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4a Edio - Revista, atualizada e ampliada
Licitaes Contratos
&Orientaes e Jurisprudncia do TCU
Tribunal de ConTas da unio
Ministros
Ubiratan Aguiar, PresidenteBenjamin Zymler, Vice-PresidenteValmir CampeloWalton Alencar RodriguesAugusto NardesAroldo CedrazRaimundo CarreiroJos JorgeJos Mcio
auditores
Augusto ShermanMarcos BemquererAndr Lus de CarvalhoWeder de Oliveira
Ministrio Pblico
Lucas Rocha Furtado, Procurador-GeralPaulo Soares Bugarin, Subprocurador-GeralMarinus Eduardo de Vries Marsico, ProcuradorCristina Machado da Costa e Silva, ProcuradoraJlio Marcelo de Oliveira, ProcuradorSrgio Ricardo Costa Carib, Procurador
senado Federal
senadores membros da Mesa diretoraJos Sarney, Presidente
Marconi Perillo, 1 Vice-presidenteSerys Slhessarenko, 2 Vice-presidente
Herclito Fortes, 1 SecretrioJoo Claudino, 2 Secretrio
Mo Santa, 3 SecretrioPatrcia Saboya, 4 Secretria
senadores suplentes de secretrioCsar Borges
Adelmir SantanaCcero Lucena
Gerson Camata
diretor-GeralHaroldo Feitosa Tarja
secretria-Geral da MesaClaudia Lyra Nascimento
Repblica Federativa do Brasil
LICITAES & CONTRATOSOrientaes e Jurisprudncia do TCU
4 edio revista, ampliada e atualizada
Braslia, 2010
Copyright 2010, Tribunal de Contas da Unio
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
Permite-se a reproduo desta publicao,
em parte ou no todo, sem alterao do contedo,
desde que citada a fonte e sem fins comerciais.
A verso eletrnica desta obra est disponvel em www.tcu.gov.br
na seo Publicaes institucionais.
A verso impressa desta obra pode ser adquirida
na Livraria do Senado Federal.
Informaes: www.senado.gov.br/livraria
A legislao e a jurisprudncia citadas nesta
edio esto atualizadas at fevereiro de 2010.
Brasil. Tribunal de Contas da Unio.
Licitaes e contratos : orientaes e jurisprudncia do TCU / Tribunal de Contas da Unio. 4. ed. rev., atual. e ampl. Braslia : TCU, Secretaria-Geral da Presidncia : Senado Federal, Secretaria Especial de Editorao e Publicaes, 2010.
910 p.
ISBN 978-85-7018-319-4
Sintetiza a orientao bsica sobre a matria, apresenta seus aspectos essenciais e a experincia prtica do TCU em seus prprios procedimentos licitatrios.
1. Licitao. 2. Contrato Administrativo. 3. Convnio. I. Ttulo.
Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca Ministro Ruben Rosa
http://www.senado.gov.br/livraria
Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
ApresentAo
o Tribunal de Contas da Unio (TCU) tem-se mostrado, ao longo de sua histria, ciente da necessidade de aproximao com o gestor pblico para garantir maior eficincia na aplicao dos recursos do Errio. Para tanto, busca cada vez mais incrementar aes de carter
preventivo e pedaggico.
Nesse contexto, a disseminao de boas prticas de gesto uma linha de atuao marcante desta Corte de Contas. Vrias medidas foram adotadas com o fim de fornecer subsdios para a correta interpretao da legislao atinente a gastos governamentais, a exemplo do lanamento de diversas publicaes.
Assim, com especial satisfao que apresento a quarta edio de Licitaes & Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU. O livro contempla orientaes sobre licitaes e contratos administrativos, assuntos de extrema relevncia no cotidiano dos gestores. Para efetuar-se qualquer despesa pblica imprescindvel que haja algum processo prvio seja sob a forma de licitao, seja de dispensa ou de inexigibilidade , o qual resulta na formalizao de um instrumento contratual. Essa a razo por que os tribunais de contas se deparam rotineiramente com temas dessa natureza e tm farta jurisprudncia com orientaes para a adequada observncia da legislao.
A verso que ora se oferece sociedade brasileira constitui atualizao das anteriores, incluindo, entre outros, evoluo das normas e da jurisprudncia do TCU sobre o assunto. Nesta edio, fez-se uma reviso geral da publicao, apresentando-se, em separado, aspectos debatidos pelos aplicadores e intrpretes da legislao pertinente, como as exigncias da Lei de Responsabilidade Fiscal e as bonificaes e despesas indiretas (BDI) em obras e servios de engenharia.
O contedo do livro que o leitor tem agora em mo encontra-se disponvel na Internet, no Portal do Tribunal de Contas da Unio (www.tcu.gov.br).
Ao lanar a presente edio, o TCU o faz com a expectativa de que esta publicao seja utilizada cada vez mais amplamente pelos gestores pblicos e pelos demais segmentos interessados, a fim de que sirva de instrumento efetivo para evitar a ocorrncia de irregularidades, de desvios e de desperdcios de recursos do Errio.
Ministro UBIRATAN AGUIAR
Presidente do Tribunal de Contas da Unio
Tribunal de Contas da Unio
sumrio
INTRODUO 13
Licitao 17
CONCEITO 19
NOES GERAIS 26
PRINCPIOS 28
RESPONSVEIS PELA LICITAO 33
MODALIDADES DE LICITAO 38
Concorrncia 38
Tomada de Preos 39
Convite 40
Prego 45
Bens e servios comuns 62
Lances 73
Termo de referncia 78
COTAO ELETRNICA 83
ESTIMATIVA DO VALOR DA CONTRATAO 85
ESCOLhA DA MODALIDADE DE LICITAO 101
FRACIONAMENTO DE DESPESA 104
TIPOS DE LICITAO 108
Menor Preo 109
Melhor Tcnica 114
Tcnica e Preo 115
Observaes importantes quanto ao uso dos tipos melhor tcnica e tcnica e preo 133
Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
FASES DA LICITAO 135
FASE INTERNA (OU PREPARATRIA) 138
Procedimentos para Abertura do Processo Licitatrio 139
Exigncias da Lei de Responsabilidade Fiscal 143
Audincia Pblica 146
Obras e Servios 148
Projeto Bsico 166
Projeto Executivo 180
Bonificaes e Despesas Indiretas (BDI) 183
Terceirizao 196
Compras 209
Padronizao 215
Indicao de marca 218
Parcelamento do Objeto da Licitao 225
Licitao por Item 238
Sistema de Registro de Preos 242
Elaborao do Ato Convocatrio (Edital ou Convite) 253
Exame e aprovao da assessoria jurdica 270
FASE ExTERNA (OU ExECUTRIA) 279
Publicao Resumida do Ato Convocatrio 281
Prazos de Divulgao do Ato Convocatrio 298
Contagem de Prazos 300
Participao da Licitao 302
Participao de consrcios de empresas 308
Participao de cooperativas 316
Recebimento dos Envelopes 321
Representante Legal/Credenciamento 326
Tribunal de Contas da Unio
Habilitao dos Licitantes 332
habilitao jurdica 346
Regularidade fiscal 349
Qualificao tcnica 355
Capacidade tcnico-operacional 383
Capacidade tcnico-profissional 387
Atestados de capacidade tcnica 407
Vistoria ou visita tcnica 424
Qualificao econmico-financeira 430
Balano patrimonial e demonstraes contbeis 439
Garantia de participao 444
Cumprimento do disposto no inciso xxxIII do
art. 7 da Constituio Federal 448
Registro Cadastral 449
Declarao de Fato Impeditivo 453
Cadastramento / Habilitao em Tomada de Preos 455
Forma de Apresentao dos Documentos 461
Exame dos Documentos de Habilitao 467
Desqualificao dos Documentos de Habilitao 469
Forma de Apresentao das Propostas 472
Prazo de validade das propostas 475
Preos 478
Aceitabilidade das propostas 480
Julgamento das Propostas 482
Julgamento de propostas em licitaes para contratao de
bens e servios de informtica 508
Julgamento de propostas em licitaes de
obras e servios de engenharia 514
Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
Demonstrativo de clculo de exequibilidade/inexequibilidade
de propostas em licitaes de obras e servios de engenharia 515
Demonstrativo de clculo de garantia adicional 517
Desclassificao das Propostas 521
Amostra ou prottipo 529
Empate 539
Homologao e Adjudicao 542
Revogao ou Anulao de Licitao 545
ROTEIRO PRTICO DOS PROCEDIMENTOS DE LICITAO 555
Concorrncia, Tomada de Preos e Convite Tipo Menor Preo 555
Concorrncia, Tomada de Preos e Convite Tipo Melhor Tcnica 558
Concorrncia e Tomada de Preos Tipo Tcnica e Preo 564
Prego Presencial 568
Prego Eletrnico 571
contratao Direta 575
CONCEITO E NOES GERAIS 577
LICITAO DISPENSADA 589
LICITAO DISPENSVEL 590
Dispensa em Funo do Valor (Incisos I e II) 591
Emergncia ou Calamidade Pblica (Inciso IV) 594
Licitao Deserta (Inciso V) 600
Propostas com Preos Superiores aos Praticados no Mercado (Inciso VII) 602
Aquisio de Produtos de entidade ou rgo que integre a Administrao Pblica (Inciso VIII) 603
Compra ou Locao de Imvel (Inciso X) 604
Remanescente de Obra, Servio ou Fornecimento (Inciso XI) 608
Tribunal de Contas da Unio
Aquisio de Gneros Perecveis (Inciso XII) 610
Instituio de Pesquisa, Ensino ou Desenvolvimento Institucional, ou Instituio Dedicada Recuperao Social do Preso (Inciso XIII) 611
Associao de Portadores de Deficincia Fsica (Inciso XX) 614
Fornecimento de Energia Eltrica (Inciso XXII) 615
Organizaes Sociais (Inciso XXIV) 616
Inexigibilidade de Licitao 618
ROTEIRO PRTICO PARA CONTRATAO DIRETA 633
Dispensa de Licitao em Funo do Valor 633
Demais Casos de Licitao Dispensvel e Inexigvel 634
regime De aDiantamento ou Suprimento De FunDoS 637
CONCEITO E NOES GERAIS 639
contrato 643
CONCEITO E NOES GERAIS 645
TIPOS DE CONTRATO 650
FORMALIzAO DO CONTRATO 652
Termo de Aditamento 655
Apostila 660
Contrato Verbal 662
CONVOCAO PARA ASSINAR O CONTRATO 664
ELABORAO DOS CONTRATOS 669
CLUSULAS NECESSRIAS AOS CONTRATOS 672
Objeto 672
Regime de Execuo ou Forma de Fornecimento 674
Preo 675
Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
Condies de Pagamento 677
Cronograma de desembolso 680
Noes de despesa pblica 682
Empenho 685
Liquidao 689
Pagamento 692
Restos a pagar 700
Exerccios anteriores 702
Reajuste de Preos 703
Repactuao 719
Compensao Financeira 725
Prazos Contratuais 728
Recebimento do Objeto 730
Atestao do Recebimento do Objeto 734
