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JURIS - Acórdão - Acolhimento Do Recolhimento de IR Na Fonte - Pessoa Física
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PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Registro: 2014.0000146508
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 2072131-85.2013.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é agravante CLARO S/A e é agravado BENEDITO GONÇALVES DA CRUZ.
ACORDAM, em sessão permanente e virtual da 28ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: DERAM PROVIMENTO AO AGRAVO. V.U., de conformidade com o voto do relator, que integra este acórdão.
O julgamento teve a participação dos Desembargadores MANOEL JUSTINO BEZERRA FILHO (Presidente) e JÚLIO VIDAL.
São Paulo, 18 de março de 2014.
Celso Pimentelrelator
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PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Agravo de Instrumento nº 2072131-85.2013.8.26.0000 - Cqa 28214e 2
Voto nº 26.893Agravo de instrumento nº 2072131-85.2013.8.26.00004ª Vara Cível do Foro Regional de Santana - Capital Agravante: Claro S/A Agravado: Benedito Gonçalves da Cruz 28ª Câmara da Seção de Direito Privado
A responsabilidade pela retenção do imposto de renda sobre aluguéis toca à fonte pagadora, quer dizer, à inquilina. Como o acordo celebrado é expresso ao aludir à “importância bruta”, a pressupor importância líquida após a retenção e o recolhimento do tributo, e como o cálculo da retenção em si não recebeu questionamento, segue que o depósito satisfaz a obrigação e não há a pretendida diferença. Acolhe-se, pois, a impugnação, extinguindo-se a execução tanto que o credor proceda ao levantamento.
Devedora agrava da respeitável decisão
que lhe rejeitou impugnação ao cumprimento de sentença
homologatória de acordo para pagamento de aluguéis e lhe impôs a
diferença apontada pelo credor. Sustenta que o depósito
corresponde ao valor do débito com o desconto do imposto de
renda, cuja retenção lhe incumbia.
Houve preparo.
Foi deferido o pedido de atribuição de
efeito suspensivo.
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Agravo de Instrumento nº 2072131-85.2013.8.26.0000 - Cqa 28214e 3
Vieram resposta e manifestação da
agravada sobre os esclarecimentos da agravante.
É o relatório.
Tal como constou do despacho inicial, se,
em tese, isentava-se de imposto de renda na fonte o valor de cada
parcela que fosse quitada no vencimento, a soma de parcelas
atrasadas para pagamento único também não ensejará tributação.
Facultados esclarecimentos, a devedora
comprovou que o valor do aluguel no mês do respectivo
vencimento superava o limite de isenção e se sujeitava à tributação
(fls. 102/104).
A responsabilidade pela retenção do
imposto de renda sobre aluguéis toca à fonte pagadora, quer dizer, à
inquilina (Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999, art. 717), que
se obriga “ao recolhimento do imposto, ainda que não o tenha
retido” (idem, art. 722).
Bem, o acordo celebrado é expresso ao
aludir à “importância bruta” (fl. 75), a pressupor importância
líquida após a retenção e o recolhimento do imposto de renda na
fonte.
Como o cálculo da retenção em si não
recebeu questionamento, segue que o depósito satisfaz a obrigação
e não há a pretendida diferença.
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Agravo de Instrumento nº 2072131-85.2013.8.26.0000 - Cqa 28214e 4
Acolhe-se, pois, a impugnação e se julga
extinta a execução tanto que o credor proceda ao levantamento.
Pelas razões expostas, dá-se provimento
ao agravo.
Celso Pimentel relator
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