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ESTADO DE MATO GROSSO
PREFEITURA MUNICIPAL DE ALTO TAQUARI
LEI 816/2015 – 24 DE JUNHO 2015.
“APROVA O PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ALTO TAQUARI – P. M. E., PARA O DECÊNIO 2015-2025, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”.
O Prefeito Municipal de Alto Taquari - MT, na pessoa do Senhor Maurício
Joel de Sá, usando das atribuições que lhe são conferidas por Lei, FAZ saber que a Câmara
Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte Lei.
Art. 1º Fica aprovado o Plano Municipal de Educação – P.M.E. do Município
de Alto Taquari, com vigência de dez anos, para o período 2015 a 2025, nos termos do texto que segue anexo, o qual faz parte integrante desta Lei.
§ 1º. O Plano Municipal de Educação, apresentado conforme o inciso I do
artigo 9º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional reger-se-á pelos princípios da democracia e da autonomia, buscando atingir o que preconiza a Constituição da República e a Constituição do Estado de Mato Grosso, como também a legislação municipal.
§ 2º. O Plano Municipal de Educação contém os objetivos e prioridades para a
educação do município, assim como as diretrizes, objetivos e metas para os níveis de ensino conforme documento em anexo.
Art. 2º A execução do Plano Municipal de Educação se pautará pelo regime de
colaboração entre a União, o Estado, o Município, a Sociedade Civil e a Comunidade Escolar. § 1º. O Poder Público Municipal exercerá papel indutor na implementação dos
objetivos e metas estabelecidas neste Plano. § 2º. A partir da vigência desta Lei, as instituições do Sistema Municipal de
Ensino, em articulação com as redes estadual e privada, sediadas neste município, deverão elaborar seus Projetos Políticos Pedagógicos e desenvolver suas ações educativas fundamentados no Plano Municipal de Educação.
Art. 3º Deverá ser constituído, Fórum Municipal Permanente de Educação que
sob convocação da Secretaria Municipal de Educação, a cada dois anos após realizado o acompanhamento, controle e a avaliação da execução do Plano Municipal de Educação se encarregará de elaborar, síntese da situação educacional do Município, formulando as propostas de adaptação ou de correção de rumos identificados como necessária com opção para deflagração de Conferências Municipais de Educação se necessário for.
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Art. 4º. As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão a conta das verbas orçamentárias próprias, suplementadas se necessárias, e de outros recursos captados no decorrer da execução do Plano.
Art. 5º O Poder Público Municipal se empenhará na divulgação deste Plano e
na progressiva realização de seus objetivos e metas para conhecimento amplo e acompanhamento de sua implementação pela sociedade.
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Revogam-se às
disposições em contrário.
Gabinete do Prefeito de Alto Taquari (MT), 24 de Junho de 2015.
MAURÍCIO JOEL DE SÁ Prefeito Municipal
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ANEXO I
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Plano Municipal de Educação
2015/2025
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Prefeitura Municipal de Alto Taquari – MT
Secretaria Municipal de Educação e Cultura
CME – Conselho Municipal de Educação
MAURÍCIO JOEL DE SÁ Prefeito Municipal
MARCO AURÉLIO JULIEN Secretário Municipal de Educação e Cultura JULIANA BELLODI Coordenadora de Educação Infantil
ROSANGELA CARVALHO OLIVEIRA SANTOS Coordenadora de Ensino Fundamental
MARILDA GARÓFALO SPERANDIO Presidente do Conselho Municipal de Educação de Alto Taquari
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COMISSÃO EXECUTIVA DO PME - Plano Municipal de Educação:
MARCO AURÉLIO JULIEN Secretário Municipal de Educação; JOSILENE NUNIS DOS SANTOS Contadora da Prefeitura Municipal; EUDS EUCLY MEDEIROS DE OLIVEIRA Vereador do Município de Alto Taquari; ROSELI SILVA AMARAL PRADO Professor da Rede Municipal de Ensino; ISABELLA DE PAULA FERREIRA Professor da Rede Municipal de Ensino; SHIRLEY CARNIELO LOUZADA Diretora de Escola Publica da Rede Municipal de Ensino de Alto Taquari; ETEL WILLE SCHNACK Diretora de Escola Publica da Rede Estadual de Ensino de Alto Taquari; DULCE DE LOURDES BONVINO ESGUEIRA Mãe de aluno da Rede Municipal de Ensino de Alto Taquari; MARIA CÍCERA DA SILVA Aluna da EJA - Educação de Jovens e Adultos da Rede Municipal de Ensino de Alto Taquari; ROSANGELA CARVALHO DE OLIVEIRA SANTOS Técnica da Secretaria Municipal de Educação de Alto Taquari; MARILDA GARÓFALO SPERANDIO Presidente do Conselho Municipal de Educação de Alto Taquari.
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Colaboradores: Revisão e Analise dos textos.
Ana Maria Mendonça Ferreira de Sá
Jusinéia Menezes de Carvalho
Participação:
Diretora do CEI “Prof.ª Maria Auta Medeiros de Oliveira
Diretora da Escola Municipal “Prof.ª Elzinha Lizardo Nunes”
Diretora da Escola Estadual “Carlos Irigaray Filho”
Diretora do Centro Educacional Master
Profissionais da Educação Infantil
Profissionais da Educação Especial
Profissionais do Ensino Fundamental
Profissionais do Ensino Médio
Profissionais da Educação de Jovens e Adultos
Profissionais do Apoio Administrativo
Controle Interno da Prefeitura Municipal
Divisão de Recurso Humano
Divisão de Finanças
Secretaria de Assistência Social
Apoio na organização e confecção de materiais:
Tharija Gabriela Grisólia Vaz e Silva Romualdo
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AGRADECIMENTO
A Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Alto Taquari MT agradece а Prof.ª
ROSA NEIDE SANDES DE ALMEIDA pelo apoio e participação na I Conferência do Plano
Municipal de Educação, contribuindo com orientações na elaboração do texto base, pela
brilhante palestra e por dedicar carinho e atenção ao nosso município.
Nossos agradecimentos.
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“Cada META que deixamos para trás, é
um pedaço do FUTURO que deixa de existir”
Steve Jobs
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MENSAGEM DO SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO
A elaboração do Plano Municipal de Educação representa um marco na história de Alto
Taquari e faz parte das ações em prol da educação de qualidade social.
A partir deste documento referencial, discutido pela sociedade, foram apresentadas
metas e estratégias, como diretrizes políticas e pedagógicas, para os próximos 10 anos, com
vistas à consolidação de políticas públicas e de gestão da educação, demandadas pela
sociedade taquariense.
Essa dinâmica política-pedagógica irá colaborar com os programas, projetos e ações
governamentais, tendo como objetivos reiterar o papel da educação como direito de todo
cidadão, democratizar a gestão, garantir o acesso, permanência e conclusão com sucesso
das crianças, jovens e adultos nas instituições de ensino de Alto Taquari.
Marco Aurélio Julien
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SUMÁRIO
Pag.
Agradecimento .............................................................................................................. 05
Mensagem do Secretário Municipal de Educação......................................................... 07
I – APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 09
II - IDENTIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO........................................................................... 13
III - HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO........................................................ 22
PROGRAMAS MEC/SEDUC............................................................................................. 26
IV - NÍVEIS DE ENSINO - EDUCAÇÃO BÁSICA............................................................
EDUCAÇÃO INFANTIL..................................................................................................... 29
ENSINO FUNDAMENTAL................................................................................................ 38
ENSINO MÉDIO............................................................................................................... 46
ENSINO SUPERIOR......................................................................................................... 55
IDEB – INDICADORES DA EDUCAÇÃO...................................................................... 57
V – MODALIDADE DE ENSINO.................................................................................
EDUCAÇÃO DO CAMPO................................................................................................ 61
EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL............................................................................... 63
EJA – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS................................................................... 67
EDUCAÇÃO INCLUSIVA................................................................................................... 73
FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL......................................................... 78
GESTÃO E FINANCIAMENTO................................................................................... 82
METAS E ESTRATÉGIAS........................................................................................... 96
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO....................................................................... 131
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................ 134
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................... 135
ANEXOS............................................................................................................................ 136
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APRESENTAÇÃO
A ideia de um plano para a educação remonta à década de 30 do século XX. Durante o
primeiro governo de Getúlio Vargas, um grupo de homens e mulheres da elite intelectual,
além de renomados vinte e seis educadores – entre os quais Anísio Teixeira, Afrânio Peixoto,
Lourenço Filho, Roquette Pinto, Delgado de Carvalho, Hermes Lima e Cecília Meireles –
lançaram o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, datado de 1932, no qual destacaram
a necessidade central de se elaborar um plano para o desenvolvimento da educação do país.
Diante da repercussão desse movimento e de sua adesão pela sociedade letrada, em
1934, já se consagrava no texto constitucional que à União competiria “fixar o plano nacional
de educação, compreensivo do ensino de todos os graus e ramos, comuns e especializados;
e coordenar e fiscalizar a sua execução, em todo o território do País” (art. 150).
Os documentos constitucionais posteriores, de 1937 – outorgado no regime ditatorial
varguista – e o de 1946 – decorrente do movimento de redemocratização do país, omitiram
sobre o tema; já os de 1967 e 1969 – Emenda Constitucional nº 1/69 – repetiram a
necessidade de o País ter um Plano de Educação (art. 8º, inciso XIV).
Até então, nenhum Plano de Educação para o país havia sido elaborado. Mas, em
1962, por iniciativa do Ministério da Educação e Cultura – MEC, com a vigência da primeira
lei que fixou a Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de
1961 – é que foi elaborado um Plano Nacional de Educação (PNE), posteriormente aprovado
pelo então Conselho Federal de Educação. Era basicamente um conjunto de metas
quantitativas e qualitativas a serem alcançadas num prazo de oito anos; em 1965, sofreu
uma revisão, quando foram introduzidas normas descentralizadoras e estimuladoras da
elaboração de planos estaduais.
Em 1966, uma nova revisão, que se chamou Plano Complementar de Educação,
introduziu importantes alterações na distribuição dos recursos federais, beneficiando a
implantação de ginásios orientados para o trabalho e o atendimento de analfabetos com
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mais de dez anos. A ideia de uma lei ressurgiu em 1967 por iniciativa do Ministério da
Educação e Cultura; discutida em quatro Encontros Nacionais de Planejamento, a proposta
não chegou a ser concretizada.
Mas, com a Constituição Federal de 1988 – cinquenta anos após a primeira tentativa
oficial – ressurgiu a ideia de um plano nacional de longo prazo, com força de lei, capaz de
conferir estabilidade às iniciativas governamentais na área de educação, em seus diversos
níveis e à integração das ações do Poder Público. Nesse contexto, a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios organizam-se em regime de colaboração de seus sistemas
de ensino, com o objetivo de promoverem uma educação de qualidade para o país.
A partir de então, no ano de 2001 – depois de tramitar quase três anos no Congresso
Nacional – instituiu-se o Plano Nacional de Educação (PNE) pela Lei Federal nº 10.172, de 9
de janeiro de 2001, em cumprimento ao art. 214 da Constituição Federal, no qual se definiu
objetivos gerais para um período de 10 anos. No documento, a partir de um diagnóstico da
realidade da educação do país, foram traçadas diretrizes de ação, objetivos e metas
quantificadas sobre 11 temas:
Educação infantil;
Ensino fundamental;
Ensino médio;
Educação superior;
Educação de jovens e adultos;
Educação a distância e tecnologias educacionais;
Educação tecnológica e formação profissional;
Educação especial;
Educação indígena;
Magistério da educação básica e financiamento e gestão.
E foi nessa importante peça de planejamento plurianual da educação do país, que se
fez previsão de se iniciar, de imediato, “a elaboração dos planos estaduais em consonância
com este Plano Nacional e, em seguida, dos planos municipais, também coerentes com o
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plano do respectivo Estado”. Feito isso, os três documentos comporão um conjunto
integrado e articulado quanto aos objetivos, prioridades e diretrizes, de sorte que, na soma
dos esforços das três esferas – de todos os Estados e Municípios, mais a União – chegue-se
às metas estabelecidas.
Passados 10 anos de vigência da primeira edição do Plano Nacional de Educação, o
governo federal elaborou – após balanço e avaliação do PNE 2001-2008 – projeto de lei que
cria o Plano Nacional de Educação (PNE) para vigorar de 2011 a 2020. Enviado ao Congresso,
em 15 de dezembro de 2010, o projeto foi votado em 2014 e homologado o novo PNE,
através da LEI No 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014, que apresenta dez diretrizes objetivas e
20 metas, seguidas das estratégias específicas de concretização. No Art. 8º os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar seus correspondentes planos de educação,
ou adequar os planos já aprovados em lei, em consonância com as diretrizes, metas e
estratégias previstas neste PNE, no prazo de 1 (um) ano contado da publicação desta Lei.
O Plano Municipal de Educação orientará o uso racional dos recursos, notoriamente
escassos, para a obtenção dos melhores resultados que puderem ser alcançados. Sem um
plano que indique com clareza onde estão as lacunas a serem preenchidas e quais as
prioridades, a ação administrativa pode perder-se em ações que, bem intencionadas, correm
o risco de ser aleatórias, dispersivas ou desnecessárias.
Para tanto, com a finalidade de se instituir um Plano Municipal de Educação para Alto
Taquari, com objetivos e metas projetadas para o período de 2015 a 2025, criou-se uma
Comissão Executiva de Elaboração e Sistematização do Plano Municipal, através do Decreto
Municipal nº 60/2015 de 20 de Maio de 2015, convocando a realização da I Conferência do
Plano Municipal de Educação, objetivando refletir sobre os seguintes temas:
Educação Infantil;
Ensino Fundamental;
Ensino Médio;
Educação Inclusiva;
PNAIC – Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa;
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Educação em Tempo Integral;
IDEB – Indicadores da Educação;
Educação de jovens e adultos;
Educação Profissional;
Ensino Superior;
Formação Profissional;
Formação Continuada;
Valorização dos Profissionais de Educação;
Plano de Carreira;
Gestão Democrática, controle social e participação;
Financiamento da educação.
A tônica do Plano Municipal de Educação é sua construção coletiva, com participação
de toda a sociedade. Um plano será mais forte e exigirá mais empenho político na sua
realização à medida que mobilize o compromisso e expresse às necessidades concretas, as
ideias, as propostas e os anseios de toda a sociedade.
É sob esta perspectiva que a construção do Plano Municipal de Educação ocorreu:
envolvendo os profissionais da educação e os diferentes segmentos e setores da sociedade
ligados à educação, e os movimentos sociais organizados.
No processo de elaboração do Plano Municipal de Educação, foram realizadas diversas
reuniões com o objetivo de se discutir com professores, diretores e representantes
institucionais e da comunidade, a importância do Plano Municipal, formas de participação e
etapas de desenvolvimento. Nesses encontros preparatórios foram discutidas as metas e
estratégias para os próximos dez anos, que foram aprovadas em plenária na I Conferência do
Plano Municipal de Educação, realizada no dia 27 de Maio de 2015, nas dependências do CEI
Centro de Educação Infantil “Prof.ª Maria Auta Medeiros de Oliveira”.
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IDENTIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO
Alto Taquari é um município brasileiro do estado de Mato Grosso e localiza-se a uma
latitude 17º49’34” Sul e a uma longitude 53º16’56” Oeste, estando a uma altitude de 851
metros. População estimada em 8.100 habitantes, conforme dados do IBGE e possui uma
área de 1.399,22 km2.
A primeira denominação da cidade foi Cabeceira, sendo que após alguns anos passou a
ser chamada de Taquari em referência à nascente do Rio Taquari, que fica muito próxima à
sede municipal. O termo Taquari é de origem Tupi, designando uma espécie de bambu ou
taquara. Cogita-se que povos indígenas, antigos habitantes da área, usavam a haste de
taquara, abundante na região do Rio Taquari, para fabricar cachimbos e flechas. A posição
geográfica de Alto Taquari lhe permitiu desenvolver ao longo dos anos, vínculos históricos
com dois Estados da Federação, vizinhos do município: Goiás e Mato Grosso do Sul. O
município localiza-se no extremo leste mato-grossense, entre duas grandes bacias fluviais -
da Prata e do Tocantins. A cabeceira do Ribeirão Furnas, tributário do Rio Taquari, que
contribui para Bacia da Prata é o ponto mais meridional do Estado de Mato Grosso. O Rio
Taquari é um dos formadores da extensa planície pantaneira, e em sua trajetória, até
desaguar suas águas no Rio Paraguai, vai agregando inúmeros tributários, dentre os quais o
Rio Coxim.
Cronologia Histórica
07/05/1938 - Criação do Distrito Policial de Alto Taquari
17/10/1958 - Criação do Distrito da Paz
04/05/1985 - Fundação da Ass. dos Amigos de Alto Taquari
13/05/1986 - Lei Estadual 4.993 cria o Município de Alto Taquari
05/08/1999 - Inauguração do Terminal da Ferronorte.
Com a sua emancipação Político - Administrativa conquistada pela ação decidida de
suas liberações reunidas na Associação dos Amigos, o Município começa a construir as
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necessárias obras de infraestrutura. O fruto deste planejamento e a visão do futuro vê a
chegada de várias empresas de destaque mundial na área da produção primária.
Com elas vêm às modernas tecnologias, o aperfeiçoamento e a modernização do setor
primário. Surgem os grandes produtores de sementes, que hoje são destaques na economia
local. Alto Taquari está no coração do centro-oeste brasileiro, distando 450 km de Cuiabá,
460 km de Campo Grande, 480 km de Goiânia, 720 km de Brasília. Unido ao Brasil através da
BR 364 e da MT 100 e, com a conclusão dos 66 km asfaltados da MS 306 (BR 359), encurtará
em mais de 200 km sua distância de São Paulo. A formação étnica do município se formou
através da miscigenação com os imigrantes vindos do RS, PR, GO, SP, MG e de outros rincões
da Pátria Brasileira.
Economia
Alto Taquari conta hoje em torno de 10.000 mil habitantes fixos, entre área rural e
urbana e 4 mil flutuantes, sendo a primeira em Renda per capita do Estado e 22º do Brasil,
ocupando o 4º lugar no Estado em IDH, e estando entre as 500 do Brasil. Somos a 16ª
economia do estado em movimentação de ICMS, 1º Lugar no Índice de desenvolvimento
Social – MT e Prêmio de Gestor Eficiente da Merenda Escolar, Categoria “Eficiência
Nutricional”.
A implantação do Terminal Rodo Ferroviário da Ferronorte transformou Alto Taquari
no portal de entrada para o desenvolvimento do Mato Grosso, estando aqui o maior
terminal de transbordo de grãos da América Latina, movimentando em torno de 4,5 milhões
de toneladas de grãos e derivados por ano. Uma parceria do município com as empresas
Ipiranga e Petrobrás fez surgir também um moderno terminal petrolífero, saindo de Alto
Taquari a distribuição de petróleo e derivados para todo o centro-oeste. Este Terminal
possui uma capacidade operacional de armazenamento de 12,8 milhões de litros, podendo
descarregar, diariamente 4,0 milhões de litros/dia e carregar 6,0 milhões de litros/dia,
abastecendo 60% do consumo do Estado de Mato Grosso. Alto Taquari também conta com o
Terminal de etanol COSAN/ESSO-RAIZEM com capacidade de armazenamento de 180
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milhões de litros, para distribuição em território brasileiro e exportação, incluindo
combustível com distribuição para todo centro oeste e norte do Brasil, com seu termino
projetado para 2016. É o único terminal de petróleo de Mato Grosso (Ferrovia).
No município também opera um terminal de embarque de carnes frigorificadas,
iniciando com 600 contêineres mês, devendo chegar nos próximos cem dias em dois mil
contêineres mês, abastecendo o mercado interno e externo com carnes e derivados,
produzidas no Centro Oeste e Norte Brasileiro.
Contamos também com uma Unidade Misturadora de adubo, com capacidade anual
de 100 mil toneladas, 4 unidades de beneficiamento de algodão e projeto de uma unidade
de fiação.
Alto Taquari se destaca no controle e produção de sementes, temos os mais
sofisticados controles na produção de sementes, especialmente de soja e algodão,
reconhecidas como das melhores do estado, garantem sua qualidade e revelam a
consciência dos seus produtos, que realizam programas de controle total do produtor, desde
a germinação, ao vigor, às técnicas de armazenagem, ao controle de pragas e às
recomendações técnicas aos seus clientes. Com uma área cultivada de 120 mil hectares,
distribuídas por 38 produtores, a soja predomina, com uma área plantada superior a 50mil
há.
Outras culturas destacadas são: o algodão com 10 mil há, o milho 10 mil há e a Cana de
Açúcar com 40 mil há.
Alto Taquari tem especial cuidado com a preservação ambiental, praticando o cultivo
direto desde a década de 90.
A cana de açúcar teve seu início em 2012. Com plantio em canteiro de mudas, agora
nesta safra com plantio na área industrial, com produção de álcool a partir de 2014 com uma
produção inicial de 360 milhões de litro de álcool ano, gerando 1.800 empregos diretos e
3.500 indiretos. O município será destaque em produção de energia elétrica. Sendo que a
ETH através do bagaço da cana produzira 336 mw ano e com a construção da PCH (pequena
central hidrelétrica) com uma produção inicial de 264 mw ano, com tudo isso o Prefeito
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Municipal e os Empresários do setor estão buscando autorização para construção em Alto
Taquari de subestação para distribuição de energia elétrica para todo o Brasil.
Na área financeira conta com quatro agências bancárias Banco do Brasil, Bradesco,
Caixa Econômica e Casa Lotérica e Sicredi.
Um comércio moderno e atuante atendendo às necessidades da população
proporcionando-lhe a tranquilidade necessária para trabalhar e viver. Para suprir as
necessidades do meio rural, o município conta ainda com a presença de empresas ligadas ao
setor agropecuário e agro negócio, além de concessionários de máquinas e implementos de
todas as marcas.
Agora em busca de diversidade na área produtiva, há um estudo de viabilidade e
implantação de Projeto de Piscicultura em sua 1ª fase na construção de tanques com
possibilidade de uma área de Lamina de Água de 100, podendo produzir de 1 tonelada de
peixe por dia a partir de sua implantação.
Aspectos sociais
A população de Alto Taquari é bem diversificada, recebe influência do grande número
de migrantes de vários Estados do País que se integram nos mais diversos setores da
economia. A cultura de Alto Taquari é mesclada com tradições goiana, mineira, gaúcha,
cuiabana, paulista, paranaense, catarinense, alagoana, maranhense, pernambucana e etc.
Diante desta realidade, podemos concluir que há uma variação muito significativa no
aspecto social dos alunos das escolas públicas do município e na cultura local.
Tradições
Festas Juninas – que se realizam nas escolas e Salão Paroquial:
Carnaval – que se realiza no Salão Paroquial e nas ruas
Festival de Música-que se realiza na E.M. “Prof.ª Elzinha L. Nunes”.
Noite da Pizza - que se realiza pela Casa da Amizade e Rotary Club.
Festa de Peão
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Festas Religiosas – procissão e rezas.
Grupos religiosos
1) Católicos
2) Presbiterianos
3) Batistas
4) Assembleia de Deus
5) Universal do Reino de Deus
6) Deus é Amor
7) Congregação Cristã do Brasil
8) Testemunhas de Jeová
9) Jeová Rafah
10) Igreja de Deus
A qualidade de vida
Alto Taquari é dono de um clima abençoado por Deus. No Índice de desenvolvimento
humano estamos entre os melhores do Brasil, com destaque para o solo do município que
faz parte do aquífero guarani que por si só já é um privilégio. O município possui uma das
maiores reservas de água doce do mundo, sendo que aproximadamente 160.000 km² estão
no Estado de Mato Grosso. No município a distribuição de água é através de poços
artesianos, para que a população desfrute de água encanada de boa qualidade.
Na área da Saúde, contando com moderno hospital de baixa (complexidade),
laboratório, médicos, enfermeiros, vigilantes sanitários e atendimento no programa Saúde
Família. O atendimento médico é feito pelo SUS. Na cidade existem três Unidades de Saúde,
consultórios dentários, farmácias, laboratórios e um Centro Reabilitação com atendimento
fisioterápico, fonoaudiólogo e psicológico.
Na área de segurança contamos com o núcleo da Policia Militar, Delegacia de Polícia
Civil e Fórum abrigando-se em modernos prédios construídos para essa finalidade, e
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possibilidade de implantação da unidade de Corpo de Bombeiros, para atendimento especial
aos terminais de petróleo, álcool e usina.
No Esporte e Lazer, contamos com três ginásios de esporte e um Complexo Esportivo,
com futebol de campo, arquibancada coberta com iluminação e pistas para caminhadas.
Além do Parque Taquari com uma área alagada de 36.000 ha, proporcionando esporte
aquático e a inclusão Turística do Município, contando com pista de Motocross com provas
do campeonato do Estado Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Podemos destacar o projeto do Parque Municipal Taquari com preservação e
revitalização da nascente do Rio Taquari com área protegida de 60 há e lago de 36 há, com
melhoria na qualidade de ar benéfico para a saúde e lazer.
O município de Alto Taquari ainda não dispõe de transporte público coletivo, por ser
uma cidade de pequeno porte. A comunidade utiliza de veículos próprios, táxis, moto e
bicicletas. O transporte escolar é realizado através de convênio FNDE/MEC, com ônibus do
Programa Caminho da Escola.