Crdito da Despesa 735
Garantia Contratual 738
Direitos e Responsabilidades das Partes 740
Resciso Contratual 744
Direitos da Administrao em Caso de Resciso 750
Sanes Administrativas 751
Condies de Importao, Data e Taxa de Cmbio para Converso 758
Vinculao do Contrato ao Ato Convocatrio 758
Legislao Aplicvel 760
Manuteno das Condies de Habilitao e Qualificao 761
Foro 762
Tribunal de Contas da Unio
DURAO DOS CONTRATOS 763
Servios de Natureza Contnua 772
PUBLICIDADE DOS CONTRATOS 775
ExECUO DOS CONTRATOS 778
Acompanhamento e Fiscalizao 780
Subcontratao e Sub-rogao 791
ALTERAO DOS CONTRATOS 800
Acrscimo ou Supresso 803
Equilbrio Econmico-Financeiro 811
NULIDADE DO CONTRATO 814
ROTEIRO PRTICO PARA CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 816
convnio 819
CONCEITO E NOES GERAIS 821
DIFERENA ENTRE CONTRATO E CONVNIO 836
controLe 837
CONCEITO E NOES GERAIS 839
IMPUGNAO AO ATO CONVOCATRIO 840
RECURSO ADMINISTRATIVO 847
REPRESENTAO AO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO 858
PARTICIPAO DO CIDADO 864
aDenDoS 867
ANExO I 869
Modelos de Declarao sobre Emprego de Menor 869
Empregador Pessoa Jurdica 869
Empregador Pessoa Fsica 870
ANExO II 871
Modelo de Declarao de Pessoas Jurdicas Optantes pelo Simples 871
Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
ANExO III 872
Modelo de Termo de Referncia 872
ANExO IV 874
Modelo de Projeto Bsico 874
ANExO V 876
Roteiro para verificao de exequibilidade / inexequibilidade de proposta em licitaes de obras e servios de engenharia 876
ANExO VI 878
Roteiro para verificao de garantia adicional em licitaes de obras e servios de engenharia 878
ANExO VII 879
Modelos de Avisos de Licitao 879
Aviso de Prego Eletrnico 879
Aviso de Concorrncia 879
ANExO VIII 880
Modelos de Extratos para Publicao 880
Termo de Contrato 880
Termo de Aditamento Prorrogao 880
Termo de Aditamento Repactuao 880
Termo de Aditamento Acrscimo 881
Dispensa de Licitao 881
Inexigibilidade de Licitao 881
ANExO Ix 882
Enunciado n 331 do Tribunal Superior do Trabalho 882
ANExO x 883
Termo de Conciliao Judicial 883
GLOSSRIO 888
LEGISLAO APLICVEL 893
REFERNCIAS 910
13
Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
introduo
A Lei n 8.666, de 21 de junho de 1993, Lei de Licitaes e Contratos Administrativos, e a Lei n 10.520, de 17 de julho de 2002, Lei do Prego, constituem a legislao bsica sobre licitaes e contratos para a Administrao Pblica.
Diversas obras foram elaboradas sobre o assunto. Entretanto, a interpretao dos normativos causa sempre dvidas e indagaes, principalmente quando a teoria transportada para a prtica.
Esta publicao sintetiza orientaes e jurisprudncia do TCU sobre o tema, com o cuidado de no omitir seus aspectos essenciais e a experincia prtica do Tribunal de Contas da Unio em seus prprios procedimentos licitatrios.
O texto divide-se em cinco temas:
Licitao, que inclui orientaes bsicas, com base na legislao em vigor, inclusive roteiro de procedimentos a adotar para realizar as diversas modalidades;
Contratao Direta, que aborda questes de dispensa e inexigibilidade de licitao;
Regime de Adiantamento ou Suprimento de Fundos, que cuida da concesso, aplicao e comprovao de despesas que no possam subordinar-se ao processo normal de contratao;
Contrato e Convnio, que versa sobre a formalizao, execuo e alterao desses instrumentos; e
Controle, que trata das possibilidades de impugnaes, de recursos e de representao ao TCU, a respeito dos procedimentos de licitaes e contratos.
Em especial, esta 4 edio contempla as inovaes trazidas pela Lei Complementar n 123, de 14 de dezembro de 2006, quanto participao de microempresas e empresas de pequeno porte nos procedimentos de licitao e de contratao realizados pelo Poder Pblico.
No decorrer do trabalho, as decises e os acrdos do TCU apresentados sobre aplicao de normas gerais de licitao e contrato, que oferecem diretrizes atualizadas do Tribunal sobre a matria, encontram-se destacados no ttulo DELIBERAES DO TCU, resumidos em linguagem acessvel, de forma padronizada e ordenada.
Sem pretenso de ser exaustiva, esta edio um guia prtico que, espera-se, ajude o gestor pblico a conduzir de forma adequada licitaes e contrataes na Administrao Pblica.
Tribunal de Contas da Unio
14
Inteiro teor dos julgados do TCU citados neste trabalho pode ser obtido na seo Jurisprudncia
do endereo eletrnico .
DELIBERAES DO TCU
Decises do Tribunal de Contas da Unio, relativas aplicao de normas gerais
de licitao, sobre as quais cabe privativamente Unio legislar, devem ser
acatadas pelos administradores dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municpios.
Smula 222
Verificada a ilegalidade de atos administrativos, cabe determinar a adoo
das providncias necessrias ao exato cumprimento da lei, na forma do art.
45, caput, da Lei n 8.443/1992.
Acrdo 78/2010 Plenrio (Sumrio)
Nega-se provimento a embargos de declarao quando os argumentos
apresentados pelo interessado no trazem elementos suficientes que
permitam caracterizar a existncia de obscuridade, omisso ou contradio
na deliberao embargada.
Revelam-se incabveis os embargos de declarao quando, inexistentes os
vcios que caracterizam os pressupostos legais de embargabilidade, vem esse
recurso, com desvio de sua especfica funo jurdico-processual, ser utilizado
com a indevida finalidade de instaurar uma nova discusso sobre matria j
apreciada pelo Tribunal.
Acrdo 2799/2009 Plenrio (Sumrio)
O mero cumprimento posterior de determinao exarada pelo Tribunal, por
parte da unidade jurisdicionada, no prejudica medida expedida pelo TCU
por perda de objeto, tampouco elide a responsabilidade dos agentes pblicos
que devero ser ouvidos em audincia acerca de indcios de prtica de atos
administrativos que configuram grave infrao norma legal de natureza
financeira e operacional
Acrdo 2350/2009 Plenrio (Sumrio)
havendo contradio na deliberao recorrida, cabe conhecer e dar
provimento aos embargos de declarao, com efeitos infringentes, para sanar
o vcio existente.
15
Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
Acrdo 2342/2009 Plenrio (Sumrio)
Para ser conhecida, a consulta endereada ao Tribunal deve ter carter
normativo e constituir prejulgamento da tese, mas no de fato ou caso
concreto.
Acrdo 2698/2008 Plenrio (Sumrio)
A deciso que adota medida cautelar no exige cognio exauriente da
matria, bastando um juzo de mera verossimilhana para a verificao da
plausibilidade jurdica que a ampare.
Acrdo 255/2010 Plenrio (Sumrio)
O instrumento de agravo interposto contra adoo de medida cautelar no
tem o condo de provocar a antecipao de juzo de mrito do processo, que
deve ocorrer com o pronunciamento definitivo acerca da matria.
Acrdo 255/2010 Plenrio (Sumrio)
O disposto no art. 42 da Lei n 8.443/1992 determina que nenhum processo,
documento ou informao poder ser sonegado ao Tribunal em suas inspees
ou auditorias, sob qualquer pretexto, sob pena da aplicao da multa prevista
no seu art. 58, inciso VI.
Acrdo 518/2006 Plenrio
So plenamente vinculados os atos praticados no mbito do procedimento
licitatrio, uma vez que estes devem obedecer s regras definidas na lei e no
edital a que esto jungidos, no cabendo aos responsveis deliberadamente
ignor-las.
Acrdo 6198/2009 Primeira Cmara (Sumrio)
No cabe ao Tribunal determinar que o gestor pratique ou deixe de praticar
ato de sua competncia discricionria, ressalvada a possibilidade de alert-lo
quanto aos riscos envolvidos na prtica do ato, se iminente.
Acrdo 4430/2009 Primeira Cmara (Sumrio)
As diligncias encaminhadas pelo Tribunal devem ser atendidas com presteza
e tempestividade, alertando-se que a omisso na adoo de providncias
neste sentido enseja, independentemente de prvia audincia dos agentes
responsveis, a aplicao da multa prevista no art. 58, IV, da Lei n 8.443/1992
c/c o art. 268, IV, e 3, do Regimento Interno do TCU.
Acrdo 818/2008 Segunda Cmara
17
Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
Licitao
19
Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
ConCeito
Licitao procedimento administrativo formal em que a Administrao Pblica
convoca, por meio de condies estabelecidas em ato prprio (edital ou convite),
empresas interessadas na apresentao de propostas para o oferecimento de bens
e servios.
Licitao no ser sigilosa, exceto quanto ao contedo das propostas at serem conhecidas. So pblicos e
acessveis aos cidados os atos do respectivo processo.
Ser efetuada sempre no local onde se situar a repartio interessada, salvo por motivo de
interesse pblico, devidamente justificado.
Objetiva garantir a observncia do princpio constitucional da isonomia e a
selecionar a proposta mais vantajosa para a Administrao, de maneira a assegurar
oportunidade igual a todos os interessados e a possibilitar o comparecimento ao
certame do maior nmero possvel de concorrentes.
A Lei n 8.666/1993, ao regulamentar o artigo 37, inciso xxI, da Constituio
Federal, estabeleceu normas gerais sobre licitaes e contratos administrativos
pertinentes a compras, obras, servios, inclusive de publicidade, alienaes e
locaes no mbito dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municpios.
Na contratao para compra de bens, execuo de obras ou prestao de servios e na elaborao de
projetos bsicos ou executivos devem ser observados os critrios de sustentabilidade ambiental previstos
na IN n 01, de 29 de janeiro de 2010, editada pelo Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto.
