidos os prazos legais
definidos para tal ato.
II - DAS ALEGACÖES DA RECORRENTE
Aduz a recorrente, em suma, sua insatisfação no tocante
do Edital contra alguns Itens:
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1- 7.1.b), restringe a participação dos Licitantes, sua
exigência é formalista e dispensável, tendo em vista que não
existe amparo legal para tal;
2- Impugna ainda alegando restringir o certame por fazer
exigência de MARCA;
3- Desmembramento dos Itens Minitrio e Geradores;
4- Do Brigadista de Incêndio;
5- Exige que conste na Qualificação Técnica:
5.1- Alvará de localização e funcionamento;
5.2- Comprovante de Registro da licitante no
Conselho Regional de Administração;
5.3- Atestado de aptidão da empresa licitante para
execução de serviços compatíveis com o objeto
desta licitação;
5.4- Comprovação de que 01(um) profissional
vinculado a Empresa possuam Curso de NR35;
5.5- Comprovação de que 01(um) profissional
vinculado a Empresa possuam Curso de NR10;
5.6- Comprovação de que 01(um) profissional
vinculado a Empresa possuam Curso de RAC1;
5.7- Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional – PCMSO, Atestado de Saúde Ocupacional
– A. S. O. ‘s’;
5.8- Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais
– PPRA;
5.9- Certificado de Credenciamento do Corpo de
Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo;
5.10- Laudo de Inflamabilidade das lonas emitido
pelo órgão competente;
6- Da Especificação sobre a execução dos serviços e dos termos contratuais:
6.1- Do prazo mínimo para solicitação;
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6.2- Do recebimento provisório e definitivo;
6.3- Das condições para retenção tributária ou
não;
6.4- Da possibilidade de Participação de
Cooperativas ou não;
6.5- Da ausência de simetria das cláusulas penais;
III - DA ANÁLISE DOS PONTOS QUESTIONADOS
Antes de adentrar ao Mérito, vejamos o que diz a
Lei 8.666/93, quanto ao corpo do Edital: Artigo 40, caput: o edital deverá conter n.º de ordem, órgão ou repartição licitante, modalidade e tipo de licitação, local, dia e horário para entrega e abertura dos envelopes. Incisos do artigo 40: (que definem minuciosamente o conteúdo que deve constar num edital) I-objeto da licitação, em descrição clara e sucinta; II-prazo e condições para a assinatura e execução do contrato;
III-sanções para o caso de inadimplemento;
IV-local onde poderá ser examinado e adquirido o Projeto Básico (normalmente o PB ou o Memorial Descritivo fazem parte do Edital);
V-se há Projeto Executivo, deverá ser disponibilizado aos interessados;
VI-condições para participação – Habilitação Jurídica (artigo 28), Regularidade Fiscal (artigo29), Qualificação Técnica (artigo 30) e Qualificação Econômico-Financeira (artigo 31), e regularidade perante o Ministério do Trabalho; VII-critério para julgamento com disposições claras e parâmetros objetivos;
VIII-locais, horários e códigos de acesso em que serão fornecidos os devidos esclarecimentos ou informações;
IX-condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e estrangeiras no caso de licitações internacionais;
X-critério de aceitabilidade dos preços unitário e global; fixação de preços máximos e vedada de fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou faixas de variação em relação a preços de referência;
XI-critério de reajuste do contrato;
XII-VETADO
XIII-limites para pagamento de instalação e mobilização para execução de obras ou serviços;
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XIV-condições de pagamento;
a) prazo não superior a 30 dias após o adimplemento da obrigação;
b) cronograma de desembolso máximo por período;
c) critério de atualização financeira (correção monetária);
d) compensações financeiras, penalizações e descontos;
e) exigências de seguro quando for o caso;
XV-instruções e normas para os recursos contra a Decisão da Comissão de Licitação;
XVI-condições de recebimento do objeto, (ver art. 73);
XVII-outras indicações específicas ou peculiares da licitação.
Considerando o caso em tela, onde os questionamentos
atribuídos parecem ser de boa-fé e parece restringir,
direcionar ou comprometer todo o certame.
Considerando o Princípio da Supremacia do Interesse Público.
Considerando o interesse do Município em dar transparência
as licitações por ela interposta.
Considerando ainda que para todo o questionamento deve
existir uma resposta ao que se é questionado. Segue:
7- 7.1.b), restringe a participação dos Licitantes, sua exigência é formalista e dispensável, tendo em vista que não existe amparo legal para tal;
Faço uso do acordão 604-10/2015, onde o Relator, Dr. JOSÉ
MÚCIO MONTEIRO, explana seu pensamento sobre o assunto em
tela. Vejamos:
Segundo o TCU, a exigência de reconhecimento de firma em
documentos apenas pode ser feita em caso de dúvida quanto à
autenticidade da assinatura e se houver prévia previsão
editalícias. (Acórdão 1301/2015-Plenário)
No mesmo sentido, o acórdão 604/2015-Plenário ressaltou o
entendimento da jurisprudência do TCU que considera
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“restritiva à competitividade das licitações cláusula que
exija a apresentação de documentação com firma reconhecida
em cartório.”
Quanto à exigência de as declarações contidas no edital
estarem com firma reconhecida em cartório de ofício, justifica tal obrigatoriedade pela elevada ocorrência a qual se dá pela quantidade de licitantes que planejam participar do certame o que pode ser motivo de tumulto e discursões entre os próprios participantes durante a conferência documental. (Grifo nosso).
Vale Salienta, ainda, que, no caso sob exame, o custo total
para o reconhecimento de firma em todas as declarações
exigidas tem valor irrisório em relação ao vulto a qual é
planejado pela administração.
Vejamos o que diz o Edital:
7.1 – Para fins de credenciamento junto ao Pregoeiro, o
proponente deverá apresentar:
b) Um representante munido de documento que o
credencie à participação (Anexo 2), respondendo o mesmo
pela representada (firma reconhecida em cartório do
signatário do documento).
Acontece que como já vimos anteriormente, o Próprio
documento de Impugnação apresentado pela impugnante traz em
sua redação o que o relator pensa sobre o questionado.
Destarte, insta que o Pregoeiro e sua Equipe não tem
capacidade técnica para discernir a veracidade da
assinatura dos licitantes, necessitando assim que o
referido documento seja reconhecido firma por cartório.
2- Impugna ainda alegando restringir o certame por fazer
exigência de MARCA; Vejamos o que traz o edital:
12.1 – A proposta deverá ser formulada em 01 (uma) via,
datilografada ou digitada, contendo a identificação da
licitante (no mínimo: nome e CNPJ), datada, assinada por
seu representante legal, em papel timbrado ou carimbada,
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sem emendas, rasuras ou entrelinhas, devendo conter as
seguintes informações:
a) discriminação do objeto ofertado conforme
especificações e condições previstas no Anexo 01,
INCLUSIVE MARCA de todos os itens.
Antes de adentrarmos ao Mérito em questão é necessário
reiterar a ausência de confusão entre os conceitos de
padronização e preferência por marca. A padronização pode
resultar na seleção de um produto identificável por meio de
uma marca. Logo, o resultado será a escolha pela
Administração de uma “marca” determinada, a qual será
utilizada posteriormente para identificar os objetos que
serão contratados. Isso não se traduz em qualquer tipo de
atuação reprovável, não infringe à Constituição nem viola
a Lei nº 8.666. O que se veda é a preferência subjetiva e
arbitrária por um produto, fundada exclusivamente na marca.
Não há infringência quando se elege um produto em virtude
de qualidades específicas, utilizando-se sua marca apenas
como instrumento de identificação. No caso, não há
preferência pela marca, mas pelo objeto. A marca é, tão-
somente, o meio pelo qual se individualiza o objeto que se
escolheu.
3- Desmembramento dos Itens Minitrio e Geradores; Mais uma vez, vejamos o que fala o edital nos Itens 01 e 10:
Cota Exclusiva à participação de ME’s e EPP’s
ITEM DESCRIÇÃO DO OBJETO
10
LOCAÇÃO DE GERADOR DE ENERGIA - de 180 KVAs. Super silenciados (75 dB a 1,5m), com
refrigeração e instalação geral a diesel. Com 200m de cabeamento de condutor elétrico +
chaves de transferência manual e demais componentes necessários à conexão do gerador à
substação do local do evento ou poste. Tempo de montagem/desmontagem não é
contabilizado para efeito de diária. A solicitação especificará o horário a partir do qual o
gerador deverá estar em funcionamento. A empresa deverá disponibilizar equipamentos
sobressalentes caso haja necessidade de substituição e realizar a instalação dos mesmos em
ITEM DESCRIÇÃO DO OBJETO
1
MINITRIO ELÉTRICO em caminhão leve (máximo 12m), dois palcos (dois andares), equipado
com sistema de som P.A. (frente, fundo, direita e esquerda), mesa 32 canais (mínimo), gerador
60kva, disponibilização de cobertura em caso de chuva e iluminação dos palcos para caso de
apresentações noturnas
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até 30 minutos a contar do defeito apresentado. Técnico responsável durante todo o período
de locação.
Ora, o impugnante se atropela em palavras, pede
desmembramento de um Item já desmembrado conforme vemos.
4- Do Brigadista de Incêndio;
O cuidado com a vida dos colaboradores de uma empresa é princípio básico para o bom andamento do ambiente de
trabalho e consequente sucesso da empresa. Assim como a CIPA e o PPP, a brigada de incêndio integra uma
legislação. Contudo, as leis da brigada de incêndio são
estaduais e, devido a isso, cada governo estabelece uma lei
com base em normas locais ou já estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), ou até mesmo pela Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). Ainda assim, implantar uma brigada de incêndio na empresa é um ato de respeito à vida dos colaboradores que nela
trabalham, e deve seguir a Norma Regulamentadora número 23, a NR-23, que determina algumas exigências para sua
instauração.
Outrossim, é sabido que a obrigatoriedade para um brigadista
se faz necessário apenas para uma Empresa que constitua em
um quadro funcional maior que 20 funcionários, o que não é
o caso.
5- Exige que conste na Qualificação Técnica:
5.1- Alvará de localização e funcionamento;
O exercício da função administrativa não pode ser pautado
pela vontade da Administração ou dos agentes públicos, mas
deve obrigatoriamente respeitar a vontade da lei. Aliás,
constitui regra constitucional que“ ninguém será obrigado a
fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de
lei”.
Não obstante a Lei de Licitações nº 8.666 de 1.993 determinou
de forma taxativa quais seriam os documentos a serem
exigidos para habilitação nas licitações públicas. Ipsis
litteris: Art. 27. Para a habilitação nas licitações
exigir-se-á dos
interessados, exclusivamente, documentação
relativa a:
I – habilitação jurídica;
II – qualificação técnica;
III – qualificação econômico-financeira;
IV – regularidade fiscal e trabalhista;
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V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII
do art. 7o da Constituição Federal.
Vejamos que a Lei tratou ainda de minudenciar os documentos
relativos à habilitação jurídica, qualificação técnica,
qualificação econômico-financeira, regularidade fiscal e trabalhista nos artigos 28 a 31 da lei citada. Veja que na literalidade da lei não há nenhuma menção quanto a exigência de alvará de funcionamento.
5.2- Comprovante de Registro da licitante no Conselho Regional de Administração;
O assunto em tela já é matéria apaziguada, vejamos o VOTO DO MINISTRO BENJAMIN ZYMLER no Acórdão 4608/2015-Primeira Câmara, TC 022.455/2013-2:
3. Nas licitações públicas, é irregular a
exigência de que as empresas de locação de
mão de obra estejam registradas no Conselho
Regional de Administração, uma vez que a
obrigatoriedade de inscrição de empresa em
determinado conselho é definida em razão de
sua atividade básica ou em relação àquela
pela qual preste serviços a terceiros, nos
termos do art. 1º da Lei 6.839/80.
Pedido de Reexame interposto por empresa
licitante contestou deliberação que julgara
improcedente representação formulada pela
recorrente contra suposta irregularidade
contida em edital de pregão eletrônico
promovido pelo Banco do Brasil S/A para contratação de serviços de vigilância
armada.
A recorrente alegou, em síntese, que “na
contratação de serviços, especialmente de
vigilância para a administração pública,
seria imprescindível o cumprimento da
obrigatoriedade do registro cadastral das
empresas de vigilância e do seu
Administrador Responsável Técnico no
Conselho Regional de Administração, nos
termos dos arts. 14 e 15 da Lei 4.769/1965,
bem como no art. 5º da Constituição”.
Aduziu ainda que “a locação de mão de obra
especializada decorre de recrutamento,
seleção e treinamento, práticas privativas
da profissão do Administrador, conforme
alínea ‘b’ do art. 2º da Lei 4.769/1965”.
O relator rejeitou as alegações recursais,
registrando que “a jurisprudência desta
Corte de Contas vem se assentando no sentido
de não ser exigível das 3 empresas de
locação de mão de obra o registro nos
Conselhos Regionais de Administração - CRA
para a participação nas licitações da
administração pública federal. Somente nos
casos em que a atividade fim das empresas
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licitantes esteja diretamente relacionada à
do administrador é que a exigência de
registro junto a Conselho Regional de
Administração se mostra pertinente. Não é o
caso da contratação de serviços de
vigilância armada objeto do pregão em
questão”.
Explicou o relator que tal entendimento
estaria de acordo com o art. 37, inciso XXI,
da Constituição, o qual “estabelece que,
nas licitações, somente se pode fazer
exigências de qualificação técnica e
econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações que deverão ser
assumidas pela futura contratada”.
Ademais, ressaltou, “a obrigatoriedade de
inscrição de empresas em determinado
conselho é definida segundo a atividade
central que é composta pelos serviços da
sua atividade fim, nos termos do art. 1º da
Lei 6.839/1980. Dessa forma, os mencionados
arts. 2º, alínea ‘b’, 14 e 15 da Lei
4.769/1965, que dispõem sobre o exercício
da profissão de Técnico de Administração,
não impõem às empresas que exploram
atividade de prestação de serviços de
vigilância o registro na entidade
competente para a fiscalização do exercício
da profissão de administrador”.
Considerando a improcedência dos argumentos
recursais, o Tribunal, pelos motivos
expostos no voto, conheceu do Pedido de
Reexame para, no mérito, negar-lhe
provimento. Acórdão 4608/2015-Primeira
Câmara, TC 022.455/2013-2, relator Ministro
Benjamin Zymler, 18.8.2015.
5.3- Atestado de aptidão da empresa licitante para execução de serviços compatíveis com o objeto desta licitação;
Mais uma vez, sirvo-me a vontade para utilizar o Edital
para analisar o que se questiona. Vejamos o que diz no Anexo
01 – Termo de Referência no Item 19 parágrafo 5º:
Comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidade e prazos com o objeto da licitação, mediante apresentação de atestados ou certidões de
serviços similares de complexidade
tecnológica e operacional e equivalente ou
superior, fornecidos por pessoa jurídica de direito público ou privado;
Desta forma, entendo, que não há mais o que discutir quanto
ao que texto em fomento.
5.4- Comprovação de que 01(um) profissional vinculado a Empresa possuam Curso de NR35;
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5.5- Comprovação de que 01(um) profissional vinculado a Empresa possuam Curso de NR10;
5.6- Comprovação de que 01(um) profissional vinculado a Empresa possuam Curso de RAC1;
5.7- Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, Atestado de Saúde Ocupacional – A. S. O. ‘s’;
5.8- Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais – PPRA; 5.9- Certificado de Credenciamento do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo;
Para analisarmos os pontos em epigrafe, apresentarei o
artigo já discutido pelo STJ onde o Ministro Jose Delgado
explana da seguinte forma:
“ O princípio do procedimento formal, todavia, não significa que a administração deva ser formalista a ponto de fazer
exigências inúteis ou desnecessárias a licitação, como
também não quer dizer que deva anular o procedimento ou o
julgamento, ou inabilitar licitantes, ou desclassificar
propostas diante de simples omissões ou irregularidade na
documentação ou nas propostas, desde que tais omissões ou
irregularidades sejam irrelevantes e não causem prejuízos a
administração”.
Dando respaldo a essa orientação, o stj já decidiu que:
As regras do procedimento licitatório devem ser
interpretadas de modo que, sem causar qualquer prejuízo a
administração e aos interessados no certame, possibilitem a
participação do maior número de concorrentes, a fim de que
seja possibilitado se encontrar, entre várias propostas, a mais vantajosa. (ms 5.606/df, rel.min. José delgado.
Diante o relato do Senhor Ministro, nada mais me resta a
esboçar quanto ao assunto em destaque. Sendo a Administração
Pública detentora na Elaboração do Edital à qual achar mais
pertinente conforme suas necessidades, deste que não seja
omissa ou que invente algo de forma desnecessária.
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5.10- Laudo de Inflamabilidade das lonas emitido pelo órgão competente;
Vejamos o que traz o Edital no Anexo 01 – Termo de Referência
– Relação de Itens a Serem licitados.
ITEM DESCRIÇÃO DO OBJETO
2
TENDA, tamanho 3,00 x 3,00m, tipo PIRÂMIDE, estrutura metálica galvanizada, com 04 painéis
laterais de 80 cm de altura por 3m de largura, com porta de acesso em uma das laterais e
cobertura em LONA BRANCA anti-chamas na cor branca.
Grifo e sublinhado
6- Da Especificação sobre a execução dos serviços e dos termos
contratuais:
6.1- Do prazo mínimo para solicitação; 6.2- Do recebimento provisório e definitivo; 6.3- Das condições para retenção tributária ou
não; 6.4- Da possibilidade de Participação de
Cooperativas ou não; 6.5- Da ausência de simetria das cláusulas penais;
Os questionamentos apresentados não prosperam, pois, a
Impugnante apresenta questionamentos infundados com os
Objetos em questão. Questiona o que a Administração deve ou
não apresentar em seu Edital, parece que quer impor coisas
para benefício próprio. Como dito antes, a Impugnante
atropela as palavras e faz citações e questionamentos
levianos, sem nexo, como por exemplo questiona o
reconhecimento de Firma, pede para que haja Desmembramento
dos Itens Minitrio e Geradores, pede para que exija Laudo de
Imflamabilidade, sendo que esses dois últimos já compõe o
corpo Editalício e o primeiro trata de coisa separada sem
qualquer ou/ valor irrisório perante o montante desta
licitação.
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IV - DA DECISÃO
Diante de todo o exposto, em observância aos
Princípios Basilares da Licitação e à legislação Municipal
pertinente, recebo a presente impugnação, em seu mérito julgo-
o Improcedente.
DESTARTE, informo que em referência aos fatos
apresentados e da análise realizada acerca da impugnação do
edital, e tudo mais que consta dos autos, a qual deve
integrar em cópia fidedigna esta decisão, DECIDO desfavorável
quanto ao pedido de IMPUGNAÇÃO, formulada pela MAFF
EQUIPAMENTO E PRODUÇÕES LTDA -ME.
É como penso.
Piúma, 04 de dezembro de 2017.
Valério Nascimento Bourguignon
Pregoeiro Oficial - PMP
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