O transporte interurbano de carga é realizado por caminhões e transporte ferroviário,
essencial ao crescimento urbano. Em relação ao transporte rodoviário intermunicipal de
ônibus, a cidade não dispõe de rodoviária e uma única empresa de ônibus (Viação São Luiz)
que faz a linha Cuiabá/Votuporanga SP, com apenas um horário por dia.
O IDH é avaliado a partir da análise de critério social, políticos, econômicos,
ambientais, segurança, saúde, educação, transporte e serviços públicos.
Alto Taquari é uma pequena cidade, porém, orgulha-se pelas condições de vida que
oferece, pela harmonia que reina entre a sua gente e pela credibilidade desfrutada pelas
suas autoridades.
A feliz conjugação dos fatores naturais, como o clima, a topografia, a regularidade das
chuvas, a excelência do solo, entre outros, com o espírito empreendedor e a cultura do
trabalho trazido pelos imigrantes, fez de Alto Taquari um município de destaque nacional.
Ao completar 29 anos de vida própria, como resultante da soma destes fatores com a
excelência administrativa, Alto Taquari – porta de entrada do Estado de Mato Grosso – se
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apresenta como polo de desenvolvimento regional, liderança estadual e terra da promissão
para quem quer crescer. E muitos foram os vultos que contribuiram para o progresso deste
município, pessoas que trabalharam em prol desta comunidade, dedicando parte de suas
vidas para ajudar na melhoria do mesmo.
A cronologia das sucessões adminitrativas registra os nomes daqueles ilustres
personagens que se colocaram à disposição do povo durante o período a eles confiado.
Nesse processo político foram os seguintes até a atualidade:
13 / 05 / 1986 Erny Dreyer
01 / 01 / 1989 Lairto João Sperandio
01 / 01 / 1993 José Arnaldo Buscariol
01 / 01 / 1997 João Naves de Souza
01 / 01 / 2001 Lairto João Sperandio
01 / 01 / 2005 Lairto João Sperandio
01 / 01 / 2009 Maurício Joel de Sá
01 / 01 / 2013 Maurício Joel de Sá
Lideranças políticas
A Câmara Municipal de Vereadores funciona em moderno prédio próprio, composta
por nove vereadores com espírito voltado ao progresso e desenvolvimento, com suas
atividades voltadas ao povo taquariense. Além da representatividade política na Câmara, o
município conta com várias lideranças políticas, sendo elas:
PPS – (Partido Popular Socialista) - Presidente: Márcia Antonia Buscariol
PDT (Partido Democrático Trabalhista) – Cristine Schmidt Bernini
PSB (Partido Social Brasileiro) – Presidente: Euzébio Oly Medeiros de Oliveira
PR – (Partido da República) - Presidente: Mario Donizete Rulli
DEM – (Partido Democrata) – Presidente: Marilda Sperandio
PTB – (Partido Trabalhista Brasileiro) – Presidente: Ruth Nely de Sá
PP – (Partido Progressista) – Presidente: Silber Alves Garcia
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PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) – Presidente: João Naves de Souza
PV – Partido Verde – Presidente: José Barbosa de Souza (Zé do Lauro)
SD (Solidariedade) – Presidente: Rubens de Almeida Novaes
PT (Partido dos Trabalhadores)– Presidente: Marco Aurelio Julien
PC do B (Partido Comunista do Brasil)– Presidente: Sandra Regina dos Reis
PSD – (Partido Social Democrático) – Presidente: Antônio Donizete Garcia (Marola)
PT do B – Partido - Presidente: Deneval Mascarenhas de Andrade
PSC – (Partido Social Cristão) – Presidente: Gilmar Verona Cabriotti
PROS – (Partido Republica da Ordem Social) – Presidente: Euds Eucly Medeiros de Oliveira
PSDB – (Partido da Social Democracia Brasileira) – Presidente: Laucidio Faustino Inácio
O Prefeito Municipal de Alto Taquari, Sr. Maurício Joel de Sá, destaca que: “a base do
desenvolvimento do município é o trabalho coletivo do seu povo e a confiança depositada
na administração municipal. O que permite projetar Alto Taquari como um verdadeiro polo
regional de desenvolvimento e um dos municípios mais promissores em todo o Brasil para
quem deseja investir sua capacidade empreendedora na busca de um futuro seguro e feliz,
faltando ao município uma esmagadora de grãos para concretizar o complemento do ciclo
produtor”. Tendo o município vocação para criação de aves e suínos, com áreas de terras e
pessoas disponíveis para tanto, inclusive na área de reflorestamento.
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO
A Secretaria Municipal de Educação e Cultura localiza-se na Av. Cel. Macário Subtil de
Oliveira, 1060, Centro. Tendo como gestor da pasta Sr. Marco Aurélio Julien, fazendo parte
do setor pedagógico a Coordenadora de Educação Infantil, Prof.ª Juliana Bellodi e a
Coordenadora do Ensino Fundamental, Prof.ª Rosangela Carvalho de Oliveira Santos. A
Secretaria também conta com uma Nutricionista, uma Psicóloga e mais duas técnicas
administrativas, uma telefonista e duas Agentes de Serviços Públicos.
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Na pasta da educação estão lotados 225 (duzentos e vinte e cinco) servidores,
distribuídos nas Instituições de Ensino da Rede Municipal.
A emancipação política do município de Alto Taquari se deu através da Lei n.º 4.993,
de 13 de Maio de 1986.
Na época não tinha escola no município e os alunos eram atendidos e alfabetizados
por voluntários nas próprias fazendas.
Através da Lei de Criação das escolas Públicas N.º 13 de 24 / 04 / 1987, no ano de
1987, surgiram as primeiras escolas localizadas na zona rural no município de Alto Taquari.
Essas escolas recebiam o nome de Santa Cecília; Chaparral e Gonzáles que atendiam
aproximadamente 120 alunos em salas multisseriadas de 1ª a 4ª série. Inicialmente
funcionavam em dependências cedidas pelos fazendeiros, em diferentes regiões do
município. Aos poucos muitas famílias se migraram para a cidade e consequentemente o
número de alunos matriculados na zona rural foi diminuindo ano a ano, pois existia a
necessidade da complementação do Ensino Fundamental, no caso 5.ª a 8.ª série.
Na época com o número de alunos reduzidos, duas das escolas rurais tinham entre seis
e dez alunos matriculados e na outra escola não existiam matriculas entre os anos de 1991 a
1992. As três escolas rurais foram desativadas posteriormente, centralizando toda a
documentação na Escola Municipal Dourados que funcionava na cidade, localizada à Rua
Alexandre de Carvalho. O prédio era pequeno a estrutura física era de madeira e possuía
apenas 04 salas de aulas.
A partir de 1992 foi construído o novo prédio da escola municipal em Alto Taquari –
MT, à Rua Francisco Mendes de Morais, 911, passando a ser denominada Escola
Municipal “ Prof.ª. Elzinha Lizardo Nunes”. No início foi construído 10 salas de aulas e aos
poucos a escola foi sendo ampliada para atender as necessidades da comunidade local.
Hoje a estrutura física da escola conta com 20 salas de aulas permanentes, sala de
professores, coordenação, sala da direção, sala de vídeo, laboratório de informática,
refeitório, cozinha e pátio coberto para recreação.
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Desde 2000 houve muita preocupação por parte da SMEC – Secretaria Municipal de
Educação e Cultura em oferecer cursos de aperfeiçoamento e formação continuada aos
profissionais da educação de acordo com a proposta pedagógica o que veio a contribuir com
a melhoria da qualidade do ensino ofertado.
A SME atende hoje 04 escolas na zona urbana: Centro de Educação Infantil – CEI Prof.ª
Maria Auta Medeiros de Oliveira (Pro infância); Escola Municipal “Profª. Elzinha Lizardo
Nunes”; Escola Estadual Carlos Irigaray Filho; e o Colégio Master. (antigo Instituto
Presbiteriano Judith Vieira Barboza).
O Centro de Educação Infantil ‘Prof.ª Maria Auta Medeiros de Oliveira” (antiga
Creche Municipal) foi criada através da Lei n.º 090 / 91 de 29 de Novembro de 1991,
oferecendo atendimento em Creche de 0 a 03 anos em turno integral e Pré-Escola de 04 a 05
anos, em turno parcial. As crianças atendidas realizam atividades diversas durante o dia. São
orientados durante as refeições que incluem café da manhã, almoço e lanche. Noções de
higiene são passadas na hora do banho e escovação dos dentes. As crianças do berçário
recebem um atendimento especial além das mamadeiras e alimentos adequados a sua
idade. As crianças recebem acompanhamentos médicos, psicológicos, dentários e orientação
educacional às famílias.
A Escola Municipal “Prof.ª. Elzinha Lizardo Nunes” foi construída no ano de 1992, na
gestão do Prefeito Lairto João Sperandio. Recebeu este nome em homenagem a Prof.ª
Elzinha Lizardo Nunes, primeira Secretária de Educação e Diretora que faleceu no ano de
1989. Atualmente a escola atende cerca de 980 alunos do Ensino Fundamental e 40 alunos
da EJA - Educação de Jovens e Adultos 1.º segmento
A Escola Estadual Carlos Irigaray Filho foi fundada no ano de 1984 e recebeu este
nome em homenagem ao Sr. Carlos Irigaray Filho, prefeito de Alto Araguaia que faleceu num
acidente de automóvel.
Centro Educacional Master oferece Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino
Médio nos períodos: matutino e vespertino
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Alto Taquari conta, ainda, com uma Biblioteca Pública que possui um acervo literário e
para pesquisa, Internet, fitas de vídeo, etc. Funciona em tempo integral com pessoas
capacitadas para atender as necessidades da clientela e duas salas de inclusão digital para
atender a comunidade que não tem acesso a informática em suas residências que muito tem
contribuído para a formação das crianças, jovens e adultos que a procuram.
O município oferece atividades no contra turno escolar através do Projeto Fazendo
Futuro, que atende 180 crianças. Todavia não consegue atender toda a demanda devido a
falta de espaço físico e infraestrutura. Em 2013 o município foi contemplado com o
Programa Mais Educação.
O município conta com quatro canais de televisão sendo: Rede Globo, SBT, Record (TV
Taquari) e Rede TV. Uma estação de rádio: Radio Nascente do Taquari e serviços de telefonia
fixo e móvel.
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EM QUAIS PROGRAMAS E PROJETOS DO MEC E DA SEDUC O MUNICÍPIO ESTÁ
INSERIDO?
ORIGEM SEGMENTO CONTEMPLADO
PROGRAMA
Mu
nic
ipal
Esta
du
al
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no
méd
io
Téc
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fiss
ion
aliz
ante
EJA
Edu
caçã
o
Do
Cam
po
PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
- X X - - X X - - -
PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL
- - - - - - - - - -
PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA
- X X - - X - - - -
PROINFÂNCIA - - X -
X - - - - -
SAÚDE NA ESCOLA - X X -
X X X - - -
ATLETA NA ESCOLA - - - - - - - - - -
PROINFO - X X - - X X - - -
ACESSIBILIDADE - - X -
- X - - - -
SISPACTO ENSINO MÉDIO - X X -
- - X - - -
PDDE ÁGUA NA ESCOLA - - - -
- - - - - -
PDDE ESCOLA DO CAMPO - - - -
- - - - - -
PDDE ESCOLA SUSTENTÁVEL - - X -
X X X - - -
PDDE ESCOLA PRIORITÁRIA - - - -
- - - - - -
MAIS CULTURA - - - -
- - - - - -
E.I. MANUTENÇÃO - - X -
X - - - - -
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TRANSPORTE ESCOLAR - X X -
X X X - X -
PNATE - - X - X X X - X -
TOTAL DE PESSOAS ALFABETIZADAS NO MUNICÍPIO:
2010 2011 2012 2013 2014 2015
Pessoas % Pessoas % Pessoas % Pessoas % Pessoas % Pessoas %
8.016 98,96 - - - - - - 11.602 96,68 11.602 96,68
Conforme Censo de 2010 a população total no município era de 8100, sendo 8016
pessoas alfabetizadas. Hoje, com o crescimento demográfico, a população de Alto Taquari é
de aproximadamente 12.000 habitantes, sendo 11.602 alfabetizadas.
TOTAL DE PESSOAS NÃO ALFABETIZADAS NO MUNICÍPIO:
2010 2011 2012 2013 2014 2015
84 - - - 398 398
Com base no Censo de 2010, no município de Alto Taquari, 1,03% da população geral,
ou seja, 84 pessoas em Alto Taquari não eram alfabetizadas. Com o crescimento
demográfico, este número subiu para 398 pessoas em 2014.
NÍVEL DE ESCOLARIDADE DA POPULAÇÃO DE 18 A 29 ANOS:
NÍVEL DE ESCOLARIDADE 2010 2011 2012 2013 2014
Analfabetos 32 - - - -
Ensino Fundamental (anos iniciais) 1680 - - - -
Ensino Fundamental (anos finais) 76 - - - -
Ensino Médio 82 - - - -
Ensino Superior 116 - - - -
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NÚMERO DE MATRÍCULAS E POPULAÇÃO DE 18 A 29 ANOS:
NÍVEL DE ESCOLARIDADE 2010 2011 2012 2013 2014 2015
População de 18 a 29 anos 1986 - - - - -
Ensino Fundamental (anos iniciais) EJA
32 42 38 44 40 36
Ensino Fundamental (anos finais) EJA
188 170 235 258 211 164
Ensino Médio 108 159 237 296 206 203
Ensino Superior 56 87 142 136 150 150
As matriculas de EJA no Ensino Fundamental (2.º segmento) diminui em relação a
2010, mas as matriculas no Ensino Médio e Ensino Superior aumentaram, isto demonstra
que a população nesta faixa etária está preocupada com a qualificação.
A GESTÃO DAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES NO MUNICÍPIO OCORRE:
Instituições Municipal Estadual Federal
Eleição Direta X
Indicação/cargo comissionado X
Outros:
Na Rede Municipal os diretores das escolas municipais são por indicação e na Escola
Estadual por eleição direta.
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NÍVEIS DE ENSINO:
EDUCAÇÃO INFANTIL
A Educação das crianças de zero a cinco anos em estabelecimentos de Educação
Infantil vem crescendo no mundo inteiro e de forma bastante acelerada, seja em
decorrência da necessidade da família de contar com uma instituição que se encarregue do
cuidado e educação de crianças que os pais trabalham fora de casa, ou seja pelos
argumentos advindos das ciências que investigam o processo de desenvolvimento da criança
atendida por profissionais especializados capazes de fazer a mediação entre o que a criança
já conhece e o que pode conhecer, significa investir no desenvolvimento humano de forma
inusitada.
A educação é elemento constitutivo da pessoa e, portanto, deve estar presente desde
o momento em que ela nasce, como meio e condição de formação, desenvolvimento,
integração social e realização pessoal. Além do direito da criança, a Constituição Federal
estabelece o direito dos trabalhadores, pais e responsáveis, à educação de seus filhos e
dependentes de zero a seis anos.
Por determinação da LDB, as creches atenderão crianças de zero a três anos, ficando a
faixa de quatro a cinco anos para a pré-escola, e deverão adotar objetivos educacionais,
transformando-se em instituição de educação, segundo as diretrizes curriculares nacionais
emanadas do Conselho Nacional de Educação. Essa determinação segue a melhor
pedagogia, porque é nessa idade, precisamente, que os estímulos educativos tem maior
poder de influência sobre a formação da personalidade e o desenvolvimento da criança.
Observando as matriculas na esfera pública, em 1991, o município atendia 96 crianças
de 0 a 6 anos, hoje o CEI “Prof.ª Maria Auta Medeiros de Oliveira” atende 596. Sendo, 271
crianças de 0 a 03 anos em período integral e 325 crianças na faixa etária de 4 a 5 anos na
Pré Escola. Essa expansão no atendimento aconteceu em razão do aumento significativo do
número de mães trabalhadoras que necessitam cada vez mais da instituição pública para
educar e cuidar de seus filhos.
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Considerando-se que nos primeiros anos de vida, dada a maleabilidade da criança às
interferências do meio social, especialmente da qualidade das experiências educativas, é
fundamental que os profissionais sejam altamente qualificados. O quadro docente da
Educação Infantil no município de Alto Taquari – MT, é composto por professores habilitados
em nível superior (Pedagogia) e os Monitores de Educação Infantil, que já concluíram o
Ensino Médio , o que revela uma progressiva melhoria da qualificação docente. No entanto,
nível de formação acadêmica não significa necessariamente habilidade para educar crianças
pequenas. Daí o porquê dos cursos de formação de Magistério para a Educação Infantil
devem terem uma atenção especial à formação humana, à questões de valores e as
habilidades específicas, para tratar com seres tão abertos ao mundo e tão ávidos de explorar
e conhecer como são as crianças.
Outra questão importante a analisar é em relação ao número de alunos por professor.
De acordo com a Resolução n.º 276/2000 – CEE/MT, Lei n.º 9394/96 – LDB e a Lei
Complementar n.º 49/98 Art. 8.º § 3.º fica estabelecido que o atendimento às crianças de 0
a 01 ano é de 06 a 08 alunos por professor e um auxiliar; 01 a 02 anos é de 08 a 10 alunos
por professor e um auxiliar; 02 a 03 anos é de 12 a 15 alunos por professor e um auxiliar; 03
a 06 anos é de 20 a 25 alunos por professor e um auxiliar. Essa é uma pauta que urge ser
discutida e regularizada, uma vez que nessa faixa etária, as crianças necessitam de
atendimento quase que individualizado.
No município de Alto Taquari o CEI “Prof.ª Maria Auta Medeiros de Oliveira” já está
adequado Art. 8.º § 3.º , em todas as salas de aulas as crianças tem acompanhamento de um
professor habilitado em Pedagogia e um Monitor de Educação Infantil e quando necessário
um Auxiliar de Desenvolvimento para atender alunos com necessidades especiais.
Por fim, há que se registrar que as crianças que frequentam a instituição pública que
oferece Educação Infantil nesse município, na sua grande maioria, provêm de famílias com
um nível de pobreza que impossibilita oferecer a seus filhos o mínimo de condições de vida
como, por exemplo: saúde, nutrição, educação, moradia, trabalho, emprego, renda e
espaços sociais de convivência, cultura e lazer.
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De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, organizado
pelo MEC, as creches e pré-escolas devem educar cuidar e proporcionar brincadeiras, que
contribuem para o desenvolvimento da personalidade, da linguagem e para a inclusão social
da criança. Atividades como brincar, contar histórias, oficinas de desenho, pintura e música,
além de cuidados com o corpo, são recomendadas pelo referencial curricular para crianças
matriculadas no ensino infantil.
A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, contribui para o
desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social da criança, complementando a ação
da família e da comunidade. É oferecida gratuitamente em creches ou instituições
equivalentes para crianças de até 3 anos de idade e, posteriormente, em pré-escolas para
crianças de 4 a 5 anos. O ensino em creches e pré-escolas faz parte da Educação Infantil
(artigo 21 da LDBEN 9394/96).
No município de Alto Taquari existem duas Instituições que oferecem Educação
Infantil, sendo o CEI “Prof.ª Maria Auta Medeiros de Oliveira e o Centro Educacional Master
da rede privada.
TOTAL DE INSTITUIÇÕES:
Educação Infantil 0 a 3 anos Educação Infantil 4 e 5 anos
Urbana Urbana
Municipal Estadual Privada Municipal Estadual Privada Total
2010 01 - 01 01 - 01 02
2011 01 - 01 01 - 01 02
2012 01 - 01 01 - 01 02
2013 01 - 01 01 - 01 02
2014 01 - 01 01 - 01 02
2015 01 - 01 01 - 01 02
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TAXA DE NATALIDADE DO MUNICÍPIO:
2010 2011 2012 2013 2014
Natalidade-(nascidos vivos) 161 186 174 156 131
Masculino 80 99 85 95 78
Feminino 81 87 89 61 53
1 a 3 anos 438 355 375 340 330
4 a 5 anos 343 411 438 337 347
Total 942 952 987 833 808
Conforme dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde, a taxa de natalidade
do município diminuiu, sendo 161 crianças nascidas em 2010 e 131 em 2014.
NÚMERO DE CRIANÇAS NO MUNICÍPIO:
2011 2012 2013 2014 2015
Mat
ricu
lad
as
Não
mat
ricu
lad
as
Mat
ricu
lad
as
Não
mat
ricu
lad
as
Mat
ricu
lad
as
Não
mat
ricu
lad
as
M
atri
cula
das
N
ão m
atri
cula
das
Mat
ricu
lad
as
Não
mat
ricu
lad
as
0 A 1 anos 57 104 61 124 107 67 98 47 81 50
2 anos 72 122 101 90 88 72 86 22 88 68
3 anos 116 128 121 83 134 27 140 10 112 62
Sub total 245 354 283 297 329 166 324 79 281 180
4 anos 121 52 137 107 161 13 140 08 171 15
5 anos 150 30 142 21 153 11 152 05 158 03
TOTAL 516 436 562 425 643 190 586 92 610 198
Conforme a tabela acima, o município atende 60,05% na faixa etária de Creche e
94,81% na faixa etária de 4 a 5 anos na Pré-escola.
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Aos poucos a Educação Infantil está sendo implementada em nosso município, porém,
urge ampliação dos espaços, melhoria e adequações na infraestrutura, abertura de novas
vagas para o atendimento em Creche. Se por um lado o município de Alto Taquari pode
comemorar conquistas legais para Educação Infantil, por outro também precisamos tomar
iniciativas que tornem concretos esses ideais. Ainda temos demanda de 39,95% para
atendimento na Educação Infantil (Creche) e o nosso município precisa se desdobrar para
prover formas de viabilizar esse atendimento, construir espaços para ampliação da oferta de
atendimento em creche e recursos para manutenção da demanda. “Para tanto, requerem-
se, medidas administrativas condizentes e recursos financeiros necessários e administrativos
para articulação dos setores da política social envolvidos no atendimento dos direitos e das
necessidades das crianças”. (Plano Nacional de Educação).
NÚMERO DE MATRÍCULAS E PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL DAS REDES DE
ENSINO DO MUNICÍPIO:
2011 2012 2013 2014 2015
Nível REDE
Nº
DE
PR
OFE
SSO
RES
Nº
DE
MA
TRÍC
ULA
NA
ZO
NA
UR
BA
NA
Nº
DE
PR
OFE
SSO
RES
Nº
DE
MA
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ULA
NA
ZO
NA
UR
BA
NA
Nº
DE
PR
OFE
SSO
RES
Nº
DE
MA
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AN
A
Nº
DE
PR
OFE
SSO
RES
Nº
DE
MA
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ZON
A U
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AN
A
Nº
DE
PR
OFE
SSO
RES
Nº
DE
MA
TRÍC
ULA
NA
ZO
NA
UR
BA
NA
CR
ECH
E (0
A 1
AN
O)
Municipal 03 57 04 61 05 107 05 98 05 81
Estadual - - - - - - - - - -
Privada/ Filantrópica
- - - - - - - - - -
Total: 03 57 04 61 05 107 05 98 05 81
CR
ECH
E (2
AN
OS)
Municipal 04 72 04 101 04 88 04 86 04 88
Estadual - - - - - - - - - -
Privada/ Filantrópica
- - - - - - - - - -
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Total: 04 72 04 101 04 88 04 86 04 88
CR
ECH
E (3
AN
OS)
Municipal 06 116 05 121 06 134 06 140 04 112
Estadual - - - - - - - - - -
Privada/ Filantrópica
- - - - - - - - - -
Total: 06 116 05 121 06 134 06 140 04 112
PR
É ES
CO
LA
( 4
AN
OS)
Municipal 05 114 05 127 06 153 06 133 07 161
Estadual - - - - - - - - - -
Privada/ Filantrópica
01 07 01 10 01 08 01 07 01 10
Total: 06 121 06 137 07 161 07 140 08 171
PR
É ES
CO
LA
(5 A
NO
S)
Municipal 05 142 06 130 06 143 06 143 07 147
Estadual - - - - - - - - - -
Privada/ Filantrópica
01 08 01 12 01 10 01 09 01 11
Total: 06 150 07 142 07 153 07 152 08 158
Total Geral 516 562 643 586 610
As matriculas na Educação Infantil vem crescendo em relação a 2010, o município
atende 94,81% na faixa etária de 4 a 5 anos e 60,09% na faixa etária de 0 a 3 anos (Creche).
INSTITUIÇÕES QUE OFERECEM ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO DE TEMPO INTEGRAL
DE 0 A 05 ANOS:
Tota
l de
Inst
itu
içõ
es
Total de alunos atendidos de 0 a 5 anos.
2011 2012 2013 2014 2015
0 a
3
4 e
5
Tota
l
0 a
3
4 e
5
Tota
l
0 a
3
4 e
5
Tota
l
0 a
3
4 e
5
Tota
l
0 a
3
4 e
5
Tota
l
Municipal 01 240 - 240 277 - 277 326 - 326 315 20 335 261 07 268
Estadual - - - - - - - - - - - - - - - -
Privada - - - - - - - - - - - - - - 07 07
TOTAL 01 240 - 240 277 - 277 326 - 326 315 20 335 261 07 268
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Das matriculas do CEI “Prof.ª Maria Auta Medeiros de Oliveira”, 45,5% das crianças
frequentam a Educação Infantil em período integral e 54,5% em período parcial na pré-
escola.
FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL:
Etapa Rede de ensino
Quantidade de professores por nível de escolaridade
Ensi
no
Fun
dam
enta
l
Ensi
no
Méd
io
Ensi
no
Méd
io
Mag
isté
rio
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Do
uto
rad
o
TOTA
L
Edu
caçã
o In
fan
til
0 a
3 a
no
s
Municipal - - 03 07 02 - - 12
Estadual - - - - - - - -
Privada/Filantrópica - - - 02 - - - 02
Edu
caçã
o In
fan
til
4 e
5 a
no
s
Municipal - - - 04 10 - - 14
Estadual - - - - - - - -
Privada/Filantrópica - - 01 01 - - - 02
Os docentes que atuam na Educação Infantil são 100% habilitados em nível superior,
(Pedagogia) e os Monitores de Educação Infantil possuem formação a nível Médio.
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35
FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE APOIO EM SALA DE AULA NAS INSTITUIÇÕES DE
ENSINO INFANTIL:
Etapa
Rede de ensino
Quantidade de profissionais de Apoio por nível de escolaridade
Ensi
no
Fu
nd
amen
tal
Ensi
no
Méd
io
Ensi
no
Méd
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M
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Mes
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o
TOTA
L
Edu
caçã
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til
0 a
3 a
no
s
Municipal - - 19 04 - - - 23
Estadual - - - - - - - -
Privada/Filantrópica - - - - - - - -
Edu
caçã
o In
fan
til
4 e
5 a
no
s
Municipal - - 25 04 - - - 29
Estadual - - - - - - - -
Privada/Filantrópica - - 01 01 - - - 02
SITUAÇÃO E PREVISIBILIDADE DOS ESPAÇOS FÍSICOS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL:
Instituições de Ensino: Educação Infantil 0 a 3 anos
Educação Infantil 4 a 5 anos
Urbana Rural Urbana Rural
Em funcionamento 02 - 02 -
Com espaço adequado 02 - 02 -
Necessidade de construção - - - -
Em fase de construção - - - -
Com necessidade de reforma e ampliação 01 - 01 -
Sem autorização e credenciamento - - - -
Em situação fundiária - - - -
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36
O Plano Municipal de Educação propõe, como direito de toda criança e dever do
Estado, conforme estabelece a Constituição Federal, no seu artigo 208, inciso IV, a
implementação, junto ao Poder Público Municipal de políticas que garantam a oferta pública
à Educação Infantil de qualidade, conforme determina a LDB Lei n.º 9394/96, Art. 29º. A
Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Art.
30º. A educação infantil será oferecida em:
I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;
II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade.
Os dados indicam que (39,04%), ou seja 180 crianças de 0 a 3 anos não frequentam a
Creche e apenas 18 crianças de 04 e 05 anos, não frequentam a pré-escola na cidade. A taxa
de cobertura corresponde a um índice de 94,81% de matrículas iniciais no contexto urbano
da cidade, muito embora haja disponibilidade de atendimento na rede.
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37
ENSINO FUNDAMENTAL:
A Constituição Federal, no seu artigo 208, garante a todos os cidadãos o acesso ao
Ensino Fundamental obrigatório e gratuito, direito público subjetivo a todos na faixa etária
de 7 a 14 anos, inclusive para todos que a ele não tiveram acesso na idade própria. O não
oferecimento do Ensino Fundamental, ou sua oferta irregular pelo poder público implica
responsabilidade da autoridade competente.
De acordo com o artigo 87 da LDB, (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional),
cada município e, supletivamente, o Estado e a União, deverão matricular todos os
educando a partir de sete anos de idade e, facultativamente, a partir dos seis anos, no
Ensino Fundamental, e a partir de 2006 torna-se obrigatório à matrícula a partir dos seis
anos de idade. Sendo assim, torna-se prioridade do Plano Municipal de Educação oferecer o
Ensino Fundamental, dos seis aos quatorze anos, inclusive para todos que a ele não tiveram
acesso na idade própria.
Constata-se hoje um elevado índice de distorção idade-série, ou seja, existem muitos
alunos matriculados no Ensino Fundamental com idade acima de 14 anos. Para tanto, é
necessário estabelecer no Plano Municipal de Educação mecanismos de regime de
colaboração com Estado a União e Organizações Não-Governamentais e a sociedade com
um todo, para tornar realidade essa grande missão de:
* Promover, ao aluno, acesso ao conhecimento sistematizado e, a partir deste, a
produção de novos conhecimentos;
Preocupar-se com a formação de cidadãos conscientes e participativos, qualificados
para o trabalho e preparados para o exercício da cidadania;
Respeito a dignidade e as liberdades fundamentais do cidadão;
O desenvolvimento da personalidade e sua participação na obra do bem comum;
O preparo do cidadão para o domínio dos recursos científicos e tecnológicos que
lhes permitem utilizar as possibilidades de vencer as dificuldades do meio e sua preservação;
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38
A condenação a qualquer tratamento desigual por motivo de convicção filosófica,
política e religiosa, bem como a quaisquer preconceito de classe, raça, sexo e cultura;
Proporcionar ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de sua
potencialidade como elemento de alto realização..
O desafio do Município, na área do Ensino Fundamental é bem abrangente. É de sua
responsabilidade planejar, organizar e gerir um sistema de Ensino capaz de combater a
exclusão, da escola, das crianças na idade própria, a defasagem idade/série, o alto índice de
reprovação e o abandono dos estudos.
Definir prioridades no âmbito do Ensino Municipal, em termos de proposta
orçamentária, desde custeio e investimentos em obras, equipamentos, calendário escolar
das escolas no município, mobilizarem a sociedade para o censo escolar, propor, organizar e
desenvolver campanhas junto a empresas locais, para o investimento da contribuição social
do Salário-Educação, constitui alguns dos muitos problemas concernentes ao ensino do
Município, para os quais a comunidade escolar deve voltar sua atenção e particular em nível
de decisão, participando ativamente das ações da escola para que juntos, possamos oferecer
uma educação de qualidade.
TOTAL DE INSTITUIÇÕES:
Ensino Fundamental
Ensino Fundamental Regular Ensino Fundamental EJA
Urbana Campo 1º Seg 2º Seg
Mun. Est. Priv Mun. Est Urbano Campo Urbano Campo
2010 01 01 01 - - 01 - 01 -
2011 01 01 01 - - 01 - 01 -
2012 01 01 01 - - 01 - 01 -
2013 01 01 01 - - 01 - 01 -
2014 01 01 01 - - 01 - 01 -
2015 01 01 01 - - 01 - 01 -
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39
No município de Alto Taquari, existem 03 escolas de Ensino Fundamental, sendo 01 da
rede municipal, 01 da rede estadual e 01 da rede privada. Os alunos do campo são trazidos
para as escolas urbanas.
NÚMERO DE MATRÍCULAS E PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL DAS REDES
DE ENSINO DO MUNICÍPIO:
2011 2012 2013 2014 2015
NIV
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RED
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MP
O
Nº
DE
MA
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1º
AN
O
Municipal 06 - 148 06 - 120 06 - 124 07 - 124 07 - 105
Estadual 01 - 29 02 - 50 02 - 43 02 - 44 03 - 61
Privada 01 - 10 01 - 09 01 - 20 01 - 15 01 - 11
Total 08 - 187 09 - 179 09 - 187 10 - 183 11 - 177
2º
AN
O
Municipal 08 - 175 07 - 153 07 - 129 06 - 114 07 - 105
Estadual 02 - 56 02 - 51 02 - 64 02 - 52 02 - 44
Privada 01 - 07 01 - 15 01 - 08 01 - 21 01 - 14
Total 11 - 238 10 - 219 10 - 201 09 - 187 10 - 163
3º
AN
O
Municipal 06 - 123 07 - 163 07 - 152 07 - 146 06 - 105
Estadual 02 - 60 02 - 62 02 - 55 02 - 65 02 - 46
Privada 01 - 08 01 - 06 01 - 16 01 - 10 01 - 17
Total 09 - 191 10 - 231 10 - 223 10 - 221 09 - 168
4º
AN
O
Municipal 07 - 140 06 - 136 06 - 158 06 - 129 07 - 129
Estadual 02 - 61 02 - 60 02 - 66 02 - 60 02 - 55
Privada 01 - 10 01 - 09 01 - 10 01 - 13 01 - 05
Total 10 - 211 09 - 205 09 - 234 09 - 202 10 - 189
5º
AN
O
Municipal 06 - 129 06 - 149 07 - 121 07 - 147 06 - 121
Estadual 02 - 60 02 - 70 02 - 61 02 - 62 02 - 51
Privada 01 - 08 01 - 10 01 - 05 01 - 07 01 - 12
Total 09 - 197 09 - 229 10 - 187 10 - 216 09 - 184
ESTADO DE MATO GROSSO ALTO TAQUARI
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40
6º
AN
O
Municipal 07 - 172 07 - 134 07 - 140 07 - 139 07 - 127
Estadual 18 - 89 09 - 67 11 - 74 14 - 70 12 - 59
Privada 06 - 08 06 - 07 06 - 14 06 - 05 06 - 07
Total 31 - 269 22 - 208 24 - 228 27 - 214 25 - 193
7º
AN
O
Municipal 07 - 107 07 - 136 07 - 113 07 - 113 07 - 102
Estadual 18 - 99 11 - 99 13 - 69 14 - 78 13 - 60
Privada 06 - 10 06 - 10 06 - 09 06 - 11 06 - 05
Total 31 - 216 24 - 245 26 - 191 27 - 202 26 - 167
8º
AN
O
Municipal 07 - 104 07 - 84 07 - 105 07 - 85 07 - 92
Estadual 18 - 111 14 - 109 20 - 103 14 - 71 11 - 77
Privada 06 - 10 06 - 10 06 - 11 06 - 11 06 - 11
Total 31 - 225 27 - 203 33 - 219 27 - 167 24 - 180
9º
AN
O
Municipal 07 - 85 07 - 73 07 - 74 07 - 86 07 - 68
Estadual 15 - 84 15 - 111 18 - 121 18 - 109 10 - 63
Privada 06 - 11 06 - 09 06 - 11 06 - 12 06 - 10
Total 28 - 180 28 - 193 31 - 206 31 - 207 23 - 141
Total Geral 1914 1912 1876 1799 1562
Conforme a tabela acima observa-se que houve uma redução no número de matriculas
do Ensino Fundamental. Em 2011 foram matriculados nas escolas de Ensino Fundamental no
município, 1914 alunos e em 2015 estão matriculados 1562.
LEVANTAMENTO DA TAXA DE APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO DO 1º ao 3º ANOS DO
ENSINO FUNDAMENTAL:
Ano Estadual Municipal Privada
Aprov. Reprov. Aprov. Reprov. Aprov. Reprov.
2010 82,32 % - 87 % 13 % 100% -
2011 84,13 % - 86,22% 13,78% 100% -
2012 84,66 % - 89,71% 10,29 % 100% -
2013 81,49 % - 95,32% 4,68 % 100% -
ESTADO DE MATO GROSSO ALTO TAQUARI
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41
2014 82 % - 95,4% 4,6 % 97,8 % 2,2 %
A taxa de reprovação na Rede Municipal diminuiu de 13% para 4,6%, mas ainda
consideramos alta.
LEVANTAMENTO DA TAXA DE APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO DO 4º ao 6º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL:
Ano Estadual Municipal Privada
Aprov. Reprov. Aprov. Reprov. Aprov. Reprov.
2010 8%4,3 1,53 % 78,36 % 21,64 % 100% -
2011 81,8 % 0,5 % 80,79 % 19,21 % 100% -
2012 76,6 % - 91,55 % 8,45 % 100% -
2013 81,6 % 0,99 % 91,12 % 8,88 % 96,6 % 3,4 %
2014 83,6 % - 86,74 % 13,26 % 100% -
Na Rede Municipal a taxa de reprovação do 4.º ao 6.º ano do Ensino Fundamental,
reduziu de 21,64% em 2010, para 13,26% em 2014 e teve uma redução nos anos de 2012 e
2013, mas voltou a subir em 2014.
LEVANTAMENTO DA TAXA DE APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO DO 7º ao 9º ANOS DO
ENSINO FUNDAMENTAL:
Ano Estadual Municipal Privada
Aprov. Reprov. Aprov. Reprov. Aprov. Reprov
2010 77,6 % 0,30 % 71,88 % 28,12 % 100% -
2011 77,7 % 2,05 % 66,02 % 33,98 % 100% -
2012 78,3 % - 98,48 % 1,52 % 100% -
2013 73,7 % 2,31 % 89,02 % 10,98 % 100% -
2014 79,7 % 2,73 % 92,72 % 7,28 % 100% -
ESTADO DE MATO GROSSO ALTO TAQUARI
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA CME – CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
42
Na Rede Municipal a taxa de reprovação do 7.º ao 9.º ano do Ensino Fundamental,
reduziu de 28,12% em 2010, para 7,28% em 2014. Houve uma redução significativa em
2012, mas voltou a subir em 2013 e em 2014 fechou com a taxa 7,28% .
LEVANTAMENTO DO PERCENTUAL DA TAXA DE DISTORÇÃO IDADE/ANO: ENSINO
FUNDAMENTAL:
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano
Mun. Est. Priv Mun. Est. Priv Mun. Est. Priv Mun. Est. Priv
2010 10% 0 0 11% 0 0 24% 0 0 25% 0 0
2011 1% 0 0 16% 0 0 16% 0 0 24% 0 0
2012 4% 0 0 11% 0 0 17% 0 0 21% 0 0
2013 1% 0 0 9% 0 0 16% 0 0 18% 0 0
2014 0 0 0 5% 0 0 9% 0 0 16% 0 0
Na Rede Municipal, o índice de distorção idade/série ainda é considerado alto. A
escola já vem desenvolvendo projetos para diminuir a taxa.
LEVANTAMENTO DO PERCENTUAL DA TAXA DE DISTORÇÃO IDADE/ANO: ENSINO
FUNDAMENTAL:
5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
Mun Est. Priv. Mun Est. Priv. Mun Est. Priv. Mun Est. Priv. Mun Est. Priv.
2010 22% 0 0 36% 0 0 30% 0 0 29% 0 0 27% 0 0
2011 26% 0 0 32% 0 0 19% 0 0 19% 0 0 14% 0 0
2012 27% 0 0 27% 0 0 23% 0 0 14% 0 0 11% 0,3 0
2013 19% 0 0 27% 0 0 25% 0 0 17% 0 0 11% 0,38 0
2014 17% 0 0 21% 0 0 19% 0 0 23% 0 0 16% 0 0
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43
Nos anos finais do Ensino Fundamental a taxa de distorção idade/Série é muito alta,
sendo necessário a intervenção através de projetos educacionais para regularizar o fluxo
escolar reduzindo as taxas de repetência e evasão, por meio de programas de aceleração da
aprendizagem e de recuperação paralela ao longo do curso, garantindo efetiva
aprendizagem.
LEVANTAMENTO DO PERCENTUAL DA TAXA DE ABANDONO: ENSINO
FUNDAMENTAL:
1º ano (%) 2º ano (%) 3º ano (%) 4º ano (%)
Mun Est. Priv. Mun Est. Priv. Mun Est. Priv. Mun Est. Priv.
2010 0,6 0 0 0 0 0 0,7 0 0 0 0 0
2011 2,4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
2012 1,5 0 0 0 0 0 0 0 0 0,8 0 0
2013 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
2014 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
LEVANTAMENTO DO PERCENTUAL DA TAXA DE ABANDONO: ENSINO
FUNDAMENTAL:
5º ano (%) 6º ano (%) 7º ano (%) 8º ano (%) 9º ano (%)
Mun Est. Priv. Mun Est. Priv. Mun Est. Priv. Mun Est. Priv. Mun Est. Priv
2010 0 0 0 4,9 0 0 0 0 0 0,8 0 0 0,8 0 0
2011 0 0 0 3,2 0 0 1,4 0 0 2,5 0 0 0,8 0 0
2012 1,3 0 0 1,4 0 0 03 0 0 2,1 0 0 2,8 0,3 0
2013 0 0 0 1,8 0 0 2,8 0 0 3,2 0 0 1,4 0,38 0
2014 1,67 0 0 2,88 0 0 1,72 0 0 3,23 0 0 9,32 0 0
Se observarmos as taxas de abandono das escolas nos anos iniciais, não existe abandono e
nos anos finais do Ensino Fundamental a taxa em 2014 foi de 9,32%, no 9.º ano considerada
alta.
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FORMAÇÃO DOS PROFESSORES:
Etapa Rede de ensino
Quantidade de professores por nível de escolaridade
Ensi
no
Fun
dam
enta
l
Ensi
no
Méd
io
Ensi
no
Méd
io
Mag
isté
rio
Gra
du
ação
Pó
s-gr
adu
ação
/ Es
pec
ializ
ação
M
estr
ado
Do
uto
rad
o
TOTA
L
An
os
inic
iais
Municipal - - - 19 56 - - 75
Estadual - - 01 02 09 - - 12
Privada/Filantrópica - - - - - - - -
An
os
Fin
ais
Municipal - - - 39 35 - - 74
Estadual - - - 01 19 - - 20
Privada/Filantrópica - - - - - - - -
SITUAÇÃO E PREVISIBILIDADE DOS ESPAÇOS FÍSICOS PARA O ENSINO
FUNDAMENTAL:
Instituições de Ensino: Ensino Fundamental
Urbana Rural
Em funcionamento 03 -
Com espaço adequado 01 -
Necessidade de construção 02 -
Em fase de Construção 01 -
Com necessidade de reforma e ampliação 02 -
Sem autorização e credenciamento - -
Situação Fundiária - -
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45
ENSINO MÉDIO:
O Ensino Médio é a etapa final da educação básica e prepara o jovem para a entrada
na faculdade. Com duração mínima de três anos, esse estágio consolida e aprofunda o
aprendizado do Ensino Fundamental, além de preparar o estudante para trabalhar e exercer
a cidadania. Ensina teoria e prática em cada disciplina, facilitando a compreensão das
profissões, e desenvolve o pensamento crítico e a autonomia intelectual do aluno.
Nesta etapa do ensino, é obrigatória a inclusão de uma língua estrangeira moderna,
como o inglês ou o espanhol. Desde 2008, o ensino de Filosofia e Sociologia em todas as
séries do Ensino Médio foram inseridas na matriz curricular como disciplinas obrigatórias.
As escolas de educação profissional, científica e tecnológica também fazem parte do
Ensino Médio. Existem hoje mais de 300 unidades voltadas para este tipo de educação em
todos os estados do Brasil, entre Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia,
Centros Federais de Educação Tecnológica, Escolas Técnicas vinculadas às Universidades
Federais e Universidades Tecnológicas.
A discussão sobre o Ensino Médio tem como objetivo maior oferecer uma educação de
qualidade para todos. Isto ainda se apresenta como um desafio para nossa sociedade,
apesar de o Brasil ter conquistado alguns avanços significativos na legislação educacional.
O direito de todos, crianças, jovens e adultos está pautado pela legislação educacional
brasileira, sendo apresentado como dever da família e do Estado, com a finalidade de
desenvolver plenamente o educando, buscando seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN/1996), em seu artigo 21,
afirma que o Ensino Médio é a etapa final da educação básica, ou seja, conclui uma etapa de
escolarização geral, visando à formação para a cidadania, para o mundo do trabalho e para o
prosseguimento de estudos.
A Resolução CNE/CEB, de 26 de junho de 1998, trata das Diretrizes Nacionais para o
Ensino Médio e aponta três grandes princípios para sua consolidação. Sobre a Estética da
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46
Sensibilidade, primeiro princípio, a ênfase está em se estimular a criatividade, o espírito
inventivo, a curiosidade, como também colaborar na construção de jovens capazes de
suportar as inquietações e incertezas do mundo contemporâneo.
O segundo princípio, o da Política da Igualdade, tem como premissa básica o
conhecimento e o reconhecimento dos direitos e deveres que sustentam a cidadania,
buscando construir jovens cidadãos que possam vivenciar em seu cotidiano o acesso aos
bens sociais e culturais, sendo protagonistas de sua vida pessoal e profissional.
O princípio da Ética da Identidade pretende que os jovens possam buscar superar
dicotomias e situações entre o “mundo da moral e o mundo da matéria”, as dimensões
públicas e a privada, a fim de colaborar na construção de pessoas sensíveis e igualitárias em
seu meio.
Algumas competências básicas estão também explícitas nas Diretrizes Curriculares
para o Ensino Médio, entre elas o desenvolvimento da capacidade de aprender
continuamente, do ser autônomo para pensar, do despertar para o pensamento crítico,
fundamental para o mundo de hoje. É apontada ainda como necessária, a capacidade de
prosseguir nos estudos, sendo flexível às novas condições que o mundo do trabalho
apresenta.
É fundamental que os alunos do segmento do Ensino Médio atribuam significados ao
que aprendem, atrelando função política e social à realidade em que vivem; precisam, ainda,
compreender os mundos das ciências, das letras e da arte, percebendo que só por este
caminho poder-se-á iniciar um processo de transformação da sociedade em que se vive,
exercendo sua cidadania.
O uso competente da Língua Portuguesa e demais linguagens contemporâneas é
instrumento de comunicação necessário para a vida pessoal e profissional dos alunos,
constituindo-se como elemento básico para pleitear oportunidades na vida em sociedade.
A partir destes pressupostos apresentados pela legislação específica para o Ensino
Médio, cabe aos governantes e aos profissionais da Educação um estudo reflexivo sobre seu
papel, seu significado para a vida dos jovens, que o tornam realidade.
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47
O Ministério da Educação declara que há uma necessidade eminente de reestruturar o
Ensino Médio, não só ampliando o número de matrículas, quanto tornando este curso mais
atrativo e significativo para seus alunos. Na Rede Pública não se pode negar que a evasão é
um dos problemas mais sérios deste segmento, mas constatá-lo, simplesmente, não indica
um caminho para sua resolução. Se há a evasão, com boa margem de acerto nesta
inferência, é porque nosso currículo não se apresenta como atrativo para os alunos.
O último resultado publicado do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) aponta que
os jovens brasileiros concluem este segmento com defasagens básicas, inadmissíveis para
um público que tem uma vida pela frente, numa sociedade altamente competitiva.
Independente das Redes em que estudam, quer sejam públicos ou particulares, os
resultados mostram que os jovens, em sua maioria, saem do Ensino Médio com dificuldades
de interpretar e produzir textos, além de resolver operações e situações-problema aquém
das expectativas.
Ao elencar as possíveis causas desta situação, passamos pela formação ainda falha de
nossos professores; não em termos de competência técnica, mas em metodologias
adequadas para fomentar o interesse em aprender. Outra justificativa passa pela falta de
professores em algumas disciplinas, como Química e Física, especialmente. Na verdade, em
termos de retribuição financeira, os salários pagos aos professores não são efetivamente
atrativos, o que não cativa novos profissionais dispostos a investir em sua formação
continuada pelo trabalho em empresas especializadas privadas.
Uma crítica dirigida ao Ensino Médio é a de que possa estar voltado à preparação para
os vestibulares e para o próprio ENEM, o que pode significar excesso de conteúdos, nem
sempre explicados com profundidade e significado para a formação do aluno, aliados à
formação deficitária que já advém do Ensino Fundamental.
Posto isto, cabe levantar possibilidades para melhoria da qualidade do Ensino Médio.
Voltando à legislação, a LDBEN/1996 prevê que este segmento visa formação para o
exercício da cidadania, o mundo do trabalho e o prosseguimento dos estudos. Estes direitos
para serem garantidos necessitam de medidas como a melhor formação dos docentes, uma
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48
organização didática e pedagógica das escolas, um currículo adequado às expectativas dos
jovens, além do envolvimento das famílias e da sociedade civil no compromisso pela
educação.
Uma proposta possível é a revisão da matriz curricular do Ensino Médio, tornando-a
mais atrativa, podendo o aluno focar em determinada etapa do curso para uma área do
conhecimento que ele próprio poderá definir. Não se prescinde aqui da necessidade de uma
matriz básica para os anos iniciais do curso, mas se sugere um aprofundamento em alguma
área de interesse maior do aluno, tornando, assim, o Ensino Médio mais significativo para
ele.
Propõe-se uma redistribuição horária mais equitativa entre as áreas do conhecimento
que compõem a formação básica, de ordem geral, além de uma concentração de carga
horária por área na última série do Ensino Médio. A proposta de equidade entre as áreas
está alicerçada na importância destes conhecimentos para a formação integral do aluno, por
outro lado, uma carga horária focada em uma área específica, à escolha do aluno, justifica-se
para atender aos interesses, habilidades e necessidades dos mesmos.
Os alunos precisam ter desenvolvida sua autonomia intelectual, o que fará diferença
no prosseguimento de estudos ou na sua inserção no mundo do trabalho. Para isso, o
incentivo às pesquisas se faz importante, não se esquecendo de que a tecnologia faz parte
da vida dos jovens e a escola pode e deve utilizá-la como ferramenta para conciliar
autonomia, pesquisa e aprendizado.
Alguns desafios surgirão diante de tal empreitada, como pensar na integração
curricular entre as áreas do conhecimento, atrair mais profissionais para a atuação docente,
oferecer formação continuada aos profissionais das diferentes disciplinas, e apoio e
acompanhamento nas escolas. O trabalho acontece efetivamente na sala de aula e a escola
deve contar desde a estrutura física, como a aquisição de materiais diferenciados, espaços
alternativos para o processo ensino-aprendizagem até uma articulação real entre o
conhecimento e o cotidiano.
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49
Assim, a busca por um Ensino Médio de qualidade precisa garantir o acesso, a
permanência e a aprendizagem do aluno no contexto escolar, envolvendo medidas políticas
e administrativas que possam assegurar a efetivação destes objetivos.
Este caminho precisa contar com o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
Ensino Fundamental, dando possibilidade de avanço nos estudos; também, formar para o
exercício da cidadania e mundo do trabalho, desenvolvendo competências básicas para a
faixa etária em que se encontram. Não se pode desconsiderar o pleno desenvolvimento da
pessoa humana, focado em valores e atitudes, preparando o jovem para o hoje e o futuro.
Para a efetivação e sucesso de novas iniciativas para o Ensino Médio, faz-se
imprescindível a vontade política de inserir os jovens como reais cidadãos, preocupando-se
que eles não sejam só índices a serem analisados, mas, pessoas em formação, ainda na
etapa básica proposta pelo Sistema de Ensino.
Na faixa etária em que estão os jovens no Ensino Médio, não se justifica um ensino
conteudista, sem que vejam a ligação intrínseca com suas vidas; por outro lado, não se pode
minimizar os conteúdos em nome de um ensino mais “prático”, o que acarretaria menores
condições de igualdade para a vida em sociedade.
O Ensino Médio precisa de qualidade, uma matriz com conteúdos que ofereçam
significado aos alunos e uma metodologia em prol da aprendizagem real, a fim de formar
jovens para a vida em sociedade, independente da classe social em que estejam.
TOTAL DE INSTITUIÇÕES:
ENSINO MÉDIO
ANO Ensino Médio Regular Ensino Médio EJA TOTAL
Urbano Campo Urbano Campo
Estadual Privada Estadual Estadual Privada Estadual
2010 01 - - 01 - - 01
2011 01 - - 01 - - 01
2012 01 - - 01 - - 01
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50
2013 01 01 - 01 - - 02
2014 01 01 - 01 - - 02
2015 01 01 - 01 - - 02
Em Alto Taquari temos 02 escolas de Ensino Médio, sendo 01 da rede estadual e 01
escola privada.
NÚMERO DE MATRÍCULAS E PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO DAS REDES DE
ENSINO NO MUNICÍPIO:
2011 2012 2013 2014 2015
NIV
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RED
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Nº
DE
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Nº
DE
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ON
A U
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AN
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1º
AN
O
Estadual 25 - 191 21 - 208 21 - 228 30 - 207 16 - 287
Federal - - - - - - - - - - - - - - -
Privada - - - - - - 06 - 04 06 - 05 06 - 08
Total 25 - 191 21 - 208 27 - 232 36 - 212 22 - 295
2º
AN
O
Estadual 24 - 92 19 - 73 21 - 97 25 - 96 14 - 95
Federal - - - - - - - - - - - - - - -
Privada - - - - - - - - - 06 - 04 06 - 05
Total 24 - 92 19 - 73 21 - 97 31 - 100 20 - 100
3º
AN
O
Estadual 19 - 65 18 - 54 16 - 64 18 - 72 12 - 68
Federal - - - - - - - - - - - - - - -
Privada - - - - - - - - - - - - 06 - 04
Total 19 - 65 18 - 54 16 - 64 18 - 72 18 - 72
Total 348 335 393 384 467
1º
AN
O -
EJA
Estadual 18 - 116 14 - 117 15 - 128 11 - 107 11 - 98
Federal - - - - - - - - - - - - - - -
Privada - - - - - - - - - - - - - - -
Total 18 - 116 14 - 117 15 - 128 11 - 107 11 - 98
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2º
AN
O -
EJA
Estadual 12 - 72 13 - 119 15 - 123 10 - 99 12 - 72
Federal - - - - - - - - - - - - - - -
Privada - - - - - - - - - - - - - - -
Total 12 - 72 13 - 119 15 - 123 10 - 99 12 - 72
Total 188 236 251 206 170
Total Geral 536 571 644 590 637
A estatística recente confirma um aumento considerável de jovens que buscam o
Ensino Médio no país e em Alto Taquari também não foi diferente. Entre 2011 e 2015, o
número de matrículas no Ensino Médio teve um aumento, de 536 matriculas para 637.
A oferta de Ensino Médio na rede privada é bastante tímida ainda em relação à rede
pública.
LEVANTAMENTO DA TAXA DE APROVAÇÃO / REPROVAÇÃO DO ENSINO MÉDIO:
Referente ao 3.º Ano do Ensino Médio
Ano Matricula Estadual Privada
Aprov. Reprov. Aprov. Reprov.
2010 84 39 = 46,42 % 15 = 17,85 % - -
2011 65 44 = 67,69 % 16 = 24,21 % - -
2012 54 41= 75,92 % 7 = 12,96 % - -
2013 64 46 = 71,87 % 7 = 10,93 % - -
2014 72 45 = 62,50 % 16 = 22,22 % - -
A taxa de reprovação no 3.º ano do Ensino Médio em 2010 era de 17,85%, aumentou
em 2011, diminuiu em 2012 e 2013 e voltou a subir em 2014.
LEVANTAMENTO DO PERCENTUAL DA TAXA DE DISTORÇÃO IDADE/ANO: ENSINO
MÉDIO:
1º ano 2º ano 3º ano EJA
Mun. Est. Priv Mun. Est. Priv Mun. Est. Priv Mun. Est. Priv
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2010 - 30% - - 28% - - 37% - - - -
2011 - 32% - - 19% - - 45% - - - -
2012 - 43% - - 17% - - 21% - - - -
2013 - 40% - - 24% - - 19% - - - -
2014 - 39% - - 22% - - 18% - - - -
LEVANTAMENTO DO PERCENTUAL DA TAXA DE ABANDONO: ENSINO MÉDIO:
ENSINO MÉDIO REGULAR
1º ano 2º ano 3º ano
Estadual Privada Federal Estadual Privada Federal Estadual Privada Federal
2010 8,51 % - - 13,4 % - - 29,7 % - -
2011 7,32 % - - 3,26 % - - 7,7 % - -
2012 19,23 % - - 5,5 % - - 11,11 % - -
2013 14,03 % - - 11,34 % - - 17,18 % - -
2014 15,45 % - - 19,8 % - - 15,27 % - -
NÚMERO DE MATRÍCULAS DO ENSINO MÉDIO NO MUNICÍPIO:
Ano 1.º Ano 2.º Ano 3.º Ano
Matr. Aprov Repr Aban Matr. Aprov Repr Aban Matr. Aprov Repr Aban
2010 139 77 44 14 71 47 14 10 84 39 15 20
2011 191 79 98 14 92 65 24 3 65 44 16 5
2012 208 84 84 40 73 45 24 4 54 41 7 6
2013 228 82 114 32 97 52 34 11 64 46. 7 11
2014 207 65 110 32 96 54 23 19 72 45 16 11
2015 287 - - - 100 - - - 72 - - -
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A imensa diferença entre matrículas e concluintes do Ensino Médio evidencia a
necessidade de se estabelecer programas de acompanhamento e uma revisão dos
conteúdos e estratégias de ensino para diminuir o abandono, que é um grande problema
principalmente no período noturno, conforme taxa de 29,7% de abandono registrada em
2010 para o 3.º Ano do Ensino Médio.
Para a população pobre há necessidade de trabalhar nesta faixa etária, para que possa
colaborar com o orçamento familiar: é uma realidade que concorre com a escola de maneira
evidente. Assim, reprovação e evasão se expressam muitas vezes de maneira consequente e
sem recuperar o conteúdo/conhecimento necessário para continuidade.
Embora a escola esteja realizando um trabalho para diminuição da evasão, na Rede
Estadual, ainda consideramos esta taxa alta.
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ENSINO SUPERIOR
O ensino superior no Brasil é oferecido por universidades, centros universitários,
faculdades, institutos superiores e centros de educação tecnológica. O cidadão pode optar
por três tipos de graduação: bacharelado, licenciatura e formação tecnológica. Os cursos de
pós-graduação são divididos entre lato sensu (especializações e MBAs) e stricto sensu
(mestrados e doutorados).
Além da forma presencial, em que o aluno deve ter frequência em pelo menos 75%
das aulas e avaliações, ainda é possível formar-se por ensino a distância (EAD). Nessa
modalidade, o aluno recebe livros, apostilas e conta com a ajuda da internet. A presença do
aluno não é necessária dentro da sala de aula. Existem também cursos semipresenciais, com
aulas em sala e também a distância.
A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (SERES), órgão do
Ministério da Educação, é a unidade responsável por garantir que a legislação educacional
seja cumprida, para garantir a qualidade dos cursos superiores do País.
Para medir a qualidade dos cursos de graduação no país, o Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Ministério da Educação (MEC)
utilizam o Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado uma vez por ano, logo após a publicação
dos resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE). O IGC usa como
base uma média dos conceitos de curso de graduação da instituição, ponderada a partir do
número de matrículas, mais notas de pós-graduação de cada instituição de ensino superior.
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RELAÇÃO DE MATRÍCULAS
TRANSPORTE UNIVERSITÁRIO – ALTA ARAGUAIA/2015
CURSO UNIVERSITÁRIO E CURSO TECNICO
FACULDADE CURSO MATRICULAS MODALIDADE
UNEMAT Jornalismo 05 PRESENCIAL
UNEMAT Letras 06 PRESENCIAL
UNEMAT Ciências Computação 06 PRESENCIAL
Sub Total 17
UNOPAR Administração 20 SEMI PRESENCIAL
UNOPAR Recursos Humanos 07 SEMI PRESENCIAL
UNOPAR Pedagogia 30 SEMI PRESENCIAL
UNOPAR Ciências Contábeis 17 SEMI PRESENCIAL
UNOPAR Análise Desenvolvimento de .Sistemas 01 SEMI PRESENCIAL
UNOPAR Estética e Imagem 13 SEMI PRESENCIAL
UNOPAR Logística 10 SEMI PRESENCIAL
UNOPAR Letras 01 SEMI PRESENCIAL
UNOPAR Gestão Ambiental 09 SEMI PRESENCIAL
UNOPAR Educação Física 09 SEMI PRESENCIAL
UNOPAR Serviço Social 07 SEMI PRESENCIAL
Sub Total 124
UNIP Artes Visuais 03 SEMI PRESENCIAL
UNIP Pedagogia 05 SEMI PRESENCIAL
UNIP Ciências Biológicas 01 SEMI PRESENCIAL
Sub Total 09
Total 150
No município de Alto Taquari MT, não existe nenhuma Instituição que oferece Ensino
Superior, por ser uma município de pequeno porte.
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56
Os alunos ingressos no Ensino Superior recebem auxilio no transporte universitário
através da Prefeitura Municipal, onde é disponibilizado um ônibus que realiza o translado
para o município de Alto Araguaia MT, conforme relação de matriculas realizadas nas
Instituições que oferece Ensino Superior.
Conforme tabela acima observa-se que existem 150 matriculas no Ensino Superior,
acima do número de concluintes do Ensino Médio. Essa realidade demonstra que a
comunidade está interessada em qualificar-se em nível superior.
IDEB (ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA):
O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) foi utilizado pelo INEP
(Instituto Nacional de Estudos e de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) em 2007, com o
objetivo de medir a qualidade da rede de ensino nas escolas brasileiras. O índice é calculado
com base nas taxas de rendimento escolar (indicadas pelos índices de aprovação e evasão) e
médias de desempenho dos alunos nos exames padronizados aplicados pelo INEP. Os índices
de aprovação são obtidos a partir dos dados do Censo Escolar realizado anualmente pelo
INEP e as médias de desempenho utilizadas são aquelas observadas na Prova Brasil (para
IDEBs de escolas e municípios) e do SAEB (no caso dos IDEBs dos estados e nacional). Para os
cálculos utiliza-se uma escala de 0 a dez. Desse modo, esse índice reúne, em um só
indicador, dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: fluxo
escolar e médias de desempenho nas avaliações.
Para que o IDEB de uma escola ou rede cresça é preciso garantir que os alunos
aprendam, não repitam o ano e tenham uma frequência regular. Por isto, mais do que um
indicador estatístico, ele pode ser utilizado como um diagnóstico atualizado da situação
educacional e como um parâmetro para a projeção de metas orientadoras para ações
voltadas para o aumento da qualidade de ensino.
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57
Com base na análise do IDEB em nível nacional, o MEC propõe metas intermediárias
calculadas pelo INEP no âmbito do programa de metas fixadas pelo Compromisso “Todos
pela Educação”, eixo do plano de Desenvolvimento da Educação, que trata da educação
básica. A meta é que o país supere progressivamente a situação atual (média de 4,2 em
2007) e chegue em 2021 à média 6,0, tendo como referência a qualidade dos sistemas em
países da OCDE 16. Para tanto, cada escola deve realizar todos os esforços para melhorar
seus índices, porque esse será um indicativo seguro e visível para toda a sociedade de que
estará cumprindo da melhor forma possível sua função social.
RESULTADO DO IDEB DO MUNICÍPIO
2009 2011 2013
Red
e m
un
.
Red
e es
t.
Bra
sil
Red
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Red
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Red
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Red
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Ensino Fundamental (anos iniciais)
4,6 5,5 4,7 5,8 5,6 5,8
Ensino Fundamental (anos finais)
4,3 5,0 3,9 4,7 4,8 4,3
RESULTADO DO IDEB DA ESCOLA MUNICIPAL ELZINHA LIZARDO NUNES
4.ª Série / 5.º Ano
IDEB Observado Metas Projetadas
Município 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
ALTO
TAQUARI 3.4 3.9 4.6 4.7 5.6 3.5 3.9 4.3 4.6 4.8 5.1 5.4 5.7
ESTADO DE MATO GROSSO ALTO TAQUARI
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8.ª Série / 9.º Ano
IDEB Observado Metas Projetadas
Município 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
ALTO
TAQUARI 3.0 3.6 4.3 3.9 4.8 3.0 3.2 3.5 3.9 4.3 4.5 4.8 5.1
Com base, nos dados do IDEB, as escolas públicas de Alto Taquari, conseguiram atingir
a meta projetada para 2019, tanto para os anos iniciais quanto para os anos finais.
De acordo com o exposto as escolas vem desenvolvendo um trabalho de
acompanhamento individual dos alunos, através de visitas domiciliares e atendimento
pedagógico. Conforme o IDEB dos anos anterior, houve uma progressão significativa em
relação a proficiência, mas em relação ao fluxo ainda precisa ser melhorado. O fluxo está
relacionado ao grande número de rotatividade dos alunos que chegam em nosso município
no decorrer do ano letivo, com muita dificuldade de aprendizagem provocando um alto
índice de evasão e reprovação, que está relacionado a causas sociais e que não depende
somente da escola.
Acreditamos que a educação de Alto Taquari irá atingir um patamar de qualidade, mas
a longo prazo. Estamos investindo em Educação Infantil, por ser a base da educação.
Quando o aluno frequenta a Educação infantil ele adquiri competências para ingressar no
Ensino Fundamental. Sabemos que Educação Infantil não gera IDEB, mas contribui para
melhoria do ensino e cabe a nós a missão de educar e orientar estes alunos.
São muitos os desafios, que envolvem o processo ensino aprendizagem e não são
responsabilidades apenas do município as questões sociais e educacionais. Mas cabe
também ao estado e governo federal cumprir com suas responsabilidades.
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METAS PROJETADAS DO IDEB: PARA OS ANOS INICIAIS
2015 2017 2019 2021 2023 2025
Red
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un
.
Red
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st.
Bra
sil
Red
e m
un
.
Red
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st.
Bra
sil
Red
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Red
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Bra
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Red
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.
Red
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Bra
sil
Red
e m
un
.
Red
e e
st.
Bra
sil
Red
e m
un
.
Red
e Es
t.
Bra
sil
A I 4,8 5,4 5,1 5,7 5,4 6,0 5,7 6,2 6,0 6,5 6,3 6,8
A F 4,2 4,4 4,5 4,6 4,8 4,9 5,1 5,2 5,4 5,5 5,7 5,8
PROFICIÊNCIA:
2007 2007 2009 2009
LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA
Mun. Est. Brasil Mun. Est. Brasil Mun. Est. Brasil Mun. Est. Brasil
Iniciais 175,77 174,54 171,40 191,95 190,70 189,14 194,05 181,88 179,57 213,54 199,07 199,52
Finais 255,41 224,76 228,93 267,22 237,42 240,56 264,21 239,45 238,66 272,86 240,88 241,76
2011 2011 2013 2013
Língua Portuguesa Matemática Língua Portuguesa Matemática
Mun. Est. Brasil Mun. Est. Brasil Mun. Est. Brasil Mun. Est. Brasil
Iniciais 186,40 190,4 205,80 228,7 209,93 212,79
Finais 242,10 241,7 267,70 251,0 232,49 233,16
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60
MODALIDADES DE ENSINO
EDUCAÇÃO BÁSICA - EDUCAÇÃO DO CAMPO
A Educação do Campo, chamada de educação rural na legislação brasileira, incorpora
os espaços da floresta, da pecuária, das minas e da agricultura, mas os ultrapassa ao acolher
em si os espaços pesqueiros, caiçaras, ribeirinhos e extrativistas. O campo é mais de que um
perímetro não urbano, é um campo de possibilidades que dinamiza a ligação dos seres
humanos com a própria produção das condições da existência social e com as realizações da
sociedade humana. A partir dessa visão idealizada das condições materiais de existência na
cidade e de uma visão particular do processo de urbanização, há os que consideram que a
especificidade do campo constitui uma realidade provisória que tende a desaparecer, em
tempos próximos, face ao inexorável processo de urbanização que deverá homogeneizar o
espaço nacional.
A Constituição Federal de 1998, proclama a educação como direito e, dever do Estado,
independentemente dos cidadãos residirem na áreas urbanas ou rurais. Assim, os princípios
e preceitos constitucionais da educação abrangem todos os níveis e modalidades de ensino
ministrado em qualquer parte do país.
A atual LDB, de dezembro de 1996, promove a desurbanização da escola rural,
apontando para a necessidade de um planejamento cientifico ligado ao seu contexto,
vinculando-se ao mundo do trabalho e à prática social do camponês. A escola deverá
adequar-se às condições do local, com calendário escolar próprio, baseado na sazonalidade
do plantio/colheita, mas com definidas exigências no que diz respeito à organização e
estruturação do ensino fundamental. Porém, não são especificados na Lei os princípios e
bases da nova política educacional rural. A educação rural agora teria como base não o
modelo urbano/industrial e uma consciência ecológica e de preservação da cultura e práxis
rural.
É o processo de trabalho que assegura às comunidades rurais a construção do meio
físico e biológico do meio. É através da relação do homem com a natureza, o trabalho
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produz novas naturezas e assegura as condições de sustentabilidade de natureza externa e
interna ao homem.
Em Alto Taquari a educação é encarada como uma das prioridades para o
desenvolvimento regional. Vygotsky afirma que “o bom ensino é aquele que adianta ao
desenvolvimento.”
Como processo social, a educação deve ter duas funções: permitir o avanço das forças
sociais, acompanhando as conjunturas sócio-políticas, enfatizando o saber social, e
fortalecer o conhecimento humano, valorizando cada cultura.
Em Alto Taquari, não existe escola no Campo. Por ser um município com área de
cultivo voltado a produção de soja, milho, cana de açúcar em grandes propriedades onde o
cultivo é mecanizado e não concentrando um numero de alunos adequados para funcionar
uma escola ou até mesmo uma sala de aula. Os alunos residentes na zona rural são
transportados para as escola da zona urbana, conforme tabela abaixo.
RELAÇÃO DE ALUNOS DA ZONA RURAL /2015
LINHA QUANT.
FAZENDAS
MUNICIPAL CEI ED. INF. ESTADUAL PRIVADA TOTAL
SERRA VERMELHA 08 07 02 06 - 15
GARROTE 13 PONTOS 13 14 04 13 - 31
GIRUÁ 13 15 04 12 - 31
PIRITUBA 06 04 02 05 - 11
SAPO / ALVORADA 05 10 - 06 - 16
DR. IVO/NETINHO 05 07 01 06 - 14
ADALTO 08 12 02 05 - 19
RODA VIVA 11 22 01 04 - 27
TOTAL 69 91 16 57 - 164
No município existem 08 linha de Transporte Escolar Rural, com veículos novos e
adequados ao transporte de alunos. Os veículos foram adquiridos através do Programa
Caminho da Escola do Governo Federal FNDE/MEC.
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EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL
O Programa Mais Educação vem sendo uma estratégia do Governo Federal para a
fomentação de políticas permanentes para a Educação Integral. Destinado inicialmente às
escolas em situação de vulnerabilidade e com baixos índices no IDEB. Instituído pela Portaria
Interministerial nº 17/2007, em seguida pelo Decreto n° 7.083, de 27 de janeiro de 2010. É
operacionalizado pela Secretaria de Educação Básica (SEB) por meio do Programa Dinheiro
Direta na Escola (PDDE) do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Mato Grosso aderiu ao Programa no ano de 2008 com a participação de quatro escolas
em Cuiabá e três em Alta floresta. A ampliação tem sido gradativa atingindo em 2013 um
total de 375 escolas cadastradas. A Secretaria de Estado de Educação tem estabelecido um
movimento crescente de fortalecimento do Programa Mais Educação, rumo à uma política
que consolide a Educação Integral para o Estado. Ações têm sido pensadas e implementadas
na medida das limitações financeiras visando superar o desafio da integração ao currículo, o
fortalecimento da organização do ensino por ciclo de formação humana, dentre outras
questões.
Pesquisas têm revelado que o Programa Mais Educação, como tudo o que é novo,
encontrou resistência inicial por parte da comunidade escolar em geral. Alguns pais
questionavam o tempo ampliado de permanência dos filhos na escola com certa
desconfiança. Os profissionais estranharam a chegada dos monitores e questionavam a
inadequação dos espaços. Entretanto, são quase unânimes em dizer que esta resistência
vem sendo vencida, considerando os palpáveis resultados obtidos e que a aceitação do
Programa é algo já estabelecido e visto como positivo para a melhoria da qualidade do
ensino.
O início do ano letivo requer avaliação e planejamento das ações. É fundamental um
cuidadoso olhar sobre o Programa Mais Educação na Semana Pedagógica. Considerando que
o PPP é o Plano global da instituição, que traduz a filosofia e a forma de organização
pedagógica e curricular, as intenções e relações estabelecidas entre todas as atividades
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desenvolvidas no ambiente educativo, é fundamental que a ampliação do tempo do aluno
esteja incluso.
No contexto em que se preconiza a Educação Integral, o projeto político pedagógico
deve ser construído considerando as experiências que são vividas na escola, sem ficar
restrito ao ambiente de sala de aula e aos conteúdos que representam os conhecimentos
científicos. É preciso pensar um continuum no tempo escolar que está sendo ampliado,
superando as aparentes facilidades representadas pela organização das atividades
complementares que não se comunicam com o que já está estabelecido no espaço escolar.
O Programa Mais Educação no município de Alto Taquari, teve início no ano de 2013,
atendendo 180 alunos da Rede Municipal, ampliando o atendimento para 330 alunos em
2014.
INSTITUIÇÕES QUE OFERECEM ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO DE TEMPO INTEGRAL
NO ENSINO FUNDAMENTAL:
Tota
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Inst
itu
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es Total de alunos matriculados x Total de alunos atendidos
2011 2012 2013 2014 2015
Mat
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Mat
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Mat
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s
Municipal 01 1287 - 1219 - 1216 - 1171 180 981 332
Estadual 01 - - - - - - 1566 180 1272 180
Privada - - - - - - - - - - -
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64
INSTITUIÇÕES QUE OFERECEM ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO DE TEMPO INTEGRAL
NO ENSINO MÉDIO:
To
tal d
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Inst
itu
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es
Total de alunos matriculados x Total de alunos atendidos
2011 2012 2013 2014 2015
Mat
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Mat
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Estadual - - - - - - - - - - -
Privada - - - - - - - - - - -
Federal - - - - - - - - - - -
No município de Alto Taquari não existe instituição que oferece Educação de Tempo
Integral no Ensino Médio.
FORMAÇÃO DOS PROFESSORES:
Etapa
Rede de
ensino
Ensi
no
Méd
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Mag
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Pó
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ou
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do
Ensino Médio
Regular
Estadual - 01 11 - -
Federal - - - - -
Privada/ Filantrópica
- - - - -
Ensino Médio
EJA
Estadual - 01 17 - -
Privada/ Filantrópica
- - - - -
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No esforço de responder à iniciativa do Ministério da Educação e Desporto (MEC) no
que tange aos preceitos legais estabelecidos na LDB (Lei de Diretrizes e Bases), vimos à
necessidade de ir além do cumprimento estrito da função legal, mas também levarmos em
consideração a demanda e a necessidade local. Procuramos através do PME (Plano
Municipal de Educação) refletir, recolher e elaborar as visões, as experiências, as
expectativas e as inquietudes em relação ao Ensino Médio que hoje estão presentes na
sociedade brasileira, especialmente entre os educadores e estudantes.
A Lei N. º 9394/96 desenha um novo perfil de gestão educacional em nível do sistema
estadual. O aprendizado desse novo perfil de gestão será talvez mais importante do que
aquele que as escolas deverão viver para converter suas práticas pedagógicas, porque a
autonomia escolar é, ainda, mais visão que realidade. Depende, portanto, de fomento e do
apoio das instâncias centrais.
A mudança será tanto mais eficaz quanto mais provocar os sistemas, as escolas e os
professores para a reflexão, a análise, a avaliação e a revisão de suas práticas, tendo em
vista encontrarem respostas cada vez mais adequadas às necessidades de aprendizagem de
nossos alunos. Em suma, o Ensino Médio será aquilo que nossos esforços, talentos e
circunstâncias forem capazes de realizar.
O papel decisivo caberá aos órgãos formuladores e executores das políticas de apoio à
implementação dos novos currículos de Ensino Médio (SEDUC / MT). A Lei 9394/96 orienta a
ação executiva e normativa em dois eixos:
- o eixo da flexibilidade, em torno do qual se articulam os processos de
descentralização, desregulamentação, desconcentração e colaboração entre os atores,
culminando com a autonomia dos estabelecimentos escolares na definição de sua proposta
pedagógica;
- o eixo da avaliação, em torno do qual se articulam os processos de monitoramento
de resultados e coordenação, culminando com as ações de compensação e apoio às escolas
com maiores desequilíbrios.
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O PME será uma oportunidade para se discutir questões como a formação /
qualificação de professores, espaços físicos adequados, suporte tecnológico e pedagógico.
Mais importante será a negociação que essas metas terão de fazer com as diversas
realidades locais (alunos do campo, alunos da cidade, educação de adultos), nas quais se
incluem os gestores dos sistemas e os agentes educativos que estão em cada escola.
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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)
A educação básica para adultos é aquela que se destina àqueles que não tiveram
acesso ao processo de escolarização em idade própria ou que o tiveram de forma
insuficiente.
Desde a primeira constituição brasileira promulgada em 1823 já se estabelecia a
obrigatoriedade da instrução primária gratuita, extensiva a todos os cidadãos. Esse direito
foi reafirmado na Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), na Constituição
Federal de 1988 (artigo 208) e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de
1996. Entretanto, a realidade tem revelado um quadro bem diferente dos ideais de
democratização proclamados nos discursos oficiais.
A exclusão no sistema educacional brasileiro tem uma longa história em nosso país. Em
princípio expressa na falta de oportunidades de acesso à escola de grandes contingentes de
crianças, especialmente nas regiões mais pobres do país e, mais adiante, em elevados níveis
de evasão e repetência. Atualmente ela se revela de modo mais sutil, embora não menos
violento: a permanência nas escolas por longos períodos de tempo de crianças e jovens que
nunca chegam a se apropriar de fato dos conteúdos escolares.
Análises do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) criado pelo INEP
(Instituto Nacional de Estudos e de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) revelam
claramente a ineficiência da escola brasileira na consecução de sua tarefa mais primordial:
Alfabetizar todas as crianças.
Esse processo de “produção” do analfabetismo e do analfabetismo funcional só poderá
ser superado com condições sociais de igualdade e a garantia da educação básica de
qualidade para adultos e crianças de todas as idades.
Embora seja evidente que a resolução do problema do analfabetismo não se esgota na
oferta de cursos de educação básica para adultos fundamental que se discuta tanto a
quantidade quanto a qualidade desta oferta.
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68
No Brasil as iniciativas oficiais na área datam de 1870, quando são implantadas as
"escolas noturnas" para adultos. Por volta de 1930 passam a receber a designação de
"cursos populares noturnos", sendo extintos pela ditadura de Vargas em 1935.
Com o processo de redemocratização do país, a partir de 1943 tem início um processo
de mobilização em torno da educação de adultos (Paiva, 1973), intensificado com o
posicionamento da UNESCO em favor da “educação de massas" que, como destaca Beisiegel
(1974), rompeu com a orientação até então predominante que buscava constituir uma rede
oficial de ensino primário supletivo por meio do aproveitamento de recursos materiais e
humanos das redes estaduais e municipais.
Em 1947 o Ministério da Educação e Saúde criou o Serviço de Educação de Adultos
que, no mesmo ano, lançou a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos, que previa
a implantação de projetos educacionais voltados para o desenvolvimento comunitário de
núcleos urbanos no interior do país.
Nessa mesma direção foram criadas a Campanha Nacional de Educação Rural (criada
em 1952 e extinta em 1953), a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (criada
em 1958 e extinta em 1963), a Mobilização Nacional Contra o Analfabetismo e o Programa
de Emergência (ambos criados entre 1962 e 1963 e extintos pouco depois).
A ação do Estado até esse momento histórico intercalou períodos de quase total
omissão com outros, nos quais a educação de adultos foi utilizada como instrumento de
sedimentação ou recomposição do poder político dos grupos dominantes, por meio de
campanhas de duração limitada e qualidade absolutamente duvidosa.
Em março de 1963 foram extintas todas as campanhas. Em contrapartida às ações
patrocinadas pelo Estado, a partir da primeira metade da década de 1960, ocorreram alguns
movimentos da sociedade civil cuja finalidade era a de contribuir para a transformação social
por meio da atividade educativa. Dentre eles se destacaram o Movimento de Educação de
Base (MEB), ligado a setores progressistas da Igreja Católica; os Centros Populares de Cultura
(CPC), que tiveram origem no Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes e
o Movimento de Cultura Popular (MCP).
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69
Sob a liderança de Paulo Freire, parte dos integrantes do MCP do Recife, ligados ao
Serviço de Extensão da Universidade Federal de Pernambuco, sistematizou um método de
alfabetização para adultos que tinha como meta central a conscientização dos educandos e
que buscava traduzir na prática educativa o compromisso político dos educadores com a
transformação da sociedade brasileira.
O trabalho desenvolvido em Recife, Angicos, Mossoró e João Pessoa foi considerado
um sucesso e em 1963 uma Comissão Nacional de Alfabetização elaborou um plano que
previa a utilização do método de Paulo Freire em aproximadamente 20.000 círculos de
cultura em todo o país. Entretanto, o golpe militar pôs fim em toda essa mobilização e em
abril de 1964 o CNA foi extinto.
Em 1966 a União passou a prestar apoio financeiro e político à Cruzada ABC (Ação
Básica Cristã), administrada por protestantes e totalmente comprometida com a
consolidação do regime. Na tentativa de anular os efeitos ideológicos dos movimentos
anteriores, especialmente no Nordeste, as atividades da Cruzada eram financiadas pelo
governo militar e por entidades privadas tanto nacionais quanto estrangeiras.
Gradativamente a Cruzada foi perdendo seu prestigio junto ao governo e acabou por se
extinguir progressivamente nos vários Estados entre 1970 e 1971.
Em 15 de dezembro de 1967 foi criada a Fundação Movimento Brasileiro de
Alfabetização. Para a ditadura militar o Mobral cumpria duas funções interessantes: a
preparação de mão de obra com um mínimo de escolarização, que na época era requerida
pela “euforia” desenvolvimentista, e a constituição de uma organização que poderia se
prestar em nível federal, estadual e municipal aos seus objetivos de manipulação ideológica.
Alvo constante de críticas ao longo de seus 14 anos de existência, o MOBRAL foi
extinto em 1985 e em seu lugar criou-se a Fundação Educar, que se manteve em
funcionamento até 1990. Após esse período o governo federal deixou definitivamente de
executar diretamente as atividades, passando a desempenhar apenas as funções de repasse
de recursos e apoio técnico e pedagógico a ações educativas desenvolvidas pelas instituições
do Estado ou da sociedade civil.
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70
Essa diretriz de descentralização foi retomada no Programa Alfabetização Solidária e
no Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA).
Em 2001 foi criada a Comissão Nacional de Alfabetização e Educação de Jovens e
Adultos e a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) do
MEC, com o objetivo de reunir a gestão dos programas de apoio aos estados e municípios
que, até então, estavam vinculados a diferentes ministérios e secretarias. Desde então
foram implantados os seguintes programas: Brasil Alfabetizado, Fazendo Escola, Escola de
Fábrica e o Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na
modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA).
A Secretaria Nacional de Juventude criou em 2005 o Programa Nacional de Inclusão de
Jovens (PROJOVEM) voltado à elevação da escolaridade e à inclusão digital de jovens entre
18 e 24 anos em municípios com mais de 200.000 habitantes.
Faz-se necessário ainda ressaltar que um número significativo de municípios brasileiros
atuou de forma direta nessa área. Devido à impossibilidade de abordar todas essas
experiências, destacamos o Movimento Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA)
implantado por Paulo Freire quando foi secretário de educação do município de São Paulo,
entre 1989 e 1992, e que em 1997 se estendeu para o grande ABC. Tais trabalhos podem ser
tomados como exemplos importantes da possibilidade de desenvolvimento de programas de
boa qualidade, quando se aliam diretrizes claras, recursos suficientes e formação docente
continuada.
Em 2001 o Conselho Nacional de Educação fixou as Diretrizes Curriculares para a Educação de
Jovens e Adultos e no mesmo ano foi instituído o Plano Nacional de Educação para o período 2001-
2010, que estabeleceu 26 metas ambiciosas em relação à educação de jovens e adultos, entre as
quais se destacam: oferecimento das séries iniciais do ensino fundamental para 50% dos jovens e
adultos com menos de 04 anos de estudos e a erradicação do analfabetismo e a oferta das séries
finais do ensino fundamental para todos que têm menos de 08 anos de estudos até 2011.
Análises detalhadas apresentadas Di Pierro (2010) indicam que essas metas não foram
alcançadas e que os problemas na área de educação de jovens e adultos ainda permanecem
como desafios a serem enfrentados pelas políticas públicas no Brasil.
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NÚMERO DE MATRÍCULAS E PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO DAS REDES DE
ENSINO NO MUNICÍPIO:
2011 2012 2013 2014 2015
NIV
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1º
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EJA
Municipal 02 - 42 02 - 38 02 - 44 02 - 40 02 - 36
Estadual - - - - - - - - - - - - - - -
Privada - - - - - - - - - - - - - - -
Total 02 - 42 02 - 38 02 - 44 02 - 40 02 - 36
2º
SEG
MEN
TO
DA
EJA
Estadual 18 - 116 14 - 117 15 - 128 11 - 107 11 - 98
Federal - - - - - - - - - - - - - - -
Privada - - - - - - - - - - - - - - -
Total 18 - 116 14 - 117 15 - 128 11 - 107 11 - 98
3º
SEG
MEN
TO
DA
EJA
Estadual 12 - 72 13 - 119 15 - 123 10 - 99 12 - 72
Federal - - - - - - - - - - - - - - -
Privada - - - - - - - - - - - - - - -
Total 12 - 72 13 - 119 15 - 123 10 - 99 12 - 72
LEVANTAMENTO DO PERCENTUAL DA TAXA DE ABANDONO:
EJA - ENSINO MÉDIO:
1.º ano (%) 2º ano (%)
Mun. Est. Priv Mun. Est. Priv
2010 - 18,9 % - - 32,3 % -
2011 - 21,5 % - - 44 % -
2012 - 27,35 % - - 20,16 % -
2013 - 38,3 % - - 38,3 % -
2014 - 40,2 % - - 32,32 % -
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72
Se observarmos as taxas de abandono da EJA, em 2011 a taxa era de 44%, houve uma
redução para 32,32% em 2014, mas ainda continua alta.
LEVANTAMENTO DA TAXA DE APROVAÇÃO / REPROVAÇÃO DA EJA
EJA – Educação de Jovens e Adultos 2.º ano
Aprovação Reprovação
Estadual Privada Total Estadual Privada Total
2010 29% - 38,7% -
2011 42% - 14 % -
2012 47,35 % - 32,49 % -
2013 53,7 % - 8 % -
2014 50,2 % - 17,48 % -
A imensa diferença entre matrículas e concluintes da EJA Educação de Jovens e
Adultos, evidencia a necessidade de se estabelecer programas de acompanhamento e uma
revisão dos conteúdos e estratégias de ensino para diminuir o abandono, que é um grande
problema principalmente no período noturno, conforme taxa de 44% de abandono
registrada em 2011 e em 2014, 32,32% das matriculas foram evadidas no decorrer do ano
letivo.
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73
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A transformação da escola em um ambiente educacional inclusivo e que respeite as
diferenças dos alunos tem sido um desafio para aqueles envolvidos com a educação. Essa,
por sua vez, é lenta e exigirá esforços de todos os profissionais que nela atuam.
Diante dessa realidade educacional, dúvidas e dificuldades surgem por parte dos
professores e dirigentes de escolas, para atender aos princípios da educação inclusiva. Com
base nessa constatação e nos subsídios do respaldo teórico, pretende-se refletir sobre
questões que norteiam a Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva.
O processo de Inclusão Social advém de uma luta constante de diferentes minorias em
prol de seus direitos humanos. A história da relação da sociedade com a pessoa com
deficiência é marcada por um processo classificatório, fundamentado na ideologia da
normalização.
Para Omote (2001), a concepção da deficiência é bastante ampla, uma vez que não
pode ser associada somente à dimensão orgânica ou patológica, mas também à influência
das normas e expectativas do meio social. Na leitura de seu texto, percebe-se que o meio
social atribui às pessoas com deficiência uma condição de desvantagem em função das
alterações do seu comportamento, que não são valorados como adequados pelo contexto. O
autor, em outra obra, enfatiza a ideia da deficiência como um fenômeno socialmente
construído e, por isso, depende da audiência que a qualifica.
Essa compreensão de deficiência é compartilhada por Aranha (2001), quando a autora
afirma que o fenômeno da deficiência é complexo e multideterminado, pois, erroneamente,
o indivíduo deficiente é apenas distinguido dos demais pelos seus impedimentos ou
incapacidades individuais, no contexto social. Ainda em seus aspectos biológicos ou
psicológicos, gerados ou não pelas condições sociais, perpassa a ideia, muitas vezes, de uma
conotação condizente à inabilidade social, produzindo o distanciamento e a segregação dos
indivíduos deficientes em relação aos demais, dando-lhes o rótulo de incapazes, lentos ou
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74
improdutivos para atuarem em um sistema econômico competitivo, deixando-os assim à
margem do convívio social.
Em termos educacionais, numa digressão histórica, a Educação Especial no Brasil se
organizou como atendimento educacional especializado, a fim de substituir o isolamento das
pessoas com deficiência que estavam segregadas nas instituições, as quais passaram a ter
formas de convívio com a sociedade geral. Como alternativas para a segregação total foram
criadas escolas especiais, classes especiais e organizações especializadas que orientavam
suas práticas através de um atendimento clínico terapêutico. Assim, esse público de alunos
deveria ser capacitado para conviver com o outro, ser avaliado, podendo ser ou não aceito
no grupo ou na sociedade. Desse modo, a ideia de que a pessoa com deficiência deveria
usufruir todas as oportunidades oferecidas no convívio social, só seria possível por meio de
uma reorganização na estrutura física e do rompimento com a ideologia normatizadora,
enraizada na sociedade.
Nessa perspectiva, a fim de minimizar a segregação de pessoas com deficiência do
sistema de ensino comum e favorecer o que foi denominado por Inclusão Social, a partir da
década de 1990, o movimento pela Escola Inclusiva propiciou uma gradativa reforma no
sistema educacional brasileiro, a qual continua até os dias atuais.
A Educação Inclusiva representou um grande avanço em relação aos movimentos
anteriores destinados ao tratamento das pessoas com deficiências e ao princípio de uma
escola para todos, principalmente em termos legislativos. Porém, ainda hoje, as escolas
públicas encontram dificuldades pedagógicas e administrativas para promover um ensino de
qualidade aos alunos com deficiência.
Conforme a leitura do texto de Omote (2006), a reestruturação do sistema educacional
em direção a um sistema educacional inclusivo pode conduzir a dois caminhos contrários:
um em direção a uma escola ideal, de qualidade, capaz de lidar com as diferenças e
necessidades de seus alunos; e outro, no sentido de uma escola que simplesmente adota a
terminologia de Inclusão e realiza alguns arranjos de natureza estritamente burocrática, com
procedimentos educacionais que ainda seguem a lógica da exclusão.
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75
Para abordar a premissa da diversidade na escola, tem-se que recorrer às políticas
públicas que subsidiam o funcionamento do processo educacional. Estas divulgam a ideia de
uma Escola como esfera educacional que atenda a todos os alunos, independentemente das
suas diferenças; contudo, isso é algo relativamente novo para a educação brasileira.
A Educação Inclusiva corresponde a um movimento social e político alinhado à
superação de visões estritamente patológicas das necessidades educacionais especiais
(NEEs). Tal ação educativa começou a ganhar força desde as conferências organizadas pela
ONU em prol do tema Deficiência. O ano de 1981 foi eleito como o Ano Internacional da
Pessoa Deficiente e, a partir dele, a expressão Inclusão passou a serem debatida por diversos
países, por meio da aprovação de Declarações internacionais, Leis, Decretos e Políticas
Públicas.
Em meados da década de 1990, inicia-se o movimento educacional que preconiza que
Escola deve atender a todo e qualquer aluno. A máxima foi amplamente discutida em fóruns
internacionais (Jontien, Salamanca e Dakar), momentos em que o Brasil se tornou partidário
e consignou tal decisão para sua realidade educacional. As redes comuns de ensino, sob a
perspectiva da Educação Inclusiva, visam a combater atitudes discriminatórias, criando
propostas educacionais acolhedoras, em busca de subsídios capazes de valorizar uma
sociedade que respeite as diferenças e a diversidade humana. A ideia da acessibilidade, na
esfera educacional afirma a importância de ações destinadas à eliminação de barreiras no
acesso à educação, para a plena e efetiva participação de todos os alunos no seu processo
de aprendizagem.
Os efeitos desses princípios podem ser percebidos no interior dos textos que regem a
educação inclusiva, inicialmente na LDBEN 9394/96 e nas Diretrizes da Educação Especial na
Educação Básica (CNE/CEB 2001) e, mais recentemente, na Política Nacional de Educação
Especial, na Perspectiva da Educação Inclusiva (SEESP/MEC, 2007), no Decreto nº
6.571/2008, que dispõe sobre o atendimento educacional especializado e na Resolução
4/2009, que institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado
na Educação Básica, modalidade Educação Especial.
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76
Os indicativos descritos no Resumo Técnico do Censo Escolar 2010, realizado pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP/MEC),
percorrem uma análise longitudinal da educação brasileira nos últimos quatro anos,
retratando a participação da Educação Especial nesse cenário. No ano de 2010, a Educação
Especial se configurou com 702.603 matrículas, representando um aumento de 7,3%,
comparado aos dados do Censo Escolar do ano de 2007, que totalizou 654.606. Em termos
numéricos, do montante de matrículas em 2010, 31% ou 218.271 correspondem a alunos
matriculados em classes ou escolas especiais (EE) e 69% ou 484.332 se referem aos alunos
incluídos nas classes comuns de ensino (IEC). Em ambos os casos, consideraram-se todas as
modalidades, a saber: educação infantil, educação fundamental, ensino médio, educação de
jovens e adultos e educação profissionalizante.
No município de Alto Taquari a Educação Especial era realizada em Sala Especial e a
partir de 2008 passou a ser realizada em sala de aula comum com acompanhamento de
Auxiliares de Desenvolvimento para atendimento individualizado ao aluno com necessidade
especial.
ATENDIMENTO A ALUNOS COM DEFICIÊNCIA, TRANSTORNO GLOBAL DO
DESENVOLVIMENTO OU ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO:
Anos Total Municipal Estadual Privada
Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural
2010 08 - 08 - - - - -
2011 08 - 08 - - - - -
2012 14 - 14 - - - - -
2013 19 - 19 - - - - -
2014 20 - 19 - 01 - - -
2015 29 - 26 - 03 - - -
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77
A Educação Especial é realizada na Rede Municipal, no CEI “Prof.ª Maria Auta Medeiros
de Oliveira”, hoje, é atendido 05 (cinco) crianças com necessidades especial, as quais tem
acompanhamento individualizado com Auxiliares de Desenvolvimento, para auxilia-los na
alimentação, higiene e locomoção, além das atividades desenvolvidas em sala de aula. Na
Escola Municipal “Prof.ª Elzinha Lizardo Nunes” são atendidos 21 alunos em sala de aula
comum e AEE – Atendimento Educacional Especializado e somente em 2014 a Escola
Estadual iniciou o atendimento na Educação Especial.
A diferença entre matrículas no Ensino Fundamental e o quadro anterior de matrículas
gerais da Educação Especial referem-se a alunos que frequentam outras Instituições de
Educação Especial, como Associação Pestalozzi de Alto Taquari.
O atendimento na Rede Municipal de Ensino para alunos de Educação Especial divide-
se entre Educação Infantil e Ensino fundamental.
Através do mapeamento diagnóstico de identificação dos alunos, de 2010 a 2015, o
quadro dos alunos com necessidades especiais divide-se em: os deficientes auditivos (D.A.),
os deficientes físicos (D.F.), os deficientes visuais (D.V.) e os deficientes mentais (D.M.).
De 2010 a 2015, o atendimento na Educação Especial da Rede Municipal aumentou de
08 alunos com necessidades especiais para 29 alunos, ocorrendo maior crescimento a alunos
diagnosticados com deficiência mental.
ALUNOS COM DEFICIÊNCIA, MATRICULADOS: ENSINO FUNDAMENTAL
Necessidades Educacionais Especiais / Deficiência matriculados na Rede Municipal
D.A. D.F. D.V. D.M. TOTAL
2010 - 03 - 08 11
2011 - 09 12 21
2012 - 09 12 21
2013 - 09 12 21
2014 01 09 16 26
2015 01 09 16 26
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FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
O grande paradoxo presente na sociedade atual, que tanto enfatiza o valor da
educação e ao mesmo tempo não valoriza o professor adequadamente, suscita
questionamentos profundos sobre o papel do educador e os cuidados específicos com a sua
formação.
A formação inicial docente em nível superior é fundamental, embora não suficiente,
para que a "melhoria" da educação aconteça. É consensual a afirmação de que no processo
de formação do professor deve-se também levar em conta a "criação de sistemas de
formação continuada e permanente para todos os professores". (MEC, 1999, p.17).
Dentre as políticas educacionais, a formação e o desenvolvimento profissional dos
trabalhadores em educação tem sido uma das mais discutidas e analisadas nas últimas
décadas. Desta forma, é fundamental reconhecer a importância destes profissionais para a
qualidade do ensino público oferecido à população.
Ao longo da história da formação dos docentes no Brasil, identificamos diferentes
orientações teóricas que ainda permeiam a estrutura, os programas, as propostas e o
funcionamento das escolas no país. Podemos citar alguns exemplos: o ideário jesuítico, o
escolanovista, o da educação popular, o tecnicista, o neoliberalista, entre outros.
A formação dos docentes, na atualidade, foi revista e apresentou avanços, com a
promulgação da Constituição Brasileira em 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional em dezembro de 1996, que vêm redesenhando o sistema educacional brasileiro em
todos os níveis: da creche - desde então incorporada aos sistemas de ensino, às
universidades, além de todas as outras modalidades de ensino, incluindo a educação
especial, profissional, indígena, no campo e ensino a distância; além dos recursos
financeiros, formação e diretrizes para a carreira dos profissionais da área.
O artigo 61 da LDB propõe a necessidade de sólida formação básica do professor,
fundamentada nos conhecimentos científicos e sociais; a presença do estágio deverá
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realizar-se em nível superior e em cursos de licenciatura; a formação de docentes para o
ensino superior far-se-á em cursos de pós-graduação.
Cumpre ressaltar que a prática docente não pode prescindir de teorias, não
significando que deva ser uma mera transposição ou justaposição das mesmas. O professor
pode adotar, no seu cotidiano, técnicas inovadoras, tecnologias sofisticadas. Porém se sua
prática não estiver perpassada por mudança nas formas de conceber e de pensar educação,
isso de nada valerá. Também, de nada valerá adotar nova concepção pedagógica se ela não
alterar sua prática.
O direito à educação básica integral, para todos os brasileiros, do nascimento à
maioridade, independente de sua condição social, é conquista fundamental que deve ser
defendida por toda a sociedade.
Não basta que o curso de formação de professores adote uma proposta pedagógica
calcada em ideais inovadores. Somente o discurso não confere mudança. É necessário que
se estabeleça um processo reflexivo contínuo, individual e coletivo, já que a prática docente
não se estabelece isoladamente. Para tanto, é fundamental, como ponto de partida, que o
professor construa sua própria identidade.
Outro ponto importante é a valorização dos profissionais da educação, conforme
prevê a meta 17 do PNE é de fundamental importância a valorização em todos os sentidos e
em especial na qualidade de vida e que esteja permanentemente ligado a um grupo de
formação continuada, no qual a reflexão coletiva seja uma prática frequente e continuada. É
sabido que os profissionais da educação, por outro lado, tem se revelado um trabalhador
incansável. Em todas as horas, em fins de semana, em feriados prolongados, em momentos
que deveriam ser de lazer e de descanso com suas famílias.
Desafios cujo enfrentamento está diretamente ligado a um compromisso com a
comunidade escolar bem como toda sociedade alto-taquariense, considerando que o
desenvolvimento profissional precisa ser focalizado, investigado e reconhecido como ponto
fundamental para a transformação da Educação.
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80
A política da valorização e formação dos profissionais da educação deverá envolver,
além dos professores, todos os demais profissionais que atuam no processo educativo.
A partir destas considerações, é imprescindível que se tenha um plano de cargos,
carreiras e salários para todos os profissionais; tempo remunerado para formação e
planejamento das atividades, que o tempo de serviço e a formação sejam reconhecidos e
valorizados, que haja um número máximo de alunos por turma, melhores condições de
trabalho, mais e melhores recursos didáticos, o que significa qualidade do ensino e
valorização dos profissionais.
TABELA DE ESCOLARIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
Cargo Ensino
Fundamental
Ensino
Médio
Graduação Especialização TOTAL
Agente de Serviço Público 18 22 03 - 43
Merendeira - 08 - - 08
Guarda de Patrimônio 04 - - - 04
Inspetor de Alunos - 12 - - 12
Monitores de Educação Infantil - 57 - - 57
Auxiliar de Desenvolvimento - 17 - - 17
Professor Pedagogia - - 02 45 47
Professor Área Específica - - 01 19 20
Técnicos Administrativos - 05 - - 05
Motorista Transporte Escolar 03 09 - - 12
Total 25 130 06 64 225
No quadro dos profissionais da educação temos 25 servidores de Apoio Administrativo
(Agente de Serviço Público, Guarda de Patrimônio e Motorista do Transporte Escolar) com
formação a nível fundamental, 130 servidores a nível Médio e 67 Professores com
licenciatura, sendo que 64 possuem Especialização.
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TABELA SALARIAL DE DESPESA COM PESSOAL - EVOLUÇÃO DO PISO SALARIAL
MUNICIPAL:
Tabela salarial de valor do piso inicial do município
Cargo/Função CH 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Prof/Magistério 20 698,24 740,48 799,71 - 863,68 916,44 - 982,42
Prof/Graduação 20 1.047,00 1.111,34 1200,24 - 1.296,25 1.374,41 - 1.473,64
Prof/Especialização 20 1.187,00 1.259,51 1.360,27 - 1.469,09 1.557,67 - 1.670,11
Prof/Mestrado 20 1.291,74 1.370,65 1.480,30 - 1.598,72 1.695,12 - 1.817,48
Prof/Doutorado 20 1.396,48 1.481,78 1.600,32 - 1.728,34 1.832,55 - 1.964,84
Apoio/Técnico Adm.
40 786,00 833,55 900,23 - 972,24 1.030,86 - 1.105,90
Apoio/Vigia 40 561,00 594,94 642,53 - 693,93 735,77 - 788,00
Apoio/Serviços Gerais
40 561,00 594,94 642,53 - 693,93 735,77 - 788,00
Apoio/Motorista 40 940,00 1.007,47 1.088,06 - 1.175,10 1.254,00 - 1.344,22
Monitores Educ. Infantil)
40 680,00 721,14 778,83 - 841,13 890,85 - 955,32
Inspetor de Alunos 40 786,00 833,55 900,23 - 972,24 1.030,86 - 1.105,90
Auxiliar Desenvolvimento
20 698,24 740,48 799,71 - 863,68 916,44 - 982,42
Fiscal de Alunos 40 585,00 620,39 670,02 - 723,62 769,55 - 825,00
Facilitador de Artes 40 786,00 833,55 900,23 - 972,24 1.030,86 - 1.105,90
Merendeira 40 561,00 594,94 642,53 - 693,93 735,77 - 788,00
Conforme a tabela acima, durante o período de 2008 a 2014, não houve aumento
salarial, somente as reposições das perdas salariais. Em 2009 a reposição foi de 6,05%, em
2010, de 8%, em 2011 não houve reposição salarial, em 2012 de 8%, em 2013, de 6,03%, em
2014 não houve reposição e em 2015 7,22%.
A formação e valorização dos profissionais da educação requerem uma atenção
especial, dada à relevância de sua atuação como mediadores no processo de
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desenvolvimento e aprendizagem. A formação deverá contemplar a elaboração de uma
proposta pedagógica que leve em consideração as duas dimensões da ação educativa como
cumprimento da Lei de Gestão Democrática nº 859/01, que prevê autonomia administrativa,
financeira e pedagógica, cumprindo a Lei no - 11.738, de 16 de julho de 2008, Regulamenta a
alínea "e" do inciso III do caput do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, para instituir o piso salarial profissional nacional para os profissionais do
magistério público da educação básica.
GESTÃO E FINANCIAMENTO
No Brasil prevaleceu ao longo de sua história a gestão concentrada da Educação, com
progressos e retrocessos de centralização e descentralização, que, caracterizam a história
política brasileira durante o período compreendido entre a colônia e a ditadura militar. A
rigidez entre esses processos de centralização e descentralização enraizada na sinuosidade
do Estado Brasileiro se limita, essencialmente, a necessidade de transferência de
necessidade de cunho financeiro elevado, sem desafiar nenhum tipo de modificação na
estrutura e nas vinculações dos poderes sub-existentes.
Obteve-se a inclusão do princípio da Gestão Democrática no Ensino Público, no art.
206, Inciso IV, da Constituição Federal, promulgada em 1988 e regulamentada na Lei N.º
9394/96, que estabelece as Diretrizes e as Bases da Educação Nacional à nova LDB. No seu
artigo 211 a C.F. estabelece que a “União, os Estados os Municípios e o Distrito Federal
organizarão em regime de colaboração seus Sistemas de Ensino”. Segundo Monlevade 2001,
esse artigo indica claramente as prioridades da União (Educação Superior), Estados (Ensino
Médio), e os Municípios (Educação Infantil): quanto ao Ensino Fundamental a sua
responsabilidade fica partilhada entre Estados e Municípios, com plena autonomia de
estabelecer políticas de colaboração. Quanto a Educação Básica como um todo, cabe a
União redistribui recursos e suplementar os Estados e Municípios que não dispuserem de
arrecadação suficiente para financiar o acesso universal a uma educação de qualidade.
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83
A Constituição Federal prevê como fonte adicional de financiamento do Ensino
Fundamental, a contribuição social do Salário Educação recolhido pelas empresas, conforme
artigo 212, § 5.º, calculada com base na alíquota de 2,5% sobre o total da remuneração
pagas e creditadas, a qualquer título, ao segurador empregado (art. 15 da Lei n.º 9424/96).
A LDB define em seu artigo 74, que a União, em colaboração com os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, “estabelecerá padrão mínimo de oportunidades educacionais para
o ensino fundamental, baseado no cálculo do custo mínimo por aluno, capaz de assegurar
ensino de qualidade. O custo mínimo de que trata este artigo será calculado pela União ao
final de cada ano, com validade para o ano subsequente, considerando variações regionais
no custo dos insumos e as diversas modalidades de ensino” e, em seu artigo 75, que “a ação
supletiva e redistributiva da União e dos Estados será exercida de modo a corrigir,
progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o padrão mínimo de qualidade de
ensino”.
A forma de financiamento da educação por meio do mecanismo de fundos foi
implantada inicialmente por meio do FUNDEF em 1996, para repasse de recursos ao ensino
fundamental. Posteriormente, houve a ampliação do financiamento para a educação básica
pelo FUNDEB, em 2007.
A legislação informa que os Estados são responsáveis pelo Ensino Fundamental e
Médio, enquanto os Municípios têm a responsabilidade sobre a Educação Infantil (creches e
pré-escolas), Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos; e a União, sobre o Ensino
Superior.
A partir da constatação da necessidade de maior investimento para a determinação de
um plano de metas, exige uma expressão de custos assim como o reconhecimento dos
recursos atualmente disponíveis e das estratégias para seu desenvolvimento. A formulação e
implementação de metas educacionais devem ser o ponto de partida para o
desenvolvimento e manutenção, anexado aos percentuais constitucionais.
Como se vê, a busca da melhoria de ensino e a solução dos problemas das escolas
públicas hoje passam por muitos caminhos, desde a recuperação de prédios e construção de
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espaços específicos, equipamentos das escolas e salas de aula, chegando aos processos
educativos e de gestão. Queremos enfatizar, entretanto neste momento, os caminhos
internos a própria escola, ou seja, os caminhos voltados para os professores e seus parceiros
imediatos de trabalho, pois vislumbramos aí espaço de alteração e de enfrentamento da
realidade como dado fundamental a ser assumido para o trabalho produtivo e de boa
qualidade e o estabelecimento de uma EDUCAÇÃO CIDADÃ.
Alto Taquari é um município com aproximadamente 12 mil habitantes, possui uma
receita bruta no valor de R$ 36.391.938,13 (trinte e seis milhões, trezentos e noventa e um
mil, novecentos e trinta e oito reais e treze centavos) dados, referente ao exercício de 2014.
Entretanto, houve também um crescimento significativo na demanda educacional e nas
despesas com a manutenção e desenvolvimento do ensino.
Conforme tabela abaixo observa-se um aumento em relação ao repasse do FUNDEB,
em 2010, o valor destinado ao município era de 4.361.390,42, deste valor retornava para o
fundo 1.858.461,17 equivalente a 42,61%. Em 2014 o valor destinado ao município foi de
5.458.790,71 e retornou para o fundo 962.719,11, permanecendo como receita líquida
4.496.071,60.
TABELA – Valor que retorna para o FUNDEF
ANO Valor 20%
FUNDEB
Valor FUNDEB
Liquido
Valor do retorno
Fundo
% de retorno
Fundo
2010 4.361.390.42 2.314.302,91 1.858.461,17 42,61%
2011 4.728.749,60 2.674.532,79 2.000.699,67 42,30%
20 12 5.699.466,30 3.020.717,13 2.165.797,19 38%
2013 5.478.795,55 3.602.069,56 1.938.876,28 35,38%
2014 5.458.790,71 4.496.071,60 962.719,11 17,63%
Os recursos do FUNDEB destinam-se a Educação Básica, devendo ser aplicados nas
despesas enquadradas como de “manutenção e desenvolvimento do ensino”, previstas no
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85
artigo 70 da Lei Federal nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), sendo no
Município de Alto Taquari, assim distribuídos:
RECURSOS APLICADOS NA MELHORIA E QUALIDADE DA EDUCAÇÃO:
ANO Despesas com
Educação
Educação
Infantil (1)
Ensino
Fundamental (2)
Outros (3) Total ( 1+2+3)
2010 5.951.703,67 596.810,46 5.095.728,65 259.164,56 5.951.703,67
2011 6.483.457,67 1.492.580,28 4.620.377,86 370.499,53 6.483.457,67
2012 7.471.803,40 2.096.164,81 4.750.423,16 616.710,43 7.471.803,40
2013 7.603.606,08 2.190.398,76 5.109.579,97 303.627,35 7.603.606,08
2014 8.279.573,66 2.471.146,14 5.575.604,96 272.822,56 8.279.573,66
A legislação do FUNDEB prevê que no mínimo 60% dos recursos anuais creditados na
conta do Fundo devem ser aplicados na remuneração do magistério, em efetivo exercício na
Educação Básica.
Seguindo orientações constantes da Resolução nº 03, de 08/10/1997, do Conselho
Nacional de Educação, nesta rubrica poderão ser realizadas: 60% do recursos com despesas
de remuneração para professores e (MÁXIMO DE 40% DO FUNDEB) outras Despesas de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, previstas no art. 70 da Lei nº 9.394/96
(LDB).
A manutenção constitucional da vinculação de recursos tem sido uma maneira
histórica de tentar garantir verbas para viabilizar a educação de boa qualidade em todo o
país e superar, progressivamente, os desequilíbrios regionais.
No município de Alto Taquari – MT pode-se constatar que nos anos de 2010 a 2014,
houve um aumento no valor aplicado. O município aplicou acima do percentual exigido em
lei que determina que seja no mínimo 25% da receita aplicada na educação.
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Tabela - Valor Aplicado na Educação do Município de Alto Taquari-MT.
ANO RECEITA
BRUTA
Valor
referente
a 25 % MDE
VALOR FUNDEF
APLICADO =
20%
% APLICADO
NA FOLHA DOS
60%
% APLICADO
MDE
referente 25 %
2010 29.075.936,16 7.268.984,04 4.361.390.42 65.04% 26,39%
2011 31.524.997,39 7.881.249,34 4.728.749,60 72,81% 27,12%
2012 37.996.442,04 9.499.110,51 5.699.466,30 100% 29,71%
2013 36.525.303,73 9.131.325,93 5.478.795,55 67,93% 27,72%
2014 36.391.938,13 9.097.984,53 5.458.790,71 96,08% 25,92%
Conforme a tabela acima do montante da receita destinada ao FUNDEB, os gastos com
o pessoal em 2010 representaram 65,04%, subindo, em 2014 para 96,08%. O valor
repassado para o FUNDEB está sendo utilizado 96,08% somente para pagamento da folha de
pagamento dos professores.
No exercício de 2014, fora repassado para o FUNDEB o valor de R$ 4.496.071,60
(quatro milhões, quatrocentos, noventa e seis mil e setenta e um reais e sessenta centavos),
os gastos com a folha de pagamento, fechou em R$ 4.753.620,92 (quatro milhões,
setecentos, cinquenta e três mil, seiscentos e vinte reais e noventa e dois centavos), ou seja
o valor repassado pelo FUNDEB não foi suficiente para cobrir a folha de pagamento dos
profissionais da educação, sendo necessário a complementação no valor de R$ 257.549,32
(duzentos e cinquenta e sete mil, quinhentos e quarenta e nove reais e trinta e dois
centavos).
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REPASSE FUNDEB 2014 X GASTO COM FOLHA DE PAGAMENTO
REPASSE FUNDEB 2015 X GASTO COM FOLHA DE PAGAMENTO
MÊS REPASSE
FUNDEB
GASTO COM
FOLHA DE PAGAMENTO DIFERENÇA
01 455.883,80 282.145,89 173.737,91
02 353.143,87 248.413,72 104.730,15
03 317.721,23 444.862,43 - 127.141,20
04 391.868,48 450.444,75 - 58.576,27
05 375.966,42 454.751,17 - 78.784,75
06 322.043,03 473.090,28 - 151.047,25
07 330.459,48 460.162,00 - 129.702,52
08 430.341,00 391.422,46 38.918,54
09 352.410,02 431.183,91 - 78.773,89
10 400.401,41 365.118,91 35.282,50
11 370.210,71 377.686,81 - 7.476,10
12 395.622,15 374.338,59 21.283,56
4.496.071,60 4.753.620,92 - 257.549,32
MÊS REPASSE
FUNDEB
GASTO COM
FOLHA DE PAGAMENTO DIFERENÇA
01 383.157,00 327.760,03 55.396,97
02 379.239,01 411.241,38 - 32.002,37
03 388.904,97 423.757,19 - 34.852,22
04 364.436,75 379.180,52 - 14.743,77
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RECURSOS APLICADOS COM PESSOAL:
Ano
Despesas com pagamento de
professores (1)
Despesas com pagamento de equipe
de apoio técnico, apoio, vigias,
motoristas, etc) (2)
Encargos (3)
Total (1+2+3)
2010 2.935.166,59 494.158,70 97.039,91 3.526.365,20
2011 2.884.970,17 1.099.469,65 165.609,78 4.150.049,60
2012 3.625.935,92 1.116.661,83 315.745,10 5.058.342,85
2013 3.783.446,94 1.290.345,43 219.936,18 5.293.728,55
2014 4.130.636,96 1.042.467,48 1.138.637,85 6.311.742,29
Fora aplicado na manutenção e desenvolvimento da educação básica R$ 6.311.742,29
(seis milhões, trezentos e trinta e um mil, setecentos e quarenta e dois reais e vinte e nove
centavos) em 2014, equivalente a 25,92% de toda a receita.
Valor anual por ALUNO, estimado, por etapa e tipos de Estabelecimentos
Educação Infantil Urbana Rural MATRICULA – 2015
MUNICIPAL / ESTADUAL / PRIVADA
Creche Integral 3.560,00 - 271 - -
Creche Parcial 2.738,93 - - - 10
Pré Escola Integral 3.560,00 - - - -
Pré Escola Parcial 2.738,93 - 325 - 11
Ensino Fundamental -
Séries Iniciais 2.738,93 3.149,76 565 257 59
Séries Finais 3.012,82 3.266,71 389 259 33
Tempo Integral 3.560,60 - 330
Ensino Médio 3.423,66 3.560,60 - 442 17
Ensino Médio Integral 3.560,60 - -
Educação Especial 3.286,71 - 05
AEE 3.286,71 - 21 03
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89
EJA 1.º Segmento 36
EJA 2.º Segmento 98
EJA 3.º Segmento 72
TOTAL 1612 1131 130
No município de Alto Taquari, estão matriculados nas escolas públicas 2.873 alunos,
sendo 1.612 na Rede Municipal (CEI “Prof.ª Maria Auta Medeiros de Oliveira 596 e na Escola
Municipal “Prof.ª Elzinha Lizardo Nunes” 1016 alunos no Ensino Fundamental e 330 alunos
no Programa Mais Educação), na Escola Estadual “Carlos Irigaray Filho 1.131 alunos do
Ensino Fundamental e Médio e 130 alunos na Rede Privada no Centro Educacional Master.
Tabela – Valor do retorno do FUNDEF para o município de Alto Taquari em 2015: com
base na matrícula e nos valores por aluno no Estado.
Modalidade de Ensino Matricula x valor custo/aluno Valor total
Creche Integral 271 X 3.560,00 964.760,00
Creche Parcial X 2.738,93 -
Pré Escola Integral X 3.560,00 -
Pré Escola Parcial 325 X 2.738,93 890.152,25
Subs total 1.854.912,25
Ensino Fundamental
Séries Iniciais 565 X 2.738,93 1.547.495,45
Séries Finais 389 X 3.012,82 1.171.986,98
Tempo Integral 330 X 3.560,60 1.174.998,00
Sub total 3.894.480,43
Ensino Médio X 3.423,66
Ensino Médio Integral X 3.560,60
Educação Especial 05 X 3.286,71 16.433,55
AEE 21 X 3.286,71 69.020,91
Total 1942 5.834.847,14
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Tabela – Matriculas total das Escolas Públicas e privada do município de Alto Taquari
em 2015
Modalidade Rede Municipal Rede Estadual Rede Privada Total
CRECHE 271 - 10 281
PRÉ ESCOLA 325 - 11 336
Sub total 596 21 617
1.º ANO 105 61 11 177
2.º ANO 105 44 14 163
3.º ANO 105 46 17 168
4.º ANO 129 55 05 189
5.º ANO 121 51 12 184
Sub total 565 257 59 881
6.º ANO 127 59 07 193
7.º ANO 102 60 05 167
8.º ANO 92 77 11 180
9.º ANO 68 63 10 141
Sub total 389 259 33 681
1.º ANO E. M. - 279 08 287
2.º ANO E.M. - 95 05 100
3.º ANO E.M. - 68 04 72
Sub Total 442 17 459
EJA 1.º SEG 36 - - 36
EJA 2.º SEG - 98 - 98
EJA 3.º SEG - 72 - 72
Sub total 36 170 206
Educação Esp 26 03 - 29
AEE 26 - - 26
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E.F. INTEGRAL 330 - - -
Total Geral 1.942 1.131 130 2.873
Os valores aplicados na educação, além dos gastos com folha de pagamento, o
município também investiu na melhoria da qualidade do material escolar, Livro Integrado
para o aluno e professor, melhoria na qualidade dos uniformes, aquisição de mobiliário
escolar, brinquedos pedagógicos, contratação de Profissionais como Nutricionista, Psicóloga,
Fiscais de Alunos para as linhas do Transporte Escolar, Auxiliares de Desenvolvimento para
acompanhar os alunos da Educação Especial, implantação de sala de recurso, Inclusão Digital
entre outras e na merenda escolar que o município complementa com mais de 100%. Por
três anos consecutivos o município recebeu o prêmio “Gestor Eficiente da Merenda Escolar”.
A participação popular melhora a qualidade das decisões tomadas na área da
educação e tem um papel fundamental na democratização da gestão municipal.
É corrente a classificação da educação como a mais importante das políticas públicas,
num país como o Brasil. Todas as prefeituras apontam a educação como área de destaque; a
legislação obriga os municípios a aplicarem 25% dos seus recursos em educação.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) repassa recursos financeiros
para garantir a oferta da alimentação escolar, de forma a suprir, no mínimo, 15% das
necessidades nutricionais dos alunos, durante o período de permanência na escola.
São atendidos pelo PNAE todos os alunos da Educação Infantil (creche e pré-escola) e
do Ensino Fundamental, matriculados em escolas públicas e filantrópicas cadastradas no
censo escolar do Ministério da Educação, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais (INEP).
O repasse dos recursos é feito com base no censo escolar, realizado no ano anterior
ao do atendimento.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é um dos mais antigos
programas sociais do Governo Federal. Tem origem na década de 40, com uma primeira
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proposta do Instituto de Nutrição, cuja concretização foi impedida por interesses políticos e
escassez de recursos financeiros.
Nos anos 50, foi elaborado um abrangente Plano Nacional de Alimentação e Nutrição
denominado A Conjuntura Alimentar e o Problema da Nutrição no Brasil, uma proposta que,
pela primeira vez, concebia e estruturava um programa de alimentação escolar em âmbito
nacional, sob responsabilidade pública.
Em 1955, a Comissão Nacional de Alimentos regulamentou a Campanha da Merenda
Escolar, dando um novo impulso e abrangência nacional ao programa.
Uma década depois, a Campanha da Merenda Escolar sofreu reformulações, ao ser
criada a Campanha Nacional de Alimentação Escolar. De 1954 até 1979, a Campanha
recebeu várias denominações, quando passou a se chamar Programa Nacional de
Alimentação Escolar, como hoje é conhecido.
Em 1981, passou a ser gerido pelo Instituto Nacional de Assistência ao Estudante. Em
1983, a Fundação de Assistência ao Estudante — resultado da fusão do Instituto Nacional de
Assistência ao Estudante com a Fundação Nacional de Material Escolar — assumiu a gestão
do Programa.
O direito à alimentação escolar para todos os alunos do Ensino Fundamental foi
assegurado em 1988, com a promulgação da nova Constituição Federal. Este ano, foram
integrados ao PNAE os alunos da pré-escola e das creches.
O Programa passou a ser gerenciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação em 1997, quando foi extinta a Fundação de Assistência ao Estudante (FAE).
O valor repassado para os municípios na época era muito baixo para oferecer uma
merenda de qualidade, os valores tiveram alguns reajustes mas ainda não são suficientes
para atender a demanda da merenda escolar, sendo necessário a complementação pelos
municípios.
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93
Tabela 3 – Repasse do PNAE para o Município - (Ensino Fundamental)
ANO 2010 2011 2012 2013 2014
PROGRAMA 86.820,05 94.560,00 159.618,00 134.840,00 139.344,00
N.º ALUNOS
Censo Ano Anterior)
1287 1219 1216 1171 981
VALOR ALUNO 0,13 0,13 0,30 0,30 0,30
Além dos R$ 0,30 (trinta centavos) para o Ensino Fundamental, R$ 0,50 (cinquenta
centavos) para a Pré-escola e R$ 1,00 (um real) para Creches, repassados por aluno / dia
pelo FNDE, o município de Alto Taquari complementa a merenda escolar em 107%, com um
acréscimo de R$ 17.825,15 para atender o Ensino Fundamental e Educação Infantil da Rede
Municipal, conforme a tabela abaixo.
Fonte: MEC
VALOR REPASSE FNDE / GASTO COM ALIMENTAÇÃO ESCOLA, COMO REFERENCIA O
MÊS DE ABRIL DE 2015
Modalidade RECURSOS
FNDE
VALOR
GASTO
COMPLEMEN
TAÇÃO
TOTAL
CRECHE 6.340,00 8.825,41 2.485,41 8.825,41
PRÉ ESCOLA 2.940,00 7.171,91 4.231,91 7.171,91
ENSINO FUNDAMENTAL 5.160,00 14.377,16 8.679,16 14.377,16
EJA 318,00 - - -
AEE 220,00 - - -
MAIS EDUCAÇÃO 1.664,00 4.096,21 2.432,21 4.096,21
TOTAL 16.642,00 34.470,69 17.828,69 34.470,69
Total repassado pelo FNDE no mês de Abril de 2015, R$ 16.642,00 (dezesseis mil,
seiscentos e quarenta e dois reais), total gasto com a merenda escolar no mesmo mês R$
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34.467,15 (trinta e quatro mil, quatrocentos e sessenta e sete reais e quinze centavos), o
município complementou com R$ 17.828,69 (dezessete mil, oitocentos, vinte e oito reais e
sessenta e nove centavos)
RECEITAS DA EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO:
Receitas 2010 2011 2012 2013 2014
FUNDEB 2.215.519,33 2.670.067,06 3.045.108,22 3.602.069,66 4.496.071,60
SALÁRIO
Educação
125.771,57 156.342,12 200.652,55 183.360,97 285.271,04
PAR - - 214.880,00 - 1.588.843,57
PNATE 10.797,04 654,13 15.489,88 16.149,03 9.483,20
PNAE 86.820,05 94.560,00 159.618,00 134.840,00 139.344,00
PDDE 9.834,00 22.475,76 22.073,10 31.540,00 14.980,00
Transporte
ESCOLAR
158.402,96 161.958,69 200.801,92 97.026,88 136.004,66
RECURSOS
Município
3.354.392,72 3.399.875,67 3.850.013,83 4.033.446,34 3.213.394,16
TOTAL 5.961.537,67 6.505.933,43 7.708.637,50 7.635.148,08 9.883.392,23
A ideia central que norteou a organização deste Plano Municipal de Educação foi a de
sistematização dos dados, tracejar um quadro das condições existentes na Educação
Municipal, apontando desafios que se colocam para o processo ensino aprendizagem
durante a vigência do PME .
O PME defende-se como instrumento em função de políticas a serem incrementadas
da legislação que lhe dá sustentação e condições, humanas, materiais e financeiras a que se
dispõe a sociedade, tendo como diretrizes:
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1. Garantir o desenvolvimento da Educação Básica no município, assegurando o
modelo de gestão que contenha os princípios fundamentais de caráter público de educação,
a representatividade social e a formação da cidadania.
2. Junção democrática com todas as esferas do Poder Público Federal, Estadual e
Municipal visando a integração de seus planos educacionais.
3. A criação de políticas de gestão de ensino público orientada pela democratização e
cooperação.
4. Cobrar dos entes federados o disposto no Constituição Federal, Estadual e Municipal
referentes aos percentuais a serem aplicados na educação, estabelecendo para isso uma
política que garanta: - salários dignos aos profissionais da educação, políticas de formação
continuada e dignas condições de trabalho. Só assim teremos uma “Educação” de qualidade.
Cabe ressaltar também que, o estabelecimento das metas neste plano, depende da
definição dos recursos, assim como a identificação das fontes dos mesmos e as estratégias
para a sua ampliação. Os percentuais legalmente constitucional referentes a manutenção e
desenvolvimento do ensino, são considerados como ponto de partida para a implementação
e formulação das metas educacionais em nosso município. Financiamento e gestão estão
indissoluvelmente ligados, isto é, a transparência da gestão de recursos financeiros e o
exercício do controle social permitirão a efetiva aplicação dos recursos destinados à
educação. Nesse sentido, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional facilita essa tarefa
ao enfatizar no § 5º do art. 69, o repasse automático dos recursos ao órgão gestor e ao
regulamentar quais as despesas admitidas como gastos como manutenção e
desenvolvimento do ensino.
Dentre as prioridades, a principal deste Plano é: oferecer uma educação de qualidade,
com infraestrutura adequada, com profissionais capacitados em nível superior, proposta
pedagógica voltada a melhoria do ensino, elevando o índice do IDEB, garantindo o acesso e
permanência aos alunos em idade de escolarização e valorização dos profissionais da
educação.
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Após vários estudos e reuniões com a comunidade escolar, foi realizada a I Conferencia
do Plano Municipal de Educação e aprovada as metas e estratégias para os próximos dez
anos de vigência deste Plano.
METAS E ESTRATÉGIAS aprovadas na I Conferência do Plano Municipal de Educação
para o período de 2015/2015
EDUCAÇÃO INFANTIL
META 1
Universalizar, até 2016, a Educação Infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a
5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de Educação Infantil em creches de forma a
atender, no mínimo, 70% (setenta por cento) das crianças de 0 até 3 (três) anos até o final
da vigência deste PME, opcional à família de acordo com a demanda da cidade e com
garantia de qualidade.
ESTRATÉGIAS
1) Definir, em regime de colaboração com a União e o Estado de Mato Grosso, metas de
expansão da Educação Infantil segundo padrão nacional de qualidade, considerando as
peculiaridades locais;
2) Garantir relação professor/criança, infraestrutura, equipamentos e material didático
adequados ao processo educativo, considerando as características das distintas faixas
etárias, conforme os padrões do CAQ (Custo Aluno Qualidade);
3) Realizar levantamento anual da demanda por creche para a população de até 03 anos e
da pré-escola de 4 e 5 anos, criando banco de dados, estabelecendo normas,
procedimentos para planejar a oferta e atendimento da demanda manifesta;
4) Atualizar anualmente o PPP - Projeto Político Pedagógico com a participação dos
profissionais da educação e comunidade escolar, observando as normas estabelecidas pelo
Conselho Nacional de Educação, obedecendo os seguintes fundamentos norteadores:
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a) princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao
bem comum;
b) princípios políticos dos direitos e deveres de cidadania, do exercício da criticidade e do
respeito à ordem democrática;
c) princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da diversidade de
manifestações artísticas e culturais.
5) Ampliar, em regime de colaboração com a União, a construção e reestruturação de
creches, bem como de aquisição de equipamentos, visando a expansão e a melhoria da
rede física de escolas públicas de educação infantil;
6) Promover a formação continuada dos (as) profissionais da Educação Infantil, garantindo,
progressivamente, o atendimento por profissionais com formação superior;
7) Priorizar o acesso à educação infantil e fomentar a oferta do atendimento educacional
especializado complementar e suplementar aos (às) alunos (as) com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, assegurando a educação
bilíngue para crianças surdas e a transversalidade da educação especial nessa etapa da
educação básica;
8) Implementar, em caráter complementar, programas de orientação e apoio às famílias,
por meio da articulação das áreas de educação, saúde e assistência social, com foco no
desenvolvimento integral das crianças de até 5 (cinco) anos de idade;
9) Preservar as especificidades da educação infantil na organização das redes escolares,
garantindo o atendimento da criança de 0 (zero) a 5 (cinco) anos em estabelecimentos que
atendam a parâmetros nacionais de qualidade, e a articulação com a etapa escolar
seguinte, visando ao ingresso do (a) aluno(a) de 6 (seis) anos de idade no ensino
fundamental;
10) Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência das
crianças na educação infantil, em especial dos beneficiários de programas de transferência
de renda, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social,
saúde e proteção à infância;
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11) Promover a busca ativa de crianças em idade correspondente à educação infantil, em
parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, preservando
o direito de opção da família em relação às crianças de até 5 (cinco) anos;
12) Criar e construir centros de Educação Infantil, ampliando os já existentes, para
atendimento de crianças de 0(zero) a 05 anos, em tempo integral, conforme padrões
mínimos exigidos pela legislação, considerando a demanda dos municípios com a
contrapartida do Estado e União;
13) Garantir alimentação escolar adequada para todas as crianças atendidas nos
estabelecimentos públicos e conveniados de Educação Infantil;
14) Garantir o período de férias escolares em janeiro, para que as crianças possam
fortalecer seus laços familiares;
15) Garantir transporte gratuito para todos (as) os (as) estudantes da educação do campo
na faixa etária da educação escolar obrigatória, mediante renovação e padronização
integral da frota de veículos, de acordo com especificações definidas pelo Instituto Nacional
de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, e financiamento compartilhado, com
participação da União e Estado de Mato Grosso proporcional às necessidades dos entes
federados, visando a reduzir a evasão escolar e o tempo médio de deslocamento a partir de
cada situação local.
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ENSINO FUNDAMENTAL
Meta 2
Universalizar o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a
14 (quatorze) anos, garantindo o acesso, buscando a permanência e a efetiva
aprendizagem de todos os alunos e conclusão desta etapa na idade recomendada, até o
último ano de vigência deste PME.
ESTRATÉGIAS
1) Pactuar entre União, Estado de Mato Grosso, no âmbito da instância permanente de que
trata o § 5º do art. 7º da LEI No 13.005, de 25 de junho de 2014, a implantação dos direitos
e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional comum
curricular do Ensino Fundamental;
2) Criar mecanismos para o acompanhamento individualizado dos alunos do Ensino
Fundamental, buscando a permanência e a efetiva aprendizagem;
3) Garantir que o número de alunos em sala de aula não ultrapasse o limite de espaço
mínimo a que cada aluno tem direito, possibilitando ao professor trabalhar em um
ambiente propício à realização do ensino através de projetos, dando preferência para um
número máximo de 20 alunos nas fases iniciais (1º ciclo) e 25 alunos no máximo, do 2° ciclo
em diante.
4) Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da permanência e o
aproveitamento escolar dos beneficiários de programas de transferência de renda, bem
como das situações de discriminação, preconceitos e violências na escola, visando ao
estabelecimento de condições adequadas para o sucesso escolar dos (as) alunos (as), em
colaboração com as famílias e com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à
infância, adolescência e juventude;
5) Promover a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, em parceria com
órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e
juventude;
6) Inserir na proposta pedagógica da escola a utilização de tecnologias pedagógicas que
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100
combinem, de maneira articulada, a organização do tempo e das atividades didáticas entre
a escola e o ambiente comunitário, considerando as especificidades da educação especial;
7) Disciplinar, a nível municipal a organização flexível do trabalho pedagógico, incluindo
adequação do calendário escolar de acordo com a realidade local;
8) Incentivar a participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento das atividades
escolares dos filhos por meio do estreitamento das relações entre as escolas e as famílias,
garantindo o atendimento à família em horários flexíveis.
9) Promover atividades de desenvolvimento e estímulo a habilidades esportivas nas
escolas, interligadas a um plano de disseminação do desporto educacional e de
desenvolvimento esportivo nacional;
10) Garantir alimentação escolar adequada a cada faixa etária, para todos os alunos das
escolas públicas por meio de colaboração financeira da União, do Estado de Mato Grosso e
do Município, cumprindo o percentual de 30% para aquisição de alimentos da agricultura
familiar, conforme Lei n.º 11.947, de 16 de Junho de 2009;
11) Manter e ampliar programas e ações de correção de fluxo do Ensino Fundamental, por
meio do acompanhamento individualizado do (a) aluno (a) com rendimento escolar
defasado e pela adoção de práticas como aulas de reforço no turno complementar, estudos
de recuperação e progressão parcial, de forma a reposicioná-lo no ciclo escolar de maneira
compatível com sua idade;
12) Garantir transporte gratuito para todos estudantes da educação do campo na faixa
etária da educação escolar obrigatória, mediante renovação e padronização integral da
frota de veículos, de acordo com especificações definidas pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, e financiamento compartilhado, com
participação da União proporcional às necessidades dos entes federados, visando a reduzir
a evasão escolar e o tempo médio de deslocamento a partir de cada situação local;
13) Garantir infraestrutura, recursos humanos, equipamentos e materiais didáticos
adequados ao processo educativo, considerando as características das distintas faixas
etárias, conforme os padrões do CAQ (Custo Aluno Qualidade).
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101
ENSINO MÉDIO
Meta 3
Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17
(dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PME, a taxa líquida de
matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).
ESTRATÉGIAS
1) Pactuar entre União e o Estado de Mato Grosso, no âmbito da instância permanente de
que trata o § 5o do art. 7o da LEI No 13.005, de 25 de junho de 2014, a implantação dos
direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional
comum curricular do ensino médio;
2) Garantir a fruição de bens e espaços culturais, de forma regular, bem como a ampliação
da prática desportiva, integrada ao currículo escolar;
3) Fomentar a expansão das matrículas gratuitas de ensino médio integrado à educação
profissional, observando-se as peculiaridades das populações do campo e das pessoas com
deficiência;
4) Estruturar e fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da
permanência dos jovens beneficiários de programas de transferência de renda, no Ensino
Médio, quanto à frequência, ao aproveitamento escolar e à interação com o coletivo, bem
como das situações de discriminação, preconceitos e violências, práticas irregulares de
exploração do trabalho, consumo de drogas, gravidez precoce, em colaboração com as
famílias e com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à adolescência e
juventude;
5) Promover a busca ativa da população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos fora da escola,
em articulação com os serviços de assistência social, saúde e proteção à adolescência e à
juventude;
6) Fomentar programas de educação e de cultura para a população urbana e do campo de
jovens, na faixa etária de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, e de adultos, com qualificação
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102
social e profissional para aqueles que estejam fora da escola e com defasagem no fluxo
escolar;
7) Redimensionar a oferta de Ensino Médio nos turnos diurno e noturno de forma a
atender a toda a demanda, de acordo com as necessidades específicas dos (as) alunos (as);
8) Implementar políticas de prevenção à evasão motivada por preconceito ou quaisquer
formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas associadas de exclusão;
9) Estimular a participação dos adolescentes nos cursos das áreas tecnológicas e científicas.
10) Garantir transporte gratuito para todos estudantes da educação do campo na faixa
etária da educação escolar obrigatória, mediante renovação e padronização integral da
frota de veículos, de acordo com especificações definidas pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, e financiamento compartilhado, com
participação da Estado/União proporcional às necessidades dos entes federados, visando a
reduzir a evasão escolar e o tempo médio de deslocamento a partir de cada situação local;
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103
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Meta 4
Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à
educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na
rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de
recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou
conveniados.
ESTRATÉGIAS
1) Promover, no prazo de vigência deste PME, a universalização do atendimento escolar à
demanda manifesta pelas famílias de crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, observado o
que dispõe a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional;
2) Implantar, ao longo deste PME, salas de recursos multifuncionais e fomentar a
formação continuada de professores e professoras e auxiliares de desenvolvimento para o
atendimento educacional especializado nas escolas urbanas;
3) Garantir atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais,
classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados, nas formas
complementar e suplementar, a todos (as) alunos (as) com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de
educação básica, conforme necessidade identificada por meio de avaliação, ouvidos a
família e o aluno;
4) Estimular a criação de equipes multidisciplinares para atendimento e apoio pedagógico,
integrados por profissionais das áreas de saúde, assistência social, psicopedagogo,
terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, pedagogia e psicologia, para apoiar o trabalho dos
(as) professores da educação básica com os (as) alunos (as) com deficiência, transtornos
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104
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;
5) Manter e ampliar programas suplementares que promovam a acessibilidade nas
instituições públicas, para garantir o acesso e a permanência dos (as) alunos (as) com
deficiência por meio da adequação arquitetônica, da oferta de transporte adaptado e
acessível e da disponibilização de material didático próprio e de recursos de tecnologia
assistiva, assegurando, ainda, no contexto escolar, em todas as etapas, níveis e
modalidades de ensino, a identificação dos alunos com altas habilidades ou superdotação;
6) Garantir a oferta de educação inclusiva, vedada a exclusão do ensino regular sob
alegação de deficiência e promovida a articulação pedagógica entre o ensino regular e o
atendimento educacional especializado;
7) Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola e ao
atendimento educacional especializado, bem como da permanência e do
desenvolvimento escolar dos (as) alunos (as) com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação beneficiários (as) de programas de
transferência de renda, juntamente com o combate às situações de discriminação,
preconceito e violência, com vistas ao estabelecimento de condições adequadas para o
sucesso educacional, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de
assistência social, saúde e proteção à Infância, à adolescência e à juventude;
8) Promover a articulação Inter setorial entre órgãos e políticas públicas de saúde,
assistência social e direitos humanos, em parceria com as famílias, com o fim de
desenvolver modelos de atendimento voltados à continuidade do atendimento escolar,
na educação de jovens e adultos, das pessoas com deficiência e transtornos globais do
desenvolvimento com idade superior à faixa etária de escolarização obrigatória, de forma
a assegurar a atenção integral ao longo da vida;
9) Apoiar a ampliação das equipes de profissionais da educação para atender à demanda
do processo de escolarização dos (das) estudantes com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, garantindo a oferta de professores
(as) do atendimento educacional especializado, profissionais de apoio ou auxiliares,
ESTADO DE MATO GROSSO ALTO TAQUARI
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105
tradutores (as) e intérpretes de Libras, guias-intérpretes para surdos-cegos, professores
de Libras, prioritariamente surdos, e professores bilíngues;
10) Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem
fins lucrativos, conveniadas com o poder público, visando a ampliar as condições de apoio
ao atendimento escolar integral das pessoas com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação matriculadas nas redes públicas de
ensino;
11) Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem
fins lucrativos, conveniadas com o poder público, visando a ampliar a oferta de formação
continuada e a produção de material didático acessível, assim como os serviços de
acessibilidade necessários ao pleno acesso, participação e aprendizagem dos estudantes
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação matriculados na rede pública de ensino;
12) promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem
fins lucrativos, conveniadas com o poder público, a fim de favorecer a participação das
famílias e da sociedade na construção do sistema educacional inclusivo;
13) Garantir alimentação escolar adequada a cada faixa etária, conforme o grau de
dificuldade e necessidade dos alunos com deficiência, por meio de colaboração financeira
da União, do Estado e do Município;
14) Garantir a criação do Regimento Próprio da Educação inclusiva no Município,
juntamente com um coordenador especifico e capacitado.
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106
PNAIC - PÁCTO N. DE ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTO
Meta 5
Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do Ensino
Fundamental.
ESTRATÉGIAS
1) Estruturar os processos pedagógicos de alfabetização, nos anos iniciais do Ensino
Fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na pré-escola, com
qualificação e valorização dos professores alfabetizadores e com apoio pedagógico
específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças;
2) Fomentar o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de práticas pedagógicas
inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a
aprendizagem dos (as) alunos (as), consideradas as diversas abordagens metodológicas e
sua efetividade;
3) Promover e estimular a formação continuada de professores para a alfabetização de
crianças, com o conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas
inovadoras, estimulando a articulação entre programas de pós-graduação stricto sensu e
ações de formação continuada de professores para a alfabetização;
4) Apoiar a alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas
especificidades, inclusive a alfabetização bilíngue de pessoas surdas, sem
estabelecimento de terminalidade temporal;
5) Garantir que o número de alunos em sala de aula não ultrapasse o limite de espaço
mínimo a que cada aluno tem direito, possibilitando ao professor trabalhar em um
ambiente propício à realização do ensino através de projetos, levando em consideração
as necessidades da faixa etária;
6) Garantir transporte gratuito para todos estudantes da educação do campo na faixa
etária da educação escolar obrigatória, mediante renovação e padronização integral da
frota de veículos, de acordo com especificações definidas pelo Instituto Nacional de
ESTADO DE MATO GROSSO ALTO TAQUARI
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107
Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, e financiamento compartilhado, com
participação da União/Estado proporcional às necessidades dos entes federados,
visando a reduzir a evasão escolar e o tempo médio de deslocamento a partir de cada
situação local;
7) Garantir infraestrutura, recursos humanos, equipamentos e materiais didáticos
adequados ao processo educativo, considerando as características das distintas faixas
etárias, conforme os padrões do CAQ (Custo Aluno Qualidade).
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108
EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL
Meta 6
Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das
escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 30% (trinta por cento) dos(as)
alunos(as) da educação básica.
ESTRATÉGIAS
1) Promover, com o apoio da União e do Estado de Mato Grosso, a oferta de educação
básica pública em tempo integral, por meio de atividades de acompanhamento pedagógico
e multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma que o tempo de permanência
dos alunos na escola, ou sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a 7 (sete)
horas diárias durante todo o ano letivo, com a ampliação progressiva da jornada de
professores em uma única escola;
2) Instituir, em regime de colaboração, programa de construção de escolas com padrão
arquitetônico e de mobiliário adequado para atendimento em tempo integral,
prioritariamente em comunidades pobres ou com crianças em situação de vulnerabilidade
social;
3) Institucionalizar e manter, em regime de colaboração, programa nacional de ampliação e
reestruturação das escolas publicas, por meio de instalação de quadras poliesportivas,
laboratórios, inclusive de informática, espaços para atividades culturais, bibliotecas,
auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos, bem como da produção
de material didático e da formação de recursos humanos para a educação em tempo
integral.
4) Garantir o ingresso de todos os profissionais da educação, mediante concurso público de
acordo com o previsto no Plano de Cargos e Carreiras dos Profissionais da Educação, na
vigência do Plano.
5) Estimular a oferta de atividades voltadas à ampliação da jornada escolar de alunos (as)
matriculados nas escolas da rede pública de educação básica por parte das entidades
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109
privadas de serviço social vinculadas ao sistema sindical, de forma concomitante e em
articulação com a rede pública de ensino;
6) Orientar a aplicação da gratuidade de que trata o art. 13 da Lei no 12.101, de 27 de
novembro de 2009, em atividades de ampliação da jornada escolar de alunos das escolas
da rede pública de educação básica, de forma concomitante e em articulação com a rede
pública de ensino;
7) Garantir a educação em tempo integral para pessoas com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na faixa etária de 4 (quatro) a 17
(dezessete) anos, assegurando atendimento educacional especializado complementar e
suplementar ofertado em salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em
instituições especializadas;
8) Adotar medidas para otimizar o tempo de permanência dos alunos na escola,
direcionando a expansão da jornada para o efetivo trabalho escolar, combinado com
atividades recreativas, esportivas e culturais;
9) Garantir alimentação escolar adequada para todos os alunos das escolas públicas por
meio de colaboração financeira da União, do Estado e do Município;
10) Garantir transporte gratuito para todos estudantes da educação do campo na faixa
etária da educação escolar obrigatória, mediante renovação e padronização integral da
frota de veículos, de acordo com especificações definidas pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, e financiamento compartilhado, com
participação da União/Estado proporcional às necessidades dos entes federados, visando a
reduzir a evasão escolar e o tempo médio de deslocamento a partir de cada situação local;
11) Garantir infraestrutura e material didático adequados ao processo educativo,
considerando as características das distintas faixas etárias, conforme os padrões do CAQ
(Custo Aluno Qualidade).
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110
IDEB – Indicadores da Educação
Meta 7
Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com
melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias
nacionais para o Ideb: 6,0 nos anos iniciais do Ensino Fundamental; 5,5 nos anos finais do
Ensino Fundamental; 5,2 no Ensino Médio.
ESTRATÉGIAS
1) Estabelecer e implantar, mediante pactuação Inter federativa, diretrizes pedagógicas
para a educação básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento dos (as) alunos (as) para cada ano do ensino fundamental
e médio, respeitada a diversidade regional, estadual e local;
2) Assegurar que:
a) no quinto ano de vigência deste PME, pelo menos 70% (setenta por cento) dos (as)
alunos (as) do ensino fundamental e do ensino médio tenham alcançado nível suficiente de
aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de
seu ano de estudo, e 50% (cinquenta por cento), pelo menos, o nível desejável;
b) no último ano de vigência deste PME, todos os (as) estudantes do ensino fundamental e
do ensino médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos
e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 80% (oitenta por
cento), pelo menos, o nível desejável;
3) Induzir processo contínuo de auto avaliação das escolas de educação básica, por meio da
constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas,
destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade
educacional, a formação continuada dos (as) profissionais da educação e o aprimoramento
da gestão democrática;
4) Formalizar e executar os planos de ações articuladas dando cumprimento às metas de
qualidade estabelecidas para a educação básica pública e às estratégias de apoio técnico e
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111
financeiro voltadas à melhoria da gestão educacional, à formação dos profissionais da
educação, a ampliação e ao desenvolvimento de recursos pedagógicos e à melhoria e
expansão da infraestrutura física da rede escolar;
5) Orientar as políticas das redes e sistemas de ensino, de forma a buscar atingir as metas
do Ideb, diminuindo a diferença entre as escolas com os menores índices e a média
nacional, garantindo equidade da aprendizagem e reduzindo pela metade, até o último ano
de vigência deste PME, as diferenças entre as médias dos índices do Estado e do Município;
6) Garantir transporte gratuito para todos (as) os (as) estudantes da educação do campo na
faixa etária da educação escolar obrigatória, mediante renovação e padronização integral
da frota de veículos, de acordo com especificações definidas pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, e financiamento compartilhado, com
participação da União/Estado proporcional às necessidades dos entes federados, visando a
reduzir a evasão escolar e o tempo médio de deslocamento a partir de cada situação local;
7) Apoiar a gestão escolar, garantindo a participação da comunidade escolar no
planejamento e na aplicação dos recursos, visando à ampliação da transparência e ao
efetivo desenvolvimento da gestão democrática;
8) Assegurar a todas as escolas públicas de educação básica o acesso a energia elétrica,
abastecimento de água tratada, esgotamento sanitário e manejo dos resíduos sólidos,
garantir o acesso dos alunos a espaços para a prática esportiva, a bens culturais e artísticos
e a equipamentos e laboratórios de ciências e, em cada edifício escolar, garantir a
acessibilidade às pessoas com deficiência;
9) Garantir em regime de colaboração, programa nacional de reestruturação e aquisição de
equipamentos para escolas públicas, visando à equalização regional das oportunidades
educacionais;
10) Prover equipamentos e recursos tecnológicos digitais para a utilização pedagógica no
ambiente escolar a todas as escolas públicas da educação básica, criando, inclusive,
mecanismos para implementação das condições necessárias para a universalização das
bibliotecas nas instituições educacionais, com acesso a redes digitais de computadores,
ESTADO DE MATO GROSSO ALTO TAQUARI
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112
inclusive a internet;
11) Informatizar integralmente a gestão das escolas públicas e das secretarias de educação
do município, bem como manter programa de formação continuada para o pessoal técnico
das escolas públicas e secretaria de educação;
12) Garantir políticas de combate à violência na escola, inclusive pelo desenvolvimento de
ações destinadas à capacitação de educadores para detecção dos sinais de suas causas,
como a violência doméstica e sexual, favorecendo a adoção das providências adequadas
para promover a construção da cultura de paz e um ambiente escolar dotado de segurança
para a comunidade;
13) Implementar políticas de inclusão e permanência na escola para adolescentes e jovens
que se encontram em regime de liberdade assistida e em situação de rua, assegurando os
princípios da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente;
14) Garantir nos currículos escolares conteúdos sobre a história e as culturas afro-brasileira
e indígenas e implementar ações educacionais, nos termos das Leis nos 10.639, de 9 de
janeiro de 2003, e 11.645, de 10 de março de 2008, assegurando-se a implementação das
respectivas diretrizes curriculares nacionais, por meio de ações colaborativas com fóruns de
educação para a diversidade étnico-racial, conselhos escolares, equipes pedagógicas e a
sociedade civil;
15) Mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, articulando a educação formal com
experiências de educação popular e cidadã, com os propósitos de que a educação seja
assumida como responsabilidade de todos e de ampliar o controle social sobre o
cumprimento das políticas públicas educacionais;
16) Promover a articulação dos programas da área da educação, de âmbito local, Estadual e
nacional, com os de outras áreas, como saúde, trabalho e emprego, assistência social,
esporte e cultura, possibilitando a criação de rede de apoio integral às famílias, como
condição para a melhoria da qualidade educacional com critérios de acesso definidos nos
projetos educacionais incluídos nos projeto pedagógico das escolas;
17) Universalizar, mediante articulação entre os órgãos responsáveis pelas áreas da saúde e
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113
da educação, o atendimento aos (às) estudantes da rede escolar pública de educação
básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde;
18) Estabelecer ações efetivas especificamente voltadas para a promoção, prevenção,
atenção e atendimento à saúde e à integridade física, mental e emocional dos (das)
profissionais da educação, como condição para a melhoria da qualidade educacional;
19) Promover, com especial ênfase, em consonância com as diretrizes do Plano Nacional do
Livro e da Leitura, a formação de leitores e a capacitação de professores, bibliotecários e
agentes da comunidade para atuar como mediadores e mediadoras da leitura, de acordo
com a especificidade das diferentes etapas do desenvolvimento e da aprendizagem;
20) Promover a regulação da oferta da educação básica pela iniciativa privada, de forma a
garantir a qualidade e o cumprimento da função social da educação;
21) Estabelecer políticas de estímulo às escolas que melhorarem o desempenho no IDEB,
de modo a valorizar o mérito do corpo docente, apoio pedagógico, da direção e da
comunidade escolar.
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114
EJA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Meta 8
Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de
modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste
Plano e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
ESTRATÉGIAS
1) Institucionalizar programas e desenvolver tecnologias para correção de fluxo, para
acompanhamento pedagógico individualizado e para recuperação e progressão parcial,
bem como priorizar estudantes com rendimento escolar defasado, considerando as
especificidades dos segmentos populacionais considerados;
2) Implementar programas de educação de jovens e adultos para os segmentos
populacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idade-série,
associados a outras estratégias que garantam a continuidade da escolarização, após a
alfabetização inicial;
3) Promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social, o acompanhamento e
o monitoramento do acesso à escola específicos para os segmentos populacionais
considerados, identificar motivos de absenteísmo e colaborar com o Estado de Mato
Grosso para a garantia de frequência e apoio à aprendizagem, de maneira a estimular a
ampliação do atendimento desses (as) estudantes na rede pública regular de ensino;
4) Promover busca ativa de jovens fora da escola pertencentes aos segmentos
populacionais considerados, em parceria com as áreas de assistência social, saúde,
proteção à juventude, PPP(s) e Entidades não Governamentais.
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115
EJA - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Meta 9
Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5%
(noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2017 e, até o final da vigência
deste PME, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a
taxa de analfabetismo funcional.
ESTRATÉGIAS
1) Assegurar a oferta gratuita da educação de jovens e adultos a todos os que não tiveram
acesso à educação básica na idade própria;
2) Realizar diagnóstico dos jovens e adultos com ensino fundamental e médio
incompletos, para identificar a demanda ativa por vagas na educação de jovens e adultos;
3) Implementar ações de alfabetização de jovens e adultos com garantia de continuidade
da escolarização básica;
4) Realizar chamadas públicas regulares para educação de jovens e adultos, promovendo-
se busca ativa em regime de colaboração entre entes federados e em parceria com
organizações da sociedade civil;
5) Executar ações de atendimento ao (à) estudante da educação de jovens e adultos por
meio de programas suplementares de transporte, alimentação e saúde, inclusive
atendimento oftalmológico, auditivo e fornecimento gratuito de óculos e outros
instrumentos necessários, em articulação com a área da saúde;
6) Estabelecer mecanismos e incentivos que integrem os segmentos empregadores,
públicos e privados, e os sistemas de ensino, para promover a compatibilização da jornada
de trabalho dos empregados com a oferta das ações de alfabetização e de EJA;
7) Considerar, nas políticas públicas de jovens e adultos, as necessidades dos idosos, com
vistas à promoção de políticas de erradicação do analfabetismo, ao acesso as tecnologias
educacionais e atividades recreativas, culturais e esportivas, à implementação de
programas de valorização e compartilhamento dos conhecimentos e experiência dos
idosos e à inclusão dos temas do envelhecimento e da velhice nas escolas.
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116
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Meta 10
Implantar através da Rede Estadual de Ensino, Educação Profissional Técnica de nível
médio.
ESTRATÉGIAS
1) Fomentar a oferta de educação profissional técnica de nível médio na rede pública
estadual de ensino;
2) Fomentar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio na
modalidade de educação a distância, com a finalidade de ampliar a oferta e democratizar
o acesso à educação profissional pública e gratuita, assegurado padrão de qualidade;
3) Estimular a expansão do estágio na educação profissional técnica de nível médio,
preservando-se seu caráter pedagógico integrado ao itinerário formativo do aluno,
visando à formação de qualificações próprias da atividade profissional, à contextualização
curricular e ao desenvolvimento da juventude;
4) Expandir a oferta de educação profissional técnica de nível médio para as pessoas com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;
5) Reduzir as desigualdades étnico-raciais e regionais no acesso e permanência na
educação profissional técnica de nível médio, inclusive mediante a adoção de políticas
afirmativas, na forma da lei.
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117
ENSINO SUPERIOR
Meta 11
Fomentar a oferta do Ensino Superior em parceria com a União e o Estado de Mato
Grosso, assegurada a qualidade da oferta, condições de acesso e permanência na
educação superior de estudantes egressos da escola pública.
ESTRATÉGIAS
1) fomentar a oferta de educação superior pública e gratuita prioritariamente para a
formação de professores e professoras para a educação básica, bem como para atender
ao défice de profissionais em áreas específicas;
2) Ampliar as políticas de inclusão e de assistência estudantil dirigidas aos (às) estudantes
de instituições públicas, bolsistas de instituições privadas de educação superior e
beneficiários do Fundo de Financiamento Estudantil - FIES, de que trata a Lei no 10.260,
de 12 de julho de 2001, na educação superior, de modo a reduzir as desigualdades
étnico-raciais e ampliar as taxas de acesso e permanência na educação superior de
estudantes egressos da escola pública, afrodescendentes e de estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
de forma a apoiar seu sucesso acadêmico;
3) Ampliar a oferta de estágio como parte da formação na educação superior;
4) Assegurar condições de acessibilidade nas instituições de educação superior, na forma
da legislação;
5) Mapear a demanda e fomentar a oferta de formação de pessoal de nível superior,
conforme as demandas do Município, considerando as necessidades do desenvolvimento
do País, a inovação tecnológica e a melhoria da qualidade da educação básica.
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118
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Meta 12
Garantir, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PME, Política Nacional de Formação
dos Profissionais da Educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurando que todos os profissionais da
educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de
licenciatura/tecnólogo na área de conhecimento em que atuam.
ESTRATÉGIAS
1) Atuar, conjuntamente, com base em plano estratégico e no Plano de Carreira que
apresente diagnóstico das necessidades de formação de profissionais da educação e da
capacidade de atendimento das escolas públicas garantindo que o número de alunos em
sala de aula não ultrapasse o limite de espaço mínimo a que cada aluno tem direito,
definindo obrigações recíprocas entre os partícipes;
2) Valorizar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação de nível médio e
superior dos profissionais da educação, visando ao trabalho sistemático de articulação
entre a formação acadêmica e as demandas da educação básica;
3) Fomentar a oferta de cursos técnicos de nível médio e tecnológicos de nível superior
destinados à formação, nas respectivas áreas de atuação, dos (as) profissionais da
educação de outros segmentos que não os do magistério;
4) Implantar, no prazo de 1 (um) ano de vigência desta Lei, política (nacional) de
formação continuada para os (as) profissionais da educação de outros segmentos que
não os do magistério, construída em regime de colaboração entre os entes federados
5) Divulgar continuamente e acompanhar a oferta de matriculas em curso de formação
inicial e continuada, junto aos profissionais da educação e incentiva-los a participar;
6) ofertar continuamente via secretaria Municipal/Estadual de Educação, curso de
interesse e necessidade dos profissionais da educação do município por área específica;
7) Fomentar anualmente formação especifica para os profissionais que atuam com
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119
educação especial, bem como discutir na formação continuada de pedagogos e diretores
e se possível, com todos os profissionais, questões inerentes ao processo ensino
aprendizagem dos alunos inseridos neste atendimento;
8) Fomentar a oferta de cursos de qualificação profissional abordando temas que visem a
melhoria e qualidade da Educação Pública do município de Alto Taquari, durante o ano
letivo.
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120
FORMAÇÃO CONTINUADA
Meta 13
Garantir a todos os profissionais da educação básica formação continuada em sua
área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos
sistemas de ensino.
ESTRATÉGIAS
1) Realizar, em regime de colaboração, o planejamento estratégico para
dimensionamento da demanda por formação continuada e fomentar a respectiva
oferta por parte das instituições públicas de educação superior, de forma orgânica e
articulada às políticas de formação do MEC e do Estado de Mato Grosso;
2) Fortalecer a formação dos professores das escolas públicas de educação básica, por
meio da implementação das ações do Plano Nacional do Livro e Leitura e da instituição
de programa nacional de disponibilização de recursos para acesso a bens culturais pelo
magistério público;
3) Expandir programa de composição de acervos de obras didáticas, paradidáticas e de
literatura e de dicionários, o programa específico de acesso a bens culturais, incluindo
obras e materiais produzidos em libras e brailes, sem prejuízo de outros, a serem
disponibilizados para os profissionais da educação da rede pública de Educação básica,
favorecendo a construção do conhecimento e a valorização da Cultura e da
investigação;
4) Utilizar de portal eletrônico em colaboração com o Ministério da Educação e o
Estado de Mato Grosso para subsidiar a atuação dos professores da educação básica,
disponibilizando gratuitamente materiais didáticos e pedagógicos suplementares,
inclusive aqueles com formato acessível;
5) Fortalecer a formação dos professores das escolas públicas de educação básica, por
meio da implementação das ações do Plano Nacional do Livro e Leitura e da instituição
de programa nacional de disponibilização de recursos para acesso a bens culturais pelo
magistério público.
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VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL
Meta 14
Assegurar imediatamente a valorização dos profissionais da educação das redes
públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos
demais profissionais com escolaridade equivalente.
ESTRATÉGIAS
1) Garantir até o final do primeiro ano de vigência deste PME, a atualização progressiva
do valor do piso salarial nacional para os profissionais da educação básica;
2) Atualizar imediatamente o Plano de Cargos e Carreira dos profissionais da Educação
da rede pública de educação básica, observados os critérios estabelecidos na Lei no
11.738, de 16 de julho de 2008;
3) Implantar programas de orientação à prevenção de doenças funcionais, garantindo
tratamento gratuito adequado a todos os trabalhadores da Educação;
4) Elaborar e executar instrumentos legais que amparem o profissional da educação
pública e privada preservando a integridade física, psíquica e moral, em caso de
agressões de natureza verbal, física e psicológica, denuncias sem provas, punições sem
justa causa;
5) Garantir que os profissionais da educação tenham acesso à aquisição de
equipamentos essenciais a sua qualificação profissional e aprimoramento de suas
condições de trabalho;
6) Garantir condições adequadas de trabalho e de remuneração para todos os
profissionais da educação;
7) Garantir, aos profissionais das redes públicas estadual e municipal atendimento da
perícia medica em cada município polo;
8) Garantir assistência médica ao tratamento dos problemas relacionados a saúde
adquiridos no exercício da profissão.
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122
PLANO DE CARREIRA
Meta 15
Assegurar imediatamente, a revisão e atualização do plano de carreira dos(as)
profissionais da educação básica pública e tomar como referência o piso salarial nacional
profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição
Federal.
ESTRATÉGIAS
1) Estruturar a rede pública de educação básica de modo que, até o início do primeiro ano
de vigência deste PME, 100% (cem por cento), exceto os casos amparados por lei, dos
respectivos profissionais do magistério e 90% (noventa por cento), no mínimo, dos
respectivos profissionais da educação não docentes sejam ocupantes de cargos de
provimento efetivo e estejam em exercício nas redes escolares a que se encontrem lotados
na Secretaria Municipal de Educação;
2) Implantar, na rede pública de educação básica, acompanhamento dos profissionais
iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais experientes, a fim de fundamentar,
com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação após o estágio probatório e
oferecer, durante esse período, curso de aprofundamento de estudos na área de atuação
do (a) professor (a), com destaque para os conteúdos a serem ensinados e as metodologias
de ensino de cada disciplina;
3) Ofertar cursos de formação continuada aos profissionais da educação prioritariamente
no local de trabalho, de forma articulada e integrada com a pratica no contexto do processo
educativo;
4) Prever, no plano de Carreira dos profissionais da educação do Município, licenças
remuneradas e incentivos para qualificação profissional, inclusive em nível de pós-
graduação stricto sensu de acordo com o Plano de Carreira, cargos e Salários;
5) Garantir a atuação efetiva de comissões permanentes dos profissionais da educação,
para assegurar a elaboração, reestruturação e implementação dos planos de Carreira,
cargos e Salários.
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123
GESTÃO DEMOCRÁTICA
Meta 16
Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática
da educação, associada a critérios técnicos à consulta pública da comunidade escolar, no
âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da
União/Estado/Município para tanto.
ESTRATÉGIAS
1) Garantir a efetivação da gestão democrática com eleições diretas para direções escolares
e institucionalização dos fóruns de educação permanente que contemplem a plena
participação da comunidade escolar nas tomadas de decisões das politicas públicas
voltadas para a área da educação
2) Ampliar os programas de apoio e formação aos (às) conselheiros (as) dos conselhos de
acompanhamento e controle social do FUNDEB, dos conselhos de alimentação escolar, do
conselho municipal de educação e de outros e aos (às) representantes educacionais em
demais conselhos de acompanhamento de políticas públicas, garantindo a esses colegiados
recursos financeiros, espaço físico adequado, equipamentos e meios de transporte para
visitas à rede escolar, com vistas ao bom desempenho de suas funções;
3) Promover a autonomia pedagógica e administrativa das unidades de ensino.
4) Implantar, em todas as redes de educação básica, e/ou fortalecer os grêmios estudantis e
associações de pais, assegurando-se lhes, inclusive, espaços adequados e condições de
funcionamento nas escolas e fomentando a sua articulação orgânica com os conselhos
escolares, por meio das respectivas representações;
5) Estimular a constituição e o fortalecimento de conselhos escolares e conselhos
municipais de educação, como instrumentos de participação e fiscalização na gestão escolar
e educacional, inclusive por meio de programas de formação de conselheiros, assegurando-
se condições de funcionamento autônomo;
6) Estimular a participação e a consulta de profissionais da educação, alunos (as) e seus
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124
familiares na formulação dos projetos político-pedagógicos, currículos escolares, planos de
gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a participação dos pais na avaliação de
docentes e gestores escolares;
7) Favorecer processos de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira nos
estabelecimentos de ensino;
8) Desenvolver programas de formação para diretores e gestores escolares em parceria
com o Governo do Estado.
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125
FINANCIAMENTO
Meta 17
Manter o investimento na educação municipal, em 25% da receita líquida do município,
resultante de impostos, inclusive o proveniente de transferências para manutenção e
desenvolvimento do ensino público.
ESTRATÉGIAS
1) Viabilizar através de projetos, recursos financeiros junto à esfera federal com objetivo
de ampliação de vagas e melhoria da qualidade do ensino.
2) Destinar à manutenção e desenvolvimento do ensino, em acréscimo aos recursos
vinculados nos termos do art. 212 da Constituição Federal, na forma da lei específica, a
parcela da participação no resultado ou da compensação financeira pela exploração de
petróleo e gás natural e outros recursos, com a finalidade de cumprimento da meta
prevista no inciso VI do caput do art. 214 da Constituição Federal;
3) Fortalecer os mecanismos e os instrumentos que assegurem, nos termos do parágrafo
único do art. 48 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, a transparência e o
controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em educação, especialmente
a realização de audiências públicas, a criação de portais eletrônicos de transparência e a
capacitação dos membros de conselhos de acompanhamento e controle social do Fundeb,
com a colaboração entre o Ministério da Educação, as Secretarias de Educação do Estado
e do Município e o Tribunal de Contas da União, do Estado e do Município;
4) Criar mecanismos que viabilizem, imediatamente, o cumprimento do parágrafo 5º do
art. 69 da Lei de Diretrizes e Bases que assegura o repasse automático dos recursos
vinculados a manutenção e desenvolvimento do ensino para o órgão responsável por este
setor. Entre esses mecanismos deve estar a aferição anual pelo censo escolar da efetiva
automaticidade dos repasses;
5) Estabelecer mecanismos destinados a assegurar o cumprimento dos art. 70 e 71 da LDB,
que definem os gastos admitidos como de manutenção e desenvolvimento do ensino e
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aqueles que não podem ser incluídos nesta rubrica;
6) Mobilizar o tribunal de contas, a procuradoria do município, os Conselhos de
Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB, Conselho Municipal de Educação, os
Sindicatos, as ONGs e a população geral para exercerem a fiscalização necessária para o
cumprimento das metas nº 1, 2 e 3;
7) Promover a autonomia financeira da Secretaria de Educação em repasses de recursos
diretamente aos estabelecimento publico de ensino a partir de critérios e objetivos;
8) Implantar no Município, em parceria com o Estado de Mato Grosso e a União,
programas de formação continuada para profissionais da educação;
9) Promover, em parceria com a Assistência Social, Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente e o Conselho Tutelar, Programas de incentivo e
acompanhamento para que nenhuma criança fique fora da escola;
10) Desenvolver padrão de gestão que tenha como elementos a destinação de recursos
para as atividades-fim, a descentralização, a autonomia da escola, a equidade, com foco
na aprendizagem dos alunos e a participação da comunidade;
11) Elaborar e executar o Plano Municipal de Educação, em consonância com o PNE/PEE;
12) Assegurar a autonomia administrativa e pedagógica das unidades de ensino e ampliar
sua autonomia financeira, através do repasse de recursos diretamente às escolas para
pequenas despesas de manutenção e cumprimento de sua proposta pedagógica;
13) Estabelecer parceria, com o Estado de Mato Grosso e União, buscando auxílio técnico
e financeiro para os programas de formação do pessoal técnico das secretarias, para
suprir, em cinco anos, pelo menos, as necessidades dos setores de informação e
estatísticas educacionais, planejamento e avaliação;
14) Buscar mecanismo que assegure equidade no financiamento do transporte escolar em
parceria com a União e Estado, respeitando o zoneamento;
15) Garantir apoio financeiro as Instituições Filantrópicas que oferecem atendimento
especializado aos alunos da Educação Básica.
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127
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
Desde a Constituição de 1988, no cenário brasileiro, a discussão sobre a participação
da sociedade civil em diferentes instâncias tem se colocado como fundamental e tem
orientado vários planos de ação dos governos federal, estaduais e municipais. Dentro desses
planos, a temática a respeito da gestão ser de fato democrática e da sociedade civil poder,
de maneira eficiente e rápida, conhecer e controlar as ações do Estado e dos planos de
governo tem estado presente no planejamento e na busca de estratégias de ação e de
participação colaborativa e representativa da população em tais proposições.
Este é um desafio central sempre colocado aos planos de ação das políticas públicas
que se refere a por quê, como e com que intensidade a população participa e deveria
participar. Ao lado disto, ao longo destes anos de um incentivo à participação cidadã e
popular em nosso país, temos nos deparado com outro fenômeno interessante - e nem por
isso menos intrigante e desafiador - que se refere ao grau e qualidade da participação em
termos da população, de fato: acreditar e exercer essa participação em seu dia a dia. Além
disso, pode-se dizer que a estratégia de organização e mobilização, assentada na dinâmica e
estrutura dos Conselhos Escolares, aparece como uma ferramenta importante para a
democracia.
Entretanto, cabe aqui assinalar que isto, como uma instância reconhecida e valorizada
nos planos das políticas públicas, por si só não garante uma participação da sociedade que
seja de fato forte, regular, eficiente, representativa e fundamentada em valores e princípios
de solidariedade e de cooperação comunitárias.
A participação da sociedade fortalece o controle social e a fiscalização dos recursos
públicos como garantia de uma gestão transparente, tendo como parceiros os conselhos.
ALTO TAQUARI consta de vários conselhos que atuam no controle e fiscalização dos
recursos públicos, sendo:
CME – Conselho Municipal de Educação
CAE – Conselho de Alimentação Escolar
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128
A relação dos processos de gestão e de participação com as políticas públicas traz, uma
discussão importante que é como colaborar para que, no cotidiano das relações
educacionais, haja uma descentralização dos processos de decisão e de gestão.
Para isso, é necessário construir maneiras efetivas de participação, que sejam
representativas e comprometidas com a realidade e cultura escolar.
Além disso, essas formas de participação devem também, preservar e garantir a
autonomia das pessoas envolvidas, de todos os atores sociais, pertencentes ao cenário
educacionais, direta ou indiretamente envolvidos (desde os professores, alunos,
coordenadores e orientadores educacionais, pessoal técnico-administrativo, associação de
pais, membros e entidades da comunidade na qual a escola está inserida; outros
equipamentos públicos ligados à escola como as unidades de saúde, de justiça, de segurança
pública, de preservação ambiental). E esta autonomia, ao ser garantido e fortalecido, por sua
vez, deveria contribuir para que todos estes atores educacionais e culturais passassem,
então, a ter um conhecimento real sobre a dinâmica educacional e, ao adquirirem isto,
potencializam-se como cidadãos com representatividade nesses assuntos e com o poder
sobre os processos de decisão, com relação a problemas e necessidades educacionais que
afetam suas vidas, seus trabalhos, suas famílias e suas comunidades.
Assim é o que acontece nos âmbitos da educação, da saúde, da moradia, da
profissionalização, entre tantas áreas para as quais as diferentes políticas públicas têm
apresentado propostas dentro dessa linha; ou seja, os diferentes governos têm formulado
políticas sociais de ação voltadas a dois aspectos importantes: 1) ao acesso democrático aos
serviços (educação, saúde, segurança social moradia, cidadania e justiça, proteção e
preservação dos direitos humanos, etc.) e 2) ao oferecimento de uma qualidade de serviços
que possam ser usufruídos pela população de modo a contribuir com o fortalecimento da
FUNDEB – Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica
Colegiado Escolar das escolas públicas
CMDCA – Conselho Municipal de Direito da Criança e Adolescente.
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sua cidadania e condições mais dignas e justas de vida. Entretanto, para que o Estado e as
diferentes propostas de governo possam cumprir com estes dois aspectos, um fator
importante é necessário considerar: o papel ativo e participativo das pessoas que podem vir
a integrar e fazer parte dos Conselhos Escolares. Daí é que surgem como questões decisivas
as seguintes: Como fazer com que os pais e a comunidade participem das diferentes
instâncias relacionadas à Educação? Como fazer com que os profissionais da educação
participem ativamente dos diferentes níveis de discussão e gestão acreditando, que isto
pode trazer mudanças e melhorias neste campo?
Como sugestão de sensibilizar a comunidade a ser mais participativa é garantindo que
o processo de escolha dos Conselheiros do Conselho Municipal de Educação seja feito
seguindo os princípios da participação democrática; Divulgar e ensejar discussões a respeito
do Conselho Municipal de Educação e suas funções junto à comunidade e educadores para
que tomem conhecimento a respeito de seu papel e responsabilidades, proporcionando
capacitação e formação permanente dos Conselheiros considerando a formação continuada
como ferramenta essencial no trabalho docente.
Somente através da participação da comunidade, dos profissionais da educação e do
compromisso dos gestores que poderemos colher bons resultados.
O PME é um documento de estratégias de políticas de educação, que incluem a
intenção de avaliação à Luz da Constituição Federal, Lei Orgânica Municipal e da Lei de
Diretrizes e Bases de Educação LDB. Para isso, teremos uma Conferência Municipal de dois
em dois anos, para avaliação e acompanhamento de seu desenvolvimento das metas e
estratégias propostas. Transformaremos o Fórum Municipal de Educação (temporário) em
Fórum Permanente para acompanhar e monitorar continuamente o processo educacional de
acordo com as metas do PME.
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130
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
O Plano Municipal de Educação de Alto Taquari, foi iniciado em 2003, a partir de
reuniões com todos os segmentos da sociedade civil, onde foram discutidas as
reivindicações que os munícipes desejavam na época. No final de 2003 foi realizada a 1.ª
Conferência Municipal para elaboração do PME, durante este período de trabalho foram
realizadas muitas reuniões com a comunidade escolar para definições das metas e objetivos
propostos para a elaboração do PME no município, mas por questões
politicas/administrativas o mesmo ficou parado até o exercício de 2014, onde foram
retomado os trabalhos para elaboração do PME.
Este é um plano decenal, e estará em vigor a partir da data de sua aprovação na
Câmara Municipal e sancionado pelo Prefeito, com período de vigência a partir de Julho de
2015 à Junho de 2025. As suas metas estão ajustadas às metas do Plano Estadual e do Plano
Nacional de Educação, que está em vigor.
Para que este Plano Municipal de Educação em conformidade com o PEE e o PNE, de
certo é necessário que os entes federados assumam com responsabilidade o compromisso
de trabalhar “em regime de colaboração”, articulando maneiras diversas de cobrança das
metas, obrigando cada ente federado cumprir sua responsabilidade e obrigação no “Regime
de Cooperação”.
Por ser a sociedade um processo de constante transformação, o Plano também é
dinâmico e, por isso necessita passar pelo constante processo de avaliação.
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Recommended