Tribunal de Contas da Unio
20
Em obedincia aos princpios da transparncia e da publicidade, permite-se a interessados o conhecimento das condies licitatrias, em qualquer momento do processo licitatrio, por ser pblico, de modo a evitar a prtica de irregularidades nos respectivos procedimentos e de contrataes sigilosas, danosas ao Errio.
permitido a qualquer interessado conhecimento prvio dos termos do processo licitatrio, obteno de certides
ou cpias reprogrficas de dados e de documentos que o integram. Em licitao no h fase sigilosa.
De acordo com essa Lei, a celebrao de contratos com terceiros na Administrao Pblica deve ser necessariamente precedida de licitao, ressalvadas as hipteses de dispensa e de inexigibilidade de licitao.
direito do administrado perante a Administrao, sem prejuzo de outros que lhe sejam assegurados, de formular alegaes e de apresentar documentos antes
da deciso, os quais sero objeto de considerao pelo rgo competente, consoante o disposto no art. 3,
inciso III, da Lei n 9.784, de 29 de janeiro de 1999, que regula o processo administrativo no mbito da
Administrao Federal.
Com base nesse diploma legal, vedado Administrao recusar imotivadamente o recebimento
de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.
Nas licitaes pblicas vedado aos agentes pblicos:
admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocao, clusulas ou condies que comprometam, restrinjam ou frustrem o carter competitivo e estabeleam preferncias ou distines em razo da naturalidade, da sede
21
Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
ou domiclio dos licitantes ou de qualquer outra circunstncia impertinente ou irrelevante para o especfico objeto do contrato;
estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciria ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agncias internacionais, ressalvado o disposto no 2 do art. 3 da Lei n 8.666/1993 e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991.
Nas contrataes pblicas da Unio, dos Estados e dos Municpios, conforme determina a Lei n 123/2006, poder ser concedido tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte, que objetive a promoo do desenvolvimento econmico e social no mbito municipal e regional, a ampliao da eficincia das polticas pblicas e o incentivo inovao tecnolgica, devidamente previsto e regulamentado na legislao do respectivo ente.
Para cumprimento dessa determinao, a Administrao Pblica poder realizar processo licitatrio, cujo valor no exceda a 25% (vinte e cinco por cento) do total licitado em cada exerccio:
destinado exclusivamente participao de microempresas e empresas de pequeno porte nas contrataes cujo valor seja de at R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
em que seja exigida dos licitantes subcontratao de microempresa ou de empresa de pequeno porte, desde que o percentual mximo do objeto a ser subcontratado no exceda a 30% (trinta por cento) do total licitado;
em que se estabelea cota de at 25% (vinte e cinco por cento) do objeto para a contratao de microempresas e empresas de pequeno porte, em certames para a aquisio de bens e servios de natureza divisvel.
DELIBERAES DO TCU
A licitao no deve perder seu objetivo principal, que obter a proposta
mais vantajosa Administrao, mediante ampla competitividade, a teor do
art. 3, caput, da Lei 8.666/1993.
Acrdo 1734/2009 Plenrio (Sumrio)
At que seja editada lei dispondo sobre licitaes e contratos das empresas
estatais e sociedades de economia mista, em ateno ao art. artigo 173, 1,
inciso III, da Constituio Federal, devem estas observar os preceitos da Lei n
8.666/1993 e os princpios e regras da Administrao Pblica.
Acrdo 1732/2009 Plenrio (Sumrio)
Tribunal de Contas da Unio
22
Tendo em vista o interesse pblico, em carter excepcional, pode o Tribunal
autorizar a continuidade de certame em que tenha sido verificada afronta
Lei de Licitaes, sem prejuzo da aplicao de sano aos que deram causa
s irregularidades.
Acrdo 1060/2009 Plenrio (Sumrio)
No pode prosperar a licitao eivada de procedimentos anmalos no
devidamente justificados no processo e que fazem malograr a prevalncia de
princpios bsicos da licitao pblica, tais o da isonomia e o da publicidade.
A comunicao de deciso da comisso de licitao aos participantes em
datas bastante afastadas, por meios diferentes, reconhecendo-se que
foi comunicada por ltimo o ingresso de recurso no comunicado outra
licitante, a qual, ademais, foi desclassificada por motivo ftil, mediante reviso
de deciso anterior que lhe facultava apresentao de proposta escoimada
da falha irrelevante apontada, lana por terra a credibilidade do certame, por
ofensa insolvel aos princpios citados, cumprindo ao Tribunal determinar a
anulao do procedimento
Acrdo 925/2009 Plenrio (Sumrio)
A realizao de procedimento licitatrio para aquisio de bens e servios
obrigatria, se ficar configurada a viabilidade de competio entre
fornecedores.
Acrdo 88/2008 Plenrio (Sumrio)
Detectadas falhas em procedimento licitatrio no qual no se apurou dano ao
Errio, tampouco se vislumbrou dolo ou m-f na atuao dos responsveis,
cumpre expedir determinaes corretivas entidade.
Acrdo 2664/2007 Plenrio (Sumrio)
Comprovado o descumprimento de dispositivos legais bsicos na realizao de
certame licitatrio, impe-se a fixao de prazo para que a entidade infratora
adote as providncias necessrias ao exato cumprimento da lei, procedendo
anulao do respectivo processo, sem prejuzo de determinao tendente
ao aperfeioamento de futuras convocaes.
Acrdo 2014/2007 Plenrio (Sumrio)
Diferentemente das condies gerais do direito de licitar - que so exigidas
no texto da lei para toda e qualquer licitao, independentemente das
circunstncias de uma situao concreta -, as condies especficas so fixadas
pelo ato convocatrio, em funo das caractersticas da contratao desejada
23
Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
em um determinado certame, cabendo Administrao Pblica, neste ltimo
caso, deliberar acerca da extenso e do contedo dos requisitos que sero
exigidos daqueles que pretendam formular propostas.
Acrdo 1631/2007 Plenrio (Sumrio)
Comprovadas as vantagens para a Administrao, e tendo em vista os
princpios da economicidade e da eficincia, admite-se a combinao de
aquisio de servios com alienao em um nico procedimento licitatrio.
Acrdo 114/2007 Plenrio (Sumrio)
Abstenha de incluir clusulas em edital que venham a impor nus
desnecessrios aos licitantes, (...) por implicar restrio ao carter competitivo
do certame, em violao ao art. 3, caput, da Lei 8.666/1993.
Acrdo 1227/2009 Plenrio
Formule estudos detalhados acerca dos quantitativos ou das propores
ideais de redes de supermercados credenciados Associao Brasileira de
Supermercados (Abras), de modo que no se prejudique o carter competitivo
do certame licitatrio, observados os princpios da isonomia, oportunidade
e razoabilidade.
Acrdo 1071/2009 Plenrio
Verifica-se, assim, inobservncia direta dos dispositivos legais aplicveis s
contrataes em geral, e mais ainda, s contrataes diretas que requerem do
administrador cuidados especficos. A propsito, Maral Justen Filho, em sua
obra Comentrios Lei de Licitaes e Contratos Administrativos, Ed. Dialtica,
10 edio, pg. 109, ao discorrer sobre os trmites internos da licitao, que
se aplicam s dispensas e inexigibilidades de licitao, ensina:
Como regra, toda e qualquer licitao exige que a Administrao
estabelea, de modo preciso e satisfatrio, as condies da disputa. Mais
precisamente, a Administrao tem de licitar aquilo que contratar - o
que significa dominar com tranqilidade, todas as condies pertinentes
ao objeto licitado e estabelecer de modo preciso as clusulas da futura
contratao. Por isso, o procedimento interno se inicia com a identificao
da necessidade a ser atendida, a apurao das solues tcnica e
Tribunal de Contas da Unio
24
economicamente viveis, a configurao do futuro contrato e, por fim, a
conformao do procedimento destinado contratao.
(...) imperioso insistir sobre a relevncia dessa etapa interna, antecedente
elaborao do ato convocatrio. (...)
A mens legis consiste precisamente em impor Administrao o dever
de abster-se de licitar impensadamente, descuidadamente. Caracteriza-
se infrao sria aos deveres inerentes atividade administrativa a
ausncia da adoo das providncias indispensveis avaliao precisa
e profunda das necessidades e das solues que sero implementadas
posteriormente. (...)
(...) Caracteriza-se srio vcio quando se evidencia que a Administrao
desencadeou a licitao sem ter cumprido essas providncias prvias,
assumindo o risco de insucesso, controvrsias e litgios. (grifos nossos)
Assim, esse conjunto de informaes que deve estar disponvel antes da
deciso de contratar compe o projeto bsico, que pea fundamental
para a demonstrao da viabilidade e convenincia da contratao.
Conforme preleciona Maral Justen Filho, mesmo nas contrataes
diretas, exigido um procedimento prvio, em que a observncia de
etapas e formalidades imprescindvel (...). Nas etapas internas iniciais, a
atividade administrativa ser idntica, seja ou no a futura contratao
antecedida de licitao.
Acrdo 2684/2008 Plenrio (Voto do Ministro Relator)
Exija a documentao referente sede, filiais, sucursais ou empresas com as
quais a licitante mantenha acordos operacionais formais como parte integrante
do envelope de habilitao, nos termos do art. 27, inciso II e art. 30, inciso II
da Lei n 8.666/1993.
Acrdo 2558/2008 Plenrio
Realize o devido procedimento licitatrio quando a cesso for destinada
execuo de empreendimento de fim lucrativo, sempre que houver condies
de competitividade, nos termos do art. 18, 5 da Lei n 9.636/1998.
Acrdo 1108/2008 Plenrio
Elabore procedimento formal para conduo de processos licitatrios, em
ateno ao princpio constitucional da eficincia, com vistas ao atendimento
da legislao pertinente, delegando atribuies e imputando responsabilidade
s diversas reas envolvidas nas contrataes.
Acrdo 436/2008 Plenrio
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Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
Promova o devido processo licitatrio, na contratao de obras, servios e
fornecimento de bens, de forma a perseguir a proposta que seja mais vantajosa
para o rgo, nos termos dos princpios estatudos pela Lei n 8.666/1993.
Acrdo 279/2008 Plenrio
Abstenha-se de exigir que a vencedora disponha de escritrio em localidade
especfica, requisito que limita o carter competitivo do certame e macula o
princpio de isonomia previsto no art. 3 da Lei n 8.666/1993.
Acrdo 43/2008 Plenrio
Abstenha-se de exigir que a vencedora disponha de escritrio em localidade
especfica, por restringir o carter competitivo do certame, em contrariedade
ao art. 3 da Lei n 8.666/1993.
Acrdo 2651/2007 Plenrio
Realize, quando da contratao de provedor de servios de internet, o
prvio procedimento licitatrio, desde que devidamente fundamentadas
e instrudas de acordo com o disposto no art. 26 do referido diploma legal,
exceto em situaes extraordinrias que se enquadrem nos arts. 24 e 25 da
Lei n 8.666/1993.
Acrdo 645/2007 Plenrio
Conforme j me manifestei em outras oportunidades, como por exemplo no
recente Acrdo n 146/2007 - 1 Cmara:
(...) licitao o procedimento administrativo mediante o qual os rgos
pblicos e entidades selecionam a proposta mais vantajosa para a avena
de seu interesse. Nesse contexto, surge um princpio basilar ao Direito
Administrativo, qual seja, o da indispensabilidade da licitao para se
adquirir, alienar ou locar bens, contratar a execuo de obras ou servios,
que tem assento constitucional (art. 37, inciso XXI, da Carta Poltica) e
infraconstitucional - art. 2 da Lei n 8.666/1993 (...).
Essa demanda decorre de princpios tambm insculpidos no caput do art.
37 da Constituio Federal de 1988, legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficincia, alm de outros elencados pela doutrina para a licitao.
dizer: a regra estatuda na Constituio Federal a da obrigatoriedade de
licitar, j as hipteses de dispensa e de inexigibilidade de certame devem ser
interpretadas como excees.
Acrdo 798/2008 Primeira Cmara (Voto do Ministro Relator
Consulte tambm os Acrdos: Plenrio: 1099/2006, 1913/2003, 167/2001; Primeira Cmara: 1241/2007; Segunda Cmara: 3963/2009 (Relao).
Tribunal de Contas da Unio
26
noes gerAis
O Que Licitar
Compra de bens, execuo de obras, prestao de servios , alienaes e locaes devem ser contratadas por meio de licitaes pblicas, exceto nos casos previstos na Lei n 8.666/1993, e alteraes posteriores.
Por Que Licitar
Estabelece a Constituio Federal, art. 37, inciso xxI, a obrigatoriedade de licitar para a Administrao Pblica.
Objetiva a licitao permitir que a Administrao contrate aqueles que renam as condies necessrias para satisfao do interesse pblico, levando em considerao especialmente aspectos relacionados capacidade tcnica e econmico-financeira da empresa licitante, qualidade do produto e ao valor do objeto.
O procedimento licitatrio busca assegurar a todos os interessados igualdade de condies no fornecimento de bens, execuo de obras ou prestao de servios para a Administrao Pblica.
Quem Deve Licitar
Esto sujeitos regra de licitar, alm dos rgos integrantes da Administrao Direta, as Autarquias, as Fundaes Pblicas, as Empresas Pblicas, as Sociedades de Economia Mista, os fundos especiais e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios.
Como Licitar
Uma vez definido o que se quer contratar, necessrio estimar o valor total do objeto, mediante realizao de pesquisa de mercado. Deve-se ainda verificar se h previso de recursos oramentrios para o pagamento da despesa e se esta se encontra em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Aps apurao da estimativa, deve ser escolhida a modalidade de licitao adequada.
Licitar regra.
Dispensar ou inexigir procedimento licitatrio exceo.
27
Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
DELIBERAES DO TCU
vedado aos agentes pblicos incluir nos atos de convocao condies que
comprometam, restrinjam ou frustrem o carter competitivo e estabeleam
preferncias ou distines impertinentes em relao aos interessados.
Acrdo 2579/2009 Plenrio (Sumrio)
Conforme determina o art. 4, inciso V, da Lei n 10.520/2002, c/c art. 11,
inciso I, alnea c, e III, do Decreto n 3.555/2000, obrigatria a observncia
de amplitude e de prazo adequados para a publicidade dos instrumentos
convocatrios do prego, a fim de que no haja prejuzo ao carter competitivo
do certame.
Acrdo 839/2009 Plenrio (Sumrio)
Restringe o carter competitivo da licitao:
a no-diviso do objeto em parcelas econmica e tecnicamente viveis;
a solicitao de qualificao econmico-financeira desproporcional
realidade do mercado; e
a realizao de licitao em modalidade distinta daquela determinada por
lei ou regulamento superior.
Acrdo 732/2008 Plenrio (Sumrio)
Diferentemente das condies gerais do direito de licitar - que so exigidas
no texto da lei para toda e qualquer licitao, independentemente das
circunstncias de uma situao concreta -, as condies especficas so fixadas
pelo ato convocatrio, em funo das caractersticas da contratao desejada
em um determinado certame, cabendo Administrao Pblica, neste ltimo
caso, deliberar acerca da extenso e do contedo dos requisitos que sero
exigidos daqueles que pretendam formular propostas.
Acrdo 1631/2007 Plenrio (Sumrio)
Evite a incluso de itens que restringem injustificadamente o carter
competitivo do certame e contrariam, dessa forma, o art. 3, 1, inciso I, da
Lei n 8.666/1993.
Acrdo 2477/2009 Plenrio
So ilegais e atentatrias ao interesse pblico as exigncias editalcias que
restrinjam a ampla participao de interessados e constituam vantagens
absolutamente incompatveis com o bom-senso, a finalidade da norma e
o objeto do servio, exemplo de estipulao de fornecimento de salas-vip,
em aeroportos, para funcionrios de empresa pblica que realizem viagens
a servio, quando o objeto da contratao destina-se apenas a apoiar o
Tribunal de Contas da Unio
28
deslocamento desses servidores com o fornecimento de passagens areas,
reserva de hotis e outros servios correlatos
Acrdo 6198/2009 Primeira Cmara (Sumrio)
Relativamente s falhas detectadas nas reas de licitaes e contratos, cabe
ressaltar que a regra estatuda na Constituio Federal a da obrigatoriedade
de licitar (art. 37, inciso xxI, da Carta Magna), devendo as hipteses de dispensa
e de inexigibilidade de certame ser tratadas como excees. Isso decorre dos
princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia,
tambm insculpidos no caput do art. 37 da Constituio Federal, alm de
outros elencados pela doutrina para a licitao. Nesse contexto, licitao
, por definio, o procedimento administrativo mediante o qual os rgos
pblicos e entidades selecionam a proposta mais vantajosa para a avena de
seu interesse.
Surge, assim, um princpio basilar ao direito administrativo, qual seja, o
da indispensabilidade da licitao para se adquirir, alienar ou locar bens,
contratar a execuo de obras ou servios, o qual tem assento constitucional
(art. 37, inciso xxI, da Carta Poltica) e infraconstitucional (art. 2 da Lei n
8.666/1993).
Acrdo 1768/2008 Primeira Cmara (Voto do Ministro Relator)
prinCpios
Devem ser observados principalmente os seguintes princpios bsicos norteadores dos procedimentos licitatrios pblicos:
Princpio da Legalidade
Nos procedimentos de licitao, esse princpio vincula os licitantes e a Administrao Pblica s regras estabelecidas nas normas e princpios em vigor.
Princpio da Isonomia
Significa dar tratamento igual a todos os interessados. condio essencial para garantir competio em todos os procedimentos licitatrios.
Princpio da Impessoalidade
Esse princpio obriga a Administrao a observar nas decises critrios objetivos previamente estabelecidos, afastando a discricionariedade e o subjetivismo na conduo dos procedimentos de licitao.
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Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
Princpio da Moralidade e da Probidade Administrativa
A conduta dos licitantes e dos agentes pblicos tem de ser, alm de lcita, compatvel
com a moral, a tica, os bons costumes e as regras da boa administrao.
Princpio da Publicidade
Qualquer interessado pode ter acesso s licitaes pblicas e ao respectivo
controle, mediante divulgao dos atos praticados pelos administradores em todo
procedimento de licitao.
Princpio da Vinculao ao Instrumento Convocatrio
Obriga a Administrao e o licitante a observarem as normas e condies
estabelecidas no ato convocatrio. Nada poder ser criado ou feito sem que haja
previso no instrumento de convocao.
Princpio do Julgamento Objetivo
Esse princpio significa que o administrador deve observar critrios objetivos
definidos no ato convocatrio para julgamento da documentao e das propostas.
Afasta a possibilidade de o julgador utilizar-se de fatores subjetivos ou de critrios
no previstos no instrumento de convocao, ainda que em benefcio da prpria
Administrao.
Princpio da Celeridade
O princpio da celeridade, consagrado como uma das diretrizes a ser observada
em licitaes na modalidade prego, busca simplificar procedimentos de rigorismos
excessivos e de formalidades desnecessrias. As decises, sempre que possvel,
devem ser tomadas no momento da sesso.
Princpio da Competio
Nos certames de licitao, esse princpio conduz o gestor a buscar sempre o
maior nmero de competidores interessados no objeto licitado. Nesse sentido, a Lei
de Licitaes veda estabelecer, nos atos convocatrios, exigncias que possam, de
alguma forma, admitir, prever ou tolerar, condies que comprometam, restrinjam
ou frustrem o carter competitivo da licitao.
Alm desses princpios, a Administrao Pblica deve obedincia ainda, dentre
outros, aos princpios da finalidade, motivao, razoabilidade, proporcionalidade,
ampla defesa, contraditrio, segurana jurdica, interesse pblico e eficincia.
Tribunal de Contas da Unio
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Normas que disciplinam as licitaes pblicas devem ser interpretadas em favor da ampliao da disputa entre os interessados, desde que no comprometam
o interesse da Administrao, o princpio da isonomia, a finalidade e a segurana da contratao.
DELIBERAES DO TCU
O princpio que refuta a restrio ao carter competitivo no absoluto,
representando essencialmente a expresso sintetizada de uma orientao
vista em carter de generalidade, a admitir, por bvio, excepcionalidades
que sejam conduzidas por circunstncias ensejadoras de determinada feio
fora do comum.
No se admite a discriminao arbitrria na seleo do contratante, sendo
insuprimvel o tratamento uniforme para situaes uniformes, tendo em vista
que, nos termos do art. 3, caput, da Lei n 8.666/1993, a licitao destina-se
a garantir no s a seleo da proposta mais vantajosa para a Administrao,
e tambm a observncia do princpio constitucional da isonomia.
Acrdo 1631/2007 Plenrio (Sumrio)
A restrio competitividade, causada pela ausncia de informaes essenciais
no instrumento convocatrio, causa que enseja a nulidade da licitao.
Acrdo 1556/2007 Plenrio (Sumrio)
inconstitucional e ilegal o estabelecimento de exigncias que restrinjam o
carter competitivo dos certames.
Acrdo 539/2007 Plenrio (Sumrio)
Devem ser evitadas exigncias que comprometam o carter competitivo da
licitao.
A licitao deve ser processada e julgada em estrita conformidade com os
princpios bsicos.
Acrdo 112/2007 Plenrio (Sumrio)
As exigncias editalcias devem limitar-se ao mnimo necessrio para o
cumprimento do objeto licitado, de modo a evitar a restrio ao carter
competitivo do certame.
Acrdo 110/2007 Plenrio (Sumrio)
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Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
Inclua, quando contratar manuteno de sistemas, descrio sumria de suas
funcionalidades, estimativa de tamanho e complexidade de suas operaes, em
ateno ao princpio da isonomia, referido no art. 3 da Lei n 8.666/1993.
Acrdo 2220/2008 Plenrio
Observe as disposies contidas no pargrafo nico do art. 4 do Decreto
n 3.555/2000, especialmente no que tange interpretao das normas
disciplinadoras da licitao em favor da ampliao da disputa entre os
interessados, desde que no comprometam o interesse da Administrao e
os princpios que regem o processo licitatrio.
Acrdo 1046/2008 Plenrio
Abstenha-se de aceitar propostas de bens com caractersticas diferentes das
especificadas em edital, em respeito ao princpio de vinculao ao instrumento
convocatrio, consoante o art. 3 da Lei n 8.666/1993.
Acrdo 932/2008 Plenrio
A Lei n 8.666/1993 estabelece, no seu art. 3, os princpios que devem nortear
os procedimentos licitatrios, dentre eles o da publicidade e o da isonomia.
O princpio da publicidade consagra o dever administrativo de manter plena
transparncia em seus comportamentos . O TCU, ao analisar esse princpio,
assim o explicou: Qualquer interessado deve ter acesso s licitaes e seu
controle, mediante divulgao dos atos praticados pelos administradores em
todas as fases da licitao.
Acrdo 204/2008 Plenrio (Relatrio do Ministro Relator)
zele para que no sejam adotados procedimentos que contrariem, direta ou
indiretamente, o princpio bsico da vinculao ao instrumento convocatrio,
de acordo com os arts. 3 e 41 da Lei n 8.666/1993.
Acrdo 2387/2007 Plenrio
Observe os princpios da transparncia, do julgamento objetivo, da vinculao
ao instrumento convocatrio e da escolha da proposta mais vantajosa para
a Administrao, conforme regem os arts. 3, art. 40, VII, art. 41, caput, 43, IV,
art. 44, 1 e art. 45, da Lei n 8.666/1993.
Acrdo 1286/2007 Plenrio
Observe, especialmente em relao interpretao em favor da ampliao
da disputa entre os interessados, desde que no comprometam o interesse
da Administrao e os princpios que regem o processo licitatrio, as regras
Tribunal de Contas da Unio
32
estabelecidas no pargrafo nico do art. 7 do Decreto n 3.555/2000, e no
art. 5, caput e pargrafo nico, do Decreto n 5.450/2005.
Acrdo 536/2007 Plenrio
Atente para o princpio da vinculao ao instrumento convocatrio, bem
assim abstenha-se de efetuar exigncias que comprometam o carter
competitivo do certame, em desacordo com o art. 3, caput e 1, inciso I,
da Lei n 8.666/1993.
Acrdo 112/2007 Plenrio
Ao examinar o assunto no primeiro momento (...), compreendi como adequadas
as proposies ento formuladas (...), uma vez que as irregularidades noticiadas
nos autos configuram risco de inobservncia, no processo licitatrio, dos
princpios da competio e da isonomia, alm da possibilidade de frustrao
da escolha da proposta mais vantajosa, entendendo oportuna, desse modo,
a manifestao do gestor.
Acrdo 1162/2006 Plenrio (Voto do Ministro Relator)
Observe rigorosamente as disposies contidas no art. 37, caput, da
Constituio Federal de 1988 c/c o art. 3 da Lei n 8.666/1993, obedecendo
aos princpios constitucionais da publicidade, da igualdade, da isonomia e da
impessoalidade, de modo a impedir restries competitividade.
Acrdo 819/2005 Plenrio
A violao de princpios bsicos da razoabilidade, da economicidade, da
legalidade e da moralidade administrativa, e a desobedincia s diretrizes
fundamentais da licitao pblica, no caso, a isonomia entre licitantes, o
julgamento objetivo, a vinculao ao instrumento convocatrio, bem como
o carter competitivo do certame constituem vcios insanveis que ensejam
a fixao de prazo para exato cumprimento da lei, no sentido de declarar a
nulidade do certame.
Acrdo 6198/2009 Primeira Cmara (Sumrio)
Observe o princpio da vinculao ao instrumento convocatrio, de acordo
com as disposies exaradas especialmente no art. 3 da Lei 8.666/1993.
Acrdo 330/2010 Segunda Cmara
Assegure ampla publicidade dos atos administrativos, observando, para tanto,
o disposto na legislao pertinente, em especial, o disposto no art. 21, incisos
I e III, da Lei 8.666/1993 e o princpio da publicidade indicado pelo art. 37,
caput, da Constituio Federal.
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Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
Observe os princpios bsicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade,
da igualdade, dentre outros, consoante o art. 37, caput, da Constituio
Federal.
Acrdo 415/2010 Segunda Cmara
Realize os processos licitatrios, preges e dispensas de licitao com
celeridade, procedendo com urgncia a qualificao dos servidores
encarregados de comandar os certames.
Acrdo 97/2010 Segunda Cmara (Relao)
Consulte tambm os Acrdos: Plenrio: 3373/2006, 2407/2006, 2406/2006, 2147/2006, 1429/2006, 1332/2006, 1327/2006, 994/2006, 2297/2005, 668/2005, 484/2005, 474/2005 (Relatrio do Ministro Relator); Primeira Cmara: 2122/2008; Segunda Cmara: 212/2009, 127/2007, 42/2006.
responsveis pelA liCitAo
Consideram-se responsveis pela licitao os agentes pblicos designados pela autoridade competente, por ato administrativo prprio (portaria, por exemplo), para integrar comisso de licitao, ser pregoeiro ou para realizar licitao na modalidade convite.
Comisso de licitao criada pela Administrao com a funo de receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos a licitaes pblicas nas modalidades concorrncia, tomada de preos e convite.
Nas pequenas unidades administrativas e na falta de pessoal disponvel, em carter excepcional e s em convite, a comisso pode ser substituda
por servidor designado para esse fim.
Pode ser permanente ou especial.
Ser permanente quando a designao abranger a realizao de licitaes por perodo determinado e especial quando for o caso de licitaes especficas.
constituda por, no mnimo, trs membros, sendo pelo menos dois deles servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos rgos da Administrao responsveis pela licitao.
Tribunal de Contas da Unio
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No poder exceder a um ano a investidura dos membros das comisses permanentes. No momento da renovao da comisso para o perodo subsequente, possvel a reconduo parcial desses membros. A lei apenas no admite reconduzir a totalidade dos integrantes.
Membros de comisso de licitao respondem solidariamente pelos atos praticados, salvo se posio
individual divergente estiver devidamente fundamentada e registrada em ata da reunio em que tiver sido
tomada a deciso.
Assinatura, firma ou rubrica em documentos e processos dever estar seguida da repetio completa do nome
do signatrio e da indicao da respectiva funo ou cargo, por meio de carimbo, do qual constar, precedendo espao destinado data, a sigla da unidade na qual o servidor esteja exercendo suas funes ou cargo, conforme disposto no art. 40 do Decreto n 93.872, de 23 de dezembro de 1986.
Licitaes realizadas na modalidade prego sero conduzidas por pregoeiro com auxlio de equipe de apoio, designados pela autoridade competente dentre os servidores do rgo ou entidade promotora da licitao.
Designao do pregoeiro poder ser pelo perodo de um ano, admitindo-se recondues para perodos seguintes ou para licitao especfica.
Equipe de apoio deve ser integrada, na maioria, por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da Administrao Pblica, de preferncia do quadro permanente do rgo ou entidade que promover a licitao. Deve possuir conhecimento tcnico sobre o objeto licitado, de modo a prestar assistncia necessria ao pregoeiro.
Funo de pregoeiro dever ser exercida por servidor que detenha qualificao profissional
e perfil adequados para referido fim.
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Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
Ao pregoeiro caber, em especial:
coordenao do processo licitatrio;
conduo dos trabalhos da equipe de apoio, da sesso pblica do prego, presencial ou eletrnico, e da etapa de lances;
recebimento, exame e deciso das impugnaes e consultas licitao, com apoio do setor requisitante do objeto e do responsvel pela elaborao do edital;
verificao da conformidade da proposta com os requisitos estabelecidos no ato convocatrio;
verificao e julgamento das condies de habilitao;
recebimento, exame e deciso dos recursos encaminhados autoridade competente quando for mantida a deciso;
indicao do vencedor do prego;
adjudicao do objeto, quando no houver recurso;
encaminhamento do processo devidamente instrudo autoridade superior com proposta de homologao.
Cabe ao pregoeiro a conduo do prego e equipe de apoio auxili-lo em todas as fases do processo
licitatrio.
Dentre as atribuies do pregoeiro e da equipe de apoio, destacam-se: recebimento das propostas e lances, respectiva anlise de aceitabilidade e
classificao; habilitao e adjudicao do objeto da licitao ao proponente vencedor do certame.
DELIBERAES DO TCU
A aprovao, por rgo colegiado, de edital de licitao eivado de
irregularidade implica na responsabilizao de todos os membros que no
tenham manifestamente registrado sua discordncia deliberao.
Acrdo 206/2007 Plenrio (Sumrio)
Tribunal de Contas da Unio
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Envide, em ateno ao princpio constitucional da eficincia, esforos
para elaborar e utilizar processos formais no mbito de cada comisso de
licitao do Ministrio para conduo dos processos licitatrios, incluindo
controles com vistas ao atendimento da legislao pertinente, delegando
atribuies e imputando responsabilidades s diversas reas envolvidas nas
contrataes.
Acrdo 1330/2008 Plenrio
No permita, ao contratar empresas prestadoras de servio, que parentes
de servidores sejam contratados pela empresa terceirizada, em ateno aos
princpios da moralidade e da impessoalidade que devem nortear a gesto
da coisa pblica.
Acrdo 1282/2008 Plenrio
O TCU chamou em audincia gestor pblico pela ausncia de competio em
licitao realizada, materializada pela existncia, nas empresas participantes
da licitao, de relao de parentesco entre os scios e de scios em comum,
com indcio de simulao licitatria, fraude e violao ao sigilo das propostas,
em detrimento dos princpios da moralidade, da igualdade e da probidade
administrativa, consubstanciados nos arts. 3, caput e 3; 22, 3 e 7; e 94
da Lei n 8.666/1993, e no art. 37, caput, da Constituio Federal.
Acrdo 673/2008 Plenrio
Atente para que constem das atas da Comisso de Licitao as assinaturas
devidas, em atendimento ao disposto no art. 43, 1, in fine, da Lei n
8.666/1993.
Acrdo 103/2008 Plenrio
Cumpra o nmero mnimo de servidores efetivos que devem compor as
comisses permanentes de licitao, conforme disposto no art. 51, caput, da
Lei n 8.666/1993.
Acrdo 1306/2007 Plenrio
Mesmo que a Lei n 8.666/1993 no possua dispositivo vedando expressamente
a participao de parentes em licitaes em que o servidor atue na CPL,
entendo que foi cristalina a inteno do legislador, com as disposies do
art. 9 da indigitada Lei, em vedar a prtica de conflito de interesses nos
certames da Administrao.
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Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
Ademais, devo ressaltar que a ao dos gestores deve pautar-se sempre pela
busca do atendimento dos princpios insculpidos na Constituio, mormente
os que regem a Administrao Pblica.
Acrdo 1632/2006 Plenrio (Voto do Ministro Relator)
Segundo o art. 6, inciso xVI, da Lei n. 8.666/1993, cabe comisso receber,
examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos licitao
e ao cadastramento de licitantes, devendo o julgamento ser processado com
observncia das disposies do art. 43, inciso IV, da citada Lei, ou seja, dever
ser verificada a conformidade de cada proposta com os preos correntes de
mercado. Ainda que se que admita que (...) exista um setor responsvel pela
pesquisa de preos de bens e servios a serem contratados pela administrao,
a Comisso de Licitao, bem como a autoridade que homologou o
procedimento licitatrio, no esto isentos de verificar se efetivamente os
preos ofertados esto de acordo com os praticados a teor do citado artigo.
Acrdo 509/2005 Plenrio (Voto do Ministro Relator)
A conduta deliberada do pregoeiro no intuito de favorecer determinado
licitante atenta contra os princpios da impessoalidade e da moralidade
administrativa, caracterizando a prtica de ato com grave infrao norma
legal e ensejando a sano pecuniria.
Acrdo 1048/2008 Primeira Cmara (Sumrio)
Os membros das Comisses de Licitao respondero solidariamente por
todos os atos praticados pela Comisso, salvo se posio individual divergente
estiver devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunio
em que tiver sido tomada a deciso.
Acrdo 739/2007 Primeira Cmara (Sumrio)
Abstenha de realizar licitaes nas quais haja quaisquer relaes entre os
participantes e aqueles que detenham o poder de deciso no processo
licitatrio, ou qualquer outra situao em que se verifique prejuzo ao
atendimento dos princpios da igualdade e da moralidade administrativa.
Acrdo 5276/2009 Segunda Cmara
Consulte tambm as Decises: Plenrio: 984/2003, 391/2000; os Acrdos: Plenrio: 2269/2006, 2076/2006, 2060/2006, 509/2005 (Voto do Ministro Relator), 135/2005, 1182/2004, 1933/2003, 286/2002, 108/1999; Primeira Cmara: 992/2007, 1933/2006; Segunda Cmara: 3909/2008, 571/2006.
Tribunal de Contas da Unio
38
modAlidAdes de liCitAo
Modalidade de licitao forma especfica de conduzir o procedimento licitatrio, a partir de critrios definidos em lei.
Alm do leilo e do concurso, as demais modalidades de licitao admitidas so exclusivamente as seguintes:
concorrncia;
tomada de preos;
convite;
prego.
DELIBERAO DO TCU
Competio e conseqente busca dos melhores preos Administrao so
fundamentos de qualquer modalidade licitatria.
Lei de Licitaes e Contratos visa, alm da competio, garantir que a
contratada possua condies de honrar as obrigaes assumidas perante o
Poder Pblico. Esta a razo da existncia da prvia fase de habilitao, cuja
funo avaliar a capacidade do licitante para suprir os encargos inerentes
ao objeto licitado.
Em complemento, o art. 48, II, da referida lei exige a desclassificao de
proposta com preos inexeqveis. Destarte, a Lei n 8.666/1993, preza a
competio e a segurana na contratao.
Acrdo 1615/2008 Plenrio (Voto do Ministro Relator)
ConcorrnciaModalidade realizada entre interessados do ramo de que trata o objeto da
licitao que na fase de habilitao preliminar comprovem possuir os requisitos mnimos de qualificao exigidos no edital.
cabvel em qualquer dos casos de licitao e valor estimado do objeto da contratao.
DELIBERAES DO TCU
Observe, nos procedimentos licitatrios sob a modalidade concorrncia, que
o disposto no art. 22, 1, da Lei n 8.666/1993 no prev distino entre
cadastrados e no cadastrados nos registros cadastrais da Administrao.
Acrdo 108/1999 Plenrio
39
Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
Nas concorrncias, do mesmo modo que nas tomadas de preos para
contratao de obra, servio ou fornecimento de bens, deve ser exigida
obrigatoriamente tambm a comprovao de que trata o inciso III do art. 29
da Lei n 8.666/1993 a par daquela a que se refere o inciso IV desse mesmo
dispositivo legal.
Deciso 705/1994 Plenrio
Abstenha-se de prever fase de pr-qualificao quando no estiver diante
de licitaes a serem realizadas na modalidade concorrncia, e, ainda assim,
somente nos casos de o objeto licitado recomendar uma anlise mais detida
da capacidade tcnica dos potenciais interessados, em face do disposto no
art. 114 da Lei n 8.666/1993.
Acrdo 2028/2006 Primeira Cmara
Tomada de PreosModalidade realizada entre interessados do ramo de que trata o objeto da
licitao, devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condies exigidas para cadastramento at o terceiro dia anterior data do recebimento das propostas, que comprovem possuir os requisitos mnimos de qualificao exigidos no edital.
DELIBERAES DO TCU
Nas tomadas de preos, realize pesquisa de mercado e publique o resumo do
edital no DOU, conforme ordenado nos arts. 21, inciso I, e 15, 4, da Lei n
8.666/1993, respectivamente.
Deciso 472/1999 Plenrio
Deve ser exigida tambm, obrigatoriamente, nas concorrncias e nas tomadas
de preos para contratao de obra, servio ou fornecimento de bens, a
comprovao de que trata o inciso III do art. 29 da Lei n 8.666/1993 a par
daquela a que se refere o inciso IV desse dispositivo legal.
Deciso 705/1994 Plenrio
Adote a modalidade de licitao Tomada de Preos, e no Convite, quando
os valores de compras for superior a R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), de modo
a observar o art. 23, inciso II, alnea b e pargrafos 1, 2, 4 e 5 da Lei n
8.666/1993.
Acrdo 6545/2009 Segunda Cmara
Institua, no processamento de licitaes na modalidade de tomada de
preos, a apresentao simultnea de dois envelopes, um com a proposta e
Tribunal de Contas da Unio
40
o outro contendo a documentao de habilitao (inscrio no cadastro de
empresas ou comprovao da apresentao de documentos exigidos para o
cadastramento at o terceiro dia anterior data de entrega das propostas),
de tal forma a assegurar-se que os licitantes no tero conhecimento prvio
do resultado da fase de habilitao do certame, antes de apresentar as
propostas.
Acrdo 649/2006 Segunda Cmara
ConviteModalidade realizada entre interessados do ramo de que trata o objeto da
licitao, escolhidos e convidados em nmero mnimo de trs pela Administrao.
Convite modalidade de licitao mais simples. A Administrao escolhe entre os possveis interessados quem quer convidar, cadastrados ou no. A divulgao deve ser feita mediante afixao de cpia do convite em quadro de avisos do rgo ou entidade, localizado em lugar de ampla divulgao, conforme a Lei de Licitaes.
Permite-se a participao de possveis licitantes que no tenham sido formalmente convidados, mas que sejam do ramo do objeto licitado, desde que cadastrados no rgo ou entidade que licita ou no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf ). Os interessados devem solicitar o convite com antecedncia de at vinte e quatro horas da apresentao das propostas.
Para evitar que no convite participem sempre os mesmos licitantes, deve ser convidado, no
mnimo, mais um interessado para cada repetio do certame e para convites de objeto idntico
ou assemelhado a licitaes anteriores.
No Convite, para que a contratao seja possvel, so necessrias pelo menos trs propostas vlidas, isto , que atendam a todas as exigncias do ato convocatrio. No suficiente a obteno de trs propostas apenas. preciso que as trs sejam vlidas. Caso isso no ocorra, a Administrao deve repetir o convite e convidar mais um interessado, no mnimo, enquanto existirem cadastrados no convidados nas ltimas licitaes, ressalvadas as hipteses de limitao de mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, circunstncias estas que devem ser justificadas no processo de licitao.
41
Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
Quando no acudirem interessados licitao, a Administrao deve rever as exigncias do ato
convocatrio e os procedimentos adotados, de modo a encontrar os motivos do desinteresse dos licitantes.
Recibo de entrega de convite deve conter dados que possam identificar a empresa licitante, em especial: razo social da empresa licitante, nmero do CNPJ (MF), endereo com CEP e, se houver, nmero de telefone(s), de fax, endereo eletrnico (e-mail). A assinatura do recebedor do convite deve estar identificada em letra de forma ou mediante carimbo.
Para alcanar maior nmero possvel de interessados no objeto licitado e evitar a repetio do procedimento, muitos rgos ou entidades vm utilizando a publicao do convite na imprensa oficial ou em jornal de grande circulao, alm da distribuio direta aos fornecedores do ramo escolhidos.
Publicao na imprensa oficial ou em jornal de grande circulao confere ao convite divulgao idntica das demais modalidades de licitao e afasta a discricionariedade do agente pblico.
Quando no for possvel a obteno de trs propostas vlidas, por limitaes de mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, essas circunstncias devem ser devidamente motivadas e justificadas no processo, sob pena de repetio do convite.
Limitaes de mercado ou manifesto desinteresse de empresas convidadas no se caracterizam e nem podem ser justificados quando inseridas na licitao condies
que s uma ou outra empresa pode atender.
Tanto limitaes de mercado quanto manifesto desinteresse dos convidados devem ser
motivados e justificados no processo, sob pena de repetio do convite.
No se configura limitao de mercado ou manifesto desinteresse de licitantes, quando existirem na praa
outros capazes de apresentar propostas, que no foram convidados ou no tomaram conhecimento do certame.
Tribunal de Contas da Unio
42
DELIBERAES DO TCU
No se obtendo o nmero legal mnimo de trs propostas aptas seleo,
na licitao sob a modalidade convite, impe-se a repetio do ato, com
a convocao de outros possveis interessados, ressalvadas as hipteses
previstas no pargrafo 7 do art. 22 da Lei n 8.666/1993.
Smula 248
exigvel a apresentao de, pelo menos, trs propostas vlidas, para a
modalidade convite, a menos que exista justificativa para possvel limitao
do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados.
Acrdo 437/2009 Plenrio (Sumrio)
Deve ser repetido o convite quando no houver trs propostas vlidas,
salvo se limitaes de mercado ou manifesto desinteresse de participantes,
devidamente comprovados, sugerirem que a repetio acarretar custos
administrativos desnecessrios, atrasos na obteno do produto desejado
ou prejuzos ao ente pblico.
Acrdo 292/2008 Plenrio (Sumrio)
A regularidade do convite exige apresentao de trs propostas vlidas ou de
justificativas para inexistncia desse nmero.
Acrdo 77/2007 Plenrio (Sumrio)
No permita, em licitaes na modalidade convite, a participao de firmas que
tenham scios em comum ou relao de parentesco entre eles, por constituir
afronta aos princpios insculpidos no art. 3 da Lei n 8.666/1993, em especial
o da competitividade, da isonomia, da impessoalidade, da moralidade e da
improbidade administrativa.
Acrdo 2900/2009 Plenrio
Convidem para participar de licitao na modalidade convite somente
interessados do ramo pertinente ao objeto licitado.
Acrdo 710/2008 Plenrio
Observe rigorosamente, quando da realizao de licitao, na modalidade
Convite, o disposto nos arts. 22, 3, e 34 da Lei n 8.666/1993, c/c os
dispositivos do Decreto n 3.722/2001, com redao dada pelo Decreto
n 4.485/2002, IN/MARE-GM 05/1995, bem assim o entendimento desta
Corte sobre a possibilidade de participao de interessados que no tenham
sido formalmente convidados, mas que sejam do ramo do objeto licitado,
43
Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
desde que cadastrados no rgo ou entidade licitadora ou no Sistema de
Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf ).
Acrdo 95/2008 Plenrio
zele para que sejam convidadas ou admitidas a participar de certames
licitatrios (inclusive nos casos de dispensa), especialmente na modalidade
Carta-Convite, apenas as empresas que pertenam ao ramo do seu objeto,
em ateno ao art. 22, 3, da Lei n 8.666/1993.
Acrdo 2387/2007 Plenrio
Assegure o nmero mnimo de 03 (trs) propostas vlidas nos procedimentos
licitatrios na modalidade Convite, no dando seqncia aos certames em que
o nmero de participantes seja inferior a esse mnimo, conforme estabelecido
na Lei de Licitaes, sem que sejam expressamente caracterizadas as hipteses
de manifesto desinteresse ou de limitao de mercado, com fundamento
nos 3 e 7 do art. 22 da Lei n 8.666/1993 e de acordo com as Decises
370/1997, 45/1999, 96/1999, 472/1999, todas do Plenrio, e 392/1993
Segunda Cmara.
Acrdo 2251/2007 Plenrio
Atenda exigncia de no mnimo trs propostas vlidas, quando realizar
licitaes na modalidade de convite, conforme o no art. 22, 3 e 7, da Lei
n 8.666/1993.
Acrdo 1306/2007 Plenrio
Como bem esclarece Jorge Ulisses J. Fernandes, no seu compndio Contratao
Direta Sem Licitao, in verbis: Como proposta vlida deve se entender aquela
que efetivamente concorre com as demais, atendendo o seu formulante s
condies de habilitao e ofertando nos termos requeridos no Convite o produto pretendido, a preo razovel.
Deciso 683/1996 Plenrio (Relatrio do Ministro Relator)
Proceda repetio do ato, com a convocao de outros possveis interessados,
em no se obtendo o nmero legal mnimo de trs propostas aptas seleo,
na licitao sob a modalidade Convite.
Acrdo 428//2010 Segunda Cmara
Deixe de repetir o convite, somente quando as circunstncias excedentes
previstas pela Lei n 8.666/1993 - manifesto desinteresse ou limitaes de
mercado - estiverem devidamente justificadas no processo licitatrio
Acrdo 1710/2006 Segunda Cmara
Tribunal de Contas da Unio
44
cedia e remansosa a jurisprudncia deste Tribunal no sentido de que para
ser tida como legal a licitao na modalidade convite imprescindvel a
presena de trs propostas vlidas no certame, como salientado no Acrdo
vergastado.
O s envio de correspondncias a onze pretensos participantes no sana
a irregularidade apontada, pois exige-se que efetivamente, no mnimo,
trs participem da licitao, o que no ocorreu no presente caso. Das cinco
empresas que apresentaram documentao, trs foram inabilitadas na etapa
relativa qualificao tcnica e documentos complementares, e a quarta
empresa foi inabilitada na apresentao da proposta comercial. Logo, somente
uma empresa apresentou proposta vlida.
Diante disso, caberia aos responsveis repetir o convite e caso no lograssem
xito na obteno de trs propostas vlidas, poder-se-ia, a sim, considerar
atendidos os requisitos da Lei. claro que essas circunstncias deveriam ser
devidamente justificadas no processo, conforme prescreve o 7 do art. 22,
o que no aconteceu no presente caso. Esse o verdadeiro sentido do art.
22, 7, da Lei n 8.666/1993, ou seja, de justificar a licitao deserta ou sem
competio, e no como alegam os recorrentes de dar conhecimento prvio
do interesse da contratao do servio.
A razo de ser dessa exigncia do Tribunal, no sentido de que o convite tenha,
no mnimo, trs propostas vlidas, resguardar a obedincia aos princpios da
licitao (art. 3 da Lei n 8.666/1993). Em sendo o convite dos participantes
um ato discricionrio da Administrao, evita-se o direcionamento da licitao
a determinadas empresas, de modo a se dificultar eventuais burlas licitao.
Nesse sentido, bem pontuou Jorge Ulisses Jacoby Fernandes (in Contratao
Direta sem Licitao, 4a. ed., 1999, Ed. Braslia Jurdica):
Como no convite h parcela de discricionariedade, no se pode pretender
que seja o certame considerado regular quando menos de trs licitantes
se apresentam. Ora, quem convida a Administrao, e esta no pode
pretender valer-se de um convite mal formulado para validar uma
escolha. (...)
Assim, num mercado de 500 ou 50 papelarias, se um rgo convida 5
ou 10 empresas no se pode, com segurana, afirmar que h manifesto
desinteresse dos convidados, como tambm afastar de plano que a
Administrao tenha dirigido mal o convite. Parece, por exemplo, que
certamente estar caracterizado o manifesto desinteresse se, convidado
nmero razovel, os mesmos declinarem alegando dificuldades de
contratar com rgo pblico (grifos nossos)
Quanto alegao de que a jurisprudncia deste Tribunal no seria unssona
sobre o tema, a mesma no procede. Os precedentes a que fazem aluso os
45
Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
recorrentes Decises ns. 425 e 234, ambas de 1993, na verdade constituem
os entendimentos lanados pelo Tribunal no processo TC 425.234/1991-6. A
respeito, bem se manifestou a Unidade Tcnica no sentido de que: Na verdade
as orientaes contidas so complementares, pois realam a necessidade do
nmero mnimo de trs propostas realmente vlidas, sendo que somente
em casos circunstanciais, como a limitao de mercado ou o manifesto
desinteresse, deve-se justificar o fato no processo.
Por fim, neste ponto, quanto alegao de que a invalidao do convite
implicaria violao ao princpio do interesse pblico, dada a urgncia de
sua realizao, a mesma no socorre aos recorrentes. que no pode o
administrador, a pretexto da defesa do interesse pblico, violar regra tambm
de interesse pblico, qual seja: todas as aquisies de produtos/servios devem
ser procedidas de licitao, somente em casos excepcionais (que no o que
se apresenta nos autos) pode ser afastada.
Acrdo 1730/2005 Segunda Cmara (Relatrio do Ministro Relator)
Faa constar dos processos administrativos os comprovantes de entrega da
carta-convite a no mnimo trs fornecedores com atuao na rea do objeto
licitado e, em caso de inexistncia de trs propostas vlidas, promova a
realizao de novo certame.
Acrdo 4067/2009 Segunda Cmara (Relao)
Consulte tambm as Decises: Plenrio: 955/2002, 472/1999, 197/1997, 202/1996; os Acrdos: Plenrio: 2076/2006, 1623/2006, 301/2005, 1355/2004, 642/2004, 93/2004, 1781/2003, 1467/2003; Primeira Cmara: 3564/2006, 2136/2006, 1710/2006, 483/2005, 2602/2003, 2528/2003; Segunda Cmara: 3845/2005, 628/2005, 595/2001, 406/1996.
PregoModalidade realizada entre interessados do ramo de que trata o objeto da
licitao que comprovem possuir os requisitos mnimos de qualificao exigidos no edital, em que a disputa pelo fornecimento de bens ou servios comuns feita em sesso pblica. Pode ser presencial ou eletrnico.
Prego destina-se exclusivamente contratao de bens e servios comuns, independentemente do valor estimado da contratao. Nessa modalidade, os licitantes apresentam propostas de preo por escrito e por lances, que podem ser verbais ou na forma eletrnica.
Tribunal de Contas da Unio
46
Foi institudo pela Lei n 10.520, de 17 de julho de 2002. No mbito federal, o presencial regulamentado pelo Decreto n 3.555, de 8 de agosto de 2000; o eletrnico, pelo Decreto n 5.450, de 31 de maio de 2005.
Na Administrao Federal, o uso do prego obrigatrio na contratao de bens e servios comuns. A deciso pela inviabilidade de utilizao do prego deve ser justificada pelo dirigente ou autoridade competente, de forma motivada e circunstanciada.
No se aplica a modalidade prego contratao de obras de engenharia, locaes imobilirias
e alienaes. Esse o comando legal.
Nas contrataes para aquisio de bens e servios comuns para entes pblicos ou privados, realizadas com recursos pblicos da Unio, repassados por meio de celebrao de convnios ou instrumentos congneres ou consrcios pblicos ser obrigatrio o emprego da modalidade prego, preferencialmente na forma eletrnica, conforme estabelece o art. 4, 1, do Decreto no 5.504, de 5 de agosto de 2005.
rgos e entidades privadas sem fins lucrativos, convenentes ou consorciados com a Unio, podem utilizar-se de sistemas de prego eletrnico prprios ou de terceiros.
Prego modalidade de licitao em que a disputa pelo fornecimento de bens ou servios comuns feita
em sesso pblica, ainda que virtual. Os licitantes aps apresentao das propostas com os preos escritos
tm a faculdade de reduzi-los mediante lances verbais ou via internet.
Ao contrrio do que ocorre nas demais modalidades,
em prego a escolha da proposta feita antes da anlise da documentao, razo maior da
celeridade que envolve o procedimento.
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Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
DELIBERAES DO TCU
Em ateno ao art. 4 do Decreto 5.450/2005, deve ser adotada a forma
eletrnica nos preges, salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a ser
justificada pela autoridade competente, observando o disposto no item 9.2.1
do Acrdo n 2471/2008 Plenrio.
Acrdo 2340/2009 Plenrio (Sumrio)
A realizao de licitao na modalidade prego no se configura instrumento
hbil aquisio de bens e servios incomuns.
Acrdo 1168/2009 Plenrio (Sumrio)
A utilizao da modalidade prego possvel, nos termos da Lei n 10.520/2002,
sempre que o objeto da contratao for padronizvel e disponvel no mercado,
independentemente de sua complexidade.
Acrdo 2172/2008 Plenrio (Sumrio)
Para habilitao de licitantes em prego eletrnico, deve ser exigida,
exclusivamente, a documentao disposta no art. 14 do Decreto n 5.450/2005.
Dessa forma, indiscutvel a falta de amparo legal para exigncia de declarao
de compromisso de solidariedade do fabricante do produto como condio
para habilitao, o que conduz anulao do processo licitatrio.
Acrdo 1729/2008 Plenrio (Sumrio)
A licitao na modalidade prego no se configura instrumento hbil
aquisio de bens e servios incomuns.
Acrdo 555/2008 Plenrio (Sumrio)
O prego eletrnico obrigatrio para licitaes que visam aquisio de bens
e servios comuns, s no sendo utilizado se, comprovada e justificadamente,
nos termos do Decreto n 5.450/2005, houver inviabilidade, que no se
confunde com a opo discricionria.
Acrdo 1700/2007 Plenrio (Sumrio)
No prego presencial, quando no houver pelo menos trs licitantes
classificados na primeira etapa, o pregoeiro deve classificar para os lances
verbais o autor do menor preo e os autores dos dois menores preos
subseqentes, independentemente dos valores por eles propostos.
Acrdo 1633/2007 Plenrio (Sumrio)
possvel o uso de prego para aquisio de equipamento eletrnico sem
singularidade e amplamente disponvel no mercado.
Acrdo 1105/2007 Plenrio (Sumrio)
Tribunal de Contas da Unio
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A Lei n 8.666/1993 somente aplicvel aos preges de forma subsidiria.
Acrdo 114/2007 Plenrio (Sumrio)
Pode-se adotar a modalidade prego para aquisio de servios de informtica
quando consistirem em servios padronizveis e normalmente disponveis no
mercado de informtica.
Acrdo 58/2007 Plenrio (Sumrio)
Utilize obrigatoriamente a modalidade prego para aquisio e/ou contratao
de bens e servios comuns, ou seja, aqueles cujos padres de desempenho
e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de
especificaes usuais no mercado, conforme regra nsita no art. 1, pargrafo
nico, da Lei n 10.520/2002, incluindo nessas caractersticas os bens e
servios de TI.
Realize adequado planejamento das contrataes, de forma a prever na
minuta contratual um nvel mnimo de servio exigido (NMSE) a fim de
resguardar-se quanto ao no cumprimento de padres mnimos de qualidade,
especificando os nveis pretendidos para o tempo de entrega do servio,
disponibilidade, performance e incidncia de erros, entre outros, bem assim
estabelecendo graus de prioridades e penalidades, luz dos arts. 3, 1,
inciso I, e 6, inciso Ix, alnea d, da Lei n 8.666/1993 e do art. 8, inciso I, do
Decreto n 3.555/2000.
Acrdo 265/2010 Plenrio
Utilize, sempre que possvel, a modalidade de prego para a aquisio de bens
e servios comuns, assim considerados aqueles cujos padres de desempenho
e de qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de
especificaes usuais no mercado, podendo, todavia, adotar outra modalidade,
mas, neste caso, desde que a escolha seja devidamente justificada.
Acrdo 2900/2009 Plenrio
Observe fielmente os procedimentos previstos no art. 4, inciso VII, da Lei
n 10.520/2002 e art. 11, incisos xV, xVI e xIx, do Decreto n 3.555/2000,
relativamente ao momento oportuno para verificao da conformidade
das propostas dos participantes, negociao direta com o licitante e
aproveitamento dos atos e das propostas vantajosas para a Administrao.
Acrdo 2591/2009 Plenrio
Aceite, para fins de cmputo de pontuao tcnica, declarao/atestado de
experincia profissional relativa a servios jurdicos profissionais prestados
49
Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
no apenas a conselhos de fiscalizao de profisses regulamentadas, mas
tambm a outros rgos da Administrao Pblica Federal.
Acrdo 2579/2009 Plenrio
Observe, ao proceder ao julgamento de licitaes na modalidade prego
eletrnico, o procedimento previsto no 3 do art. 26 do Decreto
n 5.450/2005, quando verificado, nas propostas dos licitantes, erros ou falhas
formais que no alterem sua substncia, devendo, nesse caso, sanar de ofcio
as impropriedades, mediante despacho fundamentado, registrado em ata e
acessvel aos demais licitantes, atribuindo-lhes validade e eficcia para fins
de habilitao e classificao.
Acrdo 2564/2009 Plenrio
Adote a forma eletrnica nos preges, salvo nos casos de comprovada
inviabilidade, a ser justificada nos autos pela autoridade competente,
observando o disposto no item 9.2.1 do Acrdo 2471/2008 Plenrio.
Acrdo 2340/2009 Plenrio
Apesar de algumas discusses doutrinrias acerca de ser ou no possvel
adquirir bens e servios de informtica mediante prego, a jurisprudncia do
TCU tem assentado que se tais bens ou servios se enquadrarem na definio
de bens ou servios comuns podem ser contratados por meio da modalidade
prego. Cito, entre outros, os seguintes precedentes: Acrdos 740/2004,
1182/2004, 2094/20004, 107/2006, 1114/2006, 1699/2007, 144/2008,
2183/2008 e 2632/2008, todos do Plenrio.
Acrdo 1914/2009 Plenrio (Voto do Ministro Relator)
Evite, em preges eletrnicos, solicitar de forma generalizada a todos os
licitantes o envio de documentao por meio diverso do sistema eletrnico,
restringindo esse tipo de medida s empresas detentoras das propostas
vencedoras do certame, em ateno ao disposto no art. 21 do Decreto
n 5.450/2005.
Acrdo 1709/2009 Plenrio
Adote em editais de prego critrios objetivos, detalhadamente especificados,
para avaliao de amostras que entender necessrias a apresentao.
Somente as exija do licitante classificado provisoriamente em primeiro lugar
no certame.
Acrdo 1168/2009 Plenrio
Utilize, como regra, a modalidade prego, em sua forma eletrnica, para
aquisio de bens e servios comuns, empregando o prego presencial
exclusivamente quando inquestionvel a excepcionalidade prevista no
Tribunal de Contas da Unio
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art. 4, 1, do Decreto 5.450/2005, devidamente justificada no procedimento
licitatrio.
Acrdo 604/2009 Plenrio
A participao em preges para fornecimento de bens e servios comuns de
informtica franqueada a qualquer interessado, independentemente de
desenvolver bens e produtos com tecnologia nacional e de cumprir o processo
produtivo bsico definido pela Lei 8.387/1991.
Acrdo 512/2009 Plenrio
Observe, quando da conduo da fase pblica do prego eletrnico, de modo
que o pregoeiro, a partir da sesso inicial de lances at o resultado final do
certame, dever sempre avisar previamente, via sistema (chat), a suspenso
temporria dos trabalhos, em funo de horrio de almoo e/ou trmino do
expediente, bem assim a data e o horrio previstos de reabertura da sesso
para o seu prosseguimento, em atendimento aos princpios, em especial
os da publicidade e da razoabilidade, estabelecidos no art. 5 do Decreto
n 5.450/2005.
Acrdo 168/2009 Plenrio
Conceda prazo adequado para que os interessados em participar de Prego
providenciem certificado de conformidade de marca, emitido pela Associao
Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), e laudo tcnico, emitido por laboratrio
certificado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade
Industrial (INMETRO), conforme exigncia contida no edital de licitao.
Acrdo 2706/2008 Plenrio
Adote, nas licitaes na modalidade prego, medidas no sentido de fazer
constar endereo eletrnico para envio de eventuais impugnaes e pedidos
de informaes referentes aos instrumentos convocatrios, em atendimento
ao que estabelece os arts. 18 e 19 do Decreto n 5.450/2005.
Acrdo 2632/2008 Plenrio
O outro quesito atacado pela empresa representante consiste na alegada
inadequao da modalidade licitatria prego para a contratao almejada
pelo rgo deflagrador do certame.
Preliminarmente de se ressaltar que o prego modalidade de licitao a
ser adotada para contratao de bens e servios de natureza comum, nos
termos do art. 1 da Lei n 10.520/2002 (lei que converteu a Medida Provisria
n 2.026/2000). Tais bens e servios so definidos pelo pargrafo nico da lei
retro como aqueles cujos padres de desempenho e qualidade possam ser
51
Licitaes e Contratos - Orientaes e Jurisprudncia do TCU
objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificaes usuais no
mercado.
Apesar de algumas discusses doutrinrias acerca de ser ou no possvel
adquirir bens e servios de informtica mediante prego, a jurisprudncia do
TCU tem assentado que se tais bens ou servios se enquadrarem na definio
de bens ou servios comuns podem ser contratados por meio da modalidade
prego. Cito, entre outros, os seguintes precedentes: Acrdos ns. 740/2004,
1.182/2004, 2.094/2004, 107/2006, 1.114/2006, 1.699/2007, 144/2008 e
2.183/2008, todos do Plenrio.
Acrdo 2632/2008 Plenrio (Voto do Ministro Relator)
No mesmo sentido, podem-se citar tambm o Voto do Ministro Raimundo
Carreiro, Relator no Acrdo n 2.658/2007-Plenrio, o Voto do Ministro
Guilherme Palmeira, Relator do Acrdo 2.471/2007 Plenrio, e a determinao
do Tribunal em Recurso de Reconsiderao, no Acrdo n 1.299/2006-Plenrio,
tendo por Relator o Ministro Valmir Campelo:
Acrdo n 2.658/2007-Plenrio: Perfilho tambm o posicionamento de
que mais vantajosa a adoo da modalidade de prego, pois o objeto
do certame em questo pode ser considerado como servios comuns, no
obstante a sua complexidade. A meu ver esto presentes os requisitos da
fungibilidade do objeto e da existncia de uma padronizao de qualidade
e desempenho reconhecida no mercado correspondente, como bem
demonstrou a Sefti.
Acrdo n 2.471/2007-Plenrio: Conforme explicado pela unidade
tcnica especializada, sendo possvel a definio objetiva de padres de
desempenho e qualidade, na forma exigida pela Lei n 10.520/2002, os